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FACULDADE UNIBRAS – SÃO LUIS DE MONTES BELOS – GO

CURSO DE PSICOLOGIA

DISCIPLINA: TEORIA SISTÊMICA

7º PERÍODO NOTURNO

PROFESSOR: IVAN DUARTE BROCHADO

ALUNA: CARYNA MAXIMINA FERREIRA

ATIVIDADE AVALIATIVA I

 A partir do texto “As mudanças no ciclo de vida familiar” – Carter e McGoldrick


elabore uma análise resumindo e comentando os estágios do ciclo familiar proposto
pelas autoras, pontuando pontos de convergência e divergência com a sociedade
atual.

Os estágios do Ciclo de Vida Familiar

1. Saindo de casa: jovens solteiros

De acordo com as autoras esse estágio consiste em aceitar a responsabilidade


emocional e financeira pelo eu. Diferenciação desse eu em relação à família de origem,
desenvolvimento de relacionamentos íntimos com adulto iguais e estabelecimento do eu
com relação ao trabalho e independência financeira.

Essa saída de “jovens solteiros” pode ocorrer em faixa etárias diferente dependendo
da aquisição e estabilidade financeira, quando citamos a classe media podemos imaginar
um jovem adulto em seus 25 anos, pois esse estágio parte já de uma relação de trabalho
que deriva já de uma formação de base acadêmica. E quando citamos já a classe baixa
temos um “jovem adulto sozinho” em seus 11/12 anos de idade. Dependendo da classe
o trabalho pesa e a questão de dinheiro vai valer como fator decisivo na busca da
independência financeira, o trabalho na classe baixa é uma questão de necessidade.
Assim, esse estágio vai depender de questões socioeconômicas quando analisamos em
nossa sociedade atual.
2. União de famílias no casamento: o novo casal

Depois de uma independência financeira, vem o comprometimento com um novo


sistema, formação do sistema marital, realinhamento dos relacionamentos com as
famílias ampliadas e os amigos para incluir o cônjuge.
Quando trazemos a constituição de uma família para a realidade a diversas questões
a serem levantadas, como o fato de ter pessoas que não querem casar ou nem mesmo
tem um relacionamento estável. Esse estágio diverge simplesmente por ter sujeitos que
não querem formar o que seria um terceiro sistema, estão contentes sendo sozinhos.
Mas esse estágio leva enquanto o conceito da normalidade, trazendo o que mais é
normal/ ou se repete na sociedade. E atualmente grande parte da sociedade ainda se casa
e forma um sistema marital, sendo necessário o estudo desse estágio.

3. Famílias com filhos pequenos

Esse estágio é bastante condizente com a atual sociedade, pois é um estágio que diz
respeito não sobre uma família especifica e sim sobre sujeitos que decidam ter uma
família e que pode ser nas diversas composições como família tradicional, mães/ ou pais
solos, avós que criam seus netos, casais divorciados que se juntam e criam uma segunda
família, tias que viram mães, casais homoafetivos.
Pois o que esse estágio abarca é a situação de em criar filhos, em aceitar novos
membros no sistema, ajustar o sistema conjugal para criar espaço para os filhos. Onde
os responsáveis unir-se nas tarefas de educação, nas tarefas financeiras, domestica e
relacionamento com a família ampliada.

4. Famílias com adolescentes

Segundo as autoras esse estágio vem com um aumento de flexibilidade das


fronteiras familiares para incluir a independência dos filhos. Modificar os
relacionamentos progenitor-filho para permitir ao adolescente movimentar-se para
dentro e para fora do sistema, porém, nem sempre os pais flexibiliza e apoia a
independência dos filhos e que acaba causando revoltas e brigas, fragilizando esse
sistema familiar.

A adolescência também é a entrada e momento para diversas descobertas, as


questões relacionadas à delinquência e as drogas tão presentes nesse estágio, e é na
classe baixa/ na pobreza que os indivíduos exposto a marginalização e a violência dos
grandes centros, tendo como saída e solução ou até mesmo forma de sobrevivência nas
drogas e no crime. Não que essa saída seja sintomas da classe baixa, pois independente
da classe a delinquência e as drogas perpassam desde a zona sul até a favela.
5. Lançando os filhos e seguindo em frente

Nesse estágio parte dos pais em aceitar várias saídas (dos filhos) e entradas no
sistema familiar, como cônjuge dos filhos. É um processo de transformação “ninho
vazio”, onde acaba renegociando o sistema conjugal como díade. E dessa saída da prole
acaba desenvolvendo relacionamento de adulto-para-adulto com os filhos. Também a
realinhamento dos relacionamentos para incluir parentes por afinidade e netos e lidar
com incapacidades e morte dos pais.
Ressaltando aspectos da nossa cultura que pode divergir com o clico familiar
proposto, poderíamos citar o divorcio nesse estágio, os pares muitas vezes ficam juntos
pela criação dos filhos e com a saída desde, o divorcio se faria presente dando assim
possibilidade de um recasamento ou os pares prossegui solteiros.

6. Famílias no estagio tardio da vida

No ultimo estágio, é um estágio de aceitação e de mudança dos papeis geracionais,


muitas vezes manter o funcionamento e os interesses próprios e / ou do casal em face do
declínio fisiológico. Apoiando um papel mais central da geração do meio e abrindo
espaço no sistema para sabedoria e experiência dos idosos, apoiando a geração mais
velha sem superfuncionar por ela. Há também a perda do cônjuge, irmãos e outros
iguais, sendo necessária a revisão e integração da vida no preparar-se para própria
morte.
A dissonância cultural se faz presente durante toda a vida dos indivíduos, porém, é
nesse estágio que é sentida de forma concreta. A velhice é vista como tempo de
descanso e de aproveitar prazeres que durante ciclo da vida não foi possível, mas
quando o aspecto socioeconômico entra em cena, temos idosos ainda nas relações de
trabalho manuais buscando por sustento, enquanto a imagem de avós que não evolui
ainda envolvida, na velhice com um papel central de educar crianças (muitas vezes os
netos), ainda cuidando ativamente das gerações mais novas. Monstra um regresso no
ciclo da vida familiar, onde indivíduos que estaria aproveitando o fim da vida, se ver
novamente nos estágios 3/4 (sistema com filhos pequenos e adolescentes), só que em
uma idade avançada.

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