Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A consciência Moral
Curso: Biologia
Disciplina: Filosofia (2º
Ano)
Folha de Feedback
0
Indicadores Classificação
Categorias Pontuação Nota
Padrões máxima do Subtotal
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Introdução 0.5
Discussão 0.5
Estrutura Conclusão 0.5
Aspectos
organizacionai Bibliografia 0.5
s
Contextualização 1.0
(Indicação clara do
problema
Descrição dos 1.0
Introdução objectivos
Metodologia 2.0
adequada ao objecto
do trabalho
Articulação e domínio 2.0
do discurso académico
(expressão escrita
Conteúdo cuidada, coerência /
coesão textual)
Revisão bibliográfica 2.0
nacional e
Análise e internacionais
discussão. relevantes na área de
estudo.
Exploração dos dados. 2.0
Conclusão Contributos teóricos 2.0
práticos.
Aspectos Formatação Paginação, tipo e 1.0
gerais tamanho de letra,
parágrafo,
espaçamento entre
linhas
Referênci Normas APA Rigor e coerência das 4.0
as 6ª edição em citações/referências
Bibliográfi citações e bibliográficas
cas bibliografia.
1
Recomendações de melhoria:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
2
Índice
Folha de Feedback.............................................................................................................1
Recomendações de melhoria:............................................................................................2
1. Introdução..................................................................................................................4
Objectivo Geral.................................................................................................................4
Específicos:........................................................................................................................4
1.2. Metodologia............................................................................................................4
2. A consciência moral...................................................................................................5
3. Conclusão.............................................................................................................15
4. Referências Bibliográficas....................................................................................16
3
1. Introdução
Este trabalho tem por objectivo realizar uma análise do conceito de consciência moral e
mostrar uma conexão entre este conceito e a vontade de potência. A tese central que
pretendo expor e justificar é que a consciência moral é, a experiência fundamental a
partir da qual se pode identificar na ontologia da vontade de potência um carácter
fenomenológico. Admitimos de inicio que a conexão entre consciência moral e vontade
de potência no sentido pretendido soa contra intuitiva. No entanto, gostaria de lembrar
que, quando desenvolvemos um estudo científico, uma de nossas principais tarefas deve
ser nos libertar de uma das mais nefastas formas de violência: a violência cultural
académica. Por mais que ocupe um lugar central no desenvolvimento do pensamento
social e político, nenhuma obra ou conceito está imune de críticas e reformulações. Em
última instância, é a discórdia que estimula a reflexão e o debate de ideias.
Para a realização do trabalho foi usado como método a revisão bibliográfica que
permitiu uma análise e interpretação de diversas obras consultadas. O mesmo é
constituído pela presente nota introdutora, a contextualização onde há o enfoque do
fundamento do mesmo e por fim apresenta-se a conclusão e a respectiva lista
bibliográfica
1.2. Específicos:
4
Identificar as características da consciência moral;
1.3. Metodologia
Para a elaboração deste trabalho, recorreu-se a:
2. A consciência moral
A consciência moral é uma competência avaliadora dos actos pessoais e dos alheios, a
capacidade de discriminar entre o que é o bem e o que é o mal (Catecismo, 2008).
Qual a NATUREZA desta capacidade cuja manifestação no ser humano o eleva à
dignidade de um ser moral?
De acordo com (Catecismo, 2008), a consciência moral tem uma base racional. Todos
os actos humanos são julgados e avaliados pela razão, em função de valores livre e
racionalmente escolhidos. Não é, pois, “às cegas” que concebemos e realizamos a
acção. É com a intervenção do pensamento que tomamos consciência dos problemas,
que os compreendemos e que equaciona-mos soluções que nos parecem possíveis. A
racionalidade permite-nos analisar criticamente aquilo com que nos deparamos, avaliar
as acções pessoais e as dos outros, confrontando o que queremos fazer com aquilo que
julgamos que devemos fazer.
5
A consciência moral tem uma componente social. É interagindo com os outros e através
do processo de educação que a consciência moral se vai formando. O seu
desenvolvimento passa pela interiorização de um “dever-ser” que lhe vai sendo
apresentado pelos diferentes agentes (família, escola, media, grupo de pares, etc.) no
decorrer do processo de socialização (Martain, 1945. P.188),
Sorabji (2014), a consciência moral é a faculdade que tem o ser humano de juízos de
valor éticas sobre actos certo e errado, sendo guiados nesta maneira de fazer ou não
fazer-lhes. Essa consciência implica não apenas a avaliação de acções moralmente
certas e erradas, mas também intenções.
Através desses parâmetros morais que a consciência individual possui, outros são
julgados também. A noção de consciência moral inclui certos elementos que são
considerados totalmente unidos; A primeira é a consciência referida aos valores e
princípios morais que um indivíduo mantém.
O segundo refere-se à consciência como uma faculdade através da qual o homem pode
conhecer as verdades morais fundamentais. Essa faculdade é chamada de várias
maneiras, como voz da razão, senso moral e voz de Deus, entre outras.
6
Punitiva, sanciona-nos levando-nos a viver de “consciência pesada”, ou seja, a
natureza dos actos praticados determina o aparecimento de sentimentos
incomodativos de culpa, arrependimento, vergonha, remorso, etc.
Também pode ser um filósofo respeitado, como Epicurus argumenta, ou pode ser um
espectador imparcial, como Adam Smith especifica.
É por isso que os sentimentos parecem que, em muitos casos, são descritos como
negativos, como culpa, contrição e remorso, como é o caso da tradição católica.
GIUBILINI (2016), existe uma concepção de consciência que se orgulha de seu mérito
moral. Isso pode ser visto nos estóicos latinos, como Séneca, e na tradição protestante
de Lutero. Nisto há uma alegria que surge da consciência da remissão que Deus pode
fazer dos pecados no futuro.
7
Como a consciência não tem acesso directo a Deus, é errada e falível. É isso que
Thomas Aquinas mantém, que postula a regra da sindresis.
Essa regra, que pode ser declarada como fazer o bem e evitar o mal, é infalível; no
entanto, existem erros na consciência. Isso acontece porque erros podem ser cometidos
quando regras de conduta são derivadas, bem como quando essas regras se aplicam a
uma determinada situação.
Fora da religião, a fonte moral que infunde princípios morais não é Deus, mas a
educação ou a própria cultura.
Tomando a consciência como aquela que permite ao homem acessar princípios morais
directos, ele é visto como intuitivo e afectado pelas emoções. Nesse sentido, David
Hume identificou a consciência como activa com um sentido moral.
Entendida dessa maneira, a consciência tem um carácter subjectivo pelo qual a força
motivacional vem da pessoa e não da penalidade de uma autoridade externa.
8
Um representante desse ponto de vista é Immanuel Kant, pois ele concebe a consciência
não apenas internamente, mas como fonte do senso de dever. Isso ocorre porque são
necessários julgamentos internos para motivar-se a agir moralmente.
Para esse filósofo, a consciência é uma das disposições naturais que a mente tem para
que a pessoa seja afectada pelos conceitos de dever.
Essa interioridade também permite avaliar pensamentos, actos, hábitos e modo de vida;
Obviamente, julgamentos de valor aparecem nesta avaliação.
Além disso, essa interioridade tem uma relação directa com o exterior, pois, com base
nesses valores morais, é que o homem agirá, e não apenas isso, mas também julgará as
acções dos outros.
Portanto, a consciência moral é o que permite que os seres humanos percebam o que
vale, o que é valioso na vida, o que é bom ou, pelo menos, percebem o que não vale a
pena ou não fugir.
Exemplos
Quanto à exemplificação da consciência moral, deve-se lembrar que isso tem a ver com
os valores morais de cada indivíduo; Isso implica que, em alguns casos, eles também
podem ser aceitos por toda a sociedade. Por outro lado, em outros casos, eles
representam apenas o valor moral individual ou a escolha.
Julgar como corajoso uma pessoa que se jogou no mar tempestuoso para salvar outra
pessoa que está se afogando.
9
Sinto muito por qualquer palavra ou acção tomada.
Não grite com quem ofender ou agredir, considerando que ele merece respeito,
mesmo que não o aplique.
Diga a verdade, mesmo que isso implique que outras pessoas não aceitem bem.
Pedir desculpas a uma pessoa depois de tê-la ofendido, por ter percebido que
algo foi feito ou dito algo errado.
-Respeite a propriedade e a propriedade de outras pessoas.
N Não seja infiel, se isso traz sentimentos de culpa ou arrependimento; ou
simplesmente ser fiel porque, além de ser uma demonstração de amor a alguém,
impede que os fiéis se sintam culpados.
Não tire sarro ou tire vantagem de pessoas com qualquer deficiência física,
mental ou emocional.
10
Toda esta caracterização evoca para nós aquilo que se descortina no interior do afecto
do comando. Contudo, o mais interessante é que o aforismo prossegue apresentando
duas outras maneiras pelas quais este mesmo fenómeno pode ser interpretado. Estas
duas outras interpretações pertencem àqueles que de alguma maneira desconhecem a
experiência indicada pelos termos medida e meio-termo. O sentido que este
desconhecimento assume corresponde a alguma forma de esquecimento ou distracção
relativamente à memória desta experiência, uma vez que ela é constitutiva de toda
experiência. Trata-se de um desconhecimento casual, inconsciente e involuntário.
Medida e meio-termo soam como tédio e mediocridade. Tédio sugere uma repetição
monótona.
A tempestade assume então outro modo de ser, a saber, de uma agitação barulhenta
constantemente amortecida em qualquer teor contundente por um ater-se e concentrar-se
no que quer que se encontre a cada vez aberto imediatamente na experiência, a despeito
da força destas coisas rapidamente se esvair.
Este aforismo é a raiz das três figuras ou tipos centrais da Genealogia da Moral: nobre,
escravo (ou “vulgar”, “comum”, etc.) e sacerdote. Estas três figuras correspondem a três
modos de escuta, isto é, modos de engajamento relativamente à consciência moral:
afirmá-la, ignorá-la e negá-la. À afirmação corresponde, como já pudemos depreender,
uma certa relação com a consciência moral cujo processo possibilita o acontecimento da
eclosão do afecto de comando. Ignorar a escuta, por sua vez, pode ser entendido como
uma distracção, cujo teor fica mais claro, por exemplo, na seguinte passagem:
O tipo vulgar não tem ouvidos para seus próprios impulsos, mesmo os
mais fortes. Um pensamento o orienta: aquele que prescreve uma
vantagem e finalidade. Vantagem significa: algo prazeroso, confortável,
11
inofensivo. Minimizar e se possível erradicar o sofrimento e a frustração;
esta é a finalidade do agir vulgar. Certamente, por detrás deste
pensamento há afectos e impulsos, que tornam os homens “escravos
momentâneos do afecto e da cobiça” (GM/GM II, 3, KSA 5.296).
São os impulsos projectados pelos afectos que se sobrepuseram àquele impulso mais
profundo e misterioso, o único que se vincula, não a algo determinado e já aberto, mas
ao tempestuoso e velado: o instinto de liberdade, a vontade de potência. O impulso
determinado pela configuração visível dos afectos requer a conservação de seus
parâmetros de orientação. Toda a vontade torna-se então dependente da conservação do
que já se abriu anteriormente. Trata-se da desmedida do impulso de conservação.
Uma aristocracia sacerdotal: um tipo híbrido entre nobre e vulgar, que ao mesmo tempo
contrapõe nobreza e vulgaridade. O sacerdote é um tipo criador, mas rebelado contra a
própria experiência de criação. Pretende apossar-se daquilo que nela se abriu para assim
apossar-se de suas condições de possibilidade e submetê-las ao interesse da
conservação. O sacerdote torna-se, portanto, um catalisador e propulsor da vulgaridade,
pois cria meios para alimentar a fantasia de que a superação da finitude é uma
12
possibilidade humana. À medida que o nobre é testemunha e afirmador da finitude, e
também fonte de imprevisto e instabilidade, o sacerdote o odeia e quer erradicá-lo
enquanto possibilidade humana. Por detrás desta projecção de ódio sobre a figura do
nobre, esconde-se um auto negação, pois o próprio sacerdote conhece a experiência que
abomina.
Neste sentido, “já se percebe com que facilidade o modo de valoração sacerdotal pode
derivar daquele cavalheiresco-aristocrático e depois desenvolver-se em seu oposto”
(VALDERRAMA SANDOVAL, 2011).
13
Má consciência aparece quase como sinónimo de consciência da culpa, isto é, de
determinação da culpa a partir da consciência que se fixa em um pensamento enquanto
prescrição e dever-ser para todo o real. Observando com mais detalhe e minúcia, é mais
exacto afirmar que a consciência da culpa é o produto e instrumento da má consciência.
14
3. Conclusão
O combate sobre à moral e à má consciência pode agora ser situado no âmbito de uma
ética mais ampla e que conta com elementos não apenas críticos, mas também positivos.
Pois, tal como antecipado na introdução deste ensaio, apresentaram-se argumentos para:
1) diferenciar consciência moral e má consciência e, 2) identificar conexões essenciais
entre consciência moral e vontade de potência. Resta pensar nosso terceiro ponto, a
saber, a ideia de que má consciência e vontade de potência (à qual poderíamos, agora,
associar a consciência moral) pudessem formar uma espécie de dilema ético. Combater
a má consciência promovendo a consciência moral? Em um texto de seu período mais
crítico, Nietzsche afirma explicitamente:
Ao invés de uma simples escolha entre duas opções predeterminadas, o decisivo para o
problema de uma superação da má consciência é um demorado empenho em pensar
estes estranhos fenómenos, pensar sem qualquer expectativa de resultado ou garantia de
sucesso. Neste esforço de pensar de outro modo, há um esforço de desaprender
(umzulernen). Desaprender, aprendendo a expor-se a possibilidades.
15
4. Referências Bibliográficas
ANSCOMBE, Gertrude Elizabeth Margaret (2009). Filosofia moral moderna. Vol. 33,
Edição 124, em Filosofia. Cambridge University Press. Original: Instituto Real de
Filosofia -1958-. (pdf). Recuperado de cambridge.org.
Catecismo da Igreja Católica, 1749-1761 João Paulo II, Enc. Veritatis Splendor, 6-VIII-
1993, 71-83
16