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        História A
Docente: Maria Silva
Ana Calheiros nº4 As crianças sem infância
Liliana Freitas nº18

Fig.1 Crianças em fábrica no EUA


Introdução:
  Com suas raízes fundidas no sistema feudal, a 2º Revolução Industrial instaurou o modo de 
produção capitalista e proporcionou transformações mais profundas vividas pela sociedade do 
século XIX. As mudanças ocorreram por toda a parte, criando-se um sistema de fábricas e 
formação de variadas empresas, ocorrendo assim progressos contínuos que exigiam sólidos 
conhecimentos teóricos em substituição aos maquinismos simples concebidos por artesãos e 
á substituição da velha manufatura. No mercado de trabalho houve aumento das horas 
trabalhadas, baixos salários e desemprego. Outra característica marcante foi a utilização do 
trabalho infantil nas fábricas que, ao lado das mulheres, era a mão-de-obra mais barata e a 
preferida pelos patrões. Levando em conta esses aspetos, com este trabalho temos como 
objetivo apresentar e aprofundar o tema: " As crianças sem infância".
A industrialização descobre as crianças

“Procura-se duas famílias numerosas


de trabalhadores, especialmente com
crianças aptas ao
trabalho, para trabalhar em uma
fábrica de fiação”.

Fig.2 Notícia de um jornal na


suíça
Condições precárias
Excerto de uma redação escolar de um menino de 12 anos.
Ele descreve o seu quotidiano de operário, enfiando linhas
nas agulhas dos teares, nos anos de 1880. 
 "Assim que me levanto pela manhã, tenho que descer as
escadas até o sótão, para começar minha jornada. São mais
ou menos cinco e meia da manhã. Aí eu tenho que enfiar as
linhas nas agulhas dos teares até ás sete horas e só então
tomo o pequeno-almoço. Depois volto ao trabalho até á
hora de ir para a escola. Quando a escola termina, às onze
horas, vou para casa e volto para as agulhas até às
doze horas. Almoço e volto a trabalhar até pouco antes de
uma da tarde. Retorno à escola, onde aprendo muitas
coisas úteis. Quando chego a casa, trabalho até escurecer.
De seguida janto. Depois do jantar, trabalho novamente até
ás dez da noite. Às vezes, quando o trabalho é urgente, fico
até às onze da noite no sótão. Depois digo aos meus pais Fig.3 Crianças nas minas de
boa noite e vou dormir. É assim todos os dias.” carvão, gravura
Influências críticas

Fig.4 Jean Jacques Fig.5 Karl Marx


Rousseau
Conclusão
  Para concluir, sentimo-nos motivadas a trabalhar esta temática. Ao mesmo tempo discutimos
a relação do trabalho com a realidade atual, pois devemos analisá-la e contrastá-la com o
processo histórico.  Assim o capitalismo não inventou o trabalho infantil, mas criou as
condições para que as crianças não só fossem transformadas em adultos precoces, em
trabalhadores livres, como destituídas de uma tradição entre trabalho e relações familiares,
as vivências nas indústrias e domicílios, permitiam a sua reprodução enquanto criança.
Ao entrarem no espaço fabril, jogadas às máquinas, permaneciam sob a supervisão de
estranhos, forçadas a se submeter a longas jornadas de trabalho, sem intervalo, recebendo
um pagamento inferior ao do adulto pelo seu trabalho. 
  A realidade da criança nos séculos XVIII e XIX era uma realidade impensável atualmente, com
condições degradantes e desumanas, uma realidade vivida pelas crianças sem posses e com
falta de recursos, onde essa pouca renda extra era necessária. 
 Neste trabalho, rememorou-se e enfatizou-se a importância social e histórica que a infância
teve (e ainda tem) para as leis atuais respetivas ao trabalho infantil, ampliando a compreensão
entre a infância e o mundo de trabalho.

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