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FLORIANÓPOLIS,
NOVEMBRO DE 2008
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
BANCA EXAMINADORA:
FLORIANÓPOLIS,
Novembro de 2008.
“Sou um pouco de todos que
conheci, um pouco dos lugares
que fui, um pouco das saudades
que deixei, sou muito das coisas
que gostei. Entre umas e outras
errei, entre muitas e outras
conquistei”
Ramon Hasman
ii
AGRADECIMENTOS
À minha família.
À minha mãe Lisete, pelo amor e apoio incondicional e ao meu pai Polidório, pela
inspiração, mesmo que já tenha partido.
À minha irmã Ana Luiza e ao seu Anselmo que me acompanharam nesse trajeto.
Ao Xande, pela compreensão, companheirismo, contribuição, enfim, pela parceria.
Aos professores: Profº Dr. Carlos Alberto Szücs, Profª Dra. Ângela do Valle, Profª
Dra. Poliana Dias de Moraes, representantes do Grupo Interdisciplinar de Estudos da
Madeira – GIEM, que possibilitaram a utilização da estrutura do laboratório.
Aos colegas do GIEM, em especial o Manuel, o Saulo e o Élbio pelo auxílio nos
ensaios.
iii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 14
2. OBJETIVOS............................................................................................................ 16
4. DICOTILEDÔNEAS ................................................................................................ 23
iv
6.1. ORIENTAÇÕES DA NBR 7190/97 QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DA MADEIRA ................ 51
6.2. CLASSIFICAÇÃO ATRAVÉS DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS ...................................... 56
6.2.1. Orientações da NBR 15521/07 quanto à classificação da madeira .......... 59
8. METODOLOGIA ..................................................................................................... 68
8.2.1. Amostragem.............................................................................................. 71
8.2.2. Determinação da umidade (U%) ............................................................... 71
8.2.3. Determinação da densidade aparente (ρ12%) ......................................... 72
8.2.4. Ensaio de compressão paralela às fibras ................................................. 72
8.2.5. Ensaio de Flexão ...................................................................................... 75
v
8.2.6. Efeito do carregamento à flexão no tempo de propagação de ondas
ultra-sônicas ............................................................................................................ 77
vi
ANEXO 6 – GRÁFICOS DA ANÁLISE DO TEMPO DE PROPAGAÇÃO DO ULTRA-
SOM MEDIDO DURANTE O CARREGAMENTO À FLEXÃO EM ZONAS
VARIADAS DE SOLICITAÇÃO (ZONA TRACIONADA, ZONA COMPRIMIDA E
LINHA NEUTRA) PARA AS ESPÉCIES PARICÁ E ANGELIM VERMELHO. ............ 124
LISTA DE FIGURAS
vii
Figura 16 - Diagrama de carregamento para determinação da rigidez da madeira à
compressão (Adaptado da NBR 7190/97).......................................................... 74
Figura 17 - Corpo-de-prova para ensaio de flexão (Adaptado na NBR 7190/97). ..... 75
Figura 18 - Diagrama carga x flecha na flexão (Adaptado na NBR 7190/97). ........... 76
Figura 19 - procedimento adotado para a medida dos tempos de propagação durante
aplicação da carga de flexão.............................................................................. 78
Figura 20 - Leituras de tempo de propagação de ondas ultra-sônicas durante o
carregamento à flexão em diferentes pontos da seção transversal. .................. 79
Figura 21 - posicionamento dos transdutores nas regiões com diferentes esforços
solicitantes. ........................................................................................................ 80
Figura 22 - Tempo de propagação do ultra-som medido simultaneamente ao
carregamento à flexão na zona comprimida das peças de paricá. .................... 82
Figura 23 - Tempo de propagação do ultra-som medido simultaneamente ao
carregamento à flexão em diferentes zonas de solicitação (ZC-ZT-LN) das peças
de paricá. ........................................................................................................... 84
Figura 24 – Tempo de propagação do ultra-som medido simultaneamente ao
carregamento à flexão em diferentes zonas de solicitação (ZT-ZC-LN) das peças
de paricá. ........................................................................................................... 84
Figura 25 – Tempo de propagação do ultra-som medido simultaneamente ao
carregamento à flexão em diferentes zonas de solicitação (ZC-ZT-LN) das peças
de angelim vermelho. ......................................................................................... 85
Figura 26 -Tempo de propagação do ultra-som medido simultaneamente ao
carregamento à flexão em diferentes zonas de solicitação (ZT-ZC-LN) das
peças de angelim vermelho. .............................................................................. 85
Figura 27 - Corpo-de-prova com inclinação da grã superior a 6º (graus). ................. 86
Figura 28 - Quantidade de amostras nas classes de resistência conforme parâmetro
de classificação (NBR 15521/07). ...................................................................... 94
Figura 29 - Ocorrência (%) das amostras nas classes de resistência, considerando
classificação através da NBR 15521/07 e da NBR 7190/97. ............................. 94
Figura 30 - Efeito do carregamento à flexão no tempo de propagação do ultra-som
analisado na Zona tracionada para a espécie paricá. ...................................... 125
viii
Figura 31 -Efeito do carregamento à flexão no tempo de propagação do ultra-som
analisado na Zona comprimida para a espécie paricá. .................................... 126
Figura 32 - Efeito do carregamento à flexão no tempo de propagação do ultra-som
analisado na Linha neutra para a espécie paricá. ............................................ 127
Figura 33 - Efeito do carregamento à flexão no tempo de propagação do ultra-som
analisado na Zona Tracionada para a espécie angelim vermelho. .................. 128
Figura 34 - Efeito do carregamento à flexão no tempo de propagação do ultra-som
analisado na Zona comprimida para a espécie angelim vermelho. .................. 129
Figura 35 - Efeito do carregamento à flexão no tempo de propagação do ultra-som
analisado na Linha neutra para a espécie angelim vermelho. ......................... 130
LISTA DE TABELAS
ix
Tabela 11 - Comparação múltipla dos valores de módulo de elasticidade entre tipos
de ensaios. ......................................................................................................... 59
Tabela 12 – Classificação por ultra-som da madeira de dicotiledônea. .................... 62
Tabela 13 - Quantidade de corpos-de-prova para a análise do efeito do carregamento
à flexão no tempo de propagação do ultra-som. ................................................ 80
Tabela 14 - velocidade de propagação do ultra-som determinada para as peças de
angelim vermelho em duas condições de umidade: saturada e seca. ............... 81
Tabela 15 - Valores médios dos tempos de propagação do ultra-som medidos
durante o carregamento à flexão dos corpos-de-prova de paricá avaliados na
Zona comprimida. .............................................................................................. 83
Tabela 16 - Análise estatística – média dos tempos de propagação do ultra-som
medidos na Zona tracionada das amostras de paricá com 19 e 28 anos, com
carga de 200 kgf. ............................................................................................... 88
Tabela 17 - Análise estatística – média dos tempos de propagação do ultra-som
medidos na Zona comprimida das amostras de paricá com 19 e 28 anos, com
carga de 200 kgf. ............................................................................................... 89
Tabela 18 - Resultados dos ensaios destrutivos realizados para o paricá (19 e 28
anos). ................................................................................................................. 90
Tabela 19 - Resultados do ensaio de flexão, realizado para as espécies: paricá (19 e
28 anos) e angelim vermelho. ............................................................................ 91
Tabela 20 - Valores médios da classificação da espécie paricá, através da NBR
15521/07 e classe de resistência definida através da NBR 7190/97. ................ 92
Tabela 21 – Valores médios da classificação através da NBR 15521/07, adotando-se
a umidade determinada conforme a NBR 7190/97. ........................................... 93
Tabela 22 - Comparação entre as classe de resistência determinadas através da
NBR 15521/07 e a resistência à compressão paralela às fibras (fco). ............... 95
Tabela 23 - Parâmetros classificatórios e Classificação das peças de paricá através
da NBR 15521/07 e NBR 7190/97 ................................................................... 104
Tabela 24 - Resistência e módulo de elasticidade à compressão paralela à fibras
para espécie paricá. ......................................................................................... 109
x
Tabela 25 – Resistência e módulo de elasticidade à flexão paralela para espécie
paricá. .............................................................................................................. 111
Tabela 26 - Resistência e módulo de elasticidade à flexão paralela para espécie
angelim vermelho. ............................................................................................ 112
Tabela 27 – Tempo de propagação do ultra-som medido na Zona comprimida
simultaneamente ao carregamento à flexão para espécie paricá. ................... 114
Tabela 28 - Tempo de propagação do ultra-som medido na Zona tracionada
simultaneamente ao carregamento à flexão para espécie paricá. ................... 115
Tabela 29 -Tempo de propagação do ultra-som medido em Zonas variadas
simultaneamente ao carregamento à flexão para espécie paricá. ................... 116
Tabela 30 -Tempo de propagação do ultra-som medido na Zona comprimida
simultaneamente ao carregamento à flexão para espécie angelim vermelho. . 117
Tabela 31 -Tempo de propagação do ultra-som medido na Zona tracionada
simultaneamente ao carregamento à flexão para espécie angelim vermelho. . 118
Tabela 32 - Tempo de propagação do ultra-som medido nas Zonas Variadas
simultaneamente ao carregamento à flexão para espécie angelim vermelho. . 120
Tabela 33 – Exemplo de determinação das médias do tempo de propagação do ultra-
som medidos durante carga de 50% da carga máxima de flexão da espécie
paricá (28 anos) para análise estatística dos dados. ....................................... 123
xi
RESUMO
xii
ABSTRACT
Despite all potential presented by Wood, both in terms of functional regard and
the environment, in Brazil, this material is still technically treated with neglect. Among
the main factors affecting the proper use of this material there is a lack of
classification of wood, which is hampered by the anatomical particularity of this
material. In this sense, it is the non-destructive tests, which measure the internal
characteristics of the materials without altering the ability to use end. The main
purpose of this study is to characterize the kind paricá through ultrasound and check
your fitting in the framework of the standard classification of Brazilian - NBR 15,521 –
Non destructive test - Classification of lumber from dicotyledons. In parallel with this
study, will assess the effect of loading the flexion (NBR 7190/97) in time for the
propagation of ultrasonic waves in two species of dicotyledons: paricá (19 and 28
years) and red angelim.
In general, was satisfactory the fitting ot paricá in the framework of the standard
classification of NBR 15521/07, through non-destructive characterization. Moreover,
no significant effect was found to bending of the load in time for the propagation of
ultrasonic waves, for both species.
xiii
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
1. INTRODUÇÃO
Há séculos que, em diversas partes do mundo, a madeira vem sendo utilizada como
material em setores como: construção civil, indústria naval e moveleira. Dentre os
principais consumidores, pode-se citar os países asiáticos e europeus. Enquanto isto
no Brasil, desde a sua colonização, nunca foi dada a devida valorização a este nobre
material. Nem mesmo após a vinda de imigrantes europeus onde a madeira era um
dos principais materiais utilizados na construção de casas.
Tal situação se perpetua até os dias atuais. Apesar de todo potencial florestal
brasileiro é notório o preconceito que a madeira enfrenta inclusive por profissionais
da área, que resistem em aceitá-la como material tecnológico, e, conseqüentemente,
desconsideram os requisitos técnicos indicados para o seu emprego.
14
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Para tanto, destacam-se os Ensaios não destrutivos que, dentre outras vantagens,
permitem avaliar a característica interna dos materiais. ROSS et al. (1994) define
como avaliação não destrutiva (“non-destructive evaluation – NDE”) de materiais a
ciência da identificação de propriedades físicas e mecânicas de peças de
determinado material, sem alterar sua capacidade de uso final e com possibilidade
de utilização desta informação para tomar decisões a respeito das aplicações mais
apropriadas.
15
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Existem diversos métodos que podem ser utilizados para avaliação não destrutiva.
BODIG (2000) destaca os considerados como importantes: (1) observação visual; (2)
observação auditiva; (3) emissão de ondas de baixa freqüência; (4) método da
deflexão; (5) Radiação Gama; e (6) Método do Raio-X. Destes, o método do ultra-
som será a técnica abordada no presente trabalho.
2. OBJETIVOS
16
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
3. A IMPORTÂNCIA DA MADEIRA
17
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Posteriormente, como material a madeira se destaca por seu processo produtivo ter
demanda de baixo consumo energético, quando comparado a outros ciclos
industrializados, uma vez que não há fabricação e sim beneficiamento. Este é, sem
dúvida, um dos fatores que caracterizam sua sustentabilidade. Um aspecto
interessante é que em países produtores de aço e cimento, que são materiais de
fonte não renovável, as reservas diminuem com o passar do tempo. Ao passo que,
em nações produtoras de madeira, as reservas podem aumentar por intermédio das
florestas plantadas.
Fazendo-se uma breve abordagem sobre este tema, destaca-se que a fotossíntese é
o processo de síntese orgânica a partir do qual os vegetais transformam a energia
luminosa em energia química e a armazenam em compostos orgânicos denominados
alimentos (AFUBRA - Associação dos Fumicultores do Brasil).
onde: H2O = água; CO2 = dióxido de carbono; CH2O = fórmula mínima da glicose –
(CH2O) 6; O2 = oxigênio.
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Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Nota-se que para formar seu próprio alimento através do processo da fotossíntese, a
planta necessita de três componentes básicos: água (proveniente do solo), dióxido
de carbono (absorvido da atmosfera), e luz do sol.
SZÜCS (2005) explica que a seiva bruta retirada do solo sobe pelo alburno até as
folhas, onde se processa a fotossíntese produzindo a seiva elaborada que desce
pela parte interna da casca, o floema, até as raízes. Parte desta seiva elaborada é
conduzida radialmente até o centro do tronco por meio dos raios medulares, onde o
excesso vai sendo depositado, dando origem ao cerne.
19
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Sabe-se que desde o período colonial grande parte da madeira utilizada nas
construções provinha de florestas nativas. No entanto, diante de uma nova realidade
que retrata a devastação destas matas, incluindo o risco de extinção de algumas
espécies é fundamental uma nova postura no que se refere à fonte deste material.
Sob este aspecto, tem-se a possibilidade da formação de novas reservas de madeira
através do plantio de florestas, as quais, dentre outras vantagens, contribuem
significativamente para duas questões: (1) absorção e fixação de carbono; (2)
combate ao desmatamento.
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Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
No Brasil, a maior parte das florestas plantadas é formada por espécies exóticas:
pinus e eucalipto. Atualmente, estima-se que a área de plantações florestais no
Brasil atinge aproximadamente 5,7 milhões de hectares, e se localiza
predominantemente nas regiões sul e sudeste do país.
21
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Esse mesmo autor ainda enfatiza sobre os riscos que florestas de plantas exóticas
podem representar, pois, segundo o mesmo, eliminam a biodiversidade nativa
porque competem pelos nutrientes, ressecam o solo pelo seu intenso uso da água e
afastam a vida selvagem.
No entanto, diante deste cenário pouco favorável, TEREZO (2007) comenta que em
virtude das pressões mundiais para a preservação da Amazônia, a floresta plantada
com espécies nativas e de rápido crescimento na região norte do Brasil tornou-se
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Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Figura 2 - Floresta plantada pela Tramontina no Pará (paricá com 1,5 anos consorciado com
Mogno). Fonte: TEREZO (2007)
4. DICOTILEDÔNEAS
23
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
4.1. O paricá
QUISEN (1999) apud TEREZO (2004) descreve que o paricá possui crescimento
inicial vigoroso, chegando aos quinze anos com 55 cm de diâmetro à altura do peito
(DAP), e aproximadamente 150 a 340 m³/hectare, dependendo da densidade do
plantio.
24
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
25
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
a) aplainamento: fácil;
b) furação: fácil;
c) fixação: moderadamente fácil;
d) colagem: fácil;
e) secagem: moderadamente difícil com defeitos;
f) desdobro: fácil;
g) torneamento: difícil;
h) lixamento: fácil;
i) acabamento deficiente.
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Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Figura 3 - Várias formas da espécie paricá (Schizolobium amazônicum Huber ex. Ducke).
(Adaptado de TEREZO, 2008).
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Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
cerne dessa madeira adquire em contato com a luz solar (IPT – Instituto de
Pesquisas Tecnológicas – Divisão de Madeiras, 1989).
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Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
GORNIAK e MATOS (2000) relatam que várias propriedades da madeira podem ser
obtidas pelos métodos não destrutivos, sendo elas: (1) propriedades físicas; (2)
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Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
30
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
treinada. Muitas vezes a presença de nós, rachaduras ou ainda regiões com medula
no interior de uma peça serrada podem ser imperceptíveis na avaliação visual
(PUCCINI, 2002).
Diante de vários estudos que comprovaram sua eficiência quanto à avaliação das
propriedades físicas e mecânicas da madeira através de correlações com os dados
obtidos com ensaios destrutivos, este método se apresenta como uma boa
alternativa para a classificação de peças estruturais de madeira, principalmente
quando a estrutura estiver em uso.
31
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
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Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Dois tipos de ondas podem ser reconhecidos nos sólidos: as ondas de volume e
ondas de superfície. As ondas de volume podem ainda se subdividir em ondas de
compressão, ondas de cisalhamento e ondas de torção. Quando a polarização se dá
ao longo da direção de propagação da onda diz-se que a onda é longitudinal.
Quando a polarização se dá perpendicularmente à direção de propagação, a onda é
denominada transversal ou de cisalhamento. No caso das ondas de superfície, a
polarização ocorre de maneira elíptica no plano perpendicular à superfície ensaiada
e paralela à direção de propagação (PUCCINI, 2002).
33
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
V = L / t (2)
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Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Para NOGUEIRA et al. (2008) considerando que a madeira possui três eixos de
simetria elástica ortogonais entre si (longitudinal, radial e transversal) é considerada
simplificadamente como um material ortotrópico linear. A Figura 6 apresenta o
esquema ortotrópico da madeira:
Estes autores ainda sustentam que nos sólidos ortotrópicos as constantes elásticas
são influenciadas mutuamente pelos três planos de simetria, tornando a análise mais
complexa. A matriz de rigidez para estes materiais é simétrica e contém nove
constantes independentes: seis termos diagonais (C11, C22, C33, C44, C55 e C66) e três
termos não-diagonais (C12, C13 e C23).
35
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
C ii = Vii
2
(3)
Sendo que, para este trabalho será dado destaque para a constante elástica na
direção longitudinal (CLL), tendo em vista que esta pode ser obtida com o emprego do
ultra-som na direção longitudinal em peças de madeira.
Segundo HERZIG (1992) citado por PUCCINI (2002), o módulo dinâmico - CLL traduz
as características elásticas das fibras, pois utiliza-se da propagação de energia entre
elas, enquanto que o módulo de elasticidade longitudinal (E L) é mais função das
propriedades elásticas tridimensionais do corpo-de-prova por inteiro (efeito de
Poisson), razão pela qual EL é quase sempre menor que CLL.
Para BUCUR (1984) apud PUCCINI (2002) , em peças com comprimento longitudinal
muitas vezes superior às dimensões de sua seção transversal, negligencia-se os
efeitos dos coeficientes de Poisson (ν), chegando-se a:
C LL E L (4)
36
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
E L (1 − RT TR )
C LL = (5)
(1 − LR RL − RT TR − LT TL − 2 RL TR LT )
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Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
NOGUEIRA et al. (2008) citam que vários pesquisadores, como Waubke (1981),
Bucur (1984), Sandoz (1990), Herzing (1992), Koubaa et al. (1997), , Bartholomeu et
al. (1998), Gonçalves e Bartholomeu (2000), Bartholomeu (2001) e Nogueira e
Ballarin (2002, 2003) comprovaram a eficiência do método do ultra-som para
determinar as constantes elásticas da madeira.
SANDOZ (1989) citado por NOGUEIRA et al. (2008) apresentou trabalho no qual
analisou resultados provenientes de três tipos de avaliações: ensaios mecânicos
destrutivos de flexão estática, análise visual e determinação da velocidade de
propagação de ondas de ultra-som. Para isso, ensaiou 341 vigas de diversas bitolas
38
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
da espécie Spruce (Picea sp), com teores de umidade de 14% e 22%. Com os
resultados, determinou correlações entre os três tipos de ensaios. Utilizando
correlações o autor propôs um método de classificação que sugere, como parâmetro,
a velocidade de propagação do ultra-som nas peças estruturais, relacionando-a com
as classes determinadas na Norma Suíça (SAI). Com os resultados de suas
pesquisas, projetou e patenteou um equipamento de ultra-som portátil, denominado
Sylvatest, para ensaios in-loco de peças estruturais de madeira. Esse equipamento,
além de determinar a velocidade da propagação das ondas ultra-sonoras fornece
também o teor de umidade da peça. O teor de umidade é utilizado para corrigir a
velocidade de propagação da onda a qual, por sua vez, é correlacionada com o
módulo de ruptura à flexão, originalmente referida a um teor de umidade de 12%.
Esses resultados permitiram ao autor a proposição de três classes, correspondentes
a estas estabeleceu três intervalos de velocidade: para a primeira classe, v = 5600
m/s; para a segunda classe, 5230 m/s < v < 5600 m/s e para a terceira classe, v =
5230 m/s. A Figura 7 apresenta o equipamento de ultra-som Sylvatest:
39
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Para SZUCS (2005) a obtenção da matéria-prima isenta de defeitos, que por fim
possa ser aproveitada em sua totalidade, é pouco provável quando se trata de
madeira. Por ser um material biológico, este guarda consigo uma carga genética que
determina suas características físicas e mecânicas e, como muitos seres vivos,
possui particularidades que são acentuadas ou abrandadas conforme as condições
ambientais.
40
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
5.3.1. Nós
O nós podem ser firmes ou soltos, o fato é que ambos modificam a continuidade da
direção das fibras, uma vez que as mesmas contornam o nó, e, conseqüentemente,
reduzem a resistência da madeira para algumas solicitações.
Conforme FURIATE (1981) citado por PUCCINI (2002), os nós, originários dos
galhos existentes nos troncos da madeira, modificam a direção das fibras dando
origem ao desvio da grã, com pronunciadas inclinações. A influência de um nó na
resistência da peça depende do seu tamanho e localização. Quando localizados
próximos às bordas de uma peça estrutural, reduzem consideravelmente suas
resistências à tração, na proporção da largura que ocupam na viga.
Para HAYGREEN e BOWER (1995) apud PUCCINI (2002) a inclinação da grã pode
ocorrer como resultado do corte das peças ou como resultado da existência natural
de grã espiralada. No primeiro caso, essa inclinação é facilmente notada,
principalmente em espécies onde se pode visualizar os anéis de crescimento. Já no
segundo caso, mesmo quando os anéis de crescimento estão paralelos às bordas da
peça, internamente podem ocorrer inclinações significativas.
Este defeito pode ter influência significativa nas propriedades mecânicas da madeira,
tanto que a NBR 7190/97 permite desconsiderar a influência da inclinação da grã
para ângulos até 6 (seis) graus. A partir desse valor é preciso considerar a redução
da resistência pela fórmula de HANKINSON.
41
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
a) teor de umidade
42
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
TEREZO (2004) apresenta um gráfico (Figura 9) elaborado por SAKAI et al., apud
BUCUR (1995) que demonstra o efeito da umidade na velocidade longitudinal de
ultra-som para a espécie Metasequoia (Metasequoia glyptostroboides):
Considerando o efeito da densidade aparente sobre o CLL, pode-se supor que uma
variação de 5% no teor de umidade, próximo do teor seco ao ar, acarretará uma
43
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
b) densidade da madeira
De acordo com TEREZO (2004) diversos autores indicam que a velocidade é muito
mais afetada pela estrutura anatômica da espécie do que por sua densidade. No
caso das coníferas, normalmente menos densas, apresentam, em geral, velocidade
mais elevadas do que as dicotiledôneas. Isto ocorre porque as coníferas, em sua
maioria, têm estrutura mais homogênea.
c) Temperatura
TEREZO (2004) comenta que os resultados obtidos por LAUNAY e GILLETÁ, citados
por BUCUR (1995), ao analisarem a influência simultânea da temperatura (no
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Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
BUCUR (1995) apud TEREZO (2004) verificou na espécie Pinus Spruce que para a
faixa de temperatura compreendida entre -30° C e 50° C e abaixo do ponto de
saturação das fibras a velocidade da onda ultra-sônica, em geral, aumenta
linearmente com a diminuição da temperatura.
d) Dimensões do corpo-de-prova
45
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Nota-se no gráfico (Figura 10) que, com o aumento da relação base/altura ocorre
uma redução significativa da velocidade de propagação de ondas ultra-sônicas.
Desta forma, o mais adequado é que sejam adotadas seções cujas dimensões da
base e altura sejam próximas.
Considerando-se que neste trabalho serão utilizadas as relações b/h=1 e b/h=2,3 nos
corpos-de-prova de flexão (seção 0,05 x 0,05 m) e peças estruturais (seção 0,06 x
0,14 m), estima-se que a diferença de velocidades seja de 1 a 2%.
V
= (8)
f
46
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
e) freqüência
47
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
seção transversal do corpo pelo qual essa onda atravessa. Sendo que, o
comprimento de onda é definido pela relação entre a velocidade de propagação de
ondas e a freqüência do equipamento de ultra-som.
48
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Nos estudos realizados até o momento, pelo menos no Brasil, sobre classificação da
madeira através da elaboração das tabelas que correlacionam a velocidade de
propagação do ultra-som com propriedades mecânicas obtidas através de ensaios
destrutivos, o emprego do ultra-som se dá em corpos-de-prova ou peças estruturais
não submetidas a carregamentos.
6. CLASSIFICAÇÃO DA MADEIRA
Para SZÜCS (2005) por ser um material de origem natural, a madeira possui um
comportamento mecânico que está ligado diretamente às características intrínsecas
de sua constituição interna. De uma forma geral, dizemos que a maior parte dos
elementos anatômicos que constituem o lenho das árvores, são fibras longitudinais
que correspondem a praticamente 90% da formação da madeira.
49
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Daí, a importância da classificação dos lotes de madeira, para que, desta forma, o
material seja aplicado de maneira adequada às suas reais características físicas e
mecânicas.
50
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
O item 6.3.5 da referida norma dispõe que as classes de resistência das madeiras
têm por objetivo o emprego de madeiras com propriedades padronizadas, orientando
a escolha do material para elaboração de projetos estruturais. Para tanto, o
enquadramento de peças de madeira nas classes de resistência especificadas nas
tabelas deve ser feito conforme as exigências definidas no item 10.6, as quais são
apresentadas a seguir:
51
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
O documento ressalta ainda que a classificação de um lote somente poderá ser feita
por fornecedores que garantam, de acordo com a Legislação Brasileira, a
conformidade da resistência característica fco,k à compressão paralela às fibras do
material com os valores especificados nas tabelas de classificação. A Tabela 4
apresenta as classes de resistência para as dicotiledôneas, grupo que será estudado
neste trabalho:
52
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Classes
fco,k fv,k Eco,m bas,m aparente
(MPa) (MPa) (MPa) (kg/m³) (kg/m³)
C 20 20 4 9500 500 650
C 30 30 5 14500 650 800
C 40 40 6 19500 750 950
C 60 60 8 24500 800 1000
* Como definida em 6.1.2.
(adaptado da NBR 7190/97)
53
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
54
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
0,56 − 0,448
Logo, = 0,25 = 25%
0,448
55
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Apesar disto, esse mesmo autor defende que a inclusão da avaliação das
propriedades mecânicas da madeira por classe de resistência foi um grande avanço,
pois, embora seja ainda utópica em nossa realidade, ela aponta para a possibilidade
de se projetar estruturas de madeira, não mais se utilizando propriedades ligadas à
espécie, mas sim a padrões de resistência e rigidez.
56
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Tabela 9 - Faixa de velocidades para classificação de peças estruturais das espécies Sapin
e Epicéa com teor de umidade 12%, de acordo com as classes de resitência da norma SAI
164, segundo SANDOZ (1990).
57
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
58
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Comparação
Idade de Tipo de Ensaio
múltipla
Crescimento
do paricá Compressão
Ensaio não
(anos) paralela às Flexão Variância Média
destrutivo
fibras
Módulo de seis 19.120 11.779 9.203 Diferentes -
Elasticidade
(MPa) dez 19.120 12.380 9.616 Diferentes -
(Adaptado de DERNER et al, 2008)
No entanto, vale ressaltar que a NBR 15521 foi elaborada com base em pesquisas
com árvores adultas (com idade média de 45 anos), sendo assim, o documento
orienta para que a tabela seja utilizada com cautela para madeira com idade inferior
a 12 anos.
O problema é que quando se compra madeira nas madeireiras nem sempre se pode
garantir as características como a idade, por exemplo. Daí a importância da
realização de estudos mais aprofundados para que esta norma seja aprimorada.
“a) madeira com umidade acima do ponto de saturação das fibras (PSF), nesta
Norma adotado como sendo de 30%;
59
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Para o caso da madeira com umidade acima do PSF (30%), as classes são definidas
por meio de intervalos de velocidade de propagação das ondas na direção
longitudinal às fibras, denominada VLLsat.
Para as madeiras com umidade em torno de 12% , as classes são definidas por meio
de intervalos de constante de rigidez na direção longitudinal, denominada C LL.
A NBR 15521/07 preconiza que a umidade deve ser medida em cada peça ensaiada,
através de medidor de umidade portátil elétrico (resistivo ou capacitivo). Essa
medição deve ser realizada em pelo menos três posições da peça, próximas das
bordas e zona central, sendo que a umidade a ser adotada é a média das medições.
60
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
61
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
62
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
7. MATERIAL E EQUIPAMENTOS
7.1. Material
7.1.1. O paricá
Nesta fase, antes de serem serrados todos os toretes foram marcados com o código
da árvore e posição do torete na mesma antes de serem serrados. O código guarda
a seguinte seqüência lógica: identificação da árvore – posição do torete na árvore.
Cada indivíduo arbóreo recebeu uma identificação na época do plantio e seu
desenvolvimento foi acompanhado, medindo-se altura e diâmetro. Na seqüência tem-
se uma marcação que se refere à posição do torete na árvore, sendo o número 1 –
torete próximo à base da árvore; 2 – torete seguinte ao 1; 3 - subseqüente ao torete
2. As identificações guardam consigo o seguinte significado: as amostras com idade
de 28 anos são as denominadas com as letras A, B, C, D e E. Ao passo que, as
peças com 19 anos são identificadas comas as letras F, G, H, I e J.
63
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Como não havia maiores informações quanto à posição das peças na árvore, ou se
estas peças provinham de uma mesma tora, para cada amostra (com 0,06 x 0,06 x
2,5 m) foi designada uma identificação simples formada pela letra V e o número da
peça: V1, V2,...,V12. Logo após a medição do teor de umidade e da velocidade de
propagação de ondas ultra-sônicas, estas peças foram serradas novamente
resultando em 24 amostras (com 0,06 x 0,06 x 1,25 metros), em cujas identificações
foram acrescentadas as letras a e b (como por exemplo, V1a e V1b).
64
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
➔ Secagem da madeira
65
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
muito rápida da superfície, fazendo com que esta se retraia e impeça a perda de
umidade interna.
A verificação do teor de umidade das peças foi realizada a cada três dias
aproximadamente, por intermédio de um higrômetro resistivo, com o qual foram feitas
três leituras em cada amostra. Além disso, as peças foram pesadas para identificar a
perda de água.
Sendo assim identificada a secagem das peças após uma semana, uma vez que a
umidade média das dez amostras foi de 14%. Lembrando que segundo a NBR
7190/1997, a cidade de Florianópolis / SC com umidade média relativa de cerca de
80% enquadra-se na classe 3 de umidade, cuja umidade de equilíbrio da madeira é
de 18%.
Desta forma, esse processo foi repetido para as demais 14 peças, sendo que estas
foram divididas em outros dois lotes. Ao fim do ciclo de secagem, obteve-se um teor
de umidade média do lote de 13,3%.
7.2. Equipamentos
66
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
67
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
8. METODOLOGIA
Para avaliação não destrutiva da espécie paricá (19 e 28 anos), baseou-se na NBR
15521/2007 – Ensaios não destrutivos – Ultra-som – Classificação mecânica de
madeira serrada de dicotiledôneas. Esta análise tem por finalidade a verificação do
enquadramento do paricá na tabela de classificação da referida norma.
8.1.1. Amostragem
68
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
POSIÇÕES DO
TRANSDUTOR
RECEPTOR
POSIÇÕES DO
TRANSDUTOR
EMISSOR
Figura 14 - Técnica para a tomada dos tempos de propagação de ondas ultra-sônicas nas
pranchas de paricá.
69
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
70
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Vale ressaltar que tais procedimentos foram efetuados conforme previsto na norma
brasileira NBR 7190 - Projeto de Estruturas de Madeira.
8.2.1. Amostragem
mi − m s
U (%) = 100 (12)
ms
71
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Nesta fase, determinou-se para espécie paricá a massa inicial dos corpos-de-prova
(com 0,02 x 0,03 x 0,05 m), e em seguida encaminhou-se as amostras para a estufa
a uma temperatura máxima de 103ºC. Sendo que a cada seis horas foram realizadas
medidas de massa até a obtenção da massa seca (diferença entre duas medidas
consecutivas 0,5%).
Para essa pesquisa, foram avaliados quatro corpos-de-prova de cada uma das 37
peças avaliadas com ultra-som, constituindo um grupo de 148 amostras, sendo 72
peças com 28 anos e 76 peças com 19 anos.
m
12% = (13)
V
72
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Fc 0,máx
f c0 = (14)
A
Com relação à rigidez da madeira na direção paralela às fibras foi determinada por
seu módulo de elasticidade (Eco), obtido do trecho linear do diagrama tensão x
deformação específica. Para esta finalidade, o módulo de elasticidade foi definido
pela inclinação da reta secante à curva tensão x deformação, conforme a seguinte
expressão:
73
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
50% − 10%
Ec0 = (15)
50% − 10%
σc
s c/σc,est
/ s est
1,0
0,5
0,1
Tempo (s)(s)
Tempo
74
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
M máx
fM = (16)
We
75
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
FM (N)
FU
F50%
F10%
v10% v50%
Flecha V (m)
Desta forma, o módulo de elasticidade à flexão foi definido por meio da equação 17:
( FM ,50% − FM ,10% ) L3
EM 0 = (17)
(V50% − V10% ) 4Bh 3
76
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
77
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
78
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
POSIÇÕES DO
TRANSDUTOR
RECEPTOR
SEÇÃO TRANSVERSAL
2,5 cm
1 cm
2,5 cm
POSIÇÕES DO ZONA
TRANSDUTOR COMPRIMIDA
5 cm
EMISSOR
LINHA
NEUTRA
m
5c ZONA
11
TRACIONADA
5 cm
Neste caso, em cada ciclo de carga e descarga o ultra-som foi aplicado em uma das
zonas (tracionada ou comprimida), sendo que no último ciclo de carregamento (até a
ruptura) os transdutores foram posicionados no centro da peça (Linha neutra). A
seleção das zonas para os ciclos de carga e descarga foi alternada, por exemplo,
para metade dos corpos-de-prova de cada espécie iniciou-se pela Zona comprimida,
sucedida pela Zona tracionada, e por fim a Linha neutra. Já para as demais amostras
analisou-se primeiramente a Zona tracionada, seguida pela Zona comprimida. Este
procedimento teve por finalidade anular qualquer comportamento tendencioso, que
pudesse prejudicar os resultados.
79
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
CARREGAMENTO
À FLEXÃO
POSIÇÕES DO POSIÇÕES DO
TRANSDUTOR TRANSDUTOR
EMISSOR RECEPTOR
ZONA COMPRIMIDA
LINHA NEUTRA
ZONA TRACIONADA
Nesta etapa, foram ensaiados corpos-de-prova das espécies paricá (19 e 28 anos) e
angelim vermelho, o número de amostras analisadas para cada zona de esforço
solicitante, está apresentado na Tabela 13:
80
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
9. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Neste tópico, serão apresentados os resultados obtidos neste estudo, bem como
observações pertinentes aos mesmos.
81
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
seguinte gráfico (Figura 22) , o qual apresenta os valores obtidos para o paricá na
avaliação da Zona comprimida. Vale ressaltar que as peças identificadas com as
letras A, B, C, D e E, são as de 28 anos, e as demais possuem 19 anos.
270
A1
Tempo de Propagação (ms)
260 B21
C1
250 D3
G31
240 I31
H1B
230
J21
220 B1
E31
210 J3
J2
200
0 0 0 0 50 0 0 0 50 0 0 0 0
10 20 15 10 20 15 10 20 30 40
Carga (kgf)
82
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Por outro lado, nos casos em que foram avaliadas diferentes zonas de solicitação
(Zona tracionada, Zona comprimida e Linha neutra) de um mesmo corpo-de-prova,
constatou-se um comportamento interessante para ambas as espécies, o tempo de
propagação aumentou na Zona tracionada e diminuiu na Zona comprimida. Além
disso, em alguns casos, a leitura realizada na Linha neutra foi aproximadamente a
média das leituras realizadas nas zonas: comprimida e tracionada. Fato que pode ser
observado nos seguintes gráficos (Figura 23, Figura 24, Figura 25 e Figura 26 ):
83
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
225
223
221 A3
219 C3
217 G21
215
I2
213
211
209
207
205
0 0 0 0 50 0 0 0 50 0 0 0 0
10 20 15 10 20 15 10 20 30 40
Carga (kgf)
227
225
223
221 A2B
219 B2
217
H1
215
213 F11
211
209
207
205
0
50
50
0
10
20
15
10
20
15
10
20
30
Carga (kgf)
84
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
300
V9A
290 V1B
280 V12B
270 V12A
260 V5B
V2B
250
V6B
240
230
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
15 30 45 35 20 10 25 40 40 25 10 20 35 50 65
Carga (kgf)
300
290 V9B
280 V3B
V3A
270
V10B
260
V11B
250 V4A
240
230
0
0
15
30
45
35
20
10
25
40
40
25
10
20
35
50
65
Carga (kgf)
85
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Um fator que pode explicar esse comportamento é que no caso da Zona tracionada,
com o alongamento das fibras, esta tem seu comprimento aumentado durante o
carregamento, o que pode provocar uma elevação no tempo de propagação do ultra-
som.
86
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Esta etapa teve por objetivo avaliar se houve diferença significativa entre os dados
das diferente idades de crescimento do paricá (19 e 28 anos), obtidos em uma
mesma zona de solicitação. E ainda, para ambas as espécies (paricá e angelim
vermelho), analisou-se se houve diferença significativa entre os dados obtidos em
diferentes zonas de solicitação: tracionada e comprimida.
Neste aspecto, a análise estatística dos dados experimentais foi efetuada conforme
as especificações da NBR-7190/97, exceto para os dados da avaliação não
destrutiva (ultra-som), para os quais foram aplicados testes de análise de valores
espúrios na determinação da velocidade média das amostras. Nessa verificação,
utilizou-se a tabela “One-sided Test”.
Sabe-se que em alguns corpos-de-prova foi avaliada apenas uma zona de esforço
solicitante (tracionada ou comprimida). Sendo que nestes casos, foram feitas 5
leituras de tempo de propagação na carga de 50% da carga máxima, ao contrário
das amostras nas quais analisaram-se Zonas variadas, onde, para cada zona de
solicitação (tracionada ou comprimida) foram efetuadas 2 leituras de tempo de
87
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
propagação na carga de 50% da carga máxima. Sendo assim, para cada amostra
adotou-se o valor médio de tempo de propagação medido simultaneamente à
aplicação 50% da carga máxima de flexão, conforme a espécie. No Anexo 5, é
apresentada uma tabela que exemplifica este procedimento.
88
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
89
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Nessa última análise, para ambas as espécies (paricá e angelim vermelho), também
foi observada a variância equivalente dos dados experimentais de diferentes zonas
de solicitação. Com o que pode-se concluir, que apesar do tempo de propagação
do ultra-som apresentar diferença no comportamento durante o carregamento à
flexão quando avaliado em diferentes zonas de solicitação, este efeito pode ser
desconsiderado.
Neste item, constam os resultados obtidos nos ensaios de: umidade, densidade
aparente, compressão paralela às fibras e flexão.
Tabela 18 - Resultados dos ensaios destrutivos realizados para o paricá (19 e 28 anos).
Idade de
crescimento do U (%)
ρ12% fco,m (Mpa) fco,k (Mpa) Eco,m (Mpa)
paricá (anos) (kg/m³)
19 12,53 321,91 26,54 21,13 13.437,22
28 12,80 351,27 29,49 23,35 10.968,46
MÉDIA 12,66 336,20 28,02 - 12.202,84
90
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Quanto ao ensaio de flexão, este foi realizado para ambas as espécies – paricá e
angelim vermelho, e os resultados constam na Tabela 19:
91
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Pelo fato dos teores de umidade obtidos com o higrômetro apresentarem valores
superiores aos determinados por ensaio destrutivo, que é mais preciso e confiável,
para aferição, empregou-se a umidade obtida conforme orientação da NBR 7190/97
na fórmula de correção da velocidade para condição saturada. Desta análise,
obtiveram-se os seguintes valores médios (Tabela 21):
92
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
VLLsat (m/s)
UMIDADE - UMIDADE -
VLLsat Classe / - com Classe/
higrômetro NBR
(m/s) VLLsat (m/s) umidade VLLsat (m/s)
(%) 7190/97 (%)
NBR 7190/97
93
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
130
120 VLLsat (m/s)
110
Número de Amostras
100
90
80 CLL (MPa)
70
60
50
40 EM (MPa)
30
20
10
0
20 25 30 35 40 45 50 55 60
Classes de Resistência
Amostras -
120,00%
Ocorrência das
parâmetros NBR
Amostras (%)
100,00% 15521/07
80,00%
60,00%
40,00% Amostras -
parâmetro NBR
20,00%
7191/97 (fco,k)
0,00%
20 25 30 35 40 45 50 55 60
Classes de Resistência
94
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
95
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Por outro lado, atestando o que foi identificado anteriormente, na avaliação utilizando
a resistência característica à compressa paralela (fco,k), novamente a constante
elástica de rigidez na direção longitudinal (CLL) se mostrou o parâmetro classificatório
mais eficiente.
10. CONCLUSÕES
2) Para a maioria das peças em que foram avaliadas diferentes zonas de solicitação
(Zona comprimida, Zona tracionada e Linha neutra) identificou-se um comportamento
peculiar, onde o tempo de propagação foi maior na Zona tracionada, e menor na
Zona comprimida. Isso foi observado apenas no regime elástico de carregamento,
96
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
talvez para cargas mais elevadas os resultados sejam mais significativos, porém
necessita de investigação para poder se afirmar essa tendência. Daí a importância
da realização de novos estudos como este;
97
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
BODIG, J. (2000). The process of NDE research for wood and wood composites.
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98
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
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COSTA NETO, P. L. de O. (1977). Estatística. 1ª ed. São Paulo, SP. Edgar Blücher.
264 p.
99
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
100
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
101
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
102
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
103
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
Classificação através da
Parâmetros de classificação da NBR 12521/07
NBR 15521/07 U (%) -
fco
Amostra NBR
(MPa)
7190/97
ρapar VLL
U (%)
EM CLL VLLsat
Classe / Classe / Classe /
12% higrô- VLLsat CLL EM
(m/s) (MPa) (MPa) (m/s)
(kg/m3) metro (m/s) (MPa) (MPa)
a 399,83 5209,21 17,33 8941,92 10849,70 4141,37 UD-40 UD-25 UD-25 13,11
b 411,17 5209,21 17,33 8941,92 11157,34 4152,71 UD-40 UD-25 UD-25 13,09
A3
c 420,82 5209,21 17,33 8941,92 11419,40 4162,36 UD-40 UD-25 UD-25 12,96
d 447,63 5209,21 17,33 8941,92 12146,74 4189,17 UD-40 UD-25 UD-25 13,14
a 377,17 5139,90 15,60 9964,39 4021,67 UD-35 UD-20 38,95 13,50
b 407,45 5139,90 15,60 10764,26 4051,95 UD-35 UD-25 38,95 13,73
A32
c 401,89 5139,90 15,60 10617,33 4046,39 UD-35 UD-20 38,95 13,89
d 386,85 5139,90 15,60 10219,94 4031,34 UD-35 UD-20 38,95 14,17
a 369,43 5250,00 17,07 9759,25 10182,40 4147,50 UD-40 UD-20 UD-25 31,12 15,14
b 377,09 5250,00 17,07 9759,25 10393,65 4155,16 UD-40 UD-20 UD-25 31,12 15,36
A2
c 368,60 5250,00 17,07 9759,25 10159,43 4146,66 UD-40 UD-20 UD-25 31,12 15,07
d 370,66 5250,00 17,07 9759,25 10216,41 4148,73 UD-40 UD-20 UD-25 31,12 15,13
a 396,77 5337,62 18,27 11304,18 4281,66 UD-40 UD-25 13,50
b 382,42 5337,62 18,27 10895,36 4267,31 UD-40 UD-25 13,05
A34
c 376,94 5337,62 18,27 10739,19 4261,83 UD-40 UD-25 12,94
d 400,10 5337,62 18,27 11398,91 4284,99 UD-40 UD-25 13,01
a 378,60 5258,71 17,50 9924,47 10469,87 4172,31 UD-40 UD-20 UD-25 28,61 13,80
b 372,41 5258,71 17,50 9924,47 10298,61 4166,12 UD-40 UD-20 UD-25 28,61 14,14
A1
c 370,38 5258,71 17,50 9924,47 10242,49 4164,09 UD-40 UD-20 UD-25 28,61 14,11
d 361,82 5258,71 17,50 9924,47 10005,68 4155,53 UD-40 UD-20 UD-25 28,61 14,36
a 447,43 5370,57 16,67 11265,68 12905,23 4339,67 UD-45 UD-25 UD-30 14,56
b 443,17 5370,57 16,67 11265,68 12782,25 4335,40 UD-45 UD-25 UD-30 14,70
B1
c 407,10 5370,57 16,67 11265,68 11742,13 4299,34 UD-40 UD-25 UD-30 14,57
d 428,69 5370,57 16,67 11265,68 12364,61 4320,92 UD-45 UD-25 UD-30 14,61
a 413,33 5203,76 19,53 9349,30 11192,72 4184,63 UD-40 UD-25 UD-25 13,35
b 414,98 5203,76 19,53 9349,30 11237,31 4186,28 UD-40 UD-25 UD-25 13,47
B2 c 414,79 5203,76 19,53 9349,30 11232,02 4186,08 UD-40 UD-25 UD-25 13,36
d 443,55 5203,76 19,53 9349,30 12010,98 4214,85 UD-40 UD-25 UD-25 14,45
104
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
a 291,81 4914,00 15,80 7692,28 7046,57 3713,62 UD-30 UD-20 UD-25 26,78 11,57
C1 b 288,93 4914,00 15,80 7692,28 6976,94 3710,74 UD-30 UD-20 UD-25 26,78 11,70
c 283,37 4914,00 15,80 7692,28 6842,72 3705,18 UD-30 UD-20 UD-25 26,78 11,58
d 265,05 4914,00 15,80 7692,28 6400,25 3686,85 UD-25 UD-20 UD-25 26,78 13,32
a 307,05 5257,73 15,60 6245,22 8488,08 4069,38 UD-35 UD-20 UD-20 11,67
b 309,62 5257,73 15,60 6245,22 8559,01 4071,95 UD-35 UD-20 UD-20 11,93
C11
c 319,90 5257,73 15,60 6245,22 8843,17 4082,23 UD-35 UD-20 UD-20 12,37
d 307,79 5257,73 15,60 6245,22 8508,47 4070,12 UD-35 UD-20 UD-20 11,64
a 253,96 5556,78 18,90 7841,65 4368,14 UD-45 UD-20 23,39 11,76
b 259,03 5556,78 18,90 7998,18 4373,21 UD-45 UD-20 23,39 12,13
C2
c 225,39 5556,78 18,90 6959,59 4339,57 UD-45 UD-20 23,39 14,33
d 258,26 5556,78 18,90 7974,42 4372,44 UD-45 UD-20 23,39 11,72
a 339,75 5096,45 15,90 7460,42 8824,47 3945,59 UD-30 UD-20 UD-25 13,13
b 346,09 5096,45 15,90 7460,42 8989,32 3951,94 UD-35 UD-20 UD-25 13,21
C3
c 348,40 5096,45 15,90 7460,42 9049,29 3954,25 UD-35 UD-20 UD-25 13,30
d 352,15 5096,45 15,90 7460,42 9146,65 3958,00 UD-35 UD-20 UD-25 13,31
a 278,30 5495,21 18,63 8404,06 4326,65 UD-45 UD-20 30,06 12,24
b 271,71 5495,21 18,63 8204,87 4320,05 UD-45 UD-20 30,06 11,82
C31
c 268,56 5495,21 18,63 8109,86 4316,90 UD-45 UD-20 30,06 11,78
d 267,16 5495,21 18,63 8067,60 4315,50 UD-45 UD-20 30,06 11,51
a 376,80 4799,24 15,30 8751,66 8678,66 3675,83 UD-25 UD-20 UD-25 30,90 11,23
b 376,71 4799,24 15,30 8751,66 8676,65 3675,75 UD-25 UD-20 UD-25 30,90 11,12
D1
c 377,78 4799,24 15,30 8751,66 8701,31 3676,82 UD-25 UD-20 UD-25 30,90 11,27
d 385,04 4799,24 15,30 8751,66 8868,54 3684,08 UD-25 UD-20 UD-25 30,90 11,57
a 377,40 4507,89 14,97 7586,76 7669,18 3379,76 UD-25 UD-20 UD-25 33,83 11,14
b 374,04 4507,89 14,97 7586,76 7600,86 3376,39 UD-25 UD-20 UD-25 33,83 11,07
D3
c 372,60 4507,89 14,97 7586,76 7571,67 3374,96 UD-25 UD-20 UD-25 33,83 11,20
d 372,57 4507,89 14,97 7586,76 7570,93 3374,92 UD-25 UD-20 UD-25 33,83 11,09
a 257,56 5179,12 15,57 6908,66 3940,75 UD-30 UD-20 12,46
b 252,32 5179,12 15,57 6768,13 3935,51 UD-30 UD-20 12,38
E1
c 258,69 5179,12 15,57 6938,86 3941,87 UD-30 UD-20 12,78
d 256,95 5179,12 15,57 6892,22 3940,14 UD-30 UD-20 12,95
a 285,92 5182,10 16,17 7678,17 3981,69 UD-35 UD-20 10,89
E33 b 289,47 5182,10 16,17 7773,50 3985,24 UD-35 UD-20 10,71
c 289,34 5182,10 16,17 7770,04 3985,11 UD-35 UD-20 10,71
105
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
106
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
a 333,51 5277,49 17,23 8859,58 9288,80 4141,73 UD-40 UD-20 UD-25 11,24
b 330,30 5277,49 17,23 8859,58 9199,42 4138,52 UD-35 UD-20 UD-25 11,35
H1
c 341,51 5277,49 17,23 8859,58 9511,68 4149,73 UD-40 UD-20 UD-25 11,64
d 325,63 5277,49 17,23 8859,58 9069,35 4133,85 UD-35 UD-20 UD-25 11,91
a 408,84 5121,95 15,70 10725,72 4036,99 UD-35 UD-25 13,47
b 394,54 5121,95 15,70 10350,60 4022,69 UD-35 UD-20 13,60
H2
c 393,84 5121,95 15,70 10332,12 4021,99 UD-35 UD-20 13,61
d 392,38 5121,95 15,70 10293,93 4020,53 UD-35 UD-20 13,14
a 341,15 5482,80 17,10 10255,23 4352,54 UD-45 UD-20 11,24
b 347,76 5482,80 17,10 10454,08 4359,16 UD-45 UD-20 10,76
H23
c 342,33 5482,80 17,10 10290,79 4353,73 UD-45 UD-20 10,87
d 347,57 5482,80 17,10 10448,38 4358,97 UD-45 UD-20 10,73
a 362,28 5565,41 19,80 11221,17 4499,49 UD-55 UD-25 14,19
b 359,38 5565,41 19,80 11131,40 4496,59 UD-55 UD-25 13,62
I1
c 365,88 5565,41 19,80 11332,64 4503,09 UD-55 UD-25 14,09
d 366,08 5565,41 19,80 11339,02 4503,29 UD-55 UD-25 14,16
a 277,86 5380,49 16,20 8047,58 8043,93 4172,55 UD-40 UD-20 UD-25 11,57
b 272,45 5380,49 16,20 8047,58 7887,39 4167,14 UD-40 UD-20 UD-25 11,79
I2
c 270,73 5380,49 16,20 8047,58 7837,66 4165,43 UD-40 UD-20 UD-25 11,74
d 260,41 5380,49 16,20 8047,58 7538,73 4155,10 UD-40 UD-20 UD-25 11,68
a 270,92 5430,93 14,63 7990,79 4190,99 UD-40 UD-20 24,42 11,24
b 266,67 5430,93 14,63 7865,39 4186,73 UD-40 UD-20 24,42 11,29
I33
c 284,19 5430,93 14,63 8382,06 4204,25 UD-40 UD-20 24,42 11,83
d 273,39 5430,93 14,63 8063,56 4193,45 UD-40 UD-20 24,42 11,66
a 304,09 5215,56 17,60 8408,26 8271,76 4056,25 UD-35 UD-20 UD-25 25,33 13,25
b 301,24 5215,56 17,60 8408,26 8194,35 4053,40 UD-35 UD-20 UD-25 25,33 13,05
J2
c 306,19 5215,56 17,60 8408,26 8328,97 4058,35 UD-35 UD-20 UD-25 25,33 13,00
d 304,59 5215,56 17,60 8408,26 8285,41 4056,75 UD-35 UD-20 UD-25 25,33 13,02
a 308,10 5117,71 17,80 6814,39 8069,47 3965,61 UD-35 UD-20 UD-25 9,60
b 322,97 5117,71 17,80 6814,39 8458,98 3980,48 UD-35 UD-20 UD-25 15,60
J21
c 309,97 5117,71 17,80 6814,39 8118,42 3967,48 UD-35 UD-20 UD-25 11,27
d 317,54 5117,71 17,80 6814,39 8316,77 3975,05 UD-35 UD-20 UD-25 13,82
Média - 19
321,91 5201,43 17,67 7700,75 8745,30 4061,04 UD-35 UD-20 UD-25 24,68 12,53
anos
Classificação através da
Parâmetros de classificação da NBR 12521/07
NBR 15521/07 U (%)
Média geral ρapar U (%) Classe / Classe / Classe / fco NBR
VLL EM CLL VLLsat (MPa 7190/97
(19 e 28 12% higrô- VLLsat CLL EM
(m/s) (MPa) (MPa) (m/s)
anos) (kg/m3) metro (m/s) (MPa) (MPa)
336,20 5193,63 17,20 8199,22 9082,70 4059,98 UD-35 UD-20 UD-25 28,23 12,66
107
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
108
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
109
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
110
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
111
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
112
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
113
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
114
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
115
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem carregamento de flexão aplicado
Tabela 29 -Tempo de propagação do ultra-som medido em Zonas variadas simultaneamente ao carregamento à flexão para espécie paricá.
Compressão
150 222 222 218 217 214 225 213 210
Tração
200 222 223 218 218 214 224 213 209
200 223 221 216 216 214 225 214 210
150 222 221 217 217 214 225 214 210
100 222 222 218 216 213 225 214 211
50 221 221 217 216 214 225 213 210
50 223 224 217 210 213 221 217 209
100 223 225 216 210 213 221 217 209
Compressão
150 223 225 216 210 213 221 217 209
Tração
Tração
200 223 225 216 210 214 221 216 209
200 223 225 217 211 213 222 217 209
150 223 225 216 210 213 221 217 210
100 223 225 216 210 214 221 217 210
50 223 226 216 210 214 221 217 210
50 222 224 216 213 212 224 214 209
100 223 224 215 213 212 224 213 209
150 222 224 216 213 212 223 213 209
200 222 224 216 213 213 223 214 209
LN
LN
LN
250 222 224 216 213 212 223 - 209
300 222 224 216 214 212 223 209
350 222 224 - 213 213 223 -
400 221 - - - -
450 -
Média 222,36 223,50 216,57 213,54 213,21 223,13 214,81 209,48
Desvio padrão 0,64 1,50 0,84 2,96 0,78 1,62 1,72 0,59
Coef. de variação 0,29 0,67 0,39 1,39 0,37 0,73 0,80 0,28
116
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
117
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
118
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
119
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem carregamento de flexão aplicado
Tabela 32 - Tempo de propagação do ultra-som medido nas Zonas Variadas simultaneamente ao carregamento à flexão para
espécie angelim vermelho.
ANGELIM VERMELHO - ZONAS VARIADAS (Zona comprimida, Zona tracionada e Linha neutra)
TEMPO DE PROPAGAÇÃO DE ONDAS (µs)
Carga (kgf) V9B V3B V3A V10B V11B V4A V9A V1B V12B V12A V5B V2B V6B
0 262 253 253 287 274 277 253 246 246 241 298 290 264
50 261 254 252 286 274 276 252 247 245 242 297 289 265
100 261 253 251 285 275 275 252 247 245 242 298 290 264
150 262 254 252 286 274 278 252 248 245 242 297 291 265
200 262 253 251 287 274 276 252 248 245 242 297 290 265
ZONA TRACIONADA
ZONA COMPRIMIDA
250 262 253 252 286 274 276 253 248 245 242 296 290 265
300 261 254 252 287 274 276 253 248 245 242 296 291 265
350 262 255 252 286 275 276 252 248 245 242 297 290 265
400 262 254 252 286 274 276 253 248 245 242 296 291 265
450 263 254 252 287 273 276 253 248 245 242 299 291 264
450 263 254 254 287 274 277 252 247 246 242 298 290 265
400 264 254 254 287 273 277 252 248 245 242 297 289 265
350 263 255 253 286 273 276 253 247 245 242 298 289 266
300 263 255 254 286 274 277 252 247 245 241 296 289 265
250 263 254 255 286 272 276 252 247 245 241 297 288 265
200 264 255 254 287 274 278 252 247 245 241 296 288 267
150 263 255 254 287 272 278 252 247 245 241 297 289 267
100 264 255 254 287 273 277 252 247 245 242 296 290 267
100 262 252 245 293 272 286 ZONA TRACIONADA 255 250 247 244 284 301 276
ZONA COMPRIMIDA
150 260 253 244 293 274 286 254 250 247 246 285 303 274
200 259 253 246 293 275 287 255 250 247 246 283 302 273
250 259 253 245 294 274 287 255 251 246 246 284 302 274
300 260 254 245 294 274 288 254 251 247 246 286 302 274
350 259 253 246 293 275 287 254 251 247 246 285 301 274
400 259 253 245 293 275 288 254 251 246 245 285 302 274
450 259 254 245 293 275 288 255 252 247 244 286 302 275
120
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem carregamento de flexão aplicado
450 259 253 246 292 274 287 254 251 247 244 285 303 274
400 260 253 245 294 275 288 253 251 246 245 286 303 273
350 259 253 246 292 275 286 253 251 247 245 287 302 274
300 260 253 245 290 274 288 253 251 247 244 286 302 276
250 261 253 246 293 275 289 252 251 247 243 286 303 273
200 260 253 247 294 274 289 253 251 247 244 285 303 273
150 260 253 246 294 275 286 253 251 247 244 286 303 273
100 260 252 246 295 275 288 253 251 246 243 287 303 274
100 260 252 249 292 272 281 254 250 247 244 292 295 270
150 261 251 249 290 274 280 253 250 247 243 291 296 269
200 260 252 250 290 274 279 253 250 247 244 293 296 269
250 261 253 249 291 273 279 253 250 247 246 293 297 269
LINHA NEUTRA
LINHA NEUTRA
300 260 253 249 291 274 281 252 250 247 244 294 296 270
350 260 253 250 290 273 282 253 250 247 244 292 297 269
400 261 253 250 291 275 281 252 250 248 245 292 297 268
450 260 253 249 290 275 282 253 250 248 245 293 296 269
500 260 254 250 292 275 281 253 250 248 244 293 296 269
550 261 252 249 290 275 282 253 250 247 244 292 297 268
600 260 252 249 291 275 281 253 250 247 244 292 300 269
650 261 252 249 290 274 283 253 250 247 244 293 301 269
700 260 253 249 289 275 283 253 250 247 244 293 299 269
750 260 253 250 290 275 282 253 251 247 244 293 299 269
Média 260,96 253,29 249,38 289,85 274,08 281,52 252,98 249,33 246,27 243,44 291,83 296,13 269,25
Desvio padrão 1,47 0,94 3,23 3,00 0,92 4,71 0,89 1,63 1,01 1,56 5,04 5,52 3,82
Coef. de variação 0,56 0,37 1,30 1,03 0,34 1,67 0,35 0,65 0,41 0,64 1,73 1,86 1,42
121
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
122
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem carregamento de flexão aplicado
Tabela 33 – Exemplo de determinação das médias do tempo de propagação do ultra-som medidos durante carga de 50% da
carga máxima de flexão da espécie paricá (28 anos) para análise estatística dos dados.
Tempo de propagação (μs) - paricá (28 anos)
ZONAS VARIADAS - COMPRESSÃO ZONA COMPRIMIDA SOMENTE
Carga
(kgf) D3B A3 C3 A2B B2 A1 B21 C1 D3 B1 E31
240 222 223 216 210 222 233 232 245 213 212
240 223 221 217 211 221 232 232 245 213 212
222 231 232 245 212 212
200
MÉDIA 240 222,5 222 216,5 210,5 221,6 231,8 232 245 212,6 212,2
123
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
124
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
260
Tempo de propagação (µs)
250 D2
A2
240 D1
C11
I32
230 H1D
F21
G1
220
210
200
0 100 200 150 50 100 200 150 50 100 200 300 400
Carga (kgf)
125
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
270
A1
260 B21
Tempo de Propagação (ms)
C1
250 D3
G31
240 I31
H1B
230
J21
B1
220
E31
210 J3
J2
200
0 0 0 0 50 0 0 0 50 0 0 0 0
10 20 15 10 20 15 10 20 30 40
Carga (kgf)
126
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
270 D3B
Tempo de Propagação
260 A3
250 C3
240 A2B
(µs)
230 B2
220 H1
210 F11
200 G21
50 100 150 200 250 300 350 I2
Cargas (kgf) Média
127
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
330
320
310 V8B
300 V10A
290 V2A
280 V4B
270 V6A
260 Média
250
240
150
300
450
350
200
100
250
400
400
250
100
200
350
500
650
0
Carga (kgf)
128
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
330
Tempo de Propagação (µs)
320
310
V7A
300
V8A
290
V1A
280
V11A
270
260 Média
250
240
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
20 40 35 15 20 40 35 15 20 40 60
Cargas (kgf)
129
Caracterização das espécies paricá e angelim vermelho, através do ultra-som, em peças com e sem
carregamento de flexão aplicado
330 V9B
320 V3B
Tempo de Propagação (µs)
V3A
310
V10B
300
V11B
290 V4A
280 V9A
270 V1B
V12B
260
V12A
250
V5B
240 V2B
100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 V6B
Cargas (kgf) Média
130