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Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.
Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.
Requisito Técnico : Prescrição estabelecida como a mais adequada e que
CONTEC deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.
Apresentação
1 Escopo
1.1 Esta Norma estabelece um procedimento para odimensionamento de olhal fabricado de chapa
de aço a ser usado para içamento e sustentação de estruturas de aço e equipamentos.
1.2 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos a serematendidos, não isentando o projetista de
garantir e efetuar outras verificações que sejam necessárias em cada caso, visando garantir a boa
1.3 Esta Norma se aplica aprocedimentos efetuados a partir da data desua edição.
2 Referências Normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para
referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos (incluindo emendas).
ISO 19901-6 - Petroleum and Natural Gas Industries - Specific Requirements for Offshore
Structures - Part 6: Marine Operations.
3.1
manilha
acessório para movimentação ou fixação de carga, formado por 2 partes facilmente desmontáveis,
consistindo de corpo e pino
3.2
olhal
chapa plana com furo para introdução do pino, fixada em uma estrutura com a finalidade de transferir
a carga de um cabo, tirante ou aparelho de apoio
3.3 pino
barra reta de seção circular que passa através do olhal de içamento
4 Condições Gerais
O olhal de içamento deve ser projetado de maneira a minimizar o surgimento de cargas fora do plano
da chapa do olhal e da manilha. Configurações que levem à falha com desvios moderados da força
da lingada devem ser evitadas.
2
-PUBLICO-
4.2.2 A manilha deve ser selecionada para uma carga de trabalho igual ou maior do que aforça na
linga.
4.2.3
há O encaixe
espaço para ada manilhadonocabo
inserção olhaldedeve ocorrerentre
içamento sem ainterferências, inclusive deve ser verificado se
manilha e o olhal.
4.2.3.1 A folga de montagem recomendada entre a altura interna da manilha e qualquer parte da
chapa do olhal para inserção do cabo de içamento, conforme item anterior deve ser de 6 mm (ver
Figura 1). [Prática Recomendada ]
4.2.3.2 A folga máxima de montagem entre a espessura do olhal na região do furo e a abertura da
manilha deve ser de 25 % da abertura entre olhais da manilha ou de 12 mm, o que for menos,
conforme mostrado na Figura 1.[Prática Recomendada]
.)
n
í
M
(
m
m
6
Folga
Folga máxima:
Menor valor entre 25% W e 12mm
3
-PUBLICO-
4.3.1 Os anéis de reforço, quando necessário, devem ser aplicados aos pares, em ambas
as faces
do olhal, conforme indicado na Figura 2.
A
R R
d d furo
anel
d
furo
d
anel
4.3.2 Os anéis de reforço devem ser soldados à chapa principal do olhal. A solda abaixo da metade
inferior do anel (semicircunferência) deve ser suficiente para transmitir toda a força que atua no anel
de reforço para chapa principal do olhal. A espessura do anel deve ser menor ou igual à espessura
da chapa principal para evitar excesso de solda. Os diâmetros internos dos anéis de reforço devem
ser igual ao diâmetro do furo. Após a soldagem dos anéis, o furo deve ser usinado para garantir a
distribuição uniforme da carga no pino da manilha entre a chapa principal e os anéis de reforço.
Também devem ser usadas chapas de reforço perpendiculares à chapa principal do olhal para
combater os momentos no plano e fora do plano da chapa do olhal. Os filetes de solda dos anéis de
reforço devem respeitar o lado mínimo do filete segundo a Tabela 1.
4.4 Material
As chapas do olhal e dos anéis de reforço devem ser de aço igual ou equivalente ao usado na
estrutura a ser içada.
4
-PUBLICO-
O olhal deve transferir as cargas nas conexões com a estrutura içada preferencialmente por
cisalhamento do que por tração. Altas tensões de tração na direção da espessura do material devem
ser evitadas. Caso não seja possivel evitar tensões na direção da espessura, deve ser empregado
material com resistência à decoesão lamelar (propriedade TTT - “Tension Through Thickness”).
NOTA Para fixação de olhais com a espessura da chapa principal maior ou igual a 12,7 mm (1/2”),
a soldagem deve ser preferencialmente executada com penetração total.
5 Dimensionamento
5.1 O dimensionamento desta Norma considera como áreas efetivas para cálculo apenas as partes
hachuradas na Figura 3, independentemente do formato e das condições de apoio da base do olhal.
5.2 A força na linga para dimensionamento dos olhais deve ser calculada conforme a ISO19901-6
ou de acordo com as regras do Marine Surveyorque está supervisionando a operação de içamento
.
a) a reação no olhal deve ser multiplicada pelo Fator de Conseqüência c(f) de 1,30 que leva
em consideração a imprecisão da carga, os efeitos dinâmicos locais e possíveis
conseqüências de falha em olhais de içamento;
b) multiplicar também, por um Fator de Desvio de Carga (fdc), por um Fator de Contingência
de Peso (fcp), por um fator de incerteza no Centro de Gravidade do içamento cg(f) e por
um Fator de Amplificação Dinâmica (FAD); caso não estejam incluídos no cálculo da
reação no olhal. Outros fatores podem ser necessários para considerar içamentos por
mais de um gancho ou por mais de uma embarcação;
c) valores típicos para içamentos no mar dosfatores acima retirados da ISO19901-6 são
mostrados no exemplo do Anexo A;
d) a força da linga no pino da manilha usada para dimensionar o olhal deve sercalculada
pela equação a seguir:
5
-PUBLICO-
5.3 O olhal deve ser dimensionado conforme oscritérios estabelecidos em 5.3.1 a 5.3.3.
Onde:
dpino é o diâmetro do pino da manilha;
folga é o 1 mm para dpino 33 mm;
folga ≤ é o 0,03 . dpino ou 6 mm, o que for menor, para dpino > 33 mm.
NOTA Folgas entre o diâmetro do furo do olhal e o diâmetro do pino da manilha maiores que 3 %
do diâmetro do pino podem ser usadas. Para tanto as tensões de contato devem ser
verificadas pelas tensões de Hertz e comparadas com as tensões de Hertz admissíveis.
Fpino
T
09
, Fy dpino
Onde:
Fy é a tensão de escoamento do material do olhal;
dpino é a diâmetro do pino da manilha;
Fpino é a força atuante no pino damanilha da lingada deiçamento.
NOTA A espessura T deve ser menor do que a abertura da manilha; caso o cálculo indique um
valor superior, deve ser escolhida uma chapa de aço com maior tensão de escoamento ou
selecionada uma manilha de maior tamanho.
5.3.3 O diâmetro interno do anel de reforço deve ser igual aodiâmetro do furo. O diâmetro externo
do anel de reforço deve ser:
5.4 Verificações
Uma vez concluídos os cálculos do 5.3, as verificações descritas pelos 5.4.1 a 5.4.11 devem ser
realizadas, sendo que todas as condições devem ser atendidas. Caso contrário, os cálculos devem
ser refeitos, alterando-se, a critério do projetista, a espessura da chapa, o diâmetro do pino ou o
material (tensão do escoamento).
6
-PUBLICO-
Fpino
fp = 0,90 Fy
dpino (t olhal 2 t anel )
Fpino
fv = 2 [(R rfuro ) tolhal ( ranel rfuro ) 2 tanel ] 0,40 Fy
Fpino
fa = 0,45 Fy
2 b1 t olhal 4 b2 t anel
Fpino
fa = 0,60 Fy
b 3 t olhal
A seção crítica de falha usada na equação acima está mostrada pela linha pontilhada (traço-ponto) na
Figura 4.
1 2
R 1 2 R
7
-PUBLICO-
Fanel
gsolda
ranel Fw
Onde:
t anel
Fanel Fpino ;
t olhal 2 t anel
5.4.8 Para a aplicação das equações indicadas nositens 5.4.1 a 5.4.7, temos oseguinte:
dpino
= diâmetro do pino da manilha;
dfuro
= diâmetro do furo do olhal;
rfuro
= raio do furo do olhal;
ranel
= raio do anel de reforço;
tolhal
= espessura da chapa principal do olhal;
tanel
= espessura do anel de reforço;
gsolda
= garganta do filete da solda do anel de reforço;
asolda
= lado do filete da solda do anel dereforço;
amín= lado mínimo do filete de solda;
Fy = tensão de escoamento do aço;
Fwu= tensão de rutura do eletrodo, sendo igual a 415 MPa para eletrodo E60xx e
485 MPa para eletrodo E70xx;
Fp = tensão admissível de contato entre o pino da manilha e o olhal, igual a 0,9.Fy;
T = espessura total do olhal igual a tolhal + 2 tanel;
b1 = menor valor entre [(4 T); (0,8 dfuro); (distância real da borda do furo para a borda
externa do olhal)];
b2 = menor valor entre [(r anel - rfuro); (b1)];
b3 = menor valor entre [(2R); (2b 1 + 2dfuro)], sem anel de reforço;
b3 = menor valor entre [(2R); (2b 1 + dfuro + danel)], com anel de reforço;
= 3,1416;
1 = ângulo conforme a Figura 4;
2 = ângulo conforme a Figura 4.
5.4.9 Para a verificação da ligação do olhal com a estrutura a seriçada, deve ser adicionado 5 %da
Força do Pino (Fpino) à componente horizontal perpendicular ao plano do olhal, aplicada no centro do
furo.
5.4.10 Deve ser verificada a ligação doolhal com a estrutura para combinação de força axial, flexão
no plano e fora do plano da chapa do olhal e para cisalhamento de acordo com a norma de projeto de
estruturas de aço aplicada ao projeto.
5.4.11 A verificação da ligação tratada no 5.4.10 pode ser realizada através deanálise com o método
dos elementos finitos para olhais de grande complexidade da ligação entre o olhal e a
estrutura/equipamento a ser içado.[Prática Recomendada]
5.4.12 Um exemplo de dimensionamento deolhal com anéis de reforço está indicado no Anexo A.
8
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F
R 125
Ø 65
R 100 60°
1 2 25 115
R 1 2 R
400
A.2 Cálculos
40 1
A.2.1 Flinga = 1,10 . 1,25 . 1,05 . 1,30 . = 21,672 t.
4 sen 60 o
reação _ teórica
A.2.2 Carga para dimensionar o olhal: Fpino = 1,30 . Flinga = 28,173 t ~ 276.400 N.
9
-PUBLICO-
A.2.8 folga ≤ 0,03 . d pino = 1,89 mm; máximo = 6 mm; valor adotado folga= 2 mm.
A.2.14 T = 16 + (2 . 8) = 32 mm.
A.2.21 Largura efetiva da chapa principal para resistência à tração após o furo:
A.3 Verificações
276400
fp = = 137 MPa ≤ Fp = 0,9 . 250 = 225 MPa
63 (16 2 8)
10
-PUBLICO-
276400
fv = = 54 MPa ≤ Fv = 0,40 250 = 100 MPa
2 [(125 32,5) 16 2 (100 32,5) 8]
276400
≤
fat = 2 52 16 4 52 8 = 83 MPa Fat = 0,45 Fy = 112,5 MPa
276400
fat = = 69 MPa < Fat = 0,6 Fy = 150 MPa
250 16
8
Fanel = 276 400 = 69 100 N
16 2 8
69100
g solda 100 124,5 1,8 mm
asolda = 2 gsolda = 2,6 mm, adotado asolda = 6 mm, que é o mínimo para chapa de 16 mm
de espessura. Note que na equação do 5.3.4 o valor de n foi 3,1 maior que 1,5; mas como
as tensões nas soldas são baixas não foi necessário respeitá-la.
Onde:
Abase = a área na base de apoio do olhal.
11
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16 400 2
Wipb = = 426 667 mm3
6
400 16 2 3
Wopb = 6 = 17 067 mm
fa fipb fopb
= 0,99 < 1,0
0,6 Fy 0,6 Fy 0,75 Fy
NOTA Os valores 0,6.Fy e 0,75.Fy acima podem variar conforme o AISC dependendo da seção
considerada no cálculo.
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Tabela B.1- Dimensõ es Básic as de Manil has Curv as (ABNT NBR 13545)
Carga máxima de
Dimensões básicas (mm)
trabalho (t)
Abertura
Grau 6 Grau 8S d D entre olhais
corpo pino W
16 25/30 37 41 61
17 - 38 43 63
20 32 40 45 66
25 40 46 52 77
32/35 50/55 52 59 87
40 63 58 65 96
50/55 80/85 66 74 109
63 100/120 74 83 122
80/85 125/150 83 93 137
13
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ÍNDICE DE REVISÕES
REV. A
REV. B
Partes Ati ngid as Descrição da Alt eração
Todas Revisadas
IR 1/1