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A Missão de Jesus Cristo

A missão de Jesus Cristo foi anunciar o Reino de Deus.


O testemunho que Jesus Cristo dá de si mesmo e que
São Lucas recolheu no Evangelho, "Eu devo anunciar a
Boa Nova do Reino de Deus", tem, sem dúvida
nenhuma, uma grande importância, porque define,
numa frase apenas, toda a missão de Jesus: "Para isso
é que fui enviado". Ele veio anunciar o Reino de Deus.
Estas palavras assumem o significado pleno se se confrontam
com os versículos anteriores, nos quais Cristo tinha aplicado a
si próprio as palavras do profeta Isaías: "O Espírito do Senhor
está sobre mim, porque me ungiu para evangelizar os Pobres".
Lc 4,43.

E todos os aspectos do mistério, a começar da própria


encarnação, passando pelos sinais do Reino, pela doutrina,
pela convocação dos discípulos e pela escolha e envio dos 12,
pela cruz, até a ressurreição e à permanência da presença no
meio dos seus, fazem parte da sua atividade evangelizadora”
(Paulo VI, Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, nº 6. )
Missão da Igreja
Desde o início, nas primeiras comunidades, a Igreja
sabe bem e ela tem consciência viva de que a palavra
de Jesus Cristo, "Eu devo anunciar a Boa Nova do
Reino de Deus", se aplica com toda a verdade.
Assim, ela acrescenta de bom grado com São Paulo:
"Anunciar o Evangelho não é título de glória para mim;
é, antes uma necessidade que se me impõe. Ai de mim,
se eu não anunciar o Evangelho". (Lc 4,43. lCor 9,16.)
Paulo VI, na Carta Apostólica Evangelii Nuntiandi, fala que “Nós
queremos confirmar, uma vez mais ainda, que a tarefa de
evangelizar todos os homens constitui a missão essencial da
Igreja"; tarefa e missão, que as amplas e profundas mudanças da
sociedade atual tornam ainda mais urgentes.
Tudo na Igreja deve estar permeado pelo espírito missionário. É o
nosso modo de ser e de agir em todas as dimensões e em todos
os lugares.
“Nenhuma comunidade deve isentar-se de entrar decididamente,
com todas as forças, nos processos constantes de renovação
missionária e de abandonar as ultrapassadas estruturas que já
não favoreçam a transmissão da fé”.
Deus fala por meio do profeta Isaías: “Te estabeleci como
luz das nações, a fim de que a minha salvação chegue até
as extremidades da terra”. Este texto parece nos orientar
bem para entendermos e vivermos a dinâmica missionária
em nossa vida de cristãos. Deus escolhe a cada um de nós
para ser luz. Ser luz para quem? Para as nações, isto é,
para todos os povos, independentemente de onde e quem
seja. E ser luz não unicamente para mim, mas
principalmente para meu próximo, que simples aos meus
olhos, no coração de Deus é grande, e por isso, deve ser
iluminado. (Is 49,6.)
Atitudes na Evangelização
O Documento de Aparecida descreve que “a história
da humanidade, história que Deus nunca abandona,
transcorre sob seu olhar compassivo. Deus amou
tanto nosso mundo que nos deu o seu Filho. Ele
anuncia a Boa Nova do Reino aos Pobres e aos
pecadores. Por isso, nós, como discípulos e
missionários de Jesus, queremos e devemos proclamar
o Evangelho, que é o próprio Cristo”.
A Igreja deve cumprir a missão seguindo os passos de
Jesus e adotando as atitudes Dele (Mt 9,35-36).
Jesus, sendo o Senhor, se fez servidor e obediente até
a morte de cruz (Fl 2,8); sendo rico, escolheu ser Pobre
por nós (2 Cor 8,9), ensinando-nos o caminho de nossa
vocação de discípulos e missionários.
No Evangelho, aprendemos a sublime lição de ser
Pobres seguindo a Jesus Pobre (Lc 6,20; 9,58), e a de
anunciar o Evangelho da paz sem bolsa ou alforje, sem
colocar nossa confiança no dinheiro nem no poder deste
mundo (Lc 10,4 ss). Na generosidade dos missionários se
manifesta a generosidade de Deus, na gratuidade dos
apóstolos aparece a gratuidade do Evangelho”.
(Celam, Documento de Aparecida, 2007, nº 30-31.)
Conteúdos essenciais da Evangelização
A partir do que foi visto acima, fica claro que a missão para
nós, cristãos e cristãs, é evangelizar. É anunciar o Reino de
Deus. É trabalhar na construção dele sobre a terra. Qual seria
o conteúdo da evangelização?
O que falar?
Falar de quem?
Quais os valores e caminhos anunciar?

Paulo VI, na exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, nos dá


o que seria a essência da evangelização.
Plano salvífico
a) Testemunho dado do amor do Pai:
evangelizar é, em primeiro lugar, dar
testemunho, de maneira simples e direta, de
Deus revelado por Jesus Cristo, no Espírito
Santo.

b) A salvação em Jesus Cristo: a salvação em


Jesus Cristo é a base, centro e ápice do
dinamismo. Uma proclamação clara que, em
Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem,
morto e ressuscitado, a salvação é oferecida
a todos os homens, como dom da graça e da
misericórdia do mesmo Deus;
c) O dinamismo vivido da salvação: O
anúncio profético, anúncio da realização da
Nova Aliança em Jesus Cristo; vida no amor
a Deus e aos irmãos.

d) Mensagem que interpela a vida toda: A


evangelização seria incompleta se não
tomasse em consideração a interpelação
recíproca que se fazem constantemente o
Evangelho e a vida concreta, pessoal e
social, das pessoas.
(Paulo VI, Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, nº
FORMAÇÃO
29.)
MISSIONÁRIA
Plano libertador
a) A libertação não é alheia à evangelização:
a libertação é o comprometimento de
povos, com toda a energia no esforço e na
luta de superar tudo aquilo que os
condenam a ficar à margem da vida; a
Igreja tem o dever de anunciar a
libertação de milhões de seres humanos,
de ajudar a libertação, de dar testemunho
em favor dela, de fazer esforços para que
ela chegue a ser total;

(Paulo VI, Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, nº


30.)
b) Ligação entre evangelização e
promoção humana – desenvolvimento –
libertação: criará laços de ordem
antropológica: homem, ser concreto e
condicionado;
laços de ordem teológica: a criação e a
redenção, a exigência de restabelecer a
justiça;
laços de ordem evangélica: as exigências
do mandamento novo;
(Paulo VI, Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, nº 31.) FORMAÇÃO
MISSIONÁRIA
c) Perspectiva evangélica da libertação: a
libertação não se reduz a um projeto temporal, a
uma visão antropocêntrica, e a salvação a um
bem-estar material; ela deve ter em vista o
homem todo integralmente, com todas as
dimensões, incluindo a abertura para o absoluto,
mesmo o absoluto de Deus;

d) A ação da Igreja na libertação: A Igreja deve


tomar consciência para colaborar na libertação
dos homens. Suscitar a generosidade de muitos e
lhes dar uma motivação de fé e de amor fraterno,
uma doutrina social para ser traduzida em
categorias de ação/participação e de FORMAÇÃO
compromisso, segundo o desígnio global da MISSIONÁRIA
salvação.
Testemunho
A Carta Apostólica Evangelii Nuntiandi
anuncia que “A Boa Nova há de ser
proclamada, antes de mais, pelo
testemunho.

Por força deste testemunho sem palavras,


estes cristãos fazem aflorar no coração
daqueles que os veem viver, perguntas
indeclináveis: Por que é que eles são
assim? Por que é que eles vivem daquela
maneira? O que é, ou quem é, que os FORMAÇÃO
MISSIONÁRIA
inspira? Por que é que eles estão conosco?
E outras perguntas surgirão, depois,
mais profundas e mais de molde a ditar
um compromisso, provocadas pelo
testemunho aludido, que comporta
presença, participação e solidariedade e
que é um elemento essencial,
geralmente o primeiro de todos, na
evangelização.

Dar testemunho do Evangelho através FORMAÇÃO


da ação. MISSIONÁRIA
CONCLUSÃO

A Missão de Jesus foi viver neste mundo e resgatar os


Pobres e oprimidos , proporcionando-lhes uma vida
digna de filhos amados do Pai.
Foi restaurar o Reino de Deus, a promessa libertadora
de Deus.
Nossa missão é a missão de Jesus Cristo!.
SOCIEDADE DE SÃO VICENTE DE PAULO

Louvado seja nosso


Senhor Jesus Cristo!

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