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FACULDADE EVANGÉLICA DE GOIANÉSIA

ALLANA KESSIA BARBOSA DA SILVA


JOÃO MARCELO SOARES BRAGA
KARIELE DE SOUSA SILVA
LUCIANA NOGUEIRA DOS SANTOS NETA

RELATÓRIO TEÓRICO:
Capitulo 16: Desenvolvimento psicossocial na vida adulta intermediária:
Relacionamentos

GOIANÉSIA
2023
ALLANA KESSIA BARBOSA DA SILVA
JOÃO MARCELO SOARES BRAGA
KARIELE DE SOUSA SILVA
LUCIANA NOGUEIRA DOS SANTOS NETA

RELATÓRIO TEÓRICO:
Capitulo 16: Desenvolvimento psicossocial na vida adulta intermediária:
Relacionamentos

Relatório realizado para obtenção de


nota parcial da disciplina psicologia do
desenvolvimento humano: da
adolescência a velhice, na Faculdade
Evangélica de Goianésia, do primeiro
período de psicologia
Professora Ep. Wandielly Ramaianne

GOIANÉSIA
2023
INTRODUÇÃO
Várias pesquisas têm apontado as transformações no sistema familiar bem como
a conjugalidade nos últimos anos, como nos aponta Azambuja e Jaeger (2016, p. 126)

[...] alguns marcos das últimas décadas que transformaram a instituição


familiar, como a tendência de os membros que compõem a família haverem
diminuído, aumento do número de divórcios e recasamento bem como o
aparecimento dos casais de dupla carreira, a maior participação da mulher nas
economias do lar, diferentes formas de compartilhar o exercício da
parentalidade, entre outros.

Com o surgimento dessas novas estruturas nas famílias os relacionamentos vêm


sofrendo mudanças, e a fase da meia-idade não é diferente e vem sofrendo com essas
alterações. A fase da meia-idade é se estende aproximadamente dos 40 aos 60 anos”
neste período há, para a maioria dos adultos, várias progressões, incluindo a vida
profissional, conjugal, familiar, cívica e socioeconômica.

RELACIONAMENTOS NA MEIA-IDADE
Os relacionamentos nessa fase, como nas outras são muito importantes. Sendo
assim, de acordo com Papalia e Feldman (2023). Nessa fase as autoras apresentam duas
teorias; a teorias do comboio social e a teoria da seletividade socioemocional, a primeira
consiste em uma rede de apoio, assistência e bem-estar, que no temos no decorrer das
nossas vidas, que são compostas de amigos e familiares de diferentes graus. Já a
segunda envolve a escolha de pessoas que ocuparam as seguintes funções em nossas
vidas, a partir da nossas interações sociais – 1 (essa pessoa será uma fonte de
informação), 2 (ajudam pessoas desenvolver e manterem uma noção de se próprias), 3
(é uma fonte de prazer e conforto ou bem-estar emocional). O fato aqui e que os
relacionamentos socias nessa fase possuem tanto efeito positivo quanto negativos.

RELACIONAMENTOS CONSENSUAIS
Nesse período da meia-idade vários conflitos relacionais vão surgir, e no brasil a
poucos estudo sobre os relacionamentos na meia-idade e seus conflitos, como nos
descreve Azambuja e Jaeger (2016, p. 124)

No entanto, poucas pesquisas brasileiras tratam da conjugalidade na meia-


idade. Os membros que compõem o casal nesta etapa evolutiva enfrentam
questões como a saída ou o prolongamento da estada dos filhos em casa, o
possível cuidado com a saúde de seus genitores e a possível inclusão na
família nuclear destes e a preparação para a velhice (CERVENY;
BERTHOUD, 2002). Estas vivências produzem mudanças e, consequências
para a conjugalidade. Com isso, o casal deve se reorganizar em torno das
modificações da sociedade, da sua estrutura familiar, da cultura e dos
aspectos biológicos.

Com isso vemos quão cheia de conflitos são essa fase, seno casamento na meia-
idade atual trouxe novas demanda, pois como a expetativa de vida aumentou, nunca se
teve tantos casamentos com uma durabilidade tão longa, como consequência houve um
aumento significativo de divórcios, com casais de 20 e 24 anos de casados, onde ocorre
um período de crise dos casais, pois nessa fase os filhos são adolescentes, estão
fortemente envolvidos nas suas carreiras, como consequência a o desgaste no
relacionamento e a insatisfação aumenta, gerando o divórcio, depois de passar essa fase,
chegando aos 35 e 40 anos de casados a satisfação do casamento aumentam bastante
pois os problemas acimas foram superados (PAPALIA e FELDMAN, 2013).
Há coabitação é apresentada por Papalia e Feldman (2013), sendo esse um
casamento não legalizado, os parceiros moram juntos, mas sem um compromisso
formal. Sendo esse habito bem comum na meia-idade. Já o divorcio nessa fase envolve
questões de agressão (verbal, física ou psicológica) abuso de drogas e álcool,
infidelidade, ou simplesmente deixaram de se amar. Sendo as mulheres quem mais
sofrem nessas separações. Sendo os casamentos de longa duração os com menores caso
de divórcio devido o patrimônio acumulado durante a relação.
Na meia-idade o casamento traz grandes benefícios a suade, mas, se for uns
relacionamentos saudáveis, pois estudos pontuam que tensões conjugais aumenta o
declínio na saúde dos conjugues. As amizades nesse período são poucas, mas são
solidas, sendo elas uma forte rede apoio emocional e bem-estar, principalmente para as
mulheres. (PAPALIA e FELDMAN, 2013).

RELACIONAMENTO COM FILHOS MADUROS


Segundo Papalia e Feldman (2013) nesse período enquanto os pais lidam com os
problemas do dia-a-dia, ainda tem que administrarem a fase da adolescência dos seus
filhos que estão passando por grandes mudanças. Mas claro que a melhor atitude dos
pais nessa fase e aceitar seus filhos como eles são, e não como eles esperava que eles
fossem.
Além desse fator também temos a saída dos filhos de casa, e indo para a
universidade ou indo morara sozinhos, período classificado como a síndrome do ninho
vazio que consiste segundo Azambuja e Jaeger (2016, p. 126)
“Síndrome do ninho vazio”, onde o sexo feminino é apontado como mais
vulnerável a apresentar sintomas. Mulheres que se dedicaram em tempo
integral à criação dos filhos podem ficar com uma autoestima baixa e um
autoconceito de impotência ao vê-los sair. Porém, pesquisas recentes também
afirmam que o sexo masculino está vulnerável à síndrome, prevalecendo um
sentimento de acomodação e seu envolvimento maior em tarefas domésticas.

Essa fase em sua maioria, com o passar do tempo são superada pelos pais. O
problema dessa saída vai afetar mais quando os filhos não conseguem serem bem
sucedidos e realizados, e os casamentos são afetados nessa saída quando a identidade do
casal foi construída em cima de ser pais e com a saída dos filhos eles devem encarar os
seus problemas conjugais. (PAPALIA e FELDMAN, 2013).
Mesmo seus filhos saindo de casa os pais ainda se preocupam com eles, e muitos
filhos se incomodam com essa preocupação, além disso, mesmo fora de casa muitos
pais ainda provem seus filhos, muito além só do emocional. Por fim um fenômeno
recente que é o ninho atravancando. Onde filhos estão retardando a sua saída de casa,
além de muitos casos mesmo depois de terem saído, acabam voltando-os ou até com
suas famílias pra casa dos pais, seja por divorcio ou dificuldade financeira. O que tem
causando muitos conflitos familiares, pois o prolongamento da função de pais pode
levar a uma tensão intergeracional quando ela contradiz as expectativas dos pais.
(PAPALIA e FELDMAN, 2013).

OUTROS LAÇOS DE PARENTESCOS


Devido a mudança da expectativa de vida o relacionamento com pais idosos
aumentou bastante, sendo essa relação em sua maioria afetuosa, contato frequente,
calorosa, sendo que essa relação contribui até para o bem-estar emocional na meia-
idade. Só que essas relações com pais idosos têm apresentando alguns conflitos também
como no descreve Papalia e Feldman (2013, p. 563)

As gerações normalmente se dão melhor enquanto os pais são saudáveis e


vigorosos. Quando pessoas mais velhas ficam enfermas, a carga de cuidar
deles pode desgaste um relacionamento.

Sendo assim lidar com a dependência de pais idosos, seja ela financeira como de
cuidados constantes não e fácil, pois ser cuidador gera desgastante na relação entre os
marido ou esposa como com os filhos, pois o pais idosos gera muita demanda causando
até o esgotamento do cuidador. Sendo assim é uma questão que precisa de atenção tanto
pelo fato de afetar a suade do idoso que se sente um estorvo como cansaço pelo
cuidador. Necessitando assim essa família de diferentes tipos de serviços de apoio
sugeridos no livro pelas autoras para lidar com essa situação. Nessa fase a relação com
os irmãos vai variar em alguns casos com o passar dos anos se tornaram mais próximos,
ou se tornará mais distantes. Sendo o cuidado com os pais idosos a causa de união ou
discórdia entre eles. (PAPALIA e FELDMAN, 2013).
De acordo com Papalia e Feldman, (2013) o papel dos avos vão variar de uma
cultura pra outra, em alguma eles são mais distantes em outras eles participam
ativamente na criação dos netos, principalmente quando os seus filhos precisam sair
para trabalhar deixam os seus filhos com os pais em vez de uma creche ou babá. Mas
há uma questão delicada, em relação a quantidade de avos criando netos, o que tem
trazido alguns problemas como nos explana Papalia e Feldman (2013, p. 566)

[...]muitos estão atuando como pais à revelia de crianças cujos pais são
incapazes de cuidar dele – frequentemente como resultado de gravidez na
adolescência, abuso de substancias, doenças, divorcio ou morte. [...] a
parentalidade sub-rogada inesperada pode trazer esgotamento físico,
emocional financeiro para os adultos de meia-idade ou mais velhos. Eles têm
que abandonar seus trabalhos, adiar seus planos de aposentadoria, reduzis
drasticamente seus momentos de lazer e sua vida social e por em risco a
saúde.

Além do disso ainda tem o conflito geracional, fazendo essa relação se desgastar
e não exercerem a função de neto e avos. Pois a relação avos e netos é algo bom pro
desenvolvimento humano do indivíduo, mas quando ela e exercida de forma correta.

CONCLUSÃO
A partir do que foi apresentado até aqui os relacionamentos na meia-idade e algo
muito complexo como em qualquer outra fase da vida, tendo que lidar com seus
parceiros, filhos adolescentes e jovens adultos, além de seus pais idoso e alguns casos
netos. A diferença são as demandas que surgem. As quais eles precisam lidar para que
possam passar por esse período de forma saudável.

Referências
AZAMBUJA, João Eduardo Bittencourt; JEAGER, Fernanda Pires. A
CONJUGALIDADE EM CASAIS DE MEIA-IDADE. Santa Maria: [S.n]. 2016.
Disponível em: <https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumCH/
article/view/1844/1733>. Acesso em: 24 out. 2023.

PAPALIA, Diane E; FELDMAN, Ruth Duskin. DESENVOLVIMENTO HUMANO.


12. Ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.

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