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TariK (muçulmano), lugar-tenente de Muza (governador da Tunísia, Norte de África), atravessa o estreito
de Gibraltar para dar apoio a uma das fações visigodas (cristãos) que então lutavam pelo domínio da
Península. Na batalha de Guadalete vence as tropas de D. Rodrigo (visigodo) e decide continuar a ocupar o
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país. A Península é conquistada pelos muçulmanos, à exceção do território das Astúrias. Os muçulmanos
são então impedidos de prosseguir para norte na Batalha de Covadonga. Pelágio (cristão) terá liderado a
resistência cristã no referido confronto. Nesse território formar-se-á um reino cristão.
É deste período (751-754) que se registam novas notícias sobre o reino cristão do Norte, agora liderado
por Afonso I (das Astúrias) e que desenvolve campanhas militares até ao Douro, contra os muçulmanos,
Meado
remetendo-os para a parte sul desse limite. Afonso I não conseguirá, contudo, ocupar todo esse território.
s do
Assim, a região correspondente ao Entre Douro e Minho fica desprovida de quadros administrativos e
século
militares: terra de ninguém (espaço entre os territórios dominados pelos cristãos e os territórios
VIII
dominados pelos muçulmanos). As populações desse território ficarão dependentes dos pequenos
senhores locais, descendentes da aristocracia romano-suevo-visigótica.
A partir de meados do século IX, Afonso III, rei das Astúrias e de Leão, implementou um conjunto de ações
de repovoamento com o objetivo de consolidar a administração dos territórios conquistados aos Mouros
Século
até à linha do Douro. Os seus companheiros de armas, dominaram a «marca» portuguesa durante cerca
IX
de dois séculos, tendo possivelmente sob o seu controlo outros condes e imperantes não titulados. Serão
a primeira elite portucalense.