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Primordialmente, é necessário mencionar o povo muçulmano não invade a

península ibérica subitamente, tem motivações para o fazer. Os respetivos líderes


desta invasão são Muça ibne Noçair. Abdalazize ibne Muça ibne Noçair e Tarique
ibne Ziade.

Todo este percurso retoma a fuga de Maomé ou vulgarmente denominada como


Hégira em 622. Perseguidor pela sua pregação a Meca, posteriormente inicia-se á
unificação das tribos árabes. Depois da morte de Maomé em 632, o islamismo
assume como líderes os califas.

A conquista muçulmana caracteriza-se pela sua rapidez e eficiência, muito graças


a preponderância da cavalaria face á infantaria, mas não só, como também pela
numerosa população árabe que ambicionava com grandes conquistas. Ofereciam
as populações a crença de que a conquista do território consequentemente
implicava um conversçao dos infiéis ao islamismo, que na sua otica era a única e
mais verdadeira religião.

Ocupar o terrotitorio de Al-Andaluz, implicava que os mulçumanos tivessem o


domínio das terras pertencentes aos visigodos. Submetem então os povos desta
área a procedecer a pagmentos de impostos pesados, onde os camponeses
pagavam um terço da população. Consequentemente desta conquista
desenvolvem-se atividades comerciais e cunhavam a moeda.

Politicamente, em 750 a dinastia omíada é expulsa por outra dinastia, os


Abássidas. Ainda assim alguns omíadas acabam por morrer e outros refugiam-se
na peninsula ibérica. Sendo um deles Abe Al-Rahman, que ao chegar á Peninsula
Ibérica,combate as tribos “ residentes” e acaba por se tornar um dos chefes
militares mais relevantes desta época. Intitula-se de Emin. Cria uma nova entidade
politica, o emirado de Córdoba. Emin, após varias tentativas não consegue impor
na totalidade este novo modelo politico, isto é, vao surgir tribos onde se vao
destacar lideres individuais. Transparece nos a ideia que o emirado não era
suficientemente capaz ou forte. O Emir vai destribuir o poder pelos lideres das
tribos, como um pedido de auxilio para o acompanhar na administração da
peninsula. A certo ponto, o poder entre os lideres e o Emir confude-se, e é

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gradualmente o mesmo. Como resultado desta ação, os emires refletem sobre o
poder que o califa tem sobre os mesmos.

Á medida que o tempo avança o Al-Andaluz, torna-se território independente onde


surge um califado ibérico. Consegue desenvolver uma ideologia de unidade, que
significava que todo o território lhes pertencia, e tudo pertencia ao domínio
daquele califado. Todavia Al-Andaluz divide-se em reinos. Cada reino divide-se por
etnias. Posteriormente o território de Al-andaluz, diminui graças ao avanço dos
cristãos.

Em termos sociais e culturais, é possível entender uma imensa diferença de povos


que contem uma organização complexa, que se administrava desta forma: todos
pertenciam a uma tribo; os clãs eram conjuntos de pessoas que se fixavam no
mesmo local, mas que pertenciam a mesma tribo, logo uma tibro continha vários
clãs. A população divide-se em muçulmanos e naqueles que não eram, em último
os escravos. No grupo dos muçulmanos encontramos os árabes, pertencentes a
elite, os muçulmanos berberes e os Muadiês. Aqueles que pertenciam ao grupo
dos não muçulmanos, tinham autonomia e eram livres e faziam parte deste grupo
os judeus e Moçárabes. Estavam submetidos a certas censuras, como não poder
exercer cargos políticos. Tinham ainda de morar em bairros segregados e não
existia qualquer tipo de matrimonio entre estes diferentes grupos. Em último,
tínhamos os escravos, que se separavam em 2 tipos: aqueles que eram
prisioneiros, mas com origem europeia, tinham o direito de fazer parte do exercito
do califado; os escravos de raça negra apenas estavam destinados ao serviço
domestico.

Em termos da religião, não existia qualquer diferença entre estes variados grupos.
Pairava a convivência respeitosa, muito provavelmente associado ao comércio. O
exército conquistador tem um papel pouco imponente em relação a conversão da
islamização da população, ainda que o processo fosse lento e gradual. As
comunidades judaicas eram muito ricas e por isso não valia a pena expulsá-los de
lá para fora uma vez que saíram prejudicados. Os Moçarabes ortodoxos viviam sob
o governo de Al-Andaluz. Os seus descendentes não se convertem ao Islão, mas
adotam elementos da língua e cultura árabe.

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Reconquista: (tem muito politico social e religioso (é o mlhrzim))

A reconquista, este processo de recuperação de territórios que foram perdidos


com a invasão mulçumanos, levantam-se problemáticas feitas por historiadores,
Onde surgem teses que defendem que a reconquista é um processo histórico que
motivou as invasões do império godo e que justifica a criação de Portugal e
Espanha. Outros justificam que foi um processo mental, ou seja, o que eles
queriam era conquistar terras, comércio e riquezas.

A partir das tribos que se vão formar vai emergir um chefe, conhecido como
pelágio que se vai intitular rei em 719.

A nível político ele vai liderar uma batalha contra os muçulmanos em 722 onde vai
perder. Esta batalha foi considerada o berço da reconquista.

Afonso I das Astúrias vai continuar este processo fazendo vários ataques em Al-
Andaluz. Estas invasões esvaziarão as zonas invadidas tornando-se territórios
ermos. Este território ermo passou a ser propicio para conflito, surgindo aqui a
teoria do ermamento. Esta teoria baseia-se na interpretação literal das fontes.
Muitos testemunhos de repovoamento revelam que existiu um território ermo. Por
outro lado, encontramos a política de não ermamento, que defende que o
despovoamento não existiu, e que apesar de em número reduzido existiram lá
pessoas.

Em meados do séc. IX Afonso III vai conseguir avançar bastante através de uma
política agressiva de invasão. A partir daqui vão surgir novas ordens políticas como
os condados, onde são formados dois.

Afonso III morre em 910 e divide o território pelos 3 filhos. Com o tempo e com a
morte de dois dos seus filhos, acaba por se unir de novo o território.

Fernando Magno vai reatar a reconquista, avançando até Coimbra. Com a morte
de Fernando Magno em 1063 volta a haver uma divisão. Com esta
divisão os diferentes espaços ficaram sujeitos ao pagamento de impostos. O que
acontece é que os filhos de Fernando Magno acaba por se zangar e afastam-se uns
aos outros. Quem se assume como rei será Afonso VI que vai desenvolver ainda
mais a reconquista cristä.

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Desta forma, o espaço volta a ser dominado e voltam a surgir entidades politicas
que posteriormente darão origem ao condado Portucalense.

A partir de 1096 os dois condados, passam a ser um, onde o de Coimbra é


integrado no Portucalense e reconquistado por Fernando Magno em 1064 reino de
existir enquanto unidade autónoma em 1093 e foi integrado no Portucalense em
1096.

Em termos sociais o palatium (poder central) era delegado pela familia regia.
Magnates, condes palatinos, oficiais do palácio e bispos e condes. Os monarcas
delegavam o poder e a nivel central os oficiais estavam responsáveis por funções
especificas no seio da "palatium" e a nivel territorial os condes estavam
encarregues de tutelar e proceder à cobrança de impostos.

A nivel religioso, o clero tinha um papel fundamental na sociedade, o clero não era
uma ordem pela qual se tem acesso devido à posição de nascimento, todos
aqueles que quiserem podem ingressar, com exceção dos bastardos, pessoas com
menos de 7 anos e com deficiência fisica,

As suas funções dividiam-se em religiosas, onde o clero era a ponte entre deus e
as pessoas, aconselhavam os outros poderes e assistencial onde providenciam
esmolas e acolhimento.

O clero é visto na igreja como uma entidade sagrada e respeitada. Este era um
grupo privilegiado com direitos judiciais, ou seja o clero não era julgado no mesmo
tribunal que pessoas comuns, estando assim isentos do direito civil e tinham
direito de asilo.

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Depois tinham direito canónico que eram conjuntos de leis e regulamentos feitos
pelos líderes da igreja, por fim o direito fiscal onde não pagavam impostos, a não
ser que fosse para algo ligado à igreja e Deus. O clero podia excomungar e
interditar.

Na sua hierarquia encontramos as ordens menores: ostiario, leitor, exorcista e


acolito, e as ordens maiores: subdiacono, diacono e presbitero. A principal
diferença entre estas ordens é que as menores podiam casar. Para passar da menor
para maior era exigido 3 votos, dos quais obediência, pobreza e castidade.

Dentro da igreja encontramos dois tipos de clero, o clero secular que não era
obrigado a clausura e desempenha atividades voltadas para o público em geral e
que vive junto dos leigos; depois tinhamos o clero regular que podia ser obrigado
à clausura. Havia junto dos leigos: depois tinhamos o clero regular que podia ser
obrigado à clausura. Havia ainda a presença das escolas monásticas que visava, a
formação do clero secular e também de leigos instruidos que eram preparados
para defender a doutrina da igreja da vida civil.

Para concluir, um motivo para a igreja querer entrar na corte de leão foi
implementar a reforma gregoriana que foram trazidas pelos monges de cluny. Esta
reforma consistia em fortalecer a independência do clero, reformá-lo e fomentar o
poder do papa.

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