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FAMÍLIA E ADOLESCÊNCIA: AS INFLUÊNCIAS DO CONTEXTO FAMILIAR NO


DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL DOS ADOLESCENTES 1

Pr. Me. Luiz Carlos Lisboa Gondin 2


José Ferreira da Silva3
RESUMO

Este estudo e análise foi idealizado em busca de conhecimentos mais claros, objetivos
e específicos referentes as influências do seio familiar no desenvolvimento espiritual
dos adolescentes. Tendo em vista uma breve analise na função dos pais e demais
membros familiares, assim como, os relacionamentos pessoal e interpessoal na
adolescência, e os impacto de diferentes contextos de convivência familiar. Este
trabalho é de caráter teórico, e está baseado em pesquisa bibliográfica, tendo por
fontes, autores diversos. Verificou-se que, a formação espiritual devidamente
direcionada nesta fase da vida e devidamente acompanhada é de suma importância
para o preparo de homens e mulheres fortes emocionalmente, equilibrados,
temperantes, prestativos, tementes a Deus e dispostos a servir, com um alto senso
de moral e bondade. Portanto, a família, tida como um alicerce em diversas áreas da
sociedade, também deve desempenhar um papel protagonista neste processo.
Palavras - chave: Família, Adolescência, Adolescente, Desenvolvimento, Espiritual

INTRODUÇÃO

Este artigo sob o título: Família e Adolescência: as influências do contexto


familiar no desenvolvimento espiritual dos adolescentes, objetiva, conhecer os
conceitos dos diferentes impactos de contextos familiares, na formação deste quesito
para os membros da família que vivem este período da vida chamado de
adolescência. Os inúmeros debates sobre esta temática não são originárias de hoje,
para vários autores, quanto mais o mundo vai se reinventando, mais há uma
necessidade de conceituação atualizada destes temas.

Desde a antiguidade, entende-se por família, um grupo social de convívio intimo


que exerce uma inquestionável influência sobre a vida das pessoas, sendo encarada
assim, todavia, com um sistema organizacional. Este sistema é complexo, este grupo
sempre foi, e está inserido em um contexto social e ambos mantém uma constante

1
Trabalho de conclusão de curso as exigências do curso de Bacharelado em Teologia da Faculdade
Adventista da Bahia.
2
Graduado em Filosofia pela UNICAP, Teologia pelo SALT, Pedagogia pela FACHO e Mestre em
Família na Sociedade Contemporânea pela UCSAL. Professor do Seminário Adventista Latino
Americano de Teologia.
3
Graduando em Teologia do 8º período pelo Seminário Latino-americano de Teologia da Faculdade
adventista da Bahia.
3

conexão (PRATTA; SANTOS, 2007)4. O termo adolescência, segundo (ZIBORDI,


2004)5 é marcado por um período em que acontecem diversas mudanças na vida de
uma pessoa, uma das mudanças mais peculiares, é o amadurecimento do sistema
reprodutivo, conhecida também como a puberdade, um verdadeiro turbilhão
emocional agregado a um crescimento físico rápido e desproporcional. Sob estas
variáveis, existem contextos familiares diversos que norteiam a religiosidade dos
adolescentes.

Este artigo compõe-se de natureza teórica recorrendo a pesquisa bibliográfica,


para conhecimento de conceitos e contextos propostos nos objetivos da pesquisa.
Com o propósito de alcançarmos os objetivos propostos, o mesmo, esta subdividido
em três seções. Na primeira seção apresentaremos os conceitos de família e
adolescente, seus relacionamentos familiares e sua relevância no decorrer da
pesquisa, na seção seguinte será exposto a importância do desenvolvimento espiritual
dentro do contexto religioso cristão, assim como o papel dos pais neste quesito. Na
terceira seção identificaremos os diferentes contextos familiares no qual os
adolescentes da atualidade estão inseridos, e as influencias que o contexto familiar
proporciona. A análise aponta o papel do contexto familiar, como crucial em definição
de caráter, de desenvolvimento espiritual, além de fortaleza emocional para os
adolescentes membros da família.

1 O CONCEITO DE FAMILIA, ADOLESCENTE, ADOLESCÊNCIA E O


RELACIONAMENTO FAMILIAR

1.1 Conceito de Família

Segundo alguns autores, discorreremos sobre um breve conceito de família. A


família desde os tempos mais antigos, sempre foi um pilar fundamental para a
sociedade mesmo antes de existir o que conhecemos hoje como estado, comunidade,

4
PRATTA, Elisangela. Família e adolescência: a influência do contexto familiar no desenvolvimento
psicológico de seus membros. Psicologia e estudo, maringá, v. 12, ed. 2, p. 247-256, agosto/2007
2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
73722007000200005&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 19 maio 2020 .
5
ZIBORDI, Ciro. Adolescentes sa: coisas que rapazes e moças precisam saber. 2. ed. Rio de janeiro:
Cpad, 2005.
4

ou até antes de qualquer norma ou termo jurídico existente, em outras palavras, é o


alicerce básico de toda e qualquer sociedade que se tem conhecimento. (PEREIRA,
1999)6. Alguns autores como: Morgan, McLennan ou Bachofen, segundo (ARRUDA,
2011)7, pesquisaram e tentaram chegar a conclusões específicas quanto as diversas
formas de uma família, como seriam formadas, quais os costumes distintivos, a cerca
de suas composições, sem definições concretas, pois, foram poucas conclusões
sobre as pautas citadas. Segundo (PRADO, 1985) 8, a origem etimológica do termo
família:

Origina-se do latin famulus, significando, conjunto de servos e dependentes de


um chefe ou senhor. [...] Assim a família greco-romana compunha-se de um
patriarca e seus fâmulus: esposa, filhos, servos livres e escravos.

A escritora (WHITE,2006, p. 11-17)9 afirma que: “a sociedade é composta de


famílias”, e a família ou o lar, é o coração, o centro da comunidade, de uma instituição
religiosa, de uma nação, mais além, afirma a autora que a felicidade, o êxito, e a
prosperidade deste grupos, estão conectados com as fortes influências domésticas
do lar. Por isso, os escritos consideram o vínculo familiar, “o mais íntimo, terno e
sagrado de todos na Terra”. A família, foi instituída para ser uma grande dadiva a
humanidade, sendo; “um pequeno Céu na Terra”. Um lugar onde necessita-se da
manutenção das afeições ao invés de serem reprimidas, cultivo do amor, simpatia e
cortesias entre os membros, são segredos para um convívio feliz, segundo a autora.

1.2 Conceito de Adolescente e adolescência

Um período da vida, onde todo ser humano está sujeito a enfrentar. Para
(PAPALIA, 2013)10 “a adolescência é uma construção social” um período de
mudanças e inúmeras descobertas, uma espécie de passagem segundo a autora.

6
PEREIRA, Rodrigo. As consequências da ausência do pai. In: As consequências da ausência do
pai. [S. l.], 1999. Disponível em: <http://www.rodrigodacunha.adv.br/as-consequencias-da-ausencia-
do-pai/>. Acesso em: 11 maio 2020.
7
ARRUDA, Paula. Responsabilidade civil no direito de família: da possibilidade de indenização por
descumprimento do dever de convivência. Instituto brasileiro de direito da familia, recife, 22 nov.
2011. Disponível em: <http://www.ibdfam.org.br/_img/artigos/22_11_2011%20Afetividade.pdf>.
Acesso em: 11 maio 2020.
8
PRADO, Danda. O que é família. São paulo: Editora brasiliense, 1985.
9
WHITE, Ellen. Educação. Tatuí: Casa publicadora brasileira, 2006.
10PAPALIA, Diane; FELDMAN, Ruth. Desenvolvimento humano. Porto alegre: amgh editora ltda,
2013.
5

Falando sobre rapidez nas mudanças, segundo (PICHONN, 1999) 11, a


adolescência é como uma flecha do tempo contínua. Para (CHAMPMAN, 2018) 12 o
uso do termo adolescente teve seu uso inicial nos tempos da segunda guerra mundial,
mesmo tendo passado por inúmeras mudanças desde que o termo começou a ser
usado com mais frequência, o autor ressalta ainda que existem inúmeras
semelhanças entre os adolescentes da década de 40 e os adolescentes deste século.
O tempo em que ocorrem grandes mudanças, período também chamado de
puberdade com evolução física e cognitiva, isto é a adolescência, definida por
(ZIBORDI, 2005). Através destes autores, é nítido distinguir uma diferença significativa
entre os termos adolescente e adolescência.

1.3 Relacionamento familiar

A família é a base da sociedade, você já deve ter ouvido esta afirmação


diversas vezes em várias oportunidades diferentes. De fato, a estrutura familiar é
primordial para a construção de um relacionamento sólido e saudável entre os
integrantes desta família, e, por meio desta, auxiliar na formação de cidadãos e
cidadãs que irão compor essa sociedade e serão responsáveis para a manutenção do
seu funcionamento.

No entanto, como tem sido comum, ultimamente, é que o ser humano tem vivido
constantes momentos de fragilidade emocional ao longo da vida. E, por conta destes
momentos de fragilidade e sofrimento, ele têm sucumbido, através do estresse, da
depressão, e em uma tentativa frustrada de amenizar este sofrimento, tem buscado
no suicídio uma forma de livrar-se do sofrimento, mesmo que lhe custe a própria vida.

A Organização Mundial de Saúde indica que nas próximas duas décadas


haverá uma mudança nas necessidades de saúde da população mundial
devido ao fato de que doenças como a depressão estão, rapidamente,
substituindo os tradicionais problemas das doenças infecciosas e de má
nutrição (BAHLS; BAHLS, 2012, p. 1)13

Muitos das pessoas que enfrentam problemas emocionais na fase adulta da


vida, em muitas ocasiões, estes problemas se desenvolveram em situações mal

11
LE PICHON, X. As raízes do homem: da morte ao amor. Lisboa: Livros e leituras, 1999.
12 CHAPMAN, Gary. As 5 linguagens do amor dos adolescentes. 3. ed. São paulo: Mundo cristão,
2018.
13
BAHLS, Saint-Clair; BAHLS, Flávia Rocha Campos. Depressão na adolescência: características
clínicas. Interação em Psicologia, 2002, 6(1), p. 49-57. Universidade Federal do Paraná.
6

resolvidas na infância e na adolescência. Em outras ocasiões, a situação ainda tornou-


se muito mais preocupante, pois, têm crescido o número de adolescentes que
cometeram suicídios nos últimos anos. O que demonstra o aumento da depressão em
pessoas cada vez mais jovens. Ward, Eyler e Makris (2000 apud BAHLS; BAHLS,
2012, p. 1) “pontuam que a depressão se transformou em uma das doenças mais
comumente encontradas pelos médicos que atendem adolescentes”.

O ponto de partida desta pesquisa está relacionado com a base de toda esta
pesquisa, que é o relacionamento familiar. O ser humano é um ser social, ele
necessita de manter relacionamentos saudáveis para ter uma mente saudável, uma
vez que a sensação de solidão pode acarretar em desfechos trágicos. Braga e
Dell’Aglio (2013, p. 3)14 comentam que segundo dados da OMS, “o suicídio constitui-
se [...] em um problema de saúde pública mundial, pois está, em muitos países, entre
as três principais causas de morte entre indivíduos de 15 a 44 anos e é a segunda
principal causa de morte entre indivíduos de 10 a 24 anos”.

Os dados são realmente assustadores, por ano, de acordo com Braga e


Dell’Aglio (2013, p. 3), “aproximadamente um milhão de pessoas morrem devido ao
suicídio, o que representa uma morte a cada 40 segundos”. Esses números chegam
a impressionar, uma vez que, o suicídio entre os mais jovens têm sido bastante
frequentes, como foi apontado na pesquisa. Monteiro e Lage (2007, p. 258) 15, afirmam
que “em 2020 a depressão representará a segunda afecção que mais perpassará os
anos de vida útil da população mundial, podendo mesmo até ultrapassar o número de
afetados por doenças cardiovasculares”.

Chega a ser assustador que crianças de 10 anos de idade cometam suicídio.


No entanto, a Organização Mundial da Saúde apresenta esses dados. E entre as

14
BRAGA, Luiza de Lima; DELL'AGLIO, Débora Dalbosco. Suicídio na adolescência: fatores de risco,
depressão e gênero. Contextos Clínic, São Leopoldo, v. 6, n. 1, p. 2-14, jun. 2013 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-
34822013000100002&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 26 out. 2020.
http://dx.doi.org/10.4013/ctc.2013.61.01.
15
MONTEIRO, Kátia Cristine Cavalcante; LAGE, Ana Maria Vieira. A depressão na adolescência.
Psicol. estud., Maringa , v. 12, n. 2, p. 257-265, Aug. 2007. Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
73722007000200006&lng=en&nrm=iso>. access on 08 Nov. 2020. https://doi.org/10.1590/S1413-
73722007000200006.
7

principais causas, está a depressão, como apresenta Braga e Dell’Aglio (2013, p. 3)


Para Araújo et al.(2010 apud BRAGA; DELL’AGLIO, 2013, p. 5), “o suicídio refere-se
ao desejo consciente de morrer e à noção clara do que o ato executado pode gerar”.

(Bahls e Bahls, 2002; Baptista, 2004; Freitas e Botega, 2002; Kokkevi et al.,
2010) de que a presença de sintomas depressivos - como sentimento de
tristeza, desesperança, humor depressão, falta de motivação, diminuição do
interesse ou prazer, perda ou ganho significativo de peso, problemas de sono,
capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se, dentre outros - é um
importante fator de risco para o suicídio e de que a adolescência é
considerada um período propício tanto para a ideação quanto para as
tentativas de suicídio, principalmente quando associada à depressão
(ARAÚJO et al.,2010 apud BRAGA; DELL’AGLIO, 2013, p. 5).

Como foi expresso na citação acima, os sintomas depressivos são os principais


gatilhos que impulsionam o suicídio entre adolescentes. Um dos grandes problemas
vividos pela adolescência nos moldes atuais de sociedade é a solidão. Pois os pais
trabalham, têm outras prioridades e assim o relacionamento familiar, normalmente
está cortado. Dutra (2002 apud BRAGA; DELL’AGLIO, 2013, p. 5) “considera que a
solidão é um sentimento muito comum em adolescentes que tentam o suicídio”.

Chega a ser preocupante como cada vez mais os mais jovens têm enfrentado
a depressão, conforme os estudos de Olsson e von Knorring (1999 apud BAHLS;
BAHLS, 2012, p. 2), foi constatado que, pelo menos, “25% dos adultos com depressão
maior relataram o primeiro episódio da doença ocorrendo antes dos dezoito anos de
idade”. Ou seja, há uma infinidade de crianças e adolescentes enfrentando à
depressão e distúrbios emocionais e os pais precisam se atentar para evitar que o pior
venha a acontecer.

A busca por uma vida mais confortável para a família, muitas vezes tem um
preço muito alto, e que normalmente, quem paga a conta são os filhos. E, em muitas
oportunidades, o resultado acaba sendo trágico. Braga e Dell’Aglio (2013, p. 5)
relatam que “tais jovens relatam sentir falta de ter amigos e reclamam não ter ninguém
para dividir experiências e tristezas, apresentando maior probabilidade de desenvolver
problemas emocionais, comportamentais e afetivos”.

Em vista destes dados e do parecer destes especialistas, cada vez mais o


relacionamento familiar ganha, cada vez mais, uma grande importância. Já que se
não houver um cuidado e atenção dos pais para com os seus filhos, situações
traumáticas podem vir a se tornar mais frequentes.
8

2 O PAPEL DOS PAIS NO DESENVOLVIMENTO DO ADOLESCENTE

Ora, se os pais são de fato importantes na vida dos adolescentes, estes devem
ter cuidado em seu modo de vida tendo como objetivo também impactar suas vidas
na moralidade e principalmente no desenvolvimento espiritual, afirma (CAMPBELL,
2004)16. Mais importante que uma instrução simples e comum, a instrução religiosa
em favor do crescimento espiritual dos filhos são sementes plantadas que renderão
muitos frutos positivos (WHITE, 2006)17.

Os pais, por sua vez, têm um importante papel para poder dar uma melhor
qualidade de vida para os seus filhos, não só de ordem financeira, mas, também no
fator emocional. Para Wagner (et al., 2005, p. 277) 18, “a adolescência constitui uma
etapa decisiva no processo de desprendimento da família”. Mas, não é fácil
desempenhar este papel, pois tanto os pais como os filhos estão em diferentes fases
do desenvolvimento humano, e ambos encontrarão uma série de dificuldades para
poder fazer este tipo de enfrentamento.

Na infância, as crianças veem os seus pais como deuses, aqueles que estão
ali para lhe prover o alimento, dar a atenção, carinho e lhe garantir a segurança que
tanto almeja. E na falta de algum destes fatores a criança se sente desprotegida e
isso pode acarretar uma série de problemas emocionais.

A depressão pode ser considerada um dos transtornos principais da nossa


época, até 1960, quando a sua ocorrência na infância e na adolescência
começou a ser pesquisada, os transtornos de humor eram compreendidos
como uma condição rara nesta faixa etária. (MONTEIRO; LAGE, 2007, p.
258)19

16
CAMPBELL, Ross. Como realmente amar seu filho adolescente. São paulo: Mundo cristão,
2004.
17
WHITE, Ellen. Fundamentos do lar cristão. Tatuí: Casa publicadora brasileira, 2006.
18
WAGNER, Adriana et al. Estratégias de comunicação familiar: a perspectiva dos filhos
adolescentes. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre, v. 18, n. 2, p. 277-282, Aug. 2005. Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
79722005000200016&lng=en&nrm=iso>. Access em 08 Nov. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-
79722005000200016.
19
MONTEIRO, Kátia Cristine Cavalcante; LAGE, Ana Maria Vieira. A depressão na adolescência.
Psicol. estud., Maringá, v. 12, n. 2, p. 257-265, Aug. 2007. Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
73722007000200006&lng=en&nrm=iso>. access on 08 Nov. 2020. https://doi.org/10.1590/S1413-
73722007000200006.
9

Na adolescência a fase em que se encontram é totalmente diferente. É quando


o adolescente passa a questionar as coisas, e seus questionamentos precisam ser
sanados. O adolescente passa a questionar as coisas e, por isso, atitudes incoerentes
por parte dos adultos serão alvos de questionamentos e, até mesmo, represálias.
Trata-se de um outro tipo de relacionamento, porém entre os mesmos indivíduos, mas,
isso não quer dizer que este jovem não sente a falta da atenção dos pais.

É comum, nesse processo, que o jovem apresente maior rebeldia em relação


à autoridade em geral. Nessa etapa da vida, as regras costumam ser
questionadas e até mesmo contestadas por ele, o que é necessário para o
desenvolvimento da sua identidade (WAGNER, FALCKE, SILVEIRA &
MOSSMANN, 2002 apud WAGNER, et al, 2005, p. 277)

A coerência é muito importante no que tange a questão da autoridade. Como


foi abordado no parágrafo acima o jovem tem uma propensão à rebeldia, uma vez
que, trata-se de uma importante fase do desenvolvimento humano. E ele passa a
mudar o seu foco na formação do seu ciclo social, quer ser aceito ao meio social ao
qual ele admira, e se coloca em situações para ser aceito

Wagner (et al., 2005, p. 277) comenta que “o jovem volta-se para o meio social
e apoia-se no seu grupo de iguais [...] a família já não é mais o centro de suas
atenções”. A busca pelo reconhecimento destes grupos sociais permite com que o
jovem se afastes do seio familiar e fica mais propenso e vulnerável para fazer escolhas
erradas em prol desta ‘aceitação popular’.

Por mais que já tenham sido adolescentes, os pais não têm encontrado a
sensibilidade necessária para poder se aproximar destes adolescentes. Talvez por
sentir vergonha do que foi feito no passado ou por que, simplesmente, por saber qual
é o resultado final desta empreitada, entenda que a melhor maneira é tratar o filho
como se fosse uma criança de 8 anos, não se importando com o constrangimento que
este venha a passar.

Mais recentemente a investigação tem prestado atenção ao impacto dessas


relações na adolescência e fase jovem adulta com todas as vicissitudes
inerentes ao ciclo vital. O processo vinculativo realça a importância dos laços
afetivos precoces que se encarregam de criar uma base segura no ser
humano. (MOTA; MATOS, 2009, p. 344 )20

20
MOTA, Catarina Pinheiro; MATOS, Paula Mena. Apego, conflito e auto-estima em adolescentes
de famílias intactas e divorciadas. Psicol. Reflex. Crit., Porto Alegre, v. 22, n. 3, p. 344-352, 2009 .
Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
79722009000300004&lng=en&nrm=iso>. access on 08 Nov. 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-
79722009000300004.
10

A manutenção dos laços afetivos na vida dos adolescentes, como foi explicitado
na citação acima, são os elementos chaves para a formação de uma base segura na
vida do ser humano. O ser humano precisa de companhia, necessita de atenção, de
estar incluído em um contexto social, senão ele poderá vir a sucumbir por conta da
sensação de solidão causada pela depressão.

A capacidade humana para a formação de laços emocionais é de fundamental


importância para o sistema psicológico se desenvolver e funcionar perfeitamente. A
companhia, a sensação de aceitação e inclusão são fundamentais para o
desenvolvimento humano. Como você poderá ver na citação do texto abaixo:

A capacidade para a formação de laços emocionais constitui um elemento de


extrema relevância para o desenvolvimento e funcionamento psicológico,
procurando contribuir para a compreensão das perturbações psicológicas
que têm por base a dissolução ou ruptura indesejada dos laços afetivos
(MATOS, 2002 apud MOTA; MATOS, 2009, p. 344).

Em estudos missiológicos, na área de crescimento de igreja, é de fundamental


importância para que o novo membro, por exemplo, estabeleça um ciclo de amizades
dentro desta nova comunidade na qual foi inserido. Caso isso não venha a acontecer
é, quase certo, que esse novo membro não fará parte do corpo congregacional dessa
igreja por muito tempo.

Da mesma forma ocorre com os jovens ao procurarem grupos que se


identificam. Por exemplo, a turma do funk, só se identifica nesta comunidade quem
gosta de funk. Igualmente do pagode, sertanejo, rock, os nerds, os que gostam de
academia, futebol, basquete, etc. Porém, se a pessoa chegar em qualquer um desses
grupos, mesmo até que se identifique com algum destes, se não for acolhida, não
ficará por muito tempo.

Se uma situação dessas ocorrer dentro de um ambiente familiar, aí que a


situação ficará mais preocupante ainda. Porque não tem como alguém trocar de
família, como se pode trocar um grupo de amigos. Porém algo precisa ser observado
quanto a isso, Maldonado (1997 apud WAGNER, et al., 2005, p. 277) comenta que é
“inevitável que todo o sistema familiar seja atravessado por esse processo de
desenvolvimento do filho adolescente, fazendo ajustes necessários para integrar
essas mudanças”.

Outro aspecto importante é no que tange o divórcio, principalmente, nos tempos


atuais, uma vez que a cada ano têm crescido os números de divorciados por anos. É
11

fato como o divórcio não só afeta a vida do casal, como também a vida dos filhos.
Enganam-se os pais que pensam que conseguem esconder dos filhos por muito
tempo os conflitos conjugais. E, geralmente, o processo de separação, por muitas
vezes é doloroso, por conta das brigas e disputas judiciais, e, em muitas
oportunidades são os filhos que pagam a conta.

O divórcio implica separação e perda, especialmente no que se refere a um


self relacional. Esta transição origina inevitavelmente um impacto a nível de
toda a família, incluindo os filhos que tendem a partilhar as emoções intensas
e entram igualmente num processo de luto e reorganização do equilíbrio
psicológico (MATOS & COSTA, 2004 MOTA; MATOS, 2009, p. 344).

Como você pôde constatar na citação acima, o divórcio implica em uma


separação, porém, muito mais do que isso, implica em uma perda também. Um estado
de luto onde se inicia uma inevitável mudança, onde aquela forma de convivência não
existirá mais. Muitas famílias nunca mais foram as mesmas depois do processo de
divórcio e os filhos são um reflexo desse estado.

Geralmente a situação pós-divórcio é traumática, embora, em alguns casos,


exista uma boa convivência entre os membros da família, mesmo após o divórcio.
Ainda assim, é muito mais evidente os efeitos negativos causados pelo divórcio nos
filhos, principalmente, na adolescência, do que mesmo na infância.

3 A INFLUÊNCIA DO NÚCLEO FAMILIAR NO DESENVOLVIMENTO


ESPIRITUAL DOS FILHOS ADOLESCENTES

Um dos contextos familiares nos quais os adolescentes estão inseridos é o da falta


de tempo ou pouca atenção dos pais, e isto se torna crucial aos filhos no período da
adolescência. Um outro contexto familiar vivido pelo adolescente é o da falta de
comunicação com os pais. Esta falta de comunicação tende a piorar neste período
devido a etapa de rebeldia vivenciada (PELT, 2006).21

O Núcleo familiar tem uma função extremamente importante no


desenvolvimento intelectual dos filhos. Uma vez que, trata-se de como está a
comunicação dentro do ambiente familiar. Carter & McGoldrick (2001, apud

21
PELT, Nancy. Como formar filhos vencedores: desenvolvendo o caráter e a personalidade. Tatuí:
Casa publicadora brasileira, 2006.
12

WAGNER, et al., 2005, p. 277) salientam que a principal tarefa da família nesse
momento evolutivo é aumentar a flexibilidade das fronteiras familiares a fim de integrar
os movimentos de independência dos filhos

A qualidade da relação familiar constitui-se como a vinculação entre os


membros familiares, quando esta é norteada por fatores protetivos que
podem ser identificados a partir da afetividade, tipo de comunicação
estabelecida, envolvimento dos pais, práticas educativas e estilo parental
aderido, clima conjugal estabelecido, bem como das práticas religiosas
(ASSIS, PESCE, & AVANCI, 2006; NEWMAN ET AL., 2008; WEBER,
PRADO, SALVADOR, & BRANDENBURG, 2008 apud BECKER; MAESTRI;
BOBATO, 2015, p. 85).

Como foi demonstrado no texto acima observou que a qualidade da relação


familiar é constituída através do estabelecimento dos vínculos entre os membros
familiares, quando norteados por fatores protetivos identificados a partir da
afetividade. Desde que haja o envolvimento dos pais tanto em práticas educativas
como em práticas religiosas, que é o objetivo central desta pesquisa.

A boa comunicação entre os familiares é fundamental para que haja esse


desenvolvimento. Wagner (et al., 2005, p. 277) comenta que “esse é um processo que
demanda profundas transformações, principalmente no que se refere à comunicação
que se estabelece na família. O contexto passa a ser extremamente importante para
que ocorra uma conversa exitosa entre pais e filhos”. Se a família tem dificuldades em
estabelecer um bom relacionamento entre os membros que a compõe, dificilmente
poderá exercer uma boa influência na religiosidade para com os seus filhos.

Em relação aos tipos de comunicação entre os membros da família, Ríos-


González (1994 apud WAGNER, et al., 2005, p. 277) “caracterizou três diferentes
formas de comunicação: a comunicação aberta, a superficial e a fechada”. A
comunicação aberta é aquela onde existe uma relação aberta e de confiança entre os
membros da família. Onde os pais desenvolvem uma amizade com os seus filhos.

A comunicação fechada caracteriza-se por excesso de autoridade, ordens e


ameaças por parte dos pais. Assim, não há espaço para os filhos
manifestarem seus sentimentos e dúvidas. Dessa maneira, pode-se pensar
que nas famílias onde a comunicação é superficial ou fechada, os membros
se relacionam superficialmente e conversam apenas sobre assuntos que
fazem parte do cotidiano da família, num caráter convencional (RÍOS-
GONZÁLEZ, 1994 apud WAGNER, et al., 2005, p. 277).

Nesse sentido, de acordo com Jakson & cols. (1998) e Ríos-González (1994
apud WAGNER, et al., 2005, p. 277), “quanto menor for o nível de desacordo entre
pais e adolescentes, melhor se dará o desenvolvimento das relações familiares”. A
13

relação entre pais e adolescentes que, anteriormente, era uma relação fechada, nos
moldes do mundo atual, não tem mais espaço. Conforme foi apontado por Assis et al.
(2006 apud BECKER; MAESTRI; BOBATO, 2015, p. 85)22, “a aderência das práticas
religiosas pode ser considerada como um fator protetivo, uma vez que permite o
fortalecimento de vínculos no relacionamento familiar, na provisão de apoio, suporte
e respeito mútuo”.

Nas famílias com fronteiras rígidas, a dificuldade de comunicação entre pais


e filhos costuma ser mais freqüente, pois os jovens acabam por não confiar
em seus pais que se mostram incapazes de perceber as mudanças de seus
filhos adolescentes. Esses pais buscam constantemente provas da
responsabilidade do filho, mas não conseguem dialogar abertamente e
orientá-los quanto às dúvidas que surgem nesta fase do desenvolvimento
(CERVENY & BERTHOUD, 1997 apud WAGNER, et al., 2005, p. 277)

No passado, o relacionamento entre pais e filhos adolescentes eram do estilo,


comunicação fechada. No entanto, esse tipo de relacionamento, como mencionado
anteriormente, não cabe nos moldes da sociedade atual, onde a informação está na
palma da mão. Porém, ainda existem algumas características que se repetem. Como
a proximidade entre mães e filhos e a comunicação entre eles. Sendo assim, de
acordo com Bhushan (1993), Carmona (2000) e Hartos & Power (2000 apud
WAGNER, et al., 2005, p. 278), “os adolescentes relatam preferir suas mães para
conselhos e orientação e acreditam que elas são mais abertas e iniciam mais as
conversas, aceitando as opiniões dos filhos”.

Pode possibilitar ainda a promoção do desenvolvimento de uma autoestima


positiva, autocontrole, bem como características de temperamento afetuoso
e flexível. Tais autores consideram que os grupos religiosos constituem-se
como um dos fatores protetivos significativos para o desenvolvimento juvenil.
(BECKER; MAESTRI; BOBATO, 2015, p. 85)

A comunicação familiar, como destacam, Jakson & cols. (1998) e Ríos-


González (1994 apud WAGNER, et al., 2005, p. 277) comentam que “nas famílias
onde os membros podem manifestar seus sentimentos e questionamentos sem
sentirem-se ameaçados, provavelmente existe uma comunicação aberta, profunda,
responsável e afetiva”. No judaísmo, por exemplo, durante a primeira parte da
infância, são as mães as responsáveis por introduzir a religião na vida dos filhos. Um
exemplo clássico, da educação do próprio Cristo. O que acaba deixando as mães mais

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SESTI BECKER, Ana Paula; PAZA MAESTRI, Tânia; BOBATO, Sueli Terezinha. Impacto da
religiosidade na relação entre pais e filhos adolescentes. Arquivos Brasileiros de Psicologia, vol.
67, núm. 1, 2015, pp. 84-98. Universidade Federal do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, Brasil.
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próximas dos filhos. Os adolescentes, de acordo com Wagner & cols. (2002 apud
WAGNER, et al., 2005, p. 278), “quando comparam o relacionamento com seus pais,
afirmam ser comumente mais próximos de sua mãe, revelando mais suas vivências
íntimas para ela, além de falarem sobre uma variedade de assuntos mais que com o
pai”.

A religiosidade, de fato, é vista como um fator protetivo, principalmente, em


relação à formação do caráter dos adolescentes. Porém, para que esta influência seja
bem feita, o relacionamento entre pais e filhos deve ser construído sob uma relação
de amor, amizade, uma comunicação aberta, e uma relação de confiança e respeito
entre os componentes do núcleo familiar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do estudo concluímos que para que os pais possam influenciar na


religiosidade dos filhos, o relacionamento deles deve estar alicerçado em uma relação
de confiança e companheirismo mútuo, onde haja uma comunicação aberta entre os
entes. Sem um relacionamento construído nesta base, não adianta implementar
planos como culto familiar, ou mandar o filho para o colégio interno, entre outros. Uma
vez que o filho estará se envolvendo com as atividades espirituais como apenas uma
obrigação e não por alegria e prazer, criando uma espécie de aversão ao cristianismo.

Na primeira parte deste trabalho, foram apontados os efeitos de uma vida sem
uma solidez religiosa para os adolescentes. Onde foram apontados alguns dados
assombrosos que embasam esta pesquisa. Em vista dos dados e do parecer destes
especialistas apresentados na primeira parte deste trabalho, onde mostrou a triste
realidade onde a alta taxa de suicídio entre os jovens e adolescentes. Cada vez mais
um bom relacionamento no ambiente familiar ganha, cada vez mais, uma grande
importância. Pois um dos principais aspectos apontados como motivação para essa
alta na taxa de suicídio entre jovens e adolescentes, está a depressão ocasionada
pela sensação de solidão.

A segunda parte teve como finalidade apontar as principais dificuldades


sofridas pelos pais que atrapalham ainda mais este processo. Entre estas, estão o
divórcio e a violência familiar. Geralmente a situação pós-divórcio é traumática,
15

embora, em alguns casos, exista uma boa convivência entre os membros da família,
mesmo após o divórcio. Ainda assim, é muito mais evidente os efeitos negativos
causados pelo divórcio nos filhos, principalmente, na adolescência, do que mesmo na
infância. Estes efeitos negativos, muitas vezes, são os principais causadores de
algumas tragédias familiares, como a violência familiar, a criminalidade e as mortes
trágicas, estão entre alguns destes fatores.

A terceira parte deste trabalho é o papel dos pais em promover a religiosidade


dentro do ambiente familiar para proteger os filhos. E, de fato, a religiosidade é vista
como um fator protetivo, principalmente, em relação à formação do caráter dos
adolescentes. Porém, para que esta influência seja bem feita, o relacionamento entre
pais e filhos deve ser construído sob uma relação de amor, amizade, uma
comunicação aberta, e uma relação de confiança e respeito entre os componentes do
núcleo familiar.
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