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P.C. Caetano, V.A. Meneses, W.P. Martins, V.S. Leal, C.C.F. Nascimento
Departamento de Mecânica e Materiais – IFMA – Instituto Federal do Maranhão.
Campus Monte Castelo.
Av. Getúlio Vargas, nº. 04. Monte Castelo. CEP:65030-005. São Luís/MA.
paulocaetano.pc@gmail.com
1. INTRODUÇÃO
(1)
Segundo Wainer, Brandi e Melo , os processos de soldagem à gás (Gas
Metal Arc Welding) utilizam de diferentes misturas de gases de proteção a fim de
conferir características distintas ao arco elétrico, modo de transferência metálica e
aos cordões de solda, no que se diz respeito a geometria, penetração, diluição e
porosidades. Ainda, segundo os autores, pode-se obter diferentes características
geométricas nos cordões de solda a partir das diferentes concentrações de gases
inertes e ativos.
Antonini et al. (2), relataram que certos gases podem ser formados durante os
processos de soldagem e podem afetar a saúde respiratória de soldadores. Os
gases de proteção usados durante o processo MIG/MAG podem aumentar a
radiação ultravioleta produzida no arco, levando à formação fotoquímica de gases
potencialmente prejudiciais, tais como óxidos de nitrogênio e ozônio (O3). Ainda de
acordo com os autores, o dióxido de carbono (CO2) pode ser reduzido e convertido
em monóxido de carbono (CO), um gás altamente tóxico. Além disso, a oxidação de
vapores a partir de agentes desengordurantes que às vezes são utilizados para
limpeza de metais de base na soldagem, podem produzir gases altamente tóxicos
(por exemplo, o fosgênio).
(3)
De acordo com Marques, Modenesi e Bracarense , os vapores de zinco na
soldagem, geram dor de cabeça intensa e febre e os vapores de cádmio são fatais.
Ainda segundo os autores, com relação aos gases de proteção como misturas de
Argônio e CO2, ou CO2 puro, quando utilizados em espaços confinados, geram
deslocamento do ar, por serem mais pesados, o que gera asfixia e morte, sendo
importante a circulação de ar durante os processos de soldagem, apartir do uso de
exaustores e ventiladores e também o uso de máscaras de proteção representa um
fator de grande importância para os soldadores.
(4)
Segundo Meneses, Leal e Scotti , o uso de misturas com CO2 e CO2 puro
como gases de proteção emitem significante quantidade de CO 2 e CO, capazes de
gerar asfixia e intoxicação, respectivamente. Ainda de acordo com os autores, a
geração desses gases não tem dependência direta com a estabilidade do arco e
comprimento de arco, na mesma proporção em que a geração de fumos é sensível a
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. MATERIAIS
Composição C Si Mn Al P S
ER70S-6 0,08 0,9 1,5 - - -
Propriedades LE LR
Alongamento
Mecânica (Ar (MPa) (MPa)
+ 20%CO2) 470 560 26%
2.2. EQUIPAMENTOS
Foi utilizada uma fonte de soldagem multiprocessos modelo IMC Inversal 600 e
ângulo de soldagem da tocha de 90º. Especificações técnicas: Corrente nominal:
320A; Corrente máxima: 600A; Corrente a 100%Fc: 320A/30V; Potência nominal:
13KVA.
Para o corte das amostras a serem soldadas foi utilizada uma serra de fita
marca S. Ramos, modelo 260; para a medição dos gases CO2 e CO em ppm, foi
utilizado equipamento portátil Delta Ohm HD21AB17. Na figura 02, temos os
equipamentos utilizados para corte e soldagem das amostras. Na figura 03, temos o
equipamento utilizado para aquisição da concentração de gases em ppm.
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Figura 02 – (a) Processo de corte dos corpos de prova de soldagem. (b) Máquina
multiprocessos utilizada durante o processo de soldagem. (c) Interface Homem-
máquina da IMC Inversal 600.
2.3. MÉTODOS
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Figura 08 - Geração de CO2 e CO durante processo sem arco, com arco e pós-
soldagem com gás de proteção 100%CO2.
Figura 09 - Geração de CO2 e CO durante processo sem arco, com arco e pós-
soldagem com gás de proteção Ar+25%CO2.
Para a realização desta análise, foi utilizado o software OriginLab. Na figura 10,
temos a tabela da ANOVA juntamente com o teste de Tukey, para os dados de
geração de CO2 e CO, respectivamente, na solda com gás de proteção 100%CO2.
Na figura 11, temos ANOVA e teste de Tukey para os gases CO2 e CO,
respectivamente, para soldagem com Ar+25%CO2.
Figura 10 - (a) ANOVA e teste de Tukey para geração de CO2 com uso de gás de
proteção 100%CO2. (b) ANOVA e teste de Tukey para geração de CO com uso de
gás de proteção 100%CO2.
Figura 11 - (a) ANOVA e teste de Tukey para geração de CO2 com uso de gás de
proteção Ar+25%CO2. (b) ANOVA e teste de Tukey para geração de CO com uso de
gás de proteção Ar+25%CO2.
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4. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
(6) OSHA, Occupational Safety and Health Standards. Limits for Air Contaminants
– Table Z-1.USA, 2017.
(7) Catálogo de Consumíveis ESAB. Disponível em:
<https://www.esab.com.br/br/pt/support/documentation/upload/catalogo-consumiveis-
esab.pdf> Acesso em ago. 2018.
(8) Delta Ohm Air Quality. Disponível em:< http://www.deltaohm.com/ver2012/>
Acesso em ago. 2018.
(9) AWS. Welding Handbook: Welding Science & Technology. American Welding
Society, Vol.2, USA, 1991.
(10) Montgomery, D. C. Design and Analysis of Experiments. John Wiley & Sons.
Inc, 5th ed, USA, 2001.
ABSTRACT
Several works have shown the influence of parameters and shielding gas on the
generation of fumes in MIG/MAG welding, but few has been shown on the emission
of toxic and asphyxiating gases. This work aims to evaluate the effect of the
composition of shielding gas on the emission levels of MIG/MAG welding using pure
CO2 and argon-CO2 mixtures, maintaining the same average current. It was found
that the CO2 generation data values acquired in tests with 100%CO2 shielding gas
varied with deviations above the allowable limits of NR-15 and OSHA (PELs).
However, the deviations of the CO2 generation data during tests with Ar+25%CO2 did
not exceed these limits. For CO generation, tests with 19V voltage did not exceed the
limits of NR-15 and OSHA, for both shielding gases, except for the voltages of 21V
and 23V.
Keywords: carbon monoxide, carbon dioxide, voltage, shielding gases, short circuit.