ALUNA : Karin Leony Souza 7°periodo -noite RA 210471692
FAMILIA E SOLIDÃO
Durante muitos anos, houve uma imagem estereotipada e negativa associada
aos idosos na sociedade. Essa imagem foi construída por meio de estereótipos, preconceitos e generalizações, e refletiu uma visão desvalorizada e limitada do envelhecimento. Quem nunca assistiu a um filme ou até mesmo uma novela onde os idosos são apresentados como pessoas frágeis, confusas, isoladas ou dependentes. Esses estereótipos podem reforçar visões preconceituosas e limitadas sobre o envelhecimento. Atualmente os idosos representam 14,26% (2020) da população Brasileira, dentro de um contexto familiar , segundo dados do IBGE cada vez mais os idosos tem se tornado a pessoa referência da família a qual tem como responsabilidade as desposas com habitação entre outros , segundo a pesquisa esta porcentagem cresceu mais de 50% entre os anos de 2001 e 2015. Segundo o perfil sociodemográfico o contexto familiar dos idosos vem se modificando durante os anos. O número de casados caiu de 55% para 52% em 2020, aumentando o número de divorciados, desquitados, separados assim como solteiros e viúvos. Outro dado que a pesquisa traz é numero de idosos com filhos que aumentou de 68% para 73% em 2020. Alguns fatores podem ser relevantes para este aumento como por exemplo mudanças socioeconômicas e culturais; nas últimas décadas, houve mudanças significativas na sociedade brasileira, como o aumento da expectativa de vida, avanços na saúde e mudanças de papéis de gênero essas questões podem ter influenciado homens a terem filhos na terceira idade, assim como novos relacionamentos e estabilidade financeira. Estas estruturas familiares têm passado por mudanças significativas ao longo do tempo o aumento da urbanização, a mobilidade geográfica e o ritmo acelerado da vida moderna podem afetar a proximidade física e o apoio emocional entre os membros da família. Isso pode resultar em uma menor presença da família na vida diária dos idosos e aumentar o risco de solidão e ainda: o tamanho da família tende a diminuir ao longo do tempo, com menos filhos e netos em comparação com gerações anteriores. Isso pode levar a uma menor rede de apoio familiar disponível para os idosos, especialmente quando os filhos estão distantes geograficamente ou enfrentam suas próprias demandas e responsabilidades. Segundo Hossen existe uma distinção entre isolamento e solidão, o primeiro é objetivo pois mede a quantidade de contatos sociais enquanto que na solidão o conceito é subjetivo pois expressa a insatisfação da pessoa com estes contatos sociais. Os sentimentos de solidão podem surgir em todas as faixas etárias, nos idosos se agravam principalmente quando precisam ser institucionalizados, mas também ocorrem quando surgem acontecimentos de vida que se traduzem em perdas ou, quando sua capacidade de adaptação está diminuída. Cabe aos profissionais de saúde que convivem com estas pessoas estarem atentos aos sinais verbais e não verbais pois muitos idosos expressam seus sentimentos de solidão através de queixas psicossomáticas, dado isso a importância de intervenções psicossociais que promovam a conexão social, o suporte emocional e o fortalecimento das habilidades de enfrentamento dos idosos. Para compreender a solidão na perspectiva dos idosos, é imprescindível levar em consideração suas experiências e percepções individuais. Intervenções focadas em fortalecer as redes sociais e comunitárias, encorajar a participação em atividades sociais e promover o apoio emocional e prático da família podem ajudar a melhorar o bem-estar e reduzir a solidão entre os idosos. Referencias BERGER, L.; MAILLOUX-POIRIER, D.; MARIA ADELAIDE MADEIRA. Pessoas idosas: uma abordagem global: processo de enfermagem por necessidades. [s.l: s.n.].. Idosos e Família no Brasil. Disponível em: <https://www.gov.br/mdh/pt- br/navegue-por-temas/observatorio-nacional-da-familia/carrossel/idosos-e- familia.jpg/view>. Acesso em: 6 jun. 2023. AZEREDO, Z. DE A. S.; AFONSO, M. A. N. Solidão na perspectiva do idoso. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, v. 19, n. 2, p. 313–324, abr. 2016.