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É relevante notar como Jesus, ao pôr-do-sol, cura os doentes, impondo as mãos sobre
cada um deles; é um trato muito significativo na obra de Lucas (uma delicadeza do
autor): Jesus é médico, é amigo de cada um deles. Lucas é muito sensível, muito delicado
sobretudo à certas categorias de pessoas.
É interessante notar que a expressão, referente à atitude de Jesus a respeito do demônio
e da febre: “o/a conjurou severamente” (v. 35.39), se repete quer na cena da sinagoga
quer naquela da casa. A frase indica que Jesus atua como um exorcista. Não se trata só
de aparência; Jesus é filho do seu tempo e se comporta exteriormente como os
curandeiros da sua época, conjurando, impondo as mãos, cuspindo. O evangelista
distingue, porém, acuradamente entre exorcismos (v. 31-37.41) e curas (v. 38-39.40),
coisa não frequente na antiguidade e destaca que o que opera os milagres é a palavra,
cheia de autoridade, de Jesus que anuncia a chegada do Reino de Deus (4,43). Segue-se
que a novidade de Jesus não consiste tanto na maneira de atuar, mas depende do sentido
dos seus gestos, que apontam para a grandeza misteriosa da sua pessoa. Nas obras de
Jesus se manifesta, pois, a ação poderosa de Deus que, derrotando as forças do mal,
instaura seu domínio, libertando o homem de toda alienação e reintegrando-o em sua
dignidade.
Sumário: Lc 4,42-44
Observar o esquema:
Cafarnaum
• Durante o dia
- na sinagoga (v. 33)
- em casa (v. 38)
• Ao pôr-do-sol (v. 40)
• Ao raiar do dia (v. 42)
Judéia
Nos encontramos diante de um sumário que descreve a obra de Jesus. Nos parece que
ele operou curas durante toda a noite. Na manhã do novo dia ele vai a um lugar deserto:
uma nota frequente da teologia lucana. São interrupções da viajem muito significativas,
durante as quais Jesus vai a um lugar deserto, onde, segundo o evangelista, ora.
Ainda mais relevante é a afirmação:
“Devo anunciar também a outras cidades a Boa Nova do Reino de Deus, pois é para
isto que fui enviado” (Lc 4,43): o` de. ei=pen pro.j auvtou.j o[ti kai. tai/j e`te,raij po,lesin
euvaggeli,sasqai, me dei/ th.n basilei,an tou/ qeou/( o[ti evpi. tou/to avpesta,lhnÅ
Evangelho de Lucas 2023 – prof. Pe. Claudio R. Buss4
É a primeira vez que se menciona a boa notícia do Reino. Para Lucas o Reino é
somente boa-notícia, e para isto Jesus veio, para anunciar a boa-nova.
O termo “reino” pode induzir por associação a pensar num território sobre o qual uma
autoridade exerce algum poder. Na Escritura, tal metáfora não designa uma realidade
semelhante, mesmo se na história da Igreja e na nossa história pessoal frequentemente o
anuncio do reino corresponde a um modelo de possessão, a um modelo de afirmação da
própria autoridade. O anúncio do reino poderia tornar-se uma ocasião para exercitar de
modo improprio a autoridade pessoal, um exercício de poder. Assim, temos o risco e trair
o reino de Deus anunciado.
Para a Escritura, ao invés, o reino é a atividade reinante e libertadora de Deus; não é
um território sobre o qual afirmar-se, mas é a atividade que liberta o homem, que o faz
filho. A basiléia é um evento dinâmico. Não se trata de submeter alguém. A função de
evangelizador não consiste em uma reivindicação de poder; a boa notícia é uma atividade
libertadora em favor dos pobres, dos oprimidos. Por isto o reino é boa-notícia: em dar
novamente a dignidade a quem se perdeu, a saúde a quem é enfermo, a liberdade e a
verdade de uma vida lá onde se perdeu...
Assim, termina o primeiro arco narrativo: “e se andava...”
SEGUNDO ARCO NARRATIVO
Vocação dos primeiros discípulos (Lc 5,1-11)
Se inicia com um Kai egeneto/ e aconteceu, VEge,neto de. incipit que Lucas usa para
evidenciar situações particulares.
De fato, está para acontecer alguma coisa de importante: a chamada dos discípulos.
Aqui uma diferença substancial entre Lucas e outros sinóticos. Em Marcos Jesus não faz
nada sozinho. A chamada dos discípulos é colocada ao início do Evangelho: Jesus
anuncia o Reino e chama os irmãos. A chamada das duas duplas de discípulos é em
Mateus ao início, ou seja, Jesus não está jamais sozinho.
Talvez aqui temos um trato de historicidade de Lucas que não coloca a chamada
ao início, mas depois que Jesus já operou e a sua fama já se difundiu. A segunda
especificidade de Lucas é que a narrativa é muito mais articulada em respeito à de Marcos
e Mateus.
Temos aqui a construção ao redor de Jesus de um grupo de discípulos, a futura
comunidade cristã, que o segue no caminho missionário; e ao interno deste grupo, um
cerco ainda mais íntimo, dos apóstolos, que serão o fundamento da Igreja.
O texto é construído com um movimento que lhe dá uma orientação eclesial: ao
início (Lc 5,1-3), Jesus é apresentado em meio à multidão, e depois a sua manifestação a
Pedro e aos seus companheiros na “solidão” do mar (Lc 5,4-11: a pesca milagrosa).
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a pesca”. 5Simão respondeu: “Mestre, trabalhamos a noite inteira sem nada apanhar; mas,
porque mandas, lançarei as redes”. 6Fizeram isso e apanharam tamanha quantidade de
peixes que suas redes se rompiam. 7Fizeram então sinais aos sócios do outro barco para
virem em seu auxílio. Eles vieram e encheram os dois barcos, a ponto de quase
afundarem.
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À vista disso, Simão Pedro atirou-se aos pés de Jesus, dizendo: “Afasta-te de mim,
Senhor, porque sou pecador! ” 9O espanto, com efeito, se apoderava dele e de todos os
que estavam em sua companhia, por causa da pesca que haviam acabado de fazer; 10e
também de Tiago e João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. Jesus,
porém, disse a Simão: “Não tenhas medo! Doravante serás pescador de homens”.
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Então, reconduzindo os barcos à terra e deixando tudo, eles o seguiram.
ESTRUTURA
A narrativa é dividida em três partes:
1. vv. 1-3: a multidão entorno ao mestre de Nazaré. Neste meio vem apresentados
também os protagonistas: Jesus que se coloca a ensinar a palavra de Deus; o povo
numeroso que está em atitude de escuta; os pescadores que lavam as redes e em
particular Pedro, proprietário da barca. Todavia, o interesse é convergente sobre
Jesus, que primeiro está à margem do lago e depois pela presença da multidão sobe
na barca, de onde se coloca a ensinar.
2. vv. 4-7. É baseada sobre o contraste entre a situação dos pescadores que
trabalharam toda a noite sem nenhum resultado e a “palavra” de Jesus que ordena
de retornar à pesca. A fé nesta palavra provoca o êxito de uma pesca
exageradamente abundante.
3. vv. 8-11: traz presente a reação de Pedro que se ajoelha diante de Jesus e
reconhece o próprio estatuto de pecador. Este quadro se alarga descrevendo
também a reação de estupor da parte de todos e mencionando de forma particular,
Tiago e João. O clímax da narrativa é dado da palavra de promessa-chamado de
Jesus: “Doravante serás pescador de homens” e da resposta não só de Pedro, mas
também de Tiago e João que deixam tudo para segui-lo.
O filão de toda esta narrativa está no tema da palavra, a qual é a razão da
convocação e reunião da multidão. Esta se realiza em uma pesca copiosa e enfim
se cumpre na chamada dos discípulos.
Nos outros sinóticos a chamada dos discípulos é o primeiro ato da atividade
pública de Jesus; no terceiro evangelho ele conhece primeiro Pedro, tanto que está
na sua casa e cura a sogra (4,38-39) antes de pedir a ele para segui-lo.
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para a próxima pesca. “Para hoje, nos parece que não havia nenhuma intenção de retornar
à pesca”!
Não por acaso, é na barca de Simão – Lucas não o chama ainda de Pedro – a escolhida
por Jesus. Ele se senta, na forma de um “mestre”; e da barca do futuro Pedro, Jesus ensina
a multidão. Depois da Páscoa, o ensinamento de Jesus será através das testemunhas,
Pedro e os Doze. Lucas, sem dúvida, privilegia a figura de Pedro.
5,4-5: Depois do ensinamento de Jesus temos a narrativa da “pesca milagrosa”. Jesus dá
a Simão uma ordem inesperada (os pescadores já haviam terminado o trabalho do dia) e
inadequada: pescar de dia, quando já durante a noite – ou seja, no tempo propício – já
trabalharam em vão.
evpista,ta de evpista,thj – (“aquele que está acima de outro”). Só se encontra em Lc,
sempre nos lábios dos discípulos. Deve indicar uma fé mais profunda que o habitual
didáskalos, que também se traduz por mestre.
Uma situação humanamente sem solução, uma ordem humanamente absurda, à qual é
pedido à Simão de colocar em xeque o seu conhecimento de pescador e a sua reputação,
para apoiar-se somente na palavra do Mestre.
E, Simão, “sobre sua Palavra”, arrisca; um risco verdadeiro e sensato, não absurdo e
cego, porque o fez com conhecimento de causa: ele já havia visto a poder da palavra do
Senhor (cf. Lc 4,38ss: a cura da sua sogra). É o primeiro autenticamente ato de fé
apresentado no ministério público. A atenção do narrador se concentra na pessoa de
Simão, mesmo que os outros companheiros estejam supostamente presentes.
5,6-7: Lucas descreve uma cena (as redes estavam ao ponto de romper-se) com o objetivo
de sublinhar a grandeza do milagre. Há a necessidade da ajuda dos sócios da barca: pela
primeira vez mencionados. As duas barcas correm o risco de afundar pela quantidade de
peixes.
A grandeza do milagre demonstra o poder divino da Palavra de Jesus e justifica a absoluta
confiança nela.
5,8-9: explica o gesto e a palavra de Simão, que pela primeira vez, e provavelmente com
relação com a sua chamada (v. 10), recebe o nome de Pedro: diante de Jesus, ele
experimenta a proximidade de Deus. E tudo, o cair de joelhos diante de Jesus, o título de
Senhor, a exclamação de indignidade, manifesta este encontro com o Divino, uma
experiência teofânica semelhante à de Moisés, de Isaías...
“Sou um homem pecador”: não devemos entender esta afirmação sobre o plano moral,
mas como a experiência da distância entre o homem e Deus. “De agora em diante
pescarás homens (tomar vivos) ”! Isto nos diz que a função de Pedro não é calcada sobre
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as qualidades pessoais do apóstolo, e que o “sucesso” missionário da Igreja não está sob
as capacidades humanas.
No v. 9 temos a reação de medo de Simão e dos sócios diante do milagre: é a conclusão
normal de uma narrativa de milagre, e podia mesmo constituir o final da narração pré-
lucana.
5,10: Os dois últimos versículos podem ser considerados uma junção posterior a partir
de Mc 1,16-20. O autor entrelaçou à narrativa da pesca milagrosa a vocação de Pedro e
dos dois filhos de Zebedeu.
Tiago e João saem do anonimato para serem incluídos no chamado de Jesus. Mesmo
sendo eles inclusos, Jesus, todavia se volta somente a Simão. Depois do milagre da pesca
e da confissão de Pedro, a intervenção de Jesus se apresenta como uma verdadeira
teofania: “Não tenhais medo”! Em seguida não temos uma ordem, mas uma palavra
profética que se torna eficaz. Anuncia a futura missão do apóstolo, o coloca em uma nova
vida. *A função apostólica se encontra ancorada nesta palavra eficaz do Senhor,
precedida por um milagre destinado a colocar “em luz” o poder da Sua palavra e a fazer
da escolha dos discípulos uma ocasião “razoável/compreensível”.
Os ministérios não se fundamentam unicamente sobre um poder que lhes constituído –
experiência e na atitude de confiança para com o Mestre.
“O milagre e a palavra dão à Simão um novo início, e este evento de graça é claramente
o verdadeiro e próprio ‘milagre’ da narrativa”!
• O termo “pesca” (v. 4.9) da narrativa tem seu vocábulo traduzido como “tomar
vivos”/ “pescarás homens vivos”, para descrever a função do apóstolo: tornar à
vida! Lucas define a missão cristão como um levar os homens à vida. A BÍBLIA:
“Os discípulos não precisarão capturar peixes mortos para ser vendidos no
mercado, mas capturar pessoas – com a Palavra de Deus / Jesus – para conduzi-las
a uma vida nova”.
5,11: A conclusão é breve: os três futuros apóstolos “deixam tudo e seguem Jesus”!
A narração termina com o tema da vocação, mesmo que o acento não está sobre o
chamado, quanto sobre o encontro com Cristo no fundamento e na função apostólica de
Pedro: seguir Jesus é a premissa para concretizar sua palavra (v. 10).
A concisa anotação: “deixaram tudo” não deve ser tomada ao pé da letra no nosso
contexto, mas foca um processo complexo na existência do discípulo, que o faz ao longo
do caminho, na incondicionada sequela de Cristo. kai. katagago,ntej ta. ploi/a evpi. th.n
gh/n avfe,ntej pa,nta hvkolou,qhsan auvtw/|Å
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povo a Lei de Deus, assim também Jesus sobe à Montanha, e escolhe os seus Doze
apóstolos, e depois desce com eles para levar aos discípulos e à multidão os novos
ensinamentos de Deus”.
De qualquer forma, para o autor sacro, o Monte é o lugar da oração, da proximidade
pessoal com Deus. Jesus ora sempre sozinho: é surpreendente em um ambiente que dá
tanto valor à oração comunitária; o encontro de Jesus com Deus é único, incomunicável.
Ainda nota H. Schürmann: “Este comportamento de Jesus deve permanecer como
normativo para a transmissão dos ministérios no tempo da Igreja”.
Na obra de Lucas, os Doze são um grupo distinto dos discípulos; a estes nominados,
juntamente com a multidão, é que Jesus com os apóstolos dirige o seu “discurso da
planície” (cf. Lc 6,17). Os discípulos prefiguram a Igreja em meio ao mundo.
Lucas é o único evangelista que especifica que Jesus em pessoa deu aos Doze o nome
de apóstolos.
Para Lucas, o número dos Doze – símbolo das doze tribos – em relação com o envio
pré-pascal a Israel, no contexto da proximidade do Reino de Deus. Para Lucas, o número
de doze apóstolos é uma grande histórica e corresponde ao número de discípulos
especificadamente eleitos por Cristo para serem as testemunhas do seu ministério, e da
sua ressurreição na constituição da tradição apostólica (cf. At 1,15ss).
- Simão é um nome um tanto semítico (Symeone: “Deus cumpriu, realizou”), como
também no mundo grego. Oriundo de Betsaida (Jo 1,44), cidade do lago, de influência
helenista. Se transferiu a Cafarnaum; é pescador; esposado (Mc 1,29ss). No elenco de
Lucas, é o único a receber um nome novo, o que sublinha o primado entre os discípulos.
Recebe o nome aramaico Kêpâ’, grecizado em Kêphas = rocha, pedra (Jo 1,42); tradução
grega Petros. De agora em diante, Jesus sempre o chamará de Pedro – indicando assim
sua posição como o primeiro entre os apóstolos.
- André é um nome grego (= viril, valoroso), irmão de Pedro. Também ele proveniente
da helenizada Betsaida.
- Os irmãos Tiago e João, filhos de Zebedeu. Pescadores. Recebem o sobrenome de
Boanêrges, filhos do trovão (Mc 3,17), provavelmente pelo caráter impulsivo. Na Igreja,
a figura de João tem a sua prevalência à de Tiago, morto no ano de 44 d.C. (não confundir
com Tiago, “irmão do Senhor”).
- Filipe, assim como Simão e André, provém de Betsaida (Jo 1,44; 12,21). Ele com
André faz como que um tramite de alguns Gregos que querem falar com Jesus (Jo 12,22).
André e Filipe conhecem provavelmente a língua grega. Filipe é nominado, sobretudo no
Quarto Evangelho (Jo 1,43-48; 6,5.7; 12,21ss; 14,8ss).
- Bartolomeu. O seu verdadeiro nome era Natanael? (Jo 1,45-49; 21,2)? Segundo
Eusébio de Cesaréia levou o evangelho de Mateus (hebraico/aramaico) para a Índia.
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- Mateus, aramaico (“dom de Deus”). Cf. Mt 9,9; 10,3. Mateus é o nome de Levi dado
por Jesus?
- Tomé, chamado Didymos, ou seja, gêmeo (Jo 11,16). Possui uma grande relevância
no Quarto Evangelho (Jo 11,16; 14,5; 20,24-27.28; 21,2).
- Tiago de Alfeu, as vezes identificado com Levi (ou seu irmão), porque, como ele,
são filhos de Alfeu; outras vezes com Tiago, o Menor, do qual vem nominada a mãe,
uma Maria, ao momento da morte de Jesus (Mc 15,40; 16,1; Lc 24,10).
- Simão, o Zelota, tradução grega de Kananaios (Mc/Mt), do aramaico qan ‘anâ, nome
dos extremistas nacionalistas da guerra judaica (66-70 d.C.), que como tais não existiam
ainda na época de Jesus. Pode ter o sentido técnico de “zelante”.
- Lucas omite Tadeu, do grego Theodotos (dom de Deus) ou do aramaico Taddaj
(vivaz, intrépido, corajoso). Mas conhece um Judas de Tiago, ignorado de Mc/Mt, e
nominado somente ainda em Jo 14,22.
- Judas Iscariot: etimologia di Iskarioth é obscura: “filho de Kerioth” (Js 15,25); o do
latim grecizado: sicarius (homem da espada, terrorista); o do aramaico sheqar: mentiroso,
traidor.
Lucas acrescenta que se torna traidor, colocando em luz sua infidelidade. A sombra da
paixão acompanha já o ministério de Jesus.