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INSTITUTO DIVINA PASTORA

ALUNO: Davi Marcelo Furtado Botão – 8º ano A

PESQUISA DE PROJETO DE VIDA


TEMA: COMPLEXIDADE NA ADOLESCÊNCIA

São Luís
- 2023 -
INTRODUÇÃO

A adolescência pode ser definida como uma das etapas de desenvolvimento humano que
caracteriza pelas mais complexas alterações psíquicas e sociais, sendo estas influenciadas pela
época e cultura, onde estão inseridas. Em meio a esse turbilhão de mudanças, o adolescente
precisa encontrar uma nova visão de mundo e de si, em uma tentativa de redefinir seu caráter
social, sexual, ideológico e profissional. Nesse difícil processo de adolescer, que varia
aproximadamente entre 11 e 20 anos, há um surgimento de uma nova identidade e a
descoberta da sexualidade na qual o adolescente investe toda sua energia.
JUSTIFICATIVA

A complexidade na adolescência é um tema de extrema importância, uma vez que essa é


uma fase crucial do desenvolvimento humano, caracterizada por inúmeras transformações
físicas, cognitivas, emocionais e sociais. Compreender e analisar a complexidade que envolve
esse período é essencial para profissionais, educadores, pais e sociedade em geral, a fim de
fornecer suporte adequado aos jovens e promover um desenvolvimento saudável.

Primeiramente, a complexidade na adolescência surge devido à interação de diversos


fatores que contribuem para o processo de maturação. O desenvolvimento biológico, marcado
por mudanças hormonais e físicas, desencadeia o surgimento das características sexuais
secundárias e afeta o equilíbrio emocional dos
adolescentes. Essas alterações podem resultar em
instabilidade de humor, impulsividade e busca de novas
experiências.

Além disso, a complexidade também é evidente


no âmbito cognitivo. Durante a adolescência, ocorrem
transformações no cérebro, principalmente no córtex
pré-frontal, região responsável pelo controle de Fonte:
impulsos, tomada de decisões e planejamento. Essa https://niveapsicologia.wordpress.com/2018/05/29/os-
desafios-e-descobertas-da-adolescencia/
imaturidade cognitiva pode levar os adolescentes a comportamentos de risco, dificuldade em
lidar com as consequências de suas ações e desafios no processo de aprendizagem escolar.

No contexto social, os adolescentes enfrentam a necessidade de construir sua identidade


e estabelecer relações interpessoais significativas. Bullying, depressão, drogas e gravidez na
adolescência são assuntos que tem grande relação com a complexidade na adolescência,
quando não trabalhados de maneira correta. A busca por autonomia e independência, aliada à
pressão dos pais e à influência da mídia, pode gerar conflitos com a família e resultar em
comportamentos rebeldes ou de busca por aceitação social. A necessidade de pertencer a um
grupo e a influência de modelos de comportamento podem aumentar a complexidade das
decisões e escolhas dos adolescentes.

A complexidade na adolescência também é ampliada pelas demandas educacionais e


profissionais. Nesse período, os jovens enfrentam a transição da educação básica para o
ensino médio e, posteriormente, para a vida universitária ou profissional. A escolha de
carreira, o enfrentamento de exames e a pressão por um desempenho acadêmico podem
causar ansiedade e estresse significativos.

Em suma, a justificativa para estudar a complexidade na adolescência reside na


compreensão de que esse é um período de intensas mudanças e desafios para os jovens. Ao
compreendermos as diferentes facetas desse estágio do desenvolvimento humano, podemos
implementar estratégias mais eficazes para promover um ambiente favorável ao crescimento e
ao bem-estar dos adolescentes. A educação, a família e a sociedade como um todo
desempenham um papel crucial na promoção de uma transição saudável para a vida adulta,
oferecendo apoio emocional, orientação e oportunidades de desenvolvimento adequadas às
necessidades dos jovens.
COMPLEXIDADE NA ADOLESCÊNCIA

A adolescência é sinônimo de complexidade. Essa fase é cheia de altos e baixos, de


mudança no corpo, no cérebro, nas emoções. O que nos movia e comovia ontem pode mudar
radicalmente da noite para o dia, nessa etapa da vida. E isso não é um problema, é uma
característica típica desse momento de formação da identidade.

É bem comum que um adolescente sinta ambivalência entre o desejo de individualidade


e de pertencimento. Por um lado, praticamente todos querem ser pessoas únicas, singulares,
autênticas e serem respeitadas por isso. Por outro lado, um dos maiores receios nessa fase é
justamente o oposto disso: o medo da invisibilidade, de não ser aceito, de não pertencer.

A individualidade é necessária para que possamos exercer nossa identidade no mundo.


Temos características semelhantes aos outros, mas, nossa essência é única. Necessitamos nos
sentirmos integrados aos demais. Se esse ou aquele não se enquadra nos requisitos que
julgamos necessários para pertencer a nosso grupo, os excluímos ou julgamos em forma de
chacotas e zombarias.

O bullying sempre existiu, mas, acontece hoje, de forma mais intensa nas escolas. Isso
dá um start para o surgimento de outros problemas que acontecem na adolescência como:
depressão e o uso de drogas onde muitos adolescentes passam a fazer uso desse entorpecente
para se igualarem, muitas vezes, a um determinado grupo a qual gostaria de ser inserido e
aceito.

Outro problema que ultimamente vem acontecendo bastante é a gravidez na


adolescência. É grande a parcela da população jovem que ignora a existência de métodos
contraceptivos ou, simplesmente, conhece-os, mas não os adota. Com isso, observa-se o
aumento de doenças sexualmente transmissíveis, além da gravidez indesejada nessa faixa
etária. Assuntos que serão todos abordados mais adiante na pesquisa.

Tendo em vista o que foi mencionado, percebe-se que, como seres humanos,
necessitamos nos sentirmos integrados aos demais, pois, nossa sobrevivência e felicidade
estão integrados à formação de bons vínculos sociais.

Bullying nas escolas

O bullying nas escolas é um problema sério e persistente que


afeta estudantes em todo o mundo. Caracterizado por
comportamentos repetitivos e intencionais de agressão,
intimidação, discriminação ou exclusão, o bullying pode ter
consequências negativas significativas para as vítimas, agressores
e para o ambiente escolar como um todo.
O bullying pode assumir várias formas, como agressões
físicas, verbais ou psicológicas. Esses comportamentos
prejudiciais podem ocorrer pessoalmente, através de ameaças ou
insultos, ou de forma mais recente, por meio de plataformas online, conhecido como
Fonte: cliparts.co como baixa
cyberbullying. As vítimas de bullying muitas vezes sofrem danos emocionais,
autoestima, ansiedade, depressão e até mesmo pensamentos suicidas. O desempenho
acadêmico e a participação social dos estudantes também podem ser afetados negativamente.
Os motivos para o bullying são variados e podem incluir diferenças de aparência,
orientação sexual, origem étnica, religião, habilidades acadêmicas ou qualquer outra
característica que os agressores percebam como motivo para intimidar ou marginalizar. Além
disso, fatores sociais, como a hierarquia de poder e a pressão dos pares, podem influenciar o
surgimento e a perpetuação do bullying.

Para combater o bullying, é essencial que as escolas adotem políticas claras de


prevenção e intervenção. Isso envolve a criação de um ambiente seguro e inclusivo, a
promoção de valores de respeito e empatia, a conscientização e a educação sobre o bullying,
além do estabelecimento de canais de denúncia e suporte às vítimas. A colaboração entre
educadores, pais e alunos desempenha um papel crucial na identificação e na resolução eficaz
dos casos de bullying.

Além disso, a conscientização sobre o impacto negativo do bullying e a importância de


intervenções adequadas também são fundamentais. Campanhas de sensibilização e programas
de educação emocional podem ajudar a desenvolver habilidades socioemocionais dos alunos,
promovendo a empatia, o respeito mútuo e a resolução pacífica de conflitos.

Em resumo, o bullying nas escolas é um problema complexo e prejudicial que requer


atenção e ação por parte de toda a comunidade escolar. Somente através de esforços
conjuntos, envolvendo educadores, pais, alunos e autoridades, é possível criar ambientes
escolares seguros, inclusivos e livres de bullying, proporcionando a todos os estudantes a
oportunidade de aprender e se desenvolver de maneira saudável e positiva.

Uso de drogas na adolescência

O uso de drogas na adolescência é um fenômeno


preocupante e complexo que apresenta sérios riscos
para a saúde e o bem-estar dos jovens. Durante essa
fase do desenvolvimento, os adolescentes estão
expostos a várias influências e desafios, e o uso de
drogas pode representar uma resposta inadequada a
essas pressões.

O consumo de drogas na adolescência abrange


uma ampla gama de substâncias, incluindo álcool, tabaco, maconha, estimulantes,
Fonte: https://ruizhealytimes.com/sin-categoria/adolescentes-
alucinógenos e drogas sintéticas. Os motivos para o uso de drogas pelos adolescentes são
y-drogas/
diversos e podem incluir curiosidade, busca por experiências novas, influência do grupo de
amigos, fuga de problemas emocionais ou estresse, imitação de modelos de comportamento e
até mesmo a falta de informações sobre os riscos associados ao consumo.

Os efeitos negativos do uso de drogas na adolescência são significativos. O cérebro dos


adolescentes está em pleno desenvolvimento, especialmente as áreas relacionadas ao controle
de impulsos, tomada de decisões e avaliação de riscos. O uso de drogas nessa fase pode
causar danos duradouros ao desenvolvimento cerebral, afetando a função cognitiva, a
memória, a concentração e o desempenho acadêmico.
Além disso, o uso de drogas na adolescência está associado a uma série de
consequências negativas, incluindo problemas de saúde física e mental, dependência química,
acidentes de trânsito, envolvimento em comportamentos violentos, delinquência juvenil,
abandono escolar, desestruturação familiar e dificuldades nas relações interpessoais.

Para prevenir o uso de drogas na adolescência, é essencial implementar estratégias


eficazes de prevenção. Isso envolve a educação sobre os riscos e consequências do consumo
de drogas, o fortalecimento das habilidades de resistência à pressão dos pares, o
estabelecimento de uma comunicação aberta e honesta entre pais e filhos, a promoção de
atividades extracurriculares saudáveis e a disponibilidade de suporte emocional e orientação
adequada nos ambientes escolares e comunitários.

Além disso, é importante abordar as causas subjacentes ao uso de drogas, como o


estresse, a falta de habilidades de enfrentamento, a baixa autoestima e a influência negativa do
ambiente. Programas de promoção da saúde mental, desenvolvimento de habilidades
socioemocionais e envolvimento em atividades positivas podem ser eficazes na prevenção do
uso de drogas e na promoção de estilos de vida saudáveis entre os adolescentes.

Em resumo, o uso de drogas na adolescência é um problema sério que exige ações


preventivas e intervenções adequadas. Através de uma abordagem abrangente e
multidisciplinar, que envolva famílias, escolas, profissionais de saúde e a comunidade em
geral, é possível reduzir os fatores de risco e promover fatores de proteção, oferecendo aos
adolescentes um ambiente saudável e apoio necessário para fazer escolhas positivas e
construir um futuro promissor.

Gravidez na adolescência

A gravidez na adolescência é um fenômeno complexo e preocupante que afeta jovens


em todo o mundo. É definida como a gravidez que
ocorre em meninas entre 10 e 19 anos de idade. Essa
situação apresenta desafios significativos para a
saúde e o bem-estar das adolescentes, além de ter
impacto nas esferas social, econômica e educacional.

As causas da gravidez na adolescência são


multifatoriais e envolvem uma combinação de
fatores sociais, culturais, educacionais e individuais.
A falta de acesso à educação sexual abrangente, o
desconhecimento sobre métodos contraceptivos
eficazes, a pressão dos pares, a influência da mídia, Fonte: https://pt.slideshare.net/AleksonMorais/gravidez-na-
adolescncia-47999246
a falta de oportunidades educacionais e a pobreza
são alguns dos fatores que contribuem para a ocorrência dessa situação.

A gravidez na adolescência traz consigo uma série de consequências negativas. As


jovens mães enfrentam maior risco de complicações durante a gravidez e o parto, além de
maior probabilidade de desenvolverem problemas de saúde a longo prazo. A interrupção dos
estudos é comum, o que limita as oportunidades futuras de emprego e desenvolvimento
pessoal. Além disso, as taxas de abandono escolar, pobreza e dependência de assistência
social são mais elevadas entre as adolescentes mães.
No contexto social, a gravidez na adolescência também pode levar a estigmatização e
discriminação, afetando negativamente o bem-estar emocional e a autoestima das jovens
mães. O suporte familiar, a disponibilidade de serviços de saúde adequados, a educação e a
orientação sobre planejamento familiar são fundamentais para ajudar as adolescentes grávidas
a lidarem com essas questões de forma saudável e positiva.

A prevenção da gravidez na adolescência é de extrema importância. Para isso, é


essencial promover a educação sexual abrangente nas escolas, fornecendo informações
precisas sobre contracepção, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e
relacionamentos saudáveis. A disponibilidade de serviços de saúde acessíveis, confidenciais e
amigáveis aos adolescentes é fundamental para garantir o acesso aos métodos contraceptivos
e cuidados adequados.

Além disso, é importante envolver a família, a comunidade e os meios de comunicação


na promoção de uma cultura de apoio, diálogo aberto e valorização do planejamento familiar
responsável. O fortalecimento das habilidades de tomada de decisão, a promoção de
oportunidades educacionais e de emprego para as adolescentes, assim como a redução da
pobreza e da desigualdade de gênero, são medidas complementares para enfrentar o desafio
da gravidez na adolescência.

Em resumo, a gravidez na adolescência é um problema complexo que requer uma


abordagem holística e abrangente. Através de esforços conjuntos dos governos, profissionais
de saúde, educadores, famílias e comunidades, é possível fornecer educação, serviços de
saúde e suporte adequados, promovendo assim a saúde e o bem-estar das adolescentes, além
de possibilitar que elas alcancem seu pleno potencial e construam um futuro mais promissor.
CONCLUSÃO

Os assuntos de bullying nas escolas, uso de drogas e gravidez na adolescência estão


interconectados e representam desafios significativos que afetam o bem-estar dos jovens.
Essas questões refletem a complexidade do período da adolescência, no qual os jovens
enfrentam mudanças físicas, emocionais, cognitivas e sociais.

O bullying nas escolas pode levar a consequências negativas, incluindo problemas de


saúde mental, dificuldades acadêmicas e isolamento social. Além disso, a pressão dos pais e a
influência negativa podem levar os adolescentes a buscar maneiras inadequadas de lidar com
o estresse e os desafios, como o uso de drogas.

O uso de drogas na adolescência representa um risco significativo para a saúde física,


mental e emocional dos jovens. Além dos danos imediatos à saúde, o uso de drogas pode ter
consequências duradouras, como dependência, problemas de aprendizagem e dificuldades de
relacionamento. O uso de drogas também aumenta a vulnerabilidade dos adolescentes a
comportamentos de risco, incluindo a gravidez na adolescência.

A gravidez na adolescência traz desafios únicos para as jovens mães, incluindo o risco
aumentado de complicações de saúde, a interrupção dos estudos e a limitação de
oportunidades futuras. A falta de conhecimento sobre métodos contraceptivos eficazes, aliada
à influência social e à pressão dos pares, pode contribuir para a ocorrência de gravidez não
planejada.

Para abordar essas questões complexas, é fundamental adotar uma abordagem


multidisciplinar e holística. A prevenção e a conscientização são elementos-chave para
combater o bullying nas escolas, fornecendo educação sobre respeito, empatia e habilidades
de resolução de conflitos. No caso do uso de drogas, a educação sobre os riscos e o acesso a
serviços de saúde adequados são fundamentais para a prevenção. No âmbito da gravidez na
adolescência, a educação sexual abrangente, a disponibilidade de métodos contraceptivos
acessíveis e o apoio às jovens mães são essenciais.

Além disso, é importante promover a comunicação aberta entre pais, educadores e


adolescentes, fornecendo um ambiente seguro e de apoio. A colaboração entre escolas,
profissionais de saúde, famílias e comunidades é crucial para enfrentar esses desafios e
fornecer o suporte necessário aos jovens durante a adolescência.

Ao abordar o bullying nas escolas, uso de drogas e gravidez na adolescência de forma


abrangente e coordenada, podemos trabalhar em direção a um futuro em que os adolescentes
se sintam seguros, apoiados e capazes de realizar seu potencial máximo, tornando-se adultos
saudáveis e bem-sucedidos.

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