Estágio curricular do mestrado – Hospital Psiquiátrico de Sobral Cid, atualmente
denominado por CHUC – Hospital Sobral Cid.
Comunidades terapêuticas associadas a esquizofrénicos, desde crianças e adolescentes. Formação em diversas áreas: Formação no âmbito do trabalho com famílias; Formação da EMDR Portugal e Internacional; Formação para avaliação de condutores; Formação de Rorschach. Projeto Emoaction contém um prémio Avaliação de diversos níveis – condutores, psicogeriatria A abordagem psicodinâmica baseia-se nos princípios da psicanálise de Sigmund Freud e pretende analisar e identificar os conflitos interiores, inconscientes e reprimidos, levando o individuo a um estado de conhecimento interior dos próprios sintomas. De modo a arranjar maneiras de lidar com o seu sofrimento psíquico, o paciente volta a experienciar o evento que lhe causou determinado trauma, trabalhando os “problemas” desenvolvimentais e interpessoais. Os principais objetivos desta psicoterapia passam pelo paciente aceitar as determinantes incontroláveis da sua vida e uma quebra de padrões repetitivos, que levarão a uma libertação e possibilidade para que obtenha um reconhecimento mais realista sobre si mesmo. Esta abordagem tem como foco as dinâmicas interpessoais, intrapessoais e inter- relacionais, ou seja, tem em atenção um grupo de elementos que interagem entre si e com o próprio indivíduo, um sistema. Baseia-se, portanto, na premissa de que tudo em torno do indivíduo o influenciará, tal como poderá influenciar e alterar os outros elementos do sistema. A abordagem sistémica pode, por exemplo, ser aplicada em terapia familiar e conjugal. Nestes casos são avaliados os comportamentos e a comunicação entre os elementos do grupo, pois demonstram a sua dinâmica, partindo daí a intervenção. Tal como a nossa entrevistada, muitos psicólogos/terapeutas não escolhem uma abordagem em particular para aplicar a todos os seus pacientes/clientes, uma vez que consideram combinar abordagens na sua prática possa ser mais proveitoso do que se manter fundamentalista relativamente a apenas uma prática. Considerando-se integrativa, afirma “(…) pessoalmente vou ao encontro daquilo que é a pessoa, daquilo que é a necessidade que esta a minha frente e da avaliação que vamos fazendo (…)”. O modelo cognitivo comportamental tem como pressuposto base o behaviorismo e a abordagem cognitiva, isto é, o comportamento como resultado de processos de aprendizagem e como resultado da atividade cognitiva. O modelo cognitivo comportamental integra diversas técnicas e conceitos que têm como fundamento duas abordagens, ou seja, abordagem cognitiva, que está relacionada com a forma como o indivíduo interpreta e atribui significado a uma determinada situação, e abordagem comportamental, que corresponde à forma como o indivíduo reage a essa situação, tornando-o previsível. O TCC tem como objetivo ajudar o paciente aprender novas estratégias para atuar no ambiente de forma a promover as mudanças necessárias num determinado comportamento, ou seja, o psicólogo recorre a psicoterapia como finalidade de interromper/modificar os comportamentos desadaptativos. Esta abordagem tem como objetivo a intervenção em diversas perturbações de ansiedade, depressão e perturbações alimentares. A Dessensibilização e Reprocessamento por meio dos Movimentos Oculares trata- se de uma forma de terapia e tratamento relativo essencialmente a episódios traumáticos. Através de conjuntos de estimulação bilateral, como os movimentos oculares (estímulos visuais), toques (estímulos tácteis) e tons (estímulos auditivos), sendo solicitado ao paciente que comunique o que lhe surge espontaneamente, para que processe as memórias traumáticas e lhe seja possível reorganizar a forma como esta informação se armazena no cérebro. A isso se chama a dessensibilização, que permitirá à partida a redução/eliminação do sofrimento/sintomas. Existem 8 fases: A obtenção da história do paciente, a preparação (explicação sobre o quadro sintomático e técnicas para um melhor senso de controlo), uma avaliação do alvo a processar (aspetos mais primários da memória), dessensibilização (através do processamento da memória), fazer ligações com redes cognitivas positivas, body scan (foco em qualquer elemento negativo da memória que se tenha mantido, físico), closure (o cliente está estável após e entre sessões? Deve ser garantido) e, por fim, a manutenção dos resultados da terapia e da estabilidade do paciente. Projeto Emoaction contém um prémio. Projeto Emoaction contém um prémio. Projeto Emoaction contém um prémio. A psicóloga que entrevistámos tem vários contextos de atuação e várias formações às quais recorre diariamente, o seu maior contributo é para com os seus pacientes, aos quais pretende dar ferramentas para que possam ter uma melhor qualidade de vida, utilizando, por exemplo, a psicoterapia, a intervenção e a avaliação, zelando sempre pelo seu bem-estar (“(…) a forma como nós conseguimos depois compreender e ajudar, para que ultrapasse e chegue depois a um objetivo do bem-estar e de um melhor bem-estar a vários níveis.”, “(…) qualidade manifesta-se na forma como a pessoa está e como ela vai ou não alcançar o bem-estar, acima de tudo, ser feliz.”) posteriormente contribui também para um melhor contexto familiar, em várias famílias, através de todos os pais que acompanha e a quem dá formações (“(…) trabalho integrado com os pais ao nível competências sociais e interpessoais que visam sempre esta questão da ciência das emoções e ao nível das emoções (…)”). A área da psicologia dá-nos a possibilidade de trabalhar com outras áreas e isso aconteceu com a psicóloga entrevistada, ao trabalhar várias vezes em ambientes multidisciplinares pode também dar o seu contributo a diferentes colegas de outras áreas, assim como obteve conhecimento de diversos assuntos (“(…) perturbações de comportamento alimentar, portanto, toda a minha intervenção era no âmbito de uma equipa multidisciplinar (…), como é de privilegiar (…)”, “(…) falar com colegas, trabalhar em equipa (…)”). Por fim contribui para toda a comunidade quando adquire mais formações e títulos académicos, de modo a conseguir chegar ao máximo de pessoas possível com a melhor qualidade possível (“(…) nos faz procurar em queremos ser mais e melhores e, portanto, estes aspetos positivos são sempre muito importantes para nos edificar enquanto profissionais e enquanto pessoas acima de tudo, (…) e queremos sempre ser mais e melhor (…)”) além disso, presta o seu contributo sempre que incentiva a desmistificação acerca do psicólogo, na medida em que sempre que tem possibilidade impõe a ideia de que “(…) ir ao psicólogo é bem-estar, é ter saúde.”, o que pode levar a uma maior adesão da ida ao psicólogo. (“(…) é importante haver realmente aqui uma ação e as pessoas terem essa capacidade e consciência de pedir ao psicólogo, de que se ir ao psicólogo não é porque se está maluco (…)”). De facto, segundo Chiattone & Maclean et al (2000) é importante que as equipas se caraterizem pela sua interdisciplinaridade, multidisciplinaridade e transdisciplinar. Assim, esta prática multidisciplinar tem vindo a ser fortalecida de modo a melhorar o bem estar físico, mental e social contraste com o modelo onde existe ausência de doença. Segundo, Robbins (2002) uma equipa multidisciplinar permite que diferentes áreas de intervenção possam trocar informações para consigam desenvolver novas ideias e solucionar problemas, ou seja, Martins & Miyazaki (2019), o psicólogo numa equipa multidisciplinar no caso dos comportamentos alimentares, tem como papel auxiliar o paciente tanto ao nível da ansiedade como ao nível da saúde mental no seu geral, através do acompanhamento do paciente durante o processo de intervenção e para a realização de uma avaliação psicológica. Em suma, um psicólogo numa equipa multidisciplinar, no âmbito da intervenção de perturbações de comportamentos alimentares, tem como papel fundamental o controlo/combate da ansiedade e as avaliações de cariz psicológicas mais profundas. O mindfulness é caraterizado como uma prática de orientação da meditação, onde tem vindo a conquistar importância na clínica contemporânea devido as formas de pensar (Santos & Cunha, 2010). Ou seja, está técnica procura fazer a medição dos conceitos/processos de aceitação ao nível da superação cognitiva entre outros. De facto, estas terapias de terceira geração apresentam alguma eficácia graças ao facto de Cunha, Pinto-Gouveia & Paiva (2009), traduziram a escala de avaliação Children’s Acceptance and Mindfulness Measure, sendo que esta escala é validada para crianças e adolescentes de modo a perceber como é que eles aceitam as suas experiências internas e tem a capacidade de observação, sendo que é mais utilizada em adolescentes. Em suma, podemos dizer quanto maior a sua pontuação maior vai ser o grau de aceitação de si mesmo e consequentemente vão ter mais traços associados ao mindfulness. Deste modo, podemos considerar uma técnica de terceira geração no aspeto em que o individuo consegue ter um autoconhecimento sem uma intervenção profunda e auxiliar no seu relaxamento. Segundo Saraiva e Nunes (2007), a supervisão é considerada um espaço onde o estagiário pode comunicar aquilo que tem vivenciado e aprendido na sua prática clínica e este momento tornasse importante na sua formação, ou seja, é um momento importante na prática pois traduz-se num momento de partilha entre colegas. Citando Oliveira-Monteiro e Nunes (2008), “a qualidade da interação com esse psicólogo/professor vai facilitar os processos de atributos profissionais cognitivos, afetivos, técnicos e éticos (…)”