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Iconografia e Mitologia [coleção e explicação de mitos] Clássica
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Iconografia e Mitologia [coleção e explicação de mitos] Clássica
- vulgarização e
dessacralização dos
temas
- Interpretação física e
astrológica: planetas,
estrelas e constelações
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Iconografia e Mitologia Clássica
• Cristianismo
– símbolo do paganismo
- Sobrevivem através da
interpretação alegórica, histórica e
astrológica
• Renascimento –
ressurgimento dos temas
na literatura e na arte
- recuperam
a sua forma e
conteúdo
- expressam
ideias morais
- Contexto profano:
palácios; política de
mecenato
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Apolo Belvedere, Casa Vilar d’Allen Ceres Mattei, Casa Vilar d’Allen Vénus Callipyge, Casa Vilar d’Allen
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Iconografia e Mitologia Clássica
• Atualidade
– fonte de inspiração da literatura, arte e cinema
- heróis gregos e romanos
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Fontes literárias
• Hesíodo, Teogonia
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Abraham van Diepenbeeck, 1635-38
Criação do mundo para os gregos (Teogonia)
“O que primeiro existiu foi o Caos; e logo a seguir
A Terra [Gea] de seio fecundo, eterna e segura mansão de todos
Os Imortais, que habitam os píncaros do Olimpo coberto de neve.
E depois o Tártaro bolorento, no interior da terra de caminhos amplos,
e Eros [Cupido, o Amor], o mais belo entre os deuses imortais,
que amolece os membros e, a todos os deuses e a todos os homens,
Sujeita no peito o entendimento e a vontade consciente.
De Caos nasceram Érebo [as trevas do mundo inferior e do Tártaro] e a negra Noite [Nyx],
e da Noite, por sua vez, o Éter [ar, a mais alta esfera do céu, a claridade do mundo superior] e o Dia [Hémera,
luz],
Que ela deu à luz, unindo-se com amor ao Érebo.
A Terra [Gea] gerou, em primeiro lugar, um ser de dimensão semelhante à sua,
O Céu [Úrano, Caelos], coberto de estrelas, para que a cobrisse, toda inteira,
E fosse dos deuses bem-aventurados a eterna e segura mansão.”
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CAOS (Espaço infinito; raramente personificado)
Eros
(ENERGIA)
Divindades
GEA/GAIA TARTARO ERÉBO (escuridão) NOITE (Nyx)
primordiais
Mãe e mulher
URANO (céu)
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Eros
Cleveland Museum of Art, Cleveland, Ohio, USA
Lekytos, Ática, Figuras Vermelhas
c. 500-495 a.C.
Arcaico tardio
Três Erotes: Eros (amor ativo),
Himeros (Desejo) e Pothos
(Paixão)
Alados,
- Infantil
- Armado com arco e flecha
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Séc. I/II a.C.
Florença, Galleria degli Uffizi
Do poder cosmogónico à submissão a Afrodite
20
Eros como a personificação do Amor
21
Eros num golfinho Eros a pescar
Gaziantep Museum, Gaziantep, Turquia Antakya Museum, Antakya, Turquia Mosaico, Império
Mosaico, séc. I-II d.C. Romano
Império Romano
Taça de vinho
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Segue o texto do escritor romano
Apuleio, Metamorfoses (séc. II)
RAFFAELLO Sanzio
A loggia de Psiqué, 1517-18
Fresco
Villa Farnesina, Roma 28
RAFFAELLO Sanzio
Psiqué leva o vaso a Venus
1517-18
Fresco
Villa Farnesina, Roma 29
RAFFAELLO Sanzio
Psiqué dá o vaso a Vénus
1517-18
Fresco
Villa Farnesina, Roma 30
RAFFAELLO Sanzio
Cupido suplica a Júpiter por Psiqué
1517-18, Fresco 31
Villa Farnesina, Roma
RAFFAELLO Sanzio
Mercúrio leva Psiqué para o Olimpos
1517-18, Fresco
Villa Farnesina, Roma 32
Divinização da Alma
humana através do
Amor
RAFFAELLO Sanzio
Banquete de casamento de Eros e Psiqué
1517-18 33
Fresco, Villa Farnesina, Roma
Tema da Bela e do Monstro
“Quis exprimir assim a aventura da Alma, reflexo da beleza pura, presa à terra pelas
suas paixões más e, sobretudo, pela sua curiosidade. A Alma não pode, sem
preparação, sem as provações necessárias, aguentar a visão dessa Beleza divina.
Deve ser auxiliada na sua ascensão pelo Amor, que acabará por dar-lhe acesso ao
mundo divino das Ideias.”
GRIMAL, P. , Mitologia Clássica. Mitos, deuses e heróis. Lisboa, Texto & Grafia, 2008.
Antonio CANOVA,
Cupido e Psiqué, 1786-93
Mármore, alt. 155 cm
Musée du Louvre, Paris
35
François Gérard, Eros e Psiqué,
36
1798
GEA (GAIA)
“A Terra [Gaia ou Gea], a bela, ergueu-se,
De regaço vasto, ela que é firme base
De todas as coisas. E da bela Terra brotou
O Céu estrelado [Urano], igual a si mesmo,
Para a cobrir totalmente e para ser
A morada eterna dos bem aventurados deuses.”
Hesíodo, Teogonia
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Caracterização física:
-Mulher madura
- Ventre dilatado
39
GAIA
Antakya Museum, Antakya, Turkey
Mosaico, Antioch, House of Ge and the Seasons
Sécs. II, III d.C.
Império Romano
ROMA
Gea com
cornucópia e
Oceano 42
serpente
Natureza e progresso
Céu
Pombas,
nova era na
terra com
paz
Terra
Fogo,
Prometeu
Ar
Água
Diego Rivera, La tierra fecunda, 1923-1927. Escuela Nacional de
Agricultura Chapingo.
Energia Foto: D. R. © 2012 Banco de México, "Fiduciario" en el
43
Fideicomiso relativo a los Museos Diego Rivera y Frida Kahlo.
Urano
URANOS (CAELUM)
(Caelos)
Vénus com - Iconografia ausente no
tocha
Mundo Grego
Helio
Eos (Aurora),
vaso com
orvalho
Províncias
do Províncias
Império do
General
Império
General parto
Apolo com romano ou
cítara Marte
Diana montada
montado
numa cerva,
num grifo
com aljava
Gea com
cornucópia e
Augusto de Prima Porta
Karpoi 44
c. 20 a.C.. Roma, Museus Vaticanos
Tema que sobrevive na iconografia paleocristã
Tema
pouco
representa
do
Eros
(ENERGIA)
Divindades
GEA/GAIA TARTARO ERÉBO (escuridão) NOITE (Nyx)
primordiais
Mãe e mulher
URANO (céu)
49
Diego Rodriguez de Silva y VELÁZQUEZ, A forja de Vulcano, c. 1630
Óleo sobre tela, 223 x 290 cm
50
Museo del Prado, Madrid
CAOS (Espaço infinito; raramente personificado)
Eros
Divindades primordiais
GEA/GAIA TARTARO ERÈBE (escuridão) NOITE
(deuses protogenários)
Mãe e mulher
URANO (céu)
- Ceos, titã da inteligência, das visões + Febe (“a brilhante”), Titânide da Lua – pais de Leto
(Latona) – mãe de Artemis e Apolo
- Oceanos, representava o rio que circunda o mundo + Tétis (personificação do mar e
fertilidade das águas) – pais dos deuses do rio e oceânides
- Crio, titã das manadas, do frio e do inverno + Euríbia: pais de Ástreo, pai dos ventos
- Hiperíon (aquele que viaja para cima), claridade celeste e do fogo astral + Teia, titã da luz e
da visão – Hélio, Selene e Eos.
- Jápeto + Oceânide Clímene: Prometeu, Epimeteu, Atlante
Cronos, foi rei dos titãs que governou o mundo durante a Idade de Ouro + Reia – pais dos
deuses do Olimpo
Mnemósine, personificava a memória e Témis (Justiça) – Zeus 52
Tétis
Golfinhos
Oceanos e Tétis (irmãos e marido e mulher) – prole fecunda (os
rios)
Gea com
cornucópia e
Oceanos 58
serpente
Hiperíon (titã da visão e do fogo astral) casado com Teia (luz e visão)
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Úrano e Gea
Hesíodo, Teogonia
64
A castração de Úrano por Cronos:
• Nascimento:
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Hino Homérico
Quero cantar Afrodite, a bela, a virtuosa,
que tutela as muralhas de toda a ilha de Chipre
cercada pelo mar, para onde o forte sopro de Zéfiro
a levou docemente sobre a vaga do mar rumorejante,
na espuma de brancos flocos; e as Horas, com diademas de ouro
acolheram-na com alegria, vestiram-na com vestes divinas,
(...)
Ali as Cáritas [as Graças] a banharam e a ungiram
com o divino óleo que cobre os deuses imortais,
feito de ambrósia, peculiar e perfumado para ela.
Nascimento de Afrodite,
c. 370 - 360 a.C.
Figuras vermelhas, clássico
69
Eros
Nereida
71
O Nascimento de Vénus - Odilon Redon, 1912
Simbolismo 72
Espelho, joias e objetos de tocador
73
Como protetora do
matrimónio
CANOVA, Antonio
Venus Italica
1819
Mármore
Praxíteles, Afrodite de Cnidos (séc. IV Galleria Palatina (Palazzo Pitti), Florença
a.C.), cópia romana em mármore,
cabeça, braços, pernas e suporte do
manto 74
VENUS DE MILO ( entre 130 – 100 a.C )
Kylix com fundo branco – Afrodite montada de
lado num ganso (c. 470-460 a.C.) London, British
Museum
• Tema muito popular entre finais do XVI e meados XVII – grande êxito
nos Países Baixos, Alemanha e França
Peter Paul RUBENS, Vénus, Cupido, Baco e Ceres, 1612-13, óleo sobre tela, 141 x 200 cm,
Staatliche Museen, Kassel
Vénus substituída por Cupido
91
Afrodite e Ares, Museo Archeologico Nazionale di Napoli, séc. I a.C., Afrodite e Eros
Pompeia Museo Archeologico Nazionale di Napoli, séc. I a.C.,
Eros e Phobos (?) com as armas do deus Pompeia
Eros
92
Sandro BOTTICELLI,
Venus e Marte, c. 1483
Têmpera sobre madeira, 69 x 173,5 cm
National Gallery, Londres
93
Antonio CANOVA,
Venus e Marte, 1816-22
Mármore, alt. 210 cm
Courtauld Gallery, Londres 94
Nicolas Poussin, Vénus e Mercúrio, c.
1627-29, óleo sobre tela, Google Art
Project.jpg
95
Nicolas Chaperon (1612 - 1654/1655),
Vénus e Hermes com Eros,
http://www.mlahanas.de/Greeks/My
thology/VenusHermesNicolasChapero
n.html
96
AFRODITE E ADONIS
(“Senhor”)
98
Peter Paul RUBENS,
Vénus e Adonis, c. 1614
Óleo sobre tela, 83 x 91 cm Peter Paul RUBENS,
The Hermitage, St. Petersburgo Vénus e Adonis, c. 1635
Óleo sobre tela, 197 x 243 cm
Metropolitan Museum of Art, New York
99
quando, ao longe, reconheceu os gemidos do moribundo.
para ali dirigiu as alvas aves. Ao descortinar, do cimo do céu,
o corpo exânime, contorcendo-se na poça do próprio sangue,
lança-se do alto, e ora rasga as vestes, ora arranca os cabelos,
ora lacera o peito com as mãos que não eram dignas de o fazer.
Metamorfoses, X
Francis van BOSSUIT,
Venus e Adonis, 1680s
Marfim, 18,1 x 12,5 cm 100
Rijksmuseum, Amsterdão
Cornelis HOLSTEYN,
Vénus e Amor choram a morte de Adónis, c. 1655
Óleo sobre tela, 99 x 206 cm
Frans Halsmuseum, Haarlem
101
Afrodite mãe de Eneias
Homero, V, 311-320
Contexto do
casamento de Tétis e
Peleu
Julgamento de Paris,
ca 440 BC
Trabalhou
com Giulio
Romano
120
Úrano e Gea
Hesíodo, Teogonia
121
2 Erínias – “Fúrias” – Tisífone (Castigo), Megera
(Rancor) e Alecto (Inominável)
Lágrimas de sangue
“vestidas de negro”
Habitantes do Tártaro
Rostos azuis
Olhar e bocas
Erínias ou Fúrias (Castigo, Rancor,
Inominável) segundo Ésquilo
125
Fúrias
Séc. XVII
126
Gigantes
Thyphoeus –
tempestades/furacões
https://iconographic.warburg.sas.ac.uk/vpc/VPC_search/subcats.php?cat_1=5&cat_2=103&
cat_3=5565
https://www.theoi.com/Khthonios/Erinyes.html
128
CRONOS + REIA
Cronos e Reia,
Metropolitan Museum,
New York City, USA 129
c. 460-450 a.C.
Reia entrega uma pedra envolta
em roupas a Cronos como
substituto do seu filho Zeus
131
Cícero:
133
Planeta (séc. IV a.C.)
Dia da semana
Inverno
Uroboros
140
Peter Paul Rubens, 1631, Museu do Prado
(Torre de Parada)
141
País que consumia os seus filhos em guerras e revoluções
Francisco GOYA,
Saturno devora um dos seus filhos, 1820-1823
Pastel sobre tela, 146 x 83 cm
142
Museo del Prado, Madrid
Reia – representação e atributos
143
Reia [Cibeles]
Leite e mel
149