Você está na página 1de 14

Disciplina: História Professora: Gabriela Costa

Revolução Industrial
CONCEITO DE INDÚSTRIA

-Conjunto de transformações do
processo produtivo;

-Substituição da energia física (de


humanos e animais) pela mecânica
(máquinas);

- Esforço de transformar matéria-


prima em produto com auxílio de
ferramentas e máquinas;

- Introdução da máquina no processo


produtivo;

- Indústria Moderna: produção em


grande quantidade de artigos
padronizados.
PIONEIRISMO INGLÊS

* Atos de Navegação e o Comércio


Marítimo:

- estímulo as manufaturas;
- monopólio inglês de comércio;

* Frete Marítimo

- tráfico de escravizados;
- exploração colonial;
- saques e contrabando;

* Exploração na terra

-campo aberto x cercamento dos


campos;
- matérias- primas: lã, carvão e
minério.

* Êxodo Rural
DO PRODUTO ARTESANAL AO INDUSTRIALIZADO

* Artesanato:

- Baixa produtividade;
- Conhecimento total da montagem;
- Uso de ferramentas;
- Mestres e aprendizes.

*Manufatura:

- Média produtividade;
- Divisão de tarefas;
- Uso de máquinas simples,
movidas à tração humana;
- Relação patronal.
DO PRODUTO ARTESANAL AO INDUSTRIALIZADO

* Maquinofatura:

- Possível graças ao poder de


investimento da burguesia inglesa,
que foi capaz de mesclar os
conhecimentos da produção têxtil
oriental à sua capacidade de
absorção da matéria-prima: o
algodão (no sul dos EUA) e a lã;
INOVAÇÕES DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

* Substituição das primeiras máquinas


de madeira e movidas por energia
hidráulica;

* James Watt 1769: aperfeiçoamento


da máquina a vapor;

* Carvão era o combustível da


metalurgia para obtenção barata do
ferro que substituiu a madeira e foi
utilizado na construção de máquinas,
pontes, navios e ferrovias;

* Mecanização da produção têxtil, mais


resistência e maior produção;

* Concentração e disciplina dos


trabalhadores.
MÁQUINAS NA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

* É importante ter em mente que os


investimentos nessas novas tecnologias
só foram possíveis devido ao baixo
custo da mão de obra.
A MECANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução


trial, a manufatura foi substituída pela maquinofatura.
TEMPO E TRABALHO NO SISTEMA FABRIL

( O ritmo de vida e do trabalho deixou de seguir a natureza e o


corpo, e passou a acompanhar o tempo da máquina)

*Surgimento das fábricas:

- divisão do espaço entre trabalhadores;


- divisão de tarefas;
- fim da autonomia do artesão sobre o ritmo e produto final.

* A eficiência passou a ser medida pelo tempo da produção:

- tempo igual a dinheiro


- importância central do relógio: controle do tempo, tempo útil igual
a tempo trabalhado.
CONDIÇÃO DA VIDA DOS TRABALHADORES

* Média de 15h de jornada de trabalho diário;


* Baixos salários;
* Exploração da mão de obra feminina e infantil. Salários inferiores realizando
as mesmas tarefas;
* Moradias insalubres;
* Disseminação de doenças;
CONDIÇÕES DE TRABALHO - DEPOIMENTOS
“Nosso turno era das cinco da manhã até nove ou dez da noite; e, no sábado, até
às onze e, frequentemente, até às doze horas da noite. E ainda nos faziam vir no
domingo para limpar a maquinaria. Não havia tempo para café-da-manhã, não se
podia sentar durante o jantar e não nos davam nenhum tempo para tomar chá.
Nós chegávamos à fábrica às cinco horas da manhã a trabalhávamos até
aproximadamente as oito ou nove horas, quando nos traziam  o nosso café-da-
manhã, que consistia em mingau  de aveia com bolo e cebolas para dar mais
sabor a comida. O jantar consistia em bolo de aveia e leite [...] Nós bebíamos o
leite e com o bolo em nossas mãos voltávamos a trabalhar, sem sentar.”

Depoimento de John Birley ao jornal The Ashton Chronicle, 19 de maio de 1849.


Lembranças de Robert Blincoe

“A primeira tarefa dada a Robert Blincoe foi a de apanhar o algodão que caía no
chão, embaixo do tear mecânico.
Aparentemente, nada poderia ser mais fácil, mas ele estava muito apavorado
pelo movimento giratório e pelo barulho da maquinaria, ele também não suportou
o pó e a fumaça que o deixavam sufocado. Ele logo se sentiu doente e
constantemente parava de trabalhar, pois suas costas doíam de tanto agachar.
Blincoe achava que era livre para sentar e descansar, mas logo descobriu que
isso era estritamente proibido nas fábricas têxteis.  O seu inspetor, Sr. Smith, lhe
disse que tinha que ficar em pé [...].”

BROWN, John. Trecho da biografia de Robert Blincoe, publicado no jornal The


CONDIÇÕES DE TRABALHO - DEPOIMENTOS

Lembranças de Jonathan Downe

“Quando eu tinha sete anos fui trabalhar na fábrica do Sr. Marshalls na cidade de Shrewsbury.
Se uma criança estava sonolenta, o inspetor tocava no ombro da criança e dizia: ‘venha aqui’.
Em um canto no quarto havia uma cisterna cheia de água. Ele levantava o menino
pelas pernas e imergia na cisterna. Depois do banho, ele mandava a criança de volta para o
trabalho.”

Depoimento de Jonathan Downe ao Comitê Parlamentar sobre o Trabalho Infantil, 6 de junho


de 1832.
EXERCÍCIOS
1- Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira. Atenção: um
item ficará em branco.

a) A Inglaterra lucrou com o tráfico negreiro tanto comercializando


cativos quanto produzindo manufaturados para o escambo de escravos
na África;
b) Os cercamentos permitiram o aumento da produção de lã e a
formação de mão de obra para trabalho nas fábricas.
c)Os Atos de Navegação proibiam embarcações estrangeiras de
fazerem o transporte de produtos entre Inglaterra e suas colônias.

( ) Campos
( ) Marinha Mercante
( ) Exploração Ultramarina
( ) Força da Burguesia

2- Crie uma frase para completar o item que sobrou na questão 1.

3- Cite duas diferenças entre a produção artesanal e o sistema


manufatureiro.
EXERCÍCIOS

4- Elimine do quadro a expressão que não faz parte do grupo e a substitua por outra que
faça sentido.

Máquina a vapor sistema fabril energia elétrica


Inglaterra produção têxtil ferrovias

5- Responda às questões:
a) Por que o setor têxtil foi pioneiro na industrialização?
b) Como a mecanização da produção impulsionou o surgimento do sistema fabril?

Você também pode gostar