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(...) do mesmo modo, uma boa consulta O psicólogo deve se guiar para
não só leva a criança a um aumento da oferecer uma resposta as
confiança da possibilidade de ser ajudada, perguntas do paciente, fazendo
P. 65 mas também promove um enriquecimento com que o psicodiagnóstico seja
do sentido de si mesma pela reintegração um momento significativo de
dos aspectos que estavam dissociados de encontro com o outro e de
seu self (SAFRA, 2005, p. 45). confiança que a ajuda é possível.
Há a necessidade de ajudar o
paciente e sua família a obterem
uma experiencia completa e
integrada, sem que tenha uma
presença necessária e excessiva.
Utilizamos uma cartolina, barbante, fio de Essa atividade intenciona auxiliar
lã, cola, tesoura, recortes de revista, lápis com o fato do processo estar se
colorido e grafite e canetinhas. O trabalho encaminhando-se ao fim e oferecer
inicia com o supervisor retomando para as suporte material para esse
crianças — pacientes — que, como já acontecimento, procura assim
anunciado na sessão anterior, este é o estabelecer um campo de
penúltimo atendimento. Dizemos que por experiencia. Pode também ser
P. 66 isso vamos relembrar tudo que fizemos considerado mais um momento
desde o primeiro dia e registrar na cartolina diagnostico, pois representar cada
a história dos nossos encontros; o material atendimento realizado a criança
gráfico é apresentado e os estagiários vão acaba selecionando os pontos que
auxiliando a criança na reconstrução do foram mais significativos que
processo de psicodiagnóstico necessitava comunicar, neste
(GUIMARÃES; FANTINI, 2014, ed. 1, p. momento podemos certificar as
66). hipóteses diagnósticas, bem como
perceber os efeitos diagnósticos
que podem ter surgidos ao longo
do processo.
(...) quando nos deparamos com Neste caso, torna-se necessário
resistências que impedem a abertura para fazer uma intervenção mais direta
a cura, que resistem à percepção do novo, diante das resistências, pois estas
que constrangem o movimento de impendem o desenvolvimento do
mudança, mas que principalmente relutam processo. Normalmente essas
tanto relação à compreensão do significado resistências ocorrem nos
da demanda explícita quanto ao responsáveis da criança, ao
encaminhamento (GUIMARÃES; FANTINI, insistirem na compreensão
2014, ed. 1, p. 67). costumeira apresentadas por ela e
na reafirmação dos padrões
P. 67 relacionais da família.
Pode-se considerar que as
resistências provêm do temor
diante do que não foi construído ou
vivido, algo que o indivíduo
necessitava e não foi encontrado.
Sendo assim, torna-se necessário
lidar com a transferência negativa
reforça a posição de que, mesmo
em uma etapa diagnóstica, o
psicólogo deve colocar-se em um
lugar interventivo, ajudando o
paciente a assumir o
encaminhamento e continuando
vinculado à clínica-escola