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de Tubulações Metálicas
Petroquímica
Faculdades Integradas Ipitanga (FACIIP)
125 pag.
Procedimento
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 17 CONTEC - Subcomissão Autora.
Tubulação As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.
Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
Sumário
1 Escopo ............................................................................................................................................... 10
8 Soldagem........................................................................................................................................... 50
8.4 Soldagem de Tubulações em Aço Liga com Cromo (“P-Number” 3, 4, 5 e 15) .................. 51
9.4.4 Aço Liga com Cromo (P-Number 3, 4, 5A, 5B, 5C e 15E)........................................... 55
12 Condicionamento............................................................................................................................. 64
14 Atendimento à NR-13 (Redação dada pela Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de 2014) .......... 69
B.3 Roteiro para Determinação do Tamanho da Amostra e Limites de Aceitação e Rejeição ........... 76
E.1 Classificação Segundo a NR-13 (Redação dada pela Portaria MTE n.º 594, de 28 de Abril de
2014) .............................................................................................................................................. 90
F.5 Requisitos Mínimos de Segurança para Serem Seguidos no Teste Pneumático ....................... 100
Figuras
Tabelas
Tabela A.1 - Classes de Inspeção para Tubulações conforme ASME B31.3....................................... 72
Tabela A.2 - Tipo e Extensão do Exame por Tipo de Solda ................................................................. 73
Tabela B.2 - Plano de Amostragem Simples - Baseado na Qualidade Limite para o Risco do
Consumidor Aproximadamente Igual a 5 % ..................................................................... 77
Tabela D.1 - Código de Cores para Identificação de Materiais de Tubulação ..................................... 88
Tabela E.2 - Classificação dos Serviços e Fluidos, Conforme a ASME B31.3..................................... 91
Tabela E.3 – Classificação das Padronizações da PETROBRAS N-76 conforme NR-13, ASME B31.3
e Anexo A desta Norma ................................................................................................. 92
Tabela G.4 - Classe de Pressão #600 para Junta Espiralada ............................................................ 117
Tabela G.5 - Classe de Pressão #600 para Junta RTJ ...................................................................... 117
Tabela G.6 - Classe de Pressão #900 para Junta Espiralada ............................................................ 118
Tabela G.7 - Classe de Pressão #900 para Junta RTJ ...................................................................... 118
Tabela G.10 - Estojos em Aço Inox ASTM A193 B8 CL2 ................................................................... 120
1 Escopo
1.1 Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para a fabricação, montagem, manutenção,
condicionamento, inspeção e testes de tubulações metálicas em unidades industriais,
compreendendo: instalações de exploração e produção em plataformas marítimas, áreas de
processo, áreas de utilidades, parques de armazenamento e instalações auxiliares, terminais, bases
de armazenamento, estações de bombeamento, estações de compressão e estações reguladoras de
pressão e de medição de vazão de gás (“city-gates”), além de instalações de superfície de dutos, tais
como:
1.3 Esta Norma se aplica às atividades previstas em 1.1 iniciadas a partir da data de sua edição.
2 Referências Normativas
10
PETROBRAS N-1591 - Ligas Metálicas e Metais - Identificação através de Testes pelo Ímã
e por Pontos;
ABNT NBR 5425 - Guia para Inspeção por Amostragem no Controle e Certificação de
Qualidade;
ABNT NBR 5427 - Guia para Utilização da Norma ABNT NBR 5426;
11
ABNT NBR 16165 - Dutos Terrestres - Curvas por Indução para Tubulações de Processo;
ABNT NBR 16137 - Ensaios Não Destrutivos - Teste por Pontos - Identificação de Materiais;
ISO 8249 - Welding - Determination of Ferrite Number (FN) in Austenitic and Duplex Ferritic-
Austenitic Cr-Ni Stainless Steel Weld Metals;
ISO 12944-2 - Paints and Varnishes - Corrosion Protection of Steel Structures by Protective
Paint Systems - Part 2: Classification of Environments;
ISO 15156-1 - Petroleum and Natural Gas Industries - Materials for Use in H2S-Containing
Environments in Oil and Gas Production - Part 1: General Principles for Selection of
Cracking-Resistant Materials;
ISO 15156-2 - Petroleum and Natural Gas Industries - Materials for Use in H2S-Containing
Environments in Oil and Gas Production - Part 2: Cracking-Resistant Carbon and Low-Alloy
Steels, and the Use of Cast Irons;
ISO 15156-3 - Petroleum and Natural Gas Industries - Materials for Use in H2S-Containing
Environments in Oil and Gas Production - Part 3: Cracking-Resistant CRAs (Corrosion-
Resistant Alloys) and Other Alloys.
ISO 17945 - Petroleum, Petrochemical and Natural Gas Industries - Metallic Materials
Resistant to Sulfide Stress Cracking in Corrosive Petroleum Refining Environments;
API 570 - Piping Inspection Code: In-Service Inspection, Rating, Repair, and Alteration of
Piping Systems;
API RP 578 - Material Verification Program for New and Existing Alloy Piping System;
API RP 686 - Recommended Practices for Machinery Installation and Installation Design;
API RP 1110 - Recommended Practice for the Pressure Testing of Steel Pipelines for the
Transportation of Gas, Petroleum Gas, Hazardous Liquids, Highly Volatile Liquids or Carbon
Dioxide;
12
API STD 936 - Refractory Installation Quality Control-Inspection and Testing Monolithic
Refractory Linings and Materials;
API TR 938C - Use of Duplex Stainless Steels in the Oil Refining Industry;
ASME BPVC Section VIII, Division 1 - Rules for Construction of Pressure Vessels;
ASME BPVC Section IX - Qualification Standard for Welding and Brazing Procedures,
Welders, Brazers, and Welding and Brazin Operators Welding and Brazin Qualifications;
ASME B16.1 - Gray Iron Pipe Flanges and Flanged Fittings Classes 25, 125, and 250;
ASME B16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings NPS 1/2 through NPS 24Metric/Inch
Standard;
ASME B16.20 - Metallic Gaskets for Pipe Flanges Ring-Joint, Spiral-Wound, and Jacketed;
ASME B16.47 - Large Diameter Steel Flanges NPS 26 through NPS 60 Metric/Inch
Standard;
ASME PCC-1 - Guidelines for Pressure Boundary Bolted Flange Joint Assembly;
ASTM A53/A53M - Standard Specification for Pipe, Steel, Black and Hot-Dipped, Zinc-
Coated, Welded and Seamless;
ASTM A106/A106M - Standard Specification for Seamless Carbon Steel Pipe for High-
Temperature Service;
ASTM A193/A193M - Standard Specification for Alloy-Steel and Stainless Steel Bolting for
High Temperature or High Pressure Service and Other Special Purpose Applications;
ASTM A1038 - Standard Test Method for Portable Hardness Testing by the Ultrasonic
Contact Impedance Method;
13
AWS D10.10/D10.10M - Recommended Practices for Local Heating of Welds in Piping and
Tubing;
MSS SP-25 - Standard Marking System for Valves, Fittings, Flanges and Unions;
MSS SP-55 - Quality Standard for Steel Castings for Valves, Flanges, Fittings and Other
Piping Components - Visual Method for Evaluation of Surface Irregularities;
NACE MR0103/ISO 17945 - Petroleum, Petrochemical and Natural Gas Industries - Metallic
Materials Resistant to Sulfide Stress Cracking in Corrosive Petroleum Refining
Environments;
3 Termos e Definições
3.1
certificado de qualidade de material
registro dos resultados de ensaios, testes e exames, exigidos pelas normas e realizados pelo
fabricante do material
3.2
chapa de bloqueio
chapa de aço da mesma especificação do material da tubulação, soldada na extremidade da
tubulação, de acordo com qualquer dos detalhes de soldagem de tampos planos da
ASME BPVC Section VIII, Division 1, usada para bloquear o fluido no teste de pressão
3.3
condicionamento
conjunto de operações prévias necessárias para deixar as tubulações, equipamentos e sistemas em
condições apropriadas para iniciar as atividades de pré-operação, operação ou hibernação
3.4
dispositivos auxiliares de montagem
dispositivos, soldados ou não à tubulação, usados provisoriamente, com a finalidade de garantir o
alinhamento e ajuste das diversas partes a serem soldadas
3.5
END
Ensaio Não Destrutivo
3.6
EV (Exame Visual)
END de EV, conforme PETROBRAS N-1597
14
3.7
fabricação
montagem de peças (“spools”) de tubulações em fábricas ou oficinas de campo (“pipe shop”)
3.8
inspeção de recebimento
inspeção realizada, segundo critério de amostragem preestabelecido, onde são verificadas as
características principais dos diversos materiais de tubulação, antes de sua aplicação
3.9
junta de vedação definitiva
junta que se prevê ficar definitivamente instalada na tubulação desde a montagem até a operação
3.10
junta de vedação provisória
junta que se prevê ser substituída antes da entrada da tubulação em operação
3.11
lote para amostragem
conjunto de peças idênticas, entregues numa mesma data, do mesmo fabricante e, quando for o
caso, de uma mesma corrida
3.12
LP (Líquido Penetrante)
END com LP, conforme PETROBRAS N-1596
3.13
MS
Metal de Solda, conforme definido pela PETROBRAS N-1438
3.14
PM (Partícula Magnética)
END com partículas magnéticas, conforme PETROBRAS N-1598
3.15
PMI (Positive Material Identification)
teste de reconhecimento de aços e ligas metálicas, conforme ABNT NBR 16137
3.16
“P-number”
agrupamento de materiais de base para soldagem baseado em sua soldabilidade conforme definido
pelo ASME BPVC Section IX
3.17
procedimento de execução
documento emitido pela empresa executante dos serviços que define os parâmetros e as suas
condições de execução
3.18
RX (Radiografia)
END com radiografia, conforme PETROBRAS N-1595 ou N-2820 e N-2821
15
3.19
sobrecomprimento
comprimento adicional deixado nos “spools” fabricados visando permitir eventuais ajustes no campo
3.20
“spool”
subconjunto de uma linha, formado pelo menos por uma conexão e um trecho de tubo, ou
2 conexões, que é montado em fábricas ou oficinas de campo (“pipe shop”)
3.21
temperatura de teste
temperatura do líquido de teste, definida pela média de uma série de medições efetuadas no
reservatório. Para teste pneumático, é a temperatura do material da tubulação durante o teste
3.22
teste de pressão
teste realizado ao final da montagem da tubulação, de forma a verificar a sua estanqueidade e sua
integridade. Podem ser de três tipos:
3.23
teste operacional (“initial service leak test”)
teste realizado quando a tubulação é colocada em operação, com fluido, pressão e temperatura de
operação. Esse teste está restrito às tubulações em Categoria de Serviço D (conforme ASME B31.3)
3.24
TT
Tratamento Térmico
3.25
tubulação em serviço
tubulação não desativada que já tenha operado, podendo estar ou não em operação no momento
considerado
3.26
US (Ultrassom)
END com ultrassom, conforme PETROBRAS N-1594
3.27
ZAC
Zona Afetada pelo Calor, conforme definido pela PETROBRAS N-1438
16
4 Condições Gerais
4.1 Introdução
4.1.2 Os requisitos listados nessa Norma são essencialmente complementares aos das normas de
tubulação ASME B31.1 e ASME B31.3. O uso dessa norma em trechos projetados como dutos
(ASME B31.4 e ASME B31.8, por exemplo) deve ser cercado de cuidados adicionais, de forma que
não haja conflito com os requisitos dessas normas.
4.1.3 Devem também ser atendidos os requisitos dos seguintes Anexos desta Norma:
a) Anexo A: define os critérios para seleção do tipo e extensão dos exames não destrutivos;
b) Anexo B: contém as orientações para o exame por amostragem dos componentes da
tubulação;
c) Anexo C: apresenta o conteúdo básico dos procedimentos de execução;
d) Anexo D: determina a codificação por cores para identificação dos materiais;
e) Anexo E: lista a classificação das padronizações de materiais e fluidos da PETROBRAS
N-76 segundo as NR-13 e ASME B31.3, além da indicação da classe de inspeção
aplicável;
f) Anexo F: contém requisitos suplementares para a execução de teste pneumático das
linhas;
g) Anexo G: contém os requisitos para o gerenciamento e execução de ligações
flangeadas.
4.2.2 Os ENDs devem ser executados por pessoal qualificado pelo Sistema Nacional de Qualificação
e Certificação (SNQC) em ENDs conforme ABNT NBR NM ISO 9712. Para modalidades de ENDs
não contempladas pelo SNQC, utilizar sistema de qualificação definido no procedimento interno de
qualificação de pessoal estabelecido pela área de certificação e inspeção do SEQUI. Para serviços
executados fora do Brasil a qualificação e certificação devem ser de acordo com o estabelecido
acima ou via entidades independentes que atendam aos requisitos da ISO 17024 e que operem em
conformidade com a ABNT NBR NM ISO 9712. Neste caso a aprovação prévia da PETROBRAS é
requerida.
17
4.2.3 A pintura e isolamento térmico devem seguir as prescrições das normas PETROBRAS
aplicáveis ao projeto. Para executar inspeção de pintura no Brasil, a qualificação e a certificação
devem ser pelo Sistema Brasileiro de Qualificação e Certificação em Corrosão e Proteção –
ABRACO, conforme ABNT NBR 15218, pelo Sistema Nacional de Qualificação e Certificação –
Corrosão e Proteção (SNQC-CP). Para serviços executados no exterior, a qualificação e certificação
devem ser conforme estabelecido acima ou por entidades internacionais independentes que atendam
aos requisitos da ISO/IEC 17024, sendo neste caso requerida a aprovação prévia da PETROBRAS.
Técnicos de qualidade em isolamentos térmicos e refratários. para executar atividades relacionadas
com isolamentos térmicos e refratários, devem ser treinados e qualificados conforme API STD 936.
4.3.1 A superfície de todo reparo por solda deve ser submetida a exame por LP ou partículas
magnéticas (PETROBRAS N-1596 ou N-1598), para assegurar a remoção total dos defeitos.
4.3.1.1 O reparo das juntas soldadas deve ser executado de acordo com o procedimento de
soldagem aprovado e soldadores qualificados, e somente após a remoção total dos defeitos.
4.3.1.2 As juntas reparadas devem ser reinspecionadas por LP ou PM, além de serem inspecionadas
por US ou RX nos casos assim especificados (conforme Anexo A).
4.3.1.3 Após a execução do reparo a junta deve ser submetida a novo TT, nos casos assim
especificados.
4.3.2.2 Deve ser feito exame complementar por meio de LP ou partículas magnéticas (PETROBRAS
N-1596 ou N-1598).
4.3.3 A limpeza e remoção de escória das soldas, bem como a remoção e inspeção das áreas de
soldas de suportes provisórios e de dispositivos auxiliares de montagem, devem ser completadas
antes do teste de pressão da tubulação.
4.3.4 A remoção dos reforços das soldas de topo pode ser feita por esmerilhamento, tomando-se o
cuidado de não reduzir a espessura do tubo ou acessório adjacente.
18
4.4 Rastreabilidade
4.4.1 Todas as juntas soldadas devem ser identificadas com o código do(s) soldador(es) ou
operador(es) de soldagem conforme a PETROBRAS N-133, sendo que a mesma identificação deve
constar dos mapas de controle.
4.4.2 As juntas devem também ter identificada a Instrução de Execução e Inspeção de Soldagem
(IEIS) utilizada. As juntas devem ser identificadas também quando liberadas para soldagem e após a
soldagem. As juntas devem ter numeração sequencial de modo a permitir a rastreabilidade de cada
junta, por conjunto de tubulação.
4.4.3 Em obras em que forem utilizados sistemas informatizados para o controle de execução de
ENDs nas juntas soldadas, é suficiente a indicação da Especificação do Procedimento de Soldagem
(EPS) a ser empregada em cada junta, sendo dispensável a emissão de IEIS.
4.4.4 A menos que especificado de forma diferente pela PETROBRAS, deve ser atendido o seguinte
requisito de rastreabilidade para os componentes de tubulação:
4.4.5 Para fins de aplicação de rastreabilidade devem ser seguidas as seguintes definições:
a) Rastreabilidade Total (RT) – para os itens classificados com rastreabilidade total, deve
ser assegurada uma exata correlação entre cada item e seus dados fundamentais (por
exemplo: certificados, exames, ensaios, lotes, data de fabricação, corrida, validade)
desde a matéria-prima até o produto acabado, voltada à utilização a qualquer momento.
A rastreabilidade é geralmente realizada através de marcação física dos componentes, e
assegurada durante toda a duração do trabalho do contrato e também após a montagem
e testes finais.
b) Rastreabilidade Limitada (RL) – para os itens classificados com rastreabilidade limitada,
estão envolvidas todas as fases do processo produtivo desde o recebimento até sua
montagem e teste finais. Não é necessário, entretanto, manter a rastreabilidade após o
término do trabalho relativo ao contrato.
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c) Origem Reconhecida (OR) – para os itens classificados com origem reconhecida, deve
ser assegurado que a aquisição tenha sido realizada em um fornecedor qualificado. A
rastreabilidade é assegurada através das marcações efetuadas nos itens, conforme
requisitos normativos. Podem ser requeridos certificados, mas não é requerida a
correlação entre os certificados e cada item individual.
4.5.1 A soldagem deve ser planejada e executada conforme PETROBRAS N-133 e a Seção 8 desta
Norma.
4.5.2 Os ENDs devem ser planejados e executados conforme procedimentos elaborados de acordo
com as PETROBRAS N-1591, N-1593, N-1594, N-1595, N-1596, N-1597, N-1598 e ABNT NBR 16137.
Para o ensaio de identificação de ligas deve ser atendida também a API RP 578.
4.5.4 As peças, os tubos e os acessórios da tubulação devem ser limpos interna e externamente
imediatamente antes da fabricação e da montagem.
4.5.4.1 As extremidades a serem soldadas devem ser limpas e protegidas de acordo com a
PETROBRAS N-133.
4.5.4.2 As extremidades roscadas e flangeadas devem estar limpas e isentas de corrosão, tintas,
graxas, terra, mossas e serrilhados. Para ligações flangeadas, a remoção de tintas e graxas deve ser
feita com solvente.
4.5.6 No curvamento a frio dos tubos devem ser seguidos os requisitos da norma de projeto, porém o
raio mínimo da linha de centro deve estar conforme a PETROBRAS N-57. Para tubos com
revestimento, o revestimento só pode ser aplicado após o curvamento.
4.5.7 Os suportes devem ser montados, soldados e tratados termicamente de acordo com o projeto e
a norma de projeto.
4.5.8 Em tubulações encamisadas devem ser seguidos os requisitos da norma de projeto. Deve-se
atentar para a necessidade de inspeção e teste das soldas do tubo interno, antes da montagem da
camisa, e para o novo teste das ligações flangeadas, após a montagem do conjunto no campo.
20
4.5.9 Na entrada de vasos, compressores, turbinas, bombas e outros equipamentos que possam ser
prejudicados por detritos e que não tenham sido isolados do sistema devem ser colocados filtros
temporários de acordo com a PETROBRAS N-118. Estes filtros devem ficar no sistema durante o
teste de pressão, limpeza, pré-operação e início de operação.
4.5.10 Em casos especiais em que não seja admitida qualquer contaminação pelo fluido de limpeza
ou de teste, devem ser instalados dispositivos de isolamento considerando os limites dos
subsistemas na entrada e saída dos equipamentos.
As tubulações devem ser fabricadas e montadas de acordo com o projeto e dentro das tolerâncias
dimensionais estabelecidas pela norma de projeto, ou, na falta desta, pela Figura 1.
21
4.7.1 A inspeção das tubulações em serviço deve ser realizada conforme PETROBRAS N-2555.
4.7.3 Para reparos em tubulações em operação, ou sua interligação com tubulações novas, devem
ser seguidos os requisitos da PETROBRAS N-2163.
5.1.1 É obrigatória uma estrutura de recebimento e armazenamento dos materiais que tenha no
mínimo:
a) inspeção dos materiais de acordo com 5.3 a 5.14 desta Norma, além dos requisitos de
compra ou decorrentes do procedimento de recebimento. Esta inspeção deve ser feita
antes de sua aplicação na fabricação ou montagem. O relatório dessa inspeção de
recebimento deve explicitar as corridas ou lotes inspecionados, as características da
amostragem realizada conforme Anexo B, e as grandezas medidas, conforme aplicável a
cada componente;
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a) os materiais de aço inoxidável, ligas de níquel ou titânio e suas ligas devem ser
armazenados, manuseados e processados totalmente segregados dos demais materiais,
de forma a evitar o risco de contaminação;
b) os materiais em aço inoxidável não devem ser armazenadas em contato com peças
galvanizadas;
c) os materiais rejeitados nas inspeções feitas conforme o 5.1.3 devem ser identificados e
segregados dos demais materiais para evitar risco de uso indevido;
d) materiais e componentes mantidos em áreas abertas, sem cobertura, devem sempre ser
armazenados de forma a evitar o acúmulo de água e afastados do piso. Materiais e
equipamentos sensíveis devem sempre ser armazenados em área abrigada.
5.2.1 Nos itens onde for requerida a inspeção por amostragem, esta deve ser executada conforme
estabelecido na ABNT NBR 5426. As ABNT NBR 5425 e ABNT NBR 5427 apresentam informações
complementares visando facilitar a aplicação da inspeção por amostragem da ABNT NBR 5426,
podendo ser empregadas como ferramentas auxiliares.
5.2.2 O tamanho da amostra para verificação das características dos componentes deve ser dado
pelo nível geral de inspeção II, QL10, plano de amostragem simples e risco do consumidor 5 %,
exceto para os casos citados a seguir:
5.2.3 O Anexo B desta Norma resume os dados necessários para a seleção do código literal da
amostra, determinação do seu tamanho, e os valores limites de aceitação e rejeição, todos para o
plano de amostragem simples.
24
5.2.4 Para os casos em que se supõe que a qualidade do produto é superior àquela especificada, o
uso de planos de amostragem dupla ou múltipla podem reduzir o tamanho da amostra. Para sua
aplicação devem ser consultadas as tabelas de planos de amostragem duplo ou múltiplo baseadas na
qualidade-limite, para o risco de consumidor 5 %, constantes na ABNT NBR 5427, para a seleção do
tamanho das amostras e os valores limites de aceitação e rejeição. [Prática Recomendada]
5.3 Tubos
5.3.1 Devem ser verificados se todos os tubos estão identificados, por pintura, de acordo com o
Anexo D e com as seguintes informações: especificação completa do material, diâmetro e espessura.
Se o lote possuir apenas um tubo identificado, esta identificação deve ser transferida para os demais.
NOTA A identificação por cores de tubos de aços carbono para uso comum não é obrigatória nas
obras de manutenção de unidades em operação, em serviços sendo executados sob a
responsabilidade das próprias Unidades de Negócio (ver nota explicativa no Anexo D).
5.3.2 Devem ser verificados certificados de qualidade do material de todos os tubos, inclusive o
laudo radiográfico de tubos com costura e o certificado do TT, quando exigido, em confronto com a
especificação aplicável. Deve-se verificar a rastreabilidade entre os certificados de usina e as corridas
anotadas nos tubos.
5.3.3 Devem ser verificadas, por amostragem (ver 5.2) se as seguintes características dos tubos
estão de acordo com as especificações, normas e procedimentos aplicáveis:
a) espessura;
b) diâmetro;
c) circularidade em ambas as extremidades;
d) chanfro ou extremidades roscadas;
e) reforço das soldas;
f) estado das superfícies internas e externas (mossa e corrosão);
g) empenamento;
h) estado do revestimento;
i) perpendicularidade do plano de boca.
5.3.4 Os tubos devem ser armazenados de acordo com a ABNT NBR 16212. Adicionalmente, o
armazenamento dos tubos revestidos internamente deve seguir a orientação do fabricante.
5.3.5 Os biséis dos tubos devem ser protegidos, no recebimento, contra corrosão, com aplicação de
uma fina película de revestimento orgânico transparente e removível.
5.3.6 As extremidades rosqueadas devem ser protegidas, no recebimento, com graxa anticorrosiva e
com luva plástica, luva de aço ou tiras de borracha, devendo ser esta proteção verificada a cada
6 meses.
5.4 Flanges
5.4.1 Devem ser verificados se todos os flanges estão identificados, por pintura, de acordo com o
Anexo D e têm identificação estampada de acordo com a especificação dos ASME B16.5,
ASME B16.47 e MSS SP-25 ou MSS SP-44 e com as seguintes características: tipos de face,
especificação do material, diâmetro nominal, classe de pressão, espessura, placa (TAG) do
instrumento (para flanges de orifício) e marca do fabricante.
25
5.4.3 Deve ser verificado, por amostragem (ver 5.2), se as seguintes características dos flanges
estão de acordo com as especificações, normas e procedimentos aplicáveis:
5.4.4 Deve ser verificado em todos os flanges se existem trincas ou deformações bem como o
estado geral da face, se está em bom estado, sem mossas ou corrosão.
5.4.5 Os biséis dos flanges devem ser protegidos no recebimento contra corrosão, utilizando uma
fina película de revestimento orgânico transparente e removível.
5.4.6 As faces e roscas devem ser protegidas contra corrosão e avarias mecânicas via:
5.5 Conexões
5.5.1 Deve ser verificado se todas as conexões estão identificadas, por pintura, de acordo com o
Anexo D e se estão identificadas com os seguintes dados:
5.5.2 Devem ser verificados os certificados de qualidade do material, inclusive o laudo radiográfico e
o certificado de TT de todas as conexões, quando exigido, em confronto com as especificações
aplicáveis. Deve-se verificar a rastreabilidade entre os certificados de usina e as corridas anotadas
nas conexões.
26
5.5.3 Deve ser verificado, por amostragem (ver 5.2), se as seguintes características das conexões
estão de acordo com as especificações, normas e procedimentos aplicáveis:
5.5.4 Os biséis das conexões devem ser protegidos, no recebimento, contra corrosão, com aplicação
de uma fina película de revestimento orgânico transparente e removível.
5.5.5 As roscas das conexões devem ser protegidas, no recebimento, utilizando graxa anticorrosiva
ou uma fina película de revestimento orgânico transparente e removível.
5.5.6 O armazenamento deve ser feito de modo a evitar acúmulo de água dentro das conexões e
contato direto entre elas e com o solo.
5.6 Válvulas
5.6.1.1 Para válvulas embaladas conforme Anexo A da PETROBRAS N-12 no ato do recebimento
deve se realizar a abertura da embalagem e se proceder com a inspeção de recebimento e
preservação conforme 5.6.2 e 5.6.3.
5.6.1.2 Para válvulas embaladas conforme Anexo B da PETROBRAS N-12 deve-se realizar o
seguinte:
5.6.1.2.1 As válvulas que tenham sido embaladas de forma individualizada devem preferencialmente
ser mantidas dentro da embalagem original, tomando-se o cuidado de não danificá-la. Deve-se
verificar a embalagem quanto à integridade, a identificação da válvula e a documentação descrita em
5.6.2.4.
5.6.1.2.2 As válvulas embaladas em caixas, com embalagem individualizada por válvula, podem ser
removidas da caixa e guardadas em prateleira (mantendo-se a proteção da embalagem
individualizada).
5.6.1.2.3 A abertura da embalagem individualizada deve ser retardada até a iminência da instalação
da válvula. Uma vez aberta a embalagem que protege a válvula, proceder com a inspeção de
recebimento e a preservação da válvula da maneira descrita em 5.6.2 e 5.6.3.
27
5.6.2.4 Deve ser realizado no recebimento o teste de reconhecimento de aços e ligas metálicas
(PMI) do corpo da válvula incluindo também as soldas submetidas à pressão (em todos os materiais
exceto aço carbono).
5.6.2.5 Deve ser verificada a existência de danos devido a falhas no manuseio ou preservação.
Deve-se verificar pelo menos os seguintes itens:
5.6.2.6 Deve ser verificado, por amostragem, se as seguintes características das válvulas estão de
acordo com as especificações, normas e procedimentos aplicáveis:
5.6.2.7 Válvulas e atuadores recebidos separadamente podem ser montados como conjunto válvula-
atuador fora das instalações do fabricante. Nesse caso o conjunto deve ser testado quanto ao seu
funcionamento após essa integração.
5.6.2.8 Todas as válvulas devem ser fornecidas com a documentação de fabricação e o laudo de
liberação em fábrica conforme Plano de Inspeção e Testes Padrão PETROBRAS e Requisito de
Inspeção Padrão de Válvulas PETROBRAS N009. A documentação de fabricação e o laudo devem
estar assinados pelo Inspetor de Fabricação da modalidade IF-AT qualificado conforme Sistema
Nacional de Qualificação e Certificação de Pessoal.
5.6.2.9 Válvulas que não atendem a algum dos critérios descritos em 5.6.2.3 a 5.6.2.8 devem ser
rejeitadas no recebimento.
28
5.6.3.1 O armazenamento deve ser feito em local seco e abrigado. As válvulas devem ser mantidas
afastadas do piso.
5.6.3.2 Acessórios externos de válvulas atuadas devem ser protegidos contra danos mecânicos.
5.6.3.3 Deve ser emitido um procedimento específico, detalhando o método de preservação das
válvulas, identificando a periodicidade de renovação em função das características da válvula e das
condições de armazenagem (temperatura, insolação, umidade, poeira e particulados, etc).
5.6.3.5 Para o método de preservação das válvulas com graxa deve-se repetir essa preservação no
mínimo a cada 180 dias.
5.6.3.6 As válvulas de segurança devem ter sua pressão de abertura verificada antes da instalação.
Os lacres de calibração do fabricante somente devem ser removidos caso haja necessidade de novo
ajuste de calibração, devendo-se após este ajuste instalar novo lacre e emitir laudo de calibração.
5.6.3.7 O sistema de armazenamento e preservação deve garantir que as válvulas estejam íntegras
no momento de sua instalação. As válvulas devem ser inspecionadas visualmente antes de sua
aplicação no campo e em caso de evidência de danos que possam afetar seu correto funcionamento,
ou da não realização da preservação descrita nos itens 5.6.3.1 a 5.6.3.5, as mesmas devem ser
rejeitadas.
5.7 Purgadores
5.7.1 Deve ser verificado se todos os purgadores estão identificados por plaqueta, contendo as
seguintes características: tipo do purgador, classe de pressão, material e existência de filtro. Deve-se
verificar a rastreabilidade entre os certificados do fabricante e os purgadores.
5.7.2 Deve ser verificado se consta no corpo de todos os purgadores a indicação do sentido do fluxo.
No caso de falta, esta indicação deve ser providenciada.
5.7.3 Devem ser verificadas, por amostragem (ver 5.2), as seguintes características do purgador:
5.7.4 O armazenamento de purgadores deve ser feito em local abrigado em sua embalagem original
ou em prateleiras, protegidos contra avarias mecânicas e oxidação.
29
5.8.1 Deve ser verificado se todas as juntas estão identificadas, contendo as seguintes
características: material, tipo de junta, material do enchimento, diâmetros, classe de pressão, padrão
dimensional de fabricação e marca do fabricante.
5.8.2 Deve ser verificado em todas as juntas tipo anel o estado da superfície, quanto à corrosão,
amassamento, avarias mecânicas e trincas.
5.8.3 Deve ser verificado, por amostragem (ver 5.2), se as seguintes características da junta estão
de acordo com as especificações, normas e procedimentos aplicáveis:
a) espessura;
b) diâmetro interno e externo;
c) passo (juntas espiraladas ou corrugadas);
d) espaçadores das juntas metálicas (diâmetro externo e espessura);
e) todas as dimensões da junta;
f) dureza da junta tipo anel (JA), conforme PETROBRAS N-1693.
5.8.4 Deve ser verificada a compatibilidade do certificado de qualidade do material de todas as juntas
de vedação com a especificação aplicada.
5.8.5 O armazenamento das juntas deve ser feito em local abrigado de modo a evitar
amassamentos, avarias mecânicas e trincas. As juntas metálicas devem, também, ser protegidas
contra corrosão.
5.9.1 Deve ser verificado se todas as juntas de expansão estão identificadas por plaqueta de acordo
com a codificação do projeto.
5.9.2 Deve ser verificado em todas as juntas de expansão se as seguintes características estão de
acordo com as especificações, normas e procedimentos aplicáveis:
30
5.9.3 Deve ser verificada a compatibilidade dos certificados de qualidade do material de todas as
juntas de expansão com a especificação aplicada. Deve-se verificar a rastreabilidade entre os
certificados do fabricante e as juntas.
5.9.4 As faces usinadas dos flanges das juntas de expansão devem ser protegidas contra corrosão
conforme recomendado no 5.4.6.
5.9.5 Os biséis das extremidades das juntas de expansão devem ser protegidos contra corrosão no
recebimento, utilizando uma fina película de revestimento orgânico transparente e removível.
5.9.6 O armazenamento das juntas de expansão deve ser feito em área abrigada de modo a evitar
danos, com especial atenção à proteção do fole, mantendo-se tirantes ou outros dispositivos
provisórios de travamento fornecidos pelo próprio fabricante, a fim de protegê-lo.
5.9.7 As roscas dos tirantes de travamento, as ligações aparafusadas dos anéis de equalização
(quando existirem) e as articulações das juntas de expansão devem ser protegidas contra corrosão
da mesma forma conforme determinado no 5.4.6.
5.10 Filtros
5.10.1 Devem ser verificados se todos os filtros estão identificados de acordo com a codificação do
projeto.
5.10.2 Devem ser verificadas, por amostragem (ver 5.2), se as seguintes características do filtro
estão de acordo com as normas adotadas pelo projeto:
5.10.3 Deve ser verificada a compatibilidade dos certificados de qualidade do material de todos os
filtros com a especificação aplicada. Deve-se verificar a rastreabilidade entre os certificados do
fabricante e os filtros.
5.10.4 As faces usinadas dos filtros devem ser protegidas contra corrosão conforme determinado no
5.4.6.
5.10.5 Os biséis das extremidades dos filtros devem ser protegidos contra corrosão, no recebimento,
utilizando uma fina película de revestimento orgânico transparente e removível.
5.10.6 O armazenamento dos filtros deve ser feito em suas embalagens originais, em local abrigado,
de modo a evitar danos.
31
5.11.1 Deve ser verificado se todas as peças de inserção estão identificadas por marcação indelével
com as seguintes características: especificação completa do material, classe de pressão e diâmetro
nominal.
5.11.2 Devem ser verificados os certificados de qualidade do material de todas as peças de inserção,
em confronto com a especificação aplicável. Deve-se verificar a rastreabilidade entre os certificados
do fabricante e as peças de inserção.
5.11.3 Deve ser verificado em todas as peças de inserção o estado geral da superfície,
principalmente das ranhuras, quanto à existência de mossa, corrosão e se estão devidamente
protegidas.
5.11.4 Deve ser verificado, por amostragem (ver 5.2), se as seguintes características das peças de
inserção estão de acordo com as especificações adotadas pelo projeto:
5.11.5 As faces das peças de inserção devem ser protegidas contra corrosão utilizando graxa
anticorrosiva ou uma fina película de revestimento orgânico transparente e removível, no recebimento
e a cada 90 dias.
5.11.6 As faces das peças de inserção devem ser protegidas no recebimento contra avarias
mecânicas utilizando-se discos de madeira prensada impregnada com resina.
5.12.1 Deve ser verificado se todos os lotes de parafusos, porcas e barras roscadas estão
identificados com as características de material, diâmetro, tipo de rosca, processo de fabricação e
marca do fabricante.
5.12.2 Devem ser verificados os certificados de qualidade do material de todos os lotes de parafusos,
porcas e barras roscadas, em confronto com as especificações aplicáveis.
5.12.3 Deve ser verificado, por amostragem (ver 5.2), em cada lote, se as seguintes características
das porcas, parafusos e barras roscadas estão de acordo com as especificações, normas e
procedimentos aplicáveis:
32
5.12.4 Para estojos e porcas: caso o resultado do teste de dureza realizado no recebimento seja
inferior (diferença superior a 10 %) àquele indicado no certificado original, deve-se realizar a retirada
de uma amostra da corrida com baixa dureza de forma a serem realizados todos os testes
determinados na especificação de material aplicável (composição química, tração, dureza).
5.12.5 Para as barras roscadas: independentemente do exame de dureza no recebimento deve ser
removida uma amostra de cada corrida de barra roscada para realização dos testes determinados na
especificação de material aplicável (composição química, tração, dureza).
5.12.6 Os ensaios indicados em 5.12.4 e 5.12.5 devem ser complementados com ensaio de impacto
nos casos aplicáveis.
5.12.7 Para estojos, porcas e barras roscadas valores de dureza superiores ao máximo permitido
pela norma implicam na rejeição do lote.
5.12.8 Os parafusos, porcas e barras roscadas devem ser protegidos contra a corrosão, no
recebimento, e sempre que necessário utilizando graxa anticorrosiva.
5.12.9 Os parafusos, porcas e barras roscadas devem ser armazenados em local protegido contra
intempéries.
5.12.10 Ao se realizar o corte da barra roscada deve-se proceder com os seguintes cuidados:
5.13.1 Deve ser verificado se todos os suportes de mola estão identificados por plaqueta de acordo
com a codificação do projeto.
5.13.2 Deve ser verificado em todos os suportes de mola e seus componentes o estado geral quanto
à corrosão, existência de amassamento e trincas.
5.13.3 Deve ser verificados se as cargas e o curso especificado na plaqueta dos suportes
correspondem às especificações de projeto.
5.13.4 Deve ser verificado se as posições a quente e a frio estão devidamente indicadas.
33
5.13.5 As articulações dos suportes de mola do tipo carga constante devem ser lubrificadas no
recebimento, de acordo com as recomendações do fabricante.
5.13.6 Os suportes de mola devem ser armazenados em local abrigado e seguro sem que sejam
retirados seus limitadores temporários.
a) estão identificados, por pintura, de acordo com o Anexo D e estão identificados como
requerido pelo projeto;
b) os certificados de material e de testes estão de acordo com as especificações;
c) suas características estão de acordo com as normas adotadas no projeto, fazendo-se
inspeção por amostragem conforme 5.2;
d) a rastreabilidade entre os certificados do fabricante e os componentes.
6 Fabricação
6.1.1 A divisão das linhas em “spools” deve seguir as recomendações expressas nessa Norma,
exceto quando os desenhos de fabricação dos “spools” forem executados pela Projetista.
6.1.2 Todas as derivações, bocas-de-lobo e cortes em ângulo devem ser incluídas nos “spools” (as
soldas no campo devem preferencialmente estar limitadas a soldas de topo ou de encaixe). Os
detalhes dos cortes em chanfros para bocas-de-lobo devem estar conforme as Figuras 2 ou 3. A
fabricação e inspeção devem ser conforme 7.1.11.
6.1.3 Para cada linha a ser dividida, devem ser previstos, sempre que possível, graus de liberdade
nas 3 direções ortogonais, a fim de facilitar as ajustagens de campo.
6.1.4 As dimensões e pesos dos “spools” devem ser limitados em função da capacidade dos meios
de transporte e elevação de cargas disponíveis.
6.1.5 Deve ser incluído o maior número possível de soldas nos “spools”, a fim de minimizar a
quantidade de soldas de campo, principalmente as que devem sofrer TT.
6.1.6 A distância mínima permitida entre soldas de penetração (inclui soldas circunferenciais e de
derivações) deve ser de 4 vezes a espessura do tubo ou 100 mm, o que for maior. Soldas em
distâncias menores devem ser submetidas à aprovação prévia da PETROBRAS e inspecionadas
conforme o A.3.3 desta Norma.
6.1.8 Quando previsto o ensaio de US nas soldas de campo, estas soldas não devem ser localizadas
nas ligações entre tubo e conexão.
34
6.2.1 Todas as operações de soldagem, END e TT devem estar concluídas antes liberação do spool
para o campo. Excetua-se a essa regra somente as juntas não finalizadas (somente ponteadas),
assim especificadas nos desenhos dos spools de forma a facilitar o ajuste dos mesmos no campo.
6.2.2 Os materiais de aço inoxidável, ligas de níquel ou titânio e suas ligas devem ser armazenados,
manuseados e processados totalmente segregados dos demais materiais, de forma a evitar o risco
de contaminação.
6.2.3 Quando possível, o ponteamento deve ser realizado direto no chanfro; caso contrário, devem
ser utilizados dispositivos auxiliares de montagem, que permitam a contração transversal da solda,
principalmente nos aços-liga, visando minimizar a possibilidade do aparecimento de trincas no passe
de raiz (conforme 7.1.15 e 7.1.16).
6.3.1 Os spools devem ser avaliados quanto às dimensões finais antes de sua liberação definitiva
(conforme 4.6).
6.3.2 Todas as cotas relevantes devem ser registradas em relatório específico, devendo-se explicitar
nesse relatório quaisquer sobrecomprimentos adicionados (conforme 6.1.9), bem como todas as
soldas não finalizadas (ponteadas, conforme 6.2.1).
6.4 Rastreabilidade
6.4.1 Todas as soldas e a numeração dos “spools” nos quais o sistema está dividido devem ser
assinaladas nos isométricos pela executante dos serviços. A numeração deve permitir adequada
rastreabilidade.
6.4.2 Os “spools” devem ser identificados de modo claro e durável e de acordo com o sistema de
identificação especificado no procedimento de execução. A identificação deve conter no mínimo o
número do isométrico e o número do “spool”.
6.5.1 Devem estar de acordo com a PETROBRAS N-1758, ou conforme padrão de suportes
aprovado para o projeto.
6.5.2 O uso de materiais não metálicos na suportação da tubulação somente pode ser realizado
mediante aprovação da PETROBRAS.
6.5.3 Os suportes devem ser fabricados com os materiais indicados na PETROBRAS N-1758 ou no
padrão de suporte aprovado para o projeto. Para as partes de suportes diretamente soldadas à
tubulação o material deve ser da mesma liga metálica desta.
35
6.5.5 Todo suporte deve ser identificado por código alfanumérico referente ao seu tipo (conforme
PETROBRAS N-1758), além de uma identificação sequencial individualizada (TAG). Essa
identificação deve ser empregada para dar a devida rastreabilidade aos materiais, às operações de
soldagem e aos ensaios não destrutivos realizados.
6.5.6 A conformação dos materiais dos suportes, a frio ou a quente, deve ser realizada conforme as
orientações do código de projeto da tubulação no que diz respeito aos limites de temperatura, limites
de deformação e necessidade de Tratamentos Térmicos de Alívio de Tensão (TTAT) ou ensaios
adicionais.
6.5.7 Soldadores e procedimentos de soldagem devem ser qualificados conforme ASME BPVC
Seção IX.
6.6.1 A movimentação de “spools” somente ponteados deve ser cercada de cuidados especiais, para
evitar rompimento dos pontos ou surgimento de trincas. Deve ser realizada uma inspeção visual dos
pontos após a movimentação e antes do início da soldagem.
6.6.2 Os “spools” fabricados devem ser limpos e preservados atendendo às mesmas recomendações
da Seção 5 desta Norma, conforme aplicável aos itens que compõem os “spools”.
6.6.3 Os “spools” prontos devem ser estocados de modo que nenhum dano possa ocorrer aos tubos
ou acessórios, bem como evitar acúmulo de detritos e/ou água de chuva. Devem ser estocados
afastados do solo e, preferencialmente, separados por área de aplicação, identificados por plaquetas.
A posição de estocagem deve ser tal que permita fácil visualização de identificação e movimentação
dos “spools”.
6.6.4 Devem ser previstos recursos adequados durante o transporte dos “spools” para não danificá-
los. Cuidados especiais devem ser tomados principalmente para “spools” de pequenos diâmetros.
6.7 Curvamento
6.7.1 O uso de curvamento a frio em substituição à fabricação soldada de spools somente pode ser
empregado com aprovação da PETROBRAS.
6.7.2 O uso de curvamento por indução em substituição à fabricação soldada de spools pode ser
realizada conforme ABNT NBR 16165. Deve ser apresentado procedimento aprovado de curvamento
para aprovação da PETROBRAS.
36
7 Montagem
7.1 Geral
7.1.1 As tubulações não devem ser montadas fora das tolerâncias recomendadas em 4.6., exceto
quando previsto no projeto o pré-tensionamento (“cold spring”), que deve ser detalhado em
procedimento específico.
7.1.4 O estado geral da superfície dos “spools” vindos da fabricação deve ser inspecionado antes da
montagem, quanto a avarias no transporte.
7.1.5 O desalinhamento das juntas soldadas de campo deve estar conforme procedimento de
soldagem qualificado.
7.1.6 Tubos ou conexões fabricados no campo devem ser avaliados conforme os requisitos do
código de projeto aplicável, de acordo com o escopo de aplicação dos ASME na Figura 1 da
PETROBRAS N-57.
7.1.7 Ligações entre tubos, ou entre tubos e conexões, que apresentem variações dimensionais fora
dos limites tolerados, principalmente com relação aos diâmetros, devem ser verificados previamente
conforme a norma de projeto aplicável.
7.1.8 A utilização de conexões fabricadas no campo, tais como curvas em gomos, bocas-de-lobo e
reduções, só é permitida quando indicado no projeto.
7.1.9 Todas as soldas de conexões fabricadas no campo devem ser examinadas conforme a classe
de inspeção aplicável à tubulação (ver Anexo A desta Norma).
7.1.10 Os detalhes dos cortes em chanfros para bocas-de-lobo devem estar conforme as Figuras 2
ou 3.
a) o anel de reforço, caso seja previsto, só deve ser montado após a conclusão e exame da
solda entre os tubos de ligação:
— este anel de reforço deve possuir um furo de 1/4”, roscado NPT, para permitir teste de
estanqueidade e desgaseificação;
— o furo deve ser preenchido com graxa após o teste;
b) o comprimento máximo da derivação, medido a partir da geratriz superior do tubo
principal, deve ser tal que permita a inspeção visual da penetração do passe de raiz da
solda com o tubo principal;
c) o comprimento mínimo deve estar de acordo com o 6.1.6 desta Norma;
40
d) o passe de raiz da solda deve ser inspecionado visualmente, incluindo sua penetração,
sem que esta interrupção comprometa o procedimento de soldagem;
e) após a conclusão da solda entre os tubos, devem ser realizados exames conforme a
classe de inspeção aplicável à tubulação (ver Anexo A desta Norma);
f) concluídas satisfatoriamente as etapas anteriores, deve ser montado o anel de reforço,
quando previsto, atendidas as dimensões mínimas das soldas em ângulo conforme a
norma de projeto, de acordo com o escopo de aplicação dos ASME na Figura 1 da
PETROBRAS N-57.
7.1.12 As curvas em gomos devem atender aos requisitos da norma de projeto aplicável.
7.1.13 A correção de desalinhamentos do eixo de tubulação de até 20 mm pode ser feita pelo
método de aquecimento localizado com chama, utilizando maçarico tipo chuveiro, desde que
atendidas às exigências dos 7.1.13.1 a 7.1.13.5.
7.1.13.1 A temperatura máxima deve ser controlada por meios apropriados e deve ser limitada a
600 °C.
7.1.13.2 Caso seja aplicado o martelamento, deve ser utilizada uma chapa intermediária para
proteção da peça.
7.1.13.3 Exame com partículas magnéticas ou LP deve ser executado na região que foi aquecida,
após correção do desalinhamento.
7.1.13.4 Para materiais não enquadrados pela norma de projeto aplicável em “P-number” 1, este
método de correção só pode ser empregado mediante aprovação da PETROBRAS. Nestes casos, ou
quando exigido pela norma de projeto aplicável, deve ser medida a dureza nas áreas aquecidas. Os
resultados devem estar dentro dos limites permitidos pela norma de projeto aplicável, caso contrário
deve ser realizado TT de acordo com a Seção 10 desta Norma.
7.1.13.5 O método de aquecimento localizado com chama para correção de desalinhamento não
pode ser empregado nos casos abaixo:
7.1.14 Quando possível, o ponteamento deve ser realizado direto no chanfro; caso contrário, devem
ser utilizados dispositivos auxiliares de montagem, que permitam a contração transversal da solda,
principalmente nos aços-liga, visando minimizar a possibilidade do aparecimento de trincas no passe
de raiz.
7.1.15 Quando forem utilizados dispositivos auxiliares de montagem do tipo “cachorro” devem ser
atendidos os requisitos dos 7.1.15.1 a 7.1.15.4.
7.1.15.1 A espessura do “cachorro” deve ser no máximo igual ao do maior dos seguintes valores: a
metade da espessura do tubo, ou 5 mm.
41
7.1.15.2 Os “cachorros” devem ser de material similar ao do tubo (mesmo “P-number”). Caso isto
não seja possível, deve ser feito um revestimento, na região de contato com o tubo, com metal
depositado de composição química compatível com o tubo. A espessura do revestimento deve ser
igual ou maior que a altura do cordão usado no ponteamento.
7.1.15.3 Cada “cachorro” deve ser montado com uma inclinação de 30º em relação à linha de centro
da tubulação e soldado alternadamente conforme Figura 4.
7.1.15.4 A remoção do “cachorro” seja feita através de esmerilhamento da solda com o disco de
corte, evitando-se o uso da talhadeira ou martelamento que podem levar ao arrancamento de material
da espessura do tubo.
30°
7.1.16 Quando forem utilizados dispositivos auxiliares de montagem do tipo “batoque” devem ser
atendidos os requisitos dos 7.1.16.1 a 7.1.16.3.
7.1.16.1 O “batoque” deve ser utilizado somente para espessuras de tubulação acima de 12,5 mm.
7.1.16.2 O “batoque” deve ser tal que seu ponto de contato esteja preferencialmente na região média
do chanfro conforme Figura 5.
7.1.16.3 Os “batoques” empregados devem ser de aço-carbono e sua utilização é restrita a material
base de aço-carbono (“P-number” 1), e que não requeiram preaquecimento.
42
7.2.1 Durante a montagem devem ser previstos suportes provisórios, de modo que a linha não sofra
tensões exageradas e não transmita esforços elevados não previstos no projeto para os
equipamentos, mesmo que por pouco tempo. As soldas dos suportes (provisórios ou definitivos) nas
tubulações devem estar de acordo com os procedimentos qualificados da executante.
7.2.2 Para linhas que requeiram TT, as soldas entre os apoios e o tubo devem ser tratadas
termicamente, conforme norma de projeto aplicável.
7.2.3 As ancoragens só devem ser feitas após a conclusão dos trabalhos de montagem, alinhamento
e nivelamento e antes do teste de pressão.
7.2.4 As ancoragens dos sistemas de tubulações somente podem ser executadas nos locais
previstos pelo projeto, devendo ser retiradas as soldas provisórias usadas na montagem dos suportes
deslizantes.
7.2.5 Os suportes para linhas sujeitas à dilatação térmica podem ser montados centrados ou
descentrados em relação à linha de centro do apoio, conforme indicado no projeto.
7.2.6 Os suportes de mola e as juntas de expansão devem permanecer travados até a conclusão do
teste de pressão e lavagem do sistema.
7.2.7 Deve ser verificado se os suportes de tubulação próximos a bocais de equipamentos rotativos e
bocais inferiores do equipamento de caldeiraria são de tipo regulável, conforme estabelecido na
PETROBRAS N-57.
7.3 Flanges
7.3.1 Os flanges devem ter suas faces protegidas contra choques mecânicos e corrosão conforme o
5.4.6 e, após a remoção desta proteção, devem ser examinados criteriosamente.
7.3.2 Salvo indicação em contrário, os flanges são montados no tubo, de maneira que os planos
vertical ou horizontal que contêm a linha de centro da tubulação dividam igualmente a distância entre
os furos dos parafusos do flange.
44
7.3.3 Quando usados flanges sobrepostos, estes flanges devem ser soldados interna e externamente
na tubulação, de maneira que a extremidade do tubo fique afastada da face do flange de uma
distância igual à parede do tubo mais 3 mm. A solda interna deve ser executada de maneira que a
face do flange não exija reusinagem.
7.3.4 Os flanges de orifício devem ser montados com as tomadas posicionadas conforme a
PETROBRAS N-1882.
7.3.5 A solda interna dos tubos com os flanges de orifício deve ter o seu reforço interno esmerilhado
rente com o tubo. No caso de linhas já existentes deve-se procurar uma sequência de montagem que
permita o esmerilhamento da solda, principalmente no flange a montante da placa.
7.3.6 Flanges de aço acoplados com flanges de ferro fundido devem ser montados com cuidado para
evitar que se danifique o flange de ferro fundido. Nestas montagens devem ser usadas juntas de face
inteira (“full face”).
7.3.7 Não é permitido o acoplamento de flange de face com ressalto com flange de face plana.
7.3.8 As peças de inserção entre flanges devem ter suas faces compatíveis com as faces dos
flanges entre os quais são montados.
7.4.1 As válvulas devem ser montadas corretamente verificando-se sua identificação e o sentido de
fluxo, bem como se os acionadores estão colocados conforme o projeto e de forma a facilitar a
operação.
7.4.2 As válvulas somente podem ser montadas nas linhas após a lavagem das mesmas (aplicável
às válvulas manuais, de segurança e/ou alívio, de controle e válvulas atuadas em geral). De forma a
viabilizar a sequencia de montagem da tubulação recomenda-se o uso de carreteis, ou dispositivos
com a mesma função, nos locais onde deveriam ser instaladas as válvulas. Não se recomenda o uso
de barras roscadas como espaçadores, dada a falta de rigidez desse sistema.
7.4.2.1 Como exceção ao 7.4.2, as válvulas podem ser montadas antes da lavagem das linhas se
forem empregadas juntas provisórias cegas, com o intuito de proteger contra a entrada de sujeira na
válvula (que poderia comprometer seu funcionamento e sua estanqueidade). Não se aplica essa
exceção às válvulas que são soldadas ou roscadas às linhas.
7.4.2.2 A remoção das juntas provisórias cegas que protegem as válvulas somente pode ser
realizada após a lavagem das linhas, que deve ser feita com a remoção das válvulas e antes do teste
hidrostático.
7.4.3 Os discos de ruptura somente devem ser instalados após o teste hidrostático e a limpeza da
tubulação.
7.4.4 Os flanges, biséis ou roscas das válvulas devem receber os mesmos cuidados de preservação
citados nos itens específicos desta Norma (ver Seção 5).
45
7.4.5 Todas as válvulas, exceto esfera e macho, devem ser transportadas, armazenadas e montadas
na posição fechada. As válvulas soldadas à tubulação devem, entretanto, estar abertas quando da
execução da solda.
7.4.6 As válvulas que possuam elementos passíveis de destruição pelo aquecimento, como válvulas
esfera de pequeno diâmetro, devem ter esses elementos desmontados antes do início da soldagem e
tratamento térmico, exceto quando prevista extensão para soldagem.
7.5.1 As juntas de vedação definitivas das ligações flangeadas devem estar de acordo com as
especificações de material do projeto de tubulação.
7.5.2 Em teste hidrostático de tubulação, todas as juntas de vedação sujeitas à pressão de teste,
inclusive as provisórias, devem estar de acordo com as especificações de material do projeto.
7.5.3 Sempre que forem utilizadas juntas de vedação provisórias, as ligações flangeadas nas quais
as juntas são colocadas devem ser indicadas no campo de forma facilmente identificável.
7.5.4 Todas as juntas devem ser instaladas limpas, sem sulcos, riscos, mossas ou quaisquer
deformações visíveis.
7.6.1 Na montagem as porcas devem ficar completamente roscadas no corpo do parafuso ou estojo,
deixando passar pelo menos um fio de rosca.
7.6.1.1 Recomenda-se que a extensão dos estojos além da porca não seja superior a 3 fios de rosca
para cada lado, de modo a evitar que a corrosão das roscas dificulte a desmontagem [Prática
Recomendada].
7.6.1.2 Para apertos com uso de máquinas tensionadoras é necessário adequar à extensão dos
estojos além da porca, conforme recomendação do fabricante do equipamento.
7.6.2 Os furos dos flanges devem estar alinhados, independentemente de qualquer esforço e sem
que tenha sido inserido entre os flanges qualquer material que não seja a junta especificada, salvo
peças de inserção previstas no projeto. Os parafusos devem passar pelos furos livremente após a
linha estar soldada. As peças de inserção devem atender às exigências da PETROBRAS N-120.
7.6.3 A montagem e o gerenciamento das ligações flangeadas devem ser realizados conforme
preconizado no Anexo G desta Norma.
7.6.4 Em nenhuma hipótese é permitido o ponteamento com solda das porcas nos parafusos ou
peças.
46
7.7.1 No instante da execução da ligação roscada, as roscas devem estar conforme previsto na
Seção 5 desta Norma. Não devem ser montadas roscas cujos filetes apresentem sinais de corrosão
ou mossas capazes de comprometer estanqueidade da ligação roscada. Neste caso, a ponta
roscada deve ser removida e nova rosca deve ser aberta imediatamente antes da montagem.
7.7.2 Nos casos de abertura de roscas no campo, estas devem sempre obedecer à especificação do
projeto e o seu perfil deve ser verificado com um gabarito, logo após a execução.
7.7.4 Após o rosqueamento do tubo, proteger a ligação roscada conforme os 7.7.4.1 e 7.7.4.2.
7.7.4.1 Tubos revestidos externamente: proteger a região exposta com revestimento similar ao do
tubo.
7.7.4.2 Tubos galvanizados: aplicar na região exposta duas demãos de uma tinta rica em zinco
conforme SSPC PAINT 20, “level” I, de modo a obter espessura seca mínima de 35 m por demão. A
aplicação da primeira demão deve ser feita imediatamente após a execução da ligação roscada.
7.7.5 Em caso de utilização de vedante nas ligações roscadas, este deve atender às especificações
de projeto. Não é permitida a utilização de zarcão, estopa ou barbante.
7.7.6 O vedante a ser aplicado deve ser capaz de suportar a temperatura máxima de operação da
linha, inclusive quando a purga com vapor for permitida.
7.7.7 Antes da aplicação do vedante deve ser verificada a limpeza da rosca, que deve estar livre de
rebarbas, limalhas e outros resíduos.
7.7.8 O aperto das roscas deve ser feito com ferramentas adequadas, não se permitindo o uso de
extensões.
7.7.9 As soldas de selagem das ligações roscadas só podem ser executadas quando indicadas no
projeto. A solda de selagem deve cobrir toda a rosca exposta.
7.7.9.1 Quando for empregada a solda de selagem, não deve ser permitida a aplicação de vedantes.
7.8.1 As juntas de expansão devem ser montadas de modo que não sejam submetidas a qualquer
esforço para o qual não foram projetadas como, por exemplo, alinhamento forçado.
47
7.8.3 As juntas de expansão devem ter sua parte corrugada protegida por madeira, após a
montagem. Esta proteção deve só ser removida antes do início da operação do sistema.
7.9.1 A montagem dos purgadores de vapor deve ser conforme a PETROBRAS N-116.
7.9.2 Os purgadores devem ser montados obedecendo ao sentido do fluxo e somente após a
limpeza das tubulações.
7.9.3 A descarga dos purgadores, quando para a atmosfera, deve ser dirigida de modo que não
atinja pessoas, equipamentos, estruturas e outras linhas.
7.10.2 A soldagem das ancoragens e guias do tubo de aquecimento na linha principal deve ser feita
antes do teste de pressão de ambas as linhas e segundo o procedimento de soldagem qualificado da
executante.
7.10.3 Os tubos de aquecimento só devem ser fixados à linha principal depois de concluída a
soldagem e o exame das juntas da linha principal.
7.10.5 As linhas de aquecimento junto a flanges e válvulas da linha principal devem ser montadas
conforme requisitos da PETROBRAS N-42.
7.10.6 Na alimentação das linhas de aquecimento (vapor e condensado) devem ser instalados
suspiros em todos os pontos altos e drenos em todos os pontos baixos que não possuírem
purgadores, mesmo que não sejam indicados no projeto.
7.11.1 Todas as tubulações enterradas devem ser revestidas, conforme indicação do projeto. Devem
ser adotadas as recomendações da PETROBRAS N-464 no que se refere aos cuidados para
preservação do revestimento e também para abaixamento e cobertura da vala.
7.11.2 O teste de pressão das juntas soldadas deve ser realizado antes que as tubulações sejam
revestidas.
48
7.11.3 Após a conclusão do revestimento, a vala deve ser re-aterrada com material adequado, isento
de pedras soltas, raízes, restos de eletrodos ou outras impurezas que possam danificar o
revestimento da tubulação.
7.11.4 A vala da tubulação deve ser perfeitamente compactada, a fim de evitar deformações futuras.
7.11.5 Quando da compactação, o tubo deve estar apoiado para evitar deformações ou esforços
excessivos devidos à própria compactação.
7.12.1 Contaminação
Todo e qualquer sinal de contaminação deve ser removido das superfícies internas e externas de
componentes e das soldas em aço inoxidável, seja por meio de limpeza mecânica ou limpeza
química. O teste de sulfato de cobre (ASTM A380/A380M) pode ser empregado para detecção dos
locais contaminados com ferro ou óxido de ferro.
7.12.2.1 A face externa das soldas (acabamento) deve ser limpa após a soldagem, independente do
grau de oxidação obtido. A face interna das soldas (raiz) nos locais prontamente acessíveis também
deve ser limpa (p.e. solda de flange com tubo).
7.12.2.2 Para as demais soldas (cujas superfícies internas não são prontamente acessíveis para
limpeza pós soldagem) deve se verificar através de exame visual o grau de oxidação obtido ao
término da soldagem. Uma correta proteção durante a soldagem (aplicação do gás de purga,
conforme PETROBRAS N-133) deve ser evidenciada através do grau de oxidação obtido nessas
superfícies (padrão visual estabelecido na PETROBRAS N-133). Caso haja evidência de grau de
oxidação que exceda o máximo permitido deve ser realizada a limpeza química das soldas.
7.12.2.3 Se especificada em projeto, a limpeza química das linhas deve ser realizada
independentemente do grau de oxidação obtido ao final das operações de soldagem. As seguintes
linhas são exemplos de situações em que a limpeza deve sempre ser realizada: sistemas hidráulicos,
sucção de compressores alternativos, sucção de turbinas, e sucção de bombas.
A limpeza das linhas deve ser realizada conforme ASTM A 380. Soluções e métodos alternativos
podem ser empregados somente mediante autorização da PETROBRAS.
7.13.2 Todas as conexões necessárias à instalação dos instrumentos devem ser finalizadas (soldadas
e inspecionadas) antes da realização do teste de pressão da tubulação. A realização de novas
conexões após a realização do teste de pressão implica em necessidade de repetição desse teste.
49
7.13.3 Todas as conexões necessárias à instalação de instrumentos devem ter classe de pressão
compatível com a das linhas onde serão instaladas.
7.13.4 A instalação dos instrumentos deve ser realizada conforme PETROBRAS N-858.
NOTA Recomenda-se que a instalação somente seja realizada após as etapas de teste de pressão
e limpeza das linhas, uma vez que durante a execução dessas etapas os instrumentos devem
ser removidos. [Prática Recomendada]
8 Soldagem
8.1.1 A soldagem deve estar de acordo com a PETROBRAS N-133. Os consumíveis de soldagem
devem ser manuseados de acordo com a PETROBRAS N-133.
8.1.2 Os cortes e o biselamento para solda devem ser usinados ou esmerilhados. Para os
aços “P-number” 1, 3 e 4, é aceitável o oxicorte, desde que seja feita uma limpeza posterior do bisel.
8.1.3 Defeitos de laminação e deformações nas extremidades dos tubos e conexões devem ser
verificados visualmente, antes da soldagem, devendo ser retirada a parte do tubo defeituosa ou
reparada a extremidade.
8.1.4 Os pontos de solda podem ser incorporados à solda final quando utilizado o processo
“Tungsten Inert Gas” (sigla em inglês, TIG). Para os demais processos os pontos de solda devem ser
removidos. Caso sejam incorporados devem ser inspecionados visualmente, de acordo com a
PETROBRAS N-1597 quanto à correta penetração, e devem estar isentos de qualquer defeito. No
caso de “spools” que forem transportados com componentes apenas ponteados, este exame deve ser
feito no campo, imediatamente antes da soldagem.
8.1.5 Não são permitidos depósitos de cobre nas soldas, chanfros, tubos ou outros acessórios.
Devem ser providenciados meios de ligação de cabos de solda e fixação de terra de modo a evitar
centelhamentos.
8.1.6 Não é permitida a interrupção da soldagem antes que se tenha completada, pelo menos, a
segunda camada de solda.
8.1.7 Em juntas do tipo encaixe para solda deve ser deixada uma folga entre o tubo e as conexões
com cerca de 1,5 mm (ver Figura 6), antes do início da soldagem.
8.1.8 O excesso de penetração de solda não deve ultrapassar os valores da norma de projeto
aplicável. Para os casos de serviço com HF, H2, H2S, NaOH, MEA, DEA ou categoria M do
ASME B31.3 o excesso de penetração não deve ser maior que 1,5 mm.
8.1.9 Para fluidos enquadrados na categoria M do ASME B31.3 não é permitida a utilização de
matajunta fixo ou removível, nem de inserto consumível para juntas soldadas de topo.
50
8.2.1 Para serviços com H2S enquadrados na ISO 17945 ou ISO 15156-1 ou ISO 15156-2 ou
ISO 15156-3 a qualificação do procedimento deve atender, além dos requisitos da PETROBRAS
N-133, os requisitos da norma de serviço aplicável.
8.2.2 Para aços carbono o executante deve qualificar o procedimento de soldagem em duas
condições distintas: sem TT e com teste de medição de dureza, e com TT e medição de dureza.
Devem ser empregados os mesmos parâmetros de soldagem em ambas as peças de teste.
8.2.3 Para serviços enquadrados na ISO 17945, a soldagem deve atender também aos requisitos da
NACE SP0472 (para aços carbono, P-Number 1), sendo que a dureza máxima na qualificação do
procedimento de soldagem de aços carbono deve ser de 220 HV10.
8.3.1 Para serviço com H2 as tubulações em aço carbono ou aço liga devem sofrer tratamento
térmico de alívio de tensões nas soldas e nas regiões trabalhadas mecanicamente a frio, a menos
que especificado de outra forma pelo projeto.
8.3.2 Para tubulações em aço-carbono que irão operar com H2, na qualificação do procedimento de
soldagem deve-se adotar o limite superior de 210 HV.
8.4.1 Para os aços ligados com cromo e/ou molibdênio (“P-Number” 3, 4, 5 e 15), mesmo quando o
TT após soldagem não for requerido, a verificação da dureza da junta soldada deve obrigatoriamente
ser feita na qualificação do procedimento de soldagem.
51
9 Inspeção
9.1.1 Antes da realização de qualquer END, todas as juntas soldadas do trecho liberado devem ser
examinadas visualmente para ser verificado se o estado da superfície está de acordo com a
preparação requerida pelo ensaio a ser realizado e isenta de defeitos superficiais.
9.1.2 As soldas devem ser ensaiadas quanto ao tipo de ensaio e quanto à extensão previstos na
norma de projeto aplicável. Para tubulações projetadas conforme ASME B31.1 ou ASME B31.3 os
exames devem ser complementados conforme indicado no Anexo A. Todo reparo deve estar
concluído e reensaiado antes da realização do teste de pressão.
9.1.3 Os critérios de aceitação dos resultados dos ensaios realizados devem ser os estabelecidos
pela norma de projeto aplicável.
9.1.4 Os ENDs devem ser executados conforme procedimentos elaborados de acordo com as
PETROBRAS N-1591, N-1593, N-1594, N-1595, N-1596, N-1597, N-1598 e ABNT NBR 16137, e
conforme normas de projeto aplicáveis.
9.1.5 Para os materiais de P-number 3, 4, 5A, 5B, 5C e 15E os ENDs que aprovam a junta devem
ser realizados após o TT aplicável (se aplica aos ensaios volumétricos, como US e RX, e aos ensaios
superficiais, como LP e PM).
9.1.6 Quando indicado ensaios por amostragem, deve ser atendido, no caso de rejeição do ensaio, o
critério de aumento da amostragem (penalização) da norma de projeto aplicável. Quando inexistente
um critério de penalização no código de projeto, adotar o critério do código ASME B31.3.
9.1.7 Para a soldagem de materiais P-number 3, 4, 5A, 5B, 5C e 15E, quando for realizado END por
amostragem e o resultado indicar necessidade de reparo devido a defeito característico de trinca de
reaquecimento, deve ser aumentada a amostragem de END da seguinte forma:
a) para cada junta reprovada mais duas juntas devem ser inspecionadas. As novas juntas a
serem inspecionadas devem ser selecionadas dentre as que possuem maior similaridade
com aquela que apresentou a trinca de reaquecimento, preferencialmente buscando a
mesma corrida do consumível de soldagem;
b) caso alguma das novas juntas inspecionadas mostre o mesmo fenômeno de trinca de
reaquecimento, todas as juntas soldadas com o mesmo consumível devem ser 100 %
inspecionadas;
c) a seleção das novas juntas a serem radiografadas deve ser realizada pelo inspetor de
soldagem nível 2 e aprovada pela fiscalização da PETROBRAS.
9.2.1 O teste de reconhecimento de ligas metálicas deve ser executado conforme a API RP 578.
Deve ser utilizado um método quantitativo, sendo permitido, entretanto, o método qualitativo de teste
por pontos conforme PETROBRAS N-1591.
52
9.2.2 O teste de reconhecimento de aços e ligas metálicas deve ser realizado em 100 % dos tubos e
acessórios de tubulação (menos para os aços carbono) após a montagem completa da linha ou
sistema e antes da execução do teste hidrostático.
9.2.3 O teste de reconhecimento de liga deve abranger também a verificação do metal depositado
em todas as juntas soldadas dos materiais indicados acima.
Deve ser aplicado teste de estanqueidade nas chapas de reforço de derivações tipo boca-de-lobo, de
acordo com a PETROBRAS N-1593. Após o teste os furos devem receber uma proteção que evite a
penetração de água entre a chapa e o tubo (por exemplo empregar graxa ou massa plástica). Essa
proteção não pode ser feita de forma a reter a pressão no local (não podem ser empregados, por
exemplo, bujões roscados).
9.4.1.1 A medição de dureza das juntas soldadas deve ser realizada quando especificado por essa
Norma, quando especificado pelo código de projeto aplicável, ou quando requerido pela norma de
serviço especial da tubulação.
9.4.1.2 Quando a medição de dureza for realizada de forma a verificar a eficácia do TT, a seguinte
extensão deve ser seguida:
9.4.1.3 Quando for empregado aparelho portátil de dureza, o mesmo deve estar conforme ASTM A 1038.
A adequação deste aparelho à execução do ensaio deve ser realizada conforme Anexo B da
PETROBRAS N-133.
9.4.1.4 Quando requerida a medição de dureza em juntas em ângulo, deve ser qualificado
procedimento específico para medição no campo. Nesse caso deve-se realizar o seguinte:
a) soldar uma junta equivalente à que será encontrada no campo (por exemplo uma solda de
encaixe);
b) realizar o teste de dureza com o durômetro portátil devidamente qualificado (9.4.1.3);
c) remover um corpo de prova para realizar o teste de dureza de bancada (conforme Figura 7);
d) sendo aceitáveis os valores de dureza obtidos no teste de bancada, os valores obtidos nas
medições de dureza de campo posteriores devem sempre ser comparados com aqueles
obtidos conforme b) acima.
53
7
6
13
5
4 12
11
1, 3
5 10
± 2
0,
5
1 9
9.4.1.6 As juntas nas quais os valores medidos de dureza superem os máximos estabelecidos
devem ser rejeitadas. Um novo TT como alternativa à rejeição somente pode ser realizado se o
tempo somado dos TTs realizados na junta estiver coberto pelo Registro da Qualificação do
Procedimento de Soldagem (RQPS).
9.4.1.7 Quando possível, a medida de dureza deve ser realizada pelo lado da solda que é exposta ao
fluido de processo.
a) 3 pontos no MS;
b) 3 pontos em cada ZAC (à exceção da junta de ângulo).
9.4.1.9 A remoção máxima de metal permitida, no preparo da superfície, deve corresponder a uma
camada de 0,5 mm de espessura. A posição do ponto da Zona Termicamente Afetada (ZTA) deve ser
no máximo a 0,5 mm da Linha de Fusão (LF).
54
9.4.2.1 Efetuar medição de dureza em 100 % das soldas de fabricação ou campo (juntas de topo, de
derivação e juntas de ângulo).
9.4.2.2 As juntas soldadas estarão dispensadas de TT após soldagem, desde que a dureza das
soldas esteja dentro dos critérios definidos nas normas de serviço aplicáveis (ISO 15156-1 ou ISO
15156-2 ou ISO 15156-3 ou ISO 17945). Essa dispensa não se aplica ao TT que seja requerido por
outras normas ou códigos aplicáveis à solda (por exemplo, o TT requerido pelo código ASME B 31.3
para soldas de elevada espessura).
9.4.2.3 As soldas que apresentem dureza acima do critério definido devem receber TT conforme
Seção 10. Após o TT, efetuar medição de dureza em 100 % das soldas tratadas.
9.4.3.1 Efetuar medição de dureza em 100 % das soldas de fabricação ou campo (juntas de topo, de
derivação e juntas de ângulo).
9.4.3.2 Para todas as soldas de produção deve-se adotar o limite de 220 HV.
9.4.4.1 Para os aços ligados com cromo e/ou molibdênio (P-Number 3, 4, 5A, 5B, 5C e 15E), mesmo
quando o TT após soldagem não for requerido, a verificação da dureza da junta soldada deve
obrigatoriamente ser feita nas juntas de campo.
9.4.4.2 Deve-se testar 10 % do total de cada soldador, por processo, devendo ser verificadas a solda
e a ZAC, adotando-se como referência que as soldas de produção devem ter seu valor de dureza
dentro do limite de ±15 % do valor obtido na qualificação do procedimento de soldagem. Nesta
amostragem devem ser incluídas, obrigatoriamente, as juntas de maior espessura.
9.4.4.3 A cada solda reprovada outras 2 soldas de mesmo soldador devem ter a dureza medida. Se
pelo menos uma solda for reprovada nesta segunda amostragem, todas as soldas do lote do soldador
devem ser reprovadas.
Para outros materiais submetidos a serviços especiais devem-se adotar os limites de dureza
previstos nas normas adicionais aplicáveis (por exemplo, as ISO 15156-1, ISO 15156-2, ISO 15156-3
ISO 17945, NACE MR0103, NACE SP0472 ou API RP 945).
9.5.1 Para os aços inoxidáveis duplex e superduplex deve-se realizar a medição do teor de ferrita
nas juntas soldadas.
55
9.5.2 A verificação deve ser realizada por amostragem (10 %). Os lotes devem ser agrupados por
procedimento de soldagem e por soldador. Em caso de rejeição de uma solda outras duas juntas do
mesmo lote devem ser avaliadas. Caso haja nova rejeição, todo o trabalho do soldador deve ser avaliado.
9.5.3 Devem ser realizadas pelo menos três medidas por junta, nas posições 0 º, 90 º e 180 º, no
centro da solda. Deve-se complementar a medição com uma medição realizada nos metais de base
adjacentes à solda.
9.5.5 O equipamento empregado na medição deve estar calibrado para medições na faixa
especificada. Devem ser atendidos os requisitos da ISO 8249 para a calibração do equipamento.
10 Tratamentos Térmicos
10.1.1 Deve ser efetuado TT nas juntas soldadas onde requerido pelas normas de projeto ou em
função de serviço especial.
10.1.2 Nas tubulações em serviço com H2S, deve ser efetuado o TT, dependendo do valor de dureza
obtido na condição “como soldado” da junta, conforme critérios definidos em 9.4.
10.1.3 Para tubulações de aço carbono e aço Cr-Mo em serviço com H2, soda cáustica e com DEA
deve ser efetuado o TT nas regiões de solda e nas regiões trabalhadas mecanicamente a frio, a
menos que especificado de outra forma pelo projeto. Os parâmetros do TT devem ser conforme
norma aplicável.
10.1.4 Os tratamentos térmicos podem ser feitos em fornos ou localizados, estes através de indução
ou com resistência elétrica. Para promover o aquecimento não é permitido o uso de reações
exotérmicas que não permitem o controle dos parâmetros do tratamento, como taxa de aquecimento
e resfriamento e temperatura de patamar (por exemplo, o uso de reações como a aluminotermia ou
termite).
10.1.7 Os “spools” de aço Cr-Mo que passarão por TT não podem ser movimentados no período
compreendido entre o término da soldagem e a realização do tratamento, exceto quando for aplicado
o pós-aquecimento.
10.1.8 Após a remoção dos termopares as áreas devem ser inspecionadas por LP ou PM.
56
10.2 TT em Forno
10.2.1 Antes do TT deve-se proteger as faces dos flanges contra a oxidação acelerada pelo aumento
de temperatura. Deve-se também suportar convenientemente a tubulação, evitando tensões
indevidas.
10.2.2 Deve ser fixado um termopar a cada peça a ser tratada no forno, e esse termopar deve ser
instalado ao lado de uma das juntas. No caso de peças com componentes de espessuras diferentes,
devem ser instalados termopares em ambos os lados da junta.
10.2.3 A atmosfera do forno deve ser controlada durante o tratamento, de forma a evitar alterações
metalúrgicas dos materiais sendo tratados.
10.3 TT Localizado
10.3.1 Antes da realização de qualquer TT localizado deve ser emitido um procedimento específico
para esse fim, devidamente aprovado por inspetor de soldagem nível 2.
10.3.2 Devem ser seguidos os requisitos da AWS D10.10/D10.10M para a determinação das
grandezas relativas ao TT para cada junta a ser tratada, a saber:
10.3.3 Quando for usado aquecimento por resistência elétrica, o termopar deve ser devidamente
protegido contra esta fonte de calor, através de isolamento adequado.
10.3.4 Antes do TT deve-se tamponar os tubos para evitar correntes de ar, bem como proteger
contra oxidação acelerada as faces dos flanges que venham a ser aquecidos. Deve-se também
suportar convenientemente a tubulação, evitando tensões indevidas nas regiões aquecidas. As
válvulas envolvidas devem permanecer abertas.
10.3.5 Deve ser emitido relatório individual para os tratamentos térmicos localizados, listando todas
as grandezas do 10.3.2.
11 Teste de Pressão
Antes de ser iniciada a operação, e após a conclusão da fabricação ou montagem, todas as linhas
devem ser submetidas a um teste de pressão. Linhas projetadas conforme ASME B31.3, e
enquadradas como fluido categoria M, devem, além do teste de pressão, ser submetidas a um teste
de estanqueidade conforme ASME Section V Article 10 (“sensitive leak test”). Linhas que devem
sofrer limpeza química devem ser limpas antes da execução do teste de pressão. Tubulações
enquadradas na classe de inspeção I (fluidos Categoria D) não precisam ser submetidas a teste de
pressão, devendo, nesse caso, ser submetidas ao teste operacional (3.22)
57
11.1.1 Antes dos testes de pressão, hidrostático ou pneumático, devem ser executadas Análises
Preliminares de Risco (APR) detalhando as necessárias medidas de segurança principalmente onde,
em caso de falha, haja perigo para o pessoal ou para as instalações adjacentes. O teste pneumático
é aceitável para as linhas de ar de instrumentos e de serviço, porém, nos demais casos só pode ser
realizado com autorização da PETROBRAS, conforme procedimento específico previamente
aprovado. Considerações adicionais de segurança para o teste pneumático estão listadas no
Anexo F.
11.1.3 Mangotes flexíveis devem ser providos de dispositivos de contenção (correntes, cabos ou
similar) e cuidados devem ser tomados para evitar dano ao flexível, como pessoas caminhando por
cima dos mangotes.
11.1.4 Na área de isolamento estabelecida em torno do sistema em teste somente pode ocorrer o
acesso de pessoal relacionado ao teste.
11.1.5 Os dispositivos de teste de pressão devem ser de classe de pressão igual ou superior à da
linha a ser testada e devem atender ao ASME B31.3. Conexões roscadas ou de encaixe para solda
devem atender ao critério de equivalência de classe e espessura do ASME B16.11. Estes dispositivos
devem ser enquadrados para fins de inspeção na Classe IV da Tabela A.1 desta Norma. Estas
exigências também se aplicam aos dispositivos provisórios utilizados no teste.
11.2.1 Antes de se iniciar o teste de pressão de qualquer sistema de tubulações, deve ser realizado
um EV ao longo de todas as linhas que compõem o sistema, observando-se no mínimo:
58
11.2.2 Os suportes provisórios, utilizados apenas para fins de montagem, devem ser removidos
antes do teste de pressão do sistema de tubulações, exceto os suportes provisórios não soldados às
linhas e necessários à execução do teste hidrostático (exemplo: linhas de gás).
11.2.3 O teste de pressão deve ser executado preferencialmente por sistemas de tubulações, ao
invés de tubulações individuais. A quebra de continuidade, através da instalação de peças de
inserção, deve ser reduzida ao mínimo, mantendo interligadas as tubulações e equipamentos
passíveis de se submeterem à mesma pressão de teste.
11.2.4 No caso do sistema estender-se além dos limites da construção e nesses limites não houver
flanges, ligação roscada, ligação soldada ou válvula de bloqueio, o teste deve ser aplicado até o
acessório de bloqueio mais próximo.
11.2.5 Onde não houver possibilidade de execução de teste hidrostático, devem ser executados os
ensaios alternativos previstos na norma de projeto aplicável. Toda dispensa de teste de pressão deve
ser fundamentada pelo executante e aprovada pela PETROBRAS.
11.2.6 Alguns equipamentos, tais como vasos, trocadores de calor, separadores, filtros, bombas,
turbinas ou outro qualquer equipamento instalado na linha, já testados, que não causem dificuldades
ao teste do sistema de tubulações, podem ser retestados simultaneamente com o sistema de
tubulações a que estão conectados. A pressão de teste não deve exceder, em nenhum ponto, a
pressão de teste permitida para os equipamentos e deve atender à norma de projeto da tubulação
específica.
11.2.7 Antes do teste, devem ser removidos os seguintes equipamentos e acessórios: purgadores,
separadores de linha, instrumentos (inclusive válvulas de controle e válvulas atuadas em geral),
controladores pneumáticos e todos os dispositivos que causem restrição ao fluxo (tais como placa de
orifício e bocal de mistura). Os discos de ruptura, válvulas de segurança e de alívio devem ser
isolados do sistema ou removidos. Todas as partes retiradas devem ser substituídas por peças
provisórias, onde necessário.
11.2.8 Deve ser prevista a instalação de filtros temporários, conforme descrito em 4.5.9.
11.2.9 Em tubulações que possuam linhas de aquecimento, estas devem ser testadas
preferencialmente com vapor, a fim de se verificar a estanqueidade e a garantia de fluxo em todos os
pontos do sistema, além de sua flexibilidade.
11.2.10 Nos limites do sistema de teste, o fluido de teste deve ser bloqueado através de flange cego,
raquete, tampão, chapa de bloqueio ou bujão. Os bloqueios devem ser executados nos pontos
indicados pelo projeto. As raquetes devem ser selecionadas de acordo com a PETROBRAS N-120.
As chapas de bloqueio (ver 3.2) devem ser dimensionadas através do ASME Section VIII - Division 1,
conforme o detalhe utilizado.
59
NOTA Para linhas de classe 150 pode se empregar as válvulas de bloqueio instaladas na linha
para delimitar o sistema de teste hidrostático. Ressalta-se que nesse caso a pressão de
teste hidrostático não pode exceder a pressão de teste de estanqueidade da válvula
(segundo o certificado da mesma), e a linha a jusante da válvula deve estar aberta para a
atmosfera.
11.2.11 As ligações flangeadas refeitas após o teste hidrostático, nos limites do sistema de teste,
após a remontagem de equipamentos e acessórios removidos para o teste, e na entrada de
equipamentos isolados para o teste, devem ser verificadas quanto à sua estanqueidade durante a
pré-operação.
11.2.12 Todas as válvulas, com exceção daquelas mencionadas no 11.2.7, devem estar sujeitas ao
teste de pressão, inclusive as de bloqueio situadas nos limites do sistema, que devem ser
raqueteadas no flange à jusante do sistema em teste. No teste de pressão são verificados a ligação
da válvula com a linha, o corpo e o engaxetamento.
11.2.13 As válvulas de retenção devem ser pressurizadas no sentido da abertura; se isto não for
possível, deve-se travar a parte móvel na posição aberta, manter a pressurização via “by-pass” da
válvula de retenção ou remover os internos. As válvulas do tipo esfera devem ser mantidas
parcialmente abertas. Todas as outras válvulas devem ser mantidas na posição totalmente aberta
durante o teste.
11.2.14 As juntas de expansão, quando se constituem no elemento mais fraco do sistema do ponto
de vista de resistência à pressão de teste, devem ser isoladas ou substituídas por carretel temporário.
Quando submetidas ao teste, devem ser travadas e suportadas temporariamente, para evitar
excessiva distensão e abaulamento do fole.
11.2.15 Todas as partes estruturais definitivas (suportes, apoios e restrições, incluindo os pendurais,
guias, batentes e âncoras, conforme 7.2) devem estar montadas e ligadas ao sistema de tubulações
antes do teste de pressão.
11.2.16 Deve-se fazer uma inspeção de todo o sistema de suportes das tubulações para se avaliar
previamente o seu comportamento quando da aplicação do fluido de teste que, por ser
frequentemente mais pesado que o fluido circulante constitui a maior carga estática que age sobre os
mesmos. Quando não houver certeza de que a suportação da tubulação foi projetada para os
esforços resultantes do teste hidrostático, uma análise da suportação deve ser realizada.
11.2.17 Tubulações projetadas para vapor ou gás, e que sejam testadas com água, em geral
necessitam que se usem suportes provisórios adicionais. A verificação de necessidade ou não desta
suportação adicional deve fazer parte da APR mencionada em 11.1.1.
11.2.19 Devem ser instalados, no mínimo, 2 manômetros, sendo um no ponto de maior elevação e
outro no ponto de menor elevação do sistema.
11.2.20 Devem ser usados manômetros adequados à pressão de teste de tal forma que a leitura da
pressão esteja entre 1/3 e 2/3 da escala, que as divisões sejam, no máximo, de 5 % da pressão do
teste, com mostrador de diâmetro mínimo igual a 75 mm. Os manômetros devem estar em perfeitas
condições, testados e aferidos, sendo que o prazo de validade da aferição deve ser no máximo de
3 meses.
60
11.2.21 Todas as junções de sistemas de tubulação (por exemplo: juntas soldadas, flangeadas e
roscadas) devem ser deixadas expostas, sem isolamento ou revestimento, para exame durante o
teste. É permitida a pintura das juntas soldadas nos casos de sistemas de tubulação não enterradas.
A pintura deve estar restrita à aplicação da tinta de fundo, não podendo ser à base de epóxi. As
tubulações enterradas devem ficar com as ligações expostas (e sem pintura), exceto as ligações
enclausuradas em concreto que já tiverem sido testadas previamente de acordo com esta Norma. No
entanto, as tubulações que operam enterradas devem, durante o teste, ser adequadamente
suportadas.
NOTA Sistemas que devem ser submetidos a teste de estanqueidade não podem ter suas juntas
pintadas antes dessa etapa.
11.2.22 As juntas de vedação a serem utilizadas no teste hidrostático devem atender o prescrito em
7.5 desta Norma.
11.3.1 A temperatura de teste (ver 3.14) mínima para o teste de pressão é de 10 °C ou a temperatura
mínima de projeto, o que for maior. A temperatura máxima para o teste hidrostático é 40 °C e para o
teste pneumático é 50 °C. Quando algum equipamento for testado em conjunto com as tubulações
deve ser respeitada a temperatura mínima especificada para o fluido de teste do equipamento.
11.3.2 Quando a temperatura de teste for inferior a 10 °C deve ser seguida uma das alternativas
descritas a seguir.
11.3.3 O fluido de teste deve ser aquecido, mas não deve ultrapassar a temperatura de 40 °C.
11.3.4 Verificar, através de resultados de teste de impacto “Charpy V” constante nos certificados de
usina e nos procedimentos de soldagem, se os materiais da tubulação e suas soldas possuem
comportamento dúctil na temperatura de teste.
11.4.1 O fluido a ser usado deve ser água doce, com teor de cloretos limitado a no máximo 50 ppm,
com certificado de análise, limpa, não agressiva ao tubo e internos de válvulas, isenta de
hidrocarbonetos, a não ser que isso seja explicitamente contra indicado pelo projeto. Sempre que
necessário, devem ser adicionados à água inibidores de corrosão e bactericidas, levando-se em
conta o local de descarte.
11.4.2 Fluidos de teste alternativos, como água salgada, hidrocarbonetos, gás inerte ou ar podem ser
utilizados quando não for possível o uso da água doce como descrita em 11.4.1. Estas, ou outras
alternativas, só são admitidas mediante elaboração de APR e aprovação da fiscalização da
PETROBRAS.
11.4.3 Caso seja usado o teste com hidrocarbonetos, devem ser observadas as condições descritas
em 11.4.3.1 a 11.4.3.4.
11.4.3.1 Antes de iniciar o teste, deve ser feito um teste preliminar com ar ou gás inerte, a uma
pressão não superior a 0,15 MPa (1,5 kgf/cm2), com o objetivo de localizar os defeitos maiores.
61
11.4.3.2 O fluido deve ter ponto de fulgor maior ou igual ao maior dos seguintes valores:
a) 0 °C;
b) temperatura do teste acrescida de 10 °C;
c) temperatura ambiente acrescida de 10 ºC.
11.4.3.3 O fluido deve ter ponto de congelamento igual ou menor que a temperatura de teste
subtraída de 25 °C.
11.4.3.4 Caso seja necessário fazer reparos evidenciados pelo teste, deve ser dada especial atenção
à desgaseificação e inertização da linha antes do início do reparo.
11.5.1 A pressão de teste deve ser aquela indicada no projeto. Na falta desta informação, deve ser
calculada de acordo com a norma de projeto aplicável.
11.5.2 Quando, devido à coluna hidrostática, a pressão atuante durante o teste for ultrapassar a
pressão máxima admissível para algum componente, este não deve ser incluído no sistema ou a
pressão de teste deve ser reduzida convenientemente.
11.5.3 Sistemas não pressurizados ou trabalhando com pressão interna de no máximo 0,02 MPa
(0,2 kgf/cm2), em drenagem e serviços de pouca responsabilidade, podem ser testados
permanecendo cheios de água durante 24 horas para verificar vazamentos, sem aplicar pressão.
NOTA 1 Em qualquer etapa do teste, caso seja detectado algum vazamento, a tubulação deve ser
despressurizada, corrigido o vazamento e em seguida reiniciado o teste.
NOTA 2 Em todas as etapas de pressurização ou despressurização, a taxa máxima de variação de
pressão deve ser de 20 % da pressão de teste por minuto.
NOTA 3 Durante a pressurização, e enquanto o sistema estiver a 100 % da pressão de teste, todas
as pessoas devem manter-se afastadas, em local seguro.
11.6.2 Quando o sistema de tubulações e os equipamentos forem preenchidos com líquido de teste,
suas válvulas de suspiro devem estar completamente abertas. Na falta de válvulas de suspiro nos
pontos altos, devem ser colocadas válvulas provisórias para garantir a completa remoção do ar.
62
11.6.3 Quando é necessária a manutenção da pressão por um período de tempo durante o qual o
fluido empregado possa sofrer expansão térmica devido à insolação, devem ser tomadas precauções
para o alívio da pressão.
11.6.5 No caso de detecção de defeitos no teste de pressão, o sistema deve ser despressurizado,
drenado, e o local do defeito secado, antes do início do reparo. Em tubulações verticais é aceitável
reduzir o nível do líquido de teste abaixo do local do reparo, desde que aprovado pela PETROBRAS,
exceto no caso previsto no 11.4.3.4. Toda a tubulação reparada deve ser reinspecionada e retestada.
11.6.6 Antes do enchimento ou do esvaziamento do sistema, os suspiros devem ser abertos para
evitar respectivamente a formação de bolsões de ar ou de vácuo no interior da tubulação.
11.6.7 O teste pneumático, quando autorizado, deve ser realizado conforme Anexo F desta Norma.
11.6.8 Após o teste e remoção dos bloqueios, a tubulação deve ser identificada como “testada”, em
local de fácil visualização.
11.6.10 Devem ser remontados os elementos e acessórios que foram retirados para execução do
teste de pressão e removidos os travamentos das juntas de expansão, das válvulas de retenção, dos
suportes de mola e demais dispositivos auxiliares de teste.
11.6.11 O reaterro de ruas e diques, abertos para passagem de tubulações, somente pode ser
iniciado após o teste de pressão e o revestimento da tubulação.
11.7.1 Durante a manutenção das tubulações, o teste de pressão se faz necessário sempre quando
houver reparo, alteração ou reclassificação, atendendo os mesmos requisitos de teste utilizados em
instalações novas.
11.7.2 Em casos excepcionais, onde não houver possibilidade de execução de teste hidrostático,
devem ser executados ensaios alternativos. Toda dispensa de teste de pressão deve ser
fundamentada pelo executante considerando todos os riscos envolvidos e ser aprovada pela
PETROBRAS.
11.7.3 Para dispensa de teste de pressão, alternativamente à aplicação dos requisitos do código de
projeto aplicável, podem ser seguidos os requisitos de teste de pressão da API 570. [Prática
Recomendada]
11.7.4 Para os componentes das tubulações com testes de pressão previamente executados, as
juntas soldadas de campo, para interligações ou ajustes, não necessitam ser testadas se forem
atendidos os seguintes itens:
63
12 Condicionamento
12.1.2 O sistema de tubulações deve ser inspecionado para verificar se a execução da limpeza está
de acordo com o 12.2. Recomenda-se o uso de videoscopia (boroscopio) para essa atividade.
12.1.3 As ligações entre tubo previstas para serem eletricamente isoladas devem ter seus elementos
isolantes (juntas, buchas e arruelas) verificados quanto à correta identificação e localização nas
instalações.
12.1.4 Deve ser verificado se todas as juntas de vedação provisórias foram substituídas pelas
definitivas especificadas pelo projeto.
12.2.1 Geral
Antes da limpeza da tubulação, deve ser elaborada uma APR, considerando a captação do fluido, o
descarte para o ambiente e o plano de contingência para o caso de falha ou acidentes. A limpeza das
tubulações deve ser executada de acordo com procedimento de limpeza que atenda, pelo menos, às
seguintes recomendações gerais:
a) a limpeza das linhas deve ser executada, de preferência, por conjunto ou sistema de
tubulações, visando a remoção de depósitos de ferrugem, pontas de eletrodos, salpicos
de solda, escórias, poeiras, rebarbas e outros corpos estranhos do interior das
tubulações;
b) o sistema de limpeza deve incluir todos os pontos internos da tubulação, inclusive locais
onde existam drenos e suspiros;
c) a limpeza interna pode ser realizada com água, ar comprimido, vapor, nitrogênio,
produtos químicos (tais como solução de detergentes, ácidos inibidos e soluções
alcalinas), ou com óleo, incluindo ou não dispositivos tipo “PIG”, conforme o
procedimento da executante;
64
a) antes da limpeza com água deve ser verificado, no projeto, se as tubulações podem ser
enchidas com água e, caso permitido, se são necessários suportes provisórios que
devam ser construídos e montados nos pontos indicados;
b) em tubulações de aço inoxidável é permitida limpeza com água, desde que o teor de
halogenetos seja controlado, com concentração máxima de 50 ppm a 25 °C;
c) os suportes de mola devem estar travados durante a limpeza;
d) deve ser verificado se os pontos de saída de água de lavagem não causam danos ao
isolamento e/ou prejuízo a execução de outros trabalhos, como por exemplo o TT.
65
a) antes da limpeza com vapor deve ser verificado se este procedimento é permitido nos
documentos de projeto;
b) os dispositivos provisórios de limpeza com vapor devem ter flexibilidade e classe de
pressão compatíveis com as condições de serviço e atender ao código de projeto
aplicável;
c) para linha nova, antes da limpeza com vapor, o sistema deve ser lavado com água,
conforme descrito em 12.2.2;
d) as válvulas e acessórios que contêm elementos de vedação resilientes devem ser
removidas dos sistemas exceto quando a temperatura do vapor for inferior a 180 °C;
e) retirar as travas dos suportes de mola, verificar e registrar a sua posição a frio;
f) retirar o travamento das juntas de expansão;
g) deve ser verificado se foram instalados silenciadores;
h) deve ser verificado se foram instalados corpos de prova de acordo com a API RP 686;
i) a sopragem deve ser executada no sentido do fluxo, com vazão mínima igual à de
operação, iniciando pelo tronco e depois pelos ramais;
j) verificar nos pontos de dilatação máxima da linha se não estão ocorrendo interferências
com outras linhas e perda de suportação;
k) após a remontagem dos equipamentos e acessórios removidos antes da lavagem, a
tubulação deve ser pressurizada com vapor e verificado o funcionamento individual de
cada purgador;
l) quando requerido, a tubulação deve ser mantida com N2 ou água desmineralizada; neste
último caso, travar os suportes de mola.
a) antes da limpeza química a tubulação deve estar totalmente liberada dos ENDs e deve
ser lavada com água conforme descrito em 12.2.2;
b) deve ser efetuado estudo preliminar das características do processo, visando a
elaboração do procedimento de limpeza abrangendo, além das recomendações gerais
do descrito em 12.2.1, os itens abaixo indicados:
— identificação da(s) tubulações a serem limpa(s), assinaladas nos fluxogramas;
— identificação dos tipos de depósitos a serem removidos;
— definição da finalidade da limpeza em função das características operacionais;
— identificação da especificação de material da tubulação;
— definição do método de limpeza (imersão, circulação térmica ou mecânica e fase
vapor);
— definição dos pontos de injeção, drenagem e suspiro;
— definição dos dispositivos auxiliares de limpeza a serem fabricados (tais como
conexões e carretéis);
— definição da compatibilidade entre as soluções de limpeza e do material do sistema
de tubulação;
— definição dos pontos de inspeção final;
— definição dos locais de despejo, prevendo neutralização e destino;
— definição dos acessórios a serem removidos, devido à incompatibilidade metalúrgica
com as soluções de limpeza;
— definição dos locais de armazenamento dos produtos químicos a serem utilizados;
— estudo da compatibilidade entre as velocidades de circulação nos vários pontos da
tubulação e a eficiência do inibidor de corrosão;
— cuidados necessários para o manuseio, transporte e descarte dos produtos químicos,
visando a preservação da saúde, da segurança e do meio ambiente;
— verificar se existem pontos baixos, não drenáveis, no sistema;
— efetuar APR;
— definir, sempre que possível, pontos de corte para retirada de amostra da tubulação
para verificação da eficácia da limpeza;
c) nas soluções ácidas é obrigatória a substituição da solução quando o teor de íons de
ferro for superior a 0,4 %;
d) deve ser efetuado acompanhamento da concentração da solução ácida, de modo a
verificar se é o momento de concluir a fase ácida ou de renovar a solução.
66
a) em tubulações onde exigida limpeza com óleo deve ser instalado um filtro, antes do
início dos serviços, visando recolher os detritos do interior da linha e permitir análise do
grau de remoção destes ao longo do processo;
b) a graduação da tela deve ser selecionada em função das características dos
equipamentos ligados às tubulações;
c) para este caso específico o procedimento de limpeza deve considerar a tubulação limpa
quando o óleo estiver dentro dos parâmetros de impureza aceitáveis pelo fabricante do
equipamento ou, se estes parâmetros não estiverem disponíveis, quando não for
detectada presença de impurezas depositadas no filtro, após circulação do óleo, por um
período mínimo de 6 horas, a uma velocidade mínima de 3 m/s.
12.3 Secagem
12.3.1 As linhas devem ser secas com a passagem de ar seco ou nitrogênio sempre que a
possibilidade de água retida no sistema comprometer a qualidade do produto ou a integridade dos
equipamentos, quando da entrada em operação.
NOTA Linhas de gás natural ou de CO2 requerem obrigatoriamente uma etapa de secagem. Para
outros serviços, a necessidade de secagem deve ser verificada conforme projeto.
12.3.2 Após a aceitação do teste hidrostático, deve ser realizado o esvaziamento da tubulação,
mantendo-se abertos os drenos e os suspiros. Válvulas e equipamentos, sujeitos à acumulação de
água, devem ser tratados adequadamente.
12.3.3 Em linhas de gás natural, o esvaziamento deve ser feito por meio de ar comprimido, para
outros produtos deve ser conforme projeto ou procedimento.
NOTA A passagem de PIGs espuma deve ser avaliada em caso de esvaziamento de trechos
longos.
12.3.4 A secagem deve ser iniciada após o esvaziamento da tubulação e monitorada via
acompanhamento do ponto de orvalho em pontos previamente definidos no projeto ou no
procedimento. A secagem deve ser considerada concluída quando o ponto de orvalho medido for
igual ou inferior ao estabelecido no projeto, estabelecido no procedimento de secagem ou o
especificado para o fluido da linha; o que for menor.
NOTA A secagem de linhas de gás natural deve ser feita com o emprego de ar super seco (ponto
de orvalho igual ou inferior a -50 °C) ou emprego de nitrogênio (ponto de orvalho igual ou
inferior a -60°C) até que o ponto de orvalho medido seja igual ou inferior a -39 °C.
12.3.4.1 Durante a secagem, devem ser feitas medições até que o ponto de orvalho se aproxime
assintoticamente da temperatura de ponto de orvalho do gás seco empregado, quando então a
sopraqem com ar seco ou nitrogênio deve ser interrompida. Depois de concluída esta etapa, deve ser
realizada uma nova medição após período especificado em procedimento ou no projeto, a fim de
verificar se houve estabilização do ponto de orvalho no valor especificado. Para linhas de gás natural,
o período entre medições dever ser de 24 horas.
12.3.4.2 Caso o ponto de orvalho não se estabilize após este período, fazer novas medições
considerando o mesmo período de tempo, enquanto o ponto de orvalho apresentar valor inferior ao
especificado até que ocorra a estabilização. Se o ponto de orvalho se elevar acima do valor
especificado, refazer o processo de secagem.
67
12.3.4.3 Após a estabilização do ponto de orvalho, o sistema deve ser inertizado com gás inerte
compatível com o fluido para aguardar a pré-operação. Caso a pré-operação não ocorra
imediatamente após a inertização, novas medições de ponto de orvalho devem ser executadas antes
do início da operação.
12.3.4.4 O ponto de orvalho deve ser medido na pressão atmosférica, utilizando um medidor
eletrônico, com faixa de medição compatível com o ponto de orvalho do fluido utilizado na secagem e
provido de certificado de calibração emitido pelo fabricante.
13 Documentação
13.1 O certificado de aceitação, emitido por conjunto de tubulações, deve conter, no mínimo, as
seguintes informações:
13.2 O certificado de conclusão de montagem, emitido por conjunto de tubulações testado, deve
conter, no mínimo, as seguintes informações:
a) data do teste;
b) conjunto de tubulações testado;
c) fluxograma de teste, indicando a localização dos manômetros e limites do sistema em
teste;
d) condições de teste (fluido, pressão e temperatura);
e) resultado do teste, com os respectivos registros de acompanhamento;
f) procedimento utilizado.
a) data da execução;
b) identificação das linhas, “spools” ou juntas tratadas;
c) curva de TT (temperatura X tempo);
d) resultado de ensaios de dureza após o tratamento;
e) registro de acompanhamento;
68
a) data de realização;
b) identificação das linhas;
c) deformação aplicada;
d) temperatura da linha;
e) aprovação da conformidade com o projeto;
f) procedimento utilizado.
14 Atendimento à NR-13 (Redação dada pela Portaria MTE n.º 594, de 28 de abril de
2014)
14.2 Para fins de aplicação da NR-13 considera-se como tubulação toda linha dentro da área
industrial, independente do código de projeto (ASME B31.1, ASME B31.3, ASME B31.4, ASME
B31.8, etc).
- Fluidos inflamáveis;
- Fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a 200 ºC;
Classe A - Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 ppm;
- Hidrogênio;
- Acetileno.
- Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200 ºC;
Classe B
- Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 ppm.
Classe C - Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
Classe D - Outro fluido não enquadrado acima.
Deve ser emitido um RISI para as linhas enquadradas na NR-13. O RISI emitido deve compor a pasta
do sistema, e conter as informações requeridas no 13.6.3.9 da NR-13, além das seguintes:
69
14.4.1 Equivale ao prontuário de atendimento à NR-13 para a tubulação. Deve ser elaborado por
sistema ou por linha e conter no mínimo os seguintes documentos:
14.4.2 Havendo alteração de projeto ou intervenção estrutural de alguma linha existente durante a
montagem, a executante deve emitir um Projeto de Alteração e Reparo (PAR), e o mesmo deve
constar na respectiva Pasta de Sistema. O reparo ter sua descrição no respectivo RISI.
14.4.3 Nos casos em que a medição de espessura inicial for realizada como parte do programa de
inspeção inicial, o relatório deve ser adicionado à Pasta do Sistema. Nesse caso os pontos de
medição de espessura devem ser indicados nos desenhos isométricos.
14.4.4 Os seguintes documentos de fabricação devem ser disponibilizados em uma pasta específica
para consulta do PH e do pessoal da operação, manutenção e inspeção da Unidade:
70
A.1 Objetivo
A.1.1 Definir o tipo e a extensão mínima dos exames não destrutivos a que devem ser submetidas as
soldas de tubulações construídas de acordo com esta Norma e projetadas conforme o ASME B31.3 e
o ASME B31.1.
A.1.2 Para outras normas de projeto de tubulação, que não o ASME B31.3 e o ASME B31.1, devem
ser utilizados os critérios específicos de cada norma.
As classes de inspeção devem ser determinadas de acordo com a Tabela A.1, em função da
categoria de serviço (“fluid service”) definido no ASME B31.3 (ver Anexo E), do material e da classe
de pressão definida no ASME B16.5.
A.3.1 O tipo e a extensão dos exames devem estar de acordo com a Tabela A.2. Soldas entre
materiais dissimilares devem ser examinadas pelo método e na extensão requerida para o material
com os critérios mais exigentes.
A.3.2 Exceto para “Fluidos Categoria D” do ASME B31.3, todas as soldas em juntas de diâmetros
menores ou iguais a 1 1/2” devem ser inspecionadas por LP em 100 %. Caso seja requerido TT, o
ensaio deve ser realizado após este tratamento.
A.3.3 As soldas que não atendem as distâncias mínimas previstas em 6.1.6 devem ser 100 %
radiografadas (solda de topo) ou inspecionadas por PM (soldas de derivação).
A.3.4 Quaisquer juntas longitudinais soldadas, que não aquelas de fabricação dos componentes
(cuja inspeção é prevista nas normas dos próprios), devem ser totalmente inspecionadas por US ou
radiografia, PM e ensaio visual. Esse requisito também é aplicável ao reparo das juntas longitudinais
e helicoidais na obra.
A.3.5 O acompanhamento da soldagem por inspetor de soldagem não é aceito como substituto de
qualquer exame não destrutivo previsto para a junta soldada, embora permitido pelo código de projeto
(“in process examination”).
71
Aço 21/4Ni 9A II II II II IV IV IV
Aço 31/2Ni 9B II II II II IV IV IV
Aço 5Ni 11A-SG2 IV IV IV IV IV IV IV
Aço 9Ni 11A-SG1 IV IV IV IV IV IV IV
Aço inoxidável austenítico 8 II II II II IV IV IV
Aço inoxidável duplex/superduplex 10H II II II II IV IV IV
Ligas de Níquel 41...45 II II II II IV IV IV
Ligas de Cobre 31...35 II II --- --- --- --- ---
- Linhas de gás inflamável em
Todos II II IV IV IV IV IV
instalações marítimas/navais
- Linhas com hidrogênio (Nota 3) Todos III III IV IV IV IV IV
Serviço a Temperatura Elevada Todos IV IV IV IV IV IV ---
Fluido Categoria M (Nota 4) Todos IV IV IV IV IV IV ---
Condição Cíclica Severa Todos IV IV IV IV IV IV ---
NOTA 1 Para materiais não listados a PETROBRAS deve ser consultada quanto à classe de inspeção a ser
utilizada.
NOTA 2 Para serviços com H2S (conforme definido na ISO 17945 ou ISO 15156-1 ou ISO 15156-2 ou ISO
15156-3 e para serviços em baixa temperatura (<-29ºC) deve-se adotar a classe de inspeção III para as
classes de pressão 150# a 900#.
NOTA 3 Linhas cujo fluido transportado contenha hidrogênio, em qualquer concentração e temperatura.
NOTA 4 Exemplos de Fluido Categoria M: fluidos na fase gás com 500 ppm ou mais de H2S, fluidos na fase
liquido com 30 000 ppm (3 %) ou mais de H2S, ácido sulfúrico e ácido fosfórico. A designação do fluido
nessa categoria deve ser informada ou ratificada pela Unidade.
A.3.6 Para as linhas projetadas conforme ASME B31.3 e enquadradas na classe de inspeção IV, o
EV deve atender aos critérios de aceitação do código, adicionando-se que são considerados
inaceitáveis os seguintes tipos de descontinuidades: trinca, falta de fusão e falta de penetração.
72
A.3.8 Quando aprovado pela PETROBRAS, o exame por US pode ser usado em substituição ao
radiográfico, desde que atendidos os requisitos da norma de projeto aplicável, bem como os
seguintes requisitos específicos:
A.3.9 A inspeção por ultrassom de soldas com microestrutura austenítica, de granulação grosseira, e
materiais com fenômeno de anisotropia deve atender ao seguinte:
a) devem ser utilizados blocos de referência soldados com refletores do tipo furo cilíndrico
(SDH). A solda do bloco de referência deve ser realizada com o mesmo processo de
soldagem e respectivos parâmetros da solda a ser inspecionada. O certificado de
calibração do bloco deve referenciar a EPS utilizada em sua fabricação;
b) para a qualificação do procedimento de inspeção deve ser previsto corpo de prova
contendo descontinuidades representativas do processo de soldagem com dimensões
próximas ao limite de aceitação. Esse requisito é dispensável para a condição de
inspeção em junta de topo “tubo x tubo” com acesso pelos dois lados;
c) antes de seu uso deve ser feita a demonstração do procedimento de inspeção à
PETROBRAS.
A.3.10 A aplicação usual do US envolve a inspeção de juntas tubo x tubo com diâmetro 2” e
espessura 5 mm e para juntas tubo x conexão com diâmetro 8” e espessura 5 mm. Para solda
fora das faixas especificadas acima, bem como para a inspeção em materiais de média e alta liga
(> 5% em peso de elementos de liga) deve ser elaborado procedimento específico, respaldado em
ensaios em corpos-de-prova representativo, que deve ser aceito pela PETROBRAS.
73
NOTA 2 Quando utilizados detalhes suscetíveis a exame radiográfico (soldas de topo com penetração,
como “te”, selas, conexão extrudada ou integral para solda de topo) as soldas devem ser
inspecionadas como as circunferenciais, e não de derivação.
NOTA 3 Soldas em ângulo incluem, entre outras, as soldas de encaixe, soldas de selagem de conexões
rosqueadas e soldas de flanges sobrepostos.
NOTA 4 Solda entre o suporte e a superfície do tubo.
NOTA 5 Para aços inoxidáveis do tipo Duplex e Superduplex, após o passe de raiz da solda deve ser
realizado o EV (necessário emitir relatório).
NOTA 6 Válido para as soldas das Nota 1 a) e c).
NOTA 7 Para os materiais P-Number 3, 4, 5A, 5B, 5C e 15E, todos os ensaios previstos devem ser
executados após TT, exceto o EV de solda.
74
A.4 Amostragem
A.4.1 Quando for indicado o exame por amostragem na Tabela A.2, deve ser examinada toda a
circunferência ou todo o comprimento do número de juntas que corresponderem ao percentual
indicado, em relação ao número total de juntas do lote.
A.4.2 Um lote é definido como sendo o número total de juntas executadas em um período não maior
do que 3 meses, agrupadas por soldador, por processo de soldagem e por metal de base
(“P-Number”).
A.4.2.2 No caso de penalidades, a amostragem progressiva deve ser aplicada ao mesmo soldador e
dentro do mesmo lote onde foi detectada a solda com defeito. Cada amostra adicional corresponde à
inspeção de uma junta inteira.
A.4.3 Se o índice de reprovação das juntas inspecionadas exceder o limite de 5 % (índice da obra,
medido semanalmente) então todos os percentuais de inspeção da Tabela A.2 passam a ser 100 %.
Os percentuais de inspeção podem voltar ao valor da Tabela somente se o índice de reprovação da
obra cair para menos de 2,5 % em 3 medições semanais consecutivas.
75
Anexo B - Amostragem
B.1 Objetivo
Fornecer um roteiro para determinação do tamanho da amostra e dos limites de aceitação e rejeição,
apresentado, de forma simplificada, as tabelas mais aplicáveis das ABNT NBR 5425,
NBR 5426 e NBR 5427, para a amostragem solicitada pelo em 5.2 desta Norma.
B.2 Amostragem
B.2.1 A amostragem deve ser executada conforme estabelecido na ABNT NBR 5426. As ABNT
NBR 5425 e NBR 5427 apresentam informações complementares visando facilitar a aplicação da
inspeção por amostragem da ABNT NBR 5426, podendo ser empregadas como ferramentas
auxiliares.
B.2.2 Os tamanhos da amostra e os critérios de aceitação e rejeição devem ser definidos, para cada
componente de tubulação, de acordo com as características de amostragem estabelecidas em 5.2
desta Norma e em função do tamanho do lote.
B.2.3 Os tamanhos da amostra e os critérios de aceitação e rejeição podem ser obtidos através das
Tabelas B.1 e B.2.
B.3.1 Entrar na Tabela B.1 com o tamanho do lote, obtendo-se o código literal de amostragem.
Código literal de
Tamanho do lote
amostragem
2 a 8 A
9 a 15 B
16 a 25 C
26 a 50 D
51 a 90 E
91 a 150 F
151 a 280 G
281 a 500 H
501 a 1 200 J
1 201 a 3 200 K
3 201 a 10 000 L
10 001 a 35 000 M
35 001 a 150 000 N
150 001 a 500 000 P
acima de 500 000 Q
B.3.2 Entrar na Tabela B.2 com o código literal de amostragem obtido em B.3.1 e com a Qualidade
Limite (QL), obtendo-se então:
a) o tamanho da amostra;
76
a) seta para baixo () : utilizar os valores de Ac, Re e tamanho da amostra fornecidos pelo
primeiro plano abaixo de seta; caso esse novo tamanho de amostra seja maior que o
tamanho do lote, deve ser feita inspeção em 100 %;
b) seta para cima () : utilizar os valores de Ac, Re e tamanho da amostra fornecidos pelo
primeiro plano acima da seta.
B.3.4 Exemplo 1:
B.3.4.1 O código literal do tamanho de amostra é obtido na Tabela B.1 baseado no tamanho do
lote (200): código “G”.
B.3.4.2 Utilizando a Tabela B.2, para QL = 10 e para o código “G” conclui-se que:
Qualidade limite
Código de Tamanho
4,0 10 15
amostra da amostra
Ac Re Ac Re Ac Re
A 2
B 3
C 5
D 8
E 13
F 20 0 1
G 32 0 1 1 2
H 50 1 2 3 4
J 80 0 1 3 4 7 8
K 125 1 2 7 8 12 13
L 200 3 4 12 13 21 22
M 315 5 6 21 22
N 500 12 13
P 800 21 22
Q 1 250
77
Onde:
usar o primeiro plano abaixo da seta. Se a nova amostragem requerida for igual ou
maior do que o número de peças constituintes do lote, inspecionar 100 %;
usar o primeiro plano acima da seta;
Ac é o número de peças defeituosas (ou falhas) que ainda permite aceitar o lote;
Re é o número de peças defeituosas (ou falhas) que implica na rejeição do lote.
B.3.5 Exemplo 2:
B.3.5.1 O código literal do tamanho de amostra é obtido na Tabela B.1 baseado no tamanho do
lote (70): código “E”.
B.3.5.2 Utilizando a Tabela B.2, para QL = 10 e para o código “E” conclui-se que:
a) a tabela indica uma amostra de 13 tubos para a inspeção por amostragem. Ela também
indica, porém, que o plano deve ser alterado, pois para esse QL encontramos uma seta
para baixo nessa linha. Deve-se adotar o primeiro plano abaixo da seta;
b) novo tamanho de amostra = 32;
c) Re = 1;
d) Ac = 0.
78
C.1 Objetivo
Apresentar exemplos para elaboração dos procedimentos de execução, listando os itens básicos que
compõem estes procedimentos.
C.2 Conteúdo
a) objetivo;
b) definições;
c) normas aplicáveis;
d) análise da documentação de controle de qualidade correspondente;
e) descrição dos itens, de cada material, a serem inspecionados;
f) definição da abrangência da inspeção, por tipo e material: percentual de peças
examinadas;
g) descrição do processo de inspeção, por item a ser inspecionado (visual, dimensional);
h) relação dos padrões de aceitação de cada material: exigências das normas
correspondentes; características das RMs;
i) indicação de material liberado/rejeitado:
— forma de identificação;
— local de armazenamento.
a) objetivo;
b) definições;
c) normas aplicáveis;
d) definição do local de armazenamento, por tipo e características dos materiais;
e) condições de armazenamento, por tipo, de material: empilhamento máximo; inclinação
quando necessário; distância entre as peças e/ou entre estas e piso; tipos de apoio;
f) proteção contra queda e/ou avarias mecânicas: cuidados; suportação; amarração;
g) preservação, por tipo de material: tamponamento; proteção de superfícies com graxa,
tinta ou uma fina película de revestimento orgânico transparente e removível; proteção
contra chuva e/ou calor.
a) objetivo;
b) definições;
c) normas aplicáveis;
d) equipamentos auxiliares de montagem: tipos, descrição, capacidade e quantidade;
e) instrumentos utilizados: tipos, faixa de utilização e quantidade;
f) dispositivos auxiliares de montagem e de ajustagem para solda: tipos, descrição, função,
quantidade; cuidados na fixação e remoção;
g) características dos processos de corte empregados;
h) sequência de fabricação e de montagem de áreas e sistemas de tubulação: linhas
envolvidas; material de base; faixas de diâmetro e espessura;
i) método de controle de execução de junta soldada por soldador;
j) método de identificação e rastreabilidade de materiais e “spools”;
k) relação dos procedimentos de soldagem que devem ser utilizados em função das
variáveis do material, espessura;
l) relação dos procedimentos de inspeção que devem ser utilizados;
79
a) objetivo;
b) definições;
c) normas aplicáveis;
d) definição dos locais a serem tensionados;
e) equipamentos utilizados: tipo e capacidade;
f) método de execução: características particulares: aplicação da carga; medição dos
esforços e deslocamentos;
g) cuidados com materiais, equipamentos e pessoal: prevenção quanto a sobrecarga e
proteção pessoal.
a) objetivo;
b) definições;
c) normas aplicáveis;
d) características dos suportes: tipos, materiais e dimensões básicas;
e) características dos equipamentos empregados: tipos; capacidade e quantidade;
f) características do processo de fabricação: corte; solda; ensaios e tolerâncias;
g) características de montagem: posicionamento; montagem e solda; tolerâncias;
ajustagem dos suportes de mola e selagem em suportes tipo berço.
a) objetivo;
b) definições;
c) normas aplicáveis;
d) içamento de peças e “spools”: meios de içamento; material empregado; locais de
amarração; equipamentos de içamento e carga máxima admissível;
e) equipamentos de transporte;
f) arrumação para transporte: posicionamento relativo das peças e “spools”, amarração e
proteção mecânica;
g) aspecto de segurança: cuidados; proteção de equipamentos e pessoal.
a) objetivo;
b) definições;
c) normas aplicáveis;
d) equipamentos, materiais e dispositivos auxiliares empregados: tipos; características;
função e quantidade;
e) instrumentos utilizados: tipos; quantidade local e modo de instalação; faixa de utilização;
f) preparação dos serviços: posicionamento das peças, “spools” e equipamentos;
interligações elétricas das fontes de aquecimento;
g) preparação das juntas: posicionamento e forma de fixação dos termopares; montagem
das fontes de aquecimento; montagem e fixação do isolamento;
80
a) objetivo;
b) definições;
c) normas aplicáveis;
d) equipamentos de teste e dispositivos auxiliares: tipos, características; função e
quantidade;
e) instrumentos utilizados: tipos, quantidade e faixa de utilização e aferição;
f) descrição dos componentes a serem testados: corpo; sede; contravedação;
g) fluido de teste: tipo; temperatura e grau de pureza;
h) pressões de teste: mínima empregada e máxima admissível;
i) preparativos e precauções quanto aos aspectos de segurança: bloqueios; equipamentos
e cuidados para proteção pessoal;
j) meios de execução do teste: pressurização; duração, verificações e critérios de
aceitação;
k) características particulares do método do teste;
l) providências após a realização do teste: secagem; proteção anticorrosiva e proteção
mecânica.
a) objetivo;
b) definições;
c) normas aplicáveis;
d) equipamentos de teste e dispositivos auxiliares:
— tipos, características; função e quantidade;
— drenos e suspiros;
e) instrumentos utilizados: tipos quantidade; local de instalação e faixa de utilização;
f) definição dos sistemas de teste: limites; linhas envolvidas; equipamentos e válvulas
incluídos e excluídos ou modificados;
g) fluido usado no teste: tipo; temperatura; grau de limpeza e salinidade; volume; local de
captação e descarte; compatibilidade com o meio ambiente;
h) pressões de teste: a mínima admissível e máxima permitida;
i) preparativos e precauções quanto aos aspectos de segurança: bloqueios; suportação
provisória; acessos; interligações para enchimento, pressurização; drenagem;
equipamentos e cuidados para proteção pessoal;
j) meios de execução do teste: pressurização; duração; verificações; aceitação e rejeição;
k) características particulares do método de teste;
l) providências após a realização do teste: drenagem; remoção de dispositivos auxiliares e
preservação; lavagem da tubulação;
m) coordenador ou responsável técnico.
81
a) objetivo;
b) definições;
c) normas aplicáveis;
d) equipamentos de lavagem e dispositivos auxiliares: tipo; características; capacidade;
quantidade e função;
e) instrumentos utilizados: tipos; quantidade; local de instalação e faixa de utilização;
f) definição dos sistemas de lavagem: limites; linhas envolvidas; equipamentos incluídos e
excluídos;
g) fluido de lavagem: tipo; temperatura e grau de pureza;
h) critério de execução: vazão e duração;
i) preparativos e precauções quanto aos aspectos de segurança: bloqueios; acessos;
suportação provisória; interligações; equipamentos e cuidados para proteção pessoal;
j) meios de execução da lavagem: evolução do processo; verificações no fluído e na
tubulação e critérios de aceitação;
k) características particulares do processo de lavagem;
l) providências após execução da lavagem: drenagem; remoção de equipamentos e
dispositivos auxiliares e preservação.
a) objetivo;
b) definições;
c) normas aplicáveis;
d) fluxograma do(s) sistema(s) com respectivos bloqueios;
e) fases da limpeza (alcalina, ácida, neutralizante, apassivante);
f) soluções de limpeza (natureza química, concentração, temperatura e tempo) para cada
fase;
g) métodos de limpeza contendo informações tais como: pontos de injeção, drenagem
sentido e velocidade de fluxo para cada fase;
h) equipamentos e instrumentos auxiliares (tais como: bombas mangotes, tanques,
termômetros);
i) forma de diluição e injeção das soluções;
j) controle da qualidade a ser feito em cada fase (periodicidade, métodos de análise
critérios de aceitação);
k) método e local para drenagem das soluções, bem como forma de neutralização e
cuidados implementados para evitar que partículas soltas, removidas do sistema, se
depositem nos pontos baixos da tubulação ou em longos trechos horizontais;
l) cuidados de segurança a serem observados (tais como: isolamento da área,
equipamentos de proteção e pontos de água corrente);
m) método de preservação do(s) sistema(s) limpo e desmontagem dos dispositivos
auxiliares de limpeza;
n) quando a preservação for feita por pressurização com nitrogênio, definir a pressão a ser
mantida no(s) sistema(s).
82
D.1.1 A identificação de peças e componentes deve ser feita através de 2 faixas coloridas de cores
distintas ou não, aplicadas nos próprios materiais, em local de fácil visualização. A primeira faixa,
mais larga e denominada de faixa primária, identifica o grupo de materiais e deve ter uma largura
2 vezes maior que a segunda faixa, denominada de faixa secundária, que identifica a liga específica
(ver Tabela D.1).
NOTA Nos casos em que a cor primária e a cor secundária são idênticas, as faixas primárias e
secundárias devem apresentar um distanciamento entre ambas.
1 2
Onde:
1 - Cor primária: faixa com largura de 20 mm;
2 - Cor secundária: faixa com largura de 10 mm.
D.1.2 Para as peças de pequeno porte, com até 2” de diâmetro, devem ser usadas faixas com
largura de 10 mm para a cor primária e 5 mm para a cor secundária.
D.1.3 Para peças de médio e grande porte, acima de 2” de diâmetro, usar faixas de largura de
20 mm para a cor primária e 10 mm para a cor secundária.
D.1.4 Para chapas usar faixas de 20 mm para a cor primária e 10 mm para a cor secundária,
conforme localização definida no D.2.1.
D.1.5 A identificação definida nesta Norma não substitui outras marcações permanentes dos
fabricantes como as requeridas pelas especificações aplicáveis do código ASTM.
83
D.2.1 Chapas
Para chapas de qualquer espessura, a identificação deve ter início na lateral frontal e fim na lateral
posterior e se estender ao longo do maior comprimento conforme a Figura D.2.
Devem ser pintadas as faixas de identificação em todo o seu comprimento, conforme a Figuras D.3.
D.2.3.1 Para peças com diâmetro até 2”, pintar as faixas de identificação como nas Figuras D.4, D.5,
D.6 e D.7.
84
85
D.2.3.2 Para peças e componentes com diâmetro maior que 2”, pintar as faixas de identificação no
dorso da peça, como nas Figuras D.8 e D.9.
D.2.4 Válvulas
86
As demais peças e componentes em que seja aplicável a identificação por cores segundo o critério
deste padrão, mas não mencionados neste Anexo, devem seguir como base os critérios já
mencionados em D.2.1 a D.2.4 para a identificação por código de cores, procurando ajustá-los à sua
semelhança.
Devem ser empregadas as cores indicadas na Tabela D.1 para os materiais ali listados. Outros
materiais não constantes da tabela também devem ser identificados por cores, sendo que nesse caso
a executante deve complementar a tabela com as cores que forem empegadas para essa
identificação.
87
Cor Cor
Material
Primária Secundária
API 5L Grau B Branco
Nota 1
ASTM A 106 Grau B Verde
ASTM A 671 CC 60 Amarelo
ASTM A 333 Grau 6 Laranja
Tubos
API 5LX-52 Azul
API 5LX-60 Vermelho
Aço Carbono
API 5LX-65 Branco Cinza
(ver Nota 1)
API 5LX-70 Preto
ASTM A 216 WCB Branco
ASTM A 234 WPB Nota 1 Verde
Acessórios ASTM A 105 Vermelho
ASTM A 350 LF2 Laranja
ASTM A 234 WPL6 Amarelo
C - 0,5 % Mo - P1 - WC1 Branco
0,80 % Cr - 0,65 % Mo - 1.1Ni - WC4 Cinza
0,90 % Cr - 1,20 % Mo - 1.0Ni - WC5 Azul
1,00 % Cr - 0,50 % Mo - P12 - WC6 Laranja
1,25 % Cr - 0,50 % Mo - P11 - WC11 Verde
2,25 % Cr – 1,00 % Mo - P22 - WC9 Rosa
Aço liga Amarelo
3,00 % Cr – 1,00 % Mo - P21 Roxo
5,00 % Cr – 0,50 % Mo - P5 - C5 Amarelo
7,00 % Cr – 0,50 % Mo - P7 Vermelho
9,00 % Cr – 1,00 % Mo - P9 - C12 Marrom
5% Ni Bege
9% Ni Preto
AISI 304 Azul
AISI 304 Gr.L Amarelo
AISI 304 Gr.H Laranja
AISI 308 Branco
AISI 309 Cinza
Austeníticos
88
Cor Cor
Material
Primária Secundária
Inconel® (1) 600® Laranja
Inconel 625® Verde
(2)
MONEL 400® Marrom
(3
HASTELLOY ALLOY B-2® Branco
Ligas de níquel HASTELLOY ALLOY C-276® Vermelho Azul
HASTELLOY ALLOY C-22® Amarelo
HASTELLOY ALLOY G® Rosa
(4
INCOLOY 800® Cinza
INCOLOY 800H® Roxo
INCOLOY 825® Preto
Ferro fundido Rosa Rosa
NOTA A identificação desses materiais por meio de código de cores é obrigatória somente nos casos de obras e
serviços executados por empresas contratadas para os projetos de investimento da PETROBRAS. Para
obras e serviços sob a responsabilidade das próprias Unidades de Negócio, envolvendo a manutenção
das unidades em operação, a identificação por cores desses materiais é optativa.
1)
INCONEL é o nome comercial do tipo adequado à fabricação de liga metálica de boa resistência à corrosão,
tensão de ruptura e estabilidade térmica. É uma marca registrada da Special Metals Corporation. Esta
informação é dada para facilitar aos usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte da
PETROBRAS ao produto citado. Podem ser utilizados produtos equivalentes, desde que conduzam aos mesmos
resultados.
2)
MONEL é uma marca comercial da Special Metals Corporation. Esta informação é dada para facilitar aos
usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte da PETROBRAS ao produto citado. Podem ser
utilizados produtos equivalentes, desde que conduzam aos mesmos resultados.
3)
HASTELLOY é registada a marca de nome de Haynes International. Esta informação é dada para facilitar aos
usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte da PETROBRAS ao produto citado. Podem ser
utilizados produtos equivalentes, desde que conduzam aos mesmos resultados.
4)
INCOLOY é marca registrada do grupo de empresas Special Metals Corporation. Esta informação é dada para
facilitar aos usuários desta Norma e não constitui um endosso por parte da PETROBRAS ao produto citado.
Podem ser utilizados produtos equivalentes, desde que conduzam aos mesmos resultados.
89
A classificação dada por esse Anexo busca fazer uma correspondência entre a PETROBRAS N-76,
NR-13, ASME B31.1 e esta Norma. A classificação final deve ser definida pela Projetista e ratificada
pela PETROBRAS.
E.1 Classificação Segundo a NR-13 (Redação dada pela Portaria MTE n.º 594, de 28 de
Abril de 2014)
E.1.1 Para efeito da NR-13, os fluidos transportados são classificados em categorias segundo a
classe de fluido e o potencial de risco, da forma detalhada na Tabela E.1.
a) fluidos inflamáveis;
b) fluidos combustíveis com temperatura superior ou igual a 200°C;
Classe A c) fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 ppm;
d) hidrogênio;
e) acetileno.
Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200°C;
Classe B
Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 ppm.
Classe C Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
Classe D Outro fluido não enquadrado acima.
E.1.2 Quando se tratar de mistura deve ser considerado para fins de classificação o fluido que
apresentar maior risco aos trabalhadores e instalações, considerando-se sua toxicidade,
inflamabilidade e concentração.
E.1.3 Os requisitos da NR-13 devem ser atendidos para as tubulações ou sistemas de tubulação
interligados a caldeiras ou vasos de pressão, que contenham fluidos de classe A ou B.
E.1.4 A classificação dos fluidos em inflamáveis ou combustíveis deve ser realizada conforme ABNT
NBR 17505-1, NFPA-30 e NR-20,da seguinte forma:
E.1.5 A determinação da toxicidade dos fluidos deve ser feita conforme NR-15 - Atividades e
Operações Insalubres, Anexo 11. Na ausência de informações na NR-15 acerca do fluido pode-se
alternativamente consultar a ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ)
aplicável.
90
E.2.1 Segundo o código ASME B31.3, que serve de base para o projeto das padronizações da
PETROBRAS N-76, o proprietário é responsável pela designação da categoria de serviço da
tubulação. A seleção da categoria do fluido segundo o ASME B31.3 tem o potencial de afetar a
seleção de materiais, componentes e tipos de juntas.
E.2.2 Essa categorização de serviço deve ser feita conforme as diretrizes listadas na Tabela E.2.
NOTA 1 Para o propósito do código considera-se que é prejudicial ao tecido humano se, havendo
a exposição ao fluido causada por uma condição operacional esperada, pode ocorrer
danos à pele, aos olhos, ou outras mucosas, e que isso pode ocasionar dano irreversível
a menos que medidas restaurativas imediatas sejam tomadas (como lavar com água,
administrar antídotos ou medicação).
NOTA 2 A temperatura crítica dos materiais é dada pelo código ASME B31.3, que basicamente
indica que é a temperatura 25°C abaixo daquela em que as propriedades do materiais
são dependentes do tempo conforme indicado nas tabelas de propriedades mecânicas
do próprio código.
91
Material do tubo
Segundo ASME
segundo NR-13
inspeção desta
Temp. máxima
Temp. mínima
Padronização
Classificação
Classificação
Observação
Classe de
Norma
B31.3
Serviço
92
Material do tubo
Segundo NR-13
segundo ASME
inspeção desta
Temp. máxima
Temp. mínima
Padronização
Classificação
Classificação
Observação
Classe de
Norma
B31.3
Serviço
93
Material do tubo
segundo NR-13
segundo ASME
inspeção desta
Temp. máxima
Temp. mínima
Padronização
Classificação
Classificação
Observação
Classe de
Norma
B31.3
Serviço
94
Material do tubo
segundo NR-13
segundo ASME
inspeção desta
Temp. máxima
Temp. mínima
Padronização
Classificação
Classificação
Observação
Classe de
Norma
B31.3
Serviço
95
Material do tubo
segundo NR-13
segundo ASME
inspeção desta
Temp. máxima
Temp. mínima
Padronização
Classificação
Classificação
Observação
Classe de
Norma
B31.3
Serviço
96
Material do tubo
segundo NR-13
segundo ASME
inspeção desta
Temp. máxima
Temp. mínima
Padronização
Classificação
Classificação
Observação
Classe de
Norma
B31.3
Serviço
NOTA 1 Se a pressão de projeto for superior a 10,55 kgf/cm2, o fluido deve ser enquadrado como Categoria N da
ASME B31.3, e Classe de Inspeção II desta Norma.
NOTA 2 Acima de 200 ºC é classificado como Fluido A na NR-13.
NOTA 3 Se a pressão de projeto for inferior a 10,55 kgf/cm2, e a temperatura estiver entre -29 °C e 186 °C o
fluido pode ser enquadrado como Categoria D da ASME B31.3, e Classe de
Inspeção I desta Norma.
NOTA 4 Classe de Inspeção III desta Norma devido ao serviço em baixa temperatura
(<-29ºC).
NOTA 5 NR-13 classe A considerando-se LT<20ppm.
NOTA 6 NR-13 classe A considerando-se LT<20ppm. Categoria M da ASME B31.3 em concentração superior a
500ppm no gás ou 3% no líquido.
NOTA 7 Classe de Inspeção IV desta Norma devido ao serviço com hidrogênio.
NOTA 8 Em unidades ou instalações de exploração e produção, as linhas de gás natural com classe de pressão
igual ou maior que 600 devem ser incluídas na classe de inspeção IV.
NOTA 9 Sem inspeção de juntas, comente teste hidrostático ao final da montagem.
97
F.1 Objetivo
Apresentar os requisitos mínimos de qualidade e segurança que devem ser observados para
execução de testes pneumáticos em tubulações projetadas conforme os códigos ASME B31.1 e
ASME B31.3. Para tubulações não cobertas por estes códigos, seguir os requisitos das normas de
projeto aplicáveis (API RP 1110, API RP 1111, DNV OS F101, etc).
F.2 Definições
Teste com objetivo de avaliar a resistência ou estanqueidade do sistema de tubulação, com uso de
um fluido de teste essencialmente incompressível, na forma líquida; usualmente água.
A pressão indicada no documento de projeto e com base na qual o sistema de tubulação foi
projetado.
Mínima distância observada entre o pessoal não relacionado diretamente ao teste e o sistema de
tubulação em teste. Para o pessoal diretamente envolvido no teste, a distância segura é aquela
discutida no procedimento de teste e validada numa análise de risco.
A opção pelo teste pneumático, devido ao grau de risco inerente à utilização de um fluido de teste
compressível, deve ser uma opção tomada preferencialmente quando:
98
O teste pneumático deve ser executado se previsto no código construtivo do sistema de tubulação e
de acordo com a pressão de teste especificada pelo código construtivo do sistema de tubulação.
F.4.1 Instrumentos
Todos os instrumentos utilizados na monitoração do teste pneumático devem ter sido calibrados
previamente num prazo de até no máximo 3 meses da data prevista de execução do teste
pneumático. A calibração deve ser em laboratório certificado pela Rede Nacional de Calibração do
Brasil, ou em Laboratórios de Calibração acreditados por organismos com os quais o INMETRO
mantém acordos de reconhecimento mútuo.
No caso de calibrações efetuadas fora desta rede ou por laboratórios que não façam parte dos
acordos de reconhecimento mútuo, deve ser mantida disponível cópia dos certificados de calibração
dos padrões utilizados, rastreáveis a um padrão nacional ou internacionalmente reconhecido e
também cópia dos procedimentos documentados utilizados para a execução das calibrações.
Todos os equipamentos de pressurização devem ter sido inspecionados previamente num prazo de
até no máximo 3 meses da data prevista de execução do teste pneumático. A inspeção deve ser feita
de acordo com padrão escrito de verificação do fabricante do equipamento de pressurização e
registrada em relatório emitido por profissional habilitado.
99
O cálculo da energia armazenada no teste pneumático deve ser feito conforme ASME PCC 02,
Artigo 5.1.
Quando é empregado ar ou nitrogênio como fluido de teste a energia pode ser calculada a partir da
seguinte relação:
P
0,286
E 2,5 x Pat x V 1 a
(F.1)
Pat
Onde:
E é a energia armazenada (Joules);
Pa é a pressão atmosférica absoluta (101 000 Pa);
Pat é a pressão de teste absoluta (Pa);
V é o volume total sob teste (m3).
E
TNT (F.2)
4266920
Uma área de exclusão em torno do sistema de tubulação a ser testado pneumaticamente deve ser
calculada conforme ASME PCC-02 Artigo 5.1.
O raio mínimo da área de exclusão deve ser o maior dos seguintes valores:
100
R = 20 x (TNT)1/3 (F.3)
Uma área de exclusão inferior à calculada pela relação acima pode ser admitida se:
Pessoal diretamente envolvido no teste pneumático pode ter acesso à área de exclusão, desde que:
Uma análise de risco deve ser feita antes da execução do teste pneumático e após a elaboração do
procedimento de teste pneumático. Devem participar da análise de risco:
Após a análise de risco concluída uma comunicação formal deve ser feita pelo menos um dia útil
antes da execução do teste pneumático a todo pessoal não diretamente envolvido no teste
pneumático, explicando:
101
A pressão de teste deve ser gradualmente aumentada até atingir 170 kPa (25 psi) ou 1/2 da pressão
de teste pneumático; o que for menor. Nesta pressão uma avaliação preliminar quanto a vazamentos
deve ser feita, identificando vazamentos o sistema de tubulação deve ser despressurizado e reparos
feitos de forma a sanar os vazamentos observados.
Depois de atingido este primeiro patamar, a pressão deve ser gradualmente aumentada em passos
controlados até que a pressão de teste pneumático seja alcançada.
Após atingir cada patamar de pressão de teste, manter por tempo adequado para equalizar as
tensões no sistema de tubulação. Após atingida a pressão de teste, esta deve ser mantida durante
15 minutos sem que haja queda de pressão no manômetro;
Ao longo de toda a pressurização uma área de exclusão constante deve ser mantida considerando as
condições calculadas na Seção F.5.
A despressurização deve ser feita de forma controlada para evitar resfriamento indesejado da linha
(efeito Joule Thompson) e para equalizar as tensões no sistema de tubulação.
Se feito o teste pneumático com gás asfixiante (exemplo nitrogênio), um cálculo de área da pluma do
gás na saída do sistema deve ser feito para evitar risco de asfixia do pessoal.
102
G.1 Objetivo
Os requisitos aqui citados são aplicáveis a todas as ligações flangeadas, incluindo aquelas de ligação
das tubulações com vasos de pressão, caldeiras, tanques, equipamentos rotativos, bem como
ligações flangeadas que são parte integrante de partes de vedação dos equipamentos citados.
Este Anexo define os parâmetros de aperto de estojos para montagens de juntas flangeadas e
requisitos de aperto de estojos de flanges conforme ASME B16.1/B16.5/B16.47.
Para montagens de flanges API SPEC 6A e Flanges Compactos requisitos adicionais às normas de
projeto aplicáveis podem ser aplicáveis. Estes requisitos também devem ser cumpridos e, portanto,
devem ser contemplados no procedimento de montagem específico a ser fornecido pela
CONTRATADA.
Para montagem de outros tipos de conexões aparafusadas (Tipo Abraçadeira ou outras conexões
proprietárias, por exemplo) requisitos específicos do fabricante podem ser aplicáveis. Estes requisitos
também devem ser cumpridos e, portanto, devem ser contemplados no procedimento de montagem
específico a ser fornecido pela CONTRATADA.
Ligações flangeadas que são parte de equipamentos sob pressão (vasos de pressão, trocadores de
calor e ligações flangeadas em área de vedação de equipamentos rotativos) podem também estar
sujeitas a diferentes requisitos de qualidade. O fabricante do equipamento deve ser consultado antes
da aplicação dos requisitos desta especificação.
Procedimentos, por escrito, incorporando as recomendações deste anexo devem ser desenvolvidos
para uso pela CONTRATADA.
G.2 Definições
Refere-se às juntas flangeadas, ou outras formas de ligação da tubulação que confiam no aperto
dado a parafusos ou estojos para a obtenção da estanqueidade.
Uma conexão que consiste em um par de flanges, estojos e uma junta de vedação.
G.2.3 Estojo
Onde nesse anexo houver referência a estojo, as recomendações valem também para parafusos ou
outros elementos de fixação similares.
103
Os seguintes padrões incluem provisões que, por meio de referência neste texto, constituem
provisões desta especificação técnica. A última publicação dessas referências deve ser utilizada, a
menos que acordado de outra forma. Outras normas reconhecidas podem ser utilizadas, desde que
se possa mostrar que as mesmas atendam ou superem as exigências das normas referenciadas
nesta especificação.
Cada equipe de montagem de junta aparafusada deve ter, pelo menos, um Especialista em Aperto
de Estojos qualificado. A CONTRATADA também deve possuir, pelo menos, um Especialista
Sênior em Aperto de Estojos qualificado para supervisionar as atividades das equipes de
montagem. A qualificação desses profissionais também deve atender ao preconizado pelo código
ASME PCC-1.
As juntas devem ser classificadas pela CONTRATADA em junta comum ou especial. No mínimo, os
seguintes itens devem ser considerados nessa classificação:
104
Especificidades aplicáveis aos Flanges API SPEC 6A e Flanges Compactos devem ser detalhados no
Procedimento, bem como o cuidado adicional que deve ser dado a conexões Tipo Abraçadeira e
outras conexões patenteadas, e requisitos para ligações flangeadas que são parte de equipamentos
(estáticos ou dinâmicos).
A CONTRATADA deve emitir um Registro de Montagem de Juntas para cada junta montada
classificada como especial.
De forma a registrar dados e planejar atividades, cada junta precisa ser identificada de forma clara e
individual. Isto requer que a junta seja fisicamente identificada de forma que sua identificação esteja
clara e visível no campo, incluindo um número de identificação individual, de forma que seja
reconhecido num banco de dados de juntas ou outro sistema de registros.
105
A finalidade de uma Identificação Permanente é identificar individualmente uma junta ao longo de seu
ciclo de vida, possibilitando que todas as informações e atividades da junta sejam registradas. Essa
Identificação Permanente deve estar firmemente afixada à junta e não deve conter outras
informações além do número de etiqueta individual (TAG da junta).
G.7.1 Seleção
O método de aperto de estojos com torque controlado [como em c) acima] associado com controle de
alongamento do estojo ou medição de controle de carga [ver G.12.3] pode ser utilizado como
substituto do tensionamento hidráulico de estojos de ligações flangeadas críticas.
Aperto de estojos por torque deve ser realizado com ferramentas manuais calibradas ou ferramentas
de torque hidráulico com manômetros de pressão calibrados.
Devem ser empregados os valores de torque explicitados nas Tabelas G.2 a G.10, incluída nesse
Anexo.
106
Para os casos em que não existe valor de torque tabelado para as condições específicas de uma
determinada ligação flangeadas, a CONTRATADA deve calcular o torque a ser aplicado em cada
montagem, considerando as especificidades de cada junta. Estes valores devem ser incluídos no
Procedimento de Aperto de Ligações flangeadas e nos Registros de Montagem de Junta (onde
aplicável).
O tensionamento hidráulico de estojos deve ser realizado com manômetros de pressão calibrados.
A CONTRATADA deve calcular a tração e a pressão equivalente a ser aplicada em cada montagem,
considerando as especificidades de cada junta aparafusada. Estes valores devem ser incluídos no
Procedimento de Aperto Ligações flangeadas e nos Registros de Montagem de Junta.
Tensões de montagens de estojos (casos em que não houver valor de torque tabelado incluído nas
Tabelas G.2 a G.10) devem ser estabelecidas levando-se em conta as seguintes questões de
integridade de junta:
A determinação do torque deve ser realizada como detalhado na ASME PCC-1, Apêndice O, (“Joint
Component Approach”).
A CONTRATADA deve submeter tabelas de torque que estejam em estreita concordância com esse
Anexo e com o Procedimento de Aperto de Junta Aparafusada, com atenção especial a possíveis
variações do lubrificante especificado e do coeficiente de atrito aplicável.
107
G.9.1 Geral
NOTA Se uma equipe de montagem de juntas for designada a apertar uma junta que já tenha sido
previamente pré-montada por profissional sem qualificação, primeiramente esta junta deve
ser completamente desmontada de forma a executar as atividades de inspeção aqui citadas.
Depois disso, a junta pode ser remontada e finalmente apertada.
O alinhamento apropriado deve ter como resultado estojos passando pelos flanges em ângulos retos
e as porcas se assentando de forma plana contra os flanges, antes do aperto.
Uma vez que os flanges estejam alinhados, a junta deve ser instalada e os estojos apertados
completamente. Os dispositivos de alinhamento devem ser removidos somente após o aperto.
108
109
Antes de iniciada a montagem, as superfícies de contato dos estojos e dos flanges devem ser limpas
e inspecionadas.
Toda sujeira e resíduos de qualquer instalação anterior de junta devem ser removidos das superfícies
de contato. Usar solventes aprovados e/ou escovas de fios suaves para limpeza. Não utilizar escovas
de aço-carbono em flanges de aço inoxidável, para evitar contaminação da superfície e danos ao
acabamento de superfícies existentes.
Examinar roscas de estojos e porcas e faces de arruelas de porcas para danos como óxido, corrosão
e rebarbas. Componentes danificados devem ser substituídos/corrigidos. Da mesma forma,
combinações de estojo/porca, para as quais as porcas não girem livremente à mão, passando do
local onde as mesmas atingiriam o repouso após o aperto, devem ser substituídas/corrigidas.
Instalar uma nova junta em posição após verificar a ausência de (ou tendo feito a correção)
imperfeições inaceitáveis na superfície selante da junta e desvios de tolerância de planicidade, bem
como considerações de alinhamento da junta aparafusada.
A reutilização de juntas do tipo RTJ é permitida somente quando aprovada pela fiscalização da
PETROBRAS. Nesse caso deve ser realizada uma inspeção nos anéis RTJ, tendo como base um
procedimento de inspeção previamente aprovado.
Verifique que as juntas atendam às especificações dimensionais (diâmetro externo, diâmetro interno,
espessura) e especificação de materiais. Posicione a junta de forma a ficar concêntrica com o
diâmetro interno do flange, tomando as medidas cabíveis para assegurar que esta esteja suportada
adequadamente durante o processo de posicionamento. Nenhuma porção da junta deve projetar
sobre a trajetória do fluxo de produto.
Assegure que a junta deve ficar em posição durante o processo de montagem. Pode ser empregado
spray de adesivo na junta (e não no flange). Não é permitido se utilizar fitas adesivas para manter as
juntas em posição, tampouco graxa. Certificar-se que o material do adesivo é quimicamente
compatível com os materiais dos componentes da conexão aparafusada.
G.9.5 Lubrificação
Nenhuma conexão aparafusada deve ser montada e apertada sem a aplicação de lubrificação
adequada. Estojos que sejam revestidos com Teflon ou outro revestimento auto-lubrificante devem
ser montados conforme prescrito pelo fabricante.
110
O lubrificante deve ser quimicamente compatível com os materiais dos estojos/porcas/arruelas. Para
aplicações em que haja componentes em aço inoxidável deve-de garantir que o lubrificante não
contenha zinco em sua composição.
A menos que autorizado pela PETROBRAS, deve ser empregado lubrificante à base de molibdênio.
Para a elaboração das Tabelas G.2 e G.10 foi considerado um valor de coeficiente de atrito de
µ=0,12. Valores diferentes de coeficiente de atrito implicam necessariamente na necessidade de
correção nos valores de torque.
Cuidado particular deve ser tomado para evitar que o lubrificante possa contribuir com fratura por
corrosão sob tensão, corrosão galvânica, ou sofrer autoignição na presença de oxigênio. Também
deve se assegurar que o lubrificante esteja adequado à faixa esperada de temperatura de serviço.
Antes que o lubrificante seja aplicado nas roscas de porcas e arruelas, as porcas devem girar
livremente à mão passando do local aonde irão se fixar após o aperto. Caso as porcas não girem
livremente à mão, verifique a causa e faça as correções/substituições necessárias.
Deve-se aplicar lubrificante de forma generosa e completamente às faces de contato da porca e nas
roscas em ambas as extremidades dos estojos, além do local onde as porcas permanecerão fixas
(Figura G.1). O lubrificante deve ser aplicado depois que os estojos estejam inseridos através dos
furos dos estojos do flange para evitar possibilidade de contaminação com partículas sólidas que
possam gerar torque de reação indesejado. Lubrificação deve ser aplicada independentemente do
método de aperto utilizado.
Superficíes a serem
lubrificadas
Não deve ser aplicado lubrificante na junta ou nas superfícies de contato das juntas.
111
Deve ser verificado o atendimento às especificações de porca e estojos (materiais, diâmetro, passo
da rosca, e espessura da porca igual ao diâmetro nominal do estojo).
Só é permitida a instalação de estojos e porcas com as devidas gravações em baixo ou alto relevo de
tipo e norma.
Estojos devem ser verificados quanto ao comprimento adequado. Este comprimento deve considerar
a presença de arruelas ou de molas-prato, a altura das porcas, e a protrusão mínima exigida da
rosca. O estojo deve exceder o comprimento das porcas, em ambos os lados, em pelo menos um fio
de rosca.
O uso de tensionadores de estojos exige que a porção rosqueada do estojo estenda além da face
externa da porca no lado do tensionador. O comprimento da extensão do estojo deve ser verificado
com o fabricante do tensionador.
Estojos e porcas devem ser instalados de forma que as marcas nas extremidades dos estojos e
porcas estejam localizadas no mesmo lado da junta e faceando para fora para facilitar a inspeção.
Protrusão de rosca em excesso pode prejudicar a desmontagem da junta devido à corrosão, pintura
ou dano. Uma prática que facilita a desmontagem da junta é a de engatar completamente a porca
num dos lados (apenas uma projeção de fio de rosca de estojo além da porca) de forma que todos os
fios em excesso remanescentes estejam localizados na extremidade oposta. O excesso de protrusão
de fios além da porca deve ser minimizado.
Uma vez determinado o valor do torque final para o prisioneiro ou estojo a ser apertado (ver G.8), os
seguintes estágios de aperto devem ser seguidos:
a) primeiro estágio de aperto deve ser limitado ao máximo de 30 % do valor do torque final;
b) segundo estágio de aperto deve ser limitado ao máximo de 70 % do valor do torque final;
c) terceiro estágio de aperto deve ser levado até 100 % do valor ajustado para o torque.
NOTA Os estágios acima devem ser apertados utilizando-se a sequência de aperto diagonal
(Padrão “Legacy” ou alternado) conforme descrito no ASME PCC-1.
d) na quarta etapa de aperto, mudar de aperto diagonal para aperto no sentido horário,
repetindo 100 % do valor do torque calculado. Deve-se prosseguir com o aperto em torno
do flange até que todos os estojos estejam igualmente apertados.
112
Deve ser empregado o padrão cruzado (“legacy pattern”) para a sequência de aperto (conforme
requerido pelo ASME PCC-1). Sequências de aperto alternativas, previstas pelo ASME PCC-1,
podem ser utilizadas, desde que estejam incluídas no Procedimento de Aperto de Junta Aparafusada
emitido pela CONTRATADA.
A supervisão das operações de aperto de flanges deve ser realizada diariamente pelo Especialista
Sênior em Aperto de Estojos, de forma que o trabalho realizado por todas as equipes de montagem
seja verificado.
Juntas que não estão sujeitas a testes de pressão subsequentes (teste pneumático ou hidrostático,
como prescrito no código de projeto aplicável para tubulação ou equipamento) ou que são
desmontadas após o teste de pressão devem ser submetidas a um teste de estanqueidade antes do
início da operação.
Devem ser submetidas a um teste de estanqueidade com gás a alta pressão, com uma pressão de
teste que seja, pelo menos, igual à máxima pressão de operação. Este teste deve seguir às
exigências do código de projeto aplicáveis ao teste pneumático (ver Anexo F).
113
Geralmente ligações flangeadas não devem ser isoladas. A CONTRATADA deve sempre confirmar
com a PETROBRAS antes de aplicar isolamento em qualquer junta aparafusada. Para linhas a alta
temperatura, este isolamento poderá implicar que outra rodada de aperto seja aplicada (reaperto de
partida, conforme estabelecido no ASME PCC-1). Lubrificantes podem modificar suas propriedades
devido ao aumento na temperatura da junta; assim um novo torque de aperto deve ser calculado para
esta operação.
Várias técnicas são comercialmente disponíveis para controlar e garantir carregamento de estojo,
conforme dispostas abaixo:
Este método utiliza extensômetro mecânico para medir a deformação do estojo. A acurácia é
dependente do nível de calibração do teste de carga físico cumprido. Uma técnica prontamente
disponível é a haste indicadora do tipo de estojo. Uma haste é inserida dentro de um furo mandrilado
no estojo, que percorre seu comprimento completo. A haste é ancorada na extremidade oposta no
local onde a medida é tomada. Na extremidade da medida, uma face precisa de referência é usinada
deixando a extremidade da barra nivelada com a face do estojo. O deslocamento relativo da barra
comparado ao da face do estojo é medido e calibrado contra a carga do estojo por meio de teste de
carga físico.
114
Estes compreendem estojos padronizados convertidos para monitorar carga de estojo. O estojo
possui um pino com um girante, ancorado num furo axial mandrilado. O anular do girante é ajustado
para girar livremente até que uma carga de estojo especificada seja atingida. O indicador é fechado
numa capa protetora.
O simples tato a dedo desta capa determina a situação da carga no estojo. Tensão é indicada na
montagem e através da vida útil da junta. Variações desta técnica inclui um sistema de duplo
indicador máximo/mínimo de faixa.
1/2 4 1/2 15 30 45 15 30 45
3/4 4 1/2 15 30 45 15 30 45
1 4 1/2 15 40 55 15 30 45
1 1/2 4 1/2 25 65 90 20 45 65
2 4 5/8 50 130 180 40 90 130
3 4 5/8 50 130 180 50 130 180
4 8 5/8 50 130 180 30 80 110
6 8 3/4 100 220 320 90 200 290
150
115
1/2 4 1/2 15 35 50 15 30 45
3/4 4 5/8 25 60 90 25 60 85
1 4 5/8 30 70 110 25 60 85
1 1/2 4 3/4 50 130 180 50 110 150
2 8 5/8 40 100 140 30 65 95
3 8 3/4 80 190 270 60 130 190
4 8 3/4 100 220 320 70 170 250
6 12 3/4 100 220 320 70 170 250
300
116
117
118
119
120
ÍNDICE DE REVISÕES
REV. A, B, C e D
Não existe índice de revisões.
REV. E
1.2 Incluído
Capítulos 2 e 3 Revisados
4.20.2 Revisado
5.6.2 Revisado
5.6.6 Revisado
5.6.6.2 Revisado
5.6.9 Revisado
5.9.4 Incluído
5.13.6 Incluído
6.1 Revisado
6.1.1 Revisado
IR 1/5
REV. E
7.3.4 Revisado
7.4.1 Revisado
7.6.6 Revisado
7.9.4 Revisado
7.10.1 Revisado
9.7 Revisado
9.9 Revisado
11.1.19 Incluído
11.1.20 Revisados
11.2.1 Revisado
IR 2/5
REV. E
12.3.1 Revisado
ANEXOS A e B Revisados
REV. F
Seção 1 e 2 Revisados
4.1 Revisado
4.2 Incluído
4.3 Revisado
Figura 1 Revisada
4.26 Revisado
5.1 Incluído
5.2.3 Incluído
5.3.7 Eliminado
5.4.7 Eliminado
5.5.6 Eliminado
5.6.12 Incluído
6.2 Revisados
IR 3/5
REV. F
7.1.11 Revisado
7.1.11.4 Incluído
Figura 6 Revisada
10.1.4 Incluído
10.1.5 Renumerado
11.1.4 Renumerado
11.2.1 Incluído
11.3.2 Renumerado
11.7.1 Renumerado
11.7.5 Incluído
A.2 Revisado
A.3.2 Renumerado
IR 4/5
REV. F
B.3.5 Incluído
REV. G
2 Revisado
3.24 Incluído
7.6.1 Revisado
8.10 Incluído
9.3.1 Revisado
9.3.2 Revisado
9.3.3 Revisado
9.3.4 Revisado
9.3.4.1 a 9.3.4.2 Incluídos
9.3.5 Revisado
10.3.5 Incluído
REV. H
Todas Revisadas
IR 5/5