D. Afonso Henriques lutou para tornar o Condado Portucalense independente do Reino de Leão e Castela, derrotando sua mãe D. Teresa na Batalha de S. Mamede em 1128. Ele continuou a expandir seus territórios e forçar seu primo, o rei de Leão e Castela, a assinar o Tratado de Zamora em 1143, reconhecendo a independência de Portugal e a D. Afonso Henriques como seu rei. No entanto, só em 1179 o Papa Alexandre III reconheceu of
D. Afonso Henriques lutou para tornar o Condado Portucalense independente do Reino de Leão e Castela, derrotando sua mãe D. Teresa na Batalha de S. Mamede em 1128. Ele continuou a expandir seus territórios e forçar seu primo, o rei de Leão e Castela, a assinar o Tratado de Zamora em 1143, reconhecendo a independência de Portugal e a D. Afonso Henriques como seu rei. No entanto, só em 1179 o Papa Alexandre III reconheceu of
D. Afonso Henriques lutou para tornar o Condado Portucalense independente do Reino de Leão e Castela, derrotando sua mãe D. Teresa na Batalha de S. Mamede em 1128. Ele continuou a expandir seus territórios e forçar seu primo, o rei de Leão e Castela, a assinar o Tratado de Zamora em 1143, reconhecendo a independência de Portugal e a D. Afonso Henriques como seu rei. No entanto, só em 1179 o Papa Alexandre III reconheceu of
Durante o período da Reconquista Cristã, os reis cristãos careceram de auxílio de
cavaleiros provenientes de outros reinos da Europa para combaterem os Muçulmanos. Àqueles
cavaleiros era atribuída a designação de cruzados. A pedido de D. Afonso VI, rei de Leão e Castela, os cruzados D. Raimundo e D. Henrique, provenientes de França (Borgonha), chegaram ao seu reino e, em troca pelos seus serviços prestados, D. Raimundo recebeu a mão da filha legítima do rei, D. Urraca, e o Condado de Galiza e D. Henrique, a mão da filha ilegítima do rei, D. Teresa, e o Condado Portucalense. Como os condados da Galiza e Portucalense pertenciam ao reino de Leão, D. Henrique e D. Raimundo tinham que prestar obediência, lealdade e auxílio militar ao rei D. Afonso VI. No ano de 1112, D. Henrique morre e, como o seu filho D. Afonso Henriques, à data, apenas tinha 4 anos de idade, D. Teresa ficou a governar o Condado que lhe foi atribuído. Em 1125, D. Afonso Henriques armou-se a si próprio cavaleiro, como só faziam os reis. D. Afonso Henriques tinha como ambição concretizar o desejo do seu pai – tornar o Condado Portucalense independente do reino de Leão e Castela. Naquela altura, D. Teresa mantinha uma relação amorosa com um fidalgo galego, o conde Fernão Peres de Trava, a qual prejudicava a possibilidade de o Condado Portucalense se tornar independente do Reino de Leão e Castela. Por esse motivo, D. Afonso Henriques, revoltou-se contra a mãe e, no ano de 1128, os dois confrontam-se na Batalha de S. Mamede, tendo saído vitorioso D. Afonso Henriques. Com esta vitória, passou a travar duas grandes lutas: contra D. Afonso VI, para conseguir a independência do Condado Portucalense e contra os Muçulmanos, para aumentar o território para sul. Com as sucessivas vitórias de D. Afonso Henriques, D. Afonso VII, seu primo e rei de Leão e Castela, viu-se obrigado a celebrar um acordo de paz – o Tratado de Zamora. Aquando da sua assinatura, no ano de 1143, Afonso VII concede a independência do Condado Portucalense que, por se ter tornado independente do Reino de Leão e Castela, passa a designar-se como Reino de Portugal, e reconhece D. Afonso Henriques como seu rei. Contudo, apesar de o rei Afonso VII ter reconhecido em 1143 D. Afonso Henriques como rei de Portugal, o mesmo não aconteceu com o Papa. O Papa era o chefe supremo da Igreja Católica e tinha muitos poderes. Os reis cristãos deviam-lhe total obediência e fidelidade. Para a independência de um reino ser respeitada pelos outros reinos cristãos teria de ser reconhecida por ele. Para obter este reconhecimento D. Afonso Henriques mandou construir sés e igrejas e deu privilégios e regalias aos mosteiros. Assim, só no ano de 1179 é que o Papa Alexandre III, através da Bula Manifestis Probatum reconheceu D. Afonso Henriques como rei de Portugal.