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DE PORTUGAL península Ibérica é ocupada pelos muçulmanos, sob intensas e
sangrentas batalhas.
A criação do reino das Astúrias no século VIII e a
consagração do sepulcro de Santiago como lugar
de culto e de peregrinação a Compostela, deram
um novo impulso à «guerra santa» para expulsar
os infiéis da península e recuperar o território para
a fé cristã.
A Reconquista tornou-se uma prioridade
SANTIAGO DE
COMPOSTELA para os reis cristãos de Leão e Astúrias,
que contavam com o apoio do Papa e dos
reinos cristãos europeus.
Após as conquistas dos territórios era
necessário povoá-los com cristãos que,
naturalmente, vinham do Norte, na
maioria monges beneditinos com um
papel fundamental na difusão da doutrina
e da liturgia cristã.
O Al-Andaluz, c. 900. Paulo Simões Nunes
História da Cultura e das Artes 10 | 10.º ano
© Raiz Editora, 2021. Todos os direitos reservados.
A FORMAÇÃO O nome de Portugal tem origem em Portus Cale, o nome que os
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DE PORTUGAL Romanos davam à antiga cidade do Porto.
Em 1093, após a conquista das terras de
Portucale aos mouros, o rei Afonso VI (de
Leão, Castela e Galiza) doa esse território
a D. Henrique de Borgonha, um nobre
francês que combateu nos seus exércitos
nas guerras da Reconquista.
D. Henrique casa com D. Teresa, filha de
D. Henrique de
Afonso VI, e compromete-se a administrar
Borgonha (1066-1112).
o território, a defendê--lo dos mouros e a
povoar as terras, sobretudo com monges
beneditinos oriundos de França.
Assim, nasceu o Condado Portucalense
confiado ao conde D. Henrique de
Borgonha, que passa a prestar vassalagem
a Afonso VI.
c. 1087.
características importadas da arquitetura Paulo Simões Nunes
História da Cultura e das Artes 10 | 10.º ano
românica europeia.
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A ARQUITETURA Caraterísticas da arquitetura românica em
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ROMÂNICA DE
Igreja de S. Pedro
de Ferreira,
Portugal:
Paços de Ferreira,
PORTUGAL século XII. • robustez formal, com paredes espessas
apoiadas em contrafortes;
• emprego de pedra aparelhada, rigorosamente
talhada e assente na formação dos muros;
• utilização do arco de volta inteira e da abóbada
de berço;
• decorações esculpidas com relevos a
desempenharem as normais funções
pedagógicas da iconografia cristã;
• aplicação de cachorros nas cornijas.
De Norte a Sul definiram-se variantes estéticas
regionais com algumas particularidades
temáticas e técnicas, difundidas a partir das
maiores dioceses, como Braga, Coimbra, Porto e
Lisboa. Também foram importantes as
Igreja de S. Vicente,
Felgueiras,
século XIII.
regiões de Amarante, Lamego, Viseu Paulo Simões Nunes