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Psicoterapia familiar nas situações de

recasamento: a criança, o
adolescente e seus pais.

Docente: Eva Paim


Discentes: Isabelle Lucena, Reni Machado, Viviane Oliveira, Ana Luísa Felix, Talita Moraes
INTRODUÇÃO

 Porque as pessoas se separam ?


-Mudanças significativas na economia, ciência, cultura e principalmente na sociedade.
 Qual novo conceito de Família?
-Pessoas que compartilham o mesmo teto, com adultos envolvidos nos cuidados das
crianças. Nessa apresentação abordaremos como a psicoterapia age em situações de
recasamento. Entendendo a sua complexidade pois nessa relação todos os envolvidos
são afetados.
DO INDIVÍDUO À FAMÍLIA

 Os indivíduos se caracterizam por pertencerem a múltiplos sistemas. A família é o


sistema menor dentro de um macrossistema social, onde fluem trocas e interferências
mútuas. O comportamento e o desenvolvimento de um indivíduo influenciam todos os
demais membros da família, e esta igualmente influencia seus integrantes. As
delimitações de espaços psicológicos entre pais e filhos, de todos com outros familiares
e com o meio externo, constituem uma condição importante para o adequado
funcionamento da família
CONTEXTOS QUE ANTECEDEM AO
RECASAMENTO

 O período de crise no casamento, que culmina em separação, provoca reações e


emoções desconhecidas por todos os envolvidos nesse processo. Os adultos
experimentam ansiedade e confusão, dispendendo muita energia psíquica para
sobreviverem à dor e aos sentimentos de culpa que acompanham a ruptura do
casamento.
 O homem, que na maioria dos casos, é quem deixa a casa, depara-se com novos
desafios como morar e se organizar sozinho, além de ficar longe dos filhos.
 Já a mulher, muitas vezes precisando intensificar sua atividade profissional, pode se
afastar por maior tempo de casa, sentindo-se também sobrecarregada com o novo
papel de cuidar sozinha da casa e dos filhos.
CONTEXTOS QUE ANTECEDEM AO
RECASAMENTO

 Em geral, no rompimento do casamento, se houve consideração, respeito mútuo e


envolvimento no cuidado dos filhos, poderão chegar a acordos que preservem uma
relação positiva e a continuidade da união enquanto pais.
 A sociedade conjugal se desfaz, mas a sociedade parental deverá permanecer até
que os filhos se tornem adultos e independentes.
 Os ex-cônjuges podem desenvolver relações amistosas, cooperando um com o outro
e priorizando o bem estar dos filhos.
CONTEXTOS QUE ANTECEDEM AO
RECASAMENTO
 Kaslow (1987), estudiosa sobre o assunto, aponta como motivações para um
novo casamento:
 (1) Motivos similares para o primeiro casamento: amor e desejo de compartilhar a vida
com alguém, no sentido de desenvolver e alcançar novas realizações.
 (2) Oferecer uma vida em família para os filhos do primeiro casamento: as tarefas de
constituírem genitor único podem ser opressivas e a possibilidade de dividi-las com
um segundo parceiro que auxilie é muito atrativo.
 (3) Alguns indivíduos divorciados não toleram a condição de estarem sozinhos, se
sentindo sem reconhecimento; procuram outro casamento para se livrar da sensação
desconfortável de desequilíbrio.
 (4) Outros casam de novo para serem apoiados financeiramente.
FORMANDO UMA NOVA FAMÍLIA

 "Quando um homem e uma mulher se unem num segundo casamento,


trazendo consigo os filhos de relacionamento(s) anterior(es), constituem
uma estrutura familiar complexa, na qual conflitos e tensões próprios da
convivência se intensificam e as reações se tornam visíveis."
ORIENTAÇÕES PARA FORMAR UMA
NOVA FAMÍLIA

 Aconselhável um período de tempo entre o divorcio e o recasamento.


 Não expor as crianças a relações altamente sexualizadas, para evitar o
estresse dos filhos.
 Administrar o tempo para estar com os filhos e namorados em casos de
crianças pequenas para não acontecer exposição precoce.
 Não excluir os filhos completamente da nova relação, manter segredos
podem gerar quebra de confiança.
É IMPORTANTE LEMBRAR

 É preciso respeitar o luto pela perda da primeira família.


 Em situações de recasamento papeis de gênero devem ser revisados.
 Crianças de recasamento não estão procurando novos pais.
 Todo conflito familiar pode ter uma outra versão.
CONTEXTOS TERAPÊUTICOS PARA
FAMÍLIAS COM RECASAMENTOS

 Segundo o IBGE, o número de recasamentos aumentou em 71,7% entre 2010 e


2019.

 Entre os principais motivos de consulta terapêutica, estão crianças que vivenciam


ou já vivenciaram a separação dos pais, ou estão fazendo parte dos novos arranjos
familiares.

 O relato de uma mãe de uma família com recasamento, mostra bem as dificuldades
que essas famílias enfrentam.
CONTEXTOS TERAPÊUTICOS PARA
FAMÍLIAS COM RECASAMENTOS

 O relato exemplifica padrões a serem explorados e compreendidos em famílias


com recasamento, levando-se em consideração os triângulos formados dentro
dessas famílias.

 Para um planejamento terapêutico, devem ser considerados os espaços de tempo


entre o término do primeiro casamento e a constituição da nova estrutura familiar,
a idade dos filhos e o tipo de comunicação mantida pelos ex-cônjuges, entre
tantos outros.

 O relacionamento satisfatório do casal é fundamental não somente para sua


felicidade, mas porque dessa relação depende a estabilidade dos demais.
CONTEXTOS TERAPÊUTICOS PARA
FAMÍLIAS COM RECASAMENTOS
 Ahrons (2007) aponta seis características descritivas da força familiar:
1 - Expressão de apreciar uns aos outros e sabedoria para dispender tempo juntos;
2 - Participação de atividades comuns; 3 - Bom padrão de comunicação; 4 - Confiança;
5 - Orientação religiosa e 6 - Habilidade para lidar com o estresse de maneira positiva

 Francescato (1999) inclui alguns fatores indicativos de uma organização com sucesso e
satisfação:
1- Elaboração da perda;
2- A definição de expectativas realísticas;
3- A solidificação do novo casal;
4- A individualização dos rituais familiares:
5- O desenvolvimento da relação entre genitores e filhos do atual companheiro:
6- Colaboração entre as famílias
CONCLUSÃO

 Conclui-se que na psicoterapia familiar, na situação de recasamemto, as


famílias se desenvolvem de forma positiva.

 Do desejo de acertarem na nova escolha.

 Cuidando para não repetirem os mesmos erros já cometidos,


desenvolvendo tolerância e aceitação das diferenças.
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