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SALT – FAP – Pós-graduação: Iden dade Adven sta

Aluno: Marcos Paulo Cristovão de Andrade

PERSPECTIVAS NO MOVIMENTO CRISTÃO MUNDIAL

Capítulo 1 – A Bíblia na evangelização do mundo


No contexto da missão, a proclamação do evangelho é essencial e está
in mamente ligada à Palavra de Deus. A Bíblia é a base para a pregação do evangelho,
pois é nela que encontramos a verdade única e inalterável. Ela testemunha do evangelho
e é, por si só, o próprio evangelho. A mensagem missionária encontrada na Bíblia nos
ordena a ir para todo o mundo e pregar o evangelho, mas vai além disso, pois também
nos oferece um modelo de como realizar essa evangelização. Não se trata apenas do
conteúdo da mensagem, mas também de como transmi -la de forma adequada. A Bíblia
nos mostra claramente essa verdade, revelando sobre si mesma, sobre Cristo e sua
infinita misericórdia, destacando a história da salvação da humanidade por meio da
expiação de Cristo Jesus.

Capítulo 2 – Missões: a prioridade de Deus


A ordem de Jesus aos discípulos para pregar o evangelho a todas as nações não
foi uma nova ideia, mas uma con nuação do que já estava estabelecido no An go
Testamento. Cristo mesmo fundamentou sua mensagem nas Escrituras an gas. A criação
revela cinco caracterís cas importantes sobre o propósito de Deus para a humanidade:
comunhão, felicidade, amor, glorificação e compar lhamento da san dade. No An go
Testamento, vemos exemplos de missão em pessoas como Abraão e José. Deus fez
promessas a Abraão para que ele deixasse sua terra e fosse uma bênção para as nações.
José também cumpriu uma missão ao abençoar não apenas o povo do Egito, mas toda a
região. Suas bênçãos se estenderam além de si mesmo para todos que o conheciam.

Capítulo 3 – O Deus vivo é um Deus missionário


É essencial que todo cristão compreenda as bases fundamentais das missões
para enfrentar as dificuldades inerentes a elas. Examinando exemplos do An go
Testamento, como Abraão, que recebeu um chamado de Deus e promessas de
descendência, terra e bênção, vemos como sua obediência resultou em bênçãos para
toda a sua posteridade. Mesmo que Abraão não pudesse imaginar isso inicialmente,
Deus cumpriu Suas promessas. Essas bênçãos se estenderam além de Abraão, como
pode ser visto na inclusão dos gen os na pregação do evangelho pela igreja primi va.
Desde o início da história, Deus tem se envolvido na missão por meio de pessoas
escolhidas para compar lhar Seu evangelho eterno.

Capítulo 7 – Testemunha para o mundo


Se considerarmos que a nossa missão é pregar o evangelho, fica claro que o
centro da missão é o próprio Deus na pessoa de Jesus Cristo. Ao analisarmos alguns
textos bíblicos, percebemos que a dinâmica da missão no An go Testamento era
centrípeta, ou seja, Deus usava o povo de Israel como instrumento para abençoar o
próprio povo e as nações vizinhas. Israel possuía um papel especial como mediador entre
as pessoas e Deus. No Novo Testamento, porém, vemos uma abordagem missionária
centrífuga, em que os discípulos são comissionados a ir e proclamar o evangelho,
alcançando as pessoas de forma mais direta e pessoal.

Capítulo 9 – O evangelho do Reino


O foco principal da missão de Jesus era o tema do Reino de Deus. Ele anunciava:
"Arrependei-vos, pois o Reino de Deus está próximo" (Mateus 4:17). A missão trazia
esperança em um Reino de Deus livre de todo mal, como guerras, dor e pecado. Esse
Reino não é apenas uma utopia religiosa, mas algo concreto e manifestado em Jesus
Cristo. A questão de como ingressar nesse Reino pode ser respondida por meio da
missão. A forma como falamos sobre o Reino e o apresentamos às pessoas pode
determinar o sucesso ou o fracasso da missão. Ao contrário da compreensão moderna
de um reino como um domínio de autoridade de um rei, a compreensão bíblica do Reino
se refere à soberania, ao governo e não apenas ao domínio. O Reino de Deus é o poder
de Deus e não se limita a um lugar sico, mas é o reinado de Deus.

Capítulo 14 – O Reino de Deus na realidade do mundo


Jesus, ao enviar seus apóstolos após sua ressurreição, os relacionou com a missão
de carregar a mensagem do evangelho através do caminho da cruz. Essa missão envolvia
desafiar os poderes dominantes e proclamar a iminência do Reino de Deus. No entanto,
a implementação desse reinado não ocorreria por meio de manobras polí cas, mas sim
através da derrota humilhante de Jesus na cruz, que se revelou como a vitória decisiva
do Reino. A igreja é chamada a con nuar essa missão, desmascarando a injus ça e a
hipocrisia polí ca. Embora a essência do evangelho esteja centrada em um "outro
mundo", isso não significa passividade diante das injus ças. Jesus mesmo demonstrou
um ministério de confronto e libertação contra as obras do Diabo. A vinda do Reino está
além da morte e da derrota, e a missão da igreja é incorporar e anunciar essa realidade
em jus ça e misericórdia, desafiando os poderes opressores deste mundo. A cruz é o
símbolo principal do Reino, onde Jesus foi manifestado como Senhor sobre todos os
poderes.
Capítulo 24 – O evangelho integral
O evangelho retratado na Bíblia é completo em si mesmo, destacando a perfeição
de Cristo na vida do ser humano. Dada a condição imperfeita em que nos encontramos,
nunca seremos plenamente completos. O evangelho integral reconhece a necessidade
de correção e complementação mútua. Deus nos ordena a proclamar esse evangelho a
todo o mundo, não a um povo específico. Diante da situação atual, assim como na época
de Cristo, os seres humanos clamam e suplicam por ajuda. Em Jericó, um cego clamava
por auxílio de um Messias que ele acreditava poder curá-lo. No entanto, os seguidores
de Jesus insis am para que o cego se calasse, silenciando o grito daquele que necessitava
de ajuda. Jesus, em sua missão, deu prioridade ao clamor do cego e ignorou o protocolo
para conceder a cura. Da mesma forma, a igreja precisa cuidar daqueles que clamam no
mundo. O evangelho integral destaca nossa necessidade de nos aproximarmos de Cristo
para sermos aperfeiçoados por Ele.

Capítulo 25 – Oração: rebelião contra o status quo


Nesta parábola contada por Jesus, uma viúva pobre e negra busca jus ça diante
de um juiz corrupto. Apesar dos obstáculos, ela persiste em seu pedido até que o juiz
cede. Essa história ilustra a natureza da oração de pe ção, que envolve a rebeldia contra
as injus ças e a recusa em aceitar o mundo caído como normal. A oração de pe ção é
um ato de esperança na transformação da vida conforme a vontade de Deus. No entanto,
muitas vezes resignamos e aceitamos a situação vigente, o que compromete nossa
prá ca de oração. Devemos reconhecer que a oração de pe ção é uma expressão de
nossa crença na capacidade de Deus para mudar a realidade. A oração é um ato de
rebeldia contra o mal e uma busca pela vitória da verdade. Devemos persis r em oração,
confiando na jus ça de Deus e no poder de sua intervenção.

Capítulo 32 – Oração: rebelião contra o status quo


A comissão inicial consis a em apenas 12 homens, incluindo pescadores,
cobradores de impostos e pessoas comuns, mas todos cheios do Espírito Santo de Deus.
Com o início da pregação do Espírito Santo no dia de Pentecostes, o número de
seguidores aumentou significa vamente em relação aos 12 iniciais. Hoje, a igreja
representa muitas pessoas que estão convencidas do retorno de Jesus. A igreja possui
autoridade para proclamar este evangelho, que não é apenas um pensamento comum,
mas o poder de Deus para a salvação daqueles que nele creem.

Capítulo 34 – As duas estruturas da missão redentora de Deus


Durante suas viagens pela Ásia e Grécia, Paulo trouxe uma abordagem diferente
na formação das igrejas em comparação com a cultura hebraica. Em sua pregação, ele
ensinava que os gen os não precisavam abandonar sua iden dade cultural para se
tornarem seguidores de Cristo, o que resultou na formação de novas comunidades de
crentes semelhantes às sinagogas. Essas igrejas, localizadas em diferentes regiões da
Ásia, passaram a ser conhecidas como igrejas neotestamentárias. Essa estrutura serviu
como um modelo para as futuras comunidades, que incluíam pessoas de diferentes
idades e gêneros. Com o tempo, duas estruturas se desenvolveram: a do sodalício e a do
modalício.

Capítulo 36 – Uma história de transformações


A maior parte dos missionários até o século XVIII eram monges, e muitos iam
trabalhar em culturas que já estavam num processo de transformação, mas sempre
nutrindo a esperança de ver pessoas obedecendo as regras de Cristo, visto que o foco
sempre foi esse, aliado com a comunicação das boas novas de Jesus Cristo, chamado ao
arrependimento, à fé e ao ba smo. Havia dezenas de movimentos pelo mundo, como
os bene nos, o qual através dele surgiram diversos outros, como os nestorianos, os
ortodoxos, os celtas, os franciscanos, os dominicanos e os jesuítas. Os bene nos não
eram missionários intencionais, porém mesmo assim viajavam para locais onde a fé
cristã ainda não havia alcançado, e formava comunidades que ensinassem a fé à essas
pessoas. Os nestorianos e os ortodoxos introduziram as letras e o ensino entre os povos
analfabetos. Os celtas combinavam um amor profundo pelo aprendizado, pela disciplina
espiritual e pelo fervor missionário.

Capítulo 38 – Períodos da história missionária


No final do século XVIII nos Estados Unidos, cinco universitários se reuniram para
orar e buscar direção de Deus. Essa reunião de oração ficou conhecida como a Reunião
de Oração do Monte de Feno e resultou na criação da Junta Americana de
Comissionados para Missões Estrangeiras, assim como no surgimento de um movimento
missionário estudan l. Mulheres de Boston foram influenciadas por esse movimento e
formaram grupos de oração femininos que mais tarde se tornaram juntas missionárias
femininas. O primeiro período missionário foi marcado pelo amor e sacri cio dos
missionários, especialmente na África, onde enfrentaram doenças e morte. Além disso,
houve um desenvolvimento estratégico na reflexão sobre missões, com a ênfase na
formação de liderança na va e a progressão das etapas pioneira, paternal, de parceria e
de par cipação. O segundo período começou em 1865 com Hudson Taylor e sua Missão
para o Interior da China, que nha como obje vo alcançar os povos negligenciados do
interior. O período inicial foi marcado por confusão e ques onamentos sobre a
necessidade de mais missões, mas Taylor destacou a importância de ir além das regiões
costeiras. O terceiro período missionário teve início com Cameron Townsend e Donald
McGavran, que se dedicaram a alcançar grupos negligenciados, como tribos e "povos
ocultos". Townsend fundou a Associação Wycliffe de Tradutores da Bíblia para traduzir a
Bíblia para línguas indígenas, enquanto McGavran enfa zou a importância de
estabelecer estratégias missionárias específicas para grupos sociais isolados. A
conscien zação sobre esses grupos esquecidos aumentou, levando a uma conferência
global em 1980 com representantes de agências missionárias de todo o mundo. A tarefa
de alcançar os "povos ocultos" é vista como um obje vo possível, envolvendo cristãos
de todas as partes do mundo. Além disso, o mundo está se tornando menos fechado a
estrangeiros, o que facilita o acesso a esses grupos. Agências missionárias do segundo
período também estão se voltando para novos campos missionários. O terceiro período
apresenta vantagens, como uma rede global de igrejas e uma conscien zação maior
sobre a missão de alcançar todas as nações. A geração atual não tem desculpas para não
cumprir essa tarefa divina.

Capítulo 39 – Uma inves gação sobre o dever dos cristãos


É nosso dever orar e empregar todos os métodos legí mos para espalhar o
conhecimento do nome de Deus e cumprir a comissão de fazer discípulos de todas as
nações. Apesar de reconhecer a importância de alcançar os necessitados em nosso
próprio país, argumenta-se que devemos também levar o evangelho aos pagãos, que
não têm acesso aos meios de graça e vivem em condições desfavoráveis. Acredita-se que
a ordem de Cristo se aplica a todos os cristãos e que devemos demonstrar piedade e
solidariedade ao empreender todos os esforços possíveis para levar o evangelho a essas
pessoas. Há viabilidade em fazer mais do que está sendo feito para a conversão dos
pagãos. Os obstáculos mencionados, como a distância, a maneira bárbara de viver, o
perigo, as necessidades básicas e a dificuldade dos idiomas, são abordadas e
consideradas superáveis. Afirma-se que é um dever dos cristãos cooperar com Deus na
propagação do evangelho, e a oração fervorosa é ressaltada como um dos primeiros e
mais importantes deveres. Além da oração, os cristãos são encorajados a usar meios
prá cos para alcançar o que estão orando, e é enfa zado que a sabedoria e o esforço
devem estar presentes nessa busca. É proposto a organização de uma sociedade de
cristãos sérios, como pastores e leigos, que estabeleceriam regras e planos para a
propagação do evangelho. Essa sociedade teria uma comissão responsável por obter
informações, selecionar missionários e fornecer recursos. Embora seja desejável que
todos os cristãos par cipem dessa obra, o autor sugere que cada denominação se
dedique separadamente ao trabalho. Contribuições financeiras seriam necessárias e
aconselha-se que as igrejas criem um fundo para esse propósito. O texto enfa za que o
trabalho na terra está relacionado às recompensas futuras e incen va uma dedicação
total para promover a causa e o Reino de Cristo.

Capítulo 43 – As pontes de Deus


O processo de cris anização no Ocidente é individualista devido à liberdade de
consciência e à falta de subsociedades exclusivas. O individualismo ocidental é
fortalecido pelo desaparecimento do clã e da vida familiar, levando as pessoas a agirem
por si mesmas. No entanto, a cris anização de um povo requer a conversão dos vários
grupos e a compreensão da mente do grupo. A decisão do grupo não é a soma de
decisões individuais, mas um processo cole vo que envolve divisões internas e reações
em cadeia. O obje vo é promover movimentos populares em direção a Cristo. Os
movimentos populares apresentam cinco vantagens significa vas. Em primeiro lugar,
eles estabelecem igrejas arraigadas em comunidades locais, independentes das missões
ocidentais. Em segundo lugar, são autóctones, mantendo a cultura e tradições locais. Em
terceiro lugar, permitem uma expansão espontânea da igreja, sem depender
exclusivamente de missionários estrangeiros. Em quarto lugar, possuem um grande
potencial de crescimento, tanto internamente quanto externamente. Em quinto lugar,
oferecem um sólido modelo cristão, centrado na igreja local. Esses movimentos
fornecem um modelo replicável e sustentável para a cris anização.

Capítulo 52 – Entendendo o que é cultura


A cultura é um campo complexo e abrangente, essencial para a comunicação
eficaz do evangelho. Compreender a própria cultura é o primeiro passo, pois ninguém
pode se desvincular completamente de sua cultura e obter uma perspec va
supracultural. O estudo da cultura envolve observar o comportamento, ques onar os
valores subjacentes a esses comportamentos, explorar as crenças que sustentam esses
valores e, finalmente, compreender a cosmovisão, que responde às questões
fundamentais da realidade. A cosmovisão é o cerne de cada cultura e influencia todos
os aspectos da vida cultural. Embora esse modelo simplificado da cultura não explique
completamente sua complexidade, ele fornece uma base fundamental para o estudo
cultural.

Capítulo 54 – Cultura, cosmovisão e contextualização


O obje vo do testemunho cristão é converter pessoas a Cristo e integrá-las em
igrejas que sejam adaptadas tanto cultural como biblicamente. A contextualização do
cris anismo é um processo que ocorre desde o Novo Testamento, onde os apóstolos
comunicavam a mensagem cristã aos gregos usando sua língua e cultura. A
contextualização envolve expressar a verdade cristã de acordo com o padrão de
pensamento dos receptores, usando palavras e conceitos de sua cultura. Embora haja
riscos, como o sincre smo, a busca por um cris anismo contextualizado, relevante e
significa vo é necessária para a fé ser vital e dinâmica. Entender a cultura e a cosmovisão
é fundamental para a contextualização, pois Deus ama todas as culturas, as culturas e
idiomas da Bíblia foram criados pelos humanos e Deus trabalha dentro das culturas de
forma apropriada. A contextualização deve levar a mudanças nas pessoas e nas
estruturas culturais, guiadas pelo Espírito Santo e não imposta de fora. É importante
evitar um cris anismo dominado por formas culturais estrangeiras, mas sim usar as
formas culturais do povo receptor, correndo os riscos inerentes.

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