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N-2775 REV. B 12 / 2018

CONTEC
Comissão de Normalização
Técnica Inspeção e Manutenção de Faixas de Dutos
Terrestres e Relações com Terceiros
SC-13
Oleodutos e Gasodutos
2a Emenda

a a
Esta é a 2 Emenda da PETROBRAS N-2775 REV. B, que incorpora a 1 emenda, e se destina a
modificar o seu texto na(s) parte(s) indicada(s) a seguir:

NOTA 1 A(s) nova(s) página(s) com a(s) alteração(ões) efetuada(s) está(ão) colocada(s) na(s)
posição(ões) correspondente(s).
NOTA 2 A(s) página(s) emendada(s), com a indicação da data da emenda, está(ão) colocada(s) no
final da norma, em ordem cronológica, e não devem ser utilizada(s).

CONTEÚDO DA 1ª EMENDA - 06/2016

- Seção 5:

Alteração do texto.

- Enumeração a) da subseção 5.1:

Alteração do texto.

- Enumeração a) da subseção 5.1.1:

Alteração do texto.

- Tabela 2:

Alteração da Tabela.

- Subseção 5.1.2.2:

Alteração do texto e exclusão da Nota.

Tabela B.1:

Alteração da Tabela.

CONTEÚDO DA 2ª EMENDA - 12/2018

- Subseção B.1:

Alteração de texto

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 1 página


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- Subseção B.3.2.1:

Alteração das alíneas a e b

Exclusão da alínea c

- Subseção B.3.3.3:

Alteração das alíneas a, b e c

Exclusão da alínea d

- Tabela B.6:

Alteração da Tabela

- Subseção B.6:

Alteração das alíneas a, b e c

Inclusão da alínea d

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Inspeção e Manutenção de Faixas de Dutos


Terrestres e Relações com Terceiros

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC-13 CONTEC - Subcomissão Autora.

Oleodutos e Gasodutos As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 62 páginas, 1 formulário, Índice de Revisões e GT


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Sumário

Prefácio.....................................................................................................................................................5

1 Escopo ..................................................................................................................................................5

2 Referências Normativas .......................................................................................................................5

3 Termos e Definições .............................................................................................................................6

4 Condições Gerais .................................................................................................................................8

5 Inspeção de Faixa de Dutos .................................................................................................................9

5.1 Inspeção de Rotina .................................................................................................................9

5.1.1 Inspeção de Rotina Terrestre .........................................................................................9

5.1.2 Inspeção de Rotina Aérea ........................................................................................... 10

5.2 Inspeção Geológico - Geotécnica ........................................................................................ 10

5.3 Inspeção de Travessias de Corpos D’Água ......................................................................... 13

5.4 Registro das Inspeções e Recomendações ........................................................................ 14

6 Manutenção ....................................................................................................................................... 15

6.1 Mapeamento das Faixas ...................................................................................................... 15

6.2 Manutenção das Faixas ....................................................................................................... 16

6.2.1 Limpeza da Faixa ......................................................................................................... 16

6.2.2 Obras de Estabilização, Contenção, Drenagem e Monitoramento ............................. 17

6.2.3 Drenagem Superficial .................................................................................................. 17

6.2.4 Sinalização ................................................................................................................... 18

6.2.5 Revestimento Vegetal .................................................................................................. 18

6.2.6 Manutenção de Acessos .............................................................................................. 18

6.2.7 Limpeza de Áreas Cercadas ........................................................................................ 19

6.3 Registros dos Serviços de Manutenção............................................................................... 19

7 Relações com Terceiros .................................................................................................................... 19

7.1 Requisitos Gerais ................................................................................................................. 19

7.2 Comunicação com a Comunidade Vizinha .......................................................................... 19

7.3 Comunicação com Prefeituras ............................................................................................. 20

7.4 Atendimento às Comunicações das Comunidades ............................................................. 20

8 Gestão de Interferências de Terceiros Com as Faixas de Dutos ..................................................... 20

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8.1 Interferências ........................................................................................................................ 20

8.1.1 Solicitação para Execução da Interferência ................................................................ 21

8.1.2 Viabilidade Técnica da Interferência ............................................................................ 21

8.1.3 Emissão do Parecer Técnico ....................................................................................... 24

8.1.3.1 Interferência Viável .............................................................................................. 24

8.1.3.2 Interferência Inviável ............................................................................................ 24

8.1.4 Documento Regulador ................................................................................................. 24

8.1.5 Execução da Interferência ........................................................................................... 25

8.1.6 Encerramento e Arquivamento do Processo ............................................................... 25

8.2 Tratamento de Invasões ...................................................................................................... 25

9 Requisitos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde .......................................................................... 27

9.1 Requisitos de Segurança ..................................................................................................... 27

9.2 Requisitos de Meio Ambiente .............................................................................................. 27

9.3 Requisitos de Saúde ............................................................................................................ 27

Anexo A - Figuras .................................................................................................................................. 28

Anexo B - Critérios para Reclassificação de Gasodutos ...................................................................... 35

B.1 Objetivo .......................................................................................................................................... 35

B.2 Classes de Locação Originais ....................................................................................................... 35

B.3 Critérios para Reclassificação ....................................................................................................... 35

B.3.1 Requisitos Gerais.............................................................................................................. 35

B.3.2 Reclassificação Nível 1 (ASME B31.8)............................................................................. 38

B.3.3 Reclassificação Nível 2 (Fatores de TH Modificados) ...................................................... 41

B.3.4 Reclassificação Nível 3 (Critério Alternativo de Densidade Populacional) ...................... 42

B.4 Limites entre Classes de Locação ................................................................................................. 44

B.5 Desenvolvimento Futuro ................................................................................................................ 44

B.6 Rotina para Reclassificação........................................................................................................... 44

B.7 Apresentação do Relatório de Levantamento para Estudo de Reclassificação ............................ 44

Figuras

Figura 1 - Unidade de Classe de Locação ...............................................................................................8

Figura A.1 - Rastejo ............................................................................................................................... 28

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Figura A.2 - Corrida de Detritos............................................................................................................. 29

Figura A.3 - Escorregamento ................................................................................................................ 30

Figura A.4 - Quedas de Blocos ............................................................................................................. 31

Figura A.5 - Erosão Terrestre ................................................................................................................ 32

Figura A.6 - Erosão em Travessia ......................................................................................................... 33

Figura A.7 - Recalque ............................................................................................................................ 34

Figura B.1 - Fluxograma para Reclassificação de Gasodutos .............................................................. 37

Figura B.3 - Unidade de Classe de Locação para Reclassificação Nível 3 .......................................... 43

Tabelas

Tabela 1 - Tipos de Ambientes.................................................................................................................8

Tabela 2 - Periodicidade de Inspeção das Locações (Segmentos) das Faixas de Dutos ..................... 10

Tabela 3 - Periodicidade para as Inspeções das Faixas de Dutos e Áreas Adjacentes....................... 11

Tabela B.1 - Requisitos para reclassificação nível 1 (ASME B31.8) .................................................... 38

Tabela B.2 - Classe de Locação, Fatores de Projeto e de TH para Gasodutos (Fase de Projeto) ...... 39

Tabela B.3 - Classe de Locação, Fatores de Projeto e de TH para Gasodutos (para Fins de
Reclassificação Nível 1) .................................................................................................... 40

Tabela B.4 - Requisitos para Reclassificação Nível 2 - Fatores de TH Modificados e Requisitos


Adicionais .......................................................................................................................... 41

Tabela B.5 - Medidas Mitigadoras Contra Danos de Terceiros ............................................................ 42

Tabela B.6 - Medidas Adicionais para Garantia de Integridade Estrutural ........................................... 42

Tabela B.7 - Largura “w” da Unidade de Classe de Locação para Reclassificação Nível 3 ................ 43

Tabela B.8 - Requisitos para Reclassificação Nível 3 - Faixas de Nº de Edificações Ajustados


para “w” ............................................................................................................................. 43

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Prefácio

Esta Norma está alinhada com Regulamento Técnico ANP n° 2/2011 - Regulamento Técnico de
Dutos Terrestres para Movimentação de Petróleo, Derivados e Gás Natural - RTDT

1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis e recomendações a serem seguidas na inspeção e
manutenção de faixas de dutos terrestres e relações com terceiros.

1.2 Esta Norma se aplica às faixas de dutos das quais a gestão da inspeção e manutenção é de
responsabilidade do sistema PETROBRAS.

1.3 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

ANP n° 2/2011 - Regulamento Técnico de Dutos Terrestres para Movimentação de Petróleo,


Derivados e Gás Natural - RTDT;
o
ANP Portaria n 125 de 5/8/2002 - Acompanhamento de Obras com Interferência em Faixa
de Domínio de Dutos de Petróleo, seus Derivados ou Gás Natural;
o
Norma Regulamentadora n 6 (NR-6) - Equipamentos de Proteção Individual;
o
Norma Regulamentadora n 7 (NR-7) - Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional;
o
Norma Regulamentadora n 18 (NR-18) - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Industria da Construção;

PETROBRAS N-464 - Construção, Montagem e Condicionamento de Duto Terrestre;

PETROBRAS N-2162 - Permissão para Trabalho;

PETROBRAS N-2180 - Relatório para Classificação de Locação de Gasodutos Terrestres;

PETROBRAS N-2200 - Sinalização de Dutos, Faixa e Área de Domínio de Duto e


Instalação Terrestre de Produção;

PETROBRAS N-2432 - Revestimento Externo de Concreto para Dutos Submarinos;

PETROBRAS N-2726 - Terminologia de Dutos;

PETROBRAS N-2737 - Manutenção de Oleoduto e Gasoduto Terrestre;

ABNT NBR 11682 - Estabilidade das Encostas;

ABNT NBR 12712 - Projeto de Sistema de Transmissão e Distribuição de Gás Combustível;

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ABNT NBR 15280-1 - Dutos Terrestres, Parte 1: Projeto;

ABNT NBR 15280-2 - Dutos Terrestres, Parte 2: Construção e Montagem;

ASME B31.8 - Managing System Integrity of Gas Pipelines.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os seguintes termos e definições.

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições da PETROBRAS N-2726 e os


seguintes.

3.1
área adjacente
área situada fora dos limites da faixa de dutos sujeita a atividades naturais ou antrópicas que possam
representar riscos às instalações sob responsabilidade da PETROBRAS

3.2
área remanescente
área de terreno, de dimensões definidas, adquirida pela PETROBRAS para implantação de faixa de
dutos, porém não ocupado totalmente pela faixa

3.3
carga máxima de tráfego
carga máxima admissível por eixo para tráfego nas faixas de dutos

3.4
classe de locação
critério para a classificação de uma área geográfica de acordo com a densidade populacional e a
quantidade de construções conforme a ABNT NBR 12712. A classe de locação serve para propósitos
de projeto, construção, operação e manutenção de gasodutos. Para definição da periodicidade de
inspeção de faixa, a classe de locação é utilizada para oleodutos e gasodutos

3.5
documento regulador
documento assinado entre o interferente ou solicitante e a PETROBRAS ou sua cessionária, no qual
são estabelecidas as competências, condições e responsabilidades para a execução da interferência

3.6 “Geographic Information System” - sistema geográfico de informações (GIS)


sistema com capacidade para aquisição, armazenamento, manipulação, análise e exibição de
informações digitais georreferenciadas, topologicamente estruturadas, associadas ou não a um banco
de dados alfanuméricos

3.7
inspeção sazonal
inspeções geológicas e/ou geotécnicas, realizadas nas faixas de dutos e áreas adjacentes, com
periodicidade e épocas definidas, com o objetivo de verificar “in loco” e registrar em relatório
específico, a criticidade dos possíveis pontos de ocorrências que possam colocar em riscos os dutos
e outras instalações industriais

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3.8
interferência
qualquer obra ou serviço que venha a ser executado por terceiros nas áreas das instalações sob
responsabilidade da PETROBRAS

3.9
interferente ou solicitante
pessoas físicas ou jurídicas não pertencentes ao quadro da empresa responsável pela operação,
inspeção ou manutenção da faixa que venham a solicitar o uso ou execução de obras na faixa

3.10
invasão
ocupação irregular por terceiros nas faixas e áreas remanescentes sob a responsabilidade e/ou de
propriedade da PETROBRAS

3.11
lindeira
propriedade vizinha que faz fronteira com a faixa ou área de domínio

3.12
Pressão de projeto (Pd)
pressão adotada para dimensionamento mecânico do tubo e demais componentes do gasoduto, de
acordo com as normas aplicáveis

3.13
Pressão de Teste Hidrostático (PTH)
pressão aplicada no ponto de teste conforme estabelecido pelas normas de projeto e construção do
gasoduto

3.14
Pressão Máxima de Operação (PMO)
maior pressão na qual cada ponto de um duto é submetido em condições normais de operação, quer
em regime de escoamento permanente ou na condição estática

3.15
Pressão Máxima de Operação Admissível (PMOA)
maior pressão na qual um gasoduto pode ser operado em concordância com a norma adotada para
seu projeto e construção, em função da pressão de projeto, do teste hidrostático realizado ou definida
por verificação da integridade estrutural ou alteração de classe de pressão dos acessórios instalados.
Esta pressão deve estar compreendida entre a PMO e a pressão de projeto.

3.16
profissional especializado
engenheiro com conhecimento específico na área de geotecnia, com registro no Conselho Regional
de Engenharia (CREA)

3.17
reclassificação
reavaliação da densidade populacional (número de construções destinadas à ocupação humana) nos
arredores de um gasoduto e de sua PMOA

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3.18
terceiros
pessoas físicas ou jurídicas não pertencentes ao quadro da empresa responsável pela operação,
inspeção ou manutenção da faixa

3.19
unidade de classe de locação
Área que se estende 200 m para cada lado da linha de centro de qualquer trecho, com comprimento
contínuo de 1 600 m, conforme a Figura 1

400 m
ivo)
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o pro
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)
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1 60 jeçã
200 m

(pro
200 m

Figura 1 - Unidade de Classe de Locação

4 Condições Gerais

4.1 Os segmentos de faixas de dutos devem ser classificados de acordo com a densidade
populacional no seu entorno, usando a definição de classe de locação e os tipos de ambientes
atravessados conforme a Tabela 1.

4.2 A classificação das faixas de dutos deve ser revista sempre que algum evento modificar as
condições existentes na sua unidade de locação.

4.3 Esta classificação de faixa de dutos tem por objetivo diferenciar periodicidades de inspeção para
cada segmento de faixa de duto.

Tabela 1 - Tipos de Ambientes

Grau de
Classificação Exemplo
vulnerabilidade
Vazamentos sem repercussão ambiental, poças contidas em
E1 Baixa
solo sem uso.
Área rural de uso agrícola. Vazamento sem possibilidade de
E2 Média
atingir mananciais de abastecimento urbano.
Baías e região costeira de relevado interesse econômico e
E3 Alta
turístico.
Lençol freático ou manancial de abastecimento urbano, área
E4 Crítica
de proteção ambiental.

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4.4 A Tabela 1 não é aplicável à faixas de dutos que possuam somente gasodutos instalados. O
conceito de grau de vulnerabilidade está associado às consequências de vazamentos de líquidos em
relação ao meio ambiente.

4.5 A reclassificação de gasodutos, a partir da alteração da classe de locação de projeto da faixa,


deve seguir os critérios estabelecidos no 6.1.1.

5 Inspeção de Faixa de Dutos

As periodicidades das inspeções apresentadas nesta Seção podem ser revistas a partir de uma
avaliação de risco específica - quanto a ação geológico-geotécnica ou a ação de terceiros - para uma
determinada faixa ou trecho de faixa considerando também as condições de integridade dos dutos.

5.1 Inspeção de Rotina

O objetivo da inspeção é identificar, ao longo de toda a extensão da faixa, acessos e áreas


adjacentes, a existência de irregularidades ou não-conformidades que possam alterar as condições
físicas da faixa, causar esforços mecânicos indesejáveis aos dutos, colocar em risco as instalações
existentes e causar danos ao meio ambiente, tais como:

a) ocorrências geológico-geotécnicas (erosão, escorregamentos, abatimentos, trincas e


outros);
b) tráfego de veículos e/ou equipamentos pesados sobre a faixa;
c) limpeza da faixa (roçada, entulhos, lixo ou sucata);
d) plantio de vegetação ou cultivo de plantas não permitidas;
e) deficiência do sistema de drenagem da faixa;
f) queimadas;
g) ocupação irregular da faixa por terceiros;
h) realização de obras ou serviços nas proximidades ou que interfiram com a faixa (aterros,
escavações, demolições, construções, detonações, lançamento de efluentes e outros);
i) sinalização de faixa, instalações e acessos (áreas de válvulas, equipamentos do sistema
de proteção catódica, “vents”, travessias de rios e lagos, travessias aéreas, e outros);
j) exposição ou área de baixa cobertura do duto;
k) travessia de corpos d’água e cruzamentos;
l) áreas cercadas e instalações de superfície (estações de medição, intermediárias
desassistidas, áreas de lançadores/recebedores de “pig”, válvulas de bloqueio,
equipamentos do sistema de proteção catódica e outros);
m) indícios de vazamentos de produtos;
n) travessias ou passagens aéreas dos dutos (quanto ao revestimento externo, suportação,
estruturas de proteção contra impactos externos);
o) túneis (sistema de drenagem, iluminação, integridade das paredes e outros).
p) ruídos ou vibrações anormais no duto ou nas instalações sobre a faixa;
q) atos de vandalismo;
r) barragens e açudes localizados a montante da faixa;
s) áreas extrativistas situadas até 200 m de distância do eixo da faixa;
t) danos estruturais, ruptura, deformação, desalinhamento das estruturas de contenção.

NOTA 1 Caso seja constatada alguma situação de anormalidade provocada, por exemplo, por fortes
chuvas, devem ser solicitadas inspeções específicas.
NOTA 2 Estas inspeções devem ser realizadas por inspetores e/ou técnicos de faixa, devidamente
treinados para identificar e registrar anomalias de natureza geológico-geotécnica. Para
tanto, devem ser promovidos cursos de treinamento e reciclagem, com uma periodicidade
máxima de 3 anos ou quando do ingresso na atividade, ministrados preferencialmente por
engenheiros geotécnicos ou profissional especializado.

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5.1.1 Inspeção de Rotina Terrestre

5.1.1.1 A inspeção terrestre, a critério da Unidade Operacional responsável pelo duto, pode ser feita
a pé ou por qualquer outro meio de transporte.

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5.1.1.2 A frequência mínima de inspeção de rotina é definida por trechos de faixa, de acordo com
sua classe de locação e tipo de ambiente, conforme Tabela 2. Para faixas onde estão inseridos
apenas gasodutos, adotar a frequência de inspeção do tipo de ambiente E1.

NOTA 1 No caso de faixas contendo apenas dutos cujo fluido, no caso de vazamento, se comporte
como gás, adotar o tipo de ambiente E1 (Exemplo: GLP ou GNL).
NOTA 2 As frequências devem ser estabelecidas considerando a natureza e quantidade das
ocorrências observadas nas inspeções anteriores.

Tabela 2 - Periodicidade de Inspeção das Locações (Segmentos) das Faixas de Dutos

Tipos de Classe de Locação


Ambiente Classe 1 Classe 2 Classe 3 Classe 4
Gasoduto (Nota) Semestral Semestral Quadrimestral Mensal
E1 Quadrimestral Quadrimestral Mensal Quinzenal
E2 Bimestral Bimestral Mensal Quinzenal
E3 Mensal Mensal Quinzenal Semanal
E4 Mensal Mensal Quinzenal Semanal
NOTA Para faixas ou trechos de faixas exclusivas de gasodutos.

5.1.1.3 Deve ser elaborado procedimento de inspeção de rotina, descrevendo as faixas (nome), tipo,
periodicidade (períodos e datas) e relatórios (tipos e data de apresentação).

5.1.2 Inspeção de Rotina Aérea

5.1.2.1 A inspeção aérea tem por objetivo a visualização geral da faixa e seu entorno, de forma a
identificar possíveis impactos à faixa.

5.1.2.2 A inspeção aérea por sobrevoo deve ser realizada com intervalo máximo de 180 dias entre
inspeções, preferencialmente com registros fotográfico e filmográfico em escalas apropriadas à
identificação das ocorrências geológico-geotécnicas e de ação de terceiros. As faixas com extensão
inferior a 50 quilômetros e que necessitem sobrevoo exclusivo são dispensadas desta inspeção.

5.2 Inspeção Geológico - Geotécnica

5.2.1 As inspeções geológico-geotécnicas têm por objetivo identificar, cadastrar, classificar e


monitorar, ao longo das faixas de dutos e áreas adjacentes, pontos com indícios de processos
naturais ou antrópicos que representem risco para a integridade dos dutos, tais como: erosões,
deslizamentos, áreas minerárias, obras de infraestrutura urbana, indícios de movimentos de encosta,
recalques, abatimentos, acúmulo ou surgência de água, deficiência ou danos nos dispositivos de
drenagem e em obras de estabilização, exposição do duto, cortes, aterros e barragens.

5.2.2 As inspeções geológico-geotécnicas devem obedecer às periodicidades apresentadas na


Tabela 3.

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Tabela 3 - Periodicidade para as Inspeções das Faixas de Dutos e Áreas Adjacentes

Tipo de inspeção Equipe de inspeção Periodicidade


Profissional Especializado
Inspeções geológico-geotécnico
e geólogo de Engenharia Máximo de 5 anos
sazonais
(recomendado)
Inspeções geológico-geotécnicas Eventual (conforme
Profissional Especializado
específicas solicitado)

5.2.3 Recomenda-se que antes da realização da inspeção de campo, sejam realizadas: roçada,
limpeza da faixa e recuperação dos caminhos de acesso. [Prática Recomendada]

5.2.4 As ocorrências geológico-geotécnicas devem ser classificadas como de risco baixo, moderado
e alto, de acordo com a suscetibilidade da ocorrência a eventos que possam comprometer à
integridade das instalações. A classificação das ocorrências deve ser realizada por profissional
especializado, podendo ser utilizadas, a título de orientação, as árvores de decisão conforme
Anexo A (Figura A.1 a Figura A.7).

5.2.5 Em caso de risco iminente, as ocorrências devem ser tratadas em caráter emergencial sob o
risco de perdas de vidas, danos ambientais e/ou prejuízos operacionais.

5.2.6 Inspeção Sazonal

5.2.6.1 Estas inspeções devem ser realizadas por profissional especializado, preferencialmente
acompanhado por geólogo de engenharia e inspetores ou técnicos de faixa, podendo ser das
seguintes formas:

a) caminhada ao longo da faixa;


b) sobrevoo de helicóptero;
c) análise de imagens de satélite;
d) análise de filmagens por sobrevoo.

5.2.6.2 Em trechos de serra ou em locais de densa vegetação ou de alta suscetibilidade a


ocorrências geológico-geotécnicas, a inspeção deve ser realizada obrigatoriamente por caminhada.

5.2.6.3 Para definição da suscetibilidade dos trechos das faixas, quanto a processos geológico-
geotécnicos, devem ser consultadas as cartas temáticas geotécnicas.

5.2.6.4 Recomenda-se que para elaboração da carta temática geotécnica sejam atendidas as
seguintes atividades: [Prática Recomendada]

a) estabelecer uma base cartográfica em meio digital de todas as faixas de dutos e áreas
adjacentes com dimensões laterais a serem definidas pelas condições locais de cada
faixa de dutos;
b) utilizar mapas geológicos, índices pluviométricos, histórico de ocorrências,
caracterização geotécnica, documentos de projetos existentes, resultado de incursões de
profissionais especializados a campo classificando feições geológico-geotécnicas e
confirmando informações estereoscópicas (inclusive com sobrevoos).

5.2.6.5 A carta temática geotécnica deve ser reavaliada conforme necessidade.

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5.2.6.6 Os trabalhos de campo devem ser precedidos por uma fase de coleta e análise de dados
referentes à faixa ou ao duto. Devem ser consultados:

a) projetos “conforme construído” do duto;


b) cadastros de pontos identificados em inspeções anteriores;
c) relatórios de inspeção anteriores;
d) obras de estabilização existentes;
e) projetos de monitoramento e os respectivos relatórios de acompanhamento da
instrumentação;
f) registros pluviométricos na região;
g) fotografias aéreas;
h) banco de imagens,
i) relatórios de corridas de “pig” instrumentado.

5.2.6.7 Áreas identificadas com potencial para ocorrências geológico-geotécnicas, a partir de indícios
de movimentações ou mesmo estudos específicos, devem ser cadastradas mesmo que não
representem situações de risco imediato.

5.2.6.8 As ocorrências cadastradas durante as inspeções devem ser classificadas por profissional
especializado.

5.2.6.9 Após os serviços de campo, devem ser desenvolvidas atividades de escritório,


compreendendo a compilação dos dados e elaboração do relatório de inspeção, contendo do mínimo
os seguintes itens:

a) mapa com a localização das ocorrências;


b) ficha de inspeção de cada ocorrência;
c) classificação de todas as ocorrências;
d) recomendações gerais para melhoria das condições de segurança de cada ponto;
e) relatório fotográfico;
f) croqui indicando a ocorrência.

5.2.7 Inspeção Específica

5.2.7.1 Esta inspeção deve ser realizada por demanda, em situações de anormalidade detectadas
em inspeções de rotina, ou quando a critério do Profissional Especializado.

5.2.7.2 As inspeções específicas devem ser realizadas por Profissional Especializado, sempre
acompanhado pelos inspetores ou técnicos de faixa.

5.2.7.3 Recomenda-se que os trabalhos de campo sejam precedidos pelo sobrevoo da área, de
forma a melhor avaliar a extensão do problema. [Prática Recomendada]

5.2.7.4 O relatório técnico das inspeções específicas deve conter, no mínimo, as seguintes
informações:

a) listagem das ocorrências;


b) descrição dos problemas encontrados em cada ocorrência;
c) registro fotográfico;
d) classificação geológico-geotécnica da ocorrência;
e) recomendação de estudos ou levantamentos adicionais em cada ponto;
f) recomendação de ação mitigadora, intervenção ou monitoramento em cada ponto.

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5.2.7.5 Nos locais onde houver indícios de movimentos de massa ou de recalque na faixa de dutos,
deve ser realizado o levantamento do traçado do duto para a identificação de possíveis deformações.

5.2.7.6 O traçado do duto deve ser determinado no campo e georrreferenciado com as seguintes
técnicas:

a) sondagem eletromagnética pelo método condutivo (como exemplo: “Pipe Current


Mapper” - PCM”);
b) “pig” inercial;
c) abertura de poço para inspeção direta.

NOTA Para todos os métodos de levantamento de traçado de duto é necessária a materialização


da sua diretriz a partir da instalação de piquetes no terreno, com espaçamento máximo de
20m, para trechos retilíneos, e 2m para trechos curvos.

5.2.7.7 Nos locais com identificação de ocorrências severas relacionadas a movimentos de massa ou
a perda de sustentação e, onde o levantamento do traçado do duto indicar a presença de anomalias
(alças de deformação e outros), deve ser realizada uma análise da interação solo-duto,
procurando-se avaliar as condições de segurança estrutural do duto através de métodos expeditos
(onde aplicáveis) ou de análises computacionais. Esta análise deve ser realizada por engenheiro
estrutural, em conjunto com Profissional Especializado.

5.2.7.8 Na análise citada no 5.2.7.7 deve-se considerar: mapeamento das feições de risco
geológico-geotécnico, dados de investigação de campo e laboratório, características geométricas e
estruturais do duto e os dados disponíveis de instrumentação (traçado, medição de tensões e outros).

5.2.7.9 Para dutos submetidos a carregamento térmico deve ser avaliado o comportamento interativo
solo-duto, de forma a se estabelecer a condição de segurança estrutural do duto quanto a flambagem
lateral ou vertical.

5.2.7.10 Confirmada a deformação do duto, devem ser executados poços de inspeção direta para
permitir acesso ao duto e a execução de ensaios para determinação de tensão “in situ”, como por
exemplo, o ensaio de furo cego.

5.2.7.11 Com base nos resultados do ensaio deve ser avaliada a necessidade de realização de alívio
de tensão no duto, troca de trecho do duto, monitoramento, mudança de traçado, entre outros.

5.2.7.12 Para o alívio de tensões devem ser medidas as deformações e deslocamentos através da
instalação de extensômetros elétricos no duto e por topografia, respectivamente. Estas medidas têm
por finalidade a verificação da eficácia do método e a garantia do alívio das tensões.

5.3 Inspeção de Travessias de Corpos D’Água

5.3.1 A inspeção das travessias submersas de dutos sob corpos d’água ou formações lacustres tem
por finalidade verificar as seguintes situações:

a) cobertura dos dutos;


b) condições dos dutos sob o leito do curso d’água e formações lacustres (trechos expostos
ou em vãos livres, tipo de solo de fundação, situação da jaqueta de concreto, alças de
deformação, e outros);
c) condições das margens (estabilidade, obras de contenção, cobertura vegetal);
d) condições da sinalização;
e) áreas de dragagem;
f) áreas minerárias.

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5.3.2 As inspeções devem ocorrer com periodicidade máxima de 5 anos e devem ser realizadas por
métodos diretos e/ou indiretos.

NOTA Em casos de travessias com modificação abrupta de calha nas imediações da faixa de
dutos, ocasionadas por processos erosivos e/ou ação extrativista, novas inspeções devem
ser realizadas.

5.3.3 Recomenda-se que o método de inspeção com mergulhador seja realizado nos casos de
incertezas nos resultados ou quando julgada relevante. [Prática Recomendada]

5.3.4 Duto exposto (sem cobertura) deve ser avaliado quanto à integridade do seu revestimento,
existência de vão livre ou riscos de ações externas.

5.3.5 Os métodos diretos e indiretos que podem ser utilizados na inspeção são, por exemplo:

a) "pig" instrumentado com módulo inercial;


b) “Ground Penetrating Radar” (GPR);
c) sondagem eletromagnética condutiva;
d) batimetria de feixe único ou multifeixe;
e) "Sub Bottom Profile" (SBP) - perfilador de subfundo;
f) “side scan sonar”;
g) magnetômetro;
h) topografia;
i) escavação de poços e trincheiras;
j) sondagem por haste;

5.3.6 Todas as inspeções devem ser registradas, descrevendo a metodologia e equipamentos


utilizados, plantas topográficas e batimétricas e perfis das travessias, contendo:

a) informação da cobertura dos dutos;


b) extensão de trechos com dutos expostos ;
c) possíveis defeitos em jaquetas;
d) tipos de solo encontrados no leito da travessia.

5.4 Registro das Inspeções e Recomendações

5.4.1 Quando da realização das inspeções das faixas devem ser emitidos relatórios, arquivados em
meio físico ou digital, de modo a compor seu histórico, devendo conter no mínimo:

a) identificação da faixa;
b) período da inspeção;
c) objetivo, tipo de inspeção realizada, documentos complementares, conclusão,
recomendações;
d) não conformidades ou irregularidades;
e) serviços/obras em andamento;
f) identificação e assinatura dos responsáveis pela inspeção.
g) necessidade de serviços de manutenção.

5.4.2 Todas as informações relativas a inspeções, trocas de trecho, mudança de traçado do duto,
obras de estabilização, monitoramento e manutenção devem ser arquivadas em um sistema de
banco de dados de forma a:

a) acompanhar a evolução das ocorrências;


b) avaliar a frequência de determinados tipos de ocorrência;

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c) avaliar a eficiência de medidas corretivas eventualmente implementadas;


d) subsidiar novas inspeções.

5.4.3 Para arquivamento das informações, recomenda-se implantar um sistema de informações


geográficas “Geographic Information System” (GIS) integrado com a base de dados de outros
sistemas da Companhia. [Prática Recomendada]

5.4.4 Recomenda-se que este sistema tenha as seguintes características: [Prática Recomendada]

a) possibilitar a compatibilização entre os diversos programas em uso nas unidades


operacionais da Companhia;
b) permitir a integração com outros bancos de dados da Companhia (expansão do
sistema);
c) integrar a localização geográfica dos dutos e as informações de engenharia relativas aos
dutos;
d) selecionar dutos ou trechos de dutos com determinadas características comuns, tais
como: classe de risco, processo envolvido, tipo de intervenção, obras de estabilização,
monitoramento e outros;
e) examinar o histórico de qualquer ponto do duto, incluindo fotos terrestres, aéreas e
imagens de satélites;
f) sinalizar o agravamento de qualquer ponto com alerta visual intermitente;
g) permitir a localização dos projetos e relatórios das obras de estabilização e
monitoramento em qualquer ponto;
h) acompanhar a instrumentação em qualquer ponto;
i) examinar relatórios de acompanhamento da instrumentação;
j) verificar o andamento de obras e serviços em execução.

5.4.5 Recomenda-se que o banco de dados de informações geológico-geotécnicas seja atualizado


mensalmente. [Prática Recomendada]

5.4.6 As informações atualizadas devem estar disponíveis para consulta da atividade responsável
pela integridade do duto.

5.4.7 Recomenda-se que as ocorrências identificadas através dos relatórios de inspeção de rotina,
sazonal e específica sejam enquadradas dentro de um padrão previamente estabelecido. Da mesma
maneira, recomenda-se que as folhas de leitura de instrumentos sejam padronizadas e que no banco
de dados conste a data da última alteração. [Prática Recomendada]

6 Manutenção

6.1 Mapeamento das Faixas

6.1.1 A classe de locação dos trechos de faixas de dutos que possuam gasodutos deve ser
reavaliada no máximo a cada 5 anos. Os critérios para reclassificação dos gasodutos, no caso de
mudança na classe de locação de projeto, são estabelecidos no Anexo B.

NOTA Caso identificado o aumento de ocupação humana que impacte na alteração da classe de
locação, independente da periodicidade acima mencionada, deve ser realizada
imediatamente a notificação ao órgão de projeto para elaboração da análise de risco e
verificação do reenquadramento da classe de locação.

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6.1.2 Para as áreas suscetíveis a ocorrências geológico-geotécnicas, o responsável pela inspeção


deve avaliar a necessidade de atualizar o mapeamento cartográfico e planialtimétrico cobrindo uma
largura superior a 400 m, mostrando as regiões de influência.

6.1.3 A atualização de alterações no cadastro existente de proprietários, divisas de propriedades e


outras benfeitorias e/ou alterações de cunho geral no mapeamento cartográfico deve ser feita
conforme demanda específica.

6.1.4 O cadastro das áreas minerárias e barragens existentes próximas às faixas dos dutos deve ser
mantido atualizado. Realizar estudo e plano de ação com base nas informações obtidas no
levantamento.

6.1.5 A rede de marcos geodésicos que serve de base de amarração para todos os trabalhos de
mapeamento e intervenções posteriores nas faixas, pela PETROBRAS ou por terceiros, deve ser
mantida com cadastro dos marcos em plantas específicas e no sistema de informações geográficas
da faixa de dutos.

6.1.6 A posição de cada duto instalado nas faixas e suas instalações complementares (como por
exemplo, válvulas, leitos de anodos, retificadores), deve ser mantida atualizada, obtendo-se precisão
mínima de 0,5 m na projeção horizontal e 10 % na profundidade de enterramento.

NOTA Esta atualização do mapeamento é executada de modo localizado, preservando-se o


restante que não for alterado, a partir dos seguintes critérios:

a) mudança de zoneamento urbano ou classe de locação conforme PETROBRAS N-2180;


b) abertura de nova variante em faixa existente;
c) mudança ou introdução de plantio de culturas permanentes.

6.2 Manutenção das Faixas

Os principais serviços de manutenção das faixas que devem ser executados são:

a) limpeza da faixa;
b) obras de contenção e estabilização;
c) sistema de drenagem;
d) sinalização;
e) revestimento vegetal;
f) manutenção de acessos;
g) obras civis de urbanização;
h) limpeza de áreas cercadas;
i) manutenção predial das instalações de superfície.

NOTA Em função dos aspectos geográficos e regionais, devem ser elaborados procedimentos
executivos, incluindo os recursos, descrição das principais tarefas e respectivos requisitos
de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS).

6.2.1 Limpeza da Faixa

6.2.1.1 A faixa de dutos deve ser identificada e visualizada em toda a sua extensão e largura. Para
tanto qualquer vegetação que não permita a visualização deve ser roçada com o objetivo de manter a
faixa limpa e desimpedida para inspeções e outros serviços. As condições para a visualização aérea
devem ser mantidas, sempre que possível, com a poda periódica das copas das árvores adjacentes.

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6.2.1.2 Dependendo do local e da autorização do proprietário, o material roçado pode ser deixado
sobre a faixa. Em regiões povoadas, urbanas e áreas cercadas, a vegetação cortada deve ser
retirada e depositada em local licenciado.

6.2.1.3 Em faixas implantadas em condições que permitam legalmente o plantio e manejo de


lavouras ou capineiras, as exigências restritivas de visualização e tráfego na faixa não são aplicáveis.
As faixas são identificadas por sinalização apropriada.

6.2.1.4 A roçada da vegetação alta e que não permite visualizar a faixa, pode ser executada de
forma manual ou mecânica, deixando a roçada da vegetação em altura próxima do nível do terreno
existente.

6.2.1.5 Dentro dos limites da faixa não é permitido o plantio de árvores, exceto nos casos em que a
cobertura do duto seja superior a 5m.

6.2.1.6 Os cursos d’água (valetas, córregos) que cruzam a faixa devem ser desobstruídos com
retirada de vegetação, entulhos e material de solo carreado, restaurando-se as medidas originais,
com a verificação de possíveis trechos com dutos expostos.

6.2.1.7 Os bueiros, canaletas e caixas do sistema de drenagem da faixa devem ser desobstruídos
com retirada de entulhos, vegetação e material de solo carreado.

6.2.1.8 O material de solo carreado da parte inferior (pé) da leira deve ser retirado, espalhado e
compactado sobre a parte superior (crista) visando a reconstituição da mesma.

6.2.1.9 Todo e qualquer material existente sobre a faixa, decorrente de enxurradas e deslizamentos,
bem como lixo depositado por terceiros deve ser removido.

6.2.2 Obras de Estabilização, Contenção, Drenagem e Monitoramento

6.2.2.1 Os serviços determinados pelas inspeções geológico-geotécnicas, necessários à


estabilização, contenção, drenagem e monitoramento dos terrenos das faixas de dutos ou no seu
entorno devem ser planejados, projetados e programados.

6.2.2.2 As obras de estabilização, contenção, drenagem e monitoramento em geral, tais como:


enrocamentos, barragens, cortinas atirantadas, muros de arrimo, revestimento de taludes, instalação
de instrumentação para monitoramento de encostas devem ser projetadas por profissional legalmente
habilitado.

6.2.2.3 As obras de contenção mais comuns, pequenos muros de arrimo (solo-cimento, concreto
ciclópico, gabiões), devem ser previamente projetadas, levando-se em conta as características do
solo, cursos d’água e condições climáticas.

6.2.3 Drenagem Superficial

6.2.3.1 O escoamento ou condução das águas pluviais sob o terreno deve ser por meio de bueiros,
podendo ser utilizado tubo de concreto, conforme projeto específico.

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6.2.3.2 Para escoamento das águas pluviais a céu aberto prever a instalação de canaletas pré-
fabricadas ou moldadas “in loco” conforme projeto específico.

6.2.3.3 A abertura de valas ou canais de drenagem em terreno natural deve ser executada por meio
de escavação mecânica e/ou manual para melhoria do escoamento.

6.2.3.4 A destinação das águas pluviais tem que ser em local predeterminado e que não cause
erosão no terreno. Para tanto devem ser previstas caixas de drenagem ou caixas dissipadoras, além
de outros dispositivos de quebra da energia cinética decorrente do movimento das águas.

6.2.3.5 O projeto de drenagem superficial deve evitar problemas causados pelo deságue das águas
nas propriedades de terceiros e sistemas existentes, tais como: erosão localizada, assoreamentos ou
perda de culturas e outras benfeitorias existentes.

6.2.4 Sinalização

6.2.4.1 A faixa de dutos, além de estar limpa e demarcada, deve ter a sinalização conforme
PETROBRAS N-2200.

6.2.4.2 Os marcos e placas que estiverem quebrados devem ser substituídos e os que estiverem
com avarias devem ser recuperados.

6.2.5 Revestimento Vegetal

6.2.5.1 A vegetação nativa deve, preferencialmente, ser mantida em locais sujeitos a erosões e com
declives acentuados, visando a preservação da faixa e seu entorno.

6.2.5.2 Antes do corte ou poda da vegetação de grande porte (árvores, arbustos e espécies nativas),
deve ser observado o disposto em 9.2.4.

6.2.6 Manutenção de Acessos

Devem ser mantidos em condições de tráfego os acessos aos pontos notáveis listados abaixo:

a) áreas de válvulas;
b) estações de medição e pontos de entrega;
c) retificadores e estações de drenagem elétrica;
d) locais de monitoramento de encostas;
e) caixas de monitoramento de corrosão interna e com provadores de corrosão;
f) estações de compressão e bombeamento;
g) áreas de recebimento e lançamento de “pigs”;
h) estações de telecomunicações;
i) principais travessias e cruzamentos;
j) áreas com “vents”;
k) pontos de lançamento de barreiras para combate a emergências.

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6.2.7 Limpeza de Áreas Cercadas

6.2.7.1 O interior de áreas cercadas deve ser capinada e/ou roçada com retirada de vegetação do
piso, remoção de detritos, limpeza de pisos, paredes e tetos das edificações, limpeza das tubulações
e acessórios. Externamente, junto à cerca que circunda a área, o terreno deve ser capinado (aceiro)
em uma faixa de largura mínima de 1 m.

6.2.7.2 A frequência de limpeza deve ficar a critério do órgão operacional, em função das condições
locais (povoados, regiões urbanas, estradas).

6.3 Registros dos Serviços de Manutenção

Os serviços de manutenção devem ser registrados em relatórios específicos ou sistema informatizado


de gerenciamento.

7 Relações com Terceiros

7.1 Requisitos Gerais

O programa de relacionamento com terceiros deve ser definido visando a prevenção de acidentes em
faixas de dutos, sob o aspecto do modo de falha ação de terceiros.

7.2 Comunicação com a Comunidade Vizinha

7.2.1 O programa de relacionamento com as comunidades vizinhas às faixas de dutos deve ser
implantado informando a existência das faixas bem como dos dutos e seus produtos transportados,
além de aspectos de segurança relacionados.

7.2.1.1 O programa de relacionamento comunitário nas áreas de influência dos dutos deve ser
elaborado utilizando estudos de impacto sócio-ambiental e/ou diagnósticos situacionais das
comunidades. Os temas a seguir devem fazer parte da comunicação básica estabelecida pela
PETROBRAS com todos os seus públicos de interesse:

a) suas atividades, suas instalações, suas funções, modo de identificação, produto


transportado e suas características;
b) riscos e impactos das atividades e medidas adotadas para minimização e controle dos
mesmos;
c) telefone verde;
d) perigos associados a vazamentos;
e) usos conformes e não conformes da faixa de dutos;
f) como reconhecer e reagir a uma situação emergencial.

7.2.1.2 O nível de criticidade de cada comunidade deve ser determinado a fim de permitir a
priorização das ações de relacionamento comunitário. O grau de criticidade deve ser definido
considerando os riscos inerentes das atividades da empresa e também a possibilidade da ação de
terceiros causar danos à integridade dos dutos e à segurança da população do entorno e do meio
ambiente.

7.2.1.3 Para o desenvolvimento do programa de relacionamento comunitário devem ser


consideradas as seguintes etapas:

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a) plano de trabalho contendo: metodologia, responsável e prazo;


b) planejamento mensal de atividades;
c) monitoramento do programa;
d) avaliação do programa (análise crítica).

7.2.2 Além do contato verbal, podem ser utilizados outros meios de informação, como por exemplo:
folhetos, revistas, cartazes e calendários. [Prática Recomendada]

7.2.3 Manter registro dos temas abordados nos contatos, bem como eventuais manifestações e
respectivas soluções adotadas.

7.2.4 A frequência de contatos com a comunidade deve ser definida no programa ou procedimento
de comunicação com a comunidade vizinha às faixas de dutos.

7.2.5 Quando da realização de palestras, visitas às áreas operacionais ou outro tipo de evento com
os órgãos públicos, concessionárias de serviços públicos, órgãos de emergência e órgãos de meio
ambiente, devem ser entregues mapas de localização das faixas de dutos.

7.3 Comunicação com Prefeituras

Deve ser enviado comunicado às Prefeituras dos Municípios atravessados pelas faixas de dutos,
contendo informações sobre a locação das faixas (mapa geográfico). Este comunicado deve ser
enviado com periodicidade máxima de 4 anos ou quando da substituição do chefe do poder executivo
municipal.

NOTA Antes da aprovação de construções e loteamentos junto às faixas de dutos deve ser
submetida à área de negócios da PETROBRAS uma consulta prévia.

7.4 Atendimento às Comunicações das Comunidades

7.4.1 Devem ser registradas e tratadas as demandas encaminhadas pela comunidade, via telefone
(0800 ou outro), por meio de contatos diretos, correspondências e outros meios de comunicação,
conforme procedimento específico.

7.4.2 Devem ser divulgados às comunidades os telefones de contato existentes no órgão


operacional, podendo ser por meio de contato direto, sinalização (placas de sinalização ou marcos) e
folhetos.

8 Gestão de Interferências de Terceiros Com as Faixas de Dutos

8.1 Interferências

Deve ser elaborado e implantado processo para regular, controlar e gerenciar as interferências de
terceiros em áreas de uso do sistema PETROBRAS, em conformidade com as premissas
estabelecidas na Portaria ANP n° 125/2002, passando pelas etapas de cadastramento, análise de
viabilidade técnica, emissão de parecer técnico, assinatura de documento regulador,
acompanhamento das obras ou serviços e arquivamento do processo.

NOTA Quando a interferência de terceiros ocorrer em faixas de dutos e, esteja prevista a utilização
de parte do espaço físico não ocupado pelo(s) duto(s) existente(s), a Área de Negócios da
PETROBRAS deve ser consultada de forma a se manifestar sobre a existência de projetos
futuros e/ou a utilização futura do espaço livre da faixa de dutos. [Prática Recomendada]

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8.1.1 Solicitação para Execução da Interferência

8.1.1.1 Após recebimento da comunicação do interferente com a intenção de executar a obra ou o


serviço, a PETROBRAS deve enviar as informações necessárias do processo solicitando a
documentação técnica (projetos, procedimentos, cronograma e outros) pertinente para análise
técnica.

NOTA O projeto da obra interferente a ser apresentado para aprovação do órgão da PETROBRAS
deve tomar como base o desenho “conforme construído” da PETROBRAS, inclusive no
aspecto do sistema de projeção e “datum” utilizados, de forma a permitir a inserção das
informações em sistema de informações geográficas.

8.1.1.2 A PETROBRAS deve formalizar a solicitação da interferência, cadastrando e acompanhando


as etapas do processo em sistema específico até sua conclusão e arquivamento.

NOTA Deve ser analisada a necessidade de inclusão de cláusula de seguros das instalações da
PETROBRAS no documento regulador como responsabilidade do interferente, visando
salvaguardar os interesses da PETROBRAS, mencionando-o no parecer técnico.

8.1.2 Viabilidade Técnica da Interferência

8.1.2.1 A PETROBRAS deve analisar e verificar a viabilidade técnica para execução da interferência
com base nas normas técnicas, especificações e recomendações da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT) e normas da PETROBRAS, estabelecer as condições a serem observadas
e emitir um parecer técnico viável ou inviável ao interferente.

8.1.2.2 Considerações Gerais

8.1.2.2.1 Devem ser identificados os desenhos de referência da PETROBRAS relativos ao local da


interferência, que devem ser anexados ao parecer técnico.

8.1.2.2.2 O local da interferência deve ser visitado para verificação das condições originais da área e
a necessidade de elaboração de estudos específicos para inspecionar as instalações subterrâneas ou
as condições geotécnicas.

8.1.2.2.3 Antes do início das obras ou serviços, devem ser realizadas sondagens para localização
de cada duto na faixa, no trecho da interferência com afastamento máximo longitudinal ao duto de
5 m.

8.1.2.2.4 Os dutos localizados pelo processo de sondagem devem ser sinalizados com piquetes, os
quais devem constar nos projetos do interferente.

8.1.2.2.5 A interferência deve ser classificada quanto à sua posição em relação à faixa de dutos,
conforme 8.1.2.3 a 8.1.2.6.

8.1.2.2.6 Nos cruzamentos sobre os dutos deve ser verificado se a carga adicional advinda da
interferência é compatível com a carga máxima admissível suportada pelos dutos.

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8.1.2.2.7 No caso de obras que venham a dificultar o acesso futuro às instalações subterrâneas da
PETROBRAS, verificar a necessidade de escavação e prévia inspeção das instalações, bem como
estabelecer eventuais medidas de proteção ou que visem facilitar o acesso às instalações
subterrâneas, após a implantação da interferência; estabelecer as dimensões do trecho a ser
escavado, bem como verificar a necessidade de troca do solo na área da interferência.

8.1.2.2.8 Caixas de inspeção, passagem e válvulas da interferência devem estar fora dos limites da
faixa de dutos.

8.1.2.2.9 Caso seja necessário o trânsito de máquinas e/ou equipamentos durante a execução da
interferência sobre a faixa de dutos, deve ser verificado se o terreno e os dutos suportam as cargas;
solicitar instalação de sinalização para delimitação do trecho proveniente do estudo para a passagem
das cargas.

8.1.2.2.10 Na eventual necessidade de realização de detonação de cargas explosivas próximas a


faixa, o interferente deve apresentar estudos de impactos aos dutos.

8.1.2.2.11 Caso seja verificada a necessidade de intervenções nos dutos existentes, devem ser
envolvidos os responsáveis pelos dutos na análise técnica.

8.1.2.3 Obras Aéreas

8.1.2.3.1 Os cruzamentos aéreos devem ser executados numa altura compatível com a finalidade a
que se destina a instalação, sendo obedecidas eventuais restrições quanto à utilização da área pela
PETROBRAS.

8.1.2.3.2 Nos cruzamentos de linhas de distribuição de energia elétrica com tensões entre 220 V e
13 800 V, deve ser mantida uma distância mínima de 6 m entre as linhas de distribuição e o nível do
solo; devem ser analisadas as interferências do sistema de transmissão e eventuais aterramentos,
com as instalações da PETROBRAS.

8.1.2.3.3 Os postes e estais devem ficar fora dos limites da faixa, a uma distância mínima de 3 m.

8.1.2.3.4 Recomenda-se que os postes adjacentes à faixa não possuam aterramento e o ângulo de
cruzamento da fiação com a faixa seja de 90°. [Prática Recomendada]

8.1.2.3.5 As linhas de transmissão ou distribuição de energia elétrica com tensões iguais ou maiores
que 69 kV, devem ser sinalizadas com esferas no cruzamento com a área ocupada pela
PETROBRAS, segundo normas próprias do solicitante ou, na inexistência destas normas próprias,
segundo padrões estabelecidos por órgãos técnicos oficialmente reconhecidos ou ainda, conforme
orientações e normas da PETROBRAS.

8.1.2.3.6 O ângulo de cruzamento com a faixa de dutos deve ser o mais ortogonal possível, com
ângulo mínimo de 60° e a distância mínima das torres deve ser de 30 m em relação aos limites
laterais da faixa. [Prática Recomendada]

8.1.2.3.7 O solicitante deve apresentar estudo das interferências eletromagnéticas da linha de


transmissão sobre a faixa, visando a segurança das instalações e pessoas; este estudo deve contemplar:

a) o perfil de tensão ao longo de todo o duto;

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b) o levantamento das medidas corretivas necessárias, realizando a simulação das novas


tensões resultantes, até que seja obtida a condição de segurança para os dutos e pessoas;
c) o limite de tensão induzida total deve ficar abaixo de 5 000 V.

8.1.2.4 Obras em Nível

8.1.2.4.1 Deve ser verificada a necessidade de substituição do solo e de compactação, determinando


o tipo de material de reposição.

8.1.2.4.2 Caso seja necessário o corte do terreno da faixa, deve ser indicada a cota do nível do
terreno remanescente.

8.1.2.4.3 Caso seja necessário a execução de aterro, deve ser verificado o tipo de solo e método de
compactação, a altura da camada de material e a necessidade de instalação de proteção mecânica do duto.

8.1.2.4.4 Deve ser verificada a interferência da obra com o sistema de drenagem superficial da faixa,
de modo a promover os ajustes necessários

8.1.2.4.5 Deve ser instalada sinalização de acordo com a PETROBRAS N-2200.

8.1.2.4.6 Nos casos de acesso de veículos devem ser verificados:

a) a carga máxima prevista para circular, que deve ser inferior à tensão admissível do duto;
b) se o tipo de pavimentação a ser adotada permite o acesso aos dutos em eventuais
manutenções;
c) as condições de bloqueio do trânsito pelo tempo necessário para manutenção dos dutos
da PETROBRAS.

NOTA Caso necessário deve ser instalada proteção mecânica.

8.1.2.5 Obras Subterrâneas

8.1.2.5.1 A distância mínima entre a interferência e a instalação existente deve ser de acordo com o
estabelecido na ABNT NBR 15280-1 e NBR 15280-2.

8.1.2.5.2 Deve ser verificada a necessidade de proteções como jaqueta de concreto (PETROBRAS
N-2432) e/ou tubo camisa (ABNT NBR 15280-1 e NBR 15280-2).

8.1.2.5.3 Deve ser instalada sinalização de acordo com a PETROBRAS N-2200.

8.1.2.5.4 Em áreas onde existam instalações subterrâneas da PETROBRAS, as escavações que se


façam necessárias à execução da obra devem ser feitas, em princípio, apenas com ferramentas
manuais; escavações com equipamentos mecanizados só devem ser autorizadas após criteriosa
verificação da situação das instalações da PETROBRAS e devem ser, necessariamente,
acompanhadas pela fiscalização da PETROBRAS.

8.1.2.5.5 Nos cruzamentos de tubulações em aço ou ferro fundido com diâmetro maior ou igual a 4”
com os dutos da PETROBRAS, exigir do solicitante projeto de proteção catódica para análise e
emissão de parecer técnico.

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N-2775 REV. B 12 / 2014

8.1.2.5.6 No caso de adutoras ou quaisquer outras tubulações conduzindo fluidos sob pressão ou de
esgoto, deve ser analisada a instalação de válvulas de bloqueio a montante e a jusante do
cruzamento com a área de uso da PETROBRAS.

8.1.2.5.7 Cruzamentos de cabos elétricos ou telefônicos, quando subterrâneos, devem ser


executados através de eletrodutos envelopados em concreto, devidamente sinalizados, segundo
normas próprias do solicitante ou, na inexistência destas, segundo padrões estabelecidos por órgãos
técnicos oficialmente reconhecidos ou, ainda, conforme orientações e normas da PETROBRAS.

8.1.2.6 Obras Especiais

8.1.2.6.1 Deve ser verificado se as orientações descritas anteriormente podem ser adequadas a
interferência.

8.1.2.6.2 Caso necessário, as normas PETROBRAS e/ou outras normas técnicas pertinentes ao tipo
de interferência devem ser consultadas.

8.1.3 Emissão do Parecer Técnico

8.1.3.1 Interferência Viável

A PETROBRAS deve emitir parecer técnico informando a viabilidade técnica do projeto do


interferente, estabelecendo as condições a serem observadas quando da execução da interferência.

8.1.3.2 Interferência Inviável

Deve ser elaborada correspondência-resposta ao interferente, comunicando o fato com as devidas


justificativas. Após o envio da resposta ao interferente, o processo deve ser encerrado e arquivado.

8.1.4 Documento Regulador

8.1.4.1 Após a aprovação da interferência nas instâncias técnicas e/ou estratégicas, a PETROBRAS
deve emitir um documento regulador a fim de estabelecer as competências, condições e
responsabilidades para a execução da interferência.

NOTA Quando a natureza da obra e/ou sua forma de execução apresentar características especiais,
deve ser feita consulta à assessoria jurídica ou serviço jurídico regional para orientação. A
minuta do documento deve ser encaminhada à assessoria jurídica ou ao serviço jurídico, com
os anexos necessários à completa análise sob os aspectos legais e normativos.

8.1.4.2 A PETROBRAS deve encaminhar a minuta do documento regulador para apreciação do


interferente, que deve se manifestar no prazo estabelecido entre as partes, concordando com os
termos do documento regulador ou propondo as modificações que julgar conveniente.

8.1.4.3 Caso o interferente apresente proposta de modificações que alterem substancialmente o


texto do documento, este deve ser submetido ao Serviço Jurídico Regional para apreciação dos
aspectos legais.

8.1.4.4 Após aprovação da minuta pelo interferente, o documento regulador deve ser assinado entre
as partes.

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8.1.5 Execução da Interferência

8.1.5.1 A PETROBRAS deve acompanhar todas as obras ou serviços a serem realizados na faixa de
dutos.

8.1.5.2 Os serviços somente podem ser iniciados após o recebimento do documento regulador ou
outro que o substitua, devidamente assinado entre as partes.

8.1.5.3 Deve ser observada se a obra está sendo executada em conformidade com o projeto
aprovado e as condições estabelecidas no documento regulador e seus anexos, atentando para o
cumprimento das recomendações técnicas.

8.1.5.4 Em caso de emergência em que haja vazamento e/ou fogo, deve ser comunicado
imediatamente à PETROBRAS através de telefone ou outro meio de comunicação, para acionamento
do Plano de Contingência Local.

8.1.5.5 Caso sejam necessárias alterações no projeto original da interferência o interferente deve
enviar para análise da PETROBRAS as alterações propostas. A continuidade dos serviços dar-se-á
somente após o retorno do processo com a devida aprovação.

8.1.6 Encerramento e Arquivamento do Processo

8.1.6.1 Após a conclusão dos serviços deve ser efetuada a atualização dos desenhos PETROBRAS
referentes à área envolvida, com a inclusão dos dados relativos à interferência, conforme executada,
destacando o seu posicionamento em relação aos equipamentos e/ou instalações da PETROBRAS.

8.1.6.2 A PETROBRAS deve providenciar o arquivamento do processo, bem como de toda


documentação técnica gerada, disponibilizando-a em sistema específico.

8.1.6.3 Recomenda-se que para melhor entendimento do andamento dos processos de


interferências de terceiros com as faixas de dutos, deve ser feito o acompanhamento e controle
das várias etapas do processo. [Prática Recomendada]

8.2 Tratamento de Invasões

Deve ser elaborado e implantado processo para prevenir e tratar as invasões nas faixas de dutos e
áreas de propriedade da PETROBRAS, com vistas à integridade das instalações, em conformidade
com os aspectos jurídicos da PETROBRAS. As ações preventivas e corretivas estão descritas,
respectivamente, em 8.2.1 e 8.2.2.

8.2.1 Ações Preventivas

8.2.1.1 Deve ser mantido atualizado o cadastro patrimonial dos terrenos próprios ou de servidão de
passagem, que fazem parte das faixas de dutos, áreas com instalações diversas (como por exemplo,
válvulas de bloqueio, estações de medição, retificadores com leitos de anodos), acessos e áreas
remanescentes.

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8.2.1.2 Devem ser realizadas inspeções na faixa de dutos e áreas remanescentes, conforme definido
em 5.1.

8.2.1.3 Deve ser feita a manutenção da sinalização e da demarcação das faixas de dutos.

8.2.1.4 As áreas suscetíveis a invasões devem ser delimitadas a partir da construção de barreiras
físicas (cercas, muros, acessos, urbanizações) conforme previsto no documento patrimonial da área.

8.2.1.5 Deve ser mantido o programa de relacionamento junto às comunidades, proprietários,


concessionárias de serviços públicos, prefeituras, órgãos de emergência e órgãos de meio ambiente,
entre outros, de forma a alertar as autoridades competentes quanto à existência de faixas de dutos e,
conforme definido em 7.3.

8.2.2 Ações Corretivas

8.2.2.1 Para invasões existentes com prazo de até 1 ano, devem ser aplicadas as ações conforme a
seguir:

a) notificação do(s) invasor(es), com base na documentação patrimonial (propriedade da


área), solicitando a liberação do local invadido;
b) negociação extrajudicial para retirada do(s) invasor(es);
c) recomenda-se obter o registro legal da invasão, com base na documentação patrimonial,
na delegacia de polícia mais próxima, solicitando o boletim de ocorrência policial;
[Prática Recomendada]
d) encaminhar à assessoria jurídica, logo após que o(s) invasor(es) não acatar(em) a
notificação de retirada, toda documentação (patrimonial, notificação, boletim de
ocorrência policial, fotos do local, desenhos da faixa e outros), para que sejam tomadas
a medidas legais cabíveis junto ao Poder Judiciário e Ministério Público;
e) avisar as autoridades competentes quanto à ocupação desordenada de área adjacente à
faixa de duto por edificações e/ou loteamentos clandestinos e/ou irregulares;
f) acompanhar e obter da assessoria jurídica, o termo de reintegração da posse com
retirada do(s) invasor(es) e das edificações irregulares;
g) executar serviços de proteção (cercas, muros, acessos, urbanizações e outros) da área
invadida, após a remoção das construções e dos invasores.

8.2.2.2 Para invasões existentes com prazo maior que 1 ano, deve ser providenciada ação judicial
para reintegração da posse do terreno, através da assessoria jurídica, anexando toda documentação
pertinente (patrimonial, notificação, boletim de ocorrência policial, fotos do local, desenhos da faixa e
outros).

8.2.2.2.1 Deve ser acompanhado e obtido junto à assessoria jurídica, o termo de reintegração da
posse com retirada do(s) invasor(es) e das edificações irregulares.

8.2.2.2.2 Devem ser executados serviços de proteção (cercas, muros, acessos, urbanizações e
outros) da área invadida, após a remoção das construções e dos invasores.

8.2.3 Recomenda-se elaborar relatório de acompanhamento e controle do processo. [Prática


Recomendada]

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9 Requisitos de Segurança, Meio Ambiente e Saúde

9.1 Requisitos de Segurança

9.1.1 A força de trabalho envolvida nas etapas definidas no escopo desta Norma devem possuir
treinamento em segurança industrial e permissão para trabalho, conforme descrito em 9.1.1.1 e
9.1.1.2.

9.1.1.1 Serviços de manutenção de faixas de dutos, dutos e seus acessórios, devem ser objeto de
permissão de trabalho, conforme PETROBRAS N-2162.

9.1.1.2 Todo o pessoal envolvido na manutenção deve estar ciente dos perigos e riscos das tarefas a
serem executadas por meio de Diálogo Diário de Segurança, Meio Ambiente e Saúde (DDSMS).

9.1.2 Todo serviço envolvendo escavação deve ter procedimento específico para sua execução,
constando de lista de verificação e projeto, com base na NR-18 e ABNT NBR 11682. O procedimento
deve ser elaborado e aprovado por profissional legalmente habilitado.

9.1.3 Todo serviço não rotineiro ou que não tenha procedimento específico para sua execução deve
ser avaliado quanto ao potencial de perigos e riscos, bem como definir as ações mitigadoras de
Análise Preliminar de Riscos (APR) e Análise Preliminar de Perigos (APP).

9.1.4 A força de trabalho deve utilizar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários à
execução dos serviços, de acordo com as premissas da NR-6.

9.1.5 Para serviços nas instalações dos dutos as recomendações de segurança estão citadas na
PETROBRAS N-2737.

9.2 Requisitos de Meio Ambiente

9.2.1 A força de trabalho deve ser treinada quanto à proteção ambiental antes do início dos serviços,
conforme procedimento específico do órgão operacional.

9.2.2 Os resíduos gerados em serviços devem ser tratados de acordo com o procedimento
específico do órgão operacional.

9.2.3 Antes de executar serviços em cursos d’água (travessias), deve ser verificada a necessidade
de obtenção de licença específica junto aos órgãos públicos reguladores locais.

9.2.4 A retirada de vegetação (árvores, arbustos e outras espécies nativas) que seja regulada por lei,
deve ser avaliada quanto a real necessidade da retirada, assim como, da obtenção de licença perante
aos devidos órgãos públicos locais.

9.3 Requisitos de Saúde

A força de trabalho deve atender aos requisitos da NR-7.

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Anexo A - Classificação de Risco

Evidência Nota 1 Baixo II


pontual

Com Evidência Nota 2 Moderado IV


instrumentação abrangente

Rastejo

Sem Com indícios Nota 3 Moderado III


instrumentação

Com evidências Nota 4 Alto V

NOTA 1 Evidências de trincas, abatimentos e desalinhamento de canaletas em trechos localizados


da faixa;
NOTA 2 Evidências de trincas, abatimentos e desalinhamento de canaletas da faixa, apresentados
de forma generalizada;
NOTA 3 Troncos de árvores encurvados, área encharcada e presença de bananeiras em encostas
ou no sopé de taludes;
NOTA 4 Evidências de trincas, abatimentos e desalinhamento de canaletas.

Figura A.1 - Rastejo

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Duto Alto VI
exposto/aéreo
Instalada

Duto enterrado Moderado IV

Corrida de
detritos

Duto Moderado III


exposto/aéreo
Com Potencial

Duto enterrado Baixo II

Figura A.2 - Corrida de Detritos

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Talude Baixo II
montante

Instalado Dentro limites Alto VI


faixa

Talude jusante Alto V

Escorregamento

Talude Baixo I
montante

Ver Nota

Com Evidências Dentro limites Moderado IV


faixa

Talude jusante Moderado III

NOTA Evidências de trincas e abatimentos.

Figura A.3 - Escorregamento

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Sobre o duto Moderado IV

Instalado

Dentro limites Baixo II


faixa

Queda de
blocos
Ver Nota
Duto Com Baixo II
exposto/aéreo proteção

Com potencial Sem Moderado IV


proteção

Duto Baixo II
enterrado

NOTA Proteção contra impacto de blocos. A jaqueta de concreto não deve ser considera como
forma de proteção.

Figura A.4 - Quedas de Blocos

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Duto em vão AltoV


livre

Duto exposto Moderado IV


Dentro limites
faixa
“Piping” ou Moderado III
subsidência

Erosão ativa
Baixo II
sem duto
exposto
Erosão
Terrestre

Pequeno Baixo I
porte
Talude
Montante
Grande Baixo II
porte

Sulcos/ Baixo I
ravinas
Lateral da Terrenos
faixa planos
Voçoroca Moderado IV

Pequeno Baixo II
porte
Talude
jusante
Grande Moderado IV
porte

Figura A.5 - Erosão Terrestre

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Leito rochoso Duto Alto V


exposto

Duto Moderado IV
exposto
Rios / lagos Leito em solo

Duto em vão Alto VI


livre

Erosão ativa
Moderado III
sem duto
exposto
Erosão
travessia

Erosão Moderado III


suporte/solo

Aéreas

Erosão Baixo II
duto/solo

Figura A.6 - Erosão em Travessia

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Com Baixo II
instrumentação

Ver Nota

Recalque

Sem Alto V
instrumentação

NOTA Aterros sobre solos moles construídos dentro dos limites da faixa ou até 20 m dos mesmos.

Figura A.7 - Recalque

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Anexo B - Critérios para Reclassificação de Gasodutos

B.1 Objetivo

Este documento tem como objetivo estabelecer os critérios para a reclassificação de gasodutos
terrestres existentes, destinados ao transporte de gás combustível.

B.2 Classes de Locação Originais

B.2.1 As classes de locação são originalmente definidas, na época do projeto e construção do


gasoduto, por um número inteiro variando de 1 a 4, conforme ASME B31.8 ou ABNT NBR 12712.

B.2.2 A classe de locação deve ser estabelecida em função da quantidade de construções para
ocupação humana existentes em uma unidade de classe de locação. Para os efeitos deste critério
cada unidade de habitação separada (exemplo: um apartamento) em uma construção de múltiplas
unidades habitacionais (exemplo: um prédio de apartamentos) é contada como uma construção
separada para ocupação humana.

B.3 Critérios para Reclassificação

B.3.1 Requisitos Gerais

B.3.1.1 Para efeito de reclassificação, as classes de locação definidas na época do projeto e


construção do gasoduto devem ser reavaliadas, através da recontagem das construções destinadas à
ocupação humana, existentes nas adjacências da faixa do gasoduto, segundo os critérios do B.3.2
deste Anexo.

B.3.1.2 As áreas que apresentarem classe de locação superior à definida no projeto devem ser
reclassificadas de acordo com o prescrito neste Anexo.

B.3.1.3 Não é permitida redução da classificação de qualquer unidade de classe de locação, definida
no projeto.

B.3.1.4 A reclassificação de gasodutos terrestres existentes, em relação às classes de locação


originais, é feita em três níveis, conforme o fluxograma da Figura B.1 deste Anexo.

B.3.1.5 O primeiro nível, detalhado no B.3.2 deste Anexo, segue o critério do ASME B31.8, sendo
apenas vedado o aumento da PMOA corrente.

B.3.1.6 O segundo nível, detalhado no B.3.3 deste Anexo, aplica-se no caso em que a
reclassificação pelo primeiro nível exigir mudanças nas condições operacionais ou físicas do
gasoduto. Nestas situações pode ser feita uma reclassificação de segundo nível, a qual utiliza fatores
de teste hidrostático menos conservativos do que o ASME B31.8; entretanto, medidas mitigadoras da
probabilidade de danos por terceiros e de garantia da integridade estrutural do duto são mandatórias.

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B.3.1.7 O terceiro nível, detalhado no B.3.4 deste Anexo, aplica-se no caso em que a reclassificação
pelo segundo nível ainda exigir mudanças nas condições operacionais ou físicas do gasoduto. Neste
caso, além da implementação de medidas mitigadoras da probabilidade de danos por terceiros e de
garantia da integridade estrutural do duto, deve-se efetuar a medição da densidade populacional
associada ao raio de consequências de um vazamento no gasoduto seguido de combustão. A
densidade populacional é medida em uma área que depende do diâmetro e da PMO do gasoduto,
conforme B.3.4 deste Anexo.

B.3.1.8 Caso ainda assim a PMOA não possa ser mantida, pode ser feita uma avaliação mais
aprofundada, com base em análise quantitativa de risco e análise de integridade estrutural, levando
em conta o histórico e as condições presentes do duto, as condições do seu entorno,
quantificando-se a probabilidade e consequências de falha.

B.3.1.9 Todos os locais onde ocorreu mudança de classe de locação devem ser registrados em
documentos técnicos.

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Início

Levantamento de densidade populacional

Detectadas N
mudanças

N Atende Pré- S
requisitos (B.3.2.1)

Aplica critérios de nova


construção (PMOA e classe) Reclassificação (B.3.2.2)

S
Nova PMOA ≥ PMO Nível 1 - ASME B.31.8 (B.3.2)

N
N Nova PMOA ≥ PMO S

N Atende Pré-
S
requisitos (B.3.3.3)

Nível 2 - fator de TH (B.3.3)

S Medidas
Nova PMOA ≥ PMO mitigadoras
(B.3.3.2)

N
Nível 3 - novo critério de
densidade populacional (B.3.4)

S
Nova PMOA ≥ PMO

Continua operação Reduz PMO ou modifica Continua operação


normal reavalia duto ou conduz avaliação normal reavalia
PMOA mais aprofundada PMOA

Figura B.1 - Fluxograma para Reclassificação de Gasodutos

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B.3.2 Reclassificação Nível 1 (ASME B31.8)

B.3.2.1 São pré-requisitos para a reclassificação neste nível:

a) plano de gerenciamento de integridade do duto abrangendo inspeções por pigs de


corrosão e geométrico, controle de corrosão interna e externa, controle geotécnico e de
ações de terceiros, gerenciamento de mecanismo de trincamento dependente do tempo,
avaliação de defeitos e ações corretivas;

b) o duto deve ser considerado plenamente seguro para as condições operacionais, tendo
como base o histórico operacional, de inspeções e manutenção.

B.3.2.2 A Tabela B.1 apresenta os requisitos para reclassificação nível 1 de gasodutos terrestres
existentes.

Tabela B.1 - Requisitos para Reclassificação Nível 1 (ASME B31.8)

Classe original Reclassificação nível 1

PMOA original Nº da
Nº da Nº de Nº de Nova PMOA
(o menor valor classe
classe edificações edificações
entre) (ver 5.2.3)
1R1 [11 – 25] Min {PMOA original ; 0,72 × SMYS}
2R1a [26 – 45] Min {PTH/1,25 ; 0,72 × SMYS}
PTH/1,1
1 [0 - 10] ou Pd 2R1b [46 – 65] Min {PTH/1,5 ; 0,60 × SMYS}
≥ 66
3R1 Min {PTH/1,5 ; 0,60 × SMYS}
(Ver B.3.2.4)
4R1 Ver B.3.2.5 Min {PTH/1,8 ; 0,50 × SMYS}
2R2 [46 – 65] Min {PMOA original ; 0,60 X SMYS}
PTH/1,25 ≥ 66
2 [11 – 45] 3R2 Min {PTH/1,5 ; 0,60 × SMYS}
ou Pd (Ver B.3.2.4)
4R2 Ver B.3.2.5 Min {PTH/1,8 ; 0,50 × SMYS}

3 ≥ 46 PTH/1,4 4R3 Ver B.3.2.5 Min {PTH/1,8 : 0,50 × SMYS}


ou Pd

B.3.2.3 São indicados a seguir os significados das siglas e a nomenclatura adotada na Tabela 1:

As novas classes de locação, reclassificadas, devem ser identificadas pela letra “R”, colocada
após o nº da nova classe, e seguida pelo número da classe original. Ex: 3R2: classe 3
reclassificada – classe original 2.

B.3.2.4 A classe 3R (3R1 e 3R2) ocorre:

a) quando o número de edificações for igual ou superior a 66, exceto onde prevalecer
a classe de locação 4R (4R2 ou 4R3);
b) em área onde o gasoduto está situado até 90 m, a partir do eixo da faixa, de
qualquer edificação (escola, igreja, clube etc) ou pequena e bem definida área
externa (como um playground, área de recreação, teatro ao ar livre ou outro local
de reunião pública), que é ocupada por 20 ou mais pessoas, em pelo menos
5 dias por semana durante 10 semanas, em qualquer período de 12 meses. Os
dias e semanas não precisam ser consecutivos.

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B.3.2.5 A classe 4R ocorre em regiões onde prevalecem prédios de 4 ou mais pavimentos, incluindo
o térreo.

B.3.2.6 Os gasodutos projetados pelas edições do ASME B31.8 anteriores a 1989 (inclusive)
utilizam, além do fator de projeto, o tipo de construção, definido pelas letras A, B, C e D. A partir da
edição de 1992 o tipo de construção foi eliminado da norma. A Tabela B.2 apresenta a Classe de
Locação (Tipo de Construção), Fatores de Projeto “F” (ASME B31.8) e Fatores de Teste Hidrostático
(“Ft”) utilizados nos projetos dos gasodutos.

Tabela B.2 - Classe de Locação, Fatores de Projeto e de TH para Gasodutos (Fase de


Projeto)

Classe de Locação Fator de Projeto Fator de Teste


(Tipo de Construção) “F” “Ft”
(Nota 1) (Nota 2) (Nota 3)
1 0,72 1,1
1(A) 0,72 1,1
1(B) 0,6 1,1
1(C) 0,5 1,1
1(D) 0,4 1,1
2 0,6 1,25
2(B) 0,6 1,25
2(C) 0,5 1,25
3 0,5 1,4
3(C) 0,5 1,4
3(D) = 4 0,4 1,4
4 0,4 1,4
4(D) 0,4 1,4
NOTA 1 (A), (B), (C) Tipos de construção – aplicáveis aos gasodutos projetados pelas revisões
do ASME B31.8 anteriores a 1989 (inclusive); as combinações 1D, 3D e 4D, embora
não previstas no ASME B31.8, aparecem nos “as-built” de alguns gasodutos.
NOTA 2 Este valor não deve ser superior ao valor efetivamente adotado no projeto,
principalmente no caso de gasodutos em que “tipo de construção” não é aplicável.
NOTA 3 Os valores indicados são os mínimos requeridos pelo ASME B31.8.

B.3.2.7 A Tabela B.3 apresenta uma composição da reclassificação nível 1 (Tabela B.1) com os tipos
de construção indicados na Tabela B.2. As Notas 1, 2 e 3 da Tabela B.2 também são válidas para a
Tabela 3.

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Tabela B.3 - Classe de Locação, Fatores de Projeto e de TH para Gasodutos (para


Fins de Reclassificação Nível 1)

Classe de locação Fator de projeto Fator de teste


(tipo de construção) “F” “Ft”
(Nota 1) (Nota 2) (Nota 3)
1R1 0,72 1,1
1R1(A) 0,72 1,1
1R1(B) 0,6 1,1
1R1(C) 0,5 1,1
1R1(D) 0,4 1,1
2R1a 0,72 1,25
2R1a (A) 0,72 1,25
2R1a (B) 0,6 1,25
2R1a (C) 0,5 1,25
2R1a (D) 0,4 1,25
2R1b 0,6 1,5
2R1b (A) 0,6 1,5
2R1b (B) 0,6 1,5
2R1b (C) 0,5 1,5
2R1b (D) 0,4 1,5
2R2 0,6 1,25
2R2(B) 0,6 1,25
2R2(C) 0,5 1,25
3R1 0,6 1,5
3R1(A) 0,6 1,5
3R1(B) 0,6 1,5
3R1(C) 0,5 1,5
3R1(D) 0,4 1,5
3R2 0,6 1,5
3R2(B) 0,6 1,5
3R2(C) 0,5 1,5
4R1 0,5 1,8
4R1 (A,B,C) 0,5 1,8
4R1 (D) 0,4 1,8
4R2 0,5 1,8
4R2 (B,C) 0,5 1,8
4R3 0,5 1,8
4R3 (C) 0,5 1,8

40
-PÚBLICO-

N-2775 REV. B 12 / 2014

B.3.3 Reclassificação Nível 2 (Fatores de TH Modificados)

B.3.3.1 Caso a PMOA determinada no nível 1 seja inferior a PMO requerida, pode-se fazer uso da
reclassificação de nível 2, a qual estabelece procedimento alternativo para determinação da PMOA.

B.3.3.2 A Tabela B.4 apresenta os requisitos para mudança de classes de locação de gasodutos,
que admitem fatores de teste hidrostático menos rigorosos do que os do Nível 1 (B.3.2), e exigem a
execução de medidas mitigadoras contra danos causados por terceiros e providências adicionais
para garantir a integridade estrutural.

B.3.3.3 São pré-requisitos para a reclassificação neste nível:

a) plano de gerenciamento de integridade do duto abrangendo inspeções por pigs de


corrosão e geométrico, controle de corrosão interna e externa, controle geotécnico e de
ações de terceiros, gerenciamento de mecanismo de trincamento dependente do tempo,
avaliação de defeitos e ações corretivas;
b) o duto deve ser considerado plenamente seguro para as condições operacionais, tendo
como base o histórico operacional, de inspeções e manutenção;
c) a última inspeção por pig de corrosão ter ocorrido há no máximo 5 anos.

Tabela B.4 - Requisitos para Reclassificação Nível 2 - Fatores de TH Modificados e


Requisitos Adicionais

Mitigação de
Classe original Reclassificação nível 2 Medidas
danos por
adicionais
terceiros
requeridas
Nº da NOVA PMOA requerida
Nº da Nº de Nº de (Ver Nota 2)
classe (o menor valor entre a (Ver Nota 1)
classe edificações edificações
PMOA em vigor e:)
1R1 [11 – 25] Min {PTH/1,1 ; 0,72 × SMYS} - -
2R1a [26 – 45] Min {PTH/1,25 ; 0,72 × SMYS} - -
1 [0 - 10]
2R1b [46 – 65] Min {PTH/1,25 ; 0,60 × SMYS} 40 % A1,A3
3R1 ≥ 66 Min {PTH/1,25 ; 0,60 × SMYS} 70 % A1,A2,A3
2R2 [46 – 65] Min {PTH/1,25 ; 0,60 ×SMYS} - -
2 [11 – 45]
3R2 ≥ 66 Min {PTH/1,25 ; 0,60 × SMYS} 70 % A2,A3

NOTA 1 Conforme Tabela B.5.


NOTA 2 Conforme Tabela B.

B.3.3.4 A Tabela B.5 indica as possíveis medidas de mitigação à danos por terceiro e os percentuais
de redução associados a cada medida.

41
-PÚBLICO-

N-2775 REV. B 12 / 2014

Tabela B.5 - Medidas Mitigadoras Contra Danos de Terceiros

Redução na Frequência
Indicativo Medida Mitigadora
de Falha

M1 Enterramento de 1,5 m 20 %
M2 Enterramento de 2,0 m 40 %
M3 Enterramento de 3,0 m 80 %
Tela de sinalização enterrada, conforme
M4 50 %
PETROBRASN N-464
Colocar marcos delimitadores de faixa a cada 25 m e
M5 30%
placas de advertência conforme PETROBRAS N-2200
Dobrar frequência da inspeção periódica da faixa em
M6 20 %
relação à determinada nesta Norma
Barreira de concreto armado conforme PETROBRAS
M7 95 %
N-464 ou tubo camisa (casing)

B.3.3.5 As medidas mitigadoras podem ser escolhidas livremente e combinadas atingir os


percentuais indicados na Tabela B.4. Quando várias medidas são utilizadas simultaneamente, a
redução combinada deve ser calculada pela seguinte expressão:

( )
n
Redução Combinada = 1 - ∏ 1 − i esima Redução
i=1

B.3.3.6 A Tabela B.6 explicita as medidas adicionais para garantia de integridade estrutural exigidas
na Tabela B.5.

Tabela B.6 - Medidas Adicionais para Garantia de Integridade Estrutural

Indicativo Medida Adicional

Refazer avaliação de defeitos e determinação do tempo de reinspeção, quando


A1
alterados os fatores de segurança.

Realizar correlações adicionais à última inspeção por pig nos locais onde a medida
for requerida. Na ausência de indicações nesses locais, realizar correlações o mais
A2 próximo possível.
Recomenda-se realizar no mínimo cinco correlações adicionais por gasoduto.
[Prática Recomendada].

Inspeção visual dos trechos aéreos com frequência dobrada onde a medida for
A3
requerida.

B.3.4 Reclassificação Nível 3 (Critério Alternativo de Densidade Populacional)

B.3.4.1 Caso a PMOA determinada no nível 2 seja inferior a PMO desejada, pode-se fazer uso da
reclassificação nível 3, a qual estabelece procedimento alternativo para determinação da PMOA.

42
-PÚBLICO-

N-2775 REV. B 12 / 2014

B.3.4.2 A reclassificação no terceiro nível requer, obrigatoriamente, o atendimento aos pré-requisitos


do B.3.3.3.

B.3.4.3 A reclassificação nível 3 não pode ser aplicada em trechos de classe de locação 4.

42-A
B.3.4.4 As classes de locação determinadas no nível 1 continuam sendo válidas.

B.3.4.5 A nova PMOA é determinada levando em conta a PMOA em vigor e os fatores de TH e de


segurança indicados na Tabela B.7.

B.3.4.6 Para efeito de aplicação da reclassificação nível 3, a unidade de classe de locação, conforme
indicado em 3.19, passa a ter uma área de 1 600 m de comprimento por “w” m de largura. A largura
“w” é definida na Tabela B.7, em função do diâmetro nominal (φ) do gasoduto, em polegadas, e da
PMO, em psi (ver Fig. 3).

ivo)
ress

w
o g
pr
ento
prim ntal
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m (com horizo
00 o
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W/2

(pro
W/2

Figura B.3 - Unidade de Classe de Locação para Reclassificação Nível 3

Tabela B.7 - Largura “w” da Unidade de Classe de Locação para Reclassificação Nível 3

Classe de Locação Largura “w” (m)

2R1a, 2R1b 0,42 φ PMO


3R1, 3R2 0,50 φ PMO

B.3.4.7 A Tabela B.8 indica os requisitos de medição de densidade populacional, os fatores de teste
e os fatores de segurança para a reclassificação nível 3.

Tabela B.8 - Requisitos para Reclassificação Nível 3 - Faixas de Nº de Edificações


Ajustados para “w”

Reclassificação nível 3
Nova PMOA
Nº de edificações (ver Nota)
(o menor valor entre a PMOA em vigor e:)
w 
[0 − 25] ×   Min {PTH/1,1 ; 0,72 × SMYS}
 400 
w 
[26 − 45] ×   Min {PTH/1,25 ; 0,72 × SMYS}
 400 
 w 
≥ 46 ×   Min {PTH/1,25 ; 0,60 × SMYS}
 400 
NOTA Medido em L = 1 600 m e “w”, sendo “w” conforme Tabela B.7.

43
B.3.4.8 A utilização desses critérios requer a implementação das medidas mitigadoras de danos
contra terceiros e das ações complementares para garantia de integridade, indicadas no B.3.3.2.

B.3.4.9 Para fins de determinação das medidas mitigadoras de danos contra terceiro e das ações
complementares para garantia de integridade, deve-se utilizar os valores normais para a unidade de
classe de locação de 1 600 m x 400 m.

B.4 Limites entre Classes de Locação

Os limites de quaisquer classes de locação, originais ou revisadas (reclassificação) e determinadas


de acordo com o B.2.2, podem ser ajustados do seguinte modo:

a) quando um aglomerado de construções para ocupação humana requer uma classe 3


esta locação se estende por 200 m a partir da última construção;
b) quando um aglomerado de construções para ocupação humana requerer uma classe 2,
esta locação se estende por 200 m a partir da última construção.

B.5 Desenvolvimento Futuro

Para efeito de reclassificação, devem ser levadas em conta somente as habitações para ocupação
humana existentes nas adjacências da faixa. Desenvolvimentos futuros tais como: loteamentos,
distritos industriais, etc, devem ser apontados, visando subsidiar eventuais reclassificações futuras.

B.6 Rotina para Reclassificação


a) identificar e reportar locais com possíveis mudanças de classe de locação
preferencialmente por meio de ferramentas computacionais que utilizem dados
georreferenciados. De forma alternativa, utilizar o Relatório de levantamento para estudo de
reclassificação conforme Formulário 1.
b) Emitir relatório de estudo de reclassificação, contendo novas classes de locação e
avaliação da PMOA, utilizando, preferencialmente, ferramentas computacionais com dados
georreferenciados e, de forma alternativa, elaborar relatório conforme item B.7.
c) quando necessário implementar medidas mitigadoras e emitir relatório (RL) de evidências
do tratamento do trecho reclassificado;
d) revisar o desenho de perfil, citando como referência o relatório (RL).

B.7 Apresentação do Relatório de Levantamento para Estudo de Reclassificação

Os relatórios de classe de locação de gasodutos devem ser apresentados conforme Formulário 1, e


preenchidos como segue:

a) no campo 1:
— quilometragem desenvolvida da faixa de duto em frações de até 1 m, que define o
ponto de início das edificações na classe de locação;
b) no campo 2:
— quilometragem desenvolvida da faixa de duto em frações de até 1 m, que define o
ponto de término das edificações na classe de locação.
c) no campo 3:
— coordenadas UTM ou Geográficas da diretriz da faixa que definem o ponto de início
das edificações na classe de locação;
d) no campo 4:
— coordenadas UTM ou Geográficas da diretriz da faixa que definem o ponto de término
das edificações na classe de locação;
e) no campo 5:
— número do desenho planta/perfil do trecho considerado;
f) no campo 6:
— número de habitações atuais no trecho considerado;
g) no campo 7:
— número que define a classe de locação pelos critérios do B.3.2 deste documento;

44
h) no campo 8:
— datum e sistema de projeção (UTM ou Geográficas). Se o sistema de projeção
informado for UTM é necessário a indicação do Meridiano Central (MC) para as
coordenadas constantes do relatório;
i) no campo 9:
— ano do projeto.
j) no campo 10:
— data do levantamento das informações de campo.

45
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46
-PÚBLICO-

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração

1.1, 1.2 e 1.3 Revisadas

2 Revisada

3.1 Incluída

3.3 Renumerada

3.4 Incluída

3.5 Renumerada

3.6 a 3.12 Renumeradas e revisadas

3.13 Renumerada

3.14 Renumerada e revisada

4.1 Revisada

4.2 Renumerada

4.3 Incluída

4.4 Renumerada e revisada

5 e 5.1 Revisadas

5.1.1 Incluída

5.1.1.1 e 5.1.1.2 Renumeradas e revisadas

Tabela 2 Revisada

5.1.2 Incluída

5.1.3 Renumerada e revisada

5.2, 5.3, 5.3.1 Renumeradas e revisadas

5.3.2 e 5.3.2 Incluídas

5.3.4 a 5.3.6 Renumeradas e revisadas

5.4 Revisada

6.1.1 Revisada

6.1.2 Renumerada

6.1.4 Revisada

6.1.6 Revisada

IR 1/3
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REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração
6.2, 6.2.1.1, 6.2.1.2,
Revisadas
6.2.1.5 e 6.2.6
6.3 Revisada

7, 7.1 Revisadas
7.2.1.1, 7.2.1.2 e
Incluídas
7.2.1.3
7.2.5 Revisada

8.1 Revisada

8.1.1, 8.1.1.1 e 8.1.1.2 Incluídas

8.1.2 e 8.1.2.1 Incluídas


8.1.2.2, 8.1.2.3,
8.1.2.4, 8.1.2.5 e Renumeradas e revisadas
8.1.2.6
8.1.3 e 8.1.4 Renumeradas e revisadas

8.1.5 Incluída

8.1.6 Renumerada e revisada

8.2.1 a 8.2.3 Renumeradas e revisadas

9.1.1 Revisada

9.2.3 e 9.2.4 Renumerada

Figura A.1 Revisada

Tabela A.1 Revisada

A.3.3 Revisada

A.4.4.1.1 a A.4.4.1.6 Revisadas

A.4.4.2 e A.4.4.3 Revisadas

A.5.2 Revisada

A.6.5 Revisada

A.6.6 Incluída

Figuras A.2 a A.6 Revisadas

Figuras A.7 e A.8 Incluídas

Figura B.1 Revisada

Figura C.1 Revisada

Anexo E Revisada

REV. B
Prefácio Incluído

2 Revisada

IR 2/3
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REV. B
3.6 Incluída

3.6 a 3.10 Renumeradas

3.11 Removida

3.12 Alterado para 3.18

3.12 a 3.17 Incluídas

3.19 Incluída

5.1.1.1; 5.1.1.2; 5.2 Revisadas

5.2.1 e 5.2.2 Incluídas

5.2.3 a 5.2.6 Incluídas

5.2.6.1 e 5.2.6.9 Incluídas

5.2.7 a 5.2.7.12 Incluídas

5.3.1 (e; 5.3.1 (f Revisadas

5.3.2 (Nota) Incluída

5.3.3 a 5.3.6 Revisadas

5.4.1 a 5.4.7 Incluídas

6.1.1 (incluindo Nota) Revisadas

6.1.2 e 6.1.3 Revisadas

6.1.4 Alterado para 6.1.5

6.1.5 Alterado para 6.1.6

IR 3/3
-PÚBLICO-

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4.4 A Tabela 1 não é aplicável à faixas de dutos que possuam somente gasodutos instalados. O
conceito de grau de vulnerabilidade está associado às consequências de vazamentos de líquidos em
relação ao meio ambiente.

4.5 A reclassificação de gasodutos, a partir da alteração da classe de locação de projeto da faixa,


deve seguir os critérios estabelecidos no 6.1.1.

5 Inspeção de Faixa de Dutos

Esta seção estabelece critérios e rotinas para o gerenciamento dos diversos tipos de inspeção das
faixas de dutos e áreas remanescentes/adjacentes.

5.1 Inspeção de Rotina

O objetivo da inspeção é identificar, ao longo de toda a extensão da faixa, acessos e áreas


adjacentes, a existência de irregularidades ou não-conformidades que possam alterar as condições
físicas da faixa, causar esforços mecânicos indesejáveis aos dutos, colocar em risco as instalações
existentes e causar danos ao meio ambiente, tais como:

a) ocorrências geotécnicas (erosão, escorregamentos, abatimentos, trincas e outros);


b) tráfego de veículos e/ou equipamentos pesados sobre a faixa;
c) limpeza da faixa (roçada, entulhos, lixo ou sucata);
d) plantio de vegetação ou cultivo de plantas não permitidas;
e) deficiência do sistema de drenagem da faixa;
f) queimadas;
g) ocupação irregular da faixa por terceiros;
h) realização de obras ou serviços nas proximidades ou que interfiram com a faixa (aterros,
escavações, demolições, construções, detonações, lançamento de efluentes e outros);
i) sinalização de faixa, instalações e acessos (áreas de válvulas, equipamentos do sistema
de proteção catódica, “vents”, travessias de rios e lagos, travessias aéreas, e outros);
j) exposição ou área de baixa cobertura do duto;
k) travessia de corpos d’água e cruzamentos;
l) áreas cercadas e instalações de superfície (estações de medição, intermediárias
desassistidas, áreas de lançadores/recebedores de “pig”, válvulas de bloqueio,
equipamentos do sistema de proteção catódica e outros);
m) indícios de vazamentos de produtos;
n) travessias ou passagens aéreas dos dutos (quanto ao revestimento externo, suportação,
estruturas de proteção contra impactos externos);
o) túneis (sistema de drenagem, iluminação, integridade das paredes e outros).
p) ruídos ou vibrações anormais no duto ou nas instalações sobre a faixa;
q) atos de vandalismo;
r) barragens e açudes localizados a montante da faixa;
s) áreas extrativistas situadas até 200 m de distância do eixo da faixa;
t) danos estruturais, ruptura, deformação, desalinhamento das estruturas de contenção.

NOTA 1 Caso seja constatada alguma situação de anormalidade provocada, por exemplo, por fortes
chuvas, devem ser solicitadas inspeções específicas.
NOTA 2 Estas inspeções devem ser realizadas por inspetores e/ou técnicos de faixa, devidamente
treinados para identificar e registrar anomalias de natureza geológico-geotécnica. Para
tanto, devem ser promovidos cursos de treinamento e reciclagem, com uma periodicidade
máxima de 3 anos ou quando do ingresso na atividade, ministrados preferencialmente por
engenheiros geotécnicos ou profissional especializado.

5.1.1 Inspeção de Rotina Terrestre

5.1.1.1 A inspeção terrestre, a critério do órgão, pode ser feita a pé ou por qualquer outro meio de
transporte.

9
-PÚBLICO-

N-2775 REV. B 12 / 2014

5.1.1.2 A frequência mínima de inspeção de rotina é definida por trechos de faixa, de acordo com
sua classe de locação e tipo de ambiente, conforme Tabela 2. Para faixas onde estão inseridos
apenas gasodutos, adotar a frequência de inspeção do tipo de ambiente E1.

NOTA 1 No caso de faixas contendo apenas dutos cujo fluido, no caso de vazamento, se comporte
como gás, adotar o tipo de ambiente E1 (Exemplo: GLP ou GNL).
NOTA 2 As frequências devem ser estabelecidas considerando a natureza e quantidade das
ocorrências observadas nas inspeções anteriores.

Tabela 2 - Periodicidade de Inspeção das Locações (Segmentos) das Faixas de Dutos

Classe de
Locação Classe Classe Classe Classe
Tipos de 1 2 3 4
Ambiente
E1 Quadrimestral Quadrimestral Mensal Quinzenal
E2 Bimestral Bimestral Mensal Quinzenal
E3 Mensal Mensal Quinzenal Semanal
E4 Mensal Mensal Quinzenal Semanal
NOTA As periodicidades definidas na Tabela 2 podem ser revistas a partir de uma
avaliação de risco específica para uma determinada faixa considerando
também as condições de integridade dos dutos.

5.1.1.3 Deve ser elaborado procedimento de inspeção de rotina, descrevendo as faixas (nome), tipo,
periodicidade (períodos e datas) e relatórios (tipos e data de apresentação).

5.1.2 Inspeção de Rotina Aérea

5.1.2.1 A inspeção aérea tem por objetivo a visualização geral da faixa e seu entorno, de forma a
identificar possíveis impactos à faixa.

5.1.2.2 A inspeção aérea deve ser realizada com utilização de helicóptero, devendo respeitar a
frequência mínima de 6 meses, limitando-se a faixas com extensão superiores a 50 km.

NOTA As frequências devem ser estabelecidas considerando a natureza e quantidade das


ocorrências observadas nas inspeções anteriores.

5.2 Inspeção Geológico - Geotécnica

5.2.1 As inspeções geológico-geotécnicas têm por objetivo identificar, cadastrar, classificar e


monitorar, ao longo das faixas de dutos e áreas adjacentes, pontos com indícios de processos
naturais ou antrópicos que representem risco para a integridade dos dutos, tais como: erosões,
deslizamentos, áreas minerárias, obras de infraestrutura urbana, indícios de movimentos de encosta,
recalques, abatimentos, acúmulo ou surgência de água, deficiência ou danos nos dispositivos de
drenagem e em obras de estabilização, exposição do duto, cortes, aterros e barragens.

5.2.2 As inspeções geológico-geotécnicas devem obedecer às periodicidades apresentadas na


Tabela 3.

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-PÚBLICO-

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B.3.2 Reclassificação Nível 1 (ASME B31.8)

B.3.2.1 São pré-requisitos para a reclassificação neste nível:

a) plano de gerenciamento de integridade do duto abrangendo inspeções por pigs de


corrosão e geométrico, controle de corrosão interna e externa, controle geotécnico e de
ações de terceiros, avaliação de defeitos e ações corretivas;
b) o duto deve ser considerado plenamente seguro para as condições operacionais, tendo
como base o histórico operacional, de inspeções e manutenção;
c) não existirem condições para fadiga ou outro mecanismo de trincamento dependente do
tempo.

B.3.2.2 A Tabela B.1 apresenta os requisitos para reclassificação nível 1 de gasodutos terrestres
existentes.

Tabela B.1 - Requisitos para Reclassificação Nível 1 (ASME B31.8)

Classe original Reclassificação nível 1

PMOA original Nº da
Nº da Nº de Nº de Nova PMOA
(o menor valor classe
classe edificações edificações
entre) (ver 5.2.3)
1R1 [11 – 25] Min {PMOA original ; 0,72 × SMYS}
2R1a [26 – 45] Min {PTH/1,25 ; 0,72 × SMYS}
PTH/1,1
1 [0 - 10] ou Pd 2R1b [46 – 65] Min {PTH/1,5 ; 0,60 × SMYS}
≥ 66
3R1 Min {PTH/1,5 ; 0,60 × SMYS}
(Ver B.3.2.4)
4R1 Ver B.3.2.5 Min {PTH/1,8 ; 0,50 × SMYS}
2R2 [46 – 65] Min {PMOA original ; 0,60 X SMYS}
PTH/1,25 ≥ 66
2 [11 – 45] 3R2 Min {PTH/1,5 ; 0,60 × SMYS}
ou Pd (Ver B.3.2.4)
4R2 Ver B.3.2.5 Min {PTH/1,8 ; 0,50 × SMYS}

3 ≥ 46 PTH/1,4 4R3 Ver B.3.2.5 Min {PTH/1,8 : 0,50 × SMYS}


ou Pd

B.3.2.3 São indicados a seguir os significados das siglas e a nomenclatura adotada na Tabela 1:

As novas classes de locação, reclassificadas, devem ser identificadas pela letra “R”, colocada
após o nº da nova classe, e seguida pelo número da classe original.: 3R2: classe 3
reclassificada – classe original 2.

B.3.2.4 A classe 3R (3R1 e 3R2) ocorre:

c) quando o número de edificações for igual ou superior a 66, exceto onde prevalecer
a classe de locação 4R (4R2 ou 4R3);
d) em área onde o gasoduto está situado até 90 m, a partir do eixo da faixa, de
qualquer edificação (escola, igreja, clube etc) ou pequena e bem definida área
externa (como um playground, área de recreação, teatro ao ar livre ou outro local
de reunião pública), que é ocupada por 20 ou mais pessoas, em pelo menos
5 dias por semana durante 10 semanas, em qualquer período de 12 meses. Os
dias e semanas não precisam ser consecutivos.

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-PÚBLICO-

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Anexo B - Critérios para Reclassificação de Gasodutos

B.1 Objetivo

Este documento tem como objetivo estabelecer os critérios para a reclassificação de gasodutos
terrestres existentes, destinados ao transporte de gás combustível, aplicando-se a gasodutos
projetados segundo a norma ASME B31.8 até a edição de 2007, inclusive.

B.2 Classes de Locação Originais

B.2.1 As classes de locação são originalmente definidas, na época do projeto e construção do


gasoduto, por um número inteiro variando de 1 a 4, conforme ASME B31.8 ou ABNT NBR 12712.

B.2.2 A classe de locação deve ser estabelecida em função da quantidade de construções para
ocupação humana existentes em uma unidade de classe de locação. Para os efeitos deste critério
cada unidade de habitação separada (exemplo: um apartamento) em uma construção de múltiplas
unidades habitacionais (exemplo: um prédio de apartamentos) é contada como uma construção
separada para ocupação humana.

B.3 Critérios para Reclassificação

B.3.1 Requisitos Gerais

B.3.1.1 Para efeito de reclassificação, as classes de locação definidas na época do projeto e


construção do gasoduto devem ser reavaliadas, através da recontagem das construções destinadas à
ocupação humana, existentes nas adjacências da faixa do gasoduto, segundo os critérios do B.3.2
deste Anexo.

B.3.1.2 As áreas que apresentarem classe de locação superior à definida no projeto devem ser
reclassificadas de acordo com o prescrito neste Anexo.

B.3.1.3 Não é permitida redução da classificação de qualquer unidade de classe de locação, definida
no projeto.

B.3.1.4 A reclassificação de gasodutos terrestres existentes, em relação às classes de locação


originais, é feita em três níveis, conforme o fluxograma da Figura B.1 deste Anexo.

B.3.1.5 O primeiro nível, detalhado no B.3.2 deste Anexo, segue o critério do ASME B31.8, sendo
apenas vedado o aumento da PMOA corrente.

B.3.1.6 O segundo nível, detalhado no B.3.3 deste Anexo, aplica-se no caso em que a
reclassificação pelo primeiro nível exigir mudanças nas condições operacionais ou físicas do
gasoduto. Nestas situações pode ser feita uma reclassificação de segundo nível, a qual utiliza fatores
de teste hidrostático menos conservativos do que o ASME B31.8; entretanto, medidas mitigadoras da
probabilidade de danos por terceiros e de garantia da integridade estrutural do duto são mandatórias.

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-PÚBLICO-

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B.3.2 Reclassificação Nível 1 (ASME B31.8)

B.3.2.1 São pré-requisitos para a reclassificação neste nível:

a) plano de gerenciamento de integridade do duto abrangendo inspeções por pigs de


corrosão e geométrico, controle de corrosão interna e externa, controle geotécnico e de
ações de terceiros, avaliação de defeitos e ações corretivas;
b) o duto deve ser considerado plenamente seguro para as condições operacionais, tendo
como base o histórico operacional, de inspeções e manutenção;
c) não existirem condições para fadiga ou outro mecanismo de trincamento dependente do
tempo.

B.3.2.2 A Tabela B.1 apresenta os requisitos para reclassificação nível 1 de gasodutos terrestres
existentes.

Tabela B.1 - Requisitos para reclassificação nível 1 (ASME B31.8)

Classe original Reclassificação nível 1

PMOA
Nº da
Nº da Nº de original Nº de Nova PMOA
classe
classe edificações (o menor edificações
(ver 5.2.3)
valor entre)
1R1 [11 – 25] Min {PMOA original ; 0,72 × SMYS}
2R1a [26 – 45] Min {PTH/1,25 ; 0,72 × SMYS}
PTH/1,1
1 [0 - 10] ou Pd 2R1b [46 – 65] Min {PTH/1,5 ; 0,60 × SMYS}
≥ 66 (Ver
3R1 Min {PTH/1,5 ; 0,60 × SMYS}
4.2.4)
4R1 Ver 4.2.5 Min {PTH/1,8 ; 0,50 × SMYS}
2R2 [46 – 65] Min {PMOA original ; 0,60 X SMYS}
PTH/1,25 ≥ 66 (Ver
2 [11 – 45] 3R2 Min {PTH/1,5 ; 0,60 × SMYS}
ou Pd 4.2.4)
4R2 Ver 4.2.5 Min {PTH/1,8 ; 0,50 × SMYS}
PTH/1,4
3 ≥ 46 4R3 Ver 4.2.5 Min {PTH/1,8 : 0,50 × SMYS}
ou Pd

B.3.2.3 São indicados a seguir os significados das siglas e a nomenclatura adotada na Tabela 1:

As novas classes de locação, reclassificadas, devem ser identificadas pela letra “R”, colocada
após o nº da nova classe, e seguida pelo número da classe original. Ex: 3R2: classe 3
reclassificada – classe original 2.

B.3.2.4 A classe 3R (3R1 e 3R2) ocorre:

a) quando o número de edificações for igual ou superior a 66, exceto onde


prevalecer a classe de locação 4R (4R2 ou 4R3);
b) em área onde o gasoduto está situado até 90 m, a partir do eixo da faixa, de
qualquer edificação (escola, igreja, clube etc) ou pequena e bem definida área
externa (como um playground, área de recreação, teatro ao ar livre ou outro local
de reunião pública), que é ocupada por 20 ou mais pessoas, em pelo menos
5 dias por semana durante 10 semanas, em qualquer período de 12 meses. Os
dias e semanas não precisam ser consecutivos.

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B.3.3 Reclassificação Nível 2 (Fatores de TH Modificados)

B.3.3.1 Caso a PMOA determinada no nível 1 seja inferior a PMO requerida, pode-se fazer uso da
reclassificação de nível 2, a qual estabelece procedimento alternativo para determinação da PMOA.

B.3.3.2 A Tabela B.4 apresenta os requisitos para mudança de classes de locação de gasodutos,
que admitem fatores de teste hidrostático menos rigorosos do que os do Nível 1 (B.3.2), e exigem a
execução de medidas mitigadoras contra danos causados por terceiros e providências adicionais para
garantir a integridade estrutural.

B.3.3.3 São pré-requisitos para a reclassificação neste nível:

a) plano de gerenciamento de integridade do duto abrangendo inspeções por pigs de


corrosão e geométrico, controle de corrosão interna e externa, controle geotécnico e de
ações de terceiros, avaliação de defeitos e ações corretivas;
b) o duto deve ser considerado plenamente seguro para as condições operacionais, tendo
como base o histórico operacional, de inspeções e manutenção; e estar em operação há,
pelo menos, 5 anos na PMO corrente (ou superior);
c) não existirem condições para fadiga ou outro mecanismo de trincamento dependente do
tempo;
d) a última inspeção por pig de corrosão ter ocorrido há no máximo 5 anos.

Tabela B.4 - Requisitos para Reclassificação Nível 2 - Fatores de TH Modificados e


Requisitos Adicionais

Mitigação de
Classe original Reclassificação nível 2 Medidas
danos por
adicionais
terceiros
requeridas
Nº da NOVA PMOA requerida
Nº da Nº de Nº de (Ver Nota 2)
classe (o menor valor entre a (Ver Nota 1)
classe edificações edificações
PMOA em vigor e:)
1R1 [11 – 25] Min {PTH/1,1 ; 0,72 × SMYS} - -
2R1a [26 – 45] Min {PTH/1,25 ; 0,72 × SMYS} - -
1 [0 - 10]
2R1b [46 – 65] Min {PTH/1,25 ; 0,60 × SMYS} 40 % A1,A3
3R1 ≥ 66 Min {PTH/1,25 ; 0,60 × SMYS} 70 % A1,A2,A3
2R2 [46 – 65] Min {PTH/1,25 ; 0,60 ×SMYS} - -
2 [11 – 45]
3R2 ≥ 66 Min {PTH/1,25 ; 0,60 × SMYS} 70 % A2,A3

NOTA 1 Conforme Tabela B.5.


NOTA 2 Conforme Tabela B.

B.3.3.4 A Tabela B.5 indica as possíveis medidas de mitigação à danos por terceiro e os percentuais
de redução associados a cada medida.

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Tabela B.5 - Medidas Mitigadoras Contra Danos de Terceiros

Redução na Frequência
Indicativo Medida Mitigadora
de Falha

M1 Enterramento de 1,5 m 20 %
M2 Enterramento de 2,0 m 40 %
M3 Enterramento de 3,0 m 80 %
Tela de sinalização enterrada, conforme
M4 50 %
PETROBRASN N-464
Colocar marcos delimitadores de faixa a cada 25 m e
M5 30%
placas de advertência conforme PETROBRAS N-2200
Dobrar frequência da inspeção periódica da faixa em
M6 20 %
relação à determinada nesta Norma
Barreira de concreto armado conforme PETROBRAS
M7 95 %
N-464 ou tubo camisa (casing)

B.3.3.5 As medidas mitigadoras podem ser escolhidas livremente e combinadas atingir os


percentuais indicados na Tabela B.4. Quando várias medidas são utilizadas simultaneamente, a
redução combinada deve ser calculada pela seguinte expressão:

( )
n
Redução Combinada = 1 - ∏ 1 − i esima Redução
i=1

B.3.3.6 A Tabela B.6 explicita as medidas adicionais para garantia de integridade estrutural exigidas
na Tabela B.5.

Tabela B.6 - Medidas Adicionais para Garantia de Integridade Estrutural

Indicativo Medida Adicional

Refazer avaliação de defeitos e determinação do tempo de reinspeção


A1
utilizando os novos fatores de segurança.
Realizar cinco correlações adicionais da última inspeção por pig,
A2
preferencialmente em locais onde ocorreu mudança de classe.
Inspeção visual dos trechos aéreos com frequência dobrada aonde ocorreu
A3
mudança de classe.

B.3.4 Reclassificação Nível 3 (Critério Alternativo de Densidade Populacional)

B.3.4.1 Caso a PMOA determinada no nível 2 seja inferior a PMO desejada, pode-se fazer uso da
reclassificação nível 3, a qual estabelece procedimento alternativo para determinação da PMOA.

B.3.4.2 A reclassificação no terceiro nível requer, obrigatoriamente, o atendimento aos pré-requisitos


do B.3.3.3.

B.3.4.3 A reclassificação nível 3 não pode ser aplicada em trechos de classe de locação 4.

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B.3.4.8 A utilização desses critérios requer a implementação das medidas mitigadoras de danos
contra terceiros e das ações complementares para garantia de integridade, indicadas no B.3.3.2.

B.3.4.9 Para fins de determinação das medidas mitigadoras de danos contra terceiro e das ações
complementares para garantia de integridade, deve-se utilizar os valores normais para a unidade de
classe de locação de 1 600 m x 400 m.

B.4 Limites entre Classes de Locação

Os limites de quaisquer classes de locação, originais ou revisadas (reclassificação) e determinadas


de acordo com o B.2.2, podem ser ajustados do seguinte modo:

a) quando um aglomerado de construções para ocupação humana requer uma classe 3


esta locação se estende por 200 m a partir da última construção;
b) quando um aglomerado de construções para ocupação humana requerer uma classe 2,
esta locação se estende por 200 m a partir da última construção.

B.5 Desenvolvimento Futuro

Para efeito de reclassificação, devem ser levadas em conta somente as habitações para ocupação
humana existentes nas adjacências da faixa. Desenvolvimentos futuros tais como: loteamentos,
distritos industriais, etc, devem ser apontados, visando subsidiar eventuais reclassificações futuras.

B.6 Rotina para Reclassificação

a) identificar e reportar as mudanças de classe de locação encontradas, conforme o


relatório de levantamento para estudo de reclassificação no Formulário1;
b) quando necessário implementar medidas mitigadoras e emitir relatório (RL) de
evidências do tratamento do trecho reclassificado;
c) revisar o desenho de perfil, citando como referência o relatório (RL).

B.7 Apresentação do Relatório de Levantamento para Estudo de Reclassificação

Os relatórios de classe de locação de gasodutos devem ser apresentados conforme Formulário 1, e


preenchidos como segue:

a) no campo 1:
— quilometragem desenvolvida da faixa de duto em frações de até 1 m, que define o
ponto de início das edificações na classe de locação;
b) no campo 2:
— quilometragem desenvolvida da faixa de duto em frações de até 1 m, que define o
ponto de término das edificações na classe de locação.
c) no campo 3:
— coordenadas UTM ou Geográficas da diretriz da faixa que definem o ponto de início
das edificações na classe de locação;
d) no campo 4:
— coordenadas UTM ou Geográficas da diretriz da faixa que definem o ponto de término
das edificações na classe de locação;
e) no campo 5:
— número do desenho planta/perfil do trecho considerado;
f) no campo 6:
— número de habitações atuais no trecho considerado;
g) no campo 7:
— número que define a classe de locação pelos critérios do B.3.2 deste documento;

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