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RELATÓRIO DE ATIVIDADES

Seguindo o planejamento do profissional do serviço social, será dado


prosseguimento as discussões referentes ao idoso e o seu bem-estar, o tema
dessa atividade será abordado em 3 dias para sua maior compreensão e
participação por parte dos participantes, o texto discutido será: “idosos e
família, asilo ou casa?”
O texto que iremos aplicar foi desenvolvido pelo site portal dos psicólogos.

Resumo
Este artigo apresenta resultados obtidos em uma pesquisa sobre a importância
da família para a qualidade de vida e o bem-estar subjetivo dos idosos.
Consideramos que envelhecer muitas vezes é um processo delicado e
doloroso. A finitude significa o termino de nossa ação no mundo. Dessa
maneira, pensamos e pesquisar se para os idosos seria importante o fato de
terem ou não contato com suas famílias. A parte final desse artigo se endereça
a sugestões de cuidados que emergiram das respostas obtidas pelos idosos e
que nos parecem oferecer um aumento na qualidade de vida e no bem estar
nessa etapa derradeira em suas vidas. Tal estudo salienta a importância da
psicologia em outras áreas do bem-estar e da saúde de idosos como a
gerontologia.

Na Casa de Apoio Lar do Amparo- L.B.A, no município de Vassouras, Rio de


Janeiro, perguntamos a idosos sobre a importância da presença da família para
os significados do processo de envelhecimento. Observamos o imaginário
daqueles idosos a fim de avaliar se a presença de familiares alterava ou não a
sua qualidade de vida e seu bem-estar subjetivo- através da análise de
conteúdo, segundo BARDIN, 1998, procura unir dados de aspectos qualitativos
e quantitativos.
As idades foram contadas em décadas, variando de 60 a 100 anos de idade,
pois a instituição tem como norma aceitar apenas idosos com 60 ou mais anos.
De acordo com a analise, a maior parte dos idosos em questão possui idade
entre 70 e 79 anos (30,30%).
Nossa investigação iniciou-se a partir dos seguintes questionamentos;
1. Segundo o pensamento daquela população, haveria aspectos positivos
para a família se fazer presente durante o processo de envelhecimento?
2. Quais significados seriam encontrados no seu imaginário, cujo sentido
poderiam favorecer a qualidade de vida e o bem-estar do idoso em
geral?

3. A partir do cruzamento da declaração de pessoas atendidas no Lar


Barão do Amparo com determinadas bibliografias sobre o tema e
reflexões desenvolvidas ao longo de nossos estudos, quais orientações
para a realidade dos idosos que nossa pesquisa proporcionaria para a
qualidade de vida e o bem-estar dos idosos?

Perguntas feitas
Sexo, idade, tempo de permanência no lar, escolaridade, familiares vivos,
sentimentos relacionados a família, frequência do contato dos familiares,
opinião dos idosos sobre o que a família poderia fazer para melhorar seu bem-
estar e sua qualidade de vida (idosos que possuem família), opinião dos idosos
sobre a obtenção de condições financeiras ou psicologia dos familiares para
viverem juntas, internação na instituição asilar voluntária.

Essa foram as questões abordadas pela pesquisa na próxima aula


abordaremos as respostas e as informações obtidas.
RELATÓRIO DE ATIVIDADES

Seguindo o planejamento estipulado pelo profissional do serviço social será


dado continuidade as discussões sobre o idoso e seu bem-estar, nesta aula
prosseguiremos com o tema: “Idosos e família, asilo ou casa”

Segundo PAPÁLEO NETTO (2000), há sempre uma superioridade feminina


quanto ao numero de anos por viver, em todos grupos etários e toda época
abordada. No Brasil as mulheres vivem, em média 5 anos mais que os
homens. Apesar disso entre as pessoas pesquisadas, observa-se que entre os
33 idosos entrevistados apenas 45% são mulheres enquanto 55% homens.
Outro dado importante é o numero significado de idosos que não souberam as
suas respectivas idades. Isso se deve 1) o fato deles se encontrarem muito
tempo asilados a ponto de se esquecerem no tempo, 2) em razão de algumas
doenças comuns a velhice que afetam a memoria, 3) por causa da perda do
sentido de saber a data de seu nascimento.
O tempo de permanecia dos idosos no “Lar Barão do Amparo” varia,
geralmente, desde meses a mais de 10 anos, sendo o dado de maior
prevalência entre 1 a 5 anos (48,50%).
Podemos constatar que 12,12% dos idosos permanecem asilados a mais de 10
anos, o que favorece sua exclusão social do ponto de vista citadino. Neste
caso, mesmo que a instituição atenda as necessidades assistências do idoso, o
asilo não apresenta como sendo o ambiente mais adequado para que eles
envelheçam em pleno convívio social, incluindo cidadania; pois se tornam
limitados ao convívio entre si, não participando da sociedade em sua totalidade
política, produtiva e cultural.
Quanto a comunicação de imediato, notamos a grande simplicidade com que a
maioria dos idosos se comunicava. Segundo dados 66% nunca esteve na
escola, e apenas 27,27% estudou o primeiro grau. Porem muitos deles
afirmaram participar de aulas de alfabetização dentro da própria instituição.
Com este dado, é perfeitamente compreensível a linguagem usada por esses
idosos ser simples, e uma vez que dirigimos nossas questões da mesma
maneira, tornou-se fácil para eles entender a importância de nossa pesquisa.
Os idosos colaboram alegremente conosco para obtenção das informações de
que carecíamos em nossa entrevista. Pelo resultado obtido, a maioria dos
idosos possui família (69,70%).
Esse foi o primeiro passo para sabermos a importância de significados da
família para eles.

Na próxima atividade encerraremos essa atividade deixando uma conclusão


sobre o assunto.

Dinâmica com perguntas e respostas sobre o tema abordado.


RELATÓRIO DE ATIVIDADES

Seguindo o planejamento estipulado pelo profissional de Serviço Social será


dado prosseguimento as discussões sobre o Idoso e seu bem-estar, hoje se
encerra o tema; “Idoso e família, asilo ou lar”

Quando perguntamos aos idosos sobre o sentimento que eles possuíam em


relação a sua família obtivemos o seguinte resultado; a maioria dos
entrevistados sente saudade (34,80%), porém o numero de idosos que
respondeu não sentir nada é quase o mesmo. Os 10 idosos que não possuem
familiares, não responderam à pergunta. Ao perguntar sobre o seu contato com
a família, mais da metade, ou seja, 54,54% dos residentes do Lar, disse manter
contato com a família, sendo que alguns recebem visitas (24%), enquanto
outros o fazem simplesmente por telefone (16,66%). Dos idosos que tem
contato com a família ao menos uma vez por semana (geralmente aos
domingos).
Em relação ao bem estar e qualidade de vida dos idosos que possuem família
(69,70%), perguntamos o que acham que os familiares poderiam fazer para
seu bem estar.
Podemos perceber que a grande maioria 42,80, respondeu que a família nada
poderia fazer, para melhorar sua qualidade de vida e bem estar, alguns por
sentirem magoa por terem sido abandonados, outros por acharem que são um
peso na vida da família, então preferem afastar-se outros simplesmente por
achar que a instituição supre todas as suas necessidades e preferem ficar na
LBA do que em casa.
Perguntamos aos idosos entrevistados se eles acham que suas famílias tem
condições financeiras e psicológicas de leva-los para casa e viverem juntos. Os
idosos que responderam positivamente foram (17,28%), acham que a família
tem condições de leva-los para casa, já a maioria (39,39%) acha que a família
não tem condições financeiras e psicológicas para cuidar deles- uns por
acharem que os filhos trabalham muito e não teriam tempo para dar atenção,
outros por dizerem que possuem familiares doentes (mais um idoso complicaria
a situação), e ainda por achar que seus familiares não teriam paciência para
cuidar deles.
A ultima pergunta realizada aos idosos do Lar, foi em relação a internação, se
foi de vontade própria ou não. Percebemos através dos resultados que a
grande maioria dos idosos residentes no Lar, tiveram internação involuntária.
Muitos deles dizem ser por problemas de saúde ou falta de condição da família
de cuidar deles.
Segundo uma pesquisa realizada por PRADO e PETRILLI (2002), os principais
motivos da admissão de idosos em asilos é a falta de respaldo familiar
relacionada a dificuldades financeiras, distúrbios de comportamentos e
precariedade nas condições de saúde. Por outro lado, PAPALÉO NETTO
(2000) defende que mesmo dentro da instituição, para a vida do idoso o
ambiente profissional é crucial, pois o contato com a família permite que os
idosos se mantenham próximos ao seu meio natural de vida (a própria família).
Além disso o contato familiar preservar o seu autoconhecimento, valores e
critérios.

Pensando nas condições desses idosos nas instituições, a forma involuntária


que os leva para lá na grande maioria de vezes, a falta de amparo social dos
cuidadores familiares por parte do governo, que muitas vezes não tem
condições financeiras e psicológicas.
Qual conclusão podemos chegar?

Dinâmica com perguntas e respostas sobre o texto abordado

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