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Introdução

A presente dissertação da cadeira de Historia das Instituições Politicas, com o objectivo


de analisar a eficácia das instituições politicas da África em sustentar o
desenvolvimento no continente africano. Nesse contexto, analisa-se as reivindicações
relativas às políticas públicas, os actuais desafios em suprir as necessidades
relacionadas, bem como exemplos de boas iniciativas que constituem bases para o
futuro.

Objectivo geral:

 Compreender as características das Instituições Politicas Africanas.

Objectivos específicos:

 Conhecer política e económica em África;


 Descrever a Administração europeia na terra Zulu;
 Descrever a estrutura interna e externa dos Bandos Kavirondo

Estrutura de trabalho

O presente trabalho foi feito na base de uma introdução, desenvolvimento, conclusão e


bibliografia.

Metodologia

Faço ainda uma chamada de atenção, relativamente à bibliografia consultada. Esta será
esmagadoramente na língua portuguesa, isto não quer dizer que a bibliografia é toda de
autores portugueses, sendo a maioria da bibliografia consultada, traduzida para a nossa
língua materna de alguns dos maiores especialistas em ciências da educação.
Características das Instituições Políticas Africanas

Segundo David Levi-Faur, a governação não diz respeito apenas à forma de organização
das instituições formais e informais, mas também aos “processos, mecanismos e
estratégias” da decisão política (Levi-Faur, 2012: 4; Rhodes, 2012). Isto refere-se aos
processos de tomada de decisão, aos mecanismos de cumprimento e controlo bem como
às estratégias que orientem as instituições para se alinharem com as preferências
públicas.

De acordo com Amaral (2001, p.21), Os sistemas políticos aqui descritos podem ser
organizados em duas categorias: um grupo que consiste naquelas sociedades que têm
autoridade centralizada, aparelho administrativo e instituições judiciais ─ em suma, que
tem um governo ─ nas quais as distinções de riqueza, privilégio e status correspondem a
distribuição de poder e autoridade. Este grupo compreende os Zulos, Ngwato, Bemba,
Banyankole e Kede; outro grupo que consiste nas sociedades em que esta patente a falta
de autoridade centralizada, aparelho administrativo e instituições judiciais construídas,
em suma, que não tem um governo ─ e nas quais não existem divisões agudas de
categoria, status ou riqueza. Este grupo compreende os Logoli, Tallensi e Nuer. Os que
consideram que um Estado deve definir-se pela presença de instituições
governamentais, consideram o primeiro grupo como Estados primitivos.

Esta teoria foi assim denominada por não procura constituir abstractamente uma
sociedade ideal, mas sim baseando-se na análise das realidades económicas, da
evolução histórica e do capitalismo, formula leis e princípios determinantes da história
em direcção a uma sociedade sem classes e igualitária. Os grandes teóricos desta teoria
socialista foram: e Friedrich Engels, estes dois elaboram a o Manifesto Comunista e o
Capital. Nela ele afirma que os operários devem se organizar como forca revolucionaria
a fim de tomar o poder politico organizando a ditadura do proletariado. ( Karl Marx,
1865, p 123)

Governação política e económica em África

Segundo Prelot (2001 p.32), A densidade e a distribuição da população estão claramente


relacionadas com condições ecológicas que também afectam todo modo de vida,
determinam os valores dominantes dos povos e influenciam fortemente as suas
organizações sociais incluindo seus sistemas políticos. Os privilégios económicos, tais
como direitos de exigir impostos, tributo e trabalho, são a principal recompensa do
poder político e um meio essencial de mantê-lo nos sistemas políticos primitivos. Mas
não devemos esquecer que aqueles que tiram maior benefício económico do cargo
político têm as maiores responsabilidades administrativas judiciais e religiosas.

Nas sociedades acima descritas, o sistema político se apresenta dentro duma moldura
territorial, mas com funções diferentes nos dois tipos de organização política. Esta
diferença se deve à predominância de um aparelho administrativo e judicial num tipo de
sistema e sua ausência noutro.

No Estado primitivo a unidade administrativa é uma unidade territorial, os direitos e as


obrigações políticas são territorialmente delimitadas. Um chefe é a cabeça
administrativa e judicial de uma dada divisão territorial, investido muitas vezes de
controle definitivo económico e legal sobre toda a terra dentro dos seus limites e todos
que vivem dentro dele são seus súbditos.

O descontentamento sobre a economia continua a ser generalizado, sendo agora o


principal fator de protesto. Os protestos motivados por preocupações económicas têmse
mantido praticamente inalterados desde 2014, constituindo a maioria dos protestos
públicos em África. Isto está em consonância com outras pesquisas que demonstram a
ampla difusão do descontentamento com a economia nos países africanos. As
preocupações económicas mais importantes que constituem motivo de protesto foram as
reivindicações por melhores salários e condições de trabalho. Relativamente aos
protestos com motivações políticas, as greves e manifestações ligadas a processos
políticos diminuíram significativamente nos últimos anos, enquanto em 2011 este tipo
de protesto representava a maioria dos protestos públicos em África (Wike et al., 2017).

A fraca fiabilidade do fornecimento de electricidade afeta as oportunidades económicas


na maioria dos países africanos. Em 25 países do continente africano, verificam-se
crises frequentes nas redes de energia, caracterizadas por cortes de energia,
fornecimento irregular e altos custos da eletricidade. Além disso, o preço da eletricidade
tem vindo a subir devido às exigências de aumento da capacidade energética. As atuais
linhas de transmissão no continente estão sobre exploradas, o que aumenta a frequência
das falhas de energia, afetando negativamente as perspetivas de crescimento económico
(Fjose et al., 2010). Devido à falta de investimento na infraestrutura elétrica e
energética, muitas empresas geram a sua própria energia, com recurso a geradores a
gasóleo, o queaumenta os custos de produção. De acordo com os Inquéritos às
Empresas, mais de 50% das empresas na África subsariana possuem ou partilham um
gerador, em comparação com 11% nos países de rendimento elevado da OCDE. Estas
crises frequentes resultam de uma desadequação das políticas de manutenção no setor
energético ao longo das últimas décadas. A boa notícia é que, atualmente, várias
iniciativas estão a ser implementadas para retificar esta situação (Oyuke et al., 2016).

O período da Administração européia na terra Zulu

Segundo Montesquiu (2004), O governo britânico ocupa totalmente o reino zulu no


período entre 1887 e 1888, implantou missões, escolas, armazéns e administração
europeia, o trabalho assalariado atrai os nativos a ponto de deixarem as suas terras e
preferirem trabalhar para o bóer nas farmas onde já se usava charrua. O magistrado era
funcionário político e judicial superior e representante do governo, a lei europeia
substituíram os costumes tradicionais zulus e todas as cerimónias zulu caem em desuso.

Para Amaral (2007), Dentro do distrito, o magistrado torna-se o funcionário político e


judicial superior e é o representante do governo. O seu tribunal aplica a lei europeia e é
um tribunal de primeira instância e de apelo dos chefes em casos decididos entre os
nativos segundo o direito zulu. Ele coopera com outros departamentos do governo e
com os chefes e os seus indunas. As pessoas passam recorrer ao magistrado para as suas
questões e problemas. A magistratura acaba assim por representar muitos dos novos
valores e crenças que passam a actuar sobre o comportamento zulo. Porém, os zulos têm
uma atitude para com o governo de desconfiança e hostilidade, atribuindo lhes a origem
dos novos conflitos da comunidade; apontam leis que consideram opressivas; encaram
as medidas que o governo toma em função dos seus interesses como tendo a intenção de
desapossar da terra e do gado, e incitam como argumento a presença dos brancos nas
terras zulu no passado e o que eles consideram como uma série de promessas que lhes
foram feitas por aqueles e jamais cumpridas.

Além disso, muitas dessas medidas colidem com seus prazeres, crenças e modos de
vida. Assim, enquanto o governo exige que os chefes apoiem suas medidas, o povo
espera que seus chefes se oponham a elas, e normalmente fazem. A imposição da
administração britânica e o desenvolvimento de novas actividades diminuiu
radicalmente o poder dos chefes e ele passa a estar subordinado ao governo. Já não pode
compelir, embora lance impostos e recrute tropas. Perdeu a sua enorme riqueza e muitas
vezes usa o que tem em seu proveito e não no interesse dos seus súbditos. Acabou sendo
suplantado pelos novos conhecimentos por muito dos seus súbditos. Os homens agora
têm menos tempo para se dedicar aos interesses do seu chefe e se este tentar explorar ou
oprimir um homem, este último pode recorrer a magistrado que lhe protegerá.

No início da década de 1870, o Reino Zulu abrangia uma área que se estendia da costa
do Oceano Índico, ao Rio Tugela no sul e ao Rio Pongola no norte. O Reino Zulu foi
estabelecido na década de 1820 por Shaka kaSenzangakhona, em um contexto
demarcado por significativas transformações sociais e políticas na região, em especial
pela expansão das áreas de influência de novas linhagens dominantes. Uma das
reformas mais significativas introduzidas por Shaka foi a instituição de um exército
permanente, composto por guerreiros armados com azagaias (assegais) e protegidos
com escudos ovais feitos de pele de boi. Após seu assassinato em 1828, Shaka foi
sucedido por Dingane, seu meio-irmão, o qual entrou em conflitos com os trekkers,
bôeres que deixaram a Colônia do Cabo rumo ao interior do subcontinente na metade
dos anos de 1830. A força política e militar dos Zulus, em particular sob o potentado de
Cetshwayo, representava um obstáculo para a formalização das anexações territoriais
orquestradas pelo então Secretário de Estado das Colônias, Lord Carnarvon, que em
1877 defendeu junto ao Parlamento britânico o Ato de Confederação Permissiva, com a
intenção de autorizar a criação da confederação de colônias e estados na África do Sul
(HAMILTON, 1998: 72).

A estrutura política dos Bandos Kavirondo

Estrutura Política Interna


Para o propósito de uma análise das funções políticas, deve estabelecer-se uma
distinção entre as funções governamentais externas e internas da unidade tribal. A
manutenção interna da sociedade tribal envolve três funções políticas ou
governamentais maiores:

a) Feitura das leis;

b) Manutenção dos usos e costumes, envolvendo tanto a sua perpetuação nos períodos
em que estes são inoperantes como a sua transmissão às gerações vindouras;

c) Restauração das quebras e reintegração do direito violado.


O conjunto das leis: o corpo geral das normas tribais é tão velho quanto a própria tribo.
Crê-se que os usos e costumes foram transmitidos desde tempos imemoriais de
antepassado para antepassado, e parece ser o peso acumulado da autoridade tribal que
constitui a sanção mais generalizada para a observância de normas tradicionais. A ideia
de pôr em causa a validade das normas tribais é rejeitada por motivos de medo e de
superstição. O desvio das normas pode trazer punição dos espíritos dos antepassados. E
esta punição não se limita à acção dos antepassados imediatos, mas consiste num
desagrado do mundo dos espíritos que pode ter consequências desastrosas de qualquer
espécie. Não há autoridade reconhecida que proteja os poderes legislativos. A lei é,
imutável e o grau pelo qual uma acção, uma pretensão ou uma obrigação estão em linha
com a tradição é apenas critério do seu mérito (Amaral, 2001).

A parte as normas observadas no grupo tribal, existem numerosas normas clânicas que
diferem de clã para clã, mas que dentro de cada clã ganham validade através do mesmo
tipo de sanções como acontece com a lei tribal. As mais importantes destas normas
clânicas são certos tabus de comida ou regras de abstenção relativamente a certas
formas de comportamento. Um poder mais amplo para a feitura das leis e induzir as
pessoas a tomar uma atitude sem precedentes parece ter emanado dos sonhos de
profetas e certos anciãos que tendo ganho reputação como guerreiro e juízes brilhantes
de disputas ascenderam a um plano de chefia entre os seus companheiros de idade.

A continuidade de usos e costumes: não é meramente uma invenção de normas de

conduta, mas um sistema coerente de relações entre indivíduos e grupos. Estas relações

não implicam observância de certas acções e a abstenção de outras, mas ideologias e

valores bem como atitudes mentais e emocionais. Assim, o direito de família no sentido

pleno da palavra, compreende a totalidade de relações, expressa em acções e atitudes,

que entrelaçam os membros da família numa unidade social, enquanto as normas

formuladas (como a regulação da boda paternal, os direitos e deveres de marido e

mulher, heranças, etc) demarcam as principais linhas e limites apenas em extensão e

dentro dos quais estas relações funcionam. (Freitas 2002)


Manutenção dos usos e costumes equivale assim à manutenção de relações efectivas. A
continuidade no tempo ou a perpetuação destas relações tende a ser interrompida por
dois factores inerentes às condições de vida social. Um destes é que a maior parte das
relações e das instituições das quais são parte operam, não continuamente, mas apenas
em certas ocasiões. A solidariedade do clã, por exemplo, entra em acção só quando
desafiada pelo assassinato de um membro do clã ou por alguma circunstância
semelhante, mas o tipo específico de relação entre os membros do clã nos quais se
baseia esta solidariedade tem de ser permanentemente mantida, de modo que a lei de
solidariedade possa entrar em acção sempre que surja necessidade daquela se realizar.
Reintegração do direito violado: antes de se discutir o papel da autoridade judicial da
vida tribal e a maneira como ele funciona, é importante examinar os diferentes tipos de
violação ou nãoconformidade com a lei. (Benot, 1981)

Por evidência linguística, as ofensas se classificam em vários grupos: Uma pessoa


comete eligovi quando se recusa a pagar uma dívida ou a cumprir uma obrigação
costumeira, como aquela que pode ser imposta por normas de parentesco ou que possa
resultar duma sociedade de gado ou de qualquer outra propriedade O termo eligoso
designa uma gama de ofensas que no ocidente classificariam de civil e criminal, tal
como adultério, roubo, assalto, fogo-posto, etc. Amatava são ofensas contra a
propriedade ou vida cometidas acidentalmente ou pelo menos sem intenção plena, tal
como danos físicos infligidos pelo manuseio descuidado de armas, ou destruição
acidental da casa do vizinho pelo fogo, ou das suas colheitas pelo gado. Emiligu são
violações de tabus importantes ou normas de conduta formal, de regras como a
proibição de incesto e a abstenção da sogra ou a dessacralização de objectos usados no
culto do antepassado. (Amaral, 2001)

No caso de amagovi, não se cometeu um delito que precise desfazer-se. O facto de uma
pretensão se tornar exigível não envolve a noção de o credor ter o direito a
compensação pela demora sofrida na materialização da sua pretensão. A disputa tem
simplesmente de decidir-se a favor de uma das partes em disputa; quando se cometeram
amagoso ou amatava, a ofensa tem de ser desfeita, induzindo ou forçando a pessoa
acusada a compensar o dano que causou ao acusador; se a ofensa tiver sido sem
intenção (elitava) ele tem simplesmente de repor o prejuízo ou pagar gado equivalente
em valor, enquanto que no caso de uma ofensa deliberada (eligoso) tem de se repor o
dobro da quantia ou uma multa em gado e é imposta de modo a poder considerar-se
ampla compensação; as quebras de tabu (emiligu), são restabelecidas pela celebração do
sacrifício apropriado ou cerimónia da purificação, depois da qual as relações sociais
com o ofensor são reassumidas pelos seus companheiros que o evitavam. Parece
concluir-se desta breve descrição dos tipos de quebras reconhecidos e dos métodos
empregados ao tratar com eles, que, o estabelecimento de lei e ordem aspira mais à
solução dos conflitos e reparação dos prejuízos do que a punição do ofensor. Este facto
tem duas consequências importantes:

1. A jurisdição tem lugar só quando solicitada pela vitima da ofensa, pois que todas
ofensas se concebem como sendo prejudiciais aos interesses de uma pessoa particular
ou grupo de pessoas, mas não a sociedade tribal como um todo. Uma implicação lógica
disto tudo é que não só todo objecto material, mas também cada ser humano tem o seu
proprietário ou proprietários.

2. Esta precede directamente da primeira. Não há autoridade judicial tribal, mas é a


justiça administrativa por e entre aqueles grupos de pessoas afectadas pela ofensa em
questão. Uma vez que as quebras da lei podem ser repostas pelo pagamento de objectos
materiais, segue-se que a compensação será pedida e dada por todas pessoas que têm
um interesse conjunto do bem-estar material do indivíduo afectado por uma ofensa.
Assim, onde se determina que não seja tomada acção judicial (imposição de
compensação) devido a indivisibilidade dos interesses comuns do grupo, realiza-se
simplesmente um sacrifício para propiciar os espíritos e uma cerimónia de purificação
que liberta o ofensor da sua impureza ritual e o coloca de novo em condições de os
vizinhos e parentes reatarem com ele as relações sociais.

Estrutura Política Externa


As relações comerciais entre as tribos estavam pouco desenvolvidas, devido ao facto de
às fontes naturais estarem igualmente distribuídas dor todo Kavirondo e o conhecimento
e a arte técnica serem de grande semelhança em todas tribos bantos de modo que não
havia incentivo para uma permuta regular e organizada de produtos. A ocasional troca
de cereal por gado e produtos de certa espécie (cerámica, ferro, etc) era bastante
variável para levar ao estabelecimento de relações políticas permanentes entre as tribos
numa base económica. O casamento entre tribos geralmente hostis era limitado ao
casamento de mulheres cativas da guerra, que eram levadas com uma idade entre seis a
dez anos e adoptadas pela família do guerreiro que as capturava. Quando crescidas
casavam-se da mesma maneira como se de filhas se tratassem. (Amaral, 2001)

A captura de uma mulher adulta não se praticava a não ser excepcionalmente pois
desconfiava-se que elas agiriam como espias ou tentariam voltar para sua gente na
primeira oportunidade de fuga que lhes aparecesse. A atitude para com qualquer tribo
vizinha considerada no seu todo caracterizava-se sobretudo por um sentimento de
desconfiança ao qual se acrescentavam o medo ou desprezo. O medo de outras tribos é
coisa nunca publicamente admitida, quer em conversas pessoais ou em relatos de
emigração ou em textos sobre guerra. Já o desprezo e escárnio, são atitudes de longe
mais comuns para outras tribos e encontra expressão em numerosos dizeres e
provérbios. Com relações e atitudes prevalecentes entre os diferentes grupos tribais,
quais eram os motivos para a guerra? Os dois motivos imediatos em atacar outros
grupos tribais eram:

a) A captura do gado: motivo claramente económico, não requerendo outra


interpretação visto que o significado do gado na organização económica já é conhecido.

b) Infligir perda de vidas no grupo atacado: consequência necessária da apreensão do


gado, visto que os proprietários tentarão defender seu gado resultando em violência.
Entre os Logoli, a conquista de novas terras para cultivo era um dos motivos para
guerra.

Mas o resultado imediato de uma incursão militar era mais de enfraquecer e intimidar a
tribo vizinha e induzir os seus membros gradualmente a recuar de modo a alargar a zona
desabitada para que as pastagens e cultivo pudessem fazer-se com segurança. (Benot,
1981)

Esta necessidade de expansão, deriva de uma série de causas onde se destacam:

1. Aumento da população;

2. Aumento da riqueza em gado requerendo maiores áreas de pastagens; 3. Deterioração


do solo por várias razões.
Conclusão
Após este trabalho da cadeira de Historia das Instituições Politicas, com o tema a ser
Abordado Características das Instituições Politicas Africanas, chega-se a conclusão que
Até o começo da década de 1870, os Zulu, os Ndebele, os Bemba e os Yao conseguiram
manter sua soberania, independência e segurança. Também haviam resistido com êxito
à intrusão dos missionários, dos comerciantes, dos concessionários e dos recrutadores
de mão de obra europeus, que, aliás, tinham concluído que a conquista e o
desmembramento dos Estados africanos refratários tornavam -se indispensáveis.
Alimentavam a ilusão de que os africanos aspiravam ao cristianismo, ao comércio e à
cultura europeia, mas os ataques, a tirania e o paganismo dos monarcas, administradores
e guerreiros reprimiam implacavelmente “a ambição, o esforço e o desejo de salvação
dos autóctones”. Por consequência, os brancos recorreram à conquista, antes da
cristianização e do comércio.
Bibliografia

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