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Curso de Psicologia
Belo Horizonte
2014
Leila Aparecida da Silveira Vasconcelos
Belo Horizonte
2014
SUMÁRIO
1 TRODUÇÃO
1.1 Tema
1.2 Problema
1.3 Hipóteses
1.4 Objetivos
1.4.1 Objetivo Geral
1.4.2 Objetivos específicos
1.5 Justificativa
2. REFERENCIAL TEÓRICO
3. METODOLOGIA
4. REFERÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
De acordo Bowlby (1998), todo ser humano já nasce propenso a estabelecer vínculos
afetivos. Essa capacidade, no entanto, pode ser diminuída devido a fatores externos que
impedem o bebê de desempenhar esse potencial com as pessoas que o cercam. A capacidade é
inata, mas precisa ser estimulada adequadamente para se concretizar. Deste modo podemos
pensar na importância que assume a questão dos vínculos em uma institucionalização de
qualidade para crianças em situação de risco.
A presente monografia busca discutir a constituição de vínculos entre crianças e
cuidadores em instituições de abrigamento.
Considerando que a instituição ofereça o atendimento das necessidades básicas ao
desenvolvimento das crianças, ela tende a apresentar dificuldades em oferecer condições
satisfatórias para o atendimento individualizado, estabelecendo laços afetivos que podem (ou
poderiam) ser alcançados mais facilmente num ambiente familiar. O que facilitaria a formação
do vínculo entre crianças e seus cuidadores seria o contato físico e afetivo existente entre elas.
Para a realização desta monografia buscaremos compreender o funcionamento das
instituições de abrigamento de crianças e adolescentes e faremos uma revisão da literatura
sobre a produção do vínculo entre os cuidadores e as crianças abrigadas.
Após o levantamento desses dados, faremos uma entrevista de técnica de história oral,
que consiste em realizar entrevista com dois cuidadores de instituições.
1.1 Tema
Que fatores podem interferir na formação dos vínculos entre crianças e os cuidadores
em instituições de abrigamento?
1.3 Hipóteses
Sabendo que muitas histórias de vida dos cuidadores são histórias de abandono,
violência doméstica e vulnerabilidade social e a partir de observações feitas em um abrigo de
Belo Horizonte, hipotetizamos que a história de vida dos cuidadores interfere significamente
na qualidade da construção de vínculos com a criança institucionalizada.
Objetivos
Objetivo geral
Objetivos específicos
No estágio VII realizado em um abrigo, atendi uma criança abrigada com relatos de
agressividade contados por seus cuidadores, percebemos a importância dos vínculos entre
crianças abrigadas e de adultos que ali trabalham. No estágio, nos deparamos com uma
realidade de vida complexa, ou seja, se de um lado crianças lutam para refazer sua história,
conseguir criar vínculos com os cuidadores, de outro lado os cuidadores, cada um com sua
história de vida, culturas, com personalidades diferentes uma das outras, acolhem cada criança
na particularidade e por tempo indeterminado.
Acredita-se que o vínculo entre crianças e cuidadores é um fator importante. Existem
crianças que permanecem abrigadas por um longo tempo e quando vão para adoção ou
retornam para sua família de origem, esse vínculo com o cuidador é rompido, ocasionando no
cuidador e até mesmo na criança um sofrimento manifestado e uma falta.
Observei que a criança que atendi, sentia necessidade de ser acolhida e escutada, com
uma carência de poder expressar melhor os seus sentimentos. Percebemos, então, que essa
carência referia-se à qualidade dos vínculos.
Observa-se que no abrigo as crianças não brincam com brinquedos dentro da casa,
segundo relatos de cuidadoras, é porque elas tem um lugar somente para brincadeiras. É lugar
reservado fora da casa chamado brinquedoteca, neste lugar estão todos os brinquedos do
abrigo, onde as crianças brincam durante uma hora por dia, depois de terminadas as
brincadeiras, eles (eles ou elas?) voltam todos os brinquedos, para os seus devidos lugares.
Ouvimos relatos da coordenadora do abrigo de que as cuidadoras trabalhavam sob
pressão dos vizinhos, ou seja, as crianças não podiam chorar, porque se não elas eram
denunciadas, como se estivessem maltratando as crianças.
2 REFERENCIAL TEÓRICO