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Fundações I UNINOVE – Universidade Nove de Julho

Aula 03
1
Tensão Admissível
Prof: João Henrique

Sumário
Fundações Rasas ........................................................................................................................... 2

1.1 Definições ............................................................................................................................ 2

1.1.1 Fundações .................................................................................................................... 2

1.1.2 Fundações Rasas .......................................................................................................... 3

1.2 Tipos de Fundações Rasas ................................................................................................... 3

1.3 Forma das Sapatas .............................................................................................................. 4

1.4 Critérios Adicionais da NBR 6122/2010 .............................................................................. 5

1.5 Fundações em Cotas Diferentes.......................................................................................... 5

1.5 Segurança nas Fundações Rasas ou Diretas (NBR 6122 de 2010)....................................... 6

Métodos de Dimensionamento .................................................................................................... 7

Métodos Empíricos ....................................................................................................................... 7

2.1.1 Milititsky e Schnaid, 1995 ............................................................................................ 7

2.1.2 Maria José Porto: Livro Prospecção Geotécnica do Subsolo (1979) ............................ 8

2.1.3 Valores tabelados conforme a antiga norma 6122 (1996) .......................................... 8

Métodos Semi-Empíricos .............................................................................................................. 9

3.1 Dimensionamento de Blocos .......................................................................................... 9

3.1.1 Atividade 1 ................................................................................................................. 10

3.2 Dimensionamento pela Prova de Carga ........................................................................ 10

3.2.1 Atividade 1 ................................................................................................................. 11

3.2.2 Atividade 2 ................................................................................................................. 12

3.3 Método Meio Técnico Brasileiro ................................................................................... 12

3.3.1 Atividade 1 ................................................................................................................. 13

3.3.2 Atividade 2 ................................................................................................................. 14

“Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para
aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer
pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer.” - Albert Einstein
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3.3.3 Atividade 3 ................................................................................................................. 15


2
3.3.4 Atividade 4 ................................................................................................................. 16

Métodos Teóricos........................................................................................................................ 17

4.1 Fórmula Geral de Terzaghi (1943) ................................................................................. 17

4.1.1 Atividade 1 ................................................................................................................. 20

4.1.2 Atividade 2 ................................................................................................................. 20

4.1.3 Atividade 3 ................................................................................................................. 21

4.2 Proposição de Vesic (1975) ........................................................................................... 21

4.3 Fórmula de Skempton (1951) – Argilas ......................................................................... 24

4.3.1 Atividade 1 ................................................................................................................. 25

Presença do Lençol Freático........................................................................................................ 25

Bibliografia .................................................................................................................................. 26

Fundações Rasas
1.1 Definições
1.1.1 Fundações
 Wikipedia: “A fundação é um termo utilizado na engenharia para designar as estruturas
responsáveis por transmitir as solicitações das construções ao solo.”

 Braja M. Das: “A parte inferior de uma estrutura geralmente é chamada de fundação.


Sua função é transferir a carga da estrutura para o solo sobre o qual está apoiada. Uma
fundação projetada de modo correto transfere a carga pelo solo sem sobrecarregá-lo.
Uma sobrecarga excessiva pode resultar em recalque excessivo ou rupturas por
cisalhamento no solo, danificando a estrutura. Desse modo, engenheiros geotécnicos e
estruturais que projetam fundações devem avaliar a capacidade de carga dos solos.”

“Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para
aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer
pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer.” - Albert Einstein
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1.1.2 Fundações Rasas
 Urbano R. Alonso: “As fundações rasas são as que se apoiam logo abaixo da
infraestrutura e se caracterizam pela transmissão da carga ao solo através das pressões
distribuídas sob sua base.”
 NBR 6122 de 2010: “é o elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno
pelas tensões distribuídas sob a base da fundação, e a profundidade de assentamento
em relação ao terreno adjacente à fundação é inferior a duas vezes a menor dimensão
da fundação.”

1.2 Tipos de Fundações Rasas

Figura 1- Tipos de Fundações Rasas

Sapata
Quadrada
Corrida
Sapata
Retangular
Isolada
Sapata
Circular
Associada

Fundações Rígida
Rasas Radier
Flexível
Blocos

Viga
Baldrame
Viga de
Fundação

Fonte: Autor

“Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para
aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer
pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer.” - Albert Einstein
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1.3 Forma das Sapatas
Dentro das diversas classificações dadas as sapatas, elas também podem ser
classificadas pelo seu formato. Assim, são divididas em quadradas, circulares, retangulares e
corridas. Esta divisão possui bastante importância, pois influenciam o dimensionamento da
fundação.

Tabela 1- Forma das Sapatas

Formato Descrição
Quadrada Lados Iguais
Retangular (L ≠ B) e (L ≤ 5 x B)
Corrida L>5xB
Fonte: Autor

OBS: Em quase todos os casos, a forma do pilar é igual a forma da sapata. Logo, um
pilar circular terá uma sapata circular e assim em diante.

“Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para
aprender a conhecer a influência libertadora da beleza do reino do espírito, para seu próprio prazer
pessoal e para proveito da comunidade à qual seu futuro trabalho pertencer.” - Albert Einstein
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1.4 Critérios Adicionais da NBR 6122/2010
A norma determina critérios extras para segurança e bom desempenho das fundações
rasas. Assim, a dimensão mínima de uma sapata isolada ou bloco é de 0,60 m. A profundidade
mínima de fundações, nas divisas com terrenos vizinhos é de 1,5 m, porém se a obra possuir
sapatas ou blocos que estejam majoritariamente previstas com dimensões inferiores a 1,0 m,
essa profundidade pode ser reduzida.

A conta de apoio de uma fundação deve ser tal que assegure que a capacidade de
suporte do solo não seja influenciada pelas variações de clima ou alterações de umidade.

OBS: Se a fundação for feita em cima de rocha, a profundidade poderá ser inferior a
1,5 m.

Por causa de erros no nivelamento ou outros erros a norma impõe o uso do lastro em
todas as partes da fundação superficial em contato com o solo. Portanto, tais partes devem ser
concretadas sobre um lastro de concreto não estrutural com no mínimo 5 cm de espessura, a
ser lançado sobre toda a superfície do contato solo-fundação.

1.5 Fundações em Cotas Diferentes


Existem obras que podem possuir muitos pilares, necessitando assim de diversas
sapatas isoladas, ou pode ser que alguns pilares estejam locados na divisa do terreno. Em ambos
os casos as sapatas podem estar muito próximas umas às outras. Assim, nestes casos, a norma
prescreve que no caso de fundações próximas, porém situadas em cotas diferentes, a reta de
maior declive que passa pelos seus bordos deve fazer, com a vertical, um ângulo α de acordo
com os seguintes valores.

OBS: A fundação situada em cota mais baixa deve ser executada em primeiro lugar, a
não ser que se tomem cuidados especiais, durante o processo executivo, contra
desmoronamentos.

Tabela 2- Fundações Próximas, mas em Cotas Diferentes Figura 2- Fundações em Cotas Diferentes

Tipo de solo Ângulo


Solos pouco
𝛼 ≥ 60
resistentes
Solos resistentes 𝛼 = 45
Rochas 𝛼 = 30
Fonte: NBR 6122/2010 – Projeto e Execução de
Fonte: NBR 6122/2010 – Projeto e Execução de Fundações
Fundações
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1.5 Segurança nas Fundações Rasas ou Diretas (NBR 6122 de 2010)
Os coeficientes de segurança e minoração sempre estão presentes do dimensionamento
de estruturas de concreto, metal, madeira, etc..... Assim, na engenharia de fundações, deve-se
utilizar os fatores previstos na norma. A tabela abaixo refere-se apenas a esforços de
compressão e não de tração.

Tabela 3- Fatores de Segurança e Coeficientes de Minoração

Métodos para determinação Coeficiente de Minoração da


Fator de Segurança Global
da Resistência Última Resistência Última
Valores propostos no próprio Valores propostos no próprio
Semi-empíricos 𝑎
processo e no mínimo 2,15 processo e no mínimo 3,0
Analíticos 𝑏 2,15 3,00
Semi-empíricos ou
𝑏
analíticos acrescidos de
duas ou mais provas de
1,40 2,00
carga, necessariamente
executadas na fase de
projeto.
a. Atendendo ao domínio de validade para o terreno local.
b. Sem aplicação de coeficientes de minoração aos parâmetros de resistência do terreno.
Fonte: NBR 6122/2010 – Projeto e Execução de Fundações

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7 Métodos de Dimensionamento

Métodos Empíricos
2.1.1 Milititsky e Schnaid, 1995
Solos Grossos

Solos Finos

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2.1.2 Maria José Porto: Livro Prospecção Geotécnica do Subsolo (1979)

2.1.3 Valores tabelados conforme a antiga norma 6122 (1996)

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9 Métodos Semi-Empíricos
3.1 Dimensionamento de Blocos
Os blocos são elementos de grande rigidez executados com concreto simples ou
ciclópico (portanto não armados), dimensionados de modo que as tensões de tração neles
produzidas sejam absorvidas pelo próprio concreto.

Determinar a altura, usar o maior “h” entre:

𝑎 − 𝑎0
ℎ= . 𝑡𝑔(𝛼)
2

𝑏 − 𝑏0
ℎ= . 𝑡𝑔(𝛼)
2

O valor do ângulo α é tirado do gráfico ao lado, entrando-se com a relação σs/σt, em


que σs é a tensão aplicada ao solo pelo bloco (carga do pilar + peso próprio do bloco dividido
pela área da base) e σt é a tensão admissível à tração do concreto, cujo valor é da ordem de 25
fck (Mpa), não sendo conveniente usar valores maiores que 0,8 Mpa.

σs - tensão aplicada ao solo pelo bloco

σt - tensão admissível à tração do concreto

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3.1.1 Atividade 1
Dimensionar um bloco de fundação confeccionado com concreto fck = 15 Mpa, para
suportar uma carga de 1700 KN aplicada por um pilar de 35x60 cm e apoiado num solo com σs=
0,4Mpa. Desprezar o peso próprio do bloco. Pode-se adotar para os lados 1,80 x 1,90m. (h= 1,25
m)

3.2 Dimensionamento pela Prova de Carga


A ordem de grandeza de tensão admissível do solo, com base no resultado de uma prova
de carga (desprezando-se o efeito de tamanho da sapata), e obtida da seguinte maneira:

Solos com predominância de ruptura geral:


𝜎𝑟
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
2
Onde:

σadm = tensão admissível

σr = tensão de ruptura

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Solos com predominância de ruptura local:


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Em que 𝜎25 é a tensão correspondente a um recalque de 25mm (ruptura convencional)


𝜎10 é a tensão correspondente a um recalque de 10 mm (limitação de recalque).

É importante, antes de se realizar uma prova de carga, conhecer o perfil geotécnico do


solo para evitar interpretações erradas. Assim, se no subsolo existirem camadas compressíveis
em profundidades que não sejam solicitadas pelas tensões aplicadas pela fundação, a prova de
carga não terá qualquer valor para se estimar a tensão admissível da fundação da estrutura,
visto que o bulbo de pressões desta é algumas vezes maior do que o da placa.

3.2.1 Atividade 1
Estimar a tensão admissível de uma
fundação direta a partir do resultado de uma
prova de carga sobre placa, cujo resultado está
apresentado ao lado. Desprezar o efeito do
tamanho da fundação. (σadm= 0,2 e 0,25MPa)

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3.2.2 Atividade 2
Estimar a tensão admissível de uma fundação direta a partir do resultado de uma prova
de carga sobre placa, cujo resultado está apresentado ao lado. Desprezar o efeito do tamanho
da fundação. (σadm= 0,3 e 0,225MPa)

3.3 Método Meio Técnico Brasileiro


Com base no valor médio do SPT (na profundidade de ordem de grandeza igual a duas
vezes a largura estimada para a fundação, contando a partir da cota de apoio), pode-se obter a
tensão admissível por:

𝑆𝑃𝑇(𝑀é𝑑𝑖𝑜)
𝜎𝑠 = (𝑀𝑃𝑎)
50
A fórmula acima vale para valores de SPT a partir de 5 ≤ 20.

Segundo Simons e Menzies (1981), cálculos mais rigorosos, pela Teoria da Elasticidade,
para sapatas flexíveis são os seguintes valores de profundidade do bulbo de tensões, em função
da forma da sapata:

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3.3.1 Atividade 1
Para a construção de um edifício de dez andares, foram realizadas sondagens a percussão SPT,
cuja sondagem representativa está apresentada abaixo, indicar qual será a tensão admissível do
solo para sapatas quadradas apoiadas, com lado de 3m, na cota -2m, e qual a capacidade de
carga da sapata. (σadm = 0,273Mpa; F = 2,457MN)

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3.3.2 Atividade 2
Dimensionar uma sapata, segundo
perfil de terreno mostrado. Sabe-se
que o pilar é de 30x30 cm e a carga
transmitida pelo mesmo é de 90 ton.

(Adotar uma base de 2m). (σadm =


0,2Mpa; F = 0,8MN)

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3.3.3 Atividade 3
Dimensionar uma sapata, segundo perfil de
terreno mostrado. Sabe-se que o pilar é de 40 x
30 cm e a carga transmitida pelo mesmo é de
120 ton. A sapata está apoiada na cota -2m. Para
sapatas retangulares deve-se atender a
condição: (A= 151,5 e B= 141,5;
σadm=0,56Mpa)

𝐴−𝐵 =𝑎−𝑏

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3.3.4 Atividade 4
Considerando o perfil de terreno ao lado,
dimensionar a sapata sabendo que a carga no pilar
(30x60cm) é de 125 ton. A fundação está apoiada à
cota -2 em relação ao nível do solo. (A= 240cm B=
230cm)

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17 Métodos Teóricos
4.1 Fórmula Geral de Terzaghi (1943)
Terzaghi, em 1943, propôs 3 fórmulas para a estimativa da capacidade de carga de um solo,
abordando os casos de sapatas corridas, quadradas e circulares apoiadas à pequena distância
abaixo da superfície do terreno (H<B):

Mediante a introdução de um fator de correção para levar em conta a forma da sapata,


as equações de Terzaghi podem ser resumidas em uma só, mais geral:

Os coeficientes da capacidade de carga do solo dependem do ângulo de atrito φ do solo


e são apresentados na seguinte tabela:

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Os fatores de forma são os seguintes:

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Modos de Ruptura
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 Ruptura Geral: Areias compactas e Argilas Rijas
 Ruptura Local: Intermediários
 Puncionamento: Areias fofas e Argilas moles

Para solos que apresentam a ruptura local deve-se utilizar a mesma fórmula, porém:

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4.1.1 Atividade 1
Determine, pela teoria de Terzaghi, a tensão de ruptura da fundação corrida a seguir: (Argila
Compacta) (σadm = 42,7 t/m²)

4.1.2 Atividade 2
Determine, pela teoria de Terzaghi, a tensão de ruptura da fundação quadrada a seguir: (Argila
Mole) (σadm = 45,91 t/m²)

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4.1.3 Atividade 3
Determinar o diâmetro da sapata circular abaixo usando a teoria de Terzaghi com FS=3. (Areia
Compacta). Desprezar o peso próprio da sapata.

4.2 Proposição de Vesic (1975)


Aleksander S. Vesic, um dos principais pesquisadores no tema da capacidade de carga
de fundações, é autor de contribuições importantes para o cálculo da capacidade de carga de
fundações diretas.

Ruptura Geral
Para solos mais rígidos, passíveis de ruptura geral, Vesic propõe duas substituições nos
fatores da equação geral de capacidade de carga de Terzaghi.

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Primeiramente, sugere que na equação geral de Terzaghi seja utilizado o fator de


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capacidade de carga Ny de Caquot-Kérisel (1953), cujos valores podem ser aproximados pela
expressão analítica:

𝑁𝑦 ≅ 2. (𝑁𝑞 + 1) . 𝑡𝑔 𝜃

Existem ainda outras duas expressões aproximadas para determinar Ny:

𝑁𝑦 ≅ (𝑁𝑞 − 1). 𝑡𝑔 (1,4 . 𝜃) 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑦𝑒𝑟ℎ𝑜𝑓 (1963)

𝑁𝑦 ≅ 1,5 . (𝑁𝑞 − 1) . 𝑡𝑔 𝜃 𝑑𝑒 𝐻𝑎𝑛𝑠𝑒𝑛 (1970)

Com essa equação e as equações de Nq e Nc, Vesic calcula os valores dos fatores de
capacidade de carga em função de θ, que contém duas colunas adicionais para a relação Nq/Nc
e para tg θ, valores que serão exigidos no próximo item.

Como segunda substituição, Vesic prefere os fatores de forma de De Beer (1967, apud
Vesic, 1975), os quais dependem não somente da geometria da sapata mas também do ângulo
de atrito interno do solo (θ).

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Ruptura Local e Puncionamento


Para tratar do problema da capacidade de carga no caso de solos compressíveis, em que
a ruptura não é do tipo geral, Vesic apresenta um método racional, em contraposição à proposta
empírica de Terzaghi (1943). Esse método consiste na introdução de fatores de
compressibilidade nas três parcelas da equação geral de capacidade de carga para a ruptura
geral, à semelhança do procedimento empregado para considerar a forma da sapata.

Primeiramente, Vesic calcula o Índice de Rigidez do Solo (Ir) em função de parâmetros


de resistência e compressibilidade, e o Índice de Rigidez Crítico (Ircrit) em função do ângulo de
atrito do solo e da geometria da sapata. Depois, faz a comparação entre esses dois índices:
sempre que ocorrer Ir < Ircrit, a capacidade de carga deve ser reduzida através dos fatores de
compressibilidade, todos adimensionais menores que a unidade.

A vantagem desse método é considerar toda a gama de compressibilidade dos solos.


Todavia, o fato de empregar fórmulas não tão simples parece ter inibido o seu uso corrente no
cálculo de capacidade de carga.

Para Terzaghi (1943), haveria uma transição brusca e irreal entre solos rígidos e não
rígidos, com um modo simples de efetuar a redução de capacidade de carga para os solos não
rígidos. A favor da simplicidade desse procedimento, pode contar o fato de que, na
eventualidade de projetarmos fundações por sapatas em solos compressíveis, provavelmente
não haverá necessidade de cálculos mais aprimorados de capacidade de carga, pois prevalecerá
o critério de recalque não o de ruptura.

Por isso, no Puncionamento utilizamos a redução de 2/3 nos valores

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4.3 Fórmula de Skempton (1951) – Argilas


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Skempton, analisando as teorias para cálculo de capacidade de carga das argilas, a partir
de inúmeros casos de ruptura de fundações, propôs em 1951 a seguinte equação para o caso
das argilas saturadas na condição não drenada (φ = 0), resistência constante com a
profundidade.

Coeficiente de capacidade de carga:

O valor de H corresponde ao valor de “embutimento” da fundação na camada de argila:

Para sapatas retangulares deve-se utilizar a seguinte equação:

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4.3.1 Atividade 1
Usando a teoria de Skempton, com FS = 3, determinar a tensão admissível para B=2m para a
sapata quadrada a seguir.

Presença do Lençol Freático


A. Acima da cota de Assentamento:

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B. Abaixo da cota de Assentamento a uma distância d<B:


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C. O lençol freático está a uma distância d>B da cota de assentamento do elemento de


fundação: neste caso não há nenhuma influência no cálculo da capacidade de carga desta
fundação.

Bibliografia
 VELLOSO, Dirceu A.; LOPES, Francisco. Fundações volumes I e II. Editora Oficina de
Textos, 2004.

 HACHICH, Waldemar. Et al. Fundações: Teoria e Prática, São Paulo, PINI, 1996.

 ALONSO, Urbano Rodriguez. Exercícios de Fundações, 2 Edição. São Paulo,


Blucher, 2010.

 Aoki, Et al. Fundações Diretas. São Paulo, Oficina de Textos, 2011.

“Jamais considere seus estudos como uma obrigação, mas como uma oportunidade invejável para
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