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1086 Vitória almorávida na Batalha de Zalaca. Pedido de ajuda por D. Afonso VI ao Conde de Borgonha
1090/1091 Concessão por Afonso VI a Raimundo da Galiza e da mão da sua filha Urraca
› Promoção de uma eficaz defesa dos territórios fronteiriços, acossados pela pressão crescente dos
guerreiros africanos [os almorávidas];
D. Henrique governou o seu condado durante cerca de 16 anos, de 1096 a 1112, ano em que
morreu.
Arcebispos de Braga
Cronologia:
Urraca I de Leão e da Galiza, chamada de Urraca, A Temerária (Leão, 1080 – Saldaña, 8 de março de
1126), foi rainha de Leão e da Galiza. Assumiu o trono com a morte do pai, em 30 de junho de 1109, até 8
de março de 1126. Era filha de Afonso VI de Leão e de sua segunda esposa, Constança da Borgonha.
Irmã de D. Teresa, casou-se primeiro com D. Raimundo e á sua morte com Afonso I de Aragão. Era mãe
de Afonso VII de Galiza, Castela e Leão.
O reino de Portugal (sécs. XII-XIII) O «século afonsino»
A questão galega
- 1116: Expedição pelo emir de Marrocos Ali b. Yusuf: incêndio de Miranda do Corvo e cerco a Coimbra
- 1117: nova expedição do emir de Marrocos e novo cerco a Coimbra (22 de junho com duração de 20
dias)
Á morte de D. Urraca, sucede o filho D. Afonso VII que exige o juramento de todos os senhores (prestar
vassalagem) incluindo D. Teresa, por isso, Afonso VII cerca Guimarães em 1127. Quem defende o castelo
é D. Afonso Henriques, que por ventura perde essa batalha, é exigido que ele deveria prestar vassalagem.
No entanto quem presta vassalagem é Afonso Henriques e não a sua mãe que era a regente do condado.
D. Afonso Henriques assume assim uma espécie de forma de figura importante e começa a exercer atos
de suberania.
D. Afonso Henriques
emancipação
Por forma a afastar-se da grande influência que os magnates portucalenses (sobretudo das cinco
linhagens fundamentais, Sousa, Maia, Ribadouro, Baião e Bragança), no momento seus apoiantes,
pudessem exercer sobre ele, Afonso protagoniza, em 1131, uma medida radicalː resolve afastar-se da
esfera de influência destes nobres, mais intensa a norte do rio Douro, e estabelecer-se nas margens do rio
Mondego, trasladando a corte condal de Guimarães para Coimbra.
Foral de Coimbra outorgado por D. Afonso Henriques em 1179 e confirmado em 1217 por D. Afonso II
- Protegeu as localidades da região, outorgando forais a diversas localidades (Miranda do Corvo 1136;
Penela 1137)
Nível religioso
Afonso Henriques, no mesmo ano da sua instalação em Coimbra, patrocinou a fundação do Mosteiro de
Santa Cruz. Foi a esta instituição que Afonso veio a recrutar vários homens de pensamento necessários à
governação, sendo um deles precisamente São Teotónio, um dos fundadores do mosteiro, assim como o
célebre João Peculiar, que veio a ser Arcebispo de Braga a partir de 1138, depois de exercer funções
episcopais no Porto,e que tentou marcar, como já o antecessor (Paio Mendes) fizera, uma "libertação" do
clero bracarense da Arquidiocese de Santiago de Compostela.
Política
- A visão clerical
Annales domni Alfonsi Portugallensium regis 1185-1195
Caracterizado como: Sobrenatural; Guerreiro valoroso; Justificação dinástica
Transmissão: Crónicas gerais ibéricas: Lucas de Tuy; Rodrigo de Toledo
- A visão dos cavaleiros de Coimbra
Gesta de Afonso Henriques Finais do séc. XII
Caracterizado como: Exaltação de ação militar; Importância do grupo dos cavaleiros; Valorização
atentados ao clero
Transmissão: Crónica inglesa: Chronica de Rogério de Hoveden
- A visão da nobreza nortenha
Livros de Linhagens Finais do séc. XII; séc. XIV
Caracterizado como: Visão nefasta de Afonso Henriques; Rei fraco; Valorização na nobreza
nortenha
A criação de um território politicamente autónomo não dependeu apenas do monarca e da mera conquista
de terra a sul de Coimbra. Outros agentes, como as circunstâncias que a Europa então vivia, pareciam
também apoiá-lo nesta sua demanda: vivia-se a época das Cruzadas. Aliás, três importantes marcos da
reconquista do território português coincidiram com etapas deste movimento da cristandade latina do
Ocidente sobre o Médio Oriente, sendo que a conquista de Lisboa (1147, por Afonso Henriques) coincidiu
com a Segunda Cruzada, que veio em auxílio do Rei de Portugal; a primeira conquista de Silves (1189, por
Sancho I) teve a participação da Terceira Cruzada; e em 1217, a conquista de Alcácer do Sal (1217, por
Afonso II), deu-se no contexto da Quinta Cruzada.
Abū Yūsuf Yaʿqūb ibn Yūsuf ibn Abd al-Muʾmin al-Manṣūr Governador do califado Almóada (1184-1190)
São instauradas as milícias concelhias e os besteiros do Conto (cada concelho ou local deveria contribuir
com um certo número de homens para o exército régio)
Ofensiva de Iacube Almançor que avança até Palmela, Almada, Moura e Serpa. Depois desta
investida muçulmana, Santarém e Lisboa ficavam à mercê dos árabes. Das praças portuguesas no
Alentejo, só Évora ficou em posse portuguesa.
Feitas duas alianças: em 1195 entre Leão, Navarra e Califado Almóada e a outra em 1196 entre
Castela, Aragão e Portugal. A guerra entre as alianças começa em 1197.
D. Sancho I tenta casar a sua filha, Teresa Sanches com Afonso IX de Leão, afim de colocar Leão
ao lado de Portugal. Castela tenta combater isso, e com o apoio do Papa, o casamento não é permitido
devido aos noivos serem primos carnais. Com isso Afonso IX de Leão acaba por casar com a filha de
Afonso VIII de Castela, Berenguela I.
O testamento de 1209 de D. Sancho viria a provocar um conflito num Portugal que já à sua morte
atravessava um período de turbulência. Sancho deixara às filhas Mafalda, Teresa e Santa Sancha de
Portugal, sob o título de rainhas, a posse de alguns castelos no centro do país com as respetivas vilas,
termos, alcaidarias e rendimentos. O seu filho e sucessor, Afonso II, recusando cumprir o testamento, pois
ia contra a sua política inovadora de centralização régia, acaba por vir a arrastar este problema ao longo
do seu reinado, marcado também por disputas nobiliárquicas entre fações que apoiavam ora o rei ora as
infantas.
Reinado de D. Afonso II (1211-1223)
Um rei doente
Problemas de sucessão
No seu reinado preocupou-se mais em centralizar o poder real do que na conquista aos mouros.
O seu conflito com as irmãs foi resolvido com intervenção do papa Inocêncio III. O rei indemnizou as
infantas com muito dinheiro, a guarnição dos castelos foi confiada a cavaleiros templários, mas era o rei
que exercia as funções soberanas sobre as terras e não as infantas como julgavam ter e que levou à
guerra.
No seu reinado foram criadas as primeiras leis escritas e pela primeira vez reunidas cortes com
representantes do clero e nobreza, em 1211 na cidade de Coimbra, na altura capital. Foram realizadas
inquirições em 1220, inquéritos feitos por funcionários régios com vista a determinar a situação jurídica das
propriedades e em que se baseavam os privilégios e imunidades dos proprietários. As confirmações entre
1216 e 1221, validavam as doações e privilégios concedidos nos anteriores reinados, após analisados os
documentos comprovativos ou por mercê real.
Outras reformas de Afonso II tocaram na relação da coroa Portuguesa com o Papa. Com vista à obtenção
do reconhecimento da independência de Portugal, Afonso Henriques, seu avô, foi obrigado a legislar vários
privilégios para a Igreja. Anos depois, estas medidas começaram a ser um peso para Portugal, que via a
Igreja desenvolver-se como um estado dentro do estado. Com a existência de Portugal firmemente
estabelecida, Afonso II procurou minar o poder clerical dentro do país e aplicar parte das receitas das
igrejas em propósitos de utilidade nacional. Esta atitude deu origem a um conflito diplomático entre o
Papado e Portugal. Depois de ter sido excomungado pelo Papa Honório III, Afonso II prometeu retificar os
seus erros contra a Igreja, mas morreu em 1223 excomungado, sem fazer nenhum esforço sério para
mudar a sua política. A resolução deste conflito só foi feita pelo seu sucessor D. Sancho II.
Séc. XII
Descendência
Strenuitas
Rei = senhor
Séc. XIII (Afonso II)
Descendência
Autoridade régia
Rei e Coroa são diferentes
Divisão da nobreza
«Fraquezas» do rei
Deposição do rei
Concílio de Lyon em 1245. O Papa declara D. Sacho II como Rex Inutilis e proclama o seu irmão como rei.
Era filho de um casamento que ia contra a lei canónica (Afonso II e Urraca de Castela, pois eram primos,
em 5.º grau canónico). O rei Sancho II herdou dos reinados anteriores algumas querelas com a Igreja. Foi
um período conturbado de quase anarquia que levou o papa a intervir e a pedir ao irmão de Sancho,
Afonso, conde de Bolonha, para reinar em Portugal.
Sancho II apoiado por Lisboa e Coimbra; Rei de Castela, nobres galegos e herdeiro de Leão (futuro Afonso
X, o sábio)
Afonso apoiado por Santarém, Alenquer, Torres Novas, Tomar, Leiria; Vários alcaides de castelo
Como segundo filho, D. Afonso não deveria herdar o trono destinado a Sancho e por isso viveu em França,
onde se casou com Matilde II, Condessa de Bolonha em 1235, tornando-se assim conde de Bolonha, onde
servia como um dirigente militar, combatendo em nome do Rei Luís IX de França e seu primo, pois as
mães são irmãs.
Com Matilde de Borgonha, segundo algumas fontes teve um filho Roberto.
Em 1253, o rei desposou D. Beatriz, popularmente conhecida por D. Brites, filha de D. Afonso X de
Castela, O Sábio. Desde logo isto constituiu polémica pois D. Afonso era já casado com Matilde II de
Bolonha. A nova rainha era neta de Fernando III de Castela. Este rei era primo coirmão de D. Afonso,
através da mãe, D. Urraca. O Papa Alexandre IV respondeu a uma queixa de D. Matilde, ordenando ao rei
D. Afonso que abandone D. Beatriz em respeito ao seu matrimónio com D. Matilde. O rei não obedeceu,
mas procurou ganhar tempo neste assunto delicado, e o problema ficou resolvido com a morte de D.
Matilde em 1258. O infante, D. Dinis, nascido durante a situação irregular dos pais, foi então legitimado em
1263. O casamento funcionou como uma aliança que pôs termo à luta entre Portugal e Castela pelo Reino
do Algarve. Também resultou em mais riqueza para Portugal quando D. Beatriz, já após a morte do rei,
recebe do seu pai, Afonso X, uma bela região a Este do Rio Guadiana, onde se incluíam as vilas de
Moura, Serpa, Noudar, Mourão e Niebla. Tamanha dádiva deveu-se ao apoio que D. Beatriz lhe prestou
durante o seu exílio na cidade de Sevilha.
Inquirição – Terra de Sta. Maria (1251) forma de o rei controlar, não só o grande poder da Nobreza, mas
também para saber se lhe estavam a ser usurpados bens
O reinado foi uma época de progresso social e aumento das áreas cultivadas. Aumenta a influência dos
juristas, defensores do direito romano.
Nível religioso
No final da sua vida, viu-se envolvido em conflitos com a Igreja, tendo sido excomungado em 1268 pelo
arcebispo de Braga e pelos bispos de Coimbra e Porto, para além do próprio Papa Clemente IV, à
semelhança dos reis que o precederam. O clero havia aprovado um libelo contendo quarenta e três
queixas contra o monarca, entre as quais se achavam o impedimento aos bispos de cobrarem os dízimos,
utilização dos fundos destinados à construção dos templos, obrigação dos clérigos a trabalhar nas obras
das muralhas das vilas, prisão e execução de clérigos sem autorização dos bispos, ameaças de morte ao
arcebispo e aos bispos e ainda, a nomeação de judeus para cargos de grande importância. A agravar
ainda mais as coisas, este rei favoreceu monetariamente ordens religiosas mendicantes, como
franciscanos e dominicanos, sendo acusado pelo clero de apoiar espiritualidades estrangeiradas. O grande
conflito com o clero também se deve ao facto de o rei ter legislado no sentido de equilibrar o poder
municipal em prejuízo do poder do clero e da nobreza.
O rei, que era muito querido pelos portugueses por decisões como a da abolição da anúduva (imposto do
trabalho braçal gratuito, que obrigava as gentes a trabalhar na construção e reparação de castelos e
palácios, muros, fossos e outras obras militares), recebeu apoio das cortes de Santarém em janeiro de
1274, onde foi nomeada uma comissão para fazer um inquérito às acusações que os bispos faziam ao rei.
A comissão, composta maioritariamente por adeptos do rei, absolveu-o. O Papa Gregório X, porém, não
aceitou a resolução tomada nas cortes de Santarém e mandou que se excomungasse o rei e fosse
lançado interdito sobre o reino em 1277. Neste processo o reino viria a ser interditado pelo Papa, ou seja,
não podia haver cerimónias no reino.
À sua morte, em 1279, D. Afonso III jurou obediência à Igreja e a restituição de tudo o que lhe tinha tirado.
Face a esta atitude do rei, o abade de Alcobaça levantou-lhe a excomunhão e o rei foi sepultado no
Mosteiro de Alcobaça.
Economia e fiscalidade
- Adoção do padrão «europeu» da moeda (libra) (1 libra, 20 soldos, 12 dinheiros) substituindo a moeda
muçulmana em ouro (maravedis)
Desenvolvimento da justiça
- Criação de oficiais régios itinerantes com junções judiciais, policiais e administrativas (meirinhos-mores)
- Convocação de Cortes
-Cozinha - Cozinheiro
-Ucharia – uchão
-Repostaria – Reposteiro
Cúria
-Chancelaria – Chanceler
-Tribunais – Sobrejuízes
Administração periférica
Administração local
•Alcaide
•Almoxarifes
•Mordomos
•Saiões
•Porteiros
Autor literário