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Escola Primária e Secundária Gral São Carlos Lwanga

Trabalho de História

Tema: O Movimento Operário e as Condições de Vida dos Operários e do Trabalho

Discente: Docente:

Uzma Avelino da Silva Lucrécia

9a B2, Período: Manhã

Quelimane, aos 11 de Setembro de 2021

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Índice
1. Introdução................................................................................................................................3

2. Objectivos................................................................................................................................3

2.1. Geral:.....................................................................................................................................3

2.2. Específicos:...........................................................................................................................3

Metodologia.................................................................................................................................3

4. O Movimento Operário e as Condições de vida dos Operários e do Trabalho........................4

4.1. As condições de vida e de trabalho dos operários................................................................4

4.2. Factores para as más condições de vida dos operários.........................................................5

5. A Exploração do trabalho femenino e infantil.........................................................................6

6. As contradições fundamentais entre a classe operária e a burguesia.......................................6

7. Conclusão.................................................................................................................................8

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1. Introdução

O presente trabalho com o tema: O Movimento Operário e as Condições de vida dos


Operários e do Trabalho. A Revolução Industrial deu origem a classe dos operários. Fica
atento nesta aula para perceber as condições de vida e de trabalhos dos operários durante a
revolução industrial.

Os camponeses que perdiam suas terras no âmbito de vedação de terras para o desenvolvimento
de uma agricultura mecanizada eram obrigados a procurar emprego nas cidades. Assim, os
centros industriais, nas cidades, viraram autênticos formigueiros humanos sem condições de
alojamento. Assim sendo, o presente trabalho tem como:

2. Objectivos

2.1. Geral:

 Compreender o Movimento Operário e as Condições de vida dos Operários e do


Trabalho.

2.2. Específicos:

 Descrever as condições de vida e de trabalho dos operários;

 Identificar a Exploração do trabalho femenino e infantil;

 Analisar as contradições fundamentais entre a classe operária e a burguesia.

Metodologia

Para a realização do presente trabalho, foi graças a alguns artigos, teses e como de algumas
fontes bibliográficas, que consistiu na análise e a retirada dos pressupostos básicos que fazem
menção ao trabalho em destaque.

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4. O Movimento Operário e as Condições de vida dos Operários e do Trabalho.

4.1. As condições de vida e de trabalho dos operários

A Revolução Industrial não foi um programa planeado e conduzido por um Estado. Foi, sim, um
fenómeno baseado apenas na lei do “Laisse faire”, da liberdade, da livre concorrência, da
propriedade privada, defendida pelos economistas da época e que passou a ser uma espécie de
dogma, ou seja, algo incontestável.

A economia passou, então, a ser conduzida nesta base, sem qualquer planificação, o que fazia
com que os mais ricos comprassem as terras tornandose, para além de proprietários industriais,
proprientários de terras.

Os camponeses que ficavam sem as suas terras eram obrigados a procurar emprego nas cidades.
Eles afluiam às fábricas sem nenhuma regulamentação. Deste modo os centros industriais viram,
rapidamente, a sua população a triplicar ou a quadruplicar, sem que existissem condições para
alojar os novos habitantes vindos do campo.

Esta situação provocou uma vida bastante dura para os operários, pois, como as cidades estavam
cheias de pessoas à procura de trabalho, aqueles que conseguiam emprego eram obrigados a
aceitar quaisquer condições salariais e de trabalho, que o patrão oferece sem oportunidade de
negociar, pois o patrão podia substituí-los a qualquer momento.

Neste contexto, as condições de vida dos operários caracterizavam-se por:

 Má alimentação - devido a subida dos preços dos produtos alimentares, fraca capacidade
de compra (baixos salários) e as crises económicas que lançavam os operários ao
desemprego;
 Longas jornadas de trabalho - a iluminação a gás torna possível trabalhar até a noite,
por isso os patrões obrigavam os trabalhadores a prestar 12 ou 15 horas de trabalho por
dia; Utilização de mão-de-obra feminina e infantil – Para poder reduzir os gastos com
os salários, os patrões preferiam empregar mulheres e crianças a quem, normalmente,
pagavam salários mais baixos em relação aos salários pagos aos homens.

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 Diminuição dos intervalos e horários das refeições – tendo por objectivo aumentar os
lucros os patrões obrigavam os operários a trabalhar cada vez mais tempo e para isso
reduziam os intervalos para descanso e para as refeições.
 Trabalho contínuo sem férias nem feriados – além de reduzir o tempo das refeições e
de descanso, durante o dia de trabalho, também tornou-se frequente não dar férias nem
descanso nos feriados aos operários.
 Habitações degradantes – os operários, recebendo salários muito baixos, não podiam
suportar o pagamento de rendas altas. Assim, a solução era viver nos bairros operários,
onde normalmente não existem condições de saneamento, as casas são pequenas (uma
família de 6 a 8 pessoas vive numa casa de duas divisões).
 Prevalência de doenças – Como os operários recebiam salários muito baixos, muitas
vezes não conseguiam alimentar-se devidamente. O que lhes colocava numa situação de
fraqueza em relação às doenças. As doenças eram também resultantes das péssimas
condições em que eles viviam.
 Alcoolismo – As péssimas condições em que os operários viviam criavam, por vezes, um
sentimento de frustração que os levava a meter-se no alcoolismo.

4.2. Factores para as más condições de vida dos operários

Diferentes factores para as más condições em que os operários vivem, algumas merecem
particular destaque:

 Introdução de novas máquinas – a utilização da máquina permitiu aos industriais


reduzir o pessoal, pois uma máquina manejada por uma ou duas pessoas consegue fazer o
trabalho que manualmente poderia ser feito por várias pessoas. Assim a introdução da
máquina colocou muitos operários no desemprego;
 Abundância de mão-de-obra – com a explosão demográfica aumentou o número de
pessoas precisando de emprego. Como havia muitas pessoas à procura de emprego e as
vagas eram poucas, os patrões começam a baixar os salários. Ora, como os salários não
eram suficientes para cobrir as despesas, o chefe da família, a mulher e os filhos eram
forçados a trabalhar nas fábricas, para garantir o sustento da família.

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As péssimas condições de vida e de trabalho mudaram os hábitos e costumes dos operários, pois
assiste-se a degradação das relações familiares, à abundancia de vícios, como alcoolismo,
prostituição, aumento de vagabundos, a mendicidade, criminalidade, por um lado, por outro, esta
realidade condicionou a prevalência de doenças como febres, tifo, raquitismo, sífilis, asma e
tuberculose.

5. A Exploração do trabalho femenino e infantil

A mão-de-obra feminina e infantil era muito requisitada no século XIX devido a crescente
procura de emprego, que condicionava a oferta de baixos salários pelos industriais. Como forma
de garantir o sustento das famílias, as mulheres e crianças eram obrigadas a empregar-se nas
fábricas e nas minas. Eram as pessoas mais preferidas e mais exploradas pelos patrões porque
recebiam salários mais baixos pois eram considerados “mão-de-obra barata”. Para o trabalho
igual, o salário de uma mulher era de menos um terço e o das crianças era metade dos homens.
Normalmente as crianças começavam a trabalhar entre quatro e sete anos de idade.

As crianças eram especialmente requisitadas, devido a sua agilidade e a sua pequena estatura,
isto é podiam introduzir-se em espaços pequenos entre as máquinas ou com os seus dedinhos
concertar fios rebentados e nas minas rastejavam puxando vagonetas.

6. As contradições fundamentais entre a classe operária e a burguesia

A Revolução industrial deu origem a duas classes sociais claramente distinta uma da outra: a
operária e a burguesa. Durante a Revolução Industrial surgiram contradições entre os operários e
a burguesia porque esta explorava a massa trabalhadora. Os operários trabalhavam em péssimas
condições de higiene e segurança, viviam em casas pequenas, miséria.

A pobreza e a fome generalizaram-se na classe operária e criou distâncias entre a burguesia e os


operários dando origem ao descontentamento e a agitação social no início do século XIX
caracterizada por graves, revoltas e movimentos violentos em muitos países industrializados da
Europa.

Por exemplo na Inglaterra os operários juntaram-se e destruíram máquinas (ludismo) que


consideram a causa do desemprego e baixos salários e saqueavam as casas dos industriais. Neste

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ambiente nasceu e se desenvolveu o movimento operário e sindical que deu origem as ideias
socialistas.

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7. Conclusão

Conclui-se que a mão-de-obra feminina e infantil era muito requisitada no século XIX devido a
crescente procura de emprego, que condicionava a oferta de baixos salários pelos industriais.
Como forma de garantir o sustento das famílias, as mulheres e crianças eram obrigadas a
empregar-se nas fábricas e nas minas. Eram as pessoas mais preferidas e mais exploradas pelos
patrões porque recebiam salários mais baixos pois eram considerados “mão-de-obra barata”. Para
o trabalho igual, o salário de uma mulher era de menos um terço e o das crianças era metade dos
homens. Normalmente as crianças começavam a trabalhar entre quatro e sete anos de idade.

A Revolução industrial deu origem a duas classes sociais claramente distinta uma da outra: a
operária e a burguesa. Durante a Revolução Industrial surgiram contradições entre os operários e
a burguesia porque esta explorava a massa trabalhadora. Os operários trabalhavam em péssimas
condições de higiene e segurança, viviam em casas pequenas, miséria.

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8. Bibliografia

Passos, Rosário. História 9a Classe. Programa do Ensino Secundário à Distância (PESD) 1º


CICLO. 2012.

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