CICLO VITAL Fluxo vertical de um sistema: são padrões de
relacionamento e funcionamento de uma família,
O ciclo de vida individual acontece dentro do ciclo
de vida familiar que é o contexto primário do
desenvolvimento humano.
O estresse familiar é geralmente maior nos pontos
de mudança de uma transição no processo de
desenvolvimental da família. Mudança de transição
de pais casados sozinhos para com filhos etc.
Os relacionamentos entre as famílias, passam por
estágios (casar-se, ter filhos), na medida que se
avança no ciclo de vida (nascer, morrer).
A família, é um sistema que possui propriedades
que são diferentes de outros sintomas, onde há
entrada de um membro pelo nascimento, adoção e
a saída é apenas pela morte. Em questões de que a
família já “não serve” e a pessoa buscam se afastar,
levará em casos extremos a psicose. Logo famílias
são insubstituíveis.
Quando vamos nos movendo de laços familiares
obrigatórios para aqueles laços voluntários, os
relacionamentos fora da família nuclear, vai
perdendo igualmente qualquer certeza ou
consistência normativa que antigamente acontecia.
Como por exemplo, a relação entre irmãos
atualmente, é de forma quase que voluntaria, onde
é muitas vezes é rompido por morarem longe etc.
Atualmente, com as pessoas mais jovem podendo
determinar seus destinos, as pessoas mais velhas
vão se reduzindo seu poder sobre estes. Que
antigamente existia mais, onde determinavam com
quem iria casar etc.
Existe um problema em que quando ocorre as
mudanças do nível social, e a família não
acompanha tal mudança. Aqui pode entrar a
questão da morfologia, evolução etc.
Atualmente, as pessoas agem como se pudessem
ter escolhas sobre suas qualidades de membros e
responsabilidades familiares. As pessoas não
podem alterar quem são na complexa teia de laços
familiares ao longo de suas gerações. Porém,
muitos acham que podem romper suas relações, por
diversos motivos, conflitos entre eles.
As 3 ou 4 gerações da família, deve se acomodar
simultaneamente as transições do ciclo de vida.
Pois enquanto uma passa por uma transição, o outro
também passa, por exemplo, enquanto o avô está
indo para terceira idade, a mãe está lutando contra
o ninho vazio, o filho está entrando na idade adulta
jovem.
que são passados ao longo das gerações. Incluindo
seus tabus, expectativas, rótulos, mitos, segredos.
Por exemplo, o tabu de uma família de não fazer
sexo antes do casamento, de não beber, fumar etc.
São mais os padrões transgeracionais dessa família.
O fluxo horizontal do sistema: é a ansiedade
produzida pelos estresses na família conforme ela
avança no tempo, lidando com as mudanças e
transições dos ciclos de vidas, incluindo os
eventos dos desenvolvimentos normativos
predizíeis (como nascer, casar, morrer no “tempo
certo) e os eventos não normativos e imprevisíveis,
que são eventos que acontecem sem uma linha
normativa do desenvolvimento, como (morte
prematura, gravidez na adolescência, enfermidade
crônica).
O grau de ansiedade gerada pelos estressores nos
eixos verticais ou horizontais, nos pontos que eles
convergem, é o ponto central de quão bem a família
irá manejar suas transições ao longo da vida. Logo,
cabe não apenas analisar as extensões do eixo
horizontal, mas também os eixos verticais.
A ansiedade existe em qualquer eixo, no entanto,
quando os dois se cruzam a ansiedade, estressor se
multiplica. Por exemplo, quando uma pessoa de
uma família bem rígida tem filho e não é casada,
essa pessoa, irá passar por duas experiencias
estressantes, a do modelo normativo, eixo
horizontal, saindo de um estágio para o outro e
também pela ansiedade do eixo vertical, no qual a
família irá “condená-la” por ter quebrado esse tabu,
essa regra de ter filho e não ser casada.
E com isso, quanto maior a ansiedade criada nesses
pontos de transição, mais difícil e disfuncional será
a transição.
Os fatores culturais também impactam sobre como
as famílias passam pelos ciclos de vida, as questões
como culturas que fazem crianças terem filhos
cedo. Questões de imigrações etc.
Mudanças no ciclo de vida familiar
Atualmente as definições de papeis familiares
mudaram, por índice de natalidade menor,
expectativa de vida mais longa, além dos papeis de
gêneros. Como que antigamente as mulheres eram
centrais, viviam quase que exclusivamente para
suas famílias.
Porém, atualmente as mulheres passar pela
maternidade mais rápido e seus objetivos estão
além de somente cuidadora da família. Porém, para
as mulheres o objetivo de carreira e família muitas
vezes entram em conflito e apresentam-se em um
grande dilema para a mulher “cuido do meu filho
ou trabalho?”
Além disso, e de entre diversos fatores, hoje é mais
difícil definir o ciclo de vida familiar normal, pois
tantas variáveis são envolventes, que se limitarmos
apenas um tipo de família dita “normal”
reduziremos a complexidade das famílias sobre as
diversas formas de ser família. O que era normal
antes, atualmente não se cabe mais, logo os
terapeutas devem ajudar os novos sistemas a
compreenderem que não se cabe mais se comparar
com modelos normativos de décadas passadas.
OS ESTÁGIOS DO CICLO DE VIDA
FAMILIAR
O lançamento do jovem adulto solteiro: aqui o
acordo estipulado com a família será de grande
influência para a passagem dos outros estágios da
vida. O jovem está criando um caminho para a nova
criação de um possível novo subsistema familiar, e
nesse momento, rompe da família núcleo, sem
romper laços. O que é interessante aqui é o
processo de se torna “eu” é a diferenciação dos
eventos estressores verticais da minha família, aqui
os jovens podem escolher o que desejam levar ou
não dessas famílias bases.
Aqui nessa fase, os problemas se centram na falta
de reconhecimento da independência ou dos pais
com seus filhos, ou do filho reconhecer que ele
agora tem que crescer. E aí, diante desses
problemas pode ocorrer uma dependência total do
individuo com os pais, ou o contrário, o
rompimento de relações de forma totalmente
caótica (um acordo que não foi de forma bem
estabelecida, logo o jovem irá ter problemas em
outras transições da sua vida, quanto mais
ansiedade, mais difícil).
E aí, esse processo de rompimento relacional de
forma caótica devido ao não acordo de
reconhecimento da dependência, é uma pseudo-
independência, no qual emocionalmente não houve
rompimentos entre o jovem e seus pais.
A união das famílias no casamento – O casal:
agora, dois subsistemas totalmente diferentes vão
em busca de sobrepor um novo subsistema juntos,
sendo a base da nova formação da família deles 2,
e aqui deve haver a diferenciação também do casal
frente aos modelos que suas famílias atuaram, no
processo de escolha de como será o funcionamento
desse casamento. Além disso, o fracasso em
renegociar o status familiar pode gerar fracasso
conjugal, em que a mulher é tão bem-sucedida
quanto o homem. Mas também, a criação de
fronteiras deficientes em seu novo subsistema,
pode trazer esse fracasso, no qual os familiares
podem ser muitos intrusivos nas decisões dos
casais e o casal em si não conseguir realizar essa
mudança de modo satisfatório.
Tornando-se pais – famílias com filhos
pequenos: aqui os adultos avançam mais uma
geração e agora se tornam cuidadores de gerações
mais novas, seus filhos. Aqui brigas para dividir as
responsabilidades são nítidas, principalmente em
uma atualidade no qual a mulher não é somente
cuidadora do lar. Esses conflitos podem levar a
disfunções sexuais, depressão e divórcios.
Transformação do sistema Familiar na
Adolescência: aqui as famílias estão
experimentando as mudanças de um ciclo
normativo, a criança se torna adolescente, com isso
fronteiras totalmente diferentes devem ser
estabelecidas, no qual devem ser agora permeáveis
no sentido de compreender o certo nível de
independência dos filhos, pois os pais não podem
mais impor uma autoridade totalmente completa,
entender que deve haver momentos de permissão e
restrição. É nesse momento também que o
adolescente irá trazer novos valores e mudanças a
esse sistema. Porém, muitas famílias estão
fechadas a essas mudanças, hás veem como uma
ameaça.
Famílias no meio da vida - Lançando os filhos e
seguindo em frente: sendo a fase mais nova, longa
e mais problemática. Em decorrência a baixa
natalidade e ao longo período de vida, a maioria dos
pais lançam seus filhos ao mundo e agora devem
encontrar outras atividades. Pois agora se deparam
com o fenômeno do ninho vazio, em que as
dificuldades dessa fase podem levar aos pais a se
agarrarem em seus filhos, a ter sentimentos de
vazio e depressão. Essas pessoas também precisam
lidar com os possíveis cuidados que devem ter com
seus pais mais velhos.
Com isso, as pessoas dessa fase, precisam agora
encontrar atividades pessoais que não se limitem
aos cuidados de seus filhos, aqui ocorre uma
ressignificação do subsistema conjugal, que não
mais são responsabilidades paternas, com isso são
postas de frente com as problemáticas conjugais
que podem levar a ressignificação ou ao divórcio.
A família no estágio tardio da vida: aqui se
encontra os ajustamentos em decorrência a
aposentadoria, aqui diversos acontecimentos
podem propor tristeza ao idoso, como a perda de
suas responsabilidades financeiras, perda de
amigos próximos e principalmente a do cônjuge,
que agora o idoso deve ajustar sua vida sozinho. A
incapacidade de modificar o status nessa fase de dá
em questão de que a pessoa não se ver dependente
de outra, que as vezes podem ser tratadas como
irrelevantes.
Variações maiores no ciclo de vida familiar
Divorcio e Recasamento: está sendo algo tão
comum que será considerado como um evento
normativo. O divórcio é uma interrupção do
“tradicional” ciclo de vida familiar. Como em
outras fases do ciclo de vida, rompimentos caóticos
levam ao pseudo-independencia da tal pessoa, logo
para que haja um desenvolvimento saudável as
pessoas devem fazer modificações cruciais no
status.
O ciclo de vida familiar dos pobres: aqui mostra
como os ciclos de vida são comparados de forma
errônea a modelos que nem todos possuem acessos.
Nem todas as famílias passam por estágios ditos
normais. As pessoas pobres, apresentam 3 estágios,
o “jovem adulto sozinho” ninguém por ele, está por
conta própria; “famílias com filhos” que são
estruturas domésticas que incluem três ou quatro
gerações; e a “fase da avô”, sendo uma pessoa que
não evoluiu, que está envolvida nos cuidados
centrais de possivelmente seus netos.