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CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E

CONDICIONAMENTO DE DUTO
TERRESTRE
NORMA PETROBRAS N-464
Atualizada para a revisão H – dezembro/2004
Elaborada em outubro / 2001 por Paulo M. de F. Montes
Tel: (21) 2515-7306 / (21) 9608-2979
1a. Parte Chave: SGBG - Email: paulomontes@petrobras.com.br

Revisada em janeiro / 2005 por Carlos A. C. Manzano


Tel: (22) 2761-5408 / (22) 9825-0168
Chave: SGIM - Email: manzano@petrobras.com.br
SUMÁRIO
1. OBJETIVO
• DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
1. DEFINIÇÕES
2. PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS
3. QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL
4. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
5. CONDICIONAMENTO
6. INSPEÇÃO DO REVESTIMENTO EXTERNO ANTICORROSIVO
APÓS A COBERTURA
7. MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE COMPLEMENTOS
8. REQUISITOS GERAIS DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E
SAÚDE
• EMISSÃO DE DOCUMENTAÇÃO “CONFORME CONSTRUÍDO”

ANEXOS, FIGURAS E TABELAS


CAPÍTULO 1:
OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para


construção, montagem, teste, condicionamento e
aceitação de dutos terrestres.
1.2 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir
da data de sua edição e também a instalações já
existentes, quando da sua manutenção, desde que
citada nas normas específicas.
1.3 Esta Norma contém requisitos Técnicos e Prática
Recomendada
CAPÍTULO 2 :
DOCUMENTOS
COMPLEMENTARES
. Ministério do Trabalho e Ministério do Exército
. PETROBRAS
. ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
. ABENDE (Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos)
. FBTS (Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem)
. ISO ( International Organization for Standardization)
. API (American Petroleum Institute)
. ASME (American Society of Mechanical Engineers)
. BSI ( British Standard Institute)
. MSS (Manufacturers Standartization Society of the Valve
and Fittings Industry)
CAPÍTULO 3:
DEFINIÇÕES

Para os propósitos desta Norma são adotadas as


definições indicadas na Norma PETROBRAS N-2726.
CAPÍTULO 4:
PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS
4.1 Devem ser emitidos procedimentos executivos
específicos, previamente ao início de cada
atividade da obra, segundo as especificações
técnicas definidas no projeto do duto e
recomendações relacionadas nesta Norma,
constando, no mínimo, de:
a) inspeção de recebimento de material;
b) armazenamento e preservação de materiais;
c) elaboração de projeto executivo;
d) locação e marcação da faixa de domínio e da
pista;
CAPÍTULO 4:
PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS
e) abertura de pista incluindo: acessos,
terraplenagem (corte e aterro), supressão vegetal e
desmonte de rocha;
f) abertura e preparação da vala, incluindo desmonte
de rocha;
g) transporte, distribuição e manuseio dos tubos;
h) curvamento dos tubos;
i) revestimento externo com concreto
j) soldagem, incluindo: ajustagem, alinhamento e
fixação dos tubos e acessórios para soldagem e
respectivos registros de qualificação;
CAPÍTULO 4:
PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS
k) inspeção por ensaios não-destrutivos;
l) revestimento externo anticorrosivo;
m) abaixamento e cobertura;
n) travessias e cruzamentos;
o) sinalização de faixa de domínio de dutos;
p) proteção e restauração;
q) limpeza, enchimento e calibração;
CAPÍTULO 4:
PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS
r) teste hidrostático;
s) inspeção dimensional interna do duto;
t) condicionamento;
u) inspeção do revestimento externo anticorrosivo
após a cobertura;
v) montagem e instalação de complementos;
x) emissão de documentação “conforme construído”.
CAPÍTULO 4:
PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS
4.2 Nos procedimentos devem estar indicadas as
características dos equipamentos a serem utilizados nas
diferentes etapas da construção.
4.3 A construção e montagem do duto terrestre deve ser
executada considerando os seguintes aspectos básicos gerais
além do seu projeto:
a) estar em consonância com as leis do município e/ou estado
em que se localiza;
b) dispor de todas as permissões das autoridades competentes
com jurisdição sobre a faixa de domínio do duto;
c) ter estabelecido critérios para a garantia da qualidade da sua
execução.
DICA:

Estrutura desejável num Procedimento Executivo:


a) Objetivo
b) Definições
c) Normas aplicáveis
d) Principais equipamentos utilizados
e) Descrição das atividades a serem executadas
f) Critérios de avaliação
g) Aspectos de SMS a serem considerados
CAPÍTULO 5:
QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL
Devem ser obedecidos os critérios dos itens 5.1 a 5.4
para a qualificação do pessoal técnico empregado
nas atividades cobertas por esta Norma.

5.1Soldadores e Operadores de Soldagem


A qualificação de soldadores e operadores de
soldagem deve ser feita de acordo com a norma API
STD 1104, sendo que para a montagem de
complementos, definidos no Capítulo 9, pode ser
usada a norma ASME Seção IX, como alternativa.
CAPÍTULO 5:
QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL
5.2 Inspetores de Soldagem
Os inspetores de soldagem devem ser certificados de
acordo com a norma ABNT NBR 14842, ou por
entidades internacionais que atendam aos requisitos da
norma BSI EN 45013, sendo neste caso necessária a
aprovação prévia pela PETROBRAS e norma principal
aplicável.
CAPÍTULO 5:
QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL
5.3 Inspetores de Dutos (ID)
A qualificação de inspetores de dutos deve ser feita
conforme a norma PETROBRAS N-2776.

5.4 Inspetores de Ensaios Não-Destrutivos (END)


Os inspetores de END devem ser certificados de acordo
com as normas ABENDE NA-001 e DC-001, ou por
entidades internacionais que atendam os requisitos das
normas ISO 9712 ou BSI EN 473, sendo neste caso
necessária a aprovação prévia pela PETROBRAS.
CAPÍTULO 6:
CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

6.1 - INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS


6.2 - ARMAZENAMENTO E PRESERVAÇÃO
6.3 - PROJETO EXECUTIVO
6.4 - LOCAÇÃO E MARCAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO E
DA PISTA
6.5 - ABERTURA DA PISTA
6.6 - ABERTURA E PREPARAÇÃO DA VALA
6.7 - TRANSPORTE, DISTRIBUIÇÃO E MANUSEIO DE
TUBOS E OUTROS MATERIAIS
6.8 - CURVAMENTO
6.9 - REVESTIMENTO EXTERNO COM CONCRETO
CAPÍTULO 6:
CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

6.10 - SOLDAGEM
6.11 - INSPEÇÃO POR ENSAIOS NÃO-DESTRUTIVOS (END)
6.12 - REVESTIMENTO EXTERNO ANTICORROSIVO
6.13 - ABAIXAMENTO E COBERTURA
6.14 - TRAVESSIAS E CRUZAMENTOS
6.15 - SINALIZAÇÃO DE FAIXA DE DOMÍNIO DE DUTOS
6.16 - PROTEÇÃO E RESTAURAÇÃO
6.17 - LIMPEZA, ENCHIMENTO E CALIBRAÇÃO
6.18 - TESTE HIDROSTÁTICO
6.19 - INSPEÇÃO DIMENSIONAL INTERNA DO DUTO
6.20 - INSPEÇÃO ADICIONAL POR “PIG” ULTRA-SÔNICO
6.1 Inspeção de Recebimento de
Materiais
6.1.1.1 Os materiais devem ser inspecionados logo após o seu
recebimento e antes de sua aplicação na montagem e devem
estar de acordo com os documentos de compra e
especificações de projeto.
6.1.1.2 Os materiais devem ser identificados e certificados. A
identificação deve permitir a rastreabilidade até o
certificado de qualidade do material.
6.1.1.3 Todos os materiais metálicos, quando não identificados
e não certificados, devem ser submetidos aos ensaios de
reconhecimento de aços e ligas metálicas conforme norma
PETROBRAS N-1592, confrontando o seu resultado com a
especificação solicitada.
6.1.2 Tubos
6.1.2.1 Devem ser verificados se todos os tubos estão identificados
conforme os critérios da norma API Spec.5L.
6.1.2.2 Deve ser verificado, conforme o item 6.1.9, se as seguintes
características dos tubos estão de acordo com as
especificações indicadas no projeto ou normas referenciadas:
a) espessura, ovalização e diâmetro, segundo a
norma API Spec.5L;
b) chanfro e ortogonalidade, segundo a norma API
Spec.5L;
c) estado das superfícies interna e externa, segundo
critérios da especificação do material;
d) empenamento, segundo a norma API Spec.5L;
e) estado do revestimento, segundo critérios da
especificação de projeto.
Inspeção de Revestimento
6.1.2 Tubos
(CONTINUAÇÃO)

6.1.2.3 Os critérios e exigências para aceitação e reparo de


defeitos superficiais nos tubos devem estar de acordo com os
critérios das normas ASME B 31.4, para oleodutos, e ASME B
31.8, para gasodutos.
6.1.2.4 Os tubos recebidos na obra
devem ser identificados, por código de
cores, quanto a sua espessura de parede.
A pintura deve ser aplicada em forma de
anel, em uma das extremidades, sobre o
revestimento anticorrosivo.
DICA:
Revestimento Interno
Anticorrosivo
Revestimento Interno
Anticorrosivo
Revestimento Interno
Anticorrosivo
6.1.3 Flanges

6.1.3.1 Deve ser verificado se os flanges possuem identificação


estampada com as seguintes informações: tipo do flange, tipo
de face, especificação e grau do material, diâmetro nominal,
classe de pressão e diâmetro do furo.
6.1.3.2 Os certificados de qualidade de material de todos os
flanges devem estar de acordo com a especificação pertinente.
6.1.3 Flanges
(CONTINUAÇÃO)

6.1.3.3 Deve ser verificado se as seguintes características de


todos os flanges estão de acordo com as especificações
indicadas no projeto ou com as normas ASME B 16.5 ou
MSS SP-44:
a) diâmetro interno;
b) espessura do bisel nos flanges de pescoço de acordo
com as especificações de projeto;
c) altura e diâmetro externo do ressalto;
d) acabamento da face de contato;
e) dimensões de face de flanges;
f) dimensões de extremidades para solda de topo,
encaixe para solda ou rosca (tipo e passo);
g) dimensões da face para junta de anel.
6.1.3 Flanges
(CONTINUAÇÃO)

6.1.3.4 Deve ser verificado em todos os flanges se existem trincas,


dobras, mossas, rebarbas, corrosão e amassamentos, bem
como o estado geral da face e ranhura, sem presença de
agentes causadores de corrosão, segundo critérios das normas
ASME B 16.5 ou MSS SP-44.
6.1.4 Conexões

6.1.4.1 Deve ser verificado se as conexões estão identificadas por


pintura ou por punção pelo fabricante, com os seguintes
dados: especificação completa do material, diâmetro, classe de
pressão ou espessura, tipo e marca do fabricante.
6.1.4.2 Os certificados de qualidade do material devem estar de
acordo com as especificações ASTM ou ASME aplicáveis.
6.1.4 Conexões
(CONTINUAÇÃO)

6.1.4.3 Deve ser verificado se as seguintes características de


todas as conexões estão de acordo com as especificações
indicadas pelo projeto:
a) diâmetro nas extremidades;
b) circularidade;
c) distância centro-face;
d) chanfro, encaixe para solda ou rosca
(tipo e passo);
e) espessura;
f) angularidade das curvas;
g) estado da superfície quanto a amassamentos, corrosão,
trincas, soldas de dispositivos de montagem provisórios e
aberturas de arco.
6.1.5 Válvulas
6.1.5.1 Deve ser verificado se todas as válvulas estão embaladas e
acondicionadas de acordo com a norma API Spec 6D.
6.1.5.2 Deve ser verificado se todas as válvulas codificadas no
projeto estão identificadas por plaqueta.
6.1.5.3 Em todas as válvulas dotadas de acionadores, devem ser
realizados, previamente à montagem, testes de funcionamento.
Quando aplicável, deve ser verificada a calibração do curso do
obturador.

Válvula Válvula
Esfera Macho
Topentry Twinblock
6.1.5 Válvulas
(CONTINUAÇÃO)

6.1.5.4 Os certificados de qualidade do material devem estar de


acordo com a especificação ASTM aplicável e em conformidade
com a especificação do projeto.
6.1.5.5 Deve ser verificado se as seguintes características de todas
as válvulas estão de acordo com as especificações no projeto:
a) características dos internos e sistema de vedação;
b) flanges ( ver item 6.1.3);
c) características e distância entre extremidades;
d) diâmetro interno e nominal;
e) dreno, suspiro e alívio do corpo.
f) classe ANSI;
g) revestimento externo.

Válvula Esfera
6.1.5 Válvulas
(CONTINUAÇÃO)
6.1.5.6 Todas as válvulas devem ser verificadas quanto à corrosão,
amassamento, empenamento da haste e aspecto geral do acionador.
O estado da superfície do corpo de todas as válvulas fundidas deve
ser verificado segundo critérios da norma MSS SP-55.

6.1.5.7 Devem ser realizados na obra, logo após o recebimento, os testes


hidrostáticos do corpo e da sede para todas as válvulas de bloqueio
conforme procedimento do fabricante. A pressão de teste, tempo de
duração e o critério de aceitação devem estar de acordo com a norma
API Spec 6D. A água a ser utilizada deve ter qualidade compatível
com a TABELA C-3 do ANEXO C.

6.1.5.8 Imediatamente após o teste hidrostático na obra, as válvulas


devem ter os seus internos (inclusive a cavidade interna do corpo)
drenados e secos, com utilização de nitrogênio ou ar seco e mantidas
limpas, secas, engraxadas e protegidos. As hastes devem ser
condicionadas e protegidas mecanicamente.
6.1.6 Juntas de Vedação

6.1.6.1 Deve ser verificado se todas as


juntas estão identificadas, contendo
as seguintes características:
material, tipo de junta, material de
enchimento, diâmetros, classe de
pressão e o padrão dimensional de
fabricação.

6.1.6.2 As juntas de tipo anel (RTJ)


não devem apresentar corrosão,
amassamento, avarias mecânicas ou Juntas metálicas
trincas. tipo Anel
6.1.6 Juntas de Vedação
(CONTINUAÇÃO)
6.1.6.3 Deve ser verificado se as seguintes características das juntas
estão de acordo com as especificações indicadas no projeto ou
normas referenciadas:
a) espessura (espiralada ou corrugada), conforme a norma ASME
B 16.20;
b) diâmetro, classe de pressão e norma do flange (espiralada ou
corrugada);
c) código de cor (espiralada ou corrugada), conforme a norma
ASME B 16.20;
d) diâmetro interno e externo (espiralada ou corrugada),
conforme a norma ASME B 16.20;
e) tipo e número (anel), conforme a norma ASME B 16.20;
f) dureza (anel), conforme a norma ASME B 16.20.
6.1.7 Parafusos e Porcas
6.1.7.1 Deve ser verificado se todos os
lotes de parafusos e porcas estão
identificados com as seguintes
características: especificação, tipo
de parafuso e dimensões.

6.1.7.2 Deve ser verificado se os


certificados de qualidade do
material de todos os lotes de
parafusos e porcas estão de acordo
com as especificações ASTM
aplicáveis.

Parafusos
Estojo
6.1.7 Parafusos e Porcas
(CONTINUAÇÃO)
6.1.7.3 Deve ser verificado, conforme o item 6.1.9, se as
seguintes características das porcas e parafusos estão de
acordo com as especificações adotadas pelo projeto ou as
normas referenciadas:
a) comprimento do parafuso, diâmetro do parafuso e porca,
altura e distância entre faces e arestas da porca e tipo e passo
da rosca, segundo os critérios das normas ASME B 1.1, ASME
B 16.5 ou MSS SP-44;
b) parafusos devidamente protegidos, livres de
amassamentos, trincas e corrosão.

Porcas
Diversas
6.1.8 Tampões de Fecho Rápido
6.1.8.1 Deve ser verificado se todos os tampões de fecho rápido
para lançadores / recebedores de “pig” estão identificados,
de acordo com as especificações do projeto.
6.1.8.2 Os certificados de material devem estar em
conformidade com a especificação do projeto.
6.1.8.3 Deve ser verificada se as seguintes características de
todos os tampões estão de acordo com o projeto:
a) diâmetro interno;
b) chanfro;
c) integridade do anel de
vedação e sede;
d) classe de pressão;
e) material;
f) posição de abertura.
TAMPÕES DE FECHO RÁPIDO
TAMPÕES DE FECHO RÁPIDO
6.1.9 Amostragem
O plano de inspeção para verificação das características de
inspeção por amostragem conforme as normas ABNT NBR
5425, ABNT NBR 5426 e ABNT NBR 5427 deve ser o seguinte:
a) tubos: nível geral de inspeção II, QL 15, plano de
amostragem simples e risco do consumidor 5 %;
b) parafusos e porcas: nível geral de inspeção II, QL 10,
plano de amostragem simples e risco do consumidor 5 %.
Norma PETROBRAS N-115
TABELA A-1 – CLASSES DE INSPEÇÃO

Notas:
1) Sempre que requerido o teste de impacto na qualificação do procedimento de
soldagem, a linha deve ser incluída na classe de inspeção IV.
2) Para fluidos não enquadrados em Categoria D.
Norma PETROBRAS N-115
ANEXO B - AMOSTRAGEM

Determinação do tamanho da amostragem e valores máximos para


aceitação ou rejeição do lote:

Exemplo:

- Parafuso Estojo 3/4” x 8”, ASTM A-193, niquelado.


- Tamanho do lote: 200;
- Nível de Inspeção II;
- QL = 10;
- Plano de Amostragem Simples;
- Risco do Consumidor 5 %.
Norma PETROBRAS N-115
ANEXO B - AMOSTRAGEM

Determinação do tamanho da amostragem e valores máximos para


aceitação ou rejeição do lote:
a) o código literal do tamanho de amostra é obtido na TABELA B-
1 baseado no tamanho do lote (200) nível de inspeção (II),
obtém-se o código “G”.
Norma PETROBRAS N-115
ANEXO B - AMOSTRAGEM
Determinação do tamanho da amostragem e valores máximos para
aceitação ou rejeição do lote:

b) como o risco do
consumidor é 5 %,
deve-se utilizar a
TABELA B-2,
para QL = 10 e para
o código “G” conclui-se
que:
- tamanho de amostra = 32;
- Re = 1;
- Ac = 0.
6.2 Armazenamento e Preservação

6.2.1 Tubos
6.2.2 Flanges e Tampões de Fecho Rápido
6.2.3 Válvulas
6.2.4 Parafusos e Porcas
6.2.5 Juntas de Vedação
6.2.6 Conexões
6.2.1 Tubos

6.2.1.1 O armazenamento dos tubos deve atender ao disposto


nas seguintes normas:
a) para tubos não revestidos ou revestidos: norma
PETROBRAS N-2719;
b) para tubos isolados com poliuretano: norma
PETROBRAS N-556;
c) para tubos concretados: norma PETROBRAS N-2432.
6.2.1 Tubos
(CONTINUAÇÃO)
6.2.1.2 Para o manuseio dos tubos durante carregamento ou
descarregamento, devem ser usados cintas de largura mínima de
80 mm ou ganchos especiais (patolas) para evitar danos nos tubos.
Estes ganchos devem ser revestidos de material mais macio que o
material do tubo, sendo os ganchos projetados para conformarem-
se à curvatura interna dos tubos.

6.2.1.3 Os tubos devem ser mantidos permanentemente limpos,


evitando-se a deposição de materiais estranhos em seu interior. Em
nenhuma hipótese os tubos devem ser usados como local de
armazenamento para ferramentas ou qualquer outro material.

6.2.1.4 Os chanfros dos tubos e conexões devem ser protegidos com


verniz à base de resina vinílica após a sua limpeza manual ou
mecânica que elimine gordura e pontos de corrosão.
Patolas
TRANSPORTE DE TUBOS DESDE A FÁBRICA
ÁREA DE ARMAZENAMENTO DE TUBOS
BERÇOS PARA APOIO DOS TUBOS
DESCARREGAMENTO DE TUBOS DE 6 POL
DESCARREGAMENTO DE TUBOS DE 32 POL
DESCARREGAMENTO DE TUBOS DE 32 POL
MANUSEIO DE TUBOS DE 32 POL - ALTERNATIVA
6.2.2 Flanges e Tampões de Fecho
Rápido
6.2.2.1 As faces de assentamento dos flanges devem ser
protegidas contra corrosão com aplicação de graxa
anticorrosiva não solúvel em água. Os flanges e tampões
de diâmetro acima de 8” devem ser armazenados e
manuseados sobre estrados de madeira (“pallets”), de
modo a protegê-los contra avarias. Todos os flanges e
tampões devem ser protegidos e abrigados.
6.2.2 Flanges e Tampões de Fecho
Rápido (CONTINUAÇÃO)
6.2.2.2 Os chanfros dos flanges devem ser protegidos com
verniz à base de resina vinílica.

6.2.2.3 O anel de vedação dos tampões deve ser protegido


com vaselina e armazenado em embalagem plástica.
6.2.3 Válvulas

6.2.3.1 Devem ser armazenadas e preservadas de acordo com a


norma API Spec 6D.

6.2.3.2 As válvulas com extremidades


para solda de topo, devem ter os biséis
protegidos com verniz à base de resina
vinílica após a sua limpeza manual ou
mecânica que elimine gordura e pontos
de corrosão.

Válvula Esfera tipo Top-


Entry para solda de topo
6.2.4 Parafusos e Porcas

6.2.4.1 Devem ser protegidos contra corrosão pela aplicação de


graxa anticorrosiva não solúvel em água.

6.2.4.2 Devem ser armazenados em locais protegidos das


intempéries, identificados e sem contato direto com o solo.

6.2.4.3 As porcas devem ser armazenadas rosqueadas nos


parafusos.

Parafuso Estojo com Porcas


6.2.5 Juntas de Vedação
6.2.5.1 As juntas devem ser armazenadas em superfícies
planas, em locais abrigados das intempéries.

6.2.5.2 As superfícies metálicas das juntas devem ser


protegidas com graxa anticorrosiva não solúvel em
água.
6.2.6 Conexões
6.2.6.1 As conexões devem ser mantidas em suas embalagens
originais, devidamente identificadas e abrigadas em ambiente
fechado.
6.2.6.2 As conexões para solda de topo devem ter os chanfros
protegidos por verniz à base de resina vinílica.
6.2.6 Conexões
(CONTINUAÇÃO)
6.2.6.3 As roscas das conexões devem ser protegidas por meio de
graxa anticorrosiva não solúvel em água ou verniz removível à
base de resina vinílica.
6.2.6.4 O armazenamento deve ser feito de modo a evitar
acúmulo de água dentro das conexões e o contato direto entre as
conexões ou com o solo.
6.2.6.5 As conexões de diâmetro até 6” devem ser armazenadas
sobre prateleiras e separadas por tipo, diâmetro, espessura e
demais características.
6.3 Projeto Executivo

6.3.1 São considerados projetos executivos, de responsabilidade


da executante, todos os projetos de detalhamento necessários à
execução dos serviços de construção e montagem.

6.3.2 Os documentos técnicos devem ser executados conforme a


norma PETROBRAS N-2047 e codificados conforme a norma
PETROBRAS N-1710.

6.3.3 Todos os documentos de projeto devem ser executados em


meio digital, com o emprego de “softwares” definidos no projeto
básico.
6.3 Projeto Executivo
6.3.4 Deve ser elaborada uma planilha de distribuição de tubos,
baseada no levantamento planialtimétrico, contendo, no
mínimo, os seguintes dados: material, diâmetro, espessura,
revestimento anticorrosivo, isolamento térmico, raio e ângulo da
curva, revestimento de concreto e número do tubo (conforme
seqüência de montagem). Nesta planilha devem ser considerados
os comprimentos reais dos tubos a serem utilizados, incluindo a
sua identificação para rastreabilidade e orientação para as
atividades de curvamento e desfile.

Nota: Caso seja adotada numeração seqüencial do tubo para


montagem, deve haver uma correlação com o número do
fabricante.
N 1710
CODIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS
TÉCNICOS DE ENGENHARIA
DIRETRIZ BÁSICA
No número codificado, os grupos básicos têm uma ordenação no sentido
do mais geral para o particular.
6.4 Locação e Marcação da
Faixa de Domínio e da Pista
6.4.1 A faixa de domínio e a pista devem ser demarcadas a partir
da diretriz estabelecida nos documentos de projeto e de acordo
com as seguintes condições:
a) as laterais da faixa de domínio e da pista devem ser
identificadas no máximo a cada 50m;
b) as testemunhas devem ser colocadas nas laterais da faixa de
domínio, em locais de fácil visibilidade e com pouca
possibilidade de serem afetadas pela eventual terraplenagem;
c) as testemunhas perdidas devem ser relocadas
topograficamente;
d) sinalização de referência provisória, deve ser fixada a cada
quilômetro;
e) os pontos de inflexão horizontais devem ser marcados.
DICA
Faixa de Domínio = Direito legal de utilização, normalmente
formalizado através de Servidão de Passagem.
Pista = Parcela da Faixa de Domínio, efetivamente utilizada
para a construção do duto.

Largura da Pista

Largura da Faixa de Domínio


6.4 Locação e Marcação da
Faixa de Domínio e da Pista
(CONTINUAÇÃO)

6.4.2 Somente em condições excepcionais, quando for


concluída pela total inviabilidade na manutenção da diretriz
projetada esta pode ser alterada, desde que a modificação
seja previamente aprovada, e analisada as conseqüências no
dimensionamento hidráulico e mecânico do duto.
O levantamento topográfico planialtimétrico, cadastral e
jurídico da faixa de domínio e apresentação de resultados da
diretriz modificada devem ser executados de acordo com as
normas PETROBRAS N-2624 e N-2180.
Exemplo de alargamento de uma
Faixa com dutos já existentes:

Faixa Existente
20 metros

Ampliação
15 metros
GASCAM GASCAB GASCAB
6” II III
GASCAB
20” 22”
I
OCAB
18”
I
38”
2,5 metros
6.4 Locação e Marcação da Faixa de
Domínio e da Pista
(CONTINUAÇÃO)
6.4.3 A locação da posição e profundidade de outros dutos ou de cabos de
fibra ótica existentes, em relação ao eixo da faixa e à superfície do
terreno, deve ser feita de acordo com os seguintes critérios:
a) consulta aos desenhos “conforme construído” e ao cadastro das
concessionárias de serviços públicos;
b) localização e cobertura das linhas ou cabos existentes com o
emprego de aparelhos eletrônicos, detector eletromagnético ou
georadar (GPR); no caso de cruzamentos com as linhas ou cabos
existentes devem ser utilizados poços de inspeção escavados
manualmente;
c) a identificação das linhas ou cabos existentes deve ser feita de forma
contínua, com estaqueamento da linha de centro a cada 10 m nos
trechos retos e cada 3 m nos trechos curvos, definindo uma cor para
as estacas em cada duto ou cabo existente;
6.4 Locação e Marcação da Faixa de
Domínio e da Pista
(6.4.3 CONTINUAÇÃO)

d) identificação dos dutos e sinalização dos trechos onde a


cobertura dos dutos ou cabos existentes for inferior a 1 m,
de forma a alertar os operadores de equipamentos sobre a
impossibilidade de trânsito nestes locais;
e) uma trincheira de inspeção transversal à faixa deve ser
aberta a cada 1 000 m, para a comprovação da precisão do
equipamento através da verificação da localização e
cobertura dos dutos ou cabos existentes;
f) sinalização e proteção adequada dos “vents”, pontos de
testes e peças especiais existentes, leitos de anodos e cabos do
sistema de proteção catódica.
Picada
Teodolito e Mira
GPS e Estação Total
6.5 Abertura da Pista
6.5.1 Em casos de faixas com dutos existentes, verificar se os
pontos de baixa cobertura apontados no projeto estão
devidamente sinalizados, protegidos e eventualmente
isolados, precedendo a movimentação de máquinas sobre a
faixa.

6.5.2 A pista deve ser aberta com a largura determinada


para a faixa de domínio. Quando a diretriz atravessar
trechos especiais, tais como: pomares, jardins, matas,
reservas florestais e áreas de reflorestamento, entre outros,
a pista pode, a critério da PETROBRAS, ser aberta com a
largura estritamente necessária ao lançamento da linha e de
modo a não ocasionar o rebaixamento do nível de terreno
original (greide).
6.5 Abertura da Pista

6.5.3 Somente em condições excepcionais, quando for


concluído pela total inviabilidade técnica dos serviços de
montagem, são permitidos cortes que alterem os perfis –
transversal e longitudinal - originais do terreno; todos os
cortes devem ser executados de acordo com um projeto de
terraplenagem específico, seguindo critérios adicionais de
segurança contido na norma regulamentadora no 18 (NR-18) e
na norma ABNT NBR 9061.
6.5 Abertura da Pista
(CONTINUAÇÃO)

6.5.4 Os raios de curvatura horizontais e verticais da pista


devem estar compatíveis com o método previsto para a
mudança de direção do duto, procurando-se, sempre que
possível, respeitar os limites para curvamento a frio dos dutos
revestidos, conforme definido no item 6.8.4. No caso de
construção de dutos para produtos aquecidos, devem ser
observados os raios mínimos de curvatura, estabelecidos pelo
projeto.

6.5.5 A camada superior do solo composta de matéria


orgânica, quando removida, deve ser estocada para posterior
reposição nos taludes de corte, aterros, pistas, caixas de
empréstimo ou bota-fora, evitando a sua contaminação pela
mistura com outros materiais retirados da pista.
6.5 Abertura da Pista
(CONTINUAÇÃO)

6.5.6 O bota-fora, inclusive o rochoso, quando ocorrer, deve


ser disposto em local adequado, preferencialmente fora da
faixa de servidão, com a prévia autorização dos proprietários,
envolvendo as autoridades competentes, e com inclinações
compatíveis com a natureza do material constituinte, de modo
que seja evitado qualquer dano a terceiros e obstrução ou
poluição de mananciais.

6.5.7 Independente dos serviços de proteção e drenagem


definitiva que são realizados na pista, serviços de drenagem e
proteção provisórios em áreas críticas devem ser
imediatamente realizados, de modo a não expor a riscos de
erosão e assoreamento, tanto a pista como as propriedades
adjacentes.
6.5 Abertura da Pista
(CONTINUAÇÃO)

6.5.8 Deve ser evitado que os talvegues originais dos cursos


d’água interceptados sejam assoreados pelo material da
terraplenagem, com o conseqüente lançamento do duto em
cota superior à linha do talvegue original.

6.5.9 Eventuais acessos de serviço somente podem ser


executados com a autorização prévia e formalizada junto aos
proprietários e autoridades competentes.

6.5.10 Nas travessias, a abertura da pista deve ser feita de


forma a evitar o represamento ou diminuição da seção de
escoamento.
6.5 Abertura da Pista
(CONTINUAÇÃO)
6.5.11 Tanto quanto possível deve ser evitada a realização de
aterros na pista, os quais quando necessários devem ser
realizados de forma controlada, de modo a ser obtido um grau de
compactação no mínimo igual ao das condições locais. As saídas
de água sobre as saias dos aterros devem ser evitadas; quando
indispensáveis, a região atingida do aterro deve ser
adequadamente protegida.

6.5.12 Os cursos d’água que originalmente escoem para ou sobre


a pista devem ser desviados e canalizados. Nos casos em que não
for possível executar o desvio dos cursos d’água ou em que a
abertura da pista interferir com mananciais, devem ser
executadas as obras que se fizerem necessárias para evitar o
arraste de material, a erosão da pista ou a destruição do
manancial.
6.5 Abertura da Pista
(CONTINUAÇÃO)

6.5.13 Quando a faixa atravessar áreas ocupadas por vegetações


arbóreas onde for autorizada a supressão vegetal, devem ser
tomados os seguintes cuidados:
a) o tombamento das árvores deve ser sobre a faixa;
b) as árvores de grande porte devem sofrer desgalhamento
prévio de modo a não atingir a vegetação fora da faixa;
c) os tocos e raízes existentes na pista devem ser removidos, de
modo a permitir o livre trânsito de equipamentos.

6.5.14 Devem ser pesquisadas, e perfeitamente identificadas no


local, antes da abertura da pista, as interferências com vias,
tubulações de água, esgoto e gás, cabos elétricos e telefônicos,
drenos, valas de irrigação, canais e outras instalações superficiais
e subterrâneas.
6.5 Abertura da Pista
(CONTINUAÇÃO)

6.5.15 Em caso de necessidade de remoção de rochas, raízes e


outros obstáculos existentes na pista, deve ser dado
preferência à utilização de marteletes pneumáticos ou
hidráulicos, ou materiais expansivos.

Nota: Caso seja necessário o uso de material explosivo, devem


ser observadas as disposições da norma regulamentadora no
19 (NR-19) e das normas de Segurança do Ministério do
Exército. Em faixa de domínio com dutos existentes, a
utilização de material explosivo fica condicionada a
apresentação prévia de estudos que comprovem que as tensões
induzidas nos dutos existentes pelas detonações, estejam
dentro dos valores admissíveis para os dutos.
6.5 Abertura da Pista
(CONTINUAÇÃO)

6.5.16 Todas as providências devem ser tomadas de modo a


minimizar as interferências e os possíveis prejuízos
decorrentes da execução dos serviços, às atividades
desenvolvidas por terceiros, tais como:
a) previamente ao início da execução dos serviços, deve ser
feita uma comunicação formal ao proprietário e
concessionárias ou comunidades impactadas;
b) nenhuma remoção de instalações de terceiros pode ser
feita sem a autorização dos proprietários;
c) em caso de cerca existente que necessite ser removida,
deve ser construída uma cerca provisória, que deve ser
mantida fechada sempre que a passagem não estiver sendo
utilizada, até a sua reconstrução definitiva;
6.5 Abertura da Pista
(CONTINUAÇÃO)

6.5.16 Continuação
d) devem ser executados todos os serviços
complementares considerados necessários à segurança, à
proteção pessoal e às atividades econômicas desenvolvidas na
área atravessada, como, por exemplo:
- cercas de proteção em taludes, principalmente em áreas
de criação de animais;
- sinalização de alerta para movimentação de
equipamentos.
6.5 Abertura da Pista
(CONTINUAÇÃO)

6.5.17 Os blocos de rocha


que se apresentam em
posição perigosa nas
laterais da pista devem ser
removidos ou estabilizados.

6.5.18 As testemunhas e
demais sinalizações
provisórias removidas
durante a abertura da
pista devem ser
recompostas e mantidas
durante toda a obra.
Supressão Vegetal
Cat D-8 limpando a pista
Pista sendo aberta
Estaca
Testemunha
Escavadeira Hidráulica destocando
Pista Aberta

Inclinação Transversal Mudanças de Direção


Ampliação de Faixa
Cercas Provisórias
6.6 Abertura e Preparação da Vala
6.6.1 Recomenda-se que a abertura e preparação da vala seja
realizada somente após a preparação da coluna para
abaixamento, exceto no caso mencionado no item 6.7.11 e em
áreas que apresentem interferências subterrâneas que possam
influenciar o projeto da coluna a ser abaixada. [Prática
Recomendada]

6.6.2 Em áreas habitadas ou nas suas proximidades, as valas


devem ser abertas somente após a preparação da coluna para
abaixamento e devem ser cercadas e sinalizadas.
6.6 Abertura e Preparação da Vala
(CONTINUAÇÃO)
6.6.3 Na execução dos serviços de abertura da vala devem ser
consideradas as seguintes informações fornecidas pelo projeto:
a) posição do eixo da vala, em relação à linha de centro da
faixa de domínio conforme projeto executivo;
b) dimensões da seção da vala conforme projeto executivo;
c) raios de curvatura permitidos, para cada diâmetro e
espessura da linha, conforme item 6.8.5;
d) interferência com instalações existentes;
e) raios mínimos de curvatura para dutos para produtos
aquecidos conforme projeto básico;
f) nos casos em que a relação diâmetro nominal / espessura da
tubulação for superior a 50, deve ser prevista na determinação da
profundidade da vala, a instalação de uma camada com espessura
de 20cm, composta de material isento de pedras e raízes,
imediatamente abaixo da geratriz inferior do tubo.
6.6 Abertura e Preparação da Vala
(CONTINUAÇÃO)
6.6.4 Devem ser estaqueados, a cada 2 m, os locais com curvas
horizontais executadas mecanicamente.
6.6.5 A locação do eixo e do fundo da vala devem ser realizados por
levantamento planialtimétrico, verificando o atendimento ao projeto
executivo.
6.6.6 Nos pontos onde o tubo deve ser curvado, a vala deve ser pelo
menos 30 cm mais larga (curvas horizontais) ou mais profunda (curvas
verticais) do que as dimensões originais, a fim de permitir a
acomodação do duto.
6.6.7 Devem ser removidas todas as irregularidades existentes no fundo
e laterais da vala, de forma a garantir o apoio contínuo do duto.
Nota: Em caso de abertura de vala em terreno rochoso, as pontas de
rocha ou matacões devem ser cortadas, no mínimo, 20 cm abaixo da
geratriz inferior da tubulação, depois de instalada no fundo da vala ou
ser aplicado revestimento nas paredes e fundo da vala de forma a
garantir a regularidade da seção da vala e integridade do duto.
6.6 Abertura e Preparação da Vala
(CONTINUAÇÃO)

6.6.8 Na abertura da vala, devem ser observadas as seguintes


recomendações:
a) a técnica de desmonte a ser adotada para valas em rocha sã
ou fraturada deve garantir a geometria fixada no projeto e
atender ao item 6.5.15;
b) as ocorrências de surgências, infiltrações e percolações
devem ser investigadas e cadastradas; prevendo meios adequados,
tais como: colchão de areia e dreno cego, que preservem o curso
d’água, sem causar influências negativas para o duto;
c) em áreas urbanas ou junto a faixas de rodovias, além das
cercas previstas no item 6.6.2, deve-se dispor de sinalização
luminosa para uso noturno; para dar acesso a habitações e
garagens, devem ser providenciadas a instalação e manutenção de
passadiços seguros, feitos com chapa de aço ou prancha de
madeira, compatíveis com a carga prevista, providos de parapeito
transversal à escavação;
6.6 Abertura e Preparação da Vala
(CONTINUAÇÃO)

d) em áreas rurais, onde houver a possibilidade de


cruzamento de animais sobre a faixa de domínio, devem ser
previstas passagens provisórias sobre a vala;

e) nos cruzamentos com cabos de fibras óticas, telefônicos


ou elétricos, tubulações e outras instalações enterradas deve ser
feita escavação manual para localização da interferência, a fim
de evitar rupturas e danos;

f) em rampas íngremes deve ser evitado que o material


proveniente da escavação role rampa abaixo; caso haja risco de
desmoronamento e danos a propriedades vizinhas, a vala deve
permanecer aberta somente o tempo estritamente necessário à
instalação do duto.
6.6 Abertura e Preparação da Vala
(CONTINUAÇÃO)

6.6.9 A abertura da vala deve atender às autorizações emitidas


pelo órgão responsável ou proprietário, tais como: sinalização,
tapumes, remanejamento, passagens provisórias, escoramentos,
proteções de estruturas e edificações adjacentes. O material
proveniente das escavações deve ser disposto de modo a não
causar obstruções a terceiros.

6.6.10 Nas transições entre diferentes profundidades de vala,


recomenda-se que a concordância do fundo da vala seja
compatível com o curvamento natural do tubo utilizado. [Prática
Recomendada]

6.6.11 Devem ser evitados trabalhos que exijam presença do


homem dentro da vala. Caso isto seja impossível, critérios
adicionais de segurança devem ser implementados, de acordo com
a norma regulamentadora no 18 (NR-18) e a norma ABNT NBR
9061.
6.6 Abertura e Preparação da Vala
(CONTINUAÇÃO)

6.6.12 No local onde é executada a interligação de tramos ou trechos de duto


(“tie-in”) no interior da vala, a vala deve ser alargada em, no mínimo, 1,00 m
para cada lado e aprofundada em mais 0,60 m além da sua cota de fundo
projetada, em um comprimento de 1,20 m. Este acréscimo de escavação
localizado da vala (“cachimbo”) permite que a equipe de acoplamento e
soldagem proceda à interligação com segurança, devendo ser prevista a
condição de estabilidade do solo das paredes da vala, em conformidade com a
norma regulamentadora no 18 (NR-18) e a norma ABNT NBR 9061.

Nota: Recomenda-se o uso de blindagem metálica para atendimento do


escoramento necessário na execução dos trabalhos dos itens 6.6.11 e 6.6.12,
incluindo travamento para o tubo, no local onde houver pessoas trabalhando
dentro da vala. [Prática Recomendada]

OBS : nas escavações em áreas alagadas realizadas com escavadeiras


instaladas em cima de balsas ou flutuantes , a sua movimentação e alinhamento
devem ser feitos por 2 guinchos posicionados próximos a cada margem ,
tracionando alternadamente o conjunto .
Escavadeira
Escavadeira
Escavadeira
Valetadeira
Valetadeira
Vala Aberta
Martelete hidráulico
removendo rocha na vala
Preparação para detonação de
rocha na vala
Instalação do
cordel da
dinamite
Preparação para detonação de
rocha na vala
Detonação de rocha na vala
BLINDAGEM
BLINDAGEM
BLINDAGEM

 Montagem da Blindagem:
6.7 Transporte, Distribuição e Manuseio
de Tubos e Outros Materiais
6.7.1 As operações de transporte dos materiais, especialmente
tubos, devem ser realizadas de acordo com as disposições das
autoridades responsáveis pelo trânsito na região atravessada.
As ruas, rodovias federais, estaduais e municipais, ou estradas
particulares não devem ser obstruídas durante o transporte e
este deve ser feito de forma a não constituir perigo para o
trânsito normal de veículos.

6.7.2 No transporte de tubos, as cargas devem ser dispostas de


modo a permitir amarração firme, evitando deslizamento ou
queda da carga, sem danificar o tubo ou seu revestimento.
6.7.2.1 Antes de desamarrar a pilha para descarga, deve ser
feita uma inspeção visual, a fim de verificar se os tubos estão
convenientemente apoiados, sem risco de rolamento.
6.7 Transporte, Distribuição e Manuseio
de Tubos e Outros Materiais
(CONTINUAÇÃO)

6.7.2.2 Proteções adicionais devem ser instaladas a fim de


proteger os ocupantes da cabine do veículo transportador dos
tubos, em casos de movimentação inesperada da carga.
6.7.3 Devem ser mantidos nos locais de armazenamento e nos
de distribuição de tubos ao longo da faixa, pessoal e
equipamentos adequados ao manuseio dos tubos, conforme
norma PETROBRAS N-1965, bem como devem ser tomados
cuidados quanto à manutenção, segurança e limpeza
permanente da área.
6.7.4 Os tubos devem ser distribuídos ao longo da faixa, de
maneira a não interferir no uso normal dos terrenos
atravessados.
6.7 Transporte, Distribuição e Manuseio
de Tubos e Outros Materiais
(CONTINUAÇÃO)
6.7.5 Os tubos devem ser distribuídos, após a aprovação da planilha
de distribuição baseada no projeto executivo conforme item 6.3.4.
6.7.6 A estocagem ao longo da faixa e a movimentação de tubos
revestidos ou isolados deve atender ao disposto nas seguintes normas:
a) para tubos não revestidos ou revestidos: norma PETROBRAS N-
2719;
b) para tubos isolados com poliuretano: norma PETROBRAS N-556;
c) para tubos concretados: norma PETROBRAS N-2432.
6.7.7 Para o manuseio dos tubos durante carregamento ou
descarregamento, devem ser utilizados os procedimentos do item
6.2.1.2.
Nota: Atenção especial deve ser dada à movimentação,
posicionamento e levantamento de tubos depois de curvados, devido à
possibilidade de movimentos inesperados provocados pela mudança
em seu centro de gravidade.
6.7 Transporte, Distribuição e Manuseio
de Tubos e Outros Materiais
(CONTINUAÇÃO)

6.7.8 Com a finalidade de guiar os tubos durante sua


movimentação, cordas devem ser fixadas nas suas extremidades
possibilitando a sua condução, de modo a evitar golpes
inesperados e movimentos bruscos.

6.7.9 Para o descarregamento de feixes de tubos não revestidos


devem ser utilizadas cintas de náilon. Tais cintas devem ajustar-
se ao feixe, de modo a impedir movimentos relativos entre os
tubos.
6.7 Transporte, Distribuição e Manuseio
de Tubos e Outros Materiais
(CONTINUAÇÃO)
6.7.10 Os equipamentos utilizados na distribuição dos tubos
devem ter as suas lanças protegidas com borracha, feltro ou
material similar.
6.7.11 Nos trechos em que for necessário o emprego de explosivos,
a distribuição de tubos deve ser executada após a escavação.
6.7.12 Em rampas íngremes, deve ser executada uma ancoragem
provisória dos tubos distribuídos na pista para evitar o seu
deslizamento ou rolamento.
6.7.13 Quando distribuídos, os tubos devem ser apoiados com
cuidado, de forma a impedir a ocorrência de danos no bisel e no
revestimento anticorrosivo. Os tubos devem ser apoiados sobre
sacos com material selecionado e ficar no mínimo a 30 cm do solo.
6.7 Transporte, Distribuição e Manuseio
de Tubos e Outros Materiais
(CONTINUAÇÃO)
6.7.14 Nos dutos com extensão superior a 3 km, deve ser prevista a
colocação de niples marcadores, espaçados no máximo, a cada 2 km para
facilitar a localização de defeitos detectados pelo “pig” instrumentado. Estes
niples devem ser fabricados com segmentos de tubos com a mesma
especificação dos tubos adjacentes e com comprimento máximo de 4 m.
Todos os niples devem ter sua localização definida em sistema de
coordenadas com a mesma origem e precisão utilizadas nos desenhos
“conforme-construído”, sendo sinalizados na faixa de dutos utilizando os
marcos definidos na norma PETROBRAS N-2200.

Em rampas com inclinação longitudinal igual ou superior a 20 graus , deve


ser executada ancoragem provisória dos tubos distribuídos na pista , para
evitar o seu deslizamento ou rolamento . A ancoragem provisória deve ser
executada nas 2 extremidades de cada tubo , sendo na extremidade inferior
obtida pela utilização de um calço e na extremidade superior pela utilização
de 2 calços laterais .
Transporte de Tubos para o local
do Desfile
Tubos de 24 pol
já desfilados
Side Boom Movimentando Tubos
Utilização dos tubos desfilados
Carregamento no Dolly
Desfile Multiplo em Aclive
Desfile
Problemas causados pelo Desfile
6.8 Curvamento

6.8.1 O curvamento de tubos deve obedecer ao disposto nas


seguintes normas:
a) para oleodutos: norma ASME B 31.4;
b) para gasodutos: norma ASME B 31.8 e ABNT NBR 12712.

6.8.2 Deve ser verificada a adequação dos equipamentos de


curvamento ao tubo a ser curvado.

6.8.3 Para adequação ao projeto de terraplenagem e abertura da


vala, no que se refere aos raios horizontais e verticais, o raio
mínimo de curvatura do tubo deve ser previamente verificado,
através de um teste de qualificação, utilizando-se os tubos a
serem aplicados, preservando-se o disposto no item 6.8.1.
6.8 Curvamento
(CONTINUAÇÃO)

6.8.3.1 O teste de qualificação deve ser realizado distribuindo ao


longo de um tubo revestido, golpes com valores progressivos de
ângulo, até a ocorrência de enrugamento externamente visível
ou danos observáveis no revestimento anticorrosivo.
6.8.3.2 Posteriormente, o tubo testado deve ser examinado
internamente, nas regiões mais tracionadas e comprimidas,
determinando o limite angular aceitável por golpe, sem danos ao
revestimento, de maneira a atender aos critérios de
enrugamento, ovalizacão e espessura de parede apresentados
nesta Norma e nas normas ASME B 31.4 ou B 31.8.
6.8.3.3 Todos os parâmetros envolvidos nesse teste devem ser
registrados em relatório específico para incorporação na
documentação “conforme-construído”, de acordo com o
Capítulo 11 desta Norma.
6.8 Curvamento
(CONTINUAÇÃO)

6.8.4 O método de curvamento deve ser previamente


aprovado e satisfazer às seguintes condições mínimas de
inspeção:

a) a diferença entre o maior e o menor dos diâmetros


externos, medidos em qualquer seção do tubo, após o
curvamento, não pode exceder 2,5 % do seu diâmetro externo
especificado na norma dimensional de fabricação;

b) não são permitidos enrugamento e danos mecânicos no


tubo e no revestimento;
6.8 Curvamento
(CONTINUAÇÃO)
6.8.4 Continuação

c) todos os tubos curvados devem ser inspecionados por


passagem de gabarito interno para verificar se a ovalização
está dentro do prescrito no item 6.8.4 alínea a); para a
determinação do diâmetro da placa do gabarito deve ser
utilizada a seguinte fórmula:

Dp = 0,98 DE - 2e (1 + K)
Onde:
Dp = diâmetro externo da placa (polegada);
DE = diâmetro externo do tubo (polegada);
e = espessura nominal de parede do tubo ou da conexão, o que
for maior (polegada);
K = tolerância da espessura, conforme TABELA 1.
6.8 Curvamento
(CONTINUAÇÃO)
6.8.4 Continuação

d) deve ser feita inspeção visual em toda a superfície do tubo


para verificar possíveis danos nos biséis, corpo e no
revestimento anticorrosivo;

e) a curvatura deve ser distribuída, o mais uniformemente


possível, ao longo do comprimento do tubo;

f) em cada extremidade do tubo a ser curvado deve ser


deixado um comprimento reto mínimo determinado na
qualificação;
6.8 Curvamento
(CONTINUAÇÃO)

6.8.4 Continuação

g) nos tubos com costura, não é permitida a coincidência da


solda longitudinal com a geratriz mais tracionada ou mais
comprimida, devendo o curvamento ser executado de forma
que a solda longitudinal seja localizada o mais próximo possível
do eixo neutro do tubo curvado, com uma tolerância de +/-
30° ;

h) nos curvamentos de tramos que contenham uma solda


circunferencial, deve ser deixado um comprimento reto mínimo
de 1 m para cada lado da solda circunferencial;

i) o curvamento de tubos com costura deve ser realizado de


modo a evitar, durante a soldagem, a coincidência das soldas
longitudinais;
6.8 Curvamento
(CONTINUAÇÃO)
6.8.4 Continuação
j) antes do curvamento a geratriz que vai ser mais
comprimida deve ser marcada à tinta;

k) devem ser marcadas à tinta as seções do tubo a serem


golpeadas durante o curvamento;

l) o tubo já curvado não pode ter aumentado o seu raio de


curvatura;

m) o tubo curvado deve ter a posição de sua geratriz superior


marcada junto às extremidades.

n) no caso de oleodutos utilizando tubos com costura


longitudinal, deve ser evitada a localização da costura na
geratriz inferior quando da sua montagem.
6.8 Curvamento
(CONTINUAÇÃO)

TABELA 1 - TOLERÂNCIA DA ESPESSURA DE PAREDE - K

Diâmetro Processo de Grau do Aço (API 5L)


Nominal do Duto Fabricação B X42 a X70
< 2” com ou sem costura 0,20 0,15

2” a 18” com ou sem costura 0,15 0,15

≥ 20” com costura 0,18 0,20


≥ 20” sem costura 0,15 0,18
6.8 Curvamento
(CONTINUAÇÃO)
6.8.5 O curvamento natural não deve ultrapassar o limite elástico do
material, sendo o raio mínimo calculado pela seguinte fórmula:
Onde:
R = raio mínimo de curvatura para
curvamento natural, em cm;
Ec = módulo de elasticidade do
material, em MPa;
Sy = tensão mínima de escoamento
especificada, em MPa;
Notas: D = diâmetro externo do tubo, em cm;
1) Ec = 2,00 x 105 MPa para aço-carbono à e = espessura nominal da parede do
tubo, em cm;
temperatura ambiente de 21 ºC.
P = pressão, em MPa.
2) P é a pressão mínima de teste hidrostático
= coeficiente de dilatação térmica
para duto transportando produto à linear do aço, oC-1.
temperatura ambiente. P é a pressão de ∆θ = diferença entre a temperatura de
projeto para duto transportando produto operação do duto e a temperatura
quente. estimada de montagem do duto, em ºC.
3) ∆θ = 0 para duto transportando produto
à temperatura ambiente.
6.8 Curvamento
(CONTINUAÇÃO)

6.8.6 O curvamento a quente só pode ser empregado quando


seu método de execução previr aquecimento uniforme por
indução elétrica de alta-freqüência e resfriamento controlado.
O raio da curva obtido deve atender a limitação definida pelo
projeto básico, quanto ao raio mínimo para a passagem de
“pig” instrumentado.
6.8.7 Os tubos curvados devem ser marcados com pintura
externa com as seguintes informações:
a) ângulo/raio da curva;
b) posição da geratriz superior (na montagem);
c) local de aplicação;
d) sentido de montagem.
Curvamento de tubo de 6 pol
Curvadeira para 32 pol
Curvadeira com tubo
Teste de Curvamento
Curvamento
Inspeção após Curvamento
6.9 Revestimento de Concreto
6.9.1 O revestimento externo dos tubos e juntas de campo com
concreto, deve ser executado de acordo com a norma
PETROBRAS N-2432, atendendo às condições estabelecidas no
projeto.

6.9.2 Nas travessias, cruzamentos e onde indicado no projeto, as


juntas de campo de tubos revestidos externamente com concreto,
devem ser igualmente concretadas com as mesmas características
construtivas utilizadas nos tubos.

6.9.3 Devem ser minimizados os resíduos e respingos de concreto


originados durante o processo de concretagem de tubos e juntas,
evitando ao máximo que caiam diretamente sobre o solo. Todos
os resíduos e respingos devem ser removidos para local
adequado, conforme previsto no item 10.7.
Preparação
para a
Concretagem
de Tubos
Concretagem de tubos
CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E
CONDICIONAMENTO DE DUTO
TERRESTRE

NORMA PETROBRAS N-464


Atualizada para a revisão H – dezembro/2004
Elaborada em outubro / 2001 por Paulo M. de F. Montes
Tel: (21) 2515-7306 / (21) 9608-2979
2a. Parte Chave: SGBG - Email: paulomontes@petrobras.com.br

Revisada em janeiro / 2005 por Carlos A. C. Manzano


Tel: (22) 2761-5408 / (22) 9825-0168
Chave: SGIM - Email: manzano@petrobras.com.br
6.10 Soldagem
6.10.1 A soldagem deve ser executada de acordo com as normas
PETROBRAS N-133, e ASME B 31.4 ou ASME B 31.8.
6.10.2 A qualificação dos procedimentos de soldagem deve ser
feita de acordo com a norma API STD 1104. Adicionalmente
nestas qualificações, a inspeção por ensaios não-destrutivos
das juntas soldadas deve também ser realizada por
radiografia de acordo com a norma PETROBRAS N-1595 e
ultra-som de acordo com a norma PETROBRAS N-1594.
6.10.2.1 Para complementos, como alternativa, pode ser usada
a norma ASME Section IX. [Prática Recomendada]
6.10.2.2 Para a soldagem de “tie-ins” deve ser qualificado um
procedimento específico, de acordo com a norma API STD
1104, prevendo obrigatoriamente a execução do passe de
raiz pelo processo “TIG”.
6.10 Soldagem
(CONTINUAÇÃO)
6.10.3 A preparação e detalhamento de chanfros e ajustagem
das peças devem ser verificados por meio de gabaritos
apropriados e aferidos conforme as normas ASME B 31.8 ou
ASME B 31.4.

6.10.4 Quando necessária, a remoção de uma solda


circunferencial deve ser feita através de um anel cujo corte
esteja, no mínimo, a 50mm de distância do eixo da solda.

6.10.5 Todas as extremidades biseladas para soldagem devem


ser esmerilhadas e as bordas dos tubos devem ser escovadas
numa faixa de 50mm em cada lado da região do bisel, externa e
internamente, ao tubo. Se houver umidade, a junta deve ser
seca por uso de maçarico, com chama não concentrada
(chuveiro).
6.10 Soldagem
(CONTINUAÇÃO)
6.10.6 Antes do acoplamento dos tubos, deve ser feita inspeção e
limpeza interna, para verificação de presença de detritos ou
impurezas, que possam prejudicar a soldagem ou passagem dos
“pigs” de limpeza e detecção de amassamento. Deve-se na
oportunidade identificar, nas extremidades, a posição da solda
longitudinal.

Notas:
1) No caso de tubos com costura longitudinal, a localização da
costura deve estar situada fora da faixa compreendida entre ±
10º em relação à geratriz inferior, quando da sua montagem.

2) Os tubos devem ser acoplados de tal maneira que não haja


coincidência de soldas longitudinais de 2 tubos consecutivos,
havendo defasagem mínima de um para outro de 1/4 do
perímetro dos tubos ou 50 mm, o que for menor.
6.10 Soldagem
(CONTINUAÇÃO)
6.10.7 Antes do acoplamento dos tubos, suas extremidades não
revestidas devem ser inspecionadas interna e externamente,
verificando-se descontinuidades, como:
a) defeitos de laminação;
b) mossas;
c) amassamentos;
d) entalhes;
e) outras descontinuidades superficiais.

6.10.8 Não são permitidos amassamentos e entalhes no bisel


com mais de 2 mm de profundidade; caso ocorram, tais defeitos
devem ser removidos por métodos mecânicos de desbaste ou
pela retirada de um anel. O mesmo critério aplica-se para
válvulas e conexões.
6.10 Soldagem
(CONTINUAÇÃO)

6.10.9 Todos os biséis de campo dos tubos devem ser feitos de


acordo com os critérios de acabamento previstos na norma
API Spec.5L.

6.10.10 Devem ser utilizados, preferencialmente, acopladores


de alinhamento interno.

6.10.11 Os acopladores de alinhamento interno não devem ser


removidos antes da conclusão do primeiro passe.
6.10 Soldagem
(CONTINUAÇÃO)

6.10.12 Quando for usado acoplador de alinhamento externo,


o comprimento do primeiro passe de solda deve ser
simetricamente distribuído em pelo menos 50% da
circunferência antes de sua remoção.

Nota: No acoplamento de tubos para soldagem de “tie-ins”


não devem ser geradas tensões residuais que possam
comprometer a integridade do duto durante a sua vida útil.
Para tanto, devem ser atendidas as seguintes orientações:
a) nas extremidades das colunas a serem soldadas, devem
estar descobertos, no mínimo, 2 tubos de cada lado;
b) o duto não deve estar pré-tensionado, ou seja,
permanecer alinhado sem a aplicação de esforço externo.
6.10 Soldagem
(CONTINUAÇÃO)
6.10.13 O tubo não deve ser movimentado antes da conclusão do
primeiro passe. Caso já tenha sido realizado o lixamento do
primeiro passe, deve-se concluir a execução do segundo passe
para permitir sua movimentação. No caso de tubos concretados
ou colunas que possam ser submetidas a tensão durante a
soldagem, a movimentação só deve ser feita após a conclusão do
segundo passe.
6.10.14 No acoplamento de tubos de mesma espessura nominal,
o desalinhamento máximo permitido é de 20 % da espessura
nominal, limitando-se a 1,6 mm. Para tubos de espessuras
diferentes devem ser usados os padrões das normas ASME B
31.4 ou ASME B 31.8, sendo recomendado o uso de “niple” de
transição.
Nota:
Caso seja utilizado transição de paredes com chanfro interno,
recomenda-se substituir o ensaio de ultra-som por radiografia.
[Prática Recomendada]
6.10 Soldagem
(CONTINUAÇÃO)
6.10.15 O preaquecimento, quando aplicável, deve-se estender
por pelo menos 100 mm de ambos os lados do eixo da solda.

6.10.16 A temperatura de preaquecimento, estipulada no


procedimento de soldagem qualificado, deve ser mantida durante
toda a soldagem e em toda a extensão da junta e verificada de
acordo com os critérios da norma PETROBRAS N-133.

6.10.17 No preaquecimento de tubos não é permitido o uso de


maçarico com chama concentrada.

6.10.18 O intervalo de tempo entre os passes de solda, deve


atender ao especificado no procedimento de soldagem
qualificado, conforme norma API STD 1104.
6.10 Soldagem
(CONTINUAÇÃO)
6.10.19 Na montagem devem ser observados os seguintes
cuidados adicionais:
a) manter fechadas, através de tampões, as extremidades dos
trechos soldados, a fim de evitar a entrada de animais, água,
lama e objetos estranhos; não é permitida a utilização de pontos
de solda para fixação destes tampões;
b) recolher as sobras de tubos e restos de consumíveis de
soldagem, bem como de quaisquer outros materiais utilizados na
operação de soldagem, os quais devem ser transportados para o
canteiro da obra;
c) reaproveitar sobras de tubos, desde que estejam em bom
estado, identificados e rastreados;
d) iniciar os passes de solda em locais defasados em relação
aos anteriores e o início de um passe deve sobrepor o final do
passe anterior;
6.10 Soldagem
(CONTINUAÇÃO)
6.10.19 Continuação
e) não permitir o puncionamento das soldas para sua
identificação;
f) não permitir reparo em áreas de solda anteriormente
reparadas;
g) não permitir o reparo de raiz e enchimento em solda de
“tie-in”.

6.10.20 As lixadeiras utilizadas na limpeza de biséis e passes de


solda devem ser utilizadas com os seus protetores e hastes de
manipulação montados, em conformidade com as especificações
de seus fabricantes.
6.10 Soldagem
(CONTINUAÇÃO)

6.10.21 Cuidados adequados devem ser tomados na prevenção


de incêndios e queimaduras, que podem ser originados pelos
maçaricos utilizados no corte ou pré-aquecimento, assim
como pelos equipamentos elétricos utilizados no processo de
soldagem.

6.10.22 Todos os trabalhadores que atuem nas imediações da


área onde está sendo realizada uma soldagem, devem portar
dentre outros EPIs, óculos de segurança com lente escurecida,
com o propósito de prevenir queimaduras nos olhos.
Solda com eletrodo revestido
Solda
automática
Acopladeira interna
Acopladeira interna
Acopladeira interna
Acopladeira externa
Acopladeira externa
Junta
acoplada,
com parte do
primeiro
passe soldado
Biseladeira
Side boom suportando a coluna
Solda Semi -automática
Abrigo para solda
Identificação da Junta Soldada
Solda por eletrodo revestido
Ajuste do acoplamento
Solda por eletrodo revestido
6.11 Inspeção por Ensaios Não-Destrutivos (END)

6.11.1 Os critérios de aceitação de descontinuidades de


soldagem e reparo de dutos e seus complementos, quando da
inspeção das soldas por ensaios não-destrutivos, devem seguir
os requisitos da norma API STD 1104.

6.11.2 Quando for iniciada a soldagem de um duto ou quando


houver mudança no procedimento de soldagem, devem ser
inspecionadas, por radiografia e ultrasom, as 50 primeiras
juntas em toda a circunferência, para avaliação do processo de
soldagem.
6.11 Inspeção por Ensaios Não-Destrutivos (END)
(CONTINUAÇÃO)
6.11.3 Completada a soldagem do trecho inicial, a soldagem só
deve ser reiniciada após a avaliação dos resultados dos ensaios
não-destrutivos citados no item 6.11.2.
6.11.4 Se o índice de juntas reprovadas for inferior ou igual a 5
% das juntas soldadas, a partir do trecho ensaiado devem ser
usados os critérios previstos no item 6.11.6.
6.11.5 Se o índice de juntas reprovadas for superior a 5 %, um
trecho seguinte de igual número de juntas conforme item
6.11.2 deve ser inspecionado pelos mesmos métodos, em toda a
circunferência. Caso, no segundo trecho, a rejeição continue
superior a 5 % a soldagem só deve ser reiniciada após análise
da causa da rejeição, englobando: soldadores, material,
consumíveis, máquina de solda, condições ambientais e outros.
Após ação corretiva no processo deve ser inspecionado um
novo trecho de igual número de juntas ao inicial e assim
sucessivamente.
6.11 Inspeção por Ensaios Não-Destrutivos (END)
(CONTINUAÇÃO)

6.11.6 Para oleodutos e gasodutos, a extensão dos ensaios não-


destrutivos a serem aplicados é a seguinte:
a) inspeção visual:
- 100 % das juntas, em toda a circunferência conforme norma
PETROBRAS N-1597;
b) inspeção por ensaio radiográfico conforme norma PETROBRAS N-
1595 ou ultra-som conforme norma PETROBRAS N-1594:
- 100 % das juntas, em toda a circunferência.
Nota: Por medida de segurança, recomenda-se minimizar a inspeção
por ensaio radiográfico restringindo a sua utilização à qualificação do
procedimento de soldagem, a inspeção das 50 primeiras juntas para
avaliação do processo de soldagem e em casos de eventual necessidade
de complementação de laudos emitidos na inspeção por ultra-som. Na
inspeção de juntas de “tie-in”, recomenda-se a utilização de ensaio por
ultra-som. [Prática Recomendada]
6.11 Inspeção por Ensaios Não-Destrutivos (END)
(CONTINUAÇÃO)

6.11.7 O ensaio por ultra-som das soldas circunferenciais deve ser


realizado por equipamento que atenda aos requisitos da norma ASTM
E 1961 ou outro computadorizado e mecanizado que seja capaz de
fornecer ensaios reprodutíveis e registros permanentes de 100 % do
volume da solda em toda a circunferência.

6.11.8 Durante a execução dos serviços de construção do duto, deve ser


realizado um acompanhamento do “Índice de Juntas Reprovadas”
calculado para cada quilômetro do duto soldado, conforme abaixo:

Nota: Quando o índice de juntas reprovadas for superior a 10 %


aplica-se o disposto no item 6.11.5.
6.11 Inspeção por Ensaios Não-Destrutivos (END)
(CONTINUAÇÃO)

6.11.9 Quando for adotado o processo de gamagrafia, devem


estar previstas no procedimento executivo atividades prévias
de informação a comunidade, isolamento e controle de
radiação.

6.11.10 Devem ser definidas área e forma adequada para a


guarda da fonte radioativa, sem prejuízo para a comunidade
circundante a esta área, em conformidade com a legislação
específica.
Equipe de
gamagrafia
Inspeção de eventuais perdas de
radiação para o ambiente
Posicionamento da pastilha
END por ultrasom
6.12 Revestimento Externo Anticorrosivo

6.12.1 O revestimento externo de juntas de campo,


componentes de tubulação e a execução de reparos no
revestimento de tubos, devem atender ao disposto nas
especificações do projeto e nas seguintes normas:
a) para tubos revestidos: norma PETROBRAS N-2328;
b) para tubos com isolamento térmico em poliuretano: norma
PETROBRAS N-556.

6.12.2 Nos trechos aéreos deve ser executada pintura externa


de acordo com a norma PETROBRAS N-442, atendendo às
condições ambientais estabelecidas no projeto.
Esquema do Revestimento de
Polietileno de Tripla Camada
Limpeza de Juntas por
Jateamento
Aplicação de Manta Termo - Contrátil
Aplicação da Manta Termo - Contrátil
Ajuste da Manta Termo - Contrátil
Contração Térmica da Manta
Revestimento com Fitas de
Polietileno
Aplicação
de FBE
Trechos Aéreos com Pintura
NORMA PETROBRAS N-442
PINTURA EXTERNA DE TUBULAÇÕES
EM INSTALAÇÕES TERRESTRES
TABELA 1 – MÉTODO DE TRATAMENTO DA
SUPERFÍCIE
NORMA PETROBRAS N-442
PINTURA EXTERNA DE TUBULAÇÕES
EM INSTALAÇÕES TERRESTRES
Condição 1
Ambiente: seco ou úmido, com ou sem salinidade, contendo ou
não gases derivados de enxofre. Tubulação com ou sem
isolamento térmico. Temperatura de Operação: de -30 ºC a 15 ºC.
Tinta de Fundo: Aplicar uma demão de “Tinta Epoxi-Fosfato de
Zinco de Alta Espessura”, norma PETROBRAS N-2630, por
meio de rolo, trincha ou pistola. A espessura mínima de película
seca deve ser de 100 mm. O intervalo entre demãos deve ser de,
no mínimo, 16 horas e, no máximo, 48 horas.
Tinta de Acabamento: Aplicar uma demão de “Tinta de
Acabamento Epoxi”, conforme norma PETROBRAS N-1198,
curada com poliamida (Tipo II), por meio de rolo ou pistola, com
espessura mínima de película seca de 30 mm.
6.13 Abaixamento e Cobertura
6.13.1 O abaixamento dos tubos na vala deve ser realizado
imediatamente após o exame das condições dos tubos, do
revestimento e da vala. O exame visa principalmente:
a) localizar defeitos ou danos nos tubos e no revestimento;
b) verificar a existência de tampões nas extremidades dos
trechos a serem abaixados; caso negativo, deve ser feita uma
inspeção visual, proceder a uma limpeza interna, quando
necessário, e colocar os tampões;
c) verificar se as condições do fundo da vala e das suas paredes
laterais atendem aos critérios descritos no item 6.6.

6.13.2 O abaixamento dos tubos não revestidos externamente com


concreto deve ser precedido do esgotamento da água existente na
vala. Quando não for possível o esgotamento e, conseqüentemente,
a verificação das condições da vala, deve-se revestir externamente
a tubulação com concreto, de acordo com a norma PETROBRAS
N-2432, com a espessura necessária para garantir o assentamento
e a permanência da tubulação no fundo da vala.
6.13 Abaixamento e Cobertura
(CONTINUAÇÃO)

6.13.3 Quando a vala for aberta em terrenos com ocorrência de


rochas, que podem causar danos ao revestimento externo ou ao
isolamento térmico dos tubos, o abaixamento deve ser precedido
da utilização de meios adequados de proteção, podendo ser
utilizados, inclusive combinados, os métodos a seguir:
a) revestimento do fundo da vala com uma camada de solo,
isento de pedras e outros materiais que possam danificar o
revestimento ou o isolamento térmico do tubo, na espessura
mínima de 20 cm;
b) uso de apoios de sacos de areia ou de solo selecionado,
espaçados a cada 3 m, no máximo, de forma a evitar qualquer
contato dos tubos com o fundo da vala; este método somente
pode ser aplicado nos casos em que a relação diâmetro
nominal/espessura da tubulação for inferior a 50;
6.13 Abaixamento e Cobertura
(CONTINUAÇÃO)

6.13.3 CONTINUAÇÃO
c) envolvimento dos tubos com jaqueta de concreto de
proteção mecânica;
d) outros métodos desde que seja assegurada a integridade
do revestimento anticorrosivo e do próprio tubo, ao longo de sua
vida útil estimada no projeto.

6.13.4 Nos casos de solos não rochosos e em que a relação


diâmetro nominal/espessura da tubulação for superior a 50,
deve ser assegurada uma camada com espessura de 20 cm,
composta de material isento de pedras e raízes, imediatamente
abaixo da geratriz inferior do tubo.
6.13 Abaixamento e Cobertura
(CONTINUAÇÃO)

6.13.5 O abaixamento deve ser feito por método que garanta a


perfeita acomodação do duto no fundo da vala, evitando
deslocamentos, deslizamentos, tensões e oscilações, deformações
e danos ao revestimento, conforme os limites estabelecidos no
procedimento executivo.

Nota: Recomenda-se que sejam instaladas estacas de madeira na


lateral oposta da vala, com indicação dos números das juntas,
visando posicionar a coluna dentro da vala conforme previsto no
projeto executivo da seção. [Prática Recomendada]
6.13 Abaixamento e Cobertura
(CONTINUAÇÃO)
6.13.6 O espaçamento entre os pontos de sustentação dos tubos
a serem abaixados, deve ser de forma a garantir a não-
ocorrência de tensões, que possam ultrapassar o limite elástico
do material. O número mínimo de pontos de sustentação
durante o abaixamento deve ser determinado pela executante,
através da apresentação de uma memória de cálculo e
validado através de ensaio no campo.

6.13.7 Para o abaixamento de trechos revestidos com isolante


térmico deve ser observado o seguinte:
a) não devem ser utilizados pontos de sustentação
deslizantes ou rolantes;
b) as faixas de sustentação devem ter largura suficiente de
modo a não provocar o esmagamento do isolamento térmico.
6.13 Abaixamento e Cobertura
(CONTINUAÇÃO)

6.13.8 Antes de se iniciar a cobertura de qualquer trecho do


duto, devem ser reparados todos os danos porventura causados
ao tubo e revestimento durante a operação de abaixamento.

6.13.9 Em locais onde houver a ocorrência de percolação,


surgência e interceptação de veios d’água, em rampas de
inclinação superior a 5 %, o abaixamento deve ser seguido pela
construção de um sistema de drenagem de fundo de vala,
conforme projeto, buscando a manutenção do curso d’ água,
sem influências negativas para a coluna abaixada.

6.13.10 Em trechos onde houver o paralelismo com outros dutos


protegidos catodicamente, a cobertura deve ser precedida da
interligação elétrica entre os dutos, de forma a se obter o
equilíbrio do sistema e a proteção do novo duto.
6.13 Abaixamento e Cobertura
(CONTINUAÇÃO)
6.13.11 A cobertura, cota de enterramento do duto medida a
partir da superfície natural do terreno ou pavimento local até a
geratriz superior da tubulação, deve atender aos seguintes
valores mínimos:
a) áreas em uso para cultura mecanizada, ou com
possibilidade futura, áreas urbanas, industriais ou com
possibilidade de ocupação: 1,50 m;
b) cruzamentos e travessias, conforme norma PETROBRAS
N-2177;
c) áreas escavadas em rocha consolidada, com utilização de
explosivo ou martelete pneumático: 0,60 m;
d) demais áreas: 1,00 m.

Nota: Em caso de matacões ou rochas localizadas, devem ser


utilizado o critério das alíneas a), b) ou d), que melhor defina as
condições locais.
6.13 Abaixamento e Cobertura
(CONTINUAÇÃO)

6.13.12 Imediatamente após o abaixamento da coluna deve ser


realizado o georeferenciamento das juntas soldadas e a medição
do valor da cobertura.
Nota: O georeferenciamento deve utilizar coordenadas UTM
com DATUM definido pelo projeto básico.

6.13.13 A cobertura da vala deve ser realizada na mesma


jornada de trabalho em que for realizado o abaixamento. A
primeira camada da cobertura, até uma altura de 30 cm acima
da geratriz superior da tubulação, deve ser constituída de solo
isento de torrões, pedras soltas e material orgânico e outros
materiais que possam causar danos ao revestimento. O restante
deve ser completado com material da vala, podendo conter
pedras de até 15 cm na sua maior dimensão.
6.13 Abaixamento e Cobertura
(CONTINUAÇÃO)

6.13.14 Não é permitido o rebaixamento do nível de terreno


original da faixa para obtenção de material para a cobertura.

6.13.15 A atividade de cobertura deve ser executada de forma a


garantir a segurança e a estabilidade do duto enterrado e a
manutenção futura da instalação. Em conseqüência, as seguintes
recomendações gerais devem ser observadas:
a) em princípio, todo o material retirado durante a
escavação da vala que atender ao item 6.13.13, deve ser
recolocado na vala, na atividade de cobertura, cuidando-se para
que a camada externa do solo e da vegetação retorne a sua
locação original;
b) deve ser providenciada uma sobrecobertura ao longo da
vala (leira principal), a fim de compensar possíveis acomodações
do material, exceto nos casos previstos pela alínea c) deste item;
6.13 Abaixamento e Cobertura
(CONTINUAÇÃO)
6.13.15 Continuação
c) a sobrecobertura não deve ser executada nos seguintes
casos:
- passagem através de regiões cultivadas e/ou irrigadas
nas quais a pista, depois de restaurada, deve ficar no nível
anterior, de forma a não causar embaraços ao cultivo e à
irrigação;
- trechos em que a existência de uma sobrecobertura ao
longo da vala possa obstruir a drenagem da pista;
- cruzamentos e, ao longo de ruas, estradas,
acostamentos, pátios de ferrovias, trilhos, caminhos e passagens
de qualquer natureza;
6.13 Abaixamento e Cobertura
(CONTINUAÇÃO)

6.13.15 Continuação
d) sempre que a sobrecobertura não puder ser realizada,
deve ser providenciada a compactação com controle tecnológico
do material de cobertura, em camadas de espessura máxima de
15 cm de modo que o solo após a compactação atinja, no
mínimo, as características do solo original do local da vala;
e) nos trechos em rampa, devem ser adotados métodos de
drenagem superficial e proteção de pista e vala, para evitar
deslizamentos ou erosão do material de cobertura.

6.13.16 Em regiões urbanas ou industriais, deve ser instalada


tela de segurança com fita de aviso, conforme FIGURAS B-1 e
B-2 do ANEXO B, sobre a placa de concreto de proteção
mecânica do duto.
Coroamento de Vala
Terrechos Rochosos e Cruzamentos com Ruas e Estradas
A cobertura mínima da tubulação para oleodutos deve
atender ao previsto na norma ASME B 31.4:
A cobertura mínima da tubulação para gasodutos deve
atender ao previsto na norma ABNT NBR-12712:
Coluna pronta para o abaixamento
Vista aérea
Abaixamento com escavadeira
Coluna tamponada
Coluna sendo abaixada
Detalhe do ponto de içamento
Junta revestida com rock shield e
esteira de madeira
Abaixamento
com berços de
sacos de areia,
rock shield e
esteira de
madeira
C0BERTURA
C0BERTURA
6.14 Travessias e Cruzamentos
6.14.1 Na construção e montagem de dutos terrestres está
incluída a execução de travessias de cursos d’água, canais, áreas
alagadas e reservatórios, bem como cruzamentos sob rodovias,
ruas e ferrovias, devendo ser observadas as indicações da
norma PETROBRAS N-2177.

6.14.2 Os projetos executivos de travessias devem atender as


seguintes recomendações:
a) priorizar a solução por furo direcional para travessias
acima de 100 m de largura, entre margens definidas, aliando os
aspectos de segurança construtiva e operacional dos dutos, com
a garantia de minimizar os impactos negativos ao meio
ambiente;
Furo
Direcional

-
Etapas
Furo
Direcional
-
Equipamento
Furo Direcional - Perfuração
Furo Direcional – Pull-back
6.14 Travessias e Cruzamentos
(CONTINUAÇÃO)

6.14.2 Continuação
b) atender ao disposto nesta Norma às limitações e restrições
do órgão responsável pela operação e/ou regulamentação do
meio atravessado, o qual deve aprovar o referido projeto antes
da sua construção;
c) realizar todos os estudos geológicos, hidrológicos e de
perfil de erosão e outros considerados necessários para um
projeto executivo de travessia;
d) nas travessias executadas em leitos rochosos projetar o
cavalote após a definição final do perfil de fundo de vala;
e) determinar as margens definidas dos cursos d’água,
considerando dados históricos e estimativas pluviométricas para
a vida útil do projeto, além dos perfis projetados (calhas) pelas
concessionárias.
6.14 Travessias e Cruzamentos
(CONTINUAÇÃO)
6.14.3 Levantamentos batimétricos devem ser realizados em toda
seção das travessias, cuja largura seja superior a 50 m e a solução
não seja por furo direcional ou que tenham sido objeto de projeto
específico, após o seu lançamento e antes da sua interligação com
as demais seções, com a finalidade de comparar o perfil projetado
com o construído. Estas informações devem constar também nos
desenhos “conforme construído” em detalhe específico, inclusive
nos registros eletrônicos dos dados e interpretação oriunda do
levantamento de campo.

6.14.3.1 Os levantamentos de campo devem ser realizados através


dos seguintes métodos:
a) sondagem por georadar;
b) indução de corrente elétrica no duto com a técnica de PCM
(“Pipeline Current Mapper”) em conjunto com ecobatímetro
digital;
c) levantamento sísmico utilizando perfilador de subfundo.
6.14 Travessias e Cruzamentos
(CONTINUAÇÃO)

6.14.3.2 Todos os métodos descritos no item 6.14.3.1 devem:


a) ter saída digital dos levantamentos de campo e
armazenagem eletrônica;
b) mostrar o perfil do terreno de fundo e o posicionamento
do duto, com o conseqüente enterramento da seção;
c) ter ligação com o DGPS (“Differential Global Positioning
System”) operando em tempo real;
d) apresentar resultado da localização com precisão
superior a 10 cm no plano horizontal e 10 % da profundidade
no plano vertical;
e) considerar o afastamento máximo de 5 m entre pontos de
verificação na seção.
6.14 Travessias e Cruzamentos
(CONTINUAÇÃO)

6.14.4 Nos casos de travessias enterradas, devem ser observadas


as seguintes condições gerais:
a) após a locação do eixo da travessia devem ser executados
os levantamentos topográficos e batimétrico da seção da
travessia ao longo do eixo, antes e após a abertura da vala,
quando for o caso, para a confirmação das condições previstas
no projeto executivo da travessia;
b) exceto quando previsto de outra forma pelo projeto
executivo, o lançamento deve ser feito puxando o duto ao longo
do eixo previamente locado, diretamente sobre o leito ou
flutuando;
c) o duto deve ser lançado horizontalmente (com curvamento
natural), sendo permitida a utilização de curvas verticais
(cavalotes) apenas nos casos onde o perfil do terreno
impossibilite essa solução;
6.14 Travessias e Cruzamentos
(CONTINUAÇÃO)

6.14.4 Continuação
d) antes e após o lançamento do duto, o trecho submerso da
vala deve ser inspecionado por mergulhadores habilitados, com
a finalidade de verificar a conformidade do fundo de vala com o
projeto executivo, a existência de danos nos tubos e/ou
revestimento originados pela atividade de lançamento do duto,
bem como detectar a existência de extensões não apoiadas;

Nota: Recomenda-se que o processo de inspeção mencionado na


alínea d) seja complementado através de filmagem em vídeo.
[Prática Recomendada]
6.14 Travessias e Cruzamentos
(CONTINUAÇÃO)

6.14.4 Continuação
e) caso seja constatada a existência de trechos submersos não
apoiados, devem ser providenciados suportes de forma a limitar
as tensões aos valores admissíveis previamente calculados;
f) nas travessias indicadas pelo projeto executivo, em que
seja determinada a execução de teste hidrostático simplificado, o
teste hidrostático simplificado deve ser realizado conforme item
6.18.8;
g) nos casos acima mencionados deve ser feita a passagem de
“pig” com placa calibradora, impulsionado por ar comprimido,
após o lançamento da coluna.
6.14 Travessias e Cruzamentos
(CONTINUAÇÃO)

6.14.5 A instalação de tubo camisa em cruzamento sob vias deve


obedecer às seguintes recomendações gerais:
a) devem ser usados tubos concretados para evitar o contato
direto com o tubo camisa, facilitando a introdução e a retirada
da tubulação;
b) as extremidades do tubo camisa devem ser vedadas com
massa asfáltica;
c) deve ser assegurada a limpeza interna do tubo camisa,
bem como a livre passagem do duto pelo seu interior.

6.14.6 Durante a execução dos travessias de corpos d’água


navegáveis e cruzamentos deve ser instalada a sinalização
adequada, inclusive a noturna, para a segurança da navegação
ou tráfego, atendendo a todas as condições e exigências do
órgão responsável pela operação da via atravessada.
Boring Machine
Boring Machine
N-2177a – Figura 1
Rodovias, ruas e avenidas com tubo-camisa
N-2177a – Figura 2
Rodovias, ruas e avenidas sem tubo-camisa
N-2177a – Figura 3
Estradas secundárias (rodovias públicas sem
melhoramentos e estradas vicinais)
N-2177a – Figura 4
Ferrovia com tubo-camisa
N-2177a – Figura 5
Vedação das extremidades com jaqueta de
concreto
N-2177a – Figura 6
Cruzamento com
tubos ou cabos
N-2177a – Figura 7
Travessia de rios com curvamento natural
N-2177a – Figura 8
Travessia de rios, riachos (cavalote)
N-2177a – Figura 9
Travessia de canais de irrigação
Comparação de métodos para travessias de rios
Lançamento de Coluna

Rio Carapari – San Alberto - Bolivia


Lançamento de Coluna

Rio Carapari – San Alberto - Bolivia


Lançamento de Coluna

Rio Carapari – San Alberto - Bolivia


Lançamento de Coluna

Rio Carapari – San Alberto Bolivia


Lançamento de Coluna
Coluna preparada
para Lançamento

Rio Paraná – SP/MS


Coluna pronta para o lançamento

Rio Paraná – SP/MS


Retirada do carrinho

Rio Paraná – SP/MS


Retirada do carrinho

Rio Paraná – SP/MS


Início do lançamento

Rio Paraná – SP/MS


Início do Lançamento

Rio Paraná – SP/MS


Coluna sendo puxada

Rio Paraná – SP/MS


Pontilhão sobre a coluna

Rio Paraná – SP/MS


Detalhe do guincho

Rio Paraná – SP/MS


Guinchos

Rio Paraná – SP/MS


Draga

Rio Paraná – SP/MS


Detalhe da draga

Rio Paraná – SP/MS


Side boom
segurando o fim
da coluna

Rio Paraná – SP/MS


Bóia sinalizando a chegada da coluna

Rio Paraná – SP/MS


Chegada da coluna

Rio Paraná – SP/MS


Detalhe da chegada da coluna

Rio Paraná – SP/MS


Início da liberação das bóias

Rio Paraná – SP/MS


Liberação das bóias

Rio Paraná – SP/MS


Sinalização para os navegantes

Rio Paraná – SP/MS


Travessia perpendicular

Rio Verde - MS
Necessidade de recuperação das margens

Rio Salobra - MS
Pontilhão

Rio Salobrinha - MS
6.14 Travessias e Cruzamentos
(CONTINUAÇÃO)
6.14.7 Nos cruzamentos com linhas de transmissão de energia
elétrica, deve ser observado o disposto na norma PETROBRAS N-
2177 e as seguintes recomendações adicionais:
a) deve ser realizado o aterramento de tubos, equipamentos ou
veículos, sempre que houver proximidade com linhas de
transmissão elétricas, que possam provocar interferência ou
indução de tensão no duto, em equipamentos, veículos ou outras
estruturas, colocando em risco a integridade física das pessoas
envolvidas nos serviços;
b) o afastamento entre o duto e os cabos de aterramento
existentes da linha de transmissão deve ser, no mínimo, de 3 m;
c) na existência de cabo contra-peso (aterramento) no vão do
cruzamento entre as torres de sustentação dos cabos condutores,
deve ser providenciado junto à operadora do sistema o seu
remanejamento;
d) a utilização de explosivos nas proximidades de linhas de
transmissão deve ser evitada, ficando o seu uso condicionado à
aprovação e acompanhamento pela companhia operadora do
sistema.
Cruzamentos com Linha de Transmissão

LINHA DE
TRANSMISSÃO

FAIXA DE DOMÍNIO

INTERFERÊNCIA
TORRES

DUTO

CABOS DE
ATERRAMENTO
6.15 Sinalização da Faixa de Domínio

Deve atender aos critérios do projeto e à norma


PETROBRAS N-2200.
SINALIZAÇÃO FAIXA DE DOMÍNIO
FAIXA DE DOMÍNIO

MARCO
LIMITADOR DE
FAIXA

KM 65

MARCO
QUILOMÉTRICO

DUTOS
SINALIZAÇÃO DE CRUZAMENTO COM RODOVIAS
FAIXA
FAIXA
DE DE
DOMÍNIO
DOM ÍNIO
DO DUTO
DO DUTO

PLACAS DE
DUTO
DUTO SINALIZAÇÃO
AÉREA

FAIXA DE
FAIXA DE
DOMÍNIO FAIXA DE
DADOMÍNIO ROLAMENTO
DA
RODOVIA
RODOVIA

MARCOS MARCOS
LOCALIZADORESÇDE DELIMITADORES
DUTOS DE FAIXA

SINALIZAÇÃO DE ÁREAS DE VÁLVULAS
PLACAS DE
RODOVIA SINALIZAÇÃO
INDICATIVAS
ÁREA DE VÁLVULAS DE ACESSO

DUTO

PLACAS DE
SINALIZAÇÃO

CAMINHO DE ACESSO

MARCOS
DELIMITADORES FAIXA DE DOMÍNIO
DE PROPRIEDADE
SINALIZAÇÃO DE TUBULAÇÃO ENTERRADA

CINTA DE
SINALIZAÇÃO

PLACA DE
CONCRETO INTERFERÊNCIA

DUTO
Anexo B – Figuras e Tabelas
Anexo B – Figuras e Tabelas
< E >
TB G

MARCO
DELIMITADOR
DE FAIXA DE
DOMÍNIO E
LEITO DE
ANODOS
Delimitador de Faixa de Domínio
Sinalização em rodovia
TB G
< E >

MARCO
QUILOMÉTRICO
MARCO QUILOMETRICO

63
MARCO QUILOMETRICO PARA CANAVIAIS
< E >

TB G
T r a n s p o r t a d o r a B r a s i l e i r a G a s o d u t o B o l í v i a - B r a s il S . A .

PADRÃO DE
PLACA DE
SINALIZAÇÃO
- TIPO I

Não é utilizada mais


PLACA DE SINALIZAÇÃO - TIPO I
PLACA DE SINALIZAÇÃO - TIPO I
< E >

TB G
T r a n sp o r t a d o r a B r a sile ir a G a so d u t o B o lív ia - B r a sil S . A .

PLACA DE
SINALIZAÇÃO -
TIPO II
Placa tipo II
6.16 Proteção e Restauração
6.16.1 Os serviços de proteção e restauração da faixa de
domínio devem ser definidos em função dos seguintes
princípios básicos:
a) garantia de segurança para a pista e conseqüentemente
para o duto;
b) garantia da segurança e da restauração das condições
originais das propriedades de terceiros e bens públicos
decorrentes de possíveis conseqüências negativas, diretas ou
indiretas, causadas pela implantação do duto;
c) minimização dos impactos causados ao meio ambiente,
restituindo-se, na medida do possível, as condições originais
das áreas envolvidas.
Nota: No caso de faixas com dutos existentes, antes do início dos
serviços de restauração deve ser recuperada a sinalização
provisória, conforme item 6.4.1.
6.16 Proteção e Restauração
(CONTINUAÇÃO)

6.16.2 Os serviços constam basicamente, além da restauração


definitiva das instalações danificadas, da execução de drenagem
superficial e proteção vegetal das áreas envolvidas, incluindo
acessos e áreas de bota-fora, que devem ser iniciadas o mais
cedo possível, seguindo-se imediatamente à operação de
cobertura, de maneira que no menor tempo possível estejam
concluídos os trabalhos de restauração das áreas atingidas.

6.16.3 Os serviços de drenagem superficial devem ser


realizados em função das características das áreas atravessadas
de modo a proporcionar proteção dos eventuais taludes
formados com a abertura da pista, e proteção de terrenos de
terceiros em função das eventuais alterações na drenagem
natural das áreas ocasionadas pela implantação dos dutos.
6.16 Proteção e Restauração
(CONTINUAÇÃO)

6.16.4 A drenagem superficial da pista deve evitar o escoamento


de águas pluviais sobre a vala. Caso não seja possível, deve-se
adotar medidas adicionais de proteção que garantam a
integridade do duto dentro da vala.
Nota: Deve ser prevista a descarga lateral das águas pluviais
para fora da faixa, tomando-se as providências necessárias para
evitar qualquer impacto negativo nas áreas atingidas.

6.16.5 O projeto executivo de drenagem, elaborado por


profissional qualificado, deve atender às seguintes
recomendações:
a) o sistema de drenagem de uma pista em encosta pode ser
do tipo espinha de peixe com calhas transversais, devidamente
espaçadas, com caimento da vala para as extremidades da pista,
onde se interligam com as canaletas longitudinais
Espinha de
Peixe

Meia-encosta
Espinha de
Peixe

Pista Encaixada
6.16 Proteção e Restauração
(CONTINUAÇÃO)
6.16.5 Continuação
b) as calhas transversais e canaletas longitudinais podem ser
conformadas no próprio terreno, com revestimento vegetal ou
solo-cimento ou com utilização de canaletas de concreto;
c) devem ser previstas também canaletas no topo e pé dos
taludes de corte e aterro;
d) eventuais caixas de passagem podem ser de solo-cimento,
alvenaria ou concreto, para conexão entre 2 segmentos de
canaleta ou para dissipação de energia cinética;
e) com o objetivo de estabilizar erosões causadas por cursos
d’água que atravessam a pista, pode ser prevista a execução
de enrocamento de pista a jusante da faixa, de modo a
garantir a cobertura mínima do tubo;
6.16 Proteção e Restauração
(CONTINUAÇÃO)
6.16.5 Continuação
f) as travessias de reservatórios, rios, canais e outros cursos
d'água devem ser completamente restauradas, imediatamente
depois de concluídos os trabalhos; os serviços necessários para
garantir a estabilidade das margens dos cursos d’água e
reservatórios atravessados devem ser executados utilizando-se
materiais adequados e revestimento vegetal nativo;
g) as cercas atravessadas durante a construção, provisoriamente
reconstituídas em atendimento ao disposto no item 6.5.16 alínea
c), devem ser restauradas em caráter definitivo, de forma que as
novas cercas apresentem condições e resistência iguais ou
superiores às originais;
h) as áreas de cruzamentos com vias de acesso devem ser
convenientemente recompostas, de forma definitiva, logo após a
execução dos serviços.
Definição da Drenagem a Ser Utilizada
DIKES INSIDE THE TRENCH TRENCH FILLING AND COVERING
LONGITUDINAL
SLOPE OF THE
RIGHT-OF-WAY
SPECIFICATION EXECUTION TYPE SECTION EXECUTION
(Degrees)
SPACING
TYPE TYPE OF SOIL SOIL-CEMENT FILLING COVERING TYPE OF SOIL SOIL-CEMENT
(Metros)

0 to 10 - - - - TYPE A TYPE A LOCAL -

11 to 15 TYPE 1 30 / 25 LOCAL - TYPE A TYPE A LOCAL -

16 to 20 TYPE 1 25 / 20 LOCAL - TYPE A TYPE A LOCAL -

TYPE 1 SC-3
21 to 25 20 / 15 SELECTED TYPE A TYPE A LOCAL -
TYPE 2 SC-2
TYPE B SIMPLE TYPE B SIMPLE -
26 to 30 TYPE 2 15 / 10 SELECTED SC-2 LOCAL
TYPE B TYPE B SC-3
SC-3
31 to 35 TYPE 2 10 / 06 SELECTED SC-2 TYPE B TYPE B SELECTED
SC-2

Over 35 SPECIFIC DESIGN

LOCAL SOIL - SOIL FROM THE EXCAVATION OD THE RIGHT-OF-WAY OR TRENCH NOT CONTAINING STONES

SELECTED SOIL - GRAVEL CONTAINING FRACTION OF MEDIUM TO COARSE SAND - SILICON SILTY CLAY (MAX. 20% OF CLAY, FREE OF STONES, ROOTS
AND ORGANIC MATTER).
Diques
Diques
Diques
Diques
Diques
Coroamento de Vala
Tipos A e B
Espinha de peixe
Tipos de
Canaletas
Longitudinais
Tipos de
Canaletas
Transversais
Canaletas
transversais e
longitudinais
Área de Passagem em Canaleta Transversal
Proteção das margem de rios
Muro de Contenção
Amortecedor
Amortecedor
6.16 Proteção e Restauração
(CONTINUAÇÃO)
6.16.6 A proteção vegetal da pista e encosta deve ser realizada em
áreas expostas à erosão superficial ou em área onde por qualquer
motivo seja necessário o restabelecimento da vegetação.
6.16.7 As áreas a serem protegidas, assim como os métodos de
semeadura, preparo do terreno, análise e correção dos solos, controle
de pragas e adubações, são objetos de projeto executivo específico de
proteção e restauração a serem elaborados pela executante.
6.16.8 Sem qualquer restrição à utilização de soluções regionais,
recomendam-se os seguintes tipos de proteção vegetal: [Prática
Recomendada]
a) semeadura manual - utilizando-se 60% de bermuda grass
(cynodon dactylon) ou brachiária umidícula e 40% de jatrana ou soja
perene ou calepogonio;
b) hidrossemeadura - utilizando-se 60% de brachiária umidícula
ou bermuda grass (cynodon dactylon) e 40% de calepogonio ou jerina
(centrogema pubescens) ou soja perene (glycine javanica).
6.16 Proteção e Restauração
(CONTINUAÇÃO)
6.16.9 Quando a pista atravessar terrenos cultivados, devem-se
adotar cuidados especiais em sua restauração para assegurar que
os terrenos possam ser utilizados, independentemente de
qualquer outro serviço adicional por parte dos proprietários.
Retirar todas as pedras, raízes, galhos e outros materiais
depositados na faixa e eliminar todos os obstáculos e
irregularidades do terreno resultantes dos serviços de construção,
e ser reposta a cobertura de terra vegetal existente antes da
abertura da pista.
6.16.10 Devem ser eliminados ou removidos todos os acessos, pontes,
pontilhões e outras instalações provisórias, utilizadas nos
trabalhos de construção, restaurando-se as áreas afetadas, exceto
quando estabelecido de outra forma.
6.16.11 Deve ser realizada a limpeza completa da faixa e dos
terrenos utilizados durante os serviços de construção, retirando-
se equipamentos, ferramentas e sobras de materiais. A destinação
dos materiais inservíveis deve seguir procedimentos específicos,
em função da legislação ambiental vigente.
Plantio de grama
Pista com
proteção vegetal
instalada
Reposição Vegetal em Áreas Não Agricultáveis
CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E
CONDICIONAMENTO DE DUTO
TERRESTRE

NORMA PETROBRAS N-464


Atualizada para a revisão H – dezembro/2004
Elaborada em outubro / 2001 por Paulo M. de F. Montes
Tel: (21) 2515-7306 / (21) 9608-2979
3a. Parte Chave: SGBG - Email: paulomontes@petrobras.com.br

Revisada em janeiro / 2005 por Carlos A. C. Manzano


Tel: (22) 2761-5408 / (22) 9825-0168
Chave: SGIM - Email: manzano@petrobras.com.br
6.17 Limpeza, Enchimento e Calibração
6.17.1 O procedimento executivo para as atividades de limpeza,
enchimento e calibração, a ser preparado previamente ao início dos
serviços, deve estar de acordo com os requisitos do projeto básico e
com o seguinte conteúdo mínimo:
a) estudo que comprove a viabilidade da captação e do descarte de
água nos pontos indicados e nas vazões máximas, em conformidade
com a legislação brasileira, incluindo as questões ambientais;
b) apresentação do detalhamento das instalações de captação da
água, incluindo os pontos de captação e descarte, vazão máxima e
mínima de água a ser injetada e análise de qualidade d´água conforme
o item 6.17.2;
c) definição de acessos e áreas disponíveis para instalação dos
equipamentos;
d) descrição dos principais equipamentos a serem utilizados;
e) detalhamento do projeto das cabeças de teste, atendendo aos
requisitos do ANEXO A.
Anexo A
Figuras e Tabelas
6.17 Limpeza, Enchimento e Calibração
(CONTINUAÇÃO)
6.17.2 Os sistemas de captação e descarte de água a serem
utilizados devem atender, no mínimo, aos seguintes requisitos:
a) a instalação típica do sistema de bombeamento deve
conter um filtro no ponto de coleta, um tanque pulmão e um
sistema de filtragem antes da injeção da água no duto;
b) o filtro do ponto de coleta deve reter partículas maiores
que 100 µm, podendo ser construído em tecido geotêxtil ou
tela;
c) o tanque pulmão deve ter volume tal que assegure um
tempo mínimo de permanência da água em seu interior de 5
minutos;
d) o filtro a ser instalado antes da injeção no duto deve
reter partículas maiores que 30 µm; o teor de sólidos
suspensos, após o filtro, em qualquer situação, não deve ser
superior a 30 mg/L;
6.17 Limpeza, Enchimento e Calibração
(CONTINUAÇÃO)

6.17.2 Continuação
e) o equipamento para o bombeamento deve estar dimensionado
para garantir que todos os “pigs” lançados tenham uma
velocidade entre 0,2 m/s e 1,0 m/s, e sistema de controle de vazão
e contrapressão, de forma a assegurar fluxo contínuo, mantendo
os “pigs” em movimento ininterrupto;
f) nas extremidades dos trechos a serem testados devem ser
instaladas cabeças de teste, conforme ANEXO A; além das
cabeças de teste, linhas de descarte de água adequadamente
dimensionadas devem ser instaladas na extremidade de cada
trecho de modo a minimizar possíveis danos ao meio ambiente
durante a drenagem;
g) a captação e descarte da água não devem prejudicar o uso do
corpo d’água por terceiros, nem provocar erosões ou
assoreamentos.
6.17 Limpeza, Enchimento e Calibração
(CONTINUAÇÃO)
6.17.3 A água a ser utilizada na limpeza e no enchimento, deve atender,
no mínimo, aos seguintes requisitos:
a) ser previamente analisada conforme definido nas TABELAS C-1 e
C-2 do ANEXO C, devendo apresentar os seguintes parâmetros:
- teor de cloretos e sulfatos inferiores a 10 mg/L;
- pH neutro;
- teor de sólidos menor do que 30 mg/L;
- isenta de óleos e graxas;
- teor de oxigênio menor do que 5 mg/L;
- ausência de microrganismos;
b) atendendo-se aos parâmetros definidos na alínea a), pode-se
dispensar o emprego de qualquer tipo de aditivos, independente do
tempo de hibernação;
c) a necessidade de aditivação com produtos químicos, seqüestrantes
ou biocidas, fica condicionada à avaliação dos demais resultados das
análises, de acordo com os critérios estabelecidos na TABELA C-3 do
ANEXO C.
Anexo C
Anexo C
Anexo C
6.17 Limpeza, Enchimento e Calibração
(CONTINUAÇÃO)

6.17.4 Nas atividades de limpeza, enchimento e calibração devem


ser observados ainda os seguintes requisitos adicionais:
a) um manômetro e um medidor de vazão devem ser
instalados na área de bombeamento antes do início das atividades;
b) inicialmente deve ser realizada uma lavagem interna no
duto, sendo para tanto bombeado para seu interior, um volume de
água equivalente a 500 m lineares de duto;
c) em seguida devem ser lançados “pigs” de limpeza,
compostos de pelo menos 2 discos “guia” e 2 copos cônicos de
poliuretano;
d) os “pigs” de limpeza devem ser também equipados com
escovas de aço prétensionadas (raspadores), de modo a cobrir
todo o perímetro da parede interna do duto; em caso de dutos com
pintura interna, devem ser utilizadas escovas não metálicas;
6.17 Limpeza, Enchimento e Calibração
(CONTINUAÇÃO)
6.17.4 Continuação
e) um novo “pig” de limpeza só deve ser lançado após o “pig”
anteriormente lançado ter percorrido 500 m lineares no duto;
f) o duto deve ser considerado limpo nesta etapa, quando a
água descartada imediatamente antes da chegada do “pig” de
limpeza, apresentar visualmente as mesmas características da água
injetada no duto;
g) novos “pigs” de limpeza devem ser usados, quantos forem
necessários, até que seja assegurado o critério especificado na
alínea f);
h) após os requisitos da alínea f) terem sido alcançados, devem
ser passados um “pig” de enchimento, e um “pig” calibrador,
espaçados entre si de aproximadamente 500 m lineares;
6.17 Limpeza, Enchimento e Calibração
(CONTINUAÇÃO)
6.17.4 Continuação
i) o “pig” de enchimento deve ser do tipo bidirecional, com 4 ou
6 discos de poliuretano, sendo os 2 discos das extremidades para
guia e os demais de vedação, visando a eliminação total de bolsões
de ar;
j) o “pig” calibrador deve ser similar ao “pig” de enchimento,
sendo que 1 disco de vedação deve ser substituído pela placa
calibradora conforme item 6.19.6, instalada entre os discos;
k) o “pig” calibrador deve possuir dispositivo magnético ou
eletrônico que possibilite o seu acompanhamento e a sua
localização mesmo quando não estiver em movimento;
l) após a passagem do “pig” calibrador, sua placa deve ser
inspecionada e verificada a ausência de amassamentos, para que o
trecho seja liberado para o teste hidrostático;
6.17 Limpeza, Enchimento e Calibração
(CONTINUAÇÃO)

6.17.4 Continuação

m) todo e qualquer descarte da água utilizada, deve ser


realizado de acordo com o procedimento executivo preparado
previamente ao início dos serviços conforme descrito na alínea
b) do item 6.17.1 e alínea g) do item 6.17.2;

n) durante a execução da operação de enchimento, deve ser


assegurada pressão positiva em todos os pontos do duto, através
do controle da pressão no descarte; a verificação do eventual
volume de ar residual contido no duto debe seguir o
procedimento definido no item 6.18.4.2.
6.17 Limpeza, Enchimento e Calibração
(CONTINUAÇÃO)

6.17.5 Relatório da fase de Limpeza, Enchimento e


Calibração

Um relatório abrangente e detalhado deve ser emitido


para a fase de limpeza, enchimento e calibração duto,
contendo pelo menos os seguintes registros:

a) todos os documentos oriundos dos requisitos do item


6.17.1;
b) resultados das análises da água conforme o item
6.17.3;
c) registros das ocorrências relativas ao item 6.17.4.
6.18 Teste Hidrostático
6.18.1 O procedimento executivo para a atividade de teste
hidrostático, a ser preparado previamente ao início dos serviços,
deve estar de acordo com os requisitos do projeto básico e com o
seguinte conteúdo mínimo:
a) diagrama de teste hidrostático para cada trecho de teste
consistindo de desenhos de planta e perfil da diretriz, elaborados
a partir dos documentos do projeto básico discriminando pelo
menos as seguintes informações:
- pressão (mínima e máxima) do teste de resistência
mecânica (conforme projeto);
- pressão (mínima e máxima) do teste de estanqueidade
(conforme projeto);
- ponto onde a pressão de teste será aplicada (km e cota);
- pressão de teste a ser aplicada em cada ponto de teste;
- pressões e correspondentes tensões circunferenciais
máximas e mínimas desenvolvidas e localização (km e cota dos
pontos);
6.18 Teste Hidrostático

6.18.1.a Continuação

- gráfico PV (pressão x volume de água injetada)


teórico;
- classes de locação, espessuras de parede e materiais,
válvulas, suspiros, rodovias e rios mais importantes;
- gradiente de teste hidrostático em metros de coluna
d’água (mca);
- pontos de captação e descarte da água conforme
alínea b);
- vazão máxima e mínima de água a ser injetada na
pressurização;
6.18 Teste Hidrostático

6.18.1 Continuação

b) diagrama de teste hidrostático consolidado, apresentando


em um único desenho de perfil da diretriz do duto, um resumo
das principais informações relacionadas na alínea a);
c) teste hidrostático conforme requisitos mínimos do item
6.18.2;
d) descrição do sistema de comunicação a ser utilizado;
e) descrição do plano de comunicação prévia às
autoridades competentes e grupos de combate de
emergências, bem como às comunidades existentes ao longo
da faixa.
6.18 Teste Hidrostático
6.18.2 O teste hidrostático deve atender aos seguintes requisitos
mínimos:
a) o trecho do duto a ser testado deve estar enterrado, limpo
internamente e inteiramente cheio de água;
b) restrições para acesso (isolamento) e sinalização devem ser
providenciadas, durante o teste hidrostático, principalmente em
trechos expostos, ou áreas em que houver riscos para as pessoas
que estejam localizadas no entorno do duto;
c) primeira parte do teste hidrostático do duto deve consistir
num teste de resistência mecânica, conforme definido no item
6.18.4, visando verificar a integridade estrutural e resistência
mecânica do trecho em teste, bem como aliviar as tensões
decorrentes da montagem;
d) a segunda parte do teste hidrostático do duto deve consistir
num teste de estanqueidade conforme definido no item 6.18.5,
realizado logo após o teste de resistência mecânica;
6.18 Teste Hidrostático

6.18.2 Continuação
e) o gráfico pressão x tempo (P x T) para os testes
hidrostáticos de resistência mecânica e estanqueidade, deve ter o
aspecto conforme a FIGURA 1;
f) as pressões do teste de resistência mecânica devem atender
simultaneamente às seguintes condições:
- a pressão no ponto mais alto do trecho a ser testado deve ser
igual ou maior que a pressão mínima de teste de resistência
mecânica, definida no projeto básico;
- a pressão no ponto mais baixo do trecho a ser testado deve
ser igual ou menor que a pressão máxima de teste de resistência
mecânica, definida no projeto básico;
g) a pressão do teste de estanqueidade deve ser igual a pressão
definida no projeto básico.
6.18 Teste Hidrostático
6.18 Teste Hidrostático
6.18.3 Os equipamentos e instrumentos requeridos para a
execução do teste hidrostático devem atender aos requisitos da
norma API RP 1110. Os instrumentos necessários ao teste,
acompanhados dos respectivos certificados de calibração
(dentro do prazo de validade), devem também atender às
seguintes recomendações:
a) balança de peso morto ou um equivalente dispositivo
sensor de pressão, que seja capaz de medir incrementos de
pressão menores ou iguais a 0,07 kgf/cm2 (1 psi); o dispositivo
deve possuir um certificado de calibração, cuja data de emissão
possua antecedência inferior a 1 ano da data do início do teste,
ou deve ser calibrado na própria obra, de acordo com as
recomendações do fabricante;
b) medidor e transmissor de vazão que forneça na cabine de
teste a indicação da vazão instantânea;
6.18 Teste Hidrostático
6.18.3 Continuação
c) dispositivo totalizador de vazão que permita a leitura de
incrementos de volume para incrementos de 0,1 kg/cm2 da
pressão de teste;
d) dispositivo de registro contínuo da pressão (tal como um
registrador de carta) que forneça um registro permanente da
pressão em função do tempo; este dispositivo deve ser calibrado
imediatamente antes de cada utilização (através da balança de
peso morto) ou calibrado de acordo com as recomendações do
fabricante; deve ter resolução mínima de 0,07 kgf/cm2 (1 psi);

e) manômetros com resolução mínima de 0,5 kgf/cm2 e faixa


de medição no segundo terço da escala;

f) dispositivos de registro de temperatura, que forneça um


registro permanente da temperatura do duto em função do
tempo; deve ter resolução mínima de 0,1 ºC;
6.18 Teste Hidrostático
6.18.3 Continuação
g) termômetro de leitura direta, para determinação da
temperatura ambiente;
h) válvula de alívio de pressão, a ser instalada no trecho do
duto a ser testado, com ajuste não superior a 5 % da pressão
máxima prevista durante o teste, no ponto específico do duto em
que a válvula de alívio for instalada.
Notas: 1) Como alternativa, um sistema computadorizado pode
ser utilizado para monitorar pressão, vazão, volume injetado e
temperatura, desde que os sensores pertinentes ao sistema
tenham resolução compatível com os instrumentos acima listados
e possam ser calibrados de modo similar.
2) Os instrumentos de leitura do teste devem ser instalados em
ambiente fechado, com temperatura controlada e livre de
intempéries.
6.18 Teste Hidrostático
6.18.4 Teste Hidrostático de Resistência Mecânica
6.18.4.1 Após a conclusão da limpeza, do completo enchimento
e do recebimento do “pig” calibrador com a placa sem
amassamentos, o duto deve ser submetido ao teste hidrostático
de resistência mecânica. Este teste visa comprovar a resistência
mecânica do duto, detectar eventuais defeitos e como resultado
das elevadas pressões desenvolvidas durante o teste deve
ocorrer também um alívio de tensões mecânicas dos tubos.
6.18.4.2 Inicialmente, deve ser feita uma verificação de eventual
volume de ar remanescente no duto, utilizando-se o gráfico PV
(pressão x volume de água injetada), de acordo com o seguinte
procedimento:
a) a pressurização deve ter início a partir da pressão
estática da coluna de água à taxa máxima de 1 kgf/cm2 por
minuto;
6.18 Teste Hidrostático
6.18.4.2 Continuação
b) a pressão no ponto de teste deve ser elevada até que
alcance 50 % da pressão de teste;
c) enquanto a pressão é aumentada deve ser desenhado um
gráfico PV; deste gráfico, por extrapolação, deve ser estimado o
volume residual de ar dentro do duto;
d) o volume de ar deve ser determinado na interseção do
prolongamento do segmento reto do gráfico PV com o eixo do
volume; a FIGURA 2 ilustra a metodologia proposta;
e) medidas corretivas devem ser tomadas se o conteúdo de ar
(∆Var) exceder 0,2 % do volume total do trecho de teste (Vi), ou
seja, se ∆Var > 0,002.Vi, incluindo uma nova purga completa de
ar ou até mesmo um novo enchimento total do duto,
considerando a alínea a) deste item.
6.18 Teste Hidrostático
6.18 Teste Hidrostático
6.18.4.3 A seqüência, intensidade, duração e controle da
pressurização, descritos nos itens 6.18.4.4 a 6.18.4.11 a seguir,
constituem o prosseguimento do teste hidrostático de resistência
mecânica cujo início foi tratado no item 6.18.4.2.
6.18.4.4 A pressão deve permanecer por pelo menos 24 horas no valor
de 50 % da pressão de teste. Durante este período devem ser feitos
todos os ajustes necessários para permitir que a seqüência de
operações do teste possa ter início e prosseguir sem interrupções.
6.18.4.5 Após o período inicial de 24 horas à 50 % da pressão de teste,
o trecho deve ser pressurizado em taxa não superior a 1 kgf/cm2 por
minuto, de forma a permitir que o controle das variáveis pressão e
volume garanta um traçado preciso do gradiente ∆P/∆V, até atingir
70 % da pressão de teste, definindo nitidamente a linha reta de um
novo gráfico PV cuja origem das ordenadas corresponde à pressão de
50 % da pressão de teste.
6.18 Teste Hidrostático
6.18.4.6 As pressões de teste em qualquer ponto do trecho
testado devem estar limitadas ao valor máximo e mínimo
indicado no projeto.
6.18.4.7 O bombeamento deve evitar grandes variações de
pressão a partir dos 70 % da pressão de teste, garantindo que
incrementos de 1 kgf/cm² sejam perfeitamente lidos e
registrados; tais incrementos devem ser efetuados com um
intervalo mínimo de 3 minutos até a pressão atingir 95 % da
pressão de teste.
6.18.4.8 Ler a pressão de teste efetuando os ajustes finos pela
balança de peso morto e prosseguir a pressurização até atingir,
com exatidão, 100 % da pressão de teste, mantendo a mesma
taxa de incremento do item 6.18.4.7.
6.18 Teste Hidrostático

6.18.4.9 Atingida a pressão de teste observar um período de 30


minutos para a estabilização de pressão no duto.

6.18.4.10 Mantendo a pressão em 100 % da pressão de teste


iniciar a contagem de tempo recuperando ou aliviando a
pressão sempre que esta variar fora da faixa de ± 0,5 % da
pressão de teste.

6.18.4.11 O teste hidrostático de resistência mecânica é dado


por concluído e o duto ou trecho de duto considerado aprovado
(quanto à resistência mecânica) quando, após um período
contínuo de 4 horas à pressão de teste, esta se mantiver dentro
dos limites de ± 0,5 % com eventual injeção ou purga de água.
6.18 Teste Hidrostático

6.18.4.12 A seqüência de operações e controles, descrita nos


itens 6.18.4.4 a 6.18.4.11 corresponde a um teste hidrostático no
qual o limite de escoamento dos tubos no trecho em teste não
deve ser atingido. Assim, o gráfico da FIGURA 2 deve
permanecer totalmente linear.

6.18.4.13 O desvio máximo admitido na linearidade do gráfico


da FIGURA 2 é aquele em que o volume de água injetada no
duto dobra para incrementos de pressão de 1 kgf/cm2 (2∆V
para um ∆P) ou se houver um desvio volumétrico de 0,2 % do
volume total de enchimento da seção de teste na pressão
atmosférica, conforme ilustrado na FIGURA 3.
6.18 Teste Hidrostático
6.18.4.14 O bombeamento deve ser interrompido, em qualquer estágio
da pressurização, se for observado desvio do gráfico da FIGURA 3
tendendo para o limite estabelecido no item 6.18.4.13; a pressão deve
ser mantida no último patamar atingido, observando-se a eventual
ocorrência de vazamento.
6.18.4.15 O teste de resistência mecânica pode vir a detectar um
eventual vazamento que impossibilite a sua aprovação dentro dos
critérios apresentados no item 6.18.4.11. Constatada esta ocorrência e
não tendo ainda sido localizado vazamento, parar de injetar água e
observar o comportamento da queda de pressão, que pode dar um
indicativo do tipo de defeito ou anomalia.
Nota: Após a localização e reparo do defeito, um novo período de teste
deve ser iniciado, devendo ser repetida toda a seqüência de teste
anteriormente executada.
6.18.4.16 A pressão de teste deve, de preferência, ser elevada nas
horas mais quentes do dia, de modo a evitar sobrepressão no duto,
decorrente da elevação da temperatura.
6.18 Teste Hidrostático

6.18.5 Teste Hidrostático de Estanqueidade

6.18.5.1 O teste de estanqueidade, visa comprovar a inexistência


de pequenos vazamentos no duto ou trecho de duto, ou defeitos
passantes em juntas soldadas.

6.18.5.2 A pressão deve ser reduzida, após a realização do teste


de resistência, para atender aos limites definidos para o teste de
estanqueidade.

6.18.5.3 A duração mínima do teste de estanqueidade deve ser


de 24 horas.

6.18.5.4 O critério de aceitação do teste de estanqueidade não


admite a injeção ou a purga de água do trecho em teste.
6.18 Teste Hidrostático
6.18.5.5 O teste hidrostático de estanqueidade é dado por
concluído e o duto ou trecho de duto é considerado aprovado
(quanto a vazamentos) quando, após um período contínuo de 24
horas à pressão de teste, não for observado qualquer indício de
vazamento e se a variação na pressão entre início e término do
teste puder ser justificada por cálculos de efeito térmico,
conforme critério do item 6.18.6.

6.18.5.6 O trabalho para corrigir possíveis defeitos detectados


deve ser executado de imediato e o teste de estanqueidade
refeito. Eventuais reparos devem ser executados de forma a não
exigir novo teste de resistência mecânica.

6.18.5.7 Concluído e aceito o teste de estanqueidade, o duto deve


ser despressurizado e mantido completamente cheio d’água.
6.18 Teste Hidrostático

6.18.6 Correção da Pressão em Função da Temperatura


Para cálculo da variação de pressão por efeito térmico utilizar a
fórmula a seguir:
6.18 Teste Hidrostático
6.18 Teste Hidrostático
6.18.7 Gráfico Pressão x Volume (PV)
O gráfico PV, para dutos enterrados, totalmente cheio de água
(isento de ar) deve ser elaborado a partir da seguinte correlação
teórica de variação de pressão com o incremento de água:
6.18 Teste Hidrostático
6.18.8 Teste Hidrostático Simplificado

6.18.8.1 As seguintes instalações devem ser submetidas a um


teste hidrostático simplificado, de acordo com o procedimento
definido no item 6.18.8.2, antes do lançamento ou da conexão ao
duto:
a) travessias de rios e lagos que tenham projeto específico;
b) trechos de cruzamento com extensão superior a 50 m;
c) trechos de cruzamento com tubos camisa ou localizados
em áreas ambientalmente sensíveis;
d) qualquer outro equipamento ou dispositivo que deve ser
testado hidrostaticamente em separado do duto, tais como tubos
ou niples para “tie-in”, lançadores / recebedores de “pig”, by-
pass de válvulas, ramais.
6.18 Teste Hidrostático
6.18.8.2 O teste hidrostático simplificado deve ter pelo menos o
seguinte procedimento:
a) toda a extensão do trecho deve ser internamente limpa e
cheia de água;
b) restrição de acesso com isolamento da área de injeção e
descarte de água e sinalização destes locais devem ser
providenciados, para o trecho a ser testado que não estiver
devidamente enterrado;
c) dispositivos adequados para recebimento de “pig” e linhas
de descarte de água nas extremidades do trecho devem ser
instalados de modo a minimizar possíveis danos ao meio
ambiente durante a drenagem;
d) o trecho deve ser testado com as juntas de campo sem
revestimento, com pressão fixada pelo valor máximo
estabelecido no item 6.18.4.6;
6.18 Teste Hidrostático
6.18.8.2 Continuação
e) o trecho deve ser considerado aprovado se após 4 horas de
pressurização não forem detectados vazamentos após realização
de inspeção visual;
f) toda a seqüência de teste deve ser repetida após a correção
de qualquer defeito encontrado;
g) a água utilizada neste teste deve estar de acordo com os
requisitos mencionados no item 6.17.2 alínea e);
h) a água deve ser totalmente removida após o teste; “pigs”
espuma podem ser utilizados caso necessário.
6.18 Teste Hidrostático

6.18.8.3 Todos os dispositivos e acessórios temporários sujeitos à


pressão durante o teste hidrostático devem estar
adequadamente dimensionados e testados antes da sua
instalação no duto.

6.18.8.4 Instalações descritas nas alíneas a), b) e c) do item


6.18.8.1 mesmo tendo sido aprovadas pelo teste hidrostático
simplificado, devem ser também submetidas ao teste
hidrostático completo após a sua interligação ao duto.
6.18 Teste Hidrostático
6.18.9 Relatório do Teste Hidrostático
Um relatório abrangente e detalhado deve ser emitido para o
teste hidrostático do duto e suas facilidades, contendo pelo
menos os seguintes registros:
a) todos os documentos relacionados nos itens 6.18.1 e 6.18.8;
b) data e hora de todos os eventos;
c) registro de todos os aspectos ambientais tais como
temperatura do ar, chuva, vento e outros;
d) identificação de cada trecho testado;
e) gráfico contínuo de pressão x tempo;
f) gráfico contínuo de temperatura x tempo;
g) gráfico de pressão x volume com curva de deformação
teórica e real;
6.18 Teste Hidrostático
6.18.9 Continuação
h) lista e descrição dos vazamentos e defeitos indicando sua
precisa localização e as circunstâncias do evento;
i) descrição de eventuais vazamentos, defeitos, suas possíveis
causas e descrição dos métodos de reparos;
j) lista de instrumentos utilizados e seus certificados de
calibração; descrição de tais instrumentos com relação a
precisão, resolução e outros;
k) planilha de cálculo das pressões e tensões circunferenciais
calculadas para os pontos de interesse do trecho de teste, com
todos os cálculos relevantes;
l) certificado de teste hidrostático, assinado pelos
profissionais executantes habilitados na entidade de classe.
Bombas de captação de água
Bombas de enchimento
Cabeça de teste
Fase de teste hidrostático
Balança de Peso Morto
6.19 Inspeção Dimensional Interna do Duto
Deve ser passado “pig” geométrico, em toda a extensão do duto,
depois do teste hidrostático. A passagem do “pig” geométrico
deve ser precedida pela passagem de um “pig” com placa
calibradora (“pig” calibrador) dimensionada conforme previsto
no item 6.19.6, com a finalidade de detectar grandes reduções no
diâmetro interno do duto, preservando a integridade do “pig”
geométrico. Deve ainda ser observado o descrito nos itens 6.19.1
a 6.19.6.

6.19.1 O equipamento para o bombeamento deve estar


dimensionado conforme o previsto na alínea e) do item 6.17.2,
porém considerando a faixa de velocidades entre 0,1 m/s e 8,0
m/s.

6.19.2 Os defeitos detectados na passagem do “pig” geométrico


devem ser caracterizados, conforme definido na TABELA 3.
6.19 Inspeção Dimensional Interna do Duto
(CONTINUAÇÃO)
6.19 Inspeção Dimensional Interna do Duto
(CONTINUAÇÃO)

6.19.3 O relatório de inspeção por “pig” geométrico deve


registrar reduções no diâmetro e defeitos de qualquer extensão,
dentro do limite de sensibilidade da ferramenta de inspeção. Os
seguintes defeitos devem ser considerados inaceitáveis:
a) ovalizações superiores a 5% (a diferença entre o maior e o
menor dos diâmetros externos, medidos em qualquer extensão;
b) mossas, em qualquer extensão, que produzam reduções no
diâmetro superiores às definidas abaixo:
- 2% do diâmetro, para tubos de diâmetro nominal maior
que 12”;
- 0,25”, para tubos de diâmetro nominal de 12” ou menores;
6.19 Inspeção Dimensional Interna do Duto
(CONTINUAÇÃO)

6.19.3 Continuação

c) reduções no diâmetro de qualquer dimensão, que sejam


concentradoras de tensão, tais como entalhes, puncionamento,
cavas e riscos;
d) reduções no diâmetro, de qualquer extensão, em soldas.

Nota: A inspeção dos defeitos relacionados nas alíneas a) e b) do


item 6.19.3 deve ser realizada removendo-se o revestimento
anticorrosivo externo do tubo.
6.19 Inspeção Dimensional Interna do Duto
(CONTINUAÇÃO)

6.19.4 As ovalizações podem ser corrigidas através da escavação e


alívio das cargas sobre a tubulação. Após a eliminação do defeito, a
região afetada deve ser reinspecionada com “pig” geométrico ou
paquímetro e atender a alínea a) do item 6.19.3.

6.19.5 Os demais defeitos inaceitáveis citados no item 6.19.3 devem


ser eliminados mediante o corte e substituição do tubo na região
afetada. Não é permitida a correção de defeitos mediante aplicação
de reforço, retalhos ou reparos.
6.19 Inspeção Dimensional Interna do Duto
(CONTINUAÇÃO)

6.19.6 A placa do “pig” calibrador deve ter as seguintes


características:
a) diâmetro da placa calibradora:
Dp = 0,98 DE - 2e (1 + K) – 0,250
Onde:
Dp = diâmetro externo da placa, em pol;
DE = diâmetro externo do tubo, em pol;
e = espessura nominal de parede do tubo ou da conexão, o
que for maior, em pol;
K = tolerância da espessura, conforme TABELA 1.
6.19 Inspeção Dimensional Interna do Duto
(CONTINUAÇÃO)
6.19 Inspeção Dimensional Interna do Duto
(CONTINUAÇÃO)
6.19.6 Continuação
b) a placa calibradora deve ser de aço-carbono SAE-1020 ou
de alumínio, com pelo menos 8 cortes radiais e espessura
mínima conforme abaixo:
- 1/8” para tubos com diâmetros < 6”;
- 1/4” para tubos com diâmetros ≥ 6”.
Notas:
1) A placa calibradora deve ser recebida sem amassamentos,
para que o trecho seja liberado para a passagem de “pig”
geométrico.
2) No caso de dutos com revestimento interno, a placa
calibradora deve ser de alumínio.
6.20 Inspeção Adicional por “Pig” Ultra-sônico
(CONTINUAÇÃO)

Adicionalmente, quando requerida pelo projeto básico, inspeção


interna do duto com “pig” do tipo ultra-sônico deve ser
realizada conforme requisitos do ANEXO D desta Norma.
ANEXO D - INSPEÇÕES ADICIONAIS
D-1 INSPEÇÃO INTERNA DO DUTO COM “PIG” DO TIPO
ULTRA-SÔNICO

D-1.1 Deve ser passado “pig” ultra-sônico, depois da inspeção


com o “pig” geométrico com a finalidade de se obter a
“assinatura 0” (primeiro registro de passagem de “pig” tipo
ultra-sônico no duto) e detectar eventuais defeitos que possam
vir a ser confundidas com corrosão em futuras inspeções de
perda de espessura.

D-1.2 O Equipamento para bombeamento deve estar


dimensionado conforme o item 6.19.1.

D-1.3 Os defeitos detectados na passagem do “pig” ultra-sônico


devem estar caracterizados conforme definido na TABELA D-1
e na FIGURA D-1.
ANEXO D - INSPEÇÕES ADICIONAIS
ANEXO D - INSPEÇÕES ADICIONAIS
ANEXO D - INSPEÇÕES ADICIONAIS
D-1.3.1 Embora os defeitos descritos no item D-1.3 sejam
defeitos clássicos de perda de espessura, busca-se, com a
inspeção inicial do duto, detectar, localizar e identificar, além
dos defeitos listados: trechos com mudanças de espessura,
defeitos de fabricação tais como duplas laminações, inclusões e
incrustrações.

D-1.3.2 Os defeitos indicados devem ser avaliados de acordo


com a norma ASME B31.4 e ASME B31.8. Os defeitos que
forem aceitos devem ser registrados e incorporados no “as
built”.

D-1.4 As cabeças de teste a serem utilizadas nas extremidades


dos trechos a serem inspecionados com “pig” ultra-sônico,
devem ter suas dimensões adaptadas às dimensões do “pig”
utilizado.
ANEXO D - INSPEÇÕES ADICIONAIS
D-2 INSPEÇÃO INERCIAL

D-2.1 A inspeção com “pig” inercial tem como objetivo adquirir


informações de posição e mudança de direção do duto, definindo
seu traçado e a localização de outros pontos notáveis, tais como:
válvulas, outros acessórios, soldas circunferenciais e outras
indicações de mesma natureza com base em um levantamento
de coordenadas “x, y” e “z” no sistema UTM (“Universal
Transversa de Mercator”). Tal inspeção visa também a
monitoração futura dos dutos que atravessem regiões sujeitas a
movimentação do solo.

D-2.2 A base para definir o geoposicionamento do duto pelo


“pig” inercial, deve ser o conjunto de coordenadas UTM
levantadas para os niples instalados conforme definido no item
6.7.14 desta Norma.
Cabeça de teste
Cabeça de teste
Pigs con placa calibradora
Pig com placa calibradora
Avaliação da placa calibradora
CAPÍTULO 7:
CONDICIONAMENTO

7.1 Condicionamento são todas as atividades necessárias para,


após o término do teste hidrostático, colocar o duto em
condições de ser pré-operado com o produto previsto.

Nota: Um duto, deve ser considerado como condicionado,


estando com seu interior limpo seco e inertizado, em toda a sua
extensão.
7.2 Fases do Condicionamento
7.2.1 Esvaziamento

7.2.1.1 Considera-se esvaziamento a remoção de água do duto


com a utilização de ar comprimido ou gás inerte (nitrogênio).

7.2.1.2 Imediatamente após a realização e aceitação do teste


hidrostático e passagem dos “pigs” de placa e geométrico (sem
registros de não-conformidades), deve ser executado o
esvaziamento total da seção do duto.

7.2.1.3 No planejamento do esvaziamento não são permitidos


cortes adicionais aos previstos no plano de teste hidrostático,
exceto nos locais de instalação de válvulas.
7.2 Fases do Condicionamento
7.2.1.4 Na operação de esvaziamento deve ser utilizado “pig”
tipo “solid cast”, conforme norma PETROBRAS N-2634.
[Prática Recomendada]

7.2.1.5 Deve ser previsto em todos os pontos de descarte um


medidor de vazão e válvula que propicie o controle do fluxo.

7.2.1.6 Deve ser garantida uma contrapressão no descarte, de


forma a assegurar o deslocamento do “pig” em uma velocidade
inferior a 2,0 m/s, para evitar a formação de bolsões de ar.

7.2.1.7 Todo e qualquer descarte da água utilizada, deve ser


realizado de acordo com o procedimento executivo preparado
previamente ao início dos serviços conforme descrito na alínea b)
do item 6.17.1 e alínea g) do item 6.17.2.
7.2 Fases do Condicionamento
7.2.2 Pré-Secagem

7.2.2.1 Considera-se pré-secagem a operação de eliminação de


bolsões de água remanescentes do esvaziamento, com a
utilização de “pigs” espuma de baixa densidade intercalados
com “pigs” selados, deslocados com ar comprimido. A
velocidade de deslocamento dos “pigs” deve ser mantida entre
0,2 m/s a 1,0 m/s.

7.2.2.2 Os locais de montagem de unidade de secagem e os pontos


de recebimento de “pig” devem ser preferencialmente os pontos
de montagem das válvulas de bloqueio. Devem também ser
considerados os seguintes aspectos:
a) topografia do terreno ao longo do trecho;
b) facilidades de montagem da unidade de secagem;
c) extensão da seção a ser pré-secada.
7.2 Fases do Condicionamento

7.2.2.3 A pré-secagem da linha deve ser iniciada imediatamente


após o esvaziamento.

7.2.2.4 Devem ser passados “pigs” espuma de baixa densidade e


“pigs” selados em quantidade suficiente, até que seja alcançada
a condição “seco ao toque”, na superfície do “pig” quando da
sua retirada da linha.

7.2.2.5 A partir da condição “seco ao toque” todas as atividades


de passagem de “pig” subseqüentes, devem empregar ar seco ou
gás inerte (nitrogênio).
7.2 Fases do Condicionamento
7.2.3 Limpeza Final

7.2.3.1 Considera-se limpeza final a retirada de óxidos, areia e


resíduos metálicos.

7.2.3.2 Nas atividades de limpeza final estão incluídas as etapas


de passagem de “pigs” raspadores, “pigs” espuma e “pigs”
magnéticos de limpeza. O “pig” espuma deve ser especificado
conforme norma PETROBRAS N-2634.

7.2.3.3 Devem ser lançadas, no mínimo, 4 baterias de “pigs”,


compostas de “pig” raspador com escovas de aço temperado,
seguido de “pig” espuma de baixa densidade. No caso de dutos
com revestimento interno, as escovas devem ser de material que
não danifique o revestimento.
7.2 Fases do Condicionamento
7.2.3.4 O intervalo entre o lançamento das baterias de “pigs”
deve ser, no mínimo, de 30 minutos.

7.2.3.5 A operação de passagem das baterias de “pigs” deve ser


considerada satisfatória quando os “pigs” raspadores sejam
recebidos com as escovas íntegras e não saturadas de material
aderido.

7.2.3.6 Após a passagem das baterias de “pigs” citadas no item


7.2.3.3, devem ser passados “pigs” de espuma de baixa
densidade em quantidade suficiente, até que a seção
transversal do “pig” revele uma profundidade de espuma
impregnada com sujeira, menor ou igual a 1”.
7.2 Fases do Condicionamento
7.2.3.7 Em seguida devem ser passadas, no mínimo, 2 baterias
constituídas de “pigs” de espuma e “pigs” magnéticos de
limpeza.

7.2.3.8 A limpeza final deve ser considerada aprovada se a


quantidade de resíduos metálicos aderida ao “pig” magnético de
limpeza for inferior a 50 g/km. Os magnetos devem ser
fabricados em blocos de neodímio-ferro-boro grau 35, ou grau
superior, e o espaçamento máximo dos blocos à parede interna
do duto ser de 15 % do diâmetro. O “pig” deve ser pesado antes
e depois da passagem, a fim de se verificar a quantidade de
elementos aderidos.

7.2.3.9 Devem ser passados quantos “pigs” magnéticos de


limpeza adicionais sejam necessários, para atingir o requisito
estabelecido no item 7.2.3.8.
7.2 Fases do Condicionamento
7.2.4 Secagem

7.2.4.1 Uma vez alcançado o critério definido no item 7.2.3.8,


inicia-se a secagem da linha, que deve ser precedida pela
soldagem dos “tie-ins” entre as seções definidas no plano de
teste, e pela montagem dos complementos conforme Capítulo 9.

7.2.4.2 Na operação de secagem, devem ser passados “pigs”


espuma de baixa densidade com capa ou tipo “solid cast” em
quantidade suficiente, até que seja alcançada a seguinte condição
de ponto de orvalho, medido no lançador, no recebedor e em
todas as válvulas de bloqueio:
a) gasodutos sem revestimento interno: -20 °C (1 atm);
b) gasodutos com revestimento interno: 0 °C (1 atm);
c) oleodutos: 0 °C (1 atm).
7.2 Fases do Condicionamento
7.2.4.3 A medição do ponto de orvalho deve ser feita à pressão
atmosférica, com instrumento aferido e calibrado.

7.2.4.4 Opcionalmente ao uso de ar seco ou nitrogênio, pode ser


utilizada a secagem a vácuo atendendo ao critério de aceitação
descrito no item 7.2.4.2. [Prática Recomendada]

7.2.4.5 Adicionalmente, quando requerida pelo projeto básico,


inspeção interna do duto com “pig” do tipo inercial deve ser
realizada conforme requisitos do ANEXO D desta Norma.
7.2 Fases do Condicionamento
7.2.5 Inertização

7.2.5.1 Uma vez alcançado o critério definido no item 7.2.4.2,


inicia-se a inertização do duto. O duto deve ser totalmente
preenchido com nitrogênio, em uma pressão maior que 0,5
kgf/cm2.

Notas: 1) Caso a pré-operação do duto ocorra imediatamente


depois da secagem, a inertização pode ser realizada através da
utilização de um selo de nitrogênio durante a pré-operação.
[Prática Recomendada]
2) O selo de nitrogênio deve ser injetado no duto
imediatamente antes do produto. O volume do selo deve ser
calculado em função das dimensões do duto e pressão de injeção
do produto, de modo a garantir a segurança da operação.
7.2 Fases do Condicionamento
7.2.5.2 O preenchimento do duto com nitrogênio ou selo de
nitrogênio deve ser realizado através da passagem de um
número mínimo de 3 “pigs” espuma de baixa densidade com
capa e 2 “pigs” copo de poliuretano intercalados entre os “pigs”
espuma, para redução do volume da interface nitrogênio/ar.

7.2.5.3 O espaçamento mínimo entre os “pigs” deve ser 1 km.

7.2.5.4 Uma contrapressão deve ser regulada de modo a garantir


que os “pigs” mantenham velocidade entre 0,2 m/s e 2,0 m/s.

7.2.5.5 A inertização é considerada concluída quando os “pigs”


percorram a totalidade do trecho inertizado, sem danos ou
excessivo desgaste que possam ter afetado a sua eficiência.
Pig de espuma após passagem para secagem
Tipos de pigs
Pig Magnético
8 INSPEÇÃO DO REVESTIMENTO EXTERNO
ANTICORROSIVO - APÓS A COBERTURA
8.1 Decorrido um tempo mínimo de 3 meses após a cobertura do
duto e realização do teste hidrostático no trecho, deve ser
executado um levantamento de falhas do revestimento externo,
através de um dos métodos descritos nos itens 8.1.1 e 8.1.2. Na
aplicação desses métodos é necessária a perfeita localização e
demarcação do traçado do duto, e o seu isolamento elétrico de
outros dutos existentes.
8.1.1 Método de Atenuação de Corrente (“Current
Attenuation”)
Este método é usado para determinar os defeitos no
revestimento de dutos enterrados e mapear a corrente simulada
de proteção. A técnica utiliza a injeção de sinais alternados, em 3
freqüências, entre o duto e a terra, e um receptor para rastrear o
sinal injetado localizando o duto sobre a faixa, mapeando a
corrente ao longo do duto (avaliação qualitativa) e
complementando com a localização pontual das falhas no modo
A-Frame (avaliação quantitativa).
8 INSPEÇÃO DO REVESTIMENTO EXTERNO
ANTICORROSIVO - APÓS A COBERTURA
8.1.2 Método DCVG (“Direct Current Voltage Gradient”)
Este método (quantitativo e qualitativo) é usado para localizar e
estimar o tamanho do defeito no revestimento anticorrosivo de
dutos enterrados, assim como, identificar áreas anódicas. Seu
funcionamento ocorre pela aplicação de uma corrente contínua
no duto, utilizando, normalmente, o próprio retificador do
sistema de proteção catódica. Um gradiente de tensão é então
estabelecido no solo pela passagem da corrente para o metal do
duto no local de defeito no revestimento e detectável com um
milivoltímetro sensível acoplado a 2 semicélulas.

8.2 Todos os pontos onde forem levantadas falhas no


revestimento devem ser inspecionados, mediante escavação, e os
defeitos constatados devem ser reparados de acordo com o
procedimento aplicável.
Inspeção do Revestimento após a cobertura
9 MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE
COMPLEMENTOS
9.1 Complementos são as instalações necessárias à segurança,
proteção e operação dos dutos, as quais devem ser montadas ou
construídas de acordo com as especificações do projeto e
recomendações técnicas, compreendendo, mas não se limitando
ao seguinte:
a) lançadores/recebedores de “pig”;
b) válvulas de bloqueio e retenção, derivações e by-pass;
c) sistema de proteção catódica, incluindo:
- pontos de teste eletrolítico;
- leitos dos anodos;
- retificadores e equipamentos de drenagem;
- juntas de isolamento;
d) instrumentação e automação;
e) provadores de corrosão;
f) sistemas de alívio.
9 MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE
COMPLEMENTOS
9.1 Continuação
Notas:
1) As válvulas, instrumentação, lançadores/recebedores de
“pig” e provadores de corrosão devem ser instalados quando da
conclusão da limpeza final e precedendo à secagem do duto
conforme item 7.2.4.1.
2) Devem ser garantidas condições permanentes de acesso às
áreas onde forem instaladas as válvulas de bloqueio,
lançadores/recebedores de “pig” e retificadores.
3) Deve ser previsto um sistema de proteção catódica
provisório para todo duto enterrado, por um período superior a
3 meses, enquanto o sistema definitivo de proteção catódica não
estiver em operação.
9 MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE
COMPLEMENTOS

9.2 Antes da instalação das válvulas, deve ser garantida que não
há presença de água no interior do sistema de bloqueio, by-pass,
drenos e suspiros.

9.3 Os lançadores/recebedores de “pig” e as respectivas


tubulações de interligação às unidades devem ser limpos e secos,
com o mesmo critério de aceitação do duto.

9.4 Todos os complementos devem ser previamente verificados e


testados de acordo com procedimentos específicos.
Recebedor de Pigs
Recebedor
Lançador
Área de válvula em montagem
PÁTIO DE PRÉ-FABRICAÇÃO DE SPOOLS
PARA VÁLVULAS DN 32”
SPOOL PARA VÁLVULAS DE 32 POL
PRE-FABRICAÇÃO DO SPOOL
PRE-FABRICAÇÃO DO SPOOL
Área de válvula em montagem
Montagem de
válvula
Montagem de válvula
Área de válvula
Proteção Catódica
Proteção Catódica
Proteção Catódica
Proteção Catódica
Proteção Catódica
Proteção Catódica
Proteção Catódica
Proteção
Catódica
Instalação de Anodo
de Titânio para
Sistema de Corrente
Impressa
PTE – Ponto
de Teste
Eletrolítico
Solda tipo “Cadweld” ou de autofusão
Proteção Catódica
Transformador e
Retificador
Junta Isolante
Junta Isolante tipo monobloco
10 REQUISITOS GERAIS DE SEGURANÇA,
MEIO AMBIENTE E SAÚDE

10.1 Os serviços devem ser executados de acordo com os


parâmetros de segurança, meio ambiente e saúde estabelecido pelas
autoridades competentes com jurisdição sobre a faixa de trabalho
ou de servidão do duto.

10.2 Os serviços devem ser executados dentro dos níveis máximos


de ruído estabelecidos pela autoridade competente. Em caso de
proximidade com comunidades, medidas para atenuação de ruídos
podem vir a ser necessários em determinadas fases do trabalho.

10.3 Nos procedimentos executivos devem estar indicados os


requisitos de segurança, meio ambiente e saúde a serem seguidos,
em cada uma das atividades de sua abrangência.
10 REQUISITOS GERAIS DE SEGURANÇA,
MEIO AMBIENTE E SAÚDE
10.4 Todo trabalhador deve ser previamente treinado no tocante
aos aspectos de segurança, meio ambiente e saúde, consoante o
estabelecido nos requisitos de segurança, meio ambiente e saúde
para a atividade, antes de ingressar pela primeira vez na faixa de
dutos.

10.5 Todo trabalhador deve ser retreinado periodicamente nos


aspectos de segurança, meio ambiente e saúde, consoante o
estabelecido nos requisitos de segurança, meio ambiente e saúde
para a atividade.

10.6 Todos os dias, antes do início das atividades de construção,


devem ser realizadas pelos encarregados dos serviços, direcionadas
aos seus comandados, palestras abordando temas relacionados com
aspectos de segurança, meio ambiente e saúde.
10 REQUISITOS GERAIS DE SEGURANÇA,
MEIO AMBIENTE E SAÚDE
10.7 Devem ser recolhidas as sobras de materiais utilizados nas
atividades construtivas, as quais devem ser transportadas para o
canteiro da obra, de onde devem ser enviadas para local adequado,
visando impedir que venham a provocar impacto ambiental.

10.8 Todos os equipamentos estacionários devem ser instalados de


modo a evitar contaminação do solo e dos cursos d’água, como por
exemplo a sua instalação em bacias de contenção
impermeabilizadas para impedir que eventuais derramamentos de
óleo ou combustível venham a atingir o meio ambiente.

10.9 Toda máquina somente pode ser movimentada mediante


autorização do supervisor encarregado pelos serviços a serem
realizados.
10 REQUISITOS GERAIS DE SEGURANÇA,
MEIO AMBIENTE E SAÚDE
10.10 Antes de movimentar qualquer máquina deve-se certificar a não
existência de qualquer pessoa, animal ou equipamento dentro do raio
de ação da máquina.

10.11 Veículos de transporte e máquinas somente devem cruzar o raio


de ação de uma máquina em serviço, mediante contato visual e
autorização direta do operador da máquina.

10.12 Toda máquina ou veículo que transite na pista de dutos deve ser
prévia e periodicamente inspecionado, verificando:
a) existência dos EPIs e demais equipamentos de segurança
recomendados para sua atividade;
b) estado funcional do equipamento;
c) existência de vazamentos de combustíveis ou lubrificantes;
d) habilitação do operador ou condutor.
10 REQUISITOS GERAIS DE SEGURANÇA,
MEIO AMBIENTE E SAÚDE
10.13 Nos serviços realizados em trechos com riscos de
deslizamento de equipamento, tais como: escavadeiras, “side
booms” e outros, deve estar prevista a amarração por guincho ou
outro método que impeça o tombamento e o deslizamento destes
equipamentos.

10.14 Nas faixas de dutos existentes, deve ser evitado o trânsito de


equipamentos sobre os dutos. Caso isto não seja possível, deve ser
realizado estudo de influência das cargas externas de terra e
tráfego sobre todos os dutos existentes na faixa de domínio, visando
definir, caso necessário, critérios para implementar medidas de
proteção, tais como execução de sobre-cobertura ou estiva.
10 REQUISITOS GERAIS DE SEGURANÇA,
MEIO AMBIENTE E SAÚDE
10.15 Não são admitidos transportes de pessoal em veículos de
carga, a não ser na cabine ou que estejam devidamente adaptados
para isso, de acordo com a legislação específica.

10.16 Deve ser prevista, em todas as frentes de serviço, a existência


de sistema de comunicação eficiente, de forma a atender de
maneira imediata situações de emergência.

10.17 Deve ser previsto um plano de comunicação prévia,


englobando todas as atividades de construção, montagem e
condicionamento, destinado às autoridades competentes e grupos
de combate de emergências, bem como às comunidades existentes
ao longo da faixa.
10 REQUISITOS GERAIS DE SEGURANÇA,
MEIO AMBIENTE E SAÚDE
10.18 Para trabalhos com máquinas em faixa existente, deve haver
um isolamento da pista, com uso de fita de segurança provisória,
visando sinalizar e evitar o tráfego sobre os dutos existentes.

10.19 As áreas de injeção de ar e/ou nitrogênio, lançamento e


recebimento de “pig”, captação e descarte de água, devem ser
isoladas e sinalizadas, de modo a se evitar acesso de pessoas não
autorizadas, providas de sistema de iluminação artificial e possuir
sistema de comunicação com um canal ou linha exclusiva.

10.20 As tubulações, mangueiras de alta pressão e acessórios


provisórios, devem ser fornecidos com certificado de qualidade,
inspecionados e pré-testados, antes de sua utilização.
10 REQUISITOS GERAIS DE SEGURANÇA,
MEIO AMBIENTE E SAÚDE
10.21 As tubulações provisórias ou mangueiras utilizadas para
pressurização, captação ou descarte, devem ser adequadamente
ancoradas visando suportar os esforços gerados pelo fluxo e evitar
movimentos que possam causar acidentes.

10.22 As válvulas dos sistemas de enchimento ou descarte devem


ser fechadas gradativamente, a fim de minimizar os efeitos
dinâmicos oriundos de golpe de aríete.

10.23 Deve ser analisado o impacto ambiental causado pelo volume,


vazão e qualidade da água captada e descartada.
10 REQUISITOS GERAIS DE SEGURANÇA,
MEIO AMBIENTE E SAÚDE

10.24 A energia da água de descarte deve ser dissipada por meio de


instalação de difusor na tubulação de descarte ou outro meio que
impeça a erosão do terreno.

10.25 No descarte da água deve-se utilizar sistema para decantação


de resíduos sólidos existentes na água antes de sua reintegração ao
meio ambiente.
O Tubo – “El Matador”
O Tubo – “El Matador”
Acidentes de Transito
Acidentes de Transito
Acidentes de Transito
Acidentes de Transito
Vala
Vala
Vala
Vala
Utilização de Lixadeira
Utilização de Lixadeira
Acidentes
com
Máquinas
Acidentes com Máquinas
Acidentes com Máquinas
DDSMS
Sinalização de Segurança
Sinalização de Segurança
Difusor para dispersão de água
Contenção de Sedimentos
Campanhas de Conscientização
Travessia de Cursos de Água
Coleta de resíduos

Quando ocorre Quando não ocorre


11 EMISSÃO DE DOCUMENTAÇÃO
“CONFORME CONSTRUÍDO”
11.1 Durante a execução dos serviços de construção, montagem e
testes, devem ser preparados documentos “conforme construído”
(“as built”) das instalações, reunidos em meio digital, constando,
no mínimo, das informações abaixo:
a) desenhos de planta e perfil, compatíveis com sistema de
informações geográficas (GIS), apresentados em escala igual ao
levantamento topográfico cadastral, e contendo as seguintes
informações:
- georeferenciamento do duto em toda a sua extensão,
inclusive pontos notáveis, origem, destino, entroncamentos,
saídas de ramais; as coordenadas UTM usadas devem especificar
o DATUM definido pelo projeto básico;
- eixo da vala em relação à linha de centro da faixa;
- limites da faixa de domínio e de pista realmente abertas;
- locação e posição dos marcos topográficos, quilométricos e
de sinalização dos limites de faixa e de dutos;
11 EMISSÃO DE DOCUMENTAÇÃO
“CONFORME CONSTRUÍDO”
11.1.a) Continuação
- indicação georeferenciada das juntas soldadas, destacando as
juntas dos niples marcadores de “pig” instrumentado;
- classificação dos solos e rochas encontrados, conforme norma
ABNT NBR 6502;
- distribuição de tubos, com indicação do diâmetro, material e
espessura de parede;
- revestimento (tipo e espessura), concretagem;
- indicação, locação e respectivos afastamentos típicos dos dutos
existentes na faixa, com suas seções típicas;
- cruzamentos e travessias, referindo-se aos desenhos de detalhe
correspondentes;
- locação e detalhamento das instalações relativas aos
complementos e acessórios instalados, referindo-se aos respectivos
desenhos de detalhe (válvulas, suportes, ancoragens, suspiros,
sistema de proteção catódica);
11 EMISSÃO DE DOCUMENTAÇÃO
“CONFORME CONSTRUÍDO”
11.1.a Continuação
- locação e detalhamento das instalações existentes na faixa,
referindo-se aos desenhos de detalhe correspondentes a interferências
com instalações aéreas e subterrâneas, tubos e caixas de drenagem,
rodovias, ferrovias, pontes, diques, indicando o nome e divisa das
propriedades e municípios envolvidos;
- classe de locação para gasoduto;
- estaqueamento progressivo e desenvolvido, realizado sobre o eixo
da vala;
- indicação e locação das sinalizações, proteções da faixa e dutos
enterrados;
- indicação da resistividade do solo;
- indicação das estações de compressão ou bombeamento, áreas
cercadas de lançadores / recebedores de “pig” e estações de medição e
controle;
- indicação seqüencial das juntas soldadas, inclusive “tie-ins”;
- indicação da cota de cobertura ao longo do duto;
11 EMISSÃO DE DOCUMENTAÇÃO
“CONFORME CONSTRUÍDO”

11.1 Continuação
b) tabela em planilha eletrônica contendo, no mínimo,
comprimento desenvolvido e elevação, acidentes naturais, espessura,
material, diâmetro, classe de locação (para gasodutos), pontos de
testes, retificadores, travessias e cruzamentos, limites de municípios;
c) relatórios dos testes hidrostáticos realizados;
d) relatório de inspeção com “pig” geométrico;

e) relatório de inspeção do revestimento anticorrosivo após a


cobertura;
f) todos os certificados de qualidade de materiais recebidos e
incorporados à obra;
11 EMISSÃO DE DOCUMENTAÇÃO
“CONFORME CONSTRUÍDO”
11.1 Continuação
g) procedimentos de soldagem e registros de ensaios não-
destrutivos das juntas soldadas, bem como, todos os procedimentos
listados no item 4.1;

h) demais documentos de fornecedores de equipamentos e


instrumentos incorporados à obra;

i) planilha de distribuição de tubos conforme item 6.3.4;

j) acompanhamento fotográfico das principais fases da obra.


11 EMISSÃO DE DOCUMENTAÇÃO
“CONFORME CONSTRUÍDO”
11.2 Para cada cruzamento e/ou travessia executada, devem ser
indicados nos desenhos de detalhe específicos, os seguintes
elementos:
a) detalhes, em escala, do duto ao longo do cruzamento ou
travessia, em planta e em corte, com todas as dimensões, cotas
em relação ao terreno natural, ao fundo do curso d’água
(travessia) ou ao topo da estrada (cruzamento) e distâncias às
instalações e construções existentes nas proximidades;
b) posição do eixo da tubulação em relação à linha de centro
da faixa;
c) tipo de instalação e método de construção utilizado;
d) acessórios instalados (tubos-camisa, válvulas de bloqueio,
suportes e ancoragens);
11 EMISSÃO DE DOCUMENTAÇÃO
“CONFORME CONSTRUÍDO”
11.2 Continuação:
e) classificação dos solos e rochas encontrados, conforme
norma ABNT NBR 6502;
f) outras informações, conforme relacionadas no item 11.1
quando aplicáveis;
g) especificações dos tubos;
h) georeferenciamento das soldas.

11.3 Todos os desenhos citados nos itens 11.1 e 11.2 devem conter
o seguinte alerta, emlocal de fácil visualização:
“Para determinação exata da posição do duto, em caso de
escavação e outros serviços que possam comprometer sua
integridade, complementar as informações deste desenho através
de métodos mais precisos de localização.”
11 EMISSÃO DE DOCUMENTAÇÃO
“CONFORME CONSTRUÍDO”

11.4 Todos os desenhos citados no item 11.1 devem ser


elaborados em formato digital, abrangendo, no máximo,
1000 m de faixa em escalas compatíveis com a norma
PETROBRAS N-2047.

11.5 Todos os desenhos citados no item 11.2 devem ser


elaborados em formato digital, em escala horizontal de
1:200.
Modelo de planta e perfil
Para determinação exata da posição do duto, em caso de escavação
e outros serviços que possam comprometer sua integridade,
complementar as informações deste documento através de métodos
mais precisos de localização
Planta de Cruzamento – Conforme Construído
Detalhes
Planta de Cruzamento – Conforme Construído
Detalhes
Planta de Cruzamento – Conforme Construído
Detalhes
Planta de Cruzamento – Conforme Construído
Detalhes
Planta de Cruzamento – Conforme Construído
Detalhes
Planta de Cruzamento – Conforme Construído
Detalhes
Planta de
Cruzamento

Conforme
Construído

Detalhes

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