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Universidade de Brasília, Campus Ceilândia

Disciplina: Fundamentos em psicologia aplicados ao desenvolvimento 2

Curso: Fonoaudiologia

Grupo11: Como as pessoas de meia idade se relacionam com seus pais e irmãos

Aluno: Flavia Gomes de Sousa

Aluno: Michael Brito da Conceição Matrícula: 190133988

Aluno: Nicole Larissa Gomes

Resumo

Autor: Diane E. Papalia e Ruth Duskin Feldman

Obra: Desenvolvimento Humano (páginas 562-564)

RELACIONAMENTOS COM PAIS IDOSOS: Maturidade filial, quando filhos de meia-idade “aprendem a aceitar e a
atender às necessidades de dependência de seus pais (Marcoen, 1995, p. 125). É visto como um desfecho saudável
de uma crise filial, na qual os adultos aprendem a equilibrar amor e dever para com seus pais com autonomia em um
relacionamento de mão-dupla. A maioria das pessoas de meia-idade aceita de bom grado suas obrigações para com
seus pais (Antonucci et al., 2001).

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em cinco anos, a população brasileira com
60 anos ou mais cresceu 18,8% entre 2012 e 2017. O aumento evidencia o envelhecimento gradativo, os dados
indicam, ainda, que a população, ao manter a tendência de envelhecimento dos últimos anos, ganhou 4,8 milhões
de idosos desde 2012, superando os 30,2 milhões em 2017. Em 2012, os brasileiros com 60 anos ou mais eram
25,4 milhões.

Tornar-se um cuidador de pais idosos: As gerações normalmente se dão melhor enquanto os pais são saudáveis e
vigorosos. Quando pessoas mais velhas ficam enfermas, a carga de cuidar deles pode desgastar um relacionamento.
No mundo inteiro cuidar é normalmente uma função feminina.

Tensões provocadas pelo cuidar: Cuidar de outra pessoa pode ser estressante. Muitos cuidadores consideram a
tarefa uma carga física, emocional e financeira, especialmente se eles trabalham em tempo integral, tem recursos
financeiros limitados ou não tem apoio e assistência (Lund, 1993a; Schulz e Martire, 2004). É difícil para as mulheres
que trabalham fora de casa assumir o papel adicional de cuidadoras, e reduzir as horas de trabalho ou deixá-lo para
atender as obrigações como cuidadora pode aumentar o estresse financeiro. Horários de trabalho flexíveis, ajuda de
familiares e licença médica poderiam ajudar a aliviar esse problema.

Cuidadores adultos relatam menor felicidade conjugal, grande desigualdade conjugal, mais hostilidade, e,
para as mulheres, um maior grau de sintomatologia depressiva e depressão com o passar do tempo (Bookwala,
2009). Algumas vezes o estresse criado pelas demandas pesadas e incessantes do papel de cuidador é tão grande a
ponto de levar a abuso, negligencia ou mesmo abandono da pessoa idosa dependente, fica ainda mais difícil cuidar
se ela tiver demência, ser incapaz de desempenhar as funções básicas da vida diária, ser incontinente, desconfiado,
agitado ou deprimido e sujeito a alucinações. Frequentemente as famílias e os amigos não reconhecem que os
cuidadores tem o direito de se sentir desencorajados, frustrados e fartos. Os cuidadores precisam ter uma vida
própria, além da invalidez ou doença das pessoas amadas. Às vezes outros arranjos, como a colocação em uma
instituição, assistência em domicílio, ou uma divisão de responsabilidades entre os irmãos, devem ser feitos (Shuey e
Hardy, 2003).

Programas comunitários de apoio podem reduzir as tensões e os encargos do cuidador, prevenir o


esgotamento e adiar a necessidade de colocar a pessoa dependente em uma instituição. A exemplo do Curso de
cuidador comunitário que é oferecido por algumas instituições como a Fundação Doutor Thomas (FDT) junto á
prefeitura de Manaus, que ofereceram 70 vagas em março desse ano. E que durante três semanas, a comunidade
obtém conhecimento e prática sobre alimentação, higiene pessoal, medidas de prevenção e outros temas
importantes sobre o cuidado com o idoso. Disponível em: https://d24am.com/economia/fundacao-doutor-
thomas-abre-70-vagas-para-curso-de-cuidador-de-idoso/

Outras Formas de cuidado dos idosos são as creches sênior que oferecem cuidados e atividades
supervisionadas enquanto os cuidadores trabalham ou cuidam de suas necessidades pessoais e a assistência
temporária que é um cuidado supervisionado substituto fornecido por enfermeiros ou assistentes de saúde em
domicílio que pode ser uma das formas dos cuidadores terem um tempo para si já que os cuidados são normalmente
integrais e desgastantes

Estudos revelam que cerca de 40% dos indivíduos com 65 anos ou mais de idade precisam de algum tipo de
ajuda para realizar pelo menos uma tarefa como fazer compras, cuidar das finanças, preparar refeições e limpar a
casa. Uma parcela menor (10%) requer auxílio para realizar tarefas básicas, como tomar banho, vestir-se, ir ao
banheiro, alimentar-se, sentar e levantar de cadeiras e camas. [...] Estes dados remetem à preocupação por mais de
6 milhões de pessoas e famílias, e a um e meio milhão de idosos gravemente fragilizados no Brasil. (Karsch, 2003:
862)

O cuidar é uma obrigação moral: quando eram crianças, os pais cuidaram dos filhos e agora, quando os pais
estão dependentes, chegou a hora dos filhos cuidarem dos pais, e esse sentimento perdura através das gerações. A
regra constitucional prevista no art. 229 é objetiva: estabelece que assim como os pais têm o dever de cuidar dos
filhos enquanto menores, os filhos maiores devem amparar os pais na sua velhice.

RELACIONAMENTOS COM IRMÃOS: Os laços entre irmãos são os relacionamentos de mais longa duração na
vida da maioria das pessoas. Na infância e meia-idade em diante é onde há o maior contato, talvez o que explique a
distância entre irmãos na vida do adulto jovem é a criação dos filhos (Bedford, 1995; Cicirelli, 1995; Putney e
Bengtson, 2001). Há um declínio nos conflitos entre irmãos como passar dos anos, pois, eles se vêm menos (Putney e
Bengtson, 2001). As irmãs tendem a ser mais próximas que irmãos. No que diz respeito aos cuidados dos pais idosos
podem haver divergências da divisão do cuidado, ou em relação a uma herança especialmente se o relacionamento
entre irmãos é conturbado.

Fonte Bibliográfica:

SILVA, Lillian Ponchio et al. Responsabilidade Civil dos Filhos com Relação aos Pais Idosos: Abandono
Material e Afetivo. Lex Editora, 2012. Disponível em: <https://bit.ly/3lNoqeh>. Acesso em: 14 out. 2020.

Karsch, Ursula M. (2003, maio-junho). Idosos dependentes: famílias e cuidadores. In: Cadernos de Saúde
Publica, 19 (3). Rio de Janeiro, 861-6 (2003, maio-junho) . Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/csp/v19n3/15890.pdf>. Acesso em: 14 out. 2020.

QUINTANA, Marco. Em cinco anos, contingente de brasileiros com 60 anos ou mais aumentou 18,8%, Porto
Alegre, 2018. Disponível em: <https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2018/04/economia/624392-
crescimento-da-populacao-de-idosos-acelera-no-brasil.html>. Acesso em: 15 out. 2020.

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