- A Fixação do Território

- A Reconquista

Trabalho realizado por: Ana Calheiros, nº4, A21342

Professora Maria Silva
História A
Índice:
- Introdução
- De D.Henrique de Borgonha a D. Afonso Henriques
- O Cerco de Guimarães
- Batalha de S. Mamede
- Tratado de Zamora
- O reconhecimento do Reino
- Bula Manifestis Probatum

- Batalhas importantes para a formação de Portugal

- Conclusão
- Bibliografia
Introdução
De Henrique de Borgonha a D. Afonso Henriques
Entre os séculos XI e XIII, durante um período histórico chamado
Reconquista, os cristãos lutavam para reconquistar as terras da
Península Ibérica pedindo ajuda a outros reis cristãos do centro e do
Norte da Europa. Assim chegaram à Península muitos cavaleiros
cristãos, os cruzados.
Entre os cruzados que vieram ajudar o rei D. Afonso VI, rei de Leão,
destacaram-se dois cavaleiros franceses: D. Raimundo e D. Henrique de
Borgonha.
Como recompensa pelos serviços prestados nas lutas contra os
Mouros, o rei de Leão deu a D. Raimundo uma região para governar
( Galiza ) e a sua filha, D. Urraca em casamento. A D. Henrique deu o
Condado Portucalense e outra filha, Dona Teresa, em casamento, no
ano de 1096.
Deste casamento resultou D. Afonso Henriques. Não se sabe ao certo o
local exato do nascimento de D. Afonso Henriques, mas pensa-se que
terá sido em Guimarães, no dia 5 de agosto de 1109.

Figura 1: D. Raimundo Figura 2: D. Urraca Figura 3: D. Henrique Figura 4: D. Teresa

A infância e a adolescência deste ( D. Afonso Henriques ) foram

passadas no Condado Portucalense, estando a sua educação a cargo de
representantes de uma nobreza regional que nutria um sentimento de
autonomia face á monarquia leonesa.
Após a morte de D. Henrique, D. Teresa ficou à frente dos destinos do
Condado Portucalense, sendo influenciada politicamente pela família
Peres de Trava. O jovem infante tomou então uma posição política
oposta à de sua mãe, sob a direção do arcebispo de Braga, D. Paio. Em
1122, armou-se cavaleiro a si próprio cavaleiro, recusando a mediação
divina, na Catedral de Zamora.
 Figura 5: D. Afonso Henriques

O Cerco de Guimarães

Batalha de São Mamede

A Batalha de São Mamede foi uma batalha travada a 24 de junho de
1128. Desde 1127, o infante Afonso Henriques mantinha discórdias com
a sua mãe, tentando, por isso, apoderar-se do governo do Condado.
As tropas do infante e dos barões portucalenses enfrentaram as de
Fernão Peres de Trava e dos seus partidários portugueses e fidalgos
galegos no dia de São João Batista. Como a vitória foi para D. Afonso
Henriques, aproveitou-se a data para associar a intervenção divina.
Como se tratava do dia de São João Batista, este que tinha sido o
anunciador de Jesus Cristo, acreditou-se o infante era o anunciador do
aparecimento de um novo reinado.
Esta batalha foi, sem dúvida, decisiva, dado que, com ela, se mudaram
os detentores do poder no condado ( expulsão de D. Teresa ) e
mudaram-se ainda as relações das forças sociais para com o próprio
poder. Os barões portucalenses, ao escolherem D. Afonso Henriques
para seu chefe, recusavam-se a aceitar a política da alta nobreza galega
e do arcebispo de Compostela, o que inviabilizava um reino que
englobasse Portugal e Galiza.

https://ensina.rtp.pt/artigo/batalha-de-s-mamede/
 Figura 6: Batalha de São Mamede

Tratado de Zamora
No dia 5 de outubro de 1143 foi celebrado um tratado na cidade de
Zamora, um dos tratados mais importantes para Portugal, aquele que fez
com que o país que se situa na periferia da Europa nascesse.
Neste Tratado, Afonso VII de Castela e Leão concordava com a
transformação do Condado Portucalense em Reino de Portugal com D.
Afonso Henriques como rei, embora continuasse, apesar do
reconhecimento, a ser vassalo do Rei de Castela e Leão, mas D. Afonso
Henriques nunca chegou a prestar essa vassalagem.

https://ensina.rtp.pt/artigo/tratado-de-zamora/

Figura 7: Assinatura do Tratado de Zamora

O reconhecimento do Reino
Apesar do Rei Afonso VII ter reconhecido, em 1143, D. Afonso
Henriques como rei de Portugal, o mesmo não aconteceu com o Papa.
Os reis cristãos deviam ao Papa ( Chefe Supremo da Igreja Católica )
total obediência e fidelidade. Para a independência de um reino ser
respeitada pelos outros reinos cristãos, esta teria de ser reconhecida
pelo Papa. Para obter esse reconhecimento, D. Afonso Henriques
mandou construir sés e igrejas, tais como: procurar, e deu privilégios e
regalias aos mosteiros, como por exemplo: procurar
Só em 1179 é que houve o reconhecimento por parte do Papa
Alexandre III através de uma bula, a Bula Manifestis Probatum.

Bula Manifestis Probatum

https://ensina.rtp.pt/artigo/a-bula-manifestis-probatum-o-documento-fundador-
do-reino/
 A 23 de maio de 1179, já com D. Afonso Henriques afastado da
regência diária do Reino desde 1169, finalmente chega o momento da
tão esperada total independência de Portugal. Esta independência foi
concedida através da Bula Manifestis Probatum, onde o Papa Alexandre
III tornava o rei de Portugal apenas vassalo da Santa Sé, colocava-o
também como uns dos defensores da Fé Cristã e dava-lhe a missão de
continuar a conquistar território muçulmano para sul sem parar.
Apesar de a independência ter sido sempre muito esperada por D.
Afonso Henriques, esta chegou numa altura em que o mais importante
era manter o que havia sido conquistado e não propriamente a conquista
de novas terras. Apesar disso, este documento, ainda conservado na
Torre do Tombo, marca a afirmação definitiva de Portugal como uma
Nação e totalmente independente.

Bibliografia:
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( Consultado no dia 12/02/2021 )
https://ensina.rtp.pt/artigo/batalha-de-s-mamede/ ( Consultado no dia
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13/02/2021 )
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ano-d-afonso-henriques-e-a-luta-pela-independencia/ ( Consultado dia
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https://maisguimaraes.pt/em-1147-d-afonso-henriques-conquistava-lisboa-aos-
mouros/ ( Consultado dia 03/03/2021 )
https://www.infopedia.pt/$d.-afonso-henriques ( Consultado a 10/03/2021 )
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https://plataformacidadaniamonarquica.wordpress.com/2017/10/04/5-de-
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https://www.ofportugal.com/bula-manifestis-probatum-23-de-maio-de-1179-a-
definitiva-independencia-do-reino-de-portugal/ ( Consultado a 10/03/2021 )