Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Gabriela Seben¹
Maria Lucia Tiellet Nunes ²
Olga Garcia Falceto³
Resumo
¹ Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande
do Sul, Especialista em Terapia de Casal e Família pelo Instituto da Família de Porto Alegre
(INFAPA)
² Psicóloga, Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade Livre de Berlim, Professora
Titular da Faculdade de Psicologia da PUCRS
³ Médica Psiquiatra, Psiquiatra da Infância e Adolescência e Terapeuta de Famílias. Doutora
em Medicina, Chefe do Departamento de Medicina Legal da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Professora e coordenadora de pesquisa do Instituto da Família de Porto
Alegre (INFAPA).
Abstract
Introdução
Gabarra, Moré, Ocampo & Crepaldi, 2009; Souza & Ramires, 2006).
Na medida em que o divórcio passou a ser compreendido como um
evento que pode fazer parte do ciclo vital da família, portanto, novos desafios
passaram a ser propostos aos membros dos grupos familiares. Sob esta
perspectiva, pode-se pensar que a separação não acaba com a família,
mas, ao contrário, tende a transformá-la. Após o divórcio, a reorganização
familiar leva algum tempo até ser restabelecida (Cano et al., 2009). Carter e
McGoldrick (1995) oferecem uma visão mais positiva acerca do processo de
separação para a criança, afirmando que “o divórcio proporciona o potencial
para uma experiência de crescimento, na medida em que os membros da
família desenvolvem novas capacidades adaptativas” (p. 293).
Seria a ausência de apoio para a família que vive o processo de
divórcio o mecanismo potencializador de dificuldades. Portanto, o impacto
gerado nos filhos, no que concerne à ruptura conjugal dos pais, à perda
de um deles ou a outras possíveis situações que implicam reestruturação
familiar, pode ser avaliado a partir de uma série de fatores. O primeiro deles
se refere à qualidade do vínculo que os pais estabelecem e mantêm com
seus filhos, influenciando no bem-estar e na saúde psíquica dos mesmos.
Outro aspecto está relacionado aos cuidadores auxiliares, que atuam como
fontes de apoio para a criança durante os períodos de crise (Cano et al.,
2009; Carter & McGoldrick, 1995).
Porém, embora existam diversas pesquisas acerca das novas con-
figurações familiares, que abordam, sobretudo, os seus efeitos sobre os
membros da família, ainda não há dados conclusivos sobre o tema quanto
a sua influência direta no desenvolvimento dos filhos, sejam eles crianças
ou adolescentes. Sabe-se, contudo, que a vivência da criança que passa
por uma situação de transição familiar, seja pelo divórcio dos pais ou pela
perda por morte de um dos cuidadores, é marcada por um período de
reestruturação (Cano et al., 2009; Wagner, 2002).
Considerações finais
Referências
Enviado em 14/07/2011
1ª revisão em 22/09/2011
Aceito em 24/10/2011