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Procedimento
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a CONTEC -
SC - 15 Subcomissão Autora.
Proteção Catódica As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.
Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada
5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas
em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas sobre as
Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
Sumário
1 Escopo ................................................................................................................................................. 3
2 Referências Normativas ...................................................................................................................... 3
3 Termos e Definições ............................................................................................................................ 4
4 Considerações Gerais de Projeto de Proteção Catódica .................................................................... 6
4.1 Generalidades ........................................................................................................................ 6
4.2 Potenciais Eletroquímicos ...................................................................................................... 6
4.3 Anodos ................................................................................................................................... 6
4.4 Eletrodos de Referência ......................................................................................................... 7
4.5 Retificadores .......................................................................................................................... 7
4.6 Embarcações ......................................................................................................................... 7
4.7 Bóias e Monobóias ................................................................................................................. 8
4.8 Jaquetas e Acessórios de Plataformas Fixas ........................................................................ 8
4.10 Tanques ............................................................................................................................... 9
4.11 Revitalização ...................................................................................................................... 10
5 Parâmetros de Projeto ....................................................................................................................... 10
Tabela 1 - Valores de Projeto para Anodos Galvânicos ....................................................................... 10
Tabela 2 - Vida Útil de Projeto para SPC Galvânico ............................................................................. 11
6 Cálculos de Projeto .......................................................................................................................... 12
7 Fabricação, Inspeção, Recebimento e Armazenamento de Anodo .................................................. 12
8 Instalação do Sistema ....................................................................................................................... 13
9 Comissionamento .............................................................................................................................. 14
9.1 Generalidades ...................................................................................................................... 14
9.2 Sistemas por corrente galvânica .......................................................................................... 14
9.3 Sistemas por corrente impressa ......................................................................................... 15
9.4 Ensaios no estaleiro (a seco) ............................................................................................... 15
9.5 Ensaios no mar .................................................................................................................... 16
10 Operação e manutenção ................................................................................................................. 16
10.1 Objetivo .............................................................................................................................. 16
10.2 Sistemas galvânicos........................................................................................................... 16
10.3 Sistemas de corrente impressa.......................................................................................... 17
10.4 Docagem de embarcações ................................................................................................ 17
11 Documentação ................................................................................................................................ 18
Tabelas
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1 Escopo
1.1 Esta Norma estabelece os requisitos adicionais à DNVGL-RP-B401, a serem adotados no projeto,
fabricação, montagem e pré-operação de sistema de proteção catódica para as estruturas abaixo
relacionadas:
1.2 Esta Norma estabelece os requisitos adicionais à DNVGL-RP-B101, a serem adotados no projeto,
fabricação, montagem e pré-operação de sistema de proteção catódica para as estruturas abaixo
relacionadas:
1.2.2 Tanques de lastro, carga, “slop”, e espaços que possam ficar imersos em água salgada ou de
produção.
1.3 Parágrafos das DNVGL-RP-B401 e DNVGL-RP-B101 não mencionados nesta Norma são
considerados inteiramente aplicáveis.
1.4 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.
2 Referências Normativas
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N-2838 REV. C 05 / 2020
3 Termos e Definições
Para os efeitos deste documento aplicam-se os símbolos para parâmetros de projeto de proteção
catódica constantes na DNVGL-RP-B401, e os seguintes.
3.1
embarcações
são consideradas embarcações as plataformas SS, FSO, FPSO e navios
3.2
SPC
Sistema de Proteção Catódica
3.3
eficiência do revestimento (E)
fração da superfície efetivamente protegida pelo revestimento anticorrosivo de uma estrutura que causa
uma redução percentual da corrente de proteção necessária a polarização da superfície revestida em
relação à superfície nua.
3.4
corrente inicial
intensidade de corrente necessária à polarização de uma estrutura submetida à proteção catódica
3.5
corrente média
intensidade de corrente necessária à manutenção da polarização de uma estrutura ao longo da vida
útil do sistema de proteção catódica
3.6
corrente final
intensidade de corrente necessária à repolarização de uma estrutura com camada estabelecida de
depósito calcário e incrustação
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3.7
“cofferdam” - coferdam
compartimento estanque instalado abaixo do nível d’água de uma embarcação, que permite a
interligação elétrica dos anodos e eletrodos de referência aos cabos elétricos internos à embarcação,
restringindo a entrada da água do mar no seu interior
3.8
fator de velocidade
fator de correção da corrente de proteção devido à velocidade relativa entre o eletrólito e a estrutura a
proteger
3.9
“turret” - torreta
estrutura assimétrica ancorada ao leito marinho, incorporada, interna ou externamente, ao casco de
uma embarcação através de um ou mais rolamentos, que permite a rotação livre da embarcação em
torno do eixo desta estrutura, proporcionando o alinhamento total da embarcação com as resultantes
ambientais
3.10
jaqueta
parte estrutural de uma plataforma fixa que vai desde a fundação até pouco acima do nível do mar e
sobre a qual são instalados o convés e/ou módulos
3.11
“mud mat” - sapata
painel de madeira ou aço, usado para apoiar uma estrutura no fundo do mar. No caso de jaquetas, o
apoio é provisório até o estaqueamento definitivo
3.12
ROV
veículo submarino operado remotamente
3.13
caixa de mar
abertura feita no casco abaixo da linha de flutuação, destinada a suprir e descartar água utilizada pela
embarcação
3.14
docagem
parada programada de uma embarcação em dique para inspeção, manutenção, reparos ou obras
3.15
fator de serviço (para tanques)
percentual do tempo em que os tanques ficam cheios, ou seja, que os anodos ficam submersos
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4.1 Generalidades
4.1.1 A escolha do tipo de sistema de proteção catódica, corrente impressa ou corrente galvânica,
deve levar em consideração aspectos econômicos e técnicos como a vida útil da instalação, dimensões,
acessibilidade para manutenção, segurança, confiabilidade, disponibilidade, etc.
4.2.1 A faixa de potenciais a ser adotada como critério de proteção catódica, para estruturas em aço
carbono, deve ser de -800 mV a -1150 mV, medidos em relação ao eletrodo de referência de prata-
cloreto de prata (Ag/AgCl), ou entre +250 mV e -100 mV, medidos em relação ao eletrodo de referência
de Zinco (Zn).
NOTA Aços inoxidáveis martensíticos, duplex e superduplex podem estar sujeitos a fragilização
por hidrogênio em potenciais mais negativos que -800 mV (Ag/AgCl).
4.2.2 Para realizar a conversão das leituras de potenciais eletroquímicos entre eletrodos de Ag/AgCl
e Zn deve-se adotar a seguinte conversão (potenciais eletroquímicos em mV):
4.3 Anodos
4.3.1 Os projetos por corrente impressa devem utilizar, preferencialmente, anodos inertes de titânio
revestidos com óxidos mistos de metais nobres (MMO), conforme ABNT NBR 16294. A utilização de
anodos de titânio, nióbio ou tântalo platinizados ou outros tipos de anodo devem ser previamente
submetidos à aprovação da PETROBRAS.
4.3.2 Anodos galvânicos de ligas de alumínio ou de zinco adquiridos no Brasil devem ser
especificados, conforme a ABNT NBR 10387 e ABNT NBR 9358, respectivamente.
4.3.3 Anodos galvânicos de ligas de alumínio ou de zinco adquiridos fora do Brasil devem ser
especificados conforme a DNVGL-RP-B401.
4.3.4 Recomenda-se que, para um mesmo sistema de proteção catódica, se utilizem anodos
galvânicos feitos do mesmo material ou liga. Qualquer demanda ou necessidade diferente desta
recomendação, a PETROBRAS deve ser consultada. [Prática Recomendada]
4.3.5 Para anodos inertes suspensos, o cabo elétrico não pode fazer parte do sistema de sustentação
do anodo.
4.3.6 Anodos assentados na superfície (tipo placa) devem ser utilizados em locais sujeitos a esforços
hidrodinâmicos (corrente marinha), como por exemplo, caixas de mar e casco de embarcações. Anodos
afastados da superfície (tipo longo) são recomendados para os demais locais, como por exemplo,
estruturas de jaqueta, interior de tanques e equipamentos submarinos. Outros formatos de anodos e
tipos de instalação aplicáveis podem ser especificados de acordo com o projeto.
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Os eletrodos de referência permanentes devem ser de zinco em conformidade com a ABNT NBR 9358
ou DNVGL-RP-B401.
4.5 Retificadores
4.5.1 As condições mínimas exigíveis para fornecimento, inspeção e testes de retificadores de controle
manual e automático (refrigerados a ar e a óleo), utilizados em sistemas de proteção catódica de
instalações marítimas (embarcações e plataformas) devem seguir a PETROBRAS N-2608.
4.5.2 Recomenda-se que, para uma mesma instalação, os retificadores sejam idênticos. [Prática
Recomendada]
4.6 Embarcações
4.6.1 Embarcações com comprimento total superior a 150 m devem ser providos com pelo menos dois
sistemas de corrente impressa, cada um composto por um retificador e respectivos anodos e eletrodos
de referência, atendendo aos seguintes requisitos:
4.6.2 Deve ser considerada, no dimensionamento do SPC de embarcações, toda a área submersa no
calado máximo de operação, incluindo estruturas que guardem continuidade metálica entre si e com o
casco da embarcação, com exceção de dutos submarinos que, isolados metalicamente ou não,
possuem SPC independente.
NOTA Para amarras e/ou cabos de aço não isolados, deve-se considerar área correspondente a
extensão de 30 metros.
4.6.3 Anodos e eletrodos de referência devem ser distribuídos sobre as superfícies submersas,
instalados pelo menos 1 m abaixo do calado mínimo, conforme orientações a seguir:
a) os anodos devem ser localizados à popa e à proa, de forma a permitir uma distribuição de
corrente e potencial uniforme ao longo de todo o casco da embarcação;
b) os anodos devem ser instalados a uma distância mínima de 3 m de outros acessórios do
casco, como caixas de mar, embornais, sensores, etc.;
c) anodos e eletrodos de referência não devem ser instalados nas anteparas dos tanques de
carga;
d) os eletrodos de referência devem ser instalados a uma distância mínima de 9 m em relação
aos anodos inertes.
4.6.4 Em embarcações de transporte, o hélice e o leme devem ser considerados e protegidos com
uma concentração maior de anodos. Recomenda-se a instalação de 20 % a 30 % dos anodos na região
da popa. [Prática Recomendada]
NOTA Para garantia da continuidade metálica de componentes móveis, podem ser utilizadas
cordoalhas de aço inox ou cobre ou instalados anodos individuais.
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4.6.5 As caixas de mar devem ser protegidas por anodos galvânicos aparafusados em suportes
soldados ao casco.
4.6.6 Deve ser avaliada, durante o planejamento da obra, a necessidade da instalação de um SPC
provisório para o casco da embarcação até que o sistema definitivo esteja em operação.
Deve ser considerada, no dimensionamento do SPC de bóias e monobóias, toda a área submersa
incluindo estruturas que guardem continuidade metálica entre si e as instalações, com exceção de
dutos submarinos que, isolados metalicamente ou não, possuem SPC independente.
NOTA Para amarras e/ou cabos de aço não isolados, deve-se considerar área correspondente a
extensão de 30 metros.
4.8.1 Devem ser consideradas, no dimensionamento, todas as áreas das partes submersas,
enterradas e da zona de transição no leito marinho.
4.8.2 Os anodos selecionados devem ser distribuídos de modo a atender uma área de 30 m2 a 60 m2
por anodo e proporcionalmente às intensidades de corrente das partes submersas e enterradas.
4.8.3 Devem ser consideradas como superfícies enterradas as áreas correspondentes do revestimento
de poços, das estacas e das sapatas provisórias (“mud mat”).
4.8.4 Os condutores e outros acessórios devem ser interligados eletricamente à jaqueta. Os anodos
destinados à proteção dos condutores devem ser posicionados nas mesas da jaqueta, próximas às
guias dos condutores.
NOTA O projeto do SPC de dutos submarinos, conectados aos equipamentos, deve ser realizado
à parte, embora geralmente estas estruturas possuam continuidade metálica entre si.
4.9.2 A demanda de corrente total de estruturas complexas, compostas por metais dissimilares, deve
ser calculada através do somatório das demandas individuais para cada material (aço carbono, aço
inoxidável, aço niquelado etc.). Em casos especiais, pode ser necessária a utilização de programas
computacionais, baseados em elementos de contorno, para verificar a melhor distribuição de corrente.
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4.9.3 A distribuição dos anodos deve ser tão uniforme quanto possível, sem interferir na operação do
equipamento.
4.9.4 As densidades de corrente inicial, média e final de componentes aquecidos por fluido interno
devem ser incrementadas em 1 mA/m2 por °C da temperatura da parede externa do equipamento
adicional à temperatura ambiente. A temperatura do fluido interno pode ser usada, conservadoramente,
quando a temperatura da parede externa não estiver disponível.
NOTA Considerar as seguintes temperaturas ambientes: 18°C até 100 m de profundidade, 12°C
de 100 m a 300 m de profundidade e de 4°C para profundidades superiores a 300 m.
4.9.5 Devem ser instalados anodos no interior de compartimentos fechados e não estanques, com
previsão de abertura para saída dos produtos de corrosão dos anodos.
4.10 Tanques
4.10.1 Não é permitido o uso de sistema de corrente impressa para proteção interna de tanques que
contenham atmosfera explosiva (carga, “slop”, combustível, etc).
4.10.2 Tanques com proteção galvânica devem ser protegidos apenas por anodos de liga de alumínio
ou de liga de zinco. Anodos de liga de magnésio não devem ser utilizados.
4.10.3 Anodos de liga de zinco tradicionais não devem ser utilizados em tanques com temperatura de
operação acima de 50ºC. Para temperaturas entre 50 e 80ºC, devem ser utilizados anodos de liga de
alumínio ou anodos de liga de zinco especiais para alta temperatura, adquiridos de fornecedores
qualificados pela PETROBRAS.
4.10.4 Anodos de liga de alumínio não devem ser utilizados em tanques com atmosfera explosiva se
o produto da altura (m) de instalação do anodo pelo seu peso bruto (kgf) for superior a 28 kgf.m. A
altura deve ser medida do fundo do tanque até o centro do anodo.
4.10.6 A proteção catódica não é aplicável em tanques de água potável. Para estes casos, deve ser
adotada uma proteção anticorrosiva baseada na seleção de materiais e/ou sistema de revestimento
adequado com certificado de potabilidade.
4.10.7 Para tanques de lastro, a distribuição dos anodos deve levar em consideração a maior
densidade de corrente no fundo dos tanques. Tanques de lastro próximos a um tanque aquecido devem
possuir maior concentração de anodos nas anteparas adjacentes.
4.10.8 Um tanque venha a armazenar um fluido distinto do que foi projetado, é recomendável uma
análise criteriosa da compatibilidade dos anodos e do revestimento interno com a nova condição
[Prática Recomendada].
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4.11 Revitalização
Os critérios adotados pela PETROBRAS para avaliação do projeto de revitalização do SPC são:
5 Parâmetros de Projeto
5.1.1 O SPC por anodos galvânicos deve ser dimensionado utilizando as seguintes capacidades de
corrente:
5.2.1 Devem ser seguidas as DNVGL-RP-B401 e a DNVGL-RP-B101 no que se refere ao item “fator
de falha de revestimento para projetos de proteção catódica” (“Coating Breakdown Factors for CP
Design”). Considerar que, na literatura técnica, por vezes se utiliza o parâmetro “eficiência de
revestimento” (E), enquanto a DNVGL adota o “fator de falha de revestimento” (F), e que possuem a
seguinte relação:
𝐸 =1−𝐹 (2)
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5.3.1 A vida útil adotada para o sistema de proteção catódica por corrente impressa para o casco de
embarcações deve atender a vida útil da embarcação, conforme critério da PETROBRAS.
5.3.2 A vida útil adotada para o sistema de proteção catódica galvânico deve atender aos requisitos
da Tabela 2.
5.4.1 Para o cálculo da corrente do casco de embarcações deve ser considerado um parâmetro
adicional em função da velocidade relativa entre o eletrólito e a estrutura.
5.4.2 O fator de eficiência citado na DNVGL-RP-B101, seção 3.14.8, deve ser utilizado como
compensação do fator de velocidade. A corrente de proteção catódica calculada deve ser multiplicada
por esse fator, que varia de 1,25 a 1,5.
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Para os tanques de lastro e tanques de drenagem em plataformas de produção, o fator de serviço deve
ser de 100 %. Para tanques de lastro e de sobras em navios de transporte, o fator de serviço deve ser
de 50 %.
6 Cálculos de Projeto
6.1 Generalidades
6.1.1 Os anodos de corrente impressa ou galvânica devem ser distribuídos conforme critério da área
de proteção e experiências adquiridas em projetos semelhantes.
6.2.2 A maior corrente calculada entre as correntes inicial, média e final deve ser utilizada para
determinação do número de anodos e retificadores.
6.2.4 Os cabos devem ser compatíveis com a capacidade de corrente drenada por cada anodo.
6.3.2 As dimensões iniciais dos anodos devem ser, tais que, cada anodo seja capaz de injetar, no
mínimo, a corrente inicial das áreas submersas e enterradas, dividida pelo número de anodos
determinados, respectivamente, para cada uma destas áreas.
6.3.3 Com as dimensões reduzidas, cada anodo deve ser capaz de injetar, no mínimo, a corrente final
das áreas submersas e enterradas, dividida pelo número de anodos determinados, respectivamente,
para cada uma destas áreas.
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7.2 O ensaio de curta duração descrito no Apêndice B da DNVGL-RP-B401 deve ser sempre utilizado
para controle de qualidade dos anodos galvânicos.
8 Instalação do Sistema
8.1 Generalidades
8.1.2 A distribuição de anodos sobre as estruturas deve ser conforme determinado nos desenhos de
projeto devendo, posteriormente, estes desenhos serem atualizados para a revisão “conforme
construído”.
8.2.1 Os anodos devem ser fixados por intermédio de solda, ou de parafusos e porcas de aço
inoxidável AISI 316, fixados em suportes soldados no equipamento ou estrutura a ser protegida.
NOTA 1 Conexões soldadas devem ser executadas por soldadores qualificados e devem ser
aprovadas pela sociedade classificadora, quando aplicável, de acordo com os
procedimentos de soldagem qualificados.
NOTA 2 Nos casos em que a continuidade metálica for garantida por intermédio de parafusos,
devem-se utilizar arruelas serrilhadas em sua montagem.
8.2.2 O revestimento, quando existente, deve ser removido somente nos locais da conexão e ao final,
reparado segundo o esquema de aplicação original.
8.2.3 A continuidade metálica entre os anodos e a estrutura deve ser testada ao final da instalação,
devendo ser inferior a 0,1 Ω, excluída a resistência do cabo do multímetro.
8.2.4 Os anodos para proteção de jaqueta devem ser instalados sobre a estrutura antes do içamento
de cada painel.
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8.3.1 No entorno e sob os anodos inertes, na superfície a ser protegida, deve ser aplicado um
revestimento isolante elétrico (blindagem dielétrica), com uma área de extensão mínima de 2 m ao
redor do anodo e espessura conforme recomendações do fabricante da blindagem.
8.3.2 Os anodos inertes e eletrodos de referência devem ser providos com um trecho de cabo ou haste,
de forma a permitir a conexão com o cabo elétrico do retificador. A penetração do cabo ou haste no
casco deve ser por meio de um “cofferdam”.
8.3.3 A instalação do cabo elétrico de anodos e eletrodos de referência externamente ao casco deve
ser evitada, exceto em projetos de revitalização mediante aprovação da PETROBRAS.
8.4.1 Anodos e eletrodos de referência suspensos remotos (pendulares) podem ser utilizados na
revitalização de sistemas em funcionamento.
8.4.2 Anodos e eletrodos de referência pendulares devem ser protegidos contra danos físicos, possuir
resistência à abrasão, ao ozônio e serem adequados à exposição ao tempo, nas regiões emersa e
imersa.
8.4.3 Recomenda-se que anodos e eletrodos de referência pendulares sejam instalados verticalmente,
de forma a minimizar os esforços do mar sobre a instalação e estabilizados, para evitar oscilações, por
meio de lastro ou ancoragem [Prática Recomendada].
9 Comissionamento
9.1 Generalidades
Os voltímetros e eletrodos de referência utilizados nas medições do potencial eletroquímico devem ser
calibrados, conforme requisitos da ABNT NBR 16482.
9.2.1 Com a finalização dos serviços de instalação dos anodos deve-se proceder a uma inspeção geral
das soldas e garantia da continuidade metálica entre anodos e estrutura a ser protegida, seguindo-se
as recomendações contidas nesta Norma e no item 9 da DNV-RP-B401.
9.2.2 Após a montagem do sistema e o início do funcionamento dos anodos galvânicos, deve-se
aguardar pelo menos 14 dias para a polarização da estrutura metálica e deve-se realizar as medições
de potencial ao longo de toda a estrutura submersa utilizando-se os serviços de mergulho raso e
medições com apoio de ROV onde necessário.
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9.2.3 Os potenciais eletroquímicos medidos devem estar situados na faixa adequada de proteção
conforme o 4.2 desta Norma e registrados em formulários elaborados para esta finalidade. Após
medições iniciais e a entrega das instalações, o programa de acompanhamento do sistema de proteção
catódica galvânico deve seguir a rotina de inspeção definida pelas sociedades classificadoras ou
conforme inspeções intermediárias definidas a critério da PETROBRAS.
9.2.4 No interior de tanques, quando não for possível realizar a medição de potencial, recomenda-se,
quando abertos, realizar inspeções visuais e medições da espessura da parede e inspeção visual dos
anodos para controle da efetividade do SPC.
9.3.1 O comissionamento deve ser dividido em duas etapas: ensaios no estaleiro (a seco) e no mar.
Os resultados devem ser devidamente registrados.
9.3.2 O sistema deve ser ajustado para que o potencial eletroquímico fique situado na faixa adequada
de proteção conforme o 4.2 desta Norma e todos os parâmetros do sistema devem ser registrados em
formulários elaborados para esta finalidade.
9.3.3 Medições de potencial eletroquímico ao longo da periferia do casco devem ser realizadas com
um eletrodo de referência portátil de Ag/AgCl ou Zn, complementadas pelas leituras obtidas nos
eletrodos de referência fixos da embarcação para comparação.
9.3.4 Recomenda-se identificar os pontos de medição com plaquetas de aço inox, numeradas
sequencialmente e fixadas ao longo da unidade marítima, próximas aos pontos de lançamento do
eletrodo portátil. Este procedimento facilita também a conexão da ponteira positiva do voltímetro digital
na estrutura [Prática Recomendada].
a) retificador: alimentação elétrica e polaridade da saída: pólo positivo ligado aos anodo e o
pólo negativo ligado ao catodo (estrutura);
b) cabos elétricos: continuidade metálica dos cabos de anodos, catodos e eletrodos;
c) isolamento elétrico entre anodos e eletrodos de referência em relação ao catodo
(estrutura);
d) estanqueidade do “cofferdam”;
e) sistema de aterramento do leme e do eixo propulsor.
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9.5.1 O SPC deve ser submetido a ensaios funcionais, similares às condições operacionais.
9.5.2 Ao entrar em contato com o mar, o SPC deve ser energizado e devem ser verificados os
seguintes parâmetros:
9.5.3 Os parâmetros descritos em 9.5.2 devem ser monitorados ao longo do processo de polarização
da estrutura, por um prazo mínimo de 10 dias.
10 Operação e manutenção
10.1.1 A operação e a manutenção devem garantir que o SPC continue operando adequadamente e
que a estrutura permaneça livre de corrosão durante toda a sua vida útil.
10.1.2 Um plano de inspeção e manutenção das instalações de proteção catódica deve ser elaborado
pela equipe da unidade marítima, contemplando e não se limitando à inspeção visual, dimensional,
medições de potencial, ajustes em equipamentos, substituição de elementos do sistema.
10.1.3 O conjunto de pontos a serem inspecionados e medidos poderá ser reavaliado a cada inspeção
em função do novo cenário de desgaste dos anodos e valores de potencial medidos, histórico de
avarias, pontos e severidade de corrosão, vida útil do SPC, entre outras informações.
10.2.1 As medições de potencial devem ser realizadas segundo o plano de inspeção definido pela
PETROBRAS ou de acordo com a periodicidade definida pela classe da embarcação.
10.2.2 Dependendo do tipo de estrutura e localização de anodos, uma inspeção visual com
mergulhador ou ROV pode ser realizada, visando verificar o consumo dos anodos, eventuais danos
físicos, ocorrência de incrustações e o estado das soldas ou conexões.
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10.2.3 A medição de potencial eletroquímico deve ser priorizada em locais considerados críticos, como
regiões com amassamento, corrosão ou desgaste do revestimento, cordões de solda, próximo aos
anodos com desgaste severo, irregular e os que já foram consumidos.
10.2.4 Realizar as medições de potencial eletroquímico nas caixas de mar, em três locais distintos em
cada uma delas.
10.3.1 O sistema de corrente impressa deve possuir indicador de status informando se o sistema está
ligado, bem como informando a ocorrência de qualquer inatividade.
10.3.3 Os eletrodos de referência fixos devem ser calibrados em intervalos regulares não superiores
a um ano, comparando o potencial medido com o potencial de um eletrodo de referência portátil
recentemente calibrado. Os dois eletrodos devem ser posicionados o mais próximo possível entre si.
10.3.5 A manutenção do anodo inerte ou do eletrodo de referência fixa deve ser realizada quando
forem detectada falhas. Os seguintes aspectos devem ser avaliados:
10.3.6 Verificação e inspeção de juntas de isolamento elétrico das estruturas não vinculadas ao casco,
e estado de funcionamento das mesmas, quando aplicável.
10.4.1 Anodos galvânicos devem ser inspecionados, e aqueles com desgaste acentuado ou que não
perdurem por mais um período de operação da embarcação devem ser substituídos.
10.4.2 Para sistemas de corrente impressa, a resistência dielétrica entre anodos e eletrodos de
referência e o casco da embarcação deve ser medida, devendo ser superior a 1MΩ.
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-PÚBLICO-
N-2838 REV. C 05 / 2020
10.4.3 A periferia dos anodos e eletrodos de referência deve ser limpa, para evitar uma continuidade
eletrolítica devida à formação de depósitos de sal.
11 Documentação
11.2 Todas as informações relevantes para o sistema de proteção catódica devem ser registradas,
incluindo dados de projeto, fabricação, instalação, comissionamento, procedimentos de operação,
inspeção e manutenção do sistema.
11.4 Os seguintes dados devem ser mantidos para referência e permanentemente atualizados, quando
aplicável:
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