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-PÚBLICO-

N-1487 REV. G 12 / 2017

CONTEC
Comissão de Normalização
Técnica
Inspeção de Dutos Rígidos Submarinos
SC-13
Oleodutos e Gasodutos
1a Emenda

Esta é a 1a Emenda da PETROBRAS N-1487 REV. G, e se destina a modificar o seu texto na(s)
parte(s) indicada(s) a seguir:

NOTA 1 A(s) nova(s) página(s) com a(s) alteração(ões) efetuada(s) está(ão) colocada(s) na(s)
posição(ões) correspondente(s).
NOTA 2 A(s) página(s) emendada(s), com a indicação da data da emenda, está(ão) colocada(s) no
final da norma, em ordem cronológica, e não devem ser utilizada(s).

CONTEÚDO DA 1ª EMENDA - 12/2017

- Subseção 3.8:

Exclusão da seção.

- Subseção 12.2.5:

Exclusão da seção.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 1 página


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N-1487 REV. G 04 / 2014

Inspeção de Dutos Rígidos Submarinos

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 13 CONTEC - Subcomissão Autora.

Oleodutos e Gasodutos As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 64 páginas, Índice de Revisões e GT


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N-1487 REV. G 04 / 2014

Sumário
1 Escopo ................................................................................................................................................. 5 
2 Referências Normativas ...................................................................................................................... 5 
3 Termos e Definições............................................................................................................................ 6 
4 Condições Gerais e Específicas ......................................................................................................... 9 
5 Requisitos para Qualificação de Pessoal e Procedimento ............................................................... 11 
6 Requisitos de Segurança, Meio Ambiente, Eficiência Energética e Saúde ...................................... 11 
7 Inspeções do Duto............................................................................................................................. 11 
7.1 Inspeção Visual do Trecho Emerso (Regiões 5 e 4) ........................................................... 11 
7.1.1 Inspeção dos Lançadores e Recebedores de “PIGs” .................................................. 12 
7.1.2 Inspeção Visual de Trecho Emerso, sob Isolamento Térmico .................................... 12 
7.1.3 Inspeção Visual de Válvulas de Bloqueio e de Segurança ......................................... 12 
7.1.4 Inspeção Visual dos Instrumentos ............................................................................... 13 
7.1.5 Inspeção Visual da ZVM (Região 4) ............................................................................ 13 
7.1.6 Inspeção Visual da “Flexjoint”® (Região 4) .................................................................. 13 
7.2 Medição de Espessura de Parede do Trecho Emerso (Regiões 5 e 4) .............................. 13 
7.3 Detecção de Trincas no Trecho Emerso (Regiões 5, 4 e 3) ................................................ 14 
7.4 Inspeção Externa do Trecho Submerso (Regiões 3, 2, 1 e “Shore Approach”) .................. 14 
7.4.1 Inspeção Visual ............................................................................................................ 14 
7.4.1.1 Aspectos do Solo Marinho ................................................................................... 14 
7.4.1.2 Condições de Enterramento ................................................................................ 15 
7.4.1.3 Estado dos Revestimentos .................................................................................. 15 
7.4.1.4 Presença de Incrustações e Sucata .................................................................... 15 
7.4.1.5 Amassamentos .................................................................................................... 15 
7.4.1.6 Corrosão Externa ................................................................................................. 16 
7.4.1.7 Estado dos Anodos .............................................................................................. 16 
7.4.1.8 Existência de Vazamentos................................................................................... 16 
7.4.1.9 Cruzamento de Dutos .......................................................................................... 16 
7.4.1.10 Existência de Vãos Livres .................................................................................. 16 
7.4.1.11 Estado da Região TDZ ...................................................................................... 16 
7.4.1.12 Condição do Calçamento................................................................................... 16 
7.4.1.13 Movimentação de Duto não Aquecido ............................................................... 17 
7.4.1.14 Dutos que Operam com Produtos Aquecidos ................................................... 17 
7.4.2 Inspeção do Sistema de Proteção Catódica (SPC) ..................................................... 17 
7.4.3 Inspeção Submarina nas Regiões 1 e “Shore-Approach” ........................................... 19 
7.4.4 Inspeção Geológica e Geotécnica (Regiões 1 e “Shore Approach”) ........................... 19 
7.4.4.1 Inspeções Periódicas ........................................................................................... 19 
7.4.4.2 Inspeções Geológica e Geotécnica - Específicas ............................................... 21 
7.4.4.3 Levantamento do Traçado ................................................................................... 22 
7.5 Inspeção por “PIG” Instrumentado ....................................................................................... 23 

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7.5.1 Planejamento e Habilitação das Inspeções com “PIG” Instrumentado ....................... 23 
7.5.2 Relatório de Inspeção do “PIG” Instrumentado ........................................................... 23 
8 Monitoração da Corrosão Interna ...................................................................................................... 24 
9 Ensaio Hidrostático............................................................................................................................ 24 
10 Reparos ........................................................................................................................................... 24 
11 Qualificação de Risco ...................................................................................................................... 25 
12 Documentação ................................................................................................................................ 25 
12.1 Prontuário ........................................................................................................................... 25 
12.2 Relatório de Inspeção ........................................................................................................ 25 
Anexo A - Aplicação das Técnicas de Inspeção nas Regiões dos Dutos Rígidos Submarinos ........... 27 
Anexo B - Requisitos para Elaboração da Carta Temática ................................................................... 35 
Anexo C - Classificação e Medição de Áreas Corroídas ...................................................................... 38 
Anexo D - Inspeção de Amassamento .................................................................................................. 46 
Anexo E - Ensaio Hidrostático em Oleodutos e Gasodutos Submarinos em Operação ...................... 48 

Figuras

Figura A.1 - Plataforma Fixa com “Riser” Flexível ................................................................................ 27 


Figura A.2 - Plataforma Fixa com “Riser” Rígido .................................................................................. 28 
Figura A.3 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com SCR ...................................................... 29 
Figura A.4 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com “Spool” Rígido e “Riser” Flexível .......... 30 
Figura A.5 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com “Riser” Flexível ..................................... 31 
Figura B.1 - Modelo de Ficha de Inspeção ........................................................................................... 37 
Figura C.1 - Geometria da Região Corroída ......................................................................................... 39 
Figura C.2 - Interação entre Dois Defeitos ............................................................................................ 39 
Figura C.3 - Corrosão Alveolar Leve Generalizada (Foto 1)................................................................. 40 
Figura C.4 - Corrosão Alveolar Leve Dispersa (Foto 2) ........................................................................ 40 
Figura C.5 - Corrosão Alveolar Média Localizada (Foto 3) ................................................................... 41 
Figura C.6 - Corrosão Alveolar Média Generalizada (Foto 4)............................................................... 41 
Figura C.7 - Corrosão Alveolar Média Dispersa (Foto 5) ...................................................................... 42 
Figura C.8 - Corrosão Alveolar Severa Localizada (Foto 6) ................................................................. 42 
Figura C.9 - Corrosão Alveolar Severa Localizada (Foto 7) ................................................................. 43 
Figura C.10 - Corrosão Alveolar Severa Generalizada (Foto 8) ........................................................... 43 
Figura C.11 - Corrosão Alveolar Severa Dispersa (Foto 9) .................................................................. 44 
Figura C.12 - Corrosão Uniforme (Foto 10) .......................................................................................... 44 
Figura C.13 - Corrosão Uniforme (Foto 11) .......................................................................................... 45 
Figura C.14 - Corrosão Uniforme (Foto 12) .......................................................................................... 45 
Figura D.1 - Exemplo de Dimensionamento de Amassamento ............................................................ 46 
Figura D.2 - Medição de Mossa (Foto 13)............................................................................................. 47 
Figura D.3 - Medição de Mossa ( Fotos 14) .......................................................................................... 47 

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Figura E.1 - Representação Esquemática das Pressões em Dutos ou Trecho de Duto Constituído por
um só Tramo ..................................................................................................................... 51 
Figura E.2 - Medição Gráfica do Volume de Ar Residual ..................................................................... 60 

Tabelas

Tabela 1 - Classificação do Nível de Enterramento .............................................................................. 15 


Tabela 2 - Sugestão da Frequência das Inspeções Periódicas dos Traçados e Áreas Adjacentes aos
Dutos Submarinos de Acordo com a Suscetibilidade da Área a Processos
Geológico-Geotécnicos ...................................................................................................... 21 
Tabela A.1 - Periodicidade das Inspeções Segundo as Regiões dos Dutos Rígidos Submarinos ...... 32 
Tabela B.1 - Classificação das Ocorrências Geológico-Geotécnicas quanto a Suscetibilidade .......... 36 
Tabela E.1 - Valor da Pressão de Ensaio Hidrostático ......................................................................... 50 

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1 Escopo

1.1 Esta Norma estabelece os requisitos técnicos de inspeção interna e externa aplicáveis aos dutos
rígidos submarinos de transporte e transferência, de hidrocarbonetos construídos em aço-carbono e
que se encontrem em operação.

NOTA 1 Os Gasodutos e Oleodutos submarinos desativados devem ser inspecionados de acordo


com os requisitos das PETROBRAS N-2246 e N-2689, respectivamente.
NOTA 2 Esta Norma abrange os trechos rígidos de dutos híbridos e trechos submarinos de dutos
mistos.
NOTA 3 Os trechos terrestres e seus acessórios de dutos mistos devem ser inspecionados de
acordo com a PETROBRAS N-2098.
NOTA 4 Os requisitos desta Norma podem ser aplicados a dutos de injeção de água, a critério da
UO responsável pela operação, considerando para definição deste critério aspectos de
impacto a segurança, meio ambiente e perdas de produção.

1.2 Esta Norma estabelece diretrizes básicas em relação às técnicas aplicadas à inspeção visando à
avaliação da integridade estrutural do duto.

1.3 Esta Norma se aplica à inspeção de dutos rígidos submarinos a partir da data de sua publicação.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

PETROBRAS N-462 - Fabricação, Construção, Montagem, Instalação e Pré-


Comissionamento de Dutos Rígidos Submarinos;

PETROBRAS N-505 - Lançador e Recebedor de “PIG” para Dutos Submarinos e Terrestres;

PETROBRAS N-1594 -Ensaio Não Destrutivo - Ultrassom em Solda;

PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo Visual;

PETROBRAS N-1598 - Ensaios Não-Destrutivos - Partículas Magnéticas;

PETROBRAS N-1710 - Codificação de Documentos Técnicos de Engenharia;

PETROBRAS N-1814 - Inspeção Submarina - Medição de Potencial Eletroquímico;

PETROBRAS N-2098 - Inspeção de Dutos Terrestres em Operação;

PETROBRAS N-2162 - Permissão para Trabalho;

PETROBRAS N-2246 - Operação de Gasoduto Terrestre e Submarino;

PETROBRAS N-2298 - Proteção Catódica de Dutos Terrestres;

PETROBRAS N-2368 - Inspeção, Manutenção, Calibração e Teste de Válvulas de


Segurança e/ou Alívio;

PETROBRAS N-2634 - Operações de Passagem de “PIGs” em Dutos;

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PETROBRAS N-2689 - Operação de Oleoduto Terrestre e Submarino;

PETROBRAS N-2726 - Terminologia de Dutos;

PETROBRAS N-2727 - Manutenção de Dutos Rígidos Submarinos;

PETROBRAS N-2737 - Manutenção de Oleoduto e Gasoduto Terrestre;

PETROBRAS N-2785 - Monitoração, Interpretação e Controle da Corrosão Interna em


Dutos;

PETROBRAS N-2786 - Avaliação de Defeitos e Modos de Falha em Oleodutos e Gasodutos


Terrestres e Submarinos Rígidos em Operação;

ABNT NBR 15248 - Ensaios Não Destrutivos - Inspeção por ACFM - Procedimento;

ABNT NBR 15824 - Ensaios Não Destrutivos - Ultrassom - Medição de Espessura;

ABNT NBR16244 - Ensaios Não Destrutivos - Ensaio Visual - Inspeção Subaquática;

ABENDI NA-003 - Qualificação e Certificação de Pessoal em Ensaios Não Destrutivos;

ISO 14313 - Petroleum and Natural Gas Industries - Pipeline Transportation System -
Pipeline Valves;

API RP 1160 - Managing System Integrity for Hazardous Liquid Pipelines;

API SPEC 6D - Specification for Pipeline Valves;

API SPEC 17D - Design and Operation of Subsea Production Systems - Subsea Wellhead
and Tree Equipment;

API STD 1163 - In-Line Inspection Systems Qualification Standard;

ASME B16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings NPS 1/2 Through NPS 24 Metric/Inch
Standard;

ASME B31.8S - Managing System Integrity of Gas Pipelines;

ASME BPVC Section V - Nondestructive Examination - Article 15;

BSI BS 8010-2.5 - Code of Practice for Pipelines - Part 2: Pipelines on Land: Design,
Construction and Installation - Section 2.5 Glass Reinforced Thermosetting Plastics;

DNV-OS-F101 - Submarine Pipeline Systems;

DNV RP F116 - Integrity Management of Submarine Pipeline Systems;

NACE SP0102 - In-Line Inspection of Pipelines.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições da PETROBRAS N-2726 e os


seguintes.

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3.1
ADCP
“Acustic Doppler Current Profiler” (Perfilador de Correntes Marinhas)

3.2
AUV
“Autonomous Underwater Vehicle” (veículo submarino autônomo)

3.3
®
Datum Sirgas 2000
é um Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas do IBGE. Esta informação é dada para
facilitar aos usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte da PETROBRAS ao produto
citado. Podem ser utilizados produtos equivalentes, desde que conduzam aos mesmos resultados.

3.4
®
Flexjoint”
é uma Junta flexível instalada em SCR com o objetivo de reduzir esforços dinâmicos, da Oil States.
Esta informação é dada para facilitar aos usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte
da PETROBRAS ao produto citado. Podem ser utilizados produtos equivalentes, desde que
conduzam aos mesmos resultados.

3.5
Gerenciamento de Integridade
Conjunto de ações, de acompanhamento e de controle, incluindo inspeção, monitoração e reparo,
que buscam assegurar a integridade estrutural e a disponibilidade operacional do duto com
segurança, ao longo de todo o seu ciclo de vida

3.6
GIS
“Geographic Information System” (Sistema de Informações Geográficas)

3.7
MBES
“Multi-Beam Echo Sounder” (Ecobatímetro de feixes múltiplos)

3.8 CANCELADO - EMENDA 12/2017

3.9
PTI
Parecer Técnico de Inspeção
Documento técnico que contém a análise dos resultados de uma inspeção ou de qualquer técnica de
avaliação efetuada no duto submarino

3.10
PSV
“Pressure Safety Valve” (Válvula de segurança)

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3.11
RI
Relatório de Inspeção
documento técnico que apresenta a descrição de todos os eventos conformes e não conformes
estabelecidos na especificação ou plano de inspeção

3.12
RTI
Recomendação Técnica da Inspeção
indicação de providências necessárias para correção de anomalias detectadas durante uma inspeção
ou outro tipo de verificação

3.13
responsável pelo Gerenciamento da Integridade
pessoa ou gerência formalmente designada como Responsável pelo Gerenciamento da Integridade
dos Dutos Rígidos Submarinos da Unidade Operacional (UO)

3.14
responsável técnico pela inspeção
pessoa ou gerência com responsabilidade técnica pelas inspeções previstas no plano de inspeção
dos Dutos Rígidos Submarinos da UO

3.15
ROV
“Remote Operated Vehicle” (Veículo submarino operado remotamente)

3.16
SBP
“Sub-Bottom Profiler” (Gerador de perfil sub-profundo)

3.17
SCR
“Steel Catenary Riser” (“riser” em catenária livre)

3.18
“Sleepers”
suportes para dutos aquecidos, que possibilitam seu deslocamento de forma segura

3.19
SLWR
“Steel Lazy Wave Riser” (“riser” em catenária com corcova)

3.20
SMYS
“Specified Minimum Yield Strength” (Tensão mínima de escoamento especificada)

3.21
TDP
“Touch Down Point”
Ponto de contato do duto submarino com o leito marinho, quando em configuração de catenária

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3.22
TDZ
"Touch Down Zone"
trecho do duto submarino que pode conter todas as posições de TDP possíveis de ocorrer ao longo
de toda a vida operacional do duto, considerando condições “meteocean”, carregamento e
posicionamento da plataforma dentro do diagrama de “off set”

3.23
THPS
Tetrakis (Hydroxymethal) Phosphonium Sulfate (Sulfato de Tetrakis (hidroximetil) fosfônio)

3.24
TOG
Teor de Óleos e Graxas

3.25
UEP
Unidade Estacionária de Produção

3.26
UO do Negócio ou Operador
Gerência responsável pela operação do duto, por exemplo, UO da Exploração e Produção (E&P) ou
Regional ou Terminal da TRANSPETRO

3.27
ZDT
Zona de Transição (“Splash Zone”)
Região da estrutura que está sujeita a ficar molhada temporariamente devido à ação das ondas e
calado

3.28
ZVM
Zona de Variação da Maré
Região da estrutura intermitentemente molhada devido à variação periódica da maré astronômica

4 Condições Gerais e Específicas

4.1 Todo duto rígido submarino deve possuir um plano de inspeção estabelecendo a periodicidade e
os tipos de inspeção para cada trecho do duto, incluindo uma ou mais técnicas prescritas nesta
Norma. As inspeções devem ser executadas de acordo com procedimentos previamente aprovados,
nos quais são apresentadas as técnicas, os recursos necessários, os critérios de avaliação, bem
como, a forma de apresentação e registro dos resultados.

4.2 Para fins de inspeção, o duto rígido submarino pode ser dividido em regiões definidas em função
do arranjo submarino, lâmina d’água e das técnicas de inspeção aplicáveis. O Anexo A apresenta
desenhos mostrando a configuração típica das regiões.

4.3 Recomenda-se que a periodicidade de inspeção para cada região do duto esteja de acordo com
a Tabela A.1 do Anexo A. [Prática Recomendada]

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4.4 O responsável pelo gerenciamento da integridade do duto rígido submarino deve proceder à
análise de integridade do duto, após aplicação de cada técnica de inspeção empregada de modo a
permitir que o RI ou PTI indique a condição de integridade e a sua disponibilidade para continuar
operando de forma segura até a próxima inspeção.

NOTA Cabe ressaltar que todo o duto submarino deve ser submetido ao processo de
Gerenciamento da Integridade. Caso a UO não tenha diretrizes específicas para o processo
de Gerenciamento da Integridade pode estabelecer seu processo tendo como referência as
DNV RP F116, API STD 1160 ou ASME B31.8S.

4.5 O responsável pelo gerenciamento da integridade dos dutos rígidos submarinos da UO pode, por
sua responsabilidade técnica, ajustar a periodicidade de inspeção ao longo da vida do duto a partir da
análise dos fatores que afetam a sua integridade, considerando, no mínimo, os dados do projeto,
histórico operacional, histórico de intervenção e os resultados das inspeções. As justificativas
técnicas para alteração da periodicidade e/ou requisito de inspeção devem ser devidamente
registradas no prontuário do duto ou no sistema de gestão de inspeção corporativo.

4.6 Recomenda-se que seja feita inspeção por “PIG” instrumentado geométrico, nos seguintes
casos: [Prática Recomendada]

a) após a instalação do duto, conforme PETROBRAS N-462;

NOTA Esta inspeção deve ser realizada antes da entrega do duto para a UO, isto é, ainda na fase
de empreendimento. Esta inspeção pode ocorrer antes da interligação do duto com os
“risers” ou com o terminal.

b) periodicamente conforme Tabela A.1 do Anexo A;


c) sempre que houver suspeita de alteração dimensional do duto

4.7 Recomenda-se que todo o duto rígido submarino deva ter sua avaliação de perda de massa
realizada por “PIG” instrumentado, conforme a periodicidade estabelecida na Tabela A.1 do Anexo A.
[Prática Recomendada]

NOTA Recomenda-se, para dutos rígidos submarinos novos, que seja feita inspeção inicial por
“PIG” instrumentado de perda de massa no primeiro ano após a entrada em operação.
[Prática Recomendada]

4.8 Todo duto deve ter uma Carta Temática, onde estejam identificados e registrados os processos
de natureza geológica, geotécnica e oceanográfica que representem risco à integridade estrutural do
duto, conforme requisitos mínimos especificados no Anexo B.

NOTA A Carta Temática deve ser elaborada na fase de projeto e instalação do duto. Para dutos
que não tenham Carta Temática, esta deve ser elaborada com base nos requisitos mínimos
estabelecidos no Anexo B.

4.9 O resultado da inspeção do trecho submerso pode levar à necessidade de uma inspeção
geológica e geotécnica específica.

4.10 A localização das áreas de interesse para inspeção deve ser determinada tomando-se a
distância em metros, em relação ao ponto de origem do duto e a referência mais próxima, e/ou
®
coordenadas UTM (“Universal Transversal Mercator”) com base no Datum Sirgas 2000 .

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4.11 Recomenda-se que antes do início de qualquer serviço de inspeção, a equipe responsável
disponha das informações dimensionais e operacionais do duto atualizadas. [Prática
Recomendada].

4.12 Os resultados da inspeção devem ser analisados com base na PETROBRAS N-2786.

5 Requisitos para Qualificação de Pessoal e Procedimento

5.1 O inspetor submarino deve ser qualificado de acordo com a ABENDI NA-003.

5.2 Os procedimentos de inspeção submarina a serem empregados, devem estar de acordo com as
normas citadas na ABENDI NA-003.

6 Requisitos de Segurança, Meio Ambiente, Eficiência Energética e Saúde

6.1 No planejamento dos serviços de inspeção objeto desta Norma, os riscos de segurança
operacional devem ser avaliados com base em Análise Preliminar de Risco (APR), além de que os
procedimentos de inspeção devem atender aos requisitos de SMS tais como obtenção de Permissão
de Trabalho, de acordo com PETROBRAS N-2162.

6.2 Os profissionais envolvidos nos trabalhos definidos no escopo desta Norma devem seguir os
requisitos de SMES vigentes na UO responsável pela operação do duto.

6.3 Em serviços que possam gerar resíduos, estes resíduos devem ser tratados de acordo com o
procedimento específico do órgão operacional.

7 Inspeções do Duto

A inspeção do duto deve ser realizada por meio das técnicas listadas na Tabela A.1 e que são
aplicáveis em função das regiões do duto representadas nas Figuras A.1 a A.5 do Anexo A.

7.1 Inspeção Visual do Trecho Emerso (Regiões 5 e 4)

A inspeção visual do trecho emerso compreende o lançador ou o recebedor, trecho de superfície,


flanges, válvulas de bloqueio, suportes, válvula de segurança e acessórios até a ZVM. Esta inspeção
deve ser realizada e registrada de acordo com os requisitos da PETROBRAS N-1597. A classificação
das anomalias de corrosão deve ser conforme os critérios definidos do Anexo C, bem como a
inspeção e medição de amassamentos conforme o Anexo D. Devem ser verificados os seguintes
itens:

a) ocorrência de vazamentos, amassamentos, corrosão, desgaste, deformações e trincas,


especialmente em regiões de restrição, tais como: suportes rígidos e ligações com
válvulas e em dutos com histórico de vibração;
b) corrosão por aeração diferencial, principalmente nas regiões com possibilidade de
acúmulo de resíduos (regiões dos suportes e braçadeiras);
c) as condições do revestimento externo do duto quanto a defeitos, tais como: -
empolamento, falta de aderência, descascamento, riscos, trincas, fendilhamento e
impregnação de impurezas;
d) adequação dos lançadores e recebedores quanto aos requisitos da PETROBRAS N-505.

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7.1.1 Inspeção dos Lançadores e Recebedores de “PIGs”

7.1.1.1 Devem ser verificados nos lançadores e recebedores de “PIG” os seguintes itens:

a) válvulas: verificar se há vazamento nos pontos de vedação. As seguintes técnicas


indiretas de verificação podem ser utilizadas: termografia e emissão acústica;
b) manômetros: verificar a adequação da escala (“zero” e fundo de escala), cumprimento e
validade do prazo da calibração e condições físicas;
c) drenos e respiros: verificar a existência de processo corrosivo, a fixação dos suportes e
grampos e a localização segura da descarga dos fluídos por eles escoados;
d) indicador de passagem de “PIG”: verificar sua existência e seu funcionamento, conforme
a PETROBRAS N-2634;
e) PSV: verificar sua existência, o cumprimento da calibração e validade da mesma e suas
condições físicas, conforme a PETROBRAS N-2634;
f) tampa de abertura do canhão: verificar suas vedações, funcionamento e condições dos
estojos, atracadores, mecanismo de sustentação, giro e de segurança.

7.1.1.2 Deve ser realizada inspeção visual externa nos lançadores e recebedores de “PIG” de acordo
com os requisitos da PETROBRAS N-1597, quanto às condições físicas, corrosão externa, danos
mecânicos, vazamentos, estado da pintura e revestimento dos trechos aéreos, suportes, válvulas,
acessórios, identificações, plataformas e escadas de acesso, aterramentos e luminárias. A
classificação de anomalias de corrosão deve ser realizada conforme Anexo C.

7.1.1.3 Nos Lançadores, Recebedores e Lançadores/Recebedores que não tenham sido operados
há mais de 12 meses, deve ser realizado ensaio de funcionamento, operando-os com pressurização,
escoamento e drenagem de fluidos, observando-se os requisitos de segurança operacional conforme
a PETROBRAS N-2634.

NOTA O procedimento deste ensaio de funcionamento deve ser elaborado de comum acordo entre
Operação e Inspeção.

7.1.2 Inspeção Visual de Trecho Emerso, sob Isolamento Térmico

Em toda extensão do trecho emerso, sob isolamento térmico, devem ser verificados os seguintes
itens:

a) falha no isolamento criando caminho para a permeação de água;


b) condição de aberturas no isolamento (para respiros, drenos, suportes, válvulas e
conexões);
c) condições das extremidades do isolamento.

NOTA Deve ser verificado o estado de conservação da pintura do duto no local de acesso para
medição de espessura.

7.1.3 Inspeção Visual de Válvulas de Bloqueio e de Segurança

7.1.3.1 Deve ser realizada inspeção visual externa nas válvulas de bloqueio de acordo com os
requisitos da PETROBRAS N-1597. Devem ser verificadas suas condições físicas, vazamentos,
desalinhamentos, indicador de abertura e fechamento, empenamento de hastes, pintura,
revestimento, limpeza e funcionalidade do atuador, quando existente.

7.1.3.2 Verificar o cumprimento da PETROBRAS N-2368 para as válvulas de segurança e/ou alívio.

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7.1.4 Inspeção Visual dos Instrumentos

7.1.4.1 Deve ser realizada inspeção visual externa dos instrumentos e acessórios de acordo com os
requisitos da PETROBRAS N-1597. Devem ser verificadas as condições físicas, verificando
funcionamento e vazamento.

7.1.4.2 Verificar o prazo de validade da calibração dos instrumentos.

7.1.5 Inspeção Visual da ZVM ou ZDT e Região 4

Os trechos de “riser” e “spool” rígido na ZVM ou ZDT e Região 4 devem ser inspecionados quanto a
anomalias, tais como, corrosão, danos ao revestimento e amassamentos do duto etc. Nas regiões
sob braçadeiras, quando houver indicativo de corrosão externa no duto, a inspeção deve ser
detalhada podendo levar até mesmo à remoção da braçadeira.

NOTA As regiões da ZVM ou ZDT revestidas ou reparadas com materiais compósitos devem ser
avaliadas a partir de inspeção visual, visando identificar e dimensionar eventuais danos,
tais como empolamento e infiltração de umidade, que possam impactar a sua integridade.

®
7.1.6 Inspeção Visual da “Flexjoint” (Região 4)

A “Flexjoint” deve ser inspecionada quanto a anomalias de pintura, estado de corrosão e condição do
elastômero na superfície visível, quanto a trincas, extrusão da borracha e cobertura com barreira
anti-ozônio (quando emersa).

7.2 Medição de Espessura de Parede do Trecho Emerso (Regiões 5 e 4)

7.2.1 A medição de espessura de parede deve ser executada por ultrassom ou outra técnica
aplicável, de acordo com os requisitos da ABNT NBR 15824 e PETROBRAS N-1594.

7.2.2 Recomenda-se a medição de espessura de parede no trecho do duto entre o lançador ou


recebedor de “PIG” até ZVM ou ZDT nos locais em que houver indicação de corrosão externa ou
interna. [Prática Recomendada]

7.2.3 Para trechos cuja inspeção é realizada por escaladores, a espessura deve ser medida em
quatro pontos diametralmente opostos a cada tramo do duto compreendido entre duas juntas
soldadas.

7.2.4 A medição de espessura deve ser realizada sempre que for verificada a existência de corrosão
externa ou mossa. A área corroída e a mossa devem ter sua geometria medida e representada de
modo que possibilite a avaliação segundo os critérios da PETROBRAS N-2786.

7.2.5 Recomenda-se a medição de espessura no corpo do lançador e recebedor de “PIG”, na


geratriz superior e inferior. [Prática Recomendada].

7.2.6 A medição de espessura também deve ser realizada nas áreas com perdas de espessura
indicadas por “PIG” instrumentado e demais áreas prováveis desta ocorrência, tais como, regiões
próximas aos cordões de solda, curvas e geratriz inferior.

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NOTA Quando viável tecnicamente, devido a limitação de acesso da ferramenta, efetuar a


medição de espessura por escaneamento com ultrassom ou com laser.

7.2.7 Na ZVM ou ZDT deve ser realizada medição de espessura por ultrassom convencional. Não
sendo possível a realização da medição de espessura por ultrassom convencional, técnicas
alternativas, como por exemplo, inspeção com ondas guiadas e/ou com correntes parasitas de baixa
frequência com saturação magnética, podem ser aplicadas a critério da UO.

7.3 Detecção de Trincas no Trecho Emerso (Regiões 5 e 4) e no Trecho Submerso (Região 3)

7.3.1 A detecção de trincas deve ser realizada por Partícula Magnética (PM), “Alternating Current
Field Measurement” (ACFM) ou Líquido Penetrante (LP), de acordo com os requisitos das
PETROBRAS N-1598, N-1594, ABNT NBR 15248 ou ASME BPVC Section V - Artigo 15 ou outra
técnica aplicável.

7.3.2 Recomenda-se a inspeção quanto à presença de trincas nas regiões do duto de acordo com a
Tabela A.1 do Anexo A ou nos seguintes casos: [Prática Recomendada]

a. regiões suscetíveis à fadiga;


b. possibilidade de corrosão sob tensão;
c. região de mossa.

7.4 Inspeção Externa do Trecho Submerso (Regiões 3, 2, 1 e “Shore Approach”)

As regiões do trecho submerso do duto rígido submarino, incluindo “risers” devem ser inspecionadas
visualmente e quanto à proteção catódica, bem como quanto a aspectos geológicos e geotécnicos. O
resultado da inspeção do trecho submerso pode suscitar a necessidade de uma inspeção geológica e
geotécnica específica conforme 7.4.4 desta Norma.

7.4.1 Inspeção Visual

a) a inspeção visual deve ser executada de acordo com a ABNT NBR16244 e tem por
objetivo avaliar: aspectos do solo marinho; condições de enterramento; estado do
revestimento; presença de incrustações, sucata; amassamentos; corrosão externa;
estado dos anodos; existência de vazamentos; cruzamentos; estado da região TDZ;
vãos livres e calçamento; movimentação e posicionamento do duto em relação aos
“sleepers”, cujos escopos estão descritos nos subitens 7.4.1.1 a 7.4.1.14;

NOTA Nos trechos de duto enterrado e que operem com fluido aquecido deve-se verificar e
registrar a ocorrência de “up heavel buckling” (flambagem vertical).

b) a inspeção visual deve avaliar a condição de válvulas, “manifolds” e acessórios,


verificando-se aspectos de corrosão externa, vazamentos, estado dos anodos e
estabilidade no solo. As UOs responsáveis pela operação destes equipamentos
submarinos devem elaborar procedimento específico de inspeção e ensaios funcionais
aplicáveis;
c) nas áreas submetidas a reparos submarinos deve ser realizada inspeção visual
preliminar para avaliar sua integridade, observando-se aspectos de corrosão externa,
vazamentos, inclusive intermitentes, danos e estado do sistema de reparo.

7.4.1.1 Aspectos do Solo Marinho

Deve ser verificado, classificado e registrado o tipo de solo e formações de interesse e em especial,
presença de corais, na região junto ao traçado do duto.

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7.4.1.2 Condições de Enterramento

Deve ser registrado o nível de enterramento do duto no solo, ao longo do seu traçado. Quando não
for possível quantificar o nível de enterramento, utilizando equipamento MBES, casos de inspeções
visuais com mergulhador, o registro dos níveis de enterramento estimados deve ser classificado,
conforme Tabela 1.

Tabela 1 - Classificação do Nível de Enterramento

Classificação do nível
Descrição
de enterramento
I geratriz inferior enterrada até 25 % do diâmetro externo do duto
geratriz inferior enterrada entre 25 % e 50 % do diâmetro externo do
II
duto
geratriz inferior enterrada entre 50 % e 100 % do diâmetro externo do
III
duto
IV duto totalmente enterrado

7.4.1.3 Estado dos Revestimentos

7.4.1.3.1 Deve ser verificada, visualmente, a integridade dos revestimentos: anticorrosivos,


isolamento térmico e de lastro ao longo de todo o duto. Caso seja detectada alguma descontinuidade,
complementar a inspeção com a verificação da aderência para os casos de revestimentos
anticorrosivo e térmico. Quanto a revestimento para lastro do duto, deve ser verificada a presença de
trincas e quebras. Deve ser estimada e registrada a extensão da falha.

7.4.1.3.2 Deve-se dedicar especial atenção ao estado do revestimento quando os resultados da


inspeção por “PIG” instrumentado indicarem a presença e/ou evolução da corrosão externa no duto
ou quando o duto estiver submetido a permanente movimentação, por exemplo: na região TDZ ou
regiões de falta de lastro ou sujeitas à dilatação térmica.

NOTA A inspeção por “PIG” registrador de temperatura pode ser usada como um método indireto
de inspeção do isolamento térmico, de forma qualitativa, para dutos que operem com
produto aquecido.

7.4.1.4 Presença de Incrustações e Sucata

7.4.1.4.1 Deve ser verificada e registrada a presença de incrustações sobre o duto, classificando-as
segundo sua relevância de acordo com a ABNT NBR 16244.

7.4.1.4.2 Deve ser verificada e registrada a presença de sucata, tais como, âncoras, seções de
tubos, componentes de equipamentos etc. em contato e/ou nas proximidades do duto e que possam
comprometer sua integridade. Quando possível, as dimensões e peso da sucata devem ser
informados no relatório.

7.4.1.5 Amassamentos

Deve ser verificada e registrada a existência de amassamentos. Os amassamentos devem ser


medidos conforme definido no Anexo D. Os amassamentos devem ser avaliados de acordo com a
PETROBRAS N-2786.

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7.4.1.6 Corrosão Externa

7.4.1.6.1 Deve ser verificada e registrada a ocorrência de corrosão externa, classificando e


dimensionando-a conforme instruções do Anexo C.

7.4.1.6.2 Deve ser verificada a condição da proteção catódica do trecho corroído conforme indicação
no 7.4.2.

7.4.1.6.3 Caso houver indicações de corrosão externa deve ser realizada medição de espessura
conforme 7.2, classificando-as conforme Anexo C. As áreas corroídas devem ser avaliadas de acordo
com a PETROBRAS N-2786.

7.4.1.7 Estado dos Anodos

Deve ser verificada e registrada a existência de anodos conforme projeto e seu estado quanto à
passivação e desgaste.

7.4.1.8 Existência de Vazamentos

Todos os vazamentos encontrados devem ser registrados e informados imediatamente ao


responsável técnico pelo gerenciamento da integridade do duto.

7.4.1.9 Cruzamento de Dutos

Identificar e registrar o cruzamento entre dutos, verificando: a posição relativa do duto que está sendo
inspecionado; se o cruzamento é entre dutos rígidos ou com flexível; se há contato entre os dutos ou
existe uma ponte; se existe sistema de proteção, capa de proteção externa para o duto flexível em
contato com duto rígido e o seu estado físico.

7.4.1.10 Existência de Vãos Livres

Deve ser verificada e registrada a existência de vãos livres ao longo do duto. Os vãos livres
encontrados devem ser analisados conforme a PETROBRAS N-2786, quanto ao estado limite de
carregamento estático, térmico e de fadiga. A altura máxima, o início e o fim de todos os vãos livres
devem ser identificados e registrados durante a inspeção visual. A inspeção para determinação do
vão livre pode ser através de mergulhador devidamente qualificado, ROV, AUV ou MBES descrito no
7.4.3.

7.4.1.11 Estado da Região TDZ

Nos casos de SCR e SLWR deve ser verificado e registrado o estado da região TDZ quanto à
profundidade da trincheira, desalinhamento do duto na TDZ em relação à trincheira, danos ao
revestimento externo.

7.4.1.12 Condição do Calçamento

Deve ser verificado o estado físico dos calçamentos, a posição do calço no vão livre e a existência de
efetivo contato entre o duto e os apoios e entre os apoios e o leito marinho.

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7.4.1.13 Movimentação de Duto não Aquecido

Deve ser verificada a ocorrência de movimentação do duto, registrando as marcas no solo ou regiões
de entrincheiramento.

7.4.1.14 Dutos que Operam com Produtos Aquecidos

7.4.1.14.1 Dutos que operam com produtos aquecidos devem ser objeto de uma inspeção visual
mais cuidadosa. Os seguintes aspectos devem ser verificados:

a) flambagem global ou localizada;


b) deslocamento axial global do duto (“pipeline walking”);
c) deslocamento de válvulas, “tees”, “sleepers”, boias etc;
d) interferência com outros dutos;
e) interferência com outras estruturas;
f) qualquer ponto de deslocamento localizado que possa dar origem a fadiga de baixo ciclo
(deformação plástica cíclica);
g) deslocamentos maiores do que os estabelecidos no projeto (quando disponível).

7.4.1.14.2 Deve ser verificada a ocorrência de movimentação do duto e seu posicionamento em


relação aos limites de passeio sobre os “sleepers”. Todo o passeio do duto no “sleeper” que exceder
aos limites e em casos extremos, que saia dos “sleepers”, devem ser registrados e informados
imediatamente ao responsável pelo gerenciamento da integridade do duto.

7.4.2 Inspeção do Sistema de Proteção Catódica (SPC)

O procedimento de medição de potencial eletroquímico deve atender ao especificado na


PETROBRAS N-1814.

Recomenda-se que seja avaliada a vida residual dos anodos do sistema de proteção galvânica do
duto visando assegurar a proteção catódica, no mínimo, até a próxima inspeção. [Prática
Recomendada]

7.4.2.1 O potencial eletroquímico do duto pode ser medido segundo as técnicas a seguir:

a) técnica de medição por contato - semi-célula em contato metálico com o duto:


— esta técnica permite registrar o potencial do duto durante a inspeção;
b) técnica do eletrodo remoto:
— nesta técnica o perfil de potencial é levantado sem o contato metálico com o duto,
mas através da medição da diferença de potencial entre duas semi-células de
Ag/AgCl água do mar, onde uma é instalada remotamente e a outra junto ao duto.

7.4.2.2 Inspeção do SPC na Região 1

7.4.2.2.1 Deve ser feita a medição de potencial eletroquímico remoto com ROV. A semi-célula
remota deve ser posicionada a, no mínimo, 3 m das outras semi-células.

7.4.2.2.2 Deve ser medido o potencial eletroquímico por contato com ROV, no mínimo, nos três
primeiros anodos, nos três últimos, e a cada 1 000 m de modo a calibrar o sistema de medição de
potencial eletroquímico remoto.

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NOTA Quando a inspeção não for realizada por ROV o potencial pode ser medido pontualmente
por contato metálico. O número de pontos a serem medidos deverá possibilitar a avaliação
do SPC ao longo do duto.

7.4.2.2.3 Deve ser medido o potencial eletroquímico por contato, onde houver danos no revestimento
com exposição da superfície metálica, em válvulas, em extremidades do duto (flange de interligação)
e em acessórios.

7.4.2.2.4 O gradiente de campo elétrico deve ser medido ao longo do duto quando a inspeção for
realizada com ROV utilizando a técnica remota.

NOTA Esta técnica consiste no levantamento do gradiente de campo elétrico ao longo do duto,
através da medição da diferença de potencial entre duas semi-células de Ag/AgCl água do
mar fixadas a uma distância constante e conhecida, mantendo o conjunto perpendicular ao
duto. O objetivo desta técnica é obter informações sobre a saída de corrente do anodo, vida
remanescente do anodo, passivação dos anodos, regiões subprotegidas e indicação de
falhas no revestimento ou revestimento de boa qualidade.

7.4.2.3 Inspeção do SPC nas Regiões 2 e 3

7.4.2.3.1 Deve ser medido o potencial eletroquímico no duto, especialmente, onde houver danos no
revestimento, com exposição da superfície metálica, em válvulas, em extremidades do duto (flange
de interligação) e em acessórios.

NOTA Onde não houver revestimento deve ser medido o potencial eletroquímico em pontos
intermediários entre anodos.

7.4.2.3.2 Deve ser medido o potencial em todos os anodos.

7.4.2.4 Critérios de Avaliação do SPC

7.4.2.4.1 O potencial eletroquímico medido ao longo do duto e em seus acessórios deve estar entre
-800 mV e -1.100 mV, medido em relação ao eletrodo de referência de prata-cloreto de prata
(Ag/AgCl água do mar), para dutos de aço carbono.

NOTA 1 Dutos e/ou acessórios de materiais diferentes do aço carbono-manganês podem exigir
limites de potenciais diferentes dos acima citados, cabendo, nesse caso, um estudo
específico.
NOTA 2 Caso o potencial eletroquímico medido esteja fora da faixa recomendada deve ser
verificada a causa, explorando entre outros, a deficiência da junta de isolamento elétrico do
duto, braçadeiras e eventuais cruzamentos entre dutos metálicos.

7.4.2.4.2 Em meios anaeróbicos, com bactérias redutoras de sulfato, deve-se adotar potencial de
proteção na faixa entre -900 mV e -1.100 mV.

7.4.2.4.3 Para dutos submarinos protegidos por um SPC instalado em terra, as inspeções dos
retificadores e leitos de anodos devem seguir a PETROBRAS N-2298.

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7.4.3 Inspeção Submarina nas Regiões 1 e “Shore-Approach”

7.4.3.1 O duto submarino na Região 1 deve ser inspecionado sob todos os aspectos, incluindo, vão
livre, revestimento, medição de potencial eletroquímico e de gradiente de campo. A mesma
abrangência de inspeção deve ser aplicada na Região de “Shore-Approach”, excetuando-se a
medição do gradiente de campo.

7.4.3.2 A inspeção do trecho “flowline” e do trecho de “shore-approach” deve ser realizada,


preferencialmente, utilizando o equipamento MBES, podendo ser realizada por mergulhador.

7.4.3.3 No caso de inspeção com MBES, os equipamentos devem ser posicionados próximo ao duto
de modo assegurar uma qualidade mínima de pontos aquisitados, conforme requisitos abaixo:

a) os comprimentos dos vãos livres devem ser mensurados e as respectivas posições de


início e fim, devem ser registradas nos relatórios, com erros de, no máximo, 50 mm;
b) deve haver distinção entre os ecos atribuídos a duto e ao solo;
c) devem ser geradas cartas de vão livre que mostrem o perfil transversal e longitudinal do
duto e do solo ao longo de toda extensão do duto;
d) as alturas dos vãos livres devem ser obtidas pela análise dos dados provenientes dos
sensores;
e) a seção transversal do duto deve ser aquisitada pelos sensores a cada 10 cm ou
menos;
f) o número de feixes, o ângulo entre cada feixe, a frequência dos feixes, a taxa de
disparo e demais parâmetros devem ser tais que o produto final gerado permita a
perfeita localização do duto na imagem de MBES independente de seu diâmetro
externo;
g) o equipamento deve fornecer dados que permitam a medição da altura do vão livre em
perfil, com precisão de 3 cm;
h) o posicionamento do equipamento deve ser tal que as imagens do MBES mostrem o
máximo possível da calha inferior do duto.

NOTA O início e o fim dos vãos livres devem ser identificados e registrados igualmente na
inspeção e medição realizadas com MBES.

7.4.4 Inspeção Geológica e Geotécnica (Regiões 1 e “Shore Approach”)

a) a inspeção geológica e geotécnica tem como objetivo identificar, mapear, classificar e


acompanhar a evolução de ocorrências geológicas e geotécnicas ao longo das faixas e
áreas adjacentes que possam comprometer a integridade dos dutos. Os resultados
obtidos nestas inspeções devem ser analisados e, eventualmente, podem contribuir
para a atualização da Carta Temática;
b) a inspeção geológica e geotécnica está classificada em duas categorias distintas:
periódicas e específicas;
c) a inspeção geológica e geotécnica específica deve ser realizada sempre que os
resultados das inspeções submarinas periódicas indicarem a possibilidade de
ocorrências geológicas e geotécnicas que possam comprometer a integridade dos
dutos.

7.4.4.1 Inspeções Periódicas

7.4.4.1.1 As inspeções periódicas de caráter geológico e geotécnico podem ser realizadas


aproveitando o momento da realização de uma inspeção externa planejada. Para que haja
engajamento entre as inspeções estas devem seguir as técnicas definidas durante a fase de
planejamento, de maneira a possibilitar a perfeita identificação e o georeferenciamento das
ocorrências geológico-geotécnicas presentes na diretriz e ao longo das áreas adjacentes ao duto.

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7.4.4.1.2 As inspeções periódicas devem observar quaisquer tipos de ocorrências que possam
representar potencial de risco à integridade do duto, tais como:

a) zonas de erosão e de descalçamento;


b) indícios de movimentos de massa sedimentar;
c) juntas de tração;
d) zonas de falhas e fraturas;
e) escarpas;
f) acumulações coralíneas e rodolíticas;
g) pavimentos rochosos;
h) feições de escape de fluído;
i) travessias de cânions submarinos;
j) zonas de hidrato de gás;
k) pontos já cadastrados com suscetibilidade alta, vistoriando as condições das
instalações onde foram adotadas medidas mitigadoras, bem como avaliar a sua
eficiência;
l) condições de enterramento dos dutos e ancoragem do mesmo;
m) cruzamento de dutos;
n) ocorrências de alças de deformação ocasionadas por carregamento térmico;
o) indícios de movimentação do duto;
p) condições dos dispositivos instalados para controle dos deslocamentos em dutos
submetidos a carregamento térmico.

NOTA Todos os pontos com indícios de processos naturais que representem risco para a
integridade do duto, em especial, pontos de suscetibilidade alta, devem ser cadastrados
através de fichas de inspeção, com as informações mínimas apresentadas no modelo do
Anexo B. Observações indicativas de situações de risco iminente ou futuro devem ser
obrigatoriamente anotadas nas fichas de inspeção e comunicadas ao responsável pelo
Gerenciamento da Integridade do duto.

7.4.4.1.3 A periodicidade para a realização das inspeções pode ser conforme critério da UO
responsável pelo duto ou seguir a sugestão conforme Tabela 2. [Prática Recomendada]

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Tabela 2 - Sugestão da Frequência das Inspeções Periódicas dos Traçados e Áreas


Adjacentes aos Dutos Submarinos de Acordo com a Suscetibilidade da
Área a Processos Geológico-Geotécnicos

Suscetibilidade Periodicidade

Alta 5 anos (1), (2)

Baixa 10 anos

NOTA 1 Em pontos específicos do traçado do duto a frequência das inspeções periódicas pode ser
aumentada, em função da dinâmica da movimentação de sedimentos marinhos (como por
exemplo, nas zonas costeiras) e da identificação de zonas de risco em inspeções
anteriores. Do mesmo modo, sempre que houver qualquer situação de anormalidade
(como por exemplo, sismos), as inspeções periódicas devem ser realizadas em intervalos
menores, a critério do especialista.
NOTA 2 Dutos submetidos a ciclos de carregamento térmico, independente de ter seu traçado
situado em áreas de suscetibilidade alta, quanto a processos geológicos e geotécnicos,
devem ter sua inspeção periódica realizada no máximo a cada 5 anos, observando o
indicado em 7.4.1.14. O relatório final de inspeção periódica, geológico-geotécnico, deve
conter:

a) os pontos identificados (ocorrências), devidamente classificados em níveis de risco


(suscetibilidade), os quais devem ser filmados, fotografados ou obtidas imagens, para
posterior documentação, análise e armazenamento no banco de dados;
b) mapa georeferenciado com a localização dos pontos (ocorrências);
c) conclusão;
d) recomendações gerais para estudos ou levantamentos adicionais, mitigação ou
intervenção.

NOTA 3 No relatório final deve ser apontada a urgência das medidas recomendadas e a ordem de
prioridade das ações, subsidiando a tomada de decisão por parte do responsável pelo
gerenciamento da integridade do duto. Os relatórios devem ser arquivados em banco de
dados atualizados, de forma a:

a) acompanhar a evolução dos processos detectados;


b) avaliar a frequência de determinados tipos de ocorrência;
c) avaliar a eficiência de medidas corretivas eventualmente implementadas;
d) subsidiar novas inspeções.

7.4.4.2 Inspeções Geológica e Geotécnica - Específicas

7.4.4.2.1 As inspeções específicas devem ser realizadas sempre que for identificada uma nova
feição ou ocorrência anormal durante as inspeções periódicas; ou que ocorra algum evento em que o
especialista geológico-geotécnico entenda ser adequado efetuar uma nova verificação para poder
avaliar eventuais impactos e a condição de integridade do duto, como por exemplo, ação antrópica
(derrocamento, dragagem etc.) ou eventos naturais.

7.4.4.2.2 O escopo da inspeção específica deve ser definido no planejamento, pelo especialista
geológico-geotécnico, de modo a dimensionar o evento gerador. Isto tem por finalidade confirmar o
potencial de risco envolvido (suscetibilidade) e sugerir medidas mitigadoras provisórias ou definitivas.

NOTA Para os casos de dutos submetidos a carregamento térmico ou em regiões com


suscetibilidade de movimento do solo da fundação, recomenda-se o levantamento do
traçado de duto, através de técnica específica. [Prática Recomendada]

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7.4.4.2.3 O relatório final de inspeção geológico-geotécnica específica, elaborado por equipe


especializada, deve conter:

a) os pontos inspecionados, a identificação ou não destes como ocorrências, classificação


em termos de potencial de risco (suscetibilidade) das ocorrências, quando aplicável.
Estes pontos devem ser filmados, fotografados ou feita imagem, para posterior
documentação, análise e armazenamento no banco de dados;
b) mapa georeferenciado com a localização dos pontos (ocorrências);
c) conclusão;
d) recomendações gerais para estudos ou levantamentos adicionais, mitigação ou
intervenção.

NOTA No relatório final devem ser apontadas a urgência das medidas recomendadas e a ordem
de prioridade das ações, subsidiando a tomada de decisões por parte do responsável pela
integridade do duto.

7.4.4.2.4 Os relatórios devem ser arquivados em banco de dados atualizados, de forma a:

a) acompanhar a evolução dos processos detectados;


b) avaliar a frequência de determinados tipos de ocorrência;
c) avaliar a eficiência de medidas corretivas eventualmente implementadas;
d) subsidiar novas inspeções.

7.4.4.3 Levantamento do Traçado

7.4.4.3.1 O traçado de dutos novos deve ser elaborado com georreferenciamento compatível com
sistema GIS utilizado pela UO, de forma a facilitar o seu imediato lançamento neste sistema. O
traçado "as laid" deve conter o “survey” inicial dos dutos novos. [Prática recomendada]

7.4.4.3.2 Em dutos submetidos a carregamento térmico ou em áreas com indícios de movimento de


massa, o levantamento do traçado é fundamental na interpretação do processo de interação
solo-duto.

7.4.4.3.3 O traçado deve ser determinado utilizando-se das técnicas indicadas abaixo:

a) sonografia;
b) batimetria de multifeixes;
c) magnetometria;
d) pulso induzido (“Innovatum”);
e) “PIG” inercial;
f) SBP;
g) técnicas de hidro acústica submarina;
h) técnicas de topografia com a utilização de estação total em pontos estacionários e
balisas/prismas, posicionados sobre o duto ao longo de seu percurso).

NOTA Deve-se atentar para o perfeito georeferenciamento (coordenadas XYZ) e aos dados de
curvatura do duto ao longo da sua diretriz. A escolha da técnica deve levar em conta, entre
outras coisas, a resolução e precisão requerida pelo técnico responsável pela análise da
interação solo-duto.

7.4.4.3.4 Os dados obtidos devem ser analisados e arquivados em um banco de dados, permitindo
acompanhar a evolução dos processos detectados no caso de inícios de movimento de solo e da
deformada do duto no caso dos mesmos serem submetidos a ciclos de carregamento térmico.

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NOTA Para dutos submetidos a carregamento térmico ou em regiões com suscetibilidade de


movimento do solo de fundação, recomenda-se que quando da inspeção com “PIG”
instrumentado, seja sempre feita a inclusão do módulo do “PIG” inercial; a depender da
precisão desta técnica que é função da lâmina d´água ou utilizar inspeção do traçado por
ROV e AUV. [Prática recomendada]

7.5 Inspeção por “PIG” Instrumentado

a) deve ser realizada inspeção com “PIG” instrumentado geométrico e de perda de massa
nos dutos pigáveis;
b) eventualmente pode ser necessária a utilização de “PIG” instrumentado que tenha
capacidade para detecção de trinca.

NOTA 1 Para dutos em que não seja possível, tecnicamente, a inspeção com “PIG” instrumentados,
devem ser utilizadas técnicas alternativas de inspeção ou de avaliação da integridade, tais
como: ensaio hidrostático, observando-se a Seção 9 desta Norma, ensaio de pressão ou
alternativas que permitam indicar a existência de perda de espessura. Deve ser registrada
justificativa técnica para a seleção da alternativa utilizada.
NOTA 2 O “PIG” inercial tem restrições de utilização nas situações de avaliação de movimentação
(alteração da diretriz) do duto devido à dificuldade de obtenção de referências com a
precisão necessária no ambiente submarino, portanto sua aplicação deve ser avaliada
tecnicamente pelo responsável pelo gerenciamento da integridade do duto.
NOTA 3 Deve ser realizado um estudo detalhado dos resultados da corrida do “PIG” instrumentado
de perda de massa nos trechos de duto sob as braçadeiras da região emersa ou na ZVM ou
ZDT, de modo a identificar claramente a presença de corrosão externa nestes locais.

7.5.1 Planejamento e Habilitação das Inspeções com “PIG” Instrumentado

7.5.1.1 É considerado habilitado para inspeção com “PIG” instrumentado o duto que tenha sido
submetido a uma sequencia de “PIG” de limpeza. A limpeza deve iniciar com “PIG” espuma de baixa
densidade e concluir com a passagem de um “PIG” rígido com placa calibradora, sendo esta última
corrida aprovada pelo responsável técnico por esta inspeção.

7.5.1.2 No planejamento dos serviços de inspeção com “PIG” instrumentado, deve ser elaborada
uma especificação técnica contendo, no mínimo, os seguintes tópicos:

a) habilitação prévia do duto para a inspeção, incluindo o nível da limpeza requerido;


b) adequação dos “PIGs” às condições operacionais de inspeção;
c) procedimentos a serem seguidos, antes, durante e depois da inspeção, conforme
PETROBRAS N-2634;
d) tipos de anomalias esperadas de serem detectadas;
e) desempenho esperado do sistema de inspeção (desempenho da ferramenta, do
aplicativo e da análise dos dados). O desempenho destas ferramentas deve atender
aos requisitos da API STD 1163, e NACE SP0102;
f) plano de contingência e emergência para a eventual aprisionamento do “PIG”.

7.5.2 Relatório de Inspeção do “PIG” Instrumentado

Após a corrida do “PIG” instrumentado, geométrico ou de perda de massa, deve ser elaborado um
relatório conclusivo sobre as condições da integridade estrutural do duto no que tange a inspeção
realizada.

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8 Monitoração da Corrosão Interna

8.1 Os dutos submarinos devem ter seu plano de monitoração da corrosão interna elaborado de
acordo com os requisitos da PETROBRAS N-2785 e os resultados desta monitoração devem ser
avaliados pelo responsável pelo gerenciamento da integridade dos dutos rígidos submarinos.

8.2 O responsável pelo gerenciamento da integridade dos dutos rígidos submarinos pode dispensar
a monitoração de determinado duto desde que tecnicamente justificado e documentado no sistema
de gestão da integridade corporativo. [Prática Recomendada]

9 Ensaio Hidrostático

O ensaio hidrostático em dutos submarinos deve ser realizado conforme Anexo E desta Norma.

9.1 Recomenda-se efetuar o ensaio hidrostático nos dutos existentes, visando assegurar que o duto,
no trecho testado, suporta as condições de Pressão Máxima de Operação Admissível (PMOA), nos
seguintes casos: [Prática Recomendada]

a) gasodutos que tenham permanecido mais de 5 anos desativados temporariamente de


acordo com a PETROBRAS N-2246, e que tenham necessidade de operar novamente;
b) dutos que tenham permanecido mais de 3 anos desativados ou fora de operação e que não
possuam um critério adequado de hibernação, e que tenham necessidade de operar
novamente;
c) dutos que estejam operando há mais de 10 anos sem ensaio hidrostático e em pressões
inferiores a 64 % da PMOA original do projeto e que necessitem operar a pressões maiores
que 80 % da PMOA original do projeto;

NOTA Caso a tensão, devido à nova pressão de operação não ultrapasse 30 % do limite de
escoamento do duto, o ensaio hidrostático pode ser dispensado.

d) em substituição à inspeção com “PIG” instrumentado de perda de massa, desde que a


corrosão por pites e defeitos planares circunferenciais não sejam causas possíveis de falha
do duto.

9.2 Deve-se efetuar ainda, ensaio hidrostático em dutos existentes, visando assegurar-se de que os
tramos testados suportam as condições de PMOA, quando:

a) durante a manutenção do duto, os tubos inseridos não forem pretextados


hidrostaticamente, em separado;
b) não tiveram suas soldas circunferenciais 100 % inspecionadas por gamagrafia ou
ultrassom;
c) os tramos e seus componentes necessitarem operar a pressões superiores àquela
qualificada pelo último ensaio hidrostático realizado;
d) os tramos e seus componentes instalados em áreas sensíveis ao meio ambiente, devem
ser verificados quanto a sua resistência estrutural e estanqueidade.

NOTA Nos ensaios hidrostáticos de gasodutos o responsável pelo gerenciamento da integridade


deve considerar na fase de planejamento eventuais restrições devido à mecânica da fratura,
tais como propagação de trinca existente, retirada e descarte da água do ensaio e secagem
do gasoduto.

10 Reparos

Os reparos dos defeitos identificados nas inspeções devem ser executados de acordo com as
seguintes normas:

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a) no caso de trecho submerso: PETROBRAS N-2727;


b) no caso de trecho terrestre ou emerso: PETROBRAS N-2737.

11 Qualificação de Risco

11.1 Recomenda-se qualificar ou requalificar o risco do duto, conforme a metodologia corporativa


adotada pela UO ou o operador do duto, após a aplicação do plano de inspeção e aprovação do PTI
pelo responsável pelo gerenciamento da integridade do duto. [Prática Recomendada]

11.2 Esta qualificação irá auxiliar na priorização das ações necessárias a manutenção da integridade
do duto.

11.3 Os dutos devem ser submetidos a análise de risco para subsidiar os planos de inspeção e sua
integridade.

12 Documentação

12.1 Prontuário

Todo duto deve possuir um prontuário, o qual deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) dados e desenhos de projeto, fabricação e instalação;


b) dados de operação atualizados;
c) registros das primeiras inspeções após o lançamento;
d) histórico de anormalidades operacionais;
e) histórico de limpeza;
f) relatórios de inspeção;
g) histórico de reparos;
h) relatórios de reparos;
i) relação das principais normas e procedimentos aplicados ao duto.

NOTA Os documentos dos dutos devem ser codificados conforme a PETROBRAS N-1710.

12.2 Relatório de Inspeção

12.2.1 Todas as ocorrências, falhas e dados obtidos devem ser registrados em relatórios de
inspeção de modo a assegurar rastreabilidade da informação.

12.2.2 Os relatórios, recomendações técnicas de inspeção, bem como as conclusões quanto à


integridade estrutural do duto, devem ser arquivados em meio físico ou digital, de modo a compor seu
histórico de inspeção e manutenção.

12.2.3 O conteúdo recomendado do RI ou PTI inclui os seguintes tópicos:

a) I - Dados do Duto Rígido Submarino e parâmetros operacionais;


b) II - Período da Inspeção: data de início e término da inspeção;
c) III - Objetivo;
d) IV - Descrição da inspeção e ensaios executados e o local de execução;
e) V - Resultados da Inspeção e Pontos Relevantes;
f) VI - Observações;
g) VII - Recomendações técnicas;
h) VIII - Conclusão;

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a) IX - Anexos (se houver).

12.2.4 Quando o RI for elaborado por terceirizados, deve ser emitido o PTI.

12.2.5 CANCELADO - EMENDA 12/2017

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Anexo A - Aplicação das Técnicas de Inspeção nas Regiões dos Dutos Rígidos
Submarinos

Nível do mar

"Riser" flexível
30 m

Duto rígido "flow" 1

Leito marinho

Legenda:

Região 1 - Trecho do Duto Rígido estático, posicionado sobre o leito marinho.


Região 5 - Trecho do Duto compreendido entre o Topo do “riser” Flexível na Plataforma e o Lançador/Recebedor de ”PIG”.

Figura A.1 - Plataforma Fixa com “Riser” Flexível

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3
Nível do mar

30 m

1
Leito marinho

Conexão

Legenda:

Região 1 - Trecho do Duto Rígido estático, posicionado sobre o leito marinho.


Região 2 - Trecho do Duto compreendido entre a conexão de “Tie-in” até uma LDA de 30 m.
Região 3 - Trecho do Duto compreendido entre a LDA de 30 m e a região de ZVM.
Região 4 - Trecho do Duto compreendido entre a região de ZVM e o Topo do “riser” na Plataforma.
Região 5 - Trecho do Duto compreendido entre o Topo do “riser” na Plataforma e o Lançador/Recebedor de PIG.

Figura A.2 - Plataforma Fixa com “Riser” Rígido

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3
ZVM
Nível do mar

30 m

2 Ancoragem
1
TDP

Leito marinho

Legenda:

Região 1 - Trecho do Duto Rígido estático, posicionado sobre o leito marinho.


Região 2 - Trecho do Duto compreendido entre a conexão do TDP, do SCR até uma Linha D’água (LDA) de 30 m.
Região 3 - Trecho do Duto compreendido entre a LDA de 30 m e a região de ZVM.
Região 4 - Trecho do Duto compreendido entre a região de ZVM e o Topo do “riser” na Plataforma.
Região 5 - Trecho do Duto compreendido entre o Topo do “riser” na Plataforma e o Lançador/Recebedor de PIG.

Figura A.3 - Plataforma Flutuante de Produção ou Unidade Estacionária de Produção (UEP)


com SCR

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3
ZVM
Nível do mar

30 m

"Riser" flexível

Ancoragem 1
TDP

Leito marinho

Legenda:

Região 1 - Trecho do Duto Rígido estático, posicionado sobre o leito marinho.


Região 3 - Trecho do Duto, “Spool” Rígido compreendido entre a LDA de 30 m e a região de ZVM.
Região 4 - Trecho do Duto, “Spool” Rígido compreendido entre a região de ZVM e o Topo do “Spool” na Plataforma.
Região 5 - Trecho do Duto compreendido entre o Topo do “Spool” Rígido na Plataforma e o Lançador/Recebedor de “PIG”.

Figura A.4 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com “Spool” Rígido e “Riser”
Flexível

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Nível do mar

"Riser" flexível

Ancoragem 1
TDP

Leito marinho

Legenda:

Região 1 - Trecho do Duto Rígido estático, posicionado sobre o leito marinho.


Região 5 - Trecho do Duto compreendido entre o Topo do “riser” Flexível na Plataforma e o Lançador/Recebedor de “PIG”.

Figura A.5 - Plataforma Flutuante de Produção ou UEP com “Riser” Flexível

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Tabela A.1 - Periodicidade das Inspeções Segundo as Regiões dos Dutos Rígidos
Submarinos

Periodicidade
Região de
Tipo de inspeção Item recomendada
inspeção
(anos)

Visual Emerso 7.1 2 (Nota 5)

Medição de Espessura 7.2 2 (Nota 5)


5 (trecho de
superfície)
Deteção de Trincas 7.3 Eventual

“PIG” Instrumentado 7.5 5 (Nota 1)

Visual Emerso ZVM e


“Riser” 7.1 3 (Notas 4 e 5)

Medição de Espessura 7.2 3 (Nota 5)


4 (escalador
ZVM ou ZDT)
Deteção de Trincas 7.3 Eventual

“PIG” Instrumentado 7.5 5 (Nota 1)

Visual Emerso ZVM e


“Riser” 7.1 3 (Nota 5)

Medição de Espessura 7.2 3 (Nota 5)


4 SCR
(escalador ZVM Visual da “Flex Joint” 7.1.6 3 (Nota 5)
ou ZDT)
Deteção de Trincas 7.3 Eventual

“PIG” Instrumentado 7.5 5 (Nota 1)

Visual com mergulhador 7.4 5 (Notas 4, 5 e 9)


3 (“riser”
Megulhador -
Mergulho Raso Potencial Eletroquímico 7.4.2 5 (Nota 5)
até 20 m de
profundidade)
“PIG” Instrumentado 7.5 5 (Nota 1)

Visual com ROV 7.4.1 5 (Nota 5)

2 (ROV conexão
Potencial Eletroquímico 7.4.2 5 (Nota 5)
“riser flow”)

“PIG” Instrumentado 7.5 5 (Nota 1)

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Tabela A.1 - Periodicidade das Inspeções Segundo as Regiões dos Dutos Rígidos
Submarinos (Continuação)

Região de Periodicidade
Tipo de inspeção Item
inspeção recomendada (anos)

Visual do TDP com ROV 7.4.1 5 (Nota 5)

2 (ROV conexão Potencial Eletroquímico,


7.4.2 5 (Nota 5)
“riser flow”) gradiente de campo

“PIG” Instrumentado 7.5 5 (Nota 1)

Visual com ROV 7.4.1 5 (Notas 6 e 7)

Inspeção geológica e
7.4.4 N/A (Nota 3)
geotécnica
1 (“Flow” geral)
Potencial Eletroquímico,
gradiente de campo 7.4.2 5

"PIG” Instrumentado 7.5 5 (Nota 1)

Conforme Tabela 2
Visual com mergulhador 7.4
(Notas 2, 6 e 7)

Inspeção geológica,
1 (“Flow” de 7.4.4. N/A (Nota 3)
geotécnica
água Rasa)
Potencial Eletroquímico 7.4.2 5

“PIG” Instrumentado 7.5 5 (Nota 1)

Visual com mergulhador 7.4.1 ou


5 (Notas 2, 6 e 8)
ou Sonar 7.4.3
Inspeção geológica,
7.4.4 N/A (Nota 3)
1 C (“Shore geotécnica
Approach”)
Potencial Eletroquímico 7.4.2 5

“PIG” Instrumentado 7.5 5 (Nota 1)

NOTA 1 A periodicidade indicada para inspeção com “PIG” instrumentado de


perda de massa, é apenas uma referência. Recomenda-se determinar
o intervalo entre inspeções para cada duto de forma individualizada,
levando-se em conta, pelo menos, a intensidade do processo
corrosivo (taxa de corrosão interna e externa), o estado do duto
(defeitos não reparados) e as consequências de falha. [Prática
Recomendada]
NOTA 2 Técnica de inspeção aplicável somente a trecho “flow” em lâminas
d’água menores que 50 m (ex.: “shore approach”, dutos de
carregamento próximos a terminais, dutos de monobóia, entre
plataformas com LDA menores que 50 m.
NOTA 3 A critério do especialista em geologia e geotécnica pode ser
estabelecida uma periodicidade.
NOTA 4 A periodicidade de inspeção de “riser” sem Monel na ZVM ou ZDT
deve ser de 3 anos.
NOTA 5 Para o caso de dutos em hibernação (desativados temporariamente)
a UO deve elaborar planos de inspeção específicos para estes casos.

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Tabela A.1 - Periodicidade das Inspeções Segundo as Regiões dos Dutos Rígidos
Submarinos (Continuação)

NOTA 6 Recomenda-se, para dutos rígidos submarinos novos, que seja feita
inspeção inicial com ROV no primeiro ano após a entrada em
operação. A análise dos resultados desta inspeção deve ser
acompanhada pelo projetista do duto. Esta inspeção serve para
avaliar a compatibilidade entre os modelos e premissas adotados no
projeto e o comportamento real do duto, contribuindo assim para a
melhoria contínua dos projetos. [Prática Recomendada]
NOTA 7 Nos trechos de dutos enterrados a inspeção visual deve avaliar a
ocorrência de vazamentos e outros danos. Nos casos de dutos
enterrados conforme projeto, a inspeção deverá avaliar as condições
definidas no plano de inspeção.
NOTA 8 No “shore approach” deve ser verificado o enterramento do duto
conforme definido no plano de inspeção.
NOTA 9 Para dutos instalados em LDA < 50m, a critério da UO, pode-se
adotar somente mergulho.

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Anexo B - Requisitos para Elaboração da Carta Temática

B.1 Deve ser elaborada a carta temática da diretriz de cada duto, identificando e registrando os
processos de natureza geológica, geotécnica e oceanográfica que representem risco à integridade
estrutural do duto.

B.2 Na elaboração da carta temática devem ser observados os seguintes aspectos:

a) especificar os requisitos técnicos a serem atendidos no levantamento de dados definidos


pelos profissionais de geologia, geotécnica e oceanografia. Estes levantamentos devem
permitir a comparação entre os dados obtidos na fase de projeto e inspeções
subsequentes;
b) estabelecer uma base cartográfica em meio digital de todas as diretrizes e áreas
adjacentes aos dutos;
c) estabelecer um diagnóstico geral da diretriz e áreas adjacentes, mapeando e
classificando todas as feições geológicas e geotécnicas que representem risco para a
integridade estrutural dos dutos.

B.3 A carta temática deve ser atualizada nos casos em que se verifique a ocorrência de uma nova
feição ou fenômeno geológico/geotécnico/oceanográfico não previsto na carta existente.

B.4 Antes da realização dos levantamentos, devem ser atendidos os pré-requisitos relacionados
abaixo:
a) análise da documentação existente sobre o local, incluindo:
— desenhos de projeto do duto, “conforme construído”;
— condições de operação do duto (pressão, temperatura e seus ciclos);
— cadastros de pontos com suscetibilidade alta ou baixa identificados;
— ocorrências geológico-geotécnicas;
— medidas mitigadoras adotadas;
— mapas batimétricos e faciológicos;
— registros de correntes marinhas de fundo da região;
— interpretação de imagens de sonar, multifeixe (batimetria e “backscattering”);
— sísmica 3D e de perfis de subfundo (SBP);
— banco de dados de amostras;
— relatórios de inspeção externa submarina;
b) elaboração de especificação técnica do levantamento de dados geológicos, geofísicos e
oceanográficos;
c) compatibilidade das técnicas e equipamentos utilizados com a profundidade local,
considerando as seguintes situações:
— zonas de transição, com profundidades variando de 0 m a 5 m;
— zonas de arrebentação;
— regiões com profundidades variando de 5 m a 20 m;
— regiões com profundidades variando de 20 m a 1 000 m;
— regiões com profundidades acima de 1 000 m.

B.5 Conforme as características da faixa e adjacências, as seguintes técnicas devem ser


consideradas isoladamente ou em conjunto para execução do levantamento:
a) sonografia;
b) batimetria de varredura;
c) magnetometria;
d) pulso induzido;
e) filmagem;
f) fotografia;
g) inspeção visual, com registro em filmagem ou fotografia;
h) “PIG” inercial;
i) SBP;

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N-1487 REV. G 04 / 2014

j) técnicas de hidro acústica;


k) ADCP;
l) Ondógrafo.

B.6 A classificação das ocorrências, segundo o grau de suscetibilidade, deve ser conforme
Tabela B.1.

Tabela B.1 - Classificação das Ocorrências Geológico-Geotécnicas quanto a


Suscetibilidade

Classificação
Ocorrência
(suscetibilidade)
a. zonas de erosão e descalçamento (duto em vão livre);
b. indícios de movimentos de massa sedimentar;
c. juntas de tração;
d. zonas de falhas e fraturas;
e. escarpas;
Alta
f. acumulações coralíneas;
g. pavimentos rochosos;
h. feições de escape de fluido;
i. cânions submarinos;
j. zonas de arrebentação.
Baixa Ausência de qualquer feição geológico-geotécnica de risco.

B.7 Para cada ocorrência relevante deve ser preenchida ficha de inspeção tendo como referência,
modelo da Figura B.1

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N-1487 REV. G 04 / 2014

FICHA DE INSPEÇÃO EM DUTOS SUBMARINOS Número:

Faixa: Empresa: Data da inspeção:


Kp:

Coordenadas UTM (N; E):

NOTA Fazer referência ao DATUM GEODÉSICO HORIZONTAL utilizado para obtenção das
coordenadas UTM ou Geográficas (SIRGAS 2000, WGS 84, SAD 69, CÓRREGO ALEGRE,
ETC.)

TIPO DE INSPEÇÃO:

( ) PERIÓDICA ( ) ESPECÍFICA

CLASSIFICAÇÃO DO TRECHO SEGUNDO A CARTA TEMÁTICA GEOTÉCNICA:

( ) ALTO ( ) BAIXO

METODOLOGIA DE INSPEÇÃO:

( ) MERGULHO ( ) SONOGRAFIA ( ) MAGNETOMETRIA ( ) FOTOGRAFIA

( ) ROV ( ) BATIMETRIA ( ) SBP ( ) HIDROACÚSTICA

( ) FILMAGEM ( ) PULSO INDUZIDO ( ) “PIG” INERCIAL ( ) OUTRO___________

OCORRÊNCIAS (Usar como referência a Tabela B.1):

( ) DESLIZAMENTO DE TALUDE ( ) DEPÓSITO DE DETRITO ( ) DUTO EM VÃO LIVRE

( ) TRINCA ( ) EXUDAÇÃO DE FLUIDOS ( ) SOTERRAMENTO

( ) RECALQUE (AFUNDAMENTO) ( ) DUTO EXPOSTO EM ZONA ( ) REVESTIMENTO DANIFICADO


ARREBENTAÇÃO

CLASSIFICAÇÃO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICA DA OCORRÊNCIA:

( ) ALTO IMINENTE: S( ) N( ) ( ) BAIXO

PRIORIDADE:

( ) IMEDIATA ( ) CURTO PRAZO ( ) MÉDIO PRAZO ( ) LONGO PRAZO


(120 DIAS) (1 ANO) (2 ANOS)

VÃO LIVRE MÁXIMO ADMISSÍVEL (CONSIDERAR JAQUETA DE CONCRETO):

Ladm (m):

Figura B.1 - Modelo de Ficha de Inspeção

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Anexo C - Classificação e Medição de Áreas Corroídas

C.1 Classificação da Corrosão

C.1.1 Quanto a Extensão (em relação a cada área inspecionada)

a) localizada: corrosão em um ponto isolado na área considerada na inspeção;


b) generalizada: corrosão em toda área considerada na inspeção;
c) dispersa: corrosão em vários pontos isolados na área considerada na inspeção.

C.1.2 Quanto a Forma

a) uniforme: caracterizada por uma perda uniforme de material;


b) alveolar: caracterizada por apresentar cavidades na superfície metálica, possuindo
fundo arredondado e profundidade geralmente menor que seu diâmetro.

C.1.3 Quanto à Intensidade (Ver Nota)

Considerar apenas a forma alveolar:

a) leve: alvéolos que apresentam diâmetro menor que 2 mm;


b) média: alvéolos que apresentam diâmetro com valor compreendido entre 2 mm e 4 mm;
c) severa: alvéolos que apresentam diâmetro maior que 4 mm.

NOTA As Figuras C.3 a C.14 exemplificam como deve ser feita a classificação das áreas corroídas
quanto à extensão, forma e a intensidade.

C.2 Medição de Espessura

C.2.1 Sempre que a perda de espessura for superior a 10 %, em relação à espessura de nominal do
duto, as áreas de corrosão devem ser registradas em uma representação planificada, contendo
comprimento, largura e profundidade da área corroída e medições de espessura em seu interior; a
distância entre as regiões corroídas devem ser registradas.

C.2.2 As Figuras C.1 e C.2 mostram dimensões que devem ser medidas para o cálculo da
resistência remanescente.

C.2.3 A aquisição do perfil da perda de espessura deve ser obtida utilizando ferramentas
automatizadas, tais como escaneamento a laser e fotos de alta definição 3D. Esta técnica deve ser
aplicada para regiões de perda de espessura entre 40 % e 80 %.

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-PÚBLICO-

N-1487 REV. G 04 / 2014

d
tn

Onde
L - Comprimento do defeito medido na direção longitudinal do duto;
d - Profundidade máxima da região corroída;
tn- Espessura nominal da parede do duto.

Figura C.1 - Geometria da Região Corroída

1
SC
2

L2
SL
L1

Legenda:
S L = Distância entre dois defeitos medida na direção longitudinal;
S C = Distância entre dois defeitos medida na direção circunferencial.

Figura C.2 - Interação entre Dois Defeitos

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-PÚBLICO-

N-1487 REV. G 04 / 2014

Fonte: Thais Neuza Souza de Almeida

Figura C.3 - Corrosão Alveolar Leve Generalizada (Foto 1)

Fonte: Thais Neuza Souza de Almeida

Figura C.4 - Corrosão Alveolar Leve Dispersa (Foto 2)

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-PÚBLICO-

N-1487 REV. G 04 / 2014

Fonte: Thais Neuza Souza de Almeida

Figura C.5 - Corrosão Alveolar Média Localizada (Foto 3)

Fonte: Thais Neuza Souza de Almeida

Figura C.6 - Corrosão Alveolar Média Generalizada (Foto 4)

41
-PÚBLICO-

N-1487 REV. G 04 / 2014

Fonte: Thais Neuza Souza de Almeida

Figura C.7 - Corrosão Alveolar Média Dispersa (Foto 5)

Fonte: Thais Neuza Souza de Almeida

Figura C.8 - Corrosão Alveolar Severa Localizada (Foto 6)

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Fonte: Thais Neuza Souza de Almeida

Figura C.9 - Corrosão Alveolar Severa Localizada (Foto 7)

Fonte: Thais Neuza Souza de Almeida

Figura C.10 - Corrosão Alveolar Severa Generalizada (Foto 8)

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Fonte: Thais Neuza Souza de Almeida

Figura C.11 - Corrosão Alveolar Severa Dispersa (Foto 9)

Fonte: Thais Neuza Souza de Almeida

Figura C.12 - Corrosão Uniforme (Foto 10)

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Fonte: Thais Neuza Souza de Almeida

Figura C.13 - Corrosão Uniforme (Foto 11)

Fonte: Thais Neuza Souza de Almeida

Figura C.14 - Corrosão Uniforme (Foto 12)

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Anexo D - Inspeção de Amassamento

D.1 Antes do início da inspeção a região a ser examinada deve ser limpa.

D.2 A deformação geométrica deve ser medida em duas posições, de forma a se obter o
comprimento e largura do amassamento. A Figura D.1 mostra como o dimensionamento deverá ser
feito.

D.3 Efetuar as medidas de comprimento, largura e profundidade em três locais diferentes: a 1/4, 2/4
e 3/4, a partir do comprimento identificado na Figura D.1.

D.4 Fazer medições de espessura na região da deformação, em seu interior e entorno.

D.5 Calcular a largura média e a largura máxima.

D.6 Fazer inspeção visual detalhada na região onde foi encontrado o amassamento.

D.7 Caso sejam encontradas quaisquer indicações de trinca ou dobramentos na inspeção visual
detalhada, o inspetor visual deve complementar a execução do ensaio por partículas magnéticas ou
ACFM.

D.8 Quando o amassamento atingir um cordão de solda, o amassamento deve ser inspecionado em
toda a sua extensão por partículas magnéticas, de acordo com a PETROBRAS N-1792.

NOTA As Figuras D.2 e D.3 (Fotos 13 e 14) ilustram como a medição de mossa deve ser realizada.

Figura D.1 - Exemplo de Dimensionamento de Amassamento

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Fonte: Thais Neuza Souza de Almeida

Figura D.2 - Medição de Mossa (Foto 13)

Fonte: Thais Neuza Souza de Almeida

Figura D.3 - Medição de Mossa ( Fotos 14)

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Anexo E - Ensaio Hidrostático em Oleodutos e Gasodutos Submarinos em Operação

E.1 Objetivo

E.1.1 Este procedimento fixa as condições exigíveis para a execução de ensaio hidrostático de
oleodutos e gasodutos ou tramos de oleodutos e gasodutos submarinos em operação.

E.1.2 Este procedimento aplica-se na requalificação de oleodutos e gasodutos em operação, após a


execução de reparo, ou antes, do retorno à operação de dutos que foram hibernados para avaliação
de sua resistência e estanqueidade; ou ainda, para a avaliação da integridade quando ficar justificada
tecnicamente a impossibilidade da realização de uma inspeção por “PIG” instrumentado.

NOTA Os equipamentos e acessórios conectados ao longo do duto também devem ser


submetidos às pressões de ensaio hidrostático. Cabe ressaltar que o ensaio hidrostático
não tem o objetivo de verificar as propriedades físicas do material dos tubos de que o duto é
constituído.

E.2 Definições

E.2.1 PLAEM (“Pipeline Almost end Manifold”)

Conjunto terminal submarino de dutos, instalado no leito marinho, para servir de terminação a vários
dutos flexíveis e/ou dutos rígidos submarinos.

E.2.2 PMIA (Pressão Máxima Incidental Admissível)

É a máxima pressão em que o duto ou tramo de duto deve ser operado durante uma situação de
operação incidental, isto é, quando da ocorrência de situação transiente. É igual à pressão incidental
descontada a tolerância positiva do sistema de segurança de pressão.

E.2.3 PMOA (Pressão Máxima Operação Admissível)

É a máxima pressão na qual um duto ou tramo de duto pode ser submetido durante operação normal.
Corresponde à pressão de projeto menos a tolerância positiva do sistema de regulagem ou controle
de pressão.

E.2.4 Pressão de Ensaio Hidrostático

É a pressão interna aplicada ao duto ou tramo de duto durante o ensaio hidrostático, tendo por base a
pressão incidental prevista durante sua operação.

E.2.5 Pressão de Projeto

É a máxima pressão interna durante operação normal, tomando como base a altura de referência,
para a qual o duto ou tramo de duto foi projetado. A pressão de projeto deve levar em conta as
condições de regime permanente para toda a faixa de vazões, assim como possíveis
empacotamentos e fechamento de válvulas, ao longo de toda a extensão do duto ou tramo do duto
que esteja submetido a uma pressão de projeto constante.

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E.2.6 Pressão Incidental

É a máxima pressão interna para a qual o duto ou tramo de duto é projetado para suportar durante
qualquer situação transiente. A referência deve ser a mesma da pressão de projeto.

E.2.7 Sistema de Coleta ou Escoamento Submarino

Conjunto de componentes de dutos submarinos englobando “risers”, suportes, válvulas de


isolamento, tramos de duto integrados, sistemas de segurança associados e sistemas de controle de
corrosão.

NOTA A não ser que de outro modo especificado, os limites de um duto ou sistema de coleta ou
escoamento dutos podem ser conforme descrito nos itens abaixo: [Prática Recomendada]

a) o lançador/recebedor de “PIG” em uma instalação marítima ou submarina ou ainda,


terrestre desde que a outra instalação seja marítima; se não houver lançador/recebedor o
sistema de coleta ou escoamento de dutos inicia/termina na primeira válvula da
instalação marítima ou submarina a qual estiver conectado;
b) em uma instalação submarina, o duto ou sistema de coleta ou escoamento de dutos pode
ter como limites os pontos de conexão com a árvore de natal molhada, “manifold”,
PLAEM, PLEM e PLET;
c) o sistema de escoamento submarino pode ter como limite em terra, o lançador/recebedor
ou primeira válvula dentro da instalação terrestre nos caso em que interliga esta
instalação com uma instalação marítima.

E.2.8 Sistema de Regulagem de Pressão

Sistema que assegura que, independentemente da pressão à montante, a pressão de regulagem


“set” é mantida neste nível para o duto, durante sua operação estável.

E.2.9 Sistema de Segurança de Pressão

O sistema que assegura que a pressão máxima incidental admissível não seja excedida no duto
durante sua operação estável e em regime transiente.

E.2.10 Tramo

Conjunto contínuo de tubos de um trecho de duto com características homogêneas, tais como:
mesma espessura, mesmo revestimento, mesma espessura de lastro e mesmo material.

E.3 Condições Gerais

E.3.1 Respeitados os limites da tensão circunferencial para os casos em que se conhece a


espessura real corroída e em que se conhece apenas a espessura nominal, a pressão de ensaio
hidrostático, em qualquer ponto do duto, deve ser a maior dentre os valores indicados na Tabela E.1,
para as condições de regime permanente e transitório.

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Tabela E.1 - Valor da Pressão de Ensaio Hidrostático

Espessura a ser usada para cálculo de verificação da tensão


Condições operacionais circunferencial
Espessura real corroída Espessura nominal
Escoamento em regime
permanente ou em pressão em 1,39 x PMOA 1,25 x PMOA
condição estática
Condições transitórias de
escoamento (alívio, transientes 1,2643 x PMIA 1,136 x PMIA
de pressão)
Maior valor acima desde que a Maior valor acima desde que a
Tensão Circunferencial Tensão Circunferencial
Pressão do ensaio hidrostático
calculada para espessura calculada para espessura
nominal do duto < 100 % SMYS nominal do duto < 90 % SMYS

NOTA 1 Para o cálculo da pressão de ensaio hidrostático no escopo desta Norma, a PMIA está
limitada a 110 % da PMOA.
NOTA 2 O valor da pressão de ensaio hidrostático calculado pela Tabela C.1 deve ser limitado
ainda, à pressão máxima permitida pela classe de pressão dos acessórios instalados,
válvulas e flanges, conforme as ASME B16.5, ISO 14313 (API SPEC 6D) e
API SPEC 17D para dutos flexíveis.
NOTA 3 Caso a tensão circunferencial na parede do duto, em algum ponto, ultrapasse 90 % o
SMYS, deve ser evitado ciclar mais que duas vezes a pressão de ensaio hidrostático ou
manter o duto pressurizado, na pressão do ensaio, por tempo superior a duas vezes o
estabelecido no procedimento de ensaio correspondente.

E.3.2 A Figura E.1 deve ser usada como referência para o estabelecimento das pressões PMIA e
PMOA em um oleoduto. No caso de operação de um gasoduto, deve-se abstrair da Figura E.1, a
parte hachurada identificada como perfil do leito marinho, porém para ensaio hidrostático a coluna
hidrostática do fluido do ensaio deve ser considerada.

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Pressão

PTH

1,1 x PMOA
Pressão da surge e
outras variações
Pressão de
projeto
PMOA
(Ver Nota)
PMO
Gradiente
hidráulico
Pressão requerida para
superar perdas de carga

Contra-pressão
Pressão
estática

Perfil do
terreno

Distância

Figura E.1 - Representação Esquemática das Pressões em Dutos ou Trecho de Duto


Constituído por um só Tramo

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E.4 Planejamento do Ensaio

O planejamento do ensaio engloba as etapas descritas nos E.4.1 a E.4.5.

E.4.1 Descrição do Duto

E.4.1.1 Recomenda-se que antes do início de qualquer serviço de ensaio hidrostático, a


atividade/profissional responsável pela integridade do duto disponha da exata localização do duto
como lançado (“as laid”), dos desenhos de todos os tramos, dos relatórios da inspeção após o
lançamento e dos últimos relatórios de inspeção, a carta temática e do último mapeamento disponível
no cadastro de dutos. [Prática Recomendada]

E.4.1.2 A descrição do duto deve conter, no mínimo, as informações listadas a seguir:

a) identificação do duto;
b) tipo de fluido de operação;
c) comprimento do duto;
d) espessura de parede atual;
e) espessura de parede nominal;
f) diâmetro nominal;
g) material;
h) classe de pressão das válvulas e acessórios;
i) PMOA;
j) PMIA;
k) pressão de projeto;
l) tensão mínima especificada de escoamento do material do duto - SMYS;
m) tolerância positiva dos sistemas de regulagem e segurança de pressão;
n) classe de pressão de tramos de duto flexíveis conectados ao duto;
o) desenho as “built” do duto com indicação dos pontos de dreno, de alívio de pressão, dos
manômetros, acessórios, válvulas de controle e de conexão dos equipamentos de
ensaio;
p) folha de dados de projeto;
q) prontuário do duto.

E.4.2 Levantamento do Histórico de Danos e Reparos e Estado Atual do Duto

O levantamento do histórico do duto deve conter, no mínimo, as informações listadas a seguir:

a) relatórios de inspeção por “PIG” com placa calibradora, “PIG” geométrico e “PIG”
instrumentado;
b) projeto de alteração ou reparo do duto e respectivos relatórios;
c) limitação de pressão do duto imposta pela última inspeção por PIG instrumentado, pelos
pontos reparados, pelos tramos flexíveis e pelos equipamentos e acessórios ao longo do
duto;
d) relatórios de inspeção externa quanto a vão livre, cruzamentos e interferências do duto e
medição de potencial de proteção catódica e danos externos;
e) relatórios de calçamento dos vãos livres do duto;
f) relatórios de inspeção de tramos emersos incluindo os lançadores e recebedores.

E.4.3 APR e Ações Quanto ao Meio Ambiente

A APR do duto deve considerar, no mínimo, os fatores listados a seguir:

a) eventos e suas probabilidades de ocorrência, que podem levar danos a pessoas, a


equipamentos e ao meio ambiente;
b) medidas mitigadoras para os eventos que possam vir a ocorrer;
c) licenças e autorizações dos órgãos ambientais necessárias;

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d) plano de controle de emergência;


e) matriz de responsabilidade;
f) comunicação prévia às comunidades vizinhas, contratadas que possam operar ao longo
da diretriz do duto durante o ensaio, autoridades locais e órgãos públicos pertinentes;
g) plano de meios de acesso seguro ao traçado do duto tanto na área de chegada na praia
e na parte terrestre, quando existente;
h) plano de meios de acesso seguro aos tramos submersos do duto em ensaio;
i) sistemas de descarte do fluido do ensaio;
j) sistema de comunicação com procedimentos e critérios estabelecidos.

E.4.4 Especificação do Ensaio e Definição da Infraestrutura de Logística Necessária

A especificação do ensaio do duto deve abranger, no mínimo, os tópicos listados a seguir:

a) descrição do duto;
b) requisitos e descrição dos equipamentos e instrumentos do ensaio;
c) avaliação da qualidade da água do ensaio e sua neutralização;
d) plano de instalação dos instrumentos de controle e registro;
e) plano de raqueteamento e isolamento;
f) procedimento de limpeza, enchimento e calibração do duto;
g) procedimento de passagem de “PIG” geométrico e instrumentado conforme
PETROBRAS N-2634;
h) procedimento de pressurização, despressurização e duração do ensaio;
i) critério de aceitação para o ensaio hidrostático;
j) procedimento de retirada e descarte da água utilizada no ensaio;
k) procedimento de purga, secagem e inertização;
l) lista de procedimentos que devem ser aprovados pela fiscalização da PETROBRAS e
qualificados;
m) procedimento de localização e identificação de vazamentos;
n) qualificação do pessoal;
o) relatórios, diagramas e gráficos que devem ser emitidos.

E.4.5 Diagramas de Ensaio Hidrostático

Para cada tramo de duto a ser testado devem ser elaborados diagramas em planta e em perfil do
traçado, a partir dos documentos do projeto “as built”, discriminando pelo menos as seguintes
informações:

a) pressão de ensaio hidrostático;


b) pressões de ensaio hidrostático nos pontos de aplicação e medição (km e cota), bem
como as respectivas tensões circunferenciais;
c) gráfico PV (pressão x volume de água injetada) teórico;
d) para os tramos terrestres dos dutos, classes de locação, espessuras de parede e
materiais, válvulas, “vents”, rodovias e rios mais importantes;
e) gradiente de ensaio hidrostático em Metros de Coluna D’Água (MCA);
f) pontos de captação e descarte da água;
g) vazão máxima e mínima de água a ser injetada.

E.5 Especificação do Ensaio

E.5.1 Descrição do Duto

Na especificação do ensaio o duto deve ser descrito conforme E.4.1.

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E.5.2 Requisitos e Descrição dos Equipamentos e Instrumentos do Ensaio

A especificação do ensaio deve conter os requisitos e a descrição dos equipamentos e instrumentos


de ensaio conforme descrito em E.5.2.1 a E.5.2.18.
[

E.5.2.1 Os equipamentos devem ser testados antes da execução do ensaio hidrostático. Todos os
instrumentos do ensaio, tais como: barógrafo, manômetro “Bourdon”, manômetro registrador e
termômetro de poço e registrador, balança de peso morto ou transdutor, medidor de volume e
válvulas de alívio devem possuir certificados de calibração válidos na data do ensaio. Os certificados
devem ter sido emitidos, no máximo, há 6 meses, com rastreabilidade em referência a padrões
[certificado de calibração emitido por laboratório da Rede Brasileira de Calibração (RBC)] ou por
instituto no exterior, reconhecido pela RBC. Os instrumentos de leitura e registro do ensaio devem ser
instalados em ambiente fechado, com temperatura controlada e livre de intempéries.

E.5.2.2 A balança de peso morto deve ter um range mínimo de 1,25 vez a pressão do ensaio
hidrostático e uma acurácia melhor que ± 0,1 bar (10 kPa) e uma sensibilidade melhor que 0,05 bar
(5 kPa).

NOTA Onde a balança de peso morto não puder ser utilizada, devido ao movimento da
embarcação, a pressão de ensaio deve ser medida através de um sistema eletrônico para
monitoração e registro da pressão e temperatura. Tal sistema pode ser utilizado como
alternativa aos componentes acima listados. Tal sistema deve ter como saída o registro da
temperatura, o registro da pressão, registro da pressão compensada por efeito da
temperatura e linha de tendência linear (para pressão compensada). O sistema eletrônico
deve possuir sensores de pressão e de temperatura com a mesma precisão especificada
para os sensores individuais.

E.5.2.3 O sensor de pressão deve ter um “range” mínimo de 1,1 vez a pressão de ensaio
especificada e a acurácia deve ser melhor que ± 0,2 % da pressão de ensaio. A sensibilidade mínima
do sensor deve ser de 0,1 %.

E.5.2.4 Bomba de deslocamento positivo, rotação variável, com pressão de descarga de, no mínimo,
1,5 vez a pressão de ensaio no ponto de injeção d’água. O volume deslocado por cilindro deve ser
conhecido e deve possuir um contador de pulsos por cilindro. Como alternativa, pode ser usada uma
bomba de rotação constante, que possua controle de vazão, conjugada com um sistema que
possibilite a medição do volume de água injetado no duto durante a pressurização.

E.5.2.5 A bomba para enchimento deve ter vazão mínima de 1 m3/minuto e altura manométrica
compatível com a perda de carga esperada para o sistema a ser cheio.

E.5.2.6 Bombas de injeção de biocida, inibidor de corrosão, corantes para identificação de


vazamentos e outros componentes químicos, se necessário, com vazão e pressão de descarga
compatível para a injeção e mistura especificada.

NOTA Acopladas às bombas devem estar instrumentos do ensaio para confirmar e registrar a
concentração dos produtos químicos injetados no fluido de ensaio.

E.5.2.7 Válvula de alívio calibrada, para prevenir sobre pressão no tramo em ensaio, durante a
pressurização ou devido a expansão térmica, instalada no ponto de ensaio e ajustada para abrir a
5 % acima da pressão de ensaio. A tolerância positiva da válvula deve ser especificada e considerada
na regulagem da pressão de abertura, para que sejam respeitados os limites de pressão do ensaio
hidrostático.

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E.5.2.8 O dispositivo de registro contínuo da pressão com um registrador de carta para até 24 horas,
deve fornecer um registro permanente da pressão do fluido de ensaio em função do tempo e ao longo
de toda a duração do ensaio. Deve ser aferido imediatamente antes de cada utilização (através da
balança de peso morto) ou aferido de acordo com as recomendações do fabricante.

E.5.2.9 Os manômetros devem ter resolução mínima de 0,5 kgf/cm2 (49,05 kPa) e faixa de medição
da pressão de ensaio no segundo terço da escala. Devem ter ainda, precisão de 0,1 % no final da
escala.

E.5.2.10 Os termômetros de leitura direta, de poço e imersível devem estar acoplados a dispositivos
de registro de temperatura para fornecer um registro permanente da temperatura ambiente e da água
no fundo do mar respectivamente, em função do tempo e devem ter uma acurácia de ± 1 °C e uma
sensibilidade de ± 0,1 °C.

E.5.2.11 O tanque portátil para armazenamento de água para enchimento e pressurização deve ter
controle de nível.

E.5.2.12 O medidor de vazão tipo turbina deve ter acurácia melhor que ± 1 % e uma sensibilidade
melhor que 0,1 % e deve ser usado ao longo do ensaio para medir o volume de fluido de ensaio
acrescido ou subtraído durante o enchimento e a pressurização do duto.

E.5.2.13 Os filtros da captação da água do mar devem remover 99 % de todas as partículas de


100 µm de diâmetro ou de tamanho maior e ser do tipo contra corrente “backflushing” ou de cartucho
removível, para permitir limpeza ou substituição sem necessidade de remover o corpo do filtro da
tubulação, podendo ainda ser construído em tecido geotêxtil ou tela. Se for utilizado o tipo cartucho,
deve haver quantidade adequada de cartuchos de reposição em estoque no local da instalação do
filtro. Os filtros a serem instalados antes do ponto de injeção no duto devem reter partículas maiores
do que 30 µm de modo que o teor de sólidos suspensos, após o filtro, em qualquer situação, não seja
superior a 30 mg/L.

E.5.2.14 Devem ser especificados mangotes, conexões, válvulas e acessórios, necessários para as
interligações das bombas, do duto e instrumentos do ensaio.

E.5.2.15 Devem ser especificados tubos, válvulas, juntas, gaxetas e outros componentes
sobressalentes para troca dos que possam falhar durante o ensaio.

E.5.2.16 Deve ser especificado um tanque pulmão, para onde o fluido de ensaio excedente seja
descartado.

E.5.2.17 Devem ser especificados “PIGs” de enchimento (para remoção do ar), calibração, limpeza e
de remoção de água (para esvaziamento ou secagem), se necessário.

E.5.2.18 Os lançadores e recebedores de “PIG” especificados devem ser previamente testados com
fator de segurança de 1,25, em relação a pressão de ensaio, caso os lançadores e recebedores
sejam submetidos a pressão de ensaio hidrostático.

NOTA PLETs, PLEMs, PLAEMs, “manifolds” e válvulas devem ser submetidos à pressão de
ensaio, respeitando os limites de pressão impostos pelas suas respectivas classes de
pressão.

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E.5.3 Avaliação da Qualidade da Água de Ensaio e sua Neutralização

A especificação do ensaio deve indicar que a água para o enchimento, ensaio e eventual hibernação
pode ser captada do mar no local de ensaio. Deve indicar também que antes do enchimento,
amostras da água devem ser coletadas junto aos pontos de captação e analisadas por organismos
reconhecidos, visando à confirmação dos percentuais de inibidores, desoxidantes e bactericidas
necessários à neutralização da água.

E.5.3.1 Deve ser especificado que, para garantir a qualidade da água a ser usada no ensaio
hidrostático, o sistema de alimentação de água a ser utilizado deve ser constituído de, no mínimo,
filtros de 100 µm no ponto de coleta, um tanque pulmão com volume, tal que, assegure um tempo
mínimo de permanência da água em seu interior por cerca de 5 minutos e filtros de 30 µm antes da
injeção da água no duto.

E.5.3.2 Dependendo dos resultados da análise da água do mar a ser usada como fluido de ensaio,
devem ser adicionados, em princípio, os seguintes produtos químicos conforme sua ordem de
apresentação:

a) sequestrante de oxigênio para desaeração: bissulfito de sódio a 40 %, na dosagem de


250 ppm ou bissulfito de amônio a 60 % na dosagem de 98 ppm;
b) microbiocida para desinfecção da água desaerada: glutaraldeído 43,6 % e sal
quaternário de amônio 7,6 % na dosagem de 300 ppm ou biocida THPS 75 % na
dosagem de 100 ppm;
c) corante na água desaerada e desinfectada: solução de fluoresceína 20 % na dosagem
de 40 ppm.

NOTA Observar se há contra indicação no uso de fluoresceína.

E.5.3.3 A especificação deve indicar a necessidade de se tornar disponível no local de ensaio, um


quantitativo adequado de inibidor, desoxidante, bactericida e corante para pelo menos, duas
operações completas de enchimento do duto.

E.5.4 Plano de Instalação dos Instrumentos de Controle de Registro

E.5.4.1 A especificação do ensaio deve indicar a necessidade de ser elaborado um plano definindo
os locais de instalação dos equipamentos e instrumentos de controle e registro para o ensaio,
incluindo os de registro permanente e os de leitura periódica. Neste plano deve ser definido, também,
o intervalo de medição ou leitura.

E.5.4.2 Deve ser especificada a instalação de manômetros em todas válvulas de bloqueio


intermediárias, e fazer medições a cada 30 minutos para facilitar a detecção de um possível
vazamento.

NOTA 1 Recomenda-se instalar termômetros para medição da temperatura ambiente e água do mar
no fundo junto ao duto. [Prática Recomendada]
NOTA 2 Recomenda-se que em tramos de duto sob ensaio, maiores que 10 km, seja medida a
temperatura da água no fundo do mar a cada 10 km, no mínimo, para permitir uma
avaliação mais precisa do efeito da expansão térmica. [Prática Recomendada]

E.5.5 Plano de Raqueteamento e Isolamento

Deve ser especificada a necessidade da elaboração de um plano de raqueteamento, isolamento por


válvulas e instalação de flanges cegos visando isolar o tramo em ensaio e proteger os equipamentos
e acessórios dispensáveis ao ensaio.

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E.5.6 Procedimento de Limpeza, Enchimento e Calibração do Duto

A especificação do ensaio deve indicar a necessidade da elaboração de procedimentos detalhados


de limpeza, enchimento e calibração. A seguir são listados alguns requisitos a serem incluídos.

E.5.6.1 Limpeza do Duto por “PIG”

E.5.6.1.1 A limpeza do duto consiste na passagem de “PIGs” com vistas à remoção das partículas
com 30 µm de diâmetro ou superior. Os “PIGs” de limpeza devem ser impulsionados com água do
mar tratada e filtrada.

E.5.6.1.2 A fase de limpeza inclui passagem de “PIGs” espuma, “PIGs” raspadores com escova de
aço e “PIG” com magnetos.

E.5.6.1.3 Devem ser lançadas, no mínimo, quatro baterias de “PIGs”, compostas de um “PIG” de
poliuretano de alta densidade com escovas de aço temperado “power brush”, seguido de um “PIG”
espuma de baixa densidade. No caso de dutos com revestimento interno, as escovas devem ser de
material que não danifique o revestimento.

E.5.6.1.4 O intervalo entre as baterias de “PIGs” deve ser de, no mínimo, 30 minutos.

E.5.6.1.5 A operação de passagem das baterias de “PIGs” deve ser considerada satisfatória quando
os “PIGs” escova chegarem ao local de recebimento íntegros e com as escovas não saturadas de
material aderido.

E.5.6.1.6 Após a passagem dos “PIGs” escova, devem ser passadas baterias de “PIGs” espuma de
baixa densidade. A operação de limpeza deve ser considerada satisfatória quando a seção
transversal do “PIG” revelar uma profundidade de espuma impregnada com sujeira menor ou igual a
1 in.

E.5.6.1.7 Para complementação da limpeza, devem ser passados, no mínimo, duas baterias,
constituídas de “PIGs” espuma e “PIGs” com magnetos.

E.5.6.1.8 A limpeza final deve ser considerada aprovada se a quantidade de resíduos metálicos
(como por exemplo, pontas de eletrodo, fragmentos de arco de serra) aderidas ao “PIG” magnético
for inferior a 50 g/km. O “PIG” deve ser pesado antes e depois da passagem, a fim de se verificar a
quantidade de elementos aderidos ao “PIG”.

E.5.6.2 Enchimento e Calibração do Duto

E.5.6.2.1 A limpeza, o enchimento e a calibração do duto ocorrem concomitantemente, haja vista que
os “PIGs” de limpeza e de calibração são impulsionados pelo fluido de ensaio que enche o duto.

E.5.6.2.2 A passagem de “PIGs” deve obedecer a sequência conforme descrito abaixo:

a) bombeamento inicial do equivalente a 500 m de extensão do duto com água filtrada, sem
inibidores de corrosão e corante, à frente do primeiro “PIG” espuma de alta densidade
com escova;
b) lançamento de um “PIG” espuma com escova, impulsionado com água filtrada;

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c) deslocamento do “PIG” espuma por toda extensão do duto com água filtrada sem adição
de inibidores de corrosão e corante, até sua chegada no recebedor;
d) passagem de mais três “PIGs” de limpeza, compostos de pelo menos, dois discos guia e
dois copos cônicos de poliuretano e com escovas de aço pré-tensionadas (raspadores),
de modo a cobrir todo o perímetro da parede interna do duto; em caso de dutos com
pintura interna, devem ser utilizadas escovas não metálicas; cada “PIG” de limpeza deve
ser seguido de “PIG” espuma de baixa densidade; um novo “PIG” de limpeza só deve ser
lançado após o “PIG” anteriormente lançado ter chegado no recebedor;
e) passagem de baterias de “PIG” com magnetos;
f) passagem de um “PIG” bidirecional com três discos ou quatro discos de poliuretano e
placa calibradora de alumínio, visando a eliminação total de bolsões de ar, eventualmente
existentes no interior do duto e a calibração do duto quanto a redução de diâmetro; o
“PIG” deve ser impulsionado com água filtrada e tratada com inibidores e corante, até sua
chegada no recebedor; a placa calibradora deve ser dimensionada conforme a
DNV-OS-F101;
g) inspeção da placa calibradora para identificação de mossas ou amassamentos no duto; a
placa calibradora deve ser recebida sem amassamentos, para que o duto ou tramo de
duto seja liberado para o ensaio hidrostático propriamente dito ou ainda, seja previamente
inspecionado por “PIG” geométrico e/ou de inspeção;
h) enchimento de toda a extensão do duto submarino, utilizando água tratada e com
corante.

E.5.6.2.3 Manutenção do bombeamento de água tratada até que não exista mais vestígios de ar no
interior do duto submarino, com vistas a garantir confiabilidade ao ensaio hidrostático. Caso o volume
de ar no duto seja superior a 0,5 %, nova corrida de “PIG” deve ser executada.

NOTA Observar que não haja introdução de oxigênio no sistema de bombas e tubulação de
injeção da água.

E.5.6.2.4 Durante toda a operação, deve ser utilizado medidor de vazão do tipo turbina devidamente
calibrado e certificado.

E.5.6.2.5 O lançador e o recebedor deve ter capacidade para acomodar dois “PIGs”, de modo a
melhorar a performance da operação.

E.5.6.2.6 O equipamento de bombeio deve ser dimensionado de forma a manter a velocidade dos
“PIGs” entre 0,5 m/s e 0,8 m/s e assegurar fluxo contínuo, mantendo os “PIGs” em movimento
ininterrupto.

E.5.6.2.7 O duto é considerado limpo nesta etapa quando a água descartada imediatamente antes
da chegada do “PIG” de limpeza, apresentar visualmente as mesmas características da água injetada
no duto, bem como tiver atendidos os requisitos para “PIG” de escova, espuma de baixa densidade e
com magnetos definidos nos E.5.6.1.5, E.5.6.1.6 e E.5.6.1.8, respectivamente.

E.5.7 Procedimento de Passagem de “PIG” Geométrico e “PIG” Instrumentado

E.5.7.1 Caso seja detectada a presença de anomalia com redução do diâmetro interno do duto,
através de amassamento da placa calibradora ou o projeto de reparo do duto assim especificar, deve
ser realizada inspeção do duto por “PIG” geométrico e/ou “PIG” instrumentado.

E.5.7.2 Caso seja necessário uma inspeção por “PIG” geométrico e/ou “PIG” instrumentado, deve ser
atendido os requisitos estabelecidos no Seção 11 desta Norma.

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E.5.8 Procedimento de Pressurização e Despressurização e Duração do Ensaio

A especificação do ensaio hidrostático deve incluir um procedimento de pressurização e


despressurização do duto bem como, a duração do ensaio hidrostático, no qual, deve atender, pelo
menos, aos seguintes requisitos:

a) após o completo enchimento e iniciada a pressurização deve ser plotado um gráfico


pressão por volume (PxV) iniciando na pressão estática, eventualmente existente, até a
pressão definida em no alínea c) a seguir;
b) o duto ou tramo em ensaio deve ser mantido pressurizado por, no mínimo, 12 horas
antes do início do ensaio, a uma pressão, no ponto de ensaio, correspondente a 50 % da
mínima pressão de ensaio; neste período, a pressão e temperatura devem ser
constantemente monitoradas e registradas; espera-se ao final deste período, uma
estabilização da temperatura da água utilizada no enchimento do duto ou tramo de duto
e consequentemente, da pressão;
c) a determinação do conteúdo de ar na seção de ensaio deve ser feita
construindo-se um gráfico pressão por volume (PxV) desde a fase inicial de
pressurização do duto; quando uma razoável porção deste gráfico tornar-se nitidamente
reta seu prolongamento até a intercessão com o eixo das abscissas determina o volume
de ar residual na linha (ver Figura E.2); o volume de ar residual assim determinado deve
ser comparado com o volume inicial de água no duto e obedecer à seguinte condição:

∆Var > 0,002 ∆Vi

Onde:
Var é o volume de ar residual determinado graficamente (litros);
Vi é o volume inicial (litros).

NOTA Caso o volume de ar residual seja superior a 0,5 %, o duto deve ser despressurizado e novo
“PIG” para enchimento deve ser passado no duto. Caso tenha sido necessário a passagem
de novo “PIG” de enchimento, deve-se repetir o descrito no c) do E.5.8, para verificar o ar
residual.

d) uma vez aceito o volume residual de ar no duto e após a estabilização da pressão, esta
2
deve ser então elevada, à taxa constante de no máximo 1 kgf/cm por minuto, até atingir
a uma pressão, no ponto de ensaio, correspondente a 70 % da mínima pressão de
ensaio; a partir deste instante, o bombeamento deve evitar grandes variações de
pressão, garantindo que incrementos de 1 kg/cm² (98,06 kPa) sejam perfeitamente lidos
e anotados; o incremento deve ser dado com intervalo mínimo de 3 minutos, até atingir a
100 % da pressão de ensaio; o volume de água injetado deve ser medido e anotado no
gráfico de PxV;
e) durante a pressurização, observar e registrar em intervalos de 5 minutos, a pressão,
usando o manômetro “Bourdon”, o volume de água bombeada e o número de
deslocamentos da bomba; verificar continuamente o funcionamento do registrador de
pressão; em caso de uma queda de pressão repentina, indicando vazamento ou ruptura
do duto, registrar a pressão imediatamente anterior à queda e interromper o
bombeamento;
f) deve-se aferir a pressão de ensaio, efetuando-se os ajustes finos necessários pela
balança de peso morto ou sistema eletrônico de registro de pressão, até a pressão
atingir, com precisão, 100 % da pressão de ensaio;
g) atingida a pressão de ensaio, observar então, um período mínimo de 30 minutos para
estabilização e verificações de eventuais vazamentos;
h) havendo queda de pressão, retornar para 100 % da pressão de ensaio e iniciar a
contagem de tempo;
i) estabilizada na pressão de ensaio, deve ser feita a desconexão da bomba de
deslocamento positivo da linha, dando início ao tempo de espera de 4 horas de ensaio,
averiguando e registrando a pressão da balança de peso morto ou sistema eletrônico de
registro de pressão, em intervalos de 5 minutos durante um período mínimo de 1 hora e
em intervalos de 15 minutos ao fim deste período até o final do ensaio;

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j) ja cada meia hora devem ser registradas as temperaturas ambiente e do fundo da água
do mar; a cada hora devem ser registrados também a pressão barométrica e o nível da
maré; as temperaturas de superfície do mar são registradas a cada 4 horas;
k) caso a pressão atinja a pressão máxima de ensaio provocado por aumento de
temperatura do mar, parte da água deve ser drenada lentamente para o tanque pulmão,
de forma a permitir a medida do volume descartado;
l) caso a pressão atinja patamares abaixo da pressão de ensaio devido à diminuição de
temperatura do mar, a bomba de deslocamento positivo deve ser reconectada para
elevar a pressão até a pressão de ensaio, observando e registrando os dados como
descrito anteriormente;
m) após a aceitação do ensaio hidrostático, ver E.5.9, deve ser feito um ensaio de
estanqueidade, visando detectar pequenos vazamentos que possam ter sido gerados no
ensaio. O ensaio de estanqueidade consiste em deixar o duto a 90 % da pressão de
ensaio durante 24 h. Perdas de pressão que não possam ser justificadas por variação de
temperatura indicam vazamento de produto;
n) uma vez concluído e aceito o ensaio, inicia-se a despressurização completa do duto a
taxas moderadas de 2 bar (200 kPa) por minuto, até que seja possível a remoção da
mangueira de ensaio; as conexões de ensaio devem ser fechadas e o duto permanecer
cheio de água salgada com inibidores.

Pressão

50 % Da mínima pressão
de teste hidrostático

Linha estática

Extrapolação

Pressão de
coluna estática
Volume de ar Volume de água
adicionada

Figura E.2 - Medição Gráfica do Volume de Ar Residual

E.5.9 Critério de Aceitação para o Ensaio Hidrostático

A especificação do ensaio hidrostático deve incluir um critério de aceitação, o qual deve atender, no
mínimo, aos seguintes requisitos:

a) o duto ou tramo de duto deve ser considerado aprovado e o ensaio aceito, após
decorrido o tempo de espera de 4 h, sem que a pressão sofra variações maiores que
0,2 % da pressão de ensaio e não for observado qualquer indício de vazamento; caso a
pressão não se mantenha estável neste período, o ensaio só deve ser aceito se for
comprovado que a variação registrada foi resultante da variação de temperatura da água
do ensaio, ou ainda se o período de espera for prolongado até que a variação de
pressão se mantenha em ± 0,2 % da pressão de ensaio em um período de 4 h; se não
houver possibilidade de inspecionar visualmente o duto e seus componentes quanto a
eventuais vazamentos, o período de ensaio deve ser aumentado para 8 h; entretanto,
nas últimas 4 h, a pressão de ensaio deve ser reduzida de um valor equivalente a 12 %
da pressão de ensaio hidrostático;

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b) variações de pressão superiores ao limite de 0,2 % devem ser comparadas com a


variação de temperatura considerando a fórmula a seguir; neste caso o valor calculado
deve ser multiplicado à variação de temperatura durante o ensaio e o resultado
comparado com a variação de pressão observada, caso o valor calculado seja inferior ao
valor verificado, o ensaio deve ser considerado aprovado;

∆P = [tE (B - 2A)] / [D (1 - Y2) + tEC

Onde:
P é a variação incremental de pressão (bar/C);
t é a espessura nominal de parede do duto (m);
E é o módulo de elasticidade do material (bar);
B é o coeficiente de expansão da água (1/C);
A é o coeficiente de expansão do material do duto (1/C);
D é o diâmetro externo do duto (m);
Y é o coeficiente de “Poisson”;
C é o fator de temperatura conforme (bar/C).

c) valores usuais para A, E e Y, para o aço:


— A = 1.116 x 10-5 1/C;
— E = 20.7 x 105 bar;
— Y = 0.

E.5.10 Procedimento de Retirada e Descarte da Água Utilizada no Ensaio Hidrostático

A especificação do ensaio deve incluir um procedimento para retirada e descarte do fluido do ensaio,
o qual deve atender, no mínimo, aos seguintes requisitos:

a) caso o descarte da água desaerada seja efetuado diretamente para o mar, este deve ser
feito lentamente e na forma de chuveiro para aerar a água evitando agredir ao meio
ambiente;
b) o descarte do fluido do ensaio contendo residual de biocida, só deve ser efetuado
diretamente no mar, caso sua concentração esteja abaixo do limite tóxico aos
microrganismos aquáticos; o procedimento incluindo esta operação deve ter aprovação
do IBAMA e demais órgãos ambientais atuantes na região do ensaio;
c) em qualquer situação a água do ensaio descartada deve ter teores máximos de sólidos e
de óleo e graxa (TOG) limitados a 10 mg/L e 20 mg/L, respectivamente; o procedimento
incluindo esta operação deve ser aprovado pelo IBAMA e demais órgãos ambientais
atuantes na região do ensaio.

E.5.11 Procedimento de Purga, Secagem e Inertização

A especificação do ensaio deve incluir um procedimento de purga, secagem e inertização nos casos
do ensaio hidrostático ser aplicado em gasoduto. O procedimento de purga deve atender, no mínimo,
aos seguintes requisitos:

a) pré-secagem para a eliminação de bolsões de água remanescentes do esvaziamento,


com a utilização de “PIG” espuma de baixa densidade, deslocados com ar comprimido;
b) pré-secagem do gasoduto iniciada imediatamente após a remoção da água e deve ser
considerada satisfatória quando o “PIG” espuma de baixa densidade for recebido na
condição seco ao toque; durante a pré-secagem, a velocidade de deslocamento dos
“PIGs” deve ser mantida entre 0,2 m/s a 1,0 m/s;
c) secagem para a eliminação da umidade do gasoduto, com o emprego de ar seco
aquecido, ou gás inerte, geralmente nitrogênio, impulsionando PIGs espuma de baixa
densidade;
d) depois de atingido o ponto de orvalho de 0 °C no local de recebimento de “PIGs”, devem
ser lançadas, no mínimo, quatro baterias de “PIGs” espuma de baixa densidade;
e) o intervalo entre as baterias de “PIG” deve ser de, no mínimo, 30 minutos;

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f) a operação de secagem deve ser considerada concluída quando o ponto de orvalho,


medido no lançador, no recebedor e em todas as válvulas de bloqueio, atingir os valores
abaixo:
— gasodutos sem revestimento interno: -20 °C (1 atm);
— gasodutos com revestimento interno: 0 °C (1 atm);

NOTA Alternativamente, o gasoduto pode ser secado pela técnica de vácuo.

g) a medição do ponto de orvalho deve ser feita à pressão atmosférica, com instrumento
calibrado;
h) a inertização do gasoduto deve ser feita com nitrogênio.

E.5.12 Lista de Procedimentos que Devem ser Aprovados pela Fiscalização da PETROBRAS e
Qualificados

E.5.12.1 A especificação do ensaio hidrostático deve incluir a listagem dos procedimentos de


execução do ensaio que devem ser submetidos à aprovação da fiscalização da PETROBRAS com
10 dias de antecedência ao início das operações e, eventualmente, quando estabelecido no projeto
de reparo do duto, devem ser qualificados.

E.5.12.2 Nesta listagem devem estar incluídos, no mínimo, os seguintes procedimentos listados
abaixo:

a) procedimento de execução do ensaio, compreendendo as fases de limpeza, calibração,


enchimento e ensaio hidrostático, apresentando o tempo estimado para o
desenvolvimento das etapas e os diagramas dos sistemas de medição, bombeamento,
filtragem, injeção de produtos químicos desde a captação de água até a conexão com o
ponto de injeção, equipamentos usados para medir volume de água bombeado,
instrumentos de medição de pressão, dispositivo para alívio de pressão e lista de dados
dos equipamentos e da instrumentação; deve incluir organização da contratada
mobilizada para a execução do ensaio, distribuição de responsabilidade e programação
de pessoal e cronograma do desenvolvimento do ensaio;
b) procedimento de lançamento, recepção e localização de “PIGs”, com critério de
aceitação da placa calibradora e volume de água a ser bombeada a frente de cada
“PIG”, além do esquema de montagem de “pinger” e da placa calibradora; deve incluir
ainda desenho esquemático do duto com perfil planoaltimétrico e localização do lançador
e recebedor de “PIGs”, bem como relação de “PIGs” utilizados;
c) procedimento de monitoração e registro do ensaio hidrostático bem como, informações
quanto a máxima e mínima pressão do ensaio, distribuição de pressão ao longo do duto,
memória de cálculo para análise dos efeitos de mudança de temperatura da água,
volume de ar residual na fase de pressurização do duto, estabelecendo os limites
aceitáveis, determinando também o efeito das variações da temperatura da água na
pressão interna, além de plotagem da perspectiva de variação de pressão da linha em
função do volume adicional de água introduzido na fase de pressurização; anexo ao
procedimento de monitoração e registro do ensaio hidrostático, deve ser encaminhado o
modelo dos formulários a serem utilizados para registro de dados durante a execução do
ensaio;
d) procedimento de tratamento e monitoramento da qualidade da água com a especificação
de inibidores, desoxidantes, bactericidas e corante a serem utilizados, explicitando seus
tipos e quantitativos;
e) procedimento de descarte da água do ensaio.

E.5.13 Procedimento de Identificação e Eliminação de Vazamentos

A especificação do ensaio deve incluir um procedimento de identificação e eliminação de


vazamentos, o qual deve atender, no mínimo, aos seguintes requisitos:

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a) a localização dos trechos testados, bem como dos vazamentos que eventualmente
ocorrem durante o ensaio, deve ser determinada tomando-se a sua distância em metros,
em relação ao ponto de origem do duto e a referência mais próxima, e coordenadas
UTM, com base no “Datum” que estiver sendo utilizado pelo Sistema de Gerenciamento
de Obstáculo (SGO) da PETROBRAS;

NOTA Recomenda-se que os eventos resultantes do ensaio hidrostático sejam localizados através
de coordenadas UTM. [Prática Recomendada]

b) o ensaio hidrostático deve ser desenvolvido, preferencialmente, durante a luz do dia para
facilitar possível identificação de vazamento, assegurar a integridade física dos técnicos
envolvidos no ensaio e pela facilidade de mobilização de recursos para solução de
eventuais problemas;
c) deve ser indicado, em função da lâmina d’água onde o duto sob ensaio estiver instalado,
o recurso de pessoal e de equipamento para identificação de vazamento e sua
eliminação, a técnica a ser empregada se inspeção visual por mergulho raso, profundo
ou por ROV; a mobilização e a disponibilização destes recursos deve ser informada;
d) os reparos dos defeitos identificados durante o ensaio hidrostático devem ser realizados
de acordo com a PETROBRAS N-2727.

E.5.14 Qualificação do Pessoal

A especificação do ensaio deve incluir a qualificação exigida para todo o pessoal envolvido, o qual
deve abranger, no mínimo, os seguintes profissionais:

a) inspetor de duto;
b) inspetor submarino;
c) operador de ROV;
d) engenheiro responsável pelos memoriais de cálculo exigíveis;
e) engenheiro responsável pelo ensaio hidrostático;
f) operador de duto;
g) soldadores.

E.5.15 Relatórios e Gráficos que Devem Ser Emitidos

A especificação do ensaio hidrostático deve incluir a entrega dentro de 15 dias após a conclusão do
ensaio, de relatório final para a aprovação da fiscalização da PETROBRAS e eventualmente da
certificadora do projeto do duto. Este relatório deve conter, no mínimo, as seguintes informações:

a) sumário do ensaio;
b) registro de certificação da precisão dos instrumentos;
c) gráfico contínuo de pressão x tempo;
d) gráfico contínuo de temperatura x tempo;
e) gráfico de pressão x volume com curva de deformação teórica e real, que deve ser
elaborado a partir da seguinte correlação teórica de variação de pressão com o
incremento de água extraída da BSI BS 8010-2.5:

V
 V x (0,044 x (D/t)  4,5) x 10 -5 
P

Onde:
P é avariação incremental de pressão (bar);
V é a variação incremental ou decremental de volume de água (m3);
D é o diâmetro nominal do duto (m);
t é a espessura nominal de parede do duto (m).

f) listagem dos instrumentos utilizados e seus certificados de calibração com a indicação


da precisão, resolução, sensibilidade e outros;
g) registros das calibrações do registrador de pressão;

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h) registro de pressão (balança de peso morto e manômetro de “Bourdon”), volume de água


bombeada e número de deslocamento da bomba durante a pressurização da linha;
i) registro de pressão (balança de peso morto ou sistema eletrônico) e volume de injeção e
retirada de água durante o tempo de espera;
j) documentos relacionados no E.4.5 desta Norma, identificando o duto ou o tramo testado;
k) resultados das análises da amostra de água a ser usada no ensaio, coletada no local de
captação;
l) data e hora de todos os eventos;
m) registro de todos os aspectos ambientais, tais como: temperatura do ar, chuva, vento e
outros;
n) listagem e descrição dos vazamentos e defeitos indicando sua precisa localização e as
circunstâncias do evento, suas possíveis causas;
o) planilha de cálculo das pressões e tensões circunferenciais calculadas para os pontos de
interesse do tramo testado, com todos os cálculos relevantes;
p) certificado de ensaio hidrostático, assinado pelos profissionais executantes habilitados
na entidade de classe.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A, B, C, D e E
Não existe índice de revisões.

REV. F
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas
REV. G
Todas Revisadas

IR 1/1
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3.1
ADCP
“Acustic Doppler Current Profiler” (Perfilador de Correntes Marinhas)

3.2
AUV
“Autonomous Underwater Vehicle” (veículo submarino autônomo)

3.3
®
Datum Sirgas 2000
é um Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas do IBGE. Esta informação é dada para
facilitar aos usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte da PETROBRAS ao produto
citado. Podem ser utilizados produtos equivalentes, desde que conduzam aos mesmos resultados.

3.4
®
Flexjoint”
é uma Junta flexível instalada em SCR com o objetivo de reduzir esforços dinâmicos, da Oil States.
Esta informação é dada para facilitar aos usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte
da PETROBRAS ao produto citado. Podem ser utilizados produtos equivalentes, desde que
conduzam aos mesmos resultados.

3.5
Gerenciamento de Integridade
Conjunto de ações, de acompanhamento e de controle, incluindo inspeção, monitoração e reparo,
que buscam assegurar a integridade estrutural e a disponibilidade operacional do duto com
segurança, ao longo de todo o seu ciclo de vida

3.6
GIS
“Geographic Information System” (Sistema de Informações Geográficas)

3.7
MBES
“Multi-Beam Echo Sounder” (Ecobatímetro de feixes múltiplos)

3.8
PAI
Parecer de Análise de Integridade
Documento técnico consolidado de integridade que apresenta a condição de disponibilidade
operacional do duto

3.9
PTI
Parecer Técnico de Inspeção
Documento técnico que contém a análise dos resultados de uma inspeção ou de qualquer técnica de
avaliação efetuada no duto submarino

3.10
PSV
“Pressure Safety Valve” (Válvula de segurança)

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i) IX - Anexos (se houver).

12.2.4 Quando o RI for elaborado por terceirizados, deve ser emitido o PTI.

12.2.5 De acordo com a prática corporativa do operador ou UO, o PAI deve ser emitido.

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