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Operação de Gasoduto
Terrestre e Submarino
Procedimento
Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 13 CONTEC - Subcomissão Autora.
Oleodutos e Gasodutos As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.
Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
Prefácio
Esta Norma cancela e incorpora a PETROBRAS N-2715, com as devidas atualizações e adaptações.
A operação que se refere o título desta Norma engloba as atividades operacionais desenvolvidas ao
longo de toda vida do gasoduto ou sistema de gasodutos, desde a pré-operação até a sua
desativação permanente. As principais alterações nesta Revisão D incluem a revisão geral e
adequação às mudanças regulatórias, buscando particularmente o alinhamento com o Regulamento
Técnico ANP no 2/2011. O termo “Transportador” foi retirado desta Norma por conflitar com o conceito
adotado pelo RTDT, e foi utilizado o termo “Operador” para designar a empresa responsável pelas
atividades de operação do gasoduto ou sistema de gasodutos. Da mesma forma, o emprego do termo
“Transporte”, referindo-se genericamente a movimentação de fluído foi adequadamente suprimido. O
termo “Transporte” foi mantido somente quando se refere especificamente à atividade de Transporte
de Gás Natural conforme definida pela Lei no 11.909.
1 Escopo
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis e estabelece as diretrizes e responsabilidades para
coordenação, controle e supervisão, a serem seguidas na operação de gasodutos de transporte e
transferência, terrestres e submarinos, visando à segurança operacional, a qualidade dos produtos e
a preservação do meio ambiente.
1.2 Para a consecução deste objetivo devem ser estabelecidos e implementados procedimentos
operacionais específicos para cada gasoduto.
1.3 Esta Norma se aplica somente aos gasodutos de aço-carbono operados pelas empresas do
sistema PETROBRAS. Engloba os gasodutos terrestres e submarinos que interligam entre si
unidades de produção, unidades de processo e estações. Aplica-se também aos gasodutos flexíveis
quando interligados a gasodutos de aço.
1.4 Esta Norma não se aplica a gasodutos de coleta, de distribuição e tubulações de processo.
1.5 Esta Norma deve ser aplicada a partir da data de sua edição.
2 Referências Normativas
2
-PÚBLICO-
3 Símbolos ou Siglas
4 Termos e Definições
Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições da PETROBRAS N-2726 e os seguintes.
4.1
carregador
agente que utilize ou pretenda utilizar o serviço de movimentação de gás em gasoduto de transporte,
mediante autorização da ANP
3
-PÚBLICO-
4.2
Centro de Controle Operacional
centro responsável pela supervisão, monitoramento e controle das operações dos gasodutos
4.3
delegação
transferência procedimentada da responsabilidade do monitoramento e controle de uma ou mais
variáveis críticas de processo de uma operação
4.4
desequilíbrio
diferença entre as quantidades de gás ofertadas ao sistema, nos pontos de recebimento (excluído o
gás para uso no sistema) e as quantidades de gás entregues pelo operador nos pontos de entrega,
em determinado período e determinadas circunstâncias
4.5
estoque total
volume total de gás existente em um gasoduto ou sistema de gasodutos em um determinado
momento
4.6
estoque disponível
diferença entre o estoque total e o volume mínimo que permite realizar a movimentação do gás sem
que os limites operacionais ou contratuais sejam ultrapassados
4.7
equipamentos e instrumentos críticos
equipamentos e instrumentos considerados fundamentais para segurança das operações dos
sistemas de gasodutos, cuja inspeção e manutenção deve ser priorizada de acordo com a criticidade
do equipamento ou instrumento
4.8
gás não contabilizado
volume total de gás recebido deduzido do volume total de gás entregue, do volume de gás para uso
do sistema, da variação de estoque total e das perdas extraordinárias
4.9
GUS
quantidade de gás necessária à operação do gasoduto ou sistema de gasodutos, inclusive o gás
combustível utilizado no sistema e as perdas operacionais
4.10
gaseificação
enchimento do gasoduto com gás a ser movimentado, purgando o fluido existente (ar seco ou gás
inerte)
4
-PÚBLICO-
4.11
gasoduto de coleta
gasoduto destinado à movimentação de gás entre poços produtores e estações coletoras ou entre
poços produtores e UEPs
4.12
gerenciamento da integridade
processo contínuo e sistemático de administração da integridade estrutural do gasoduto baseado em
atividades de inspeção e de mitigação dos defeitos
4.13
hierarquia operacional
limites de responsabilidades e atribuições dos participantes da operação de um sistema de
gasodutos, definidos no PMO ou em POI
4.14
operador
pessoa jurídica ou consórcio de empresas autorizatário, concessionário da ANP ou empresa
designada pelo concessionário, que construa e/ou opere gasodutos ou sistema de gasodutos
4.15
perdas extraordinárias
volume total de gás apurado em perdas para atmosfera ou queima em situações de emergência
4.16
ponto de entrega
ponto nos gasodutos de transporte no qual o gás é entregue pelo operador ao carregador ou a quem
este venha a autorizar
4.17
ponto de recebimento
ponto nos gasodutos de transporte no qual o gás é entregue ao operador pelo carregador ou por
quem este venha a autorizar
4.18
programação de transporte de gás
documento emitido pelo carregador que define as quantidades diárias programadas
4.19
quantidades programadas
quantidades diárias previstas a serem recebidas e entregues, considerando o GUS
4.20
quantidades realizadas
quantidades efetivamente recebidas e entregues pelo operador nos pontos de recebimento
5
-PÚBLICO-
4.21
sistema de gasodutos
sistema composto por gasodutos associados ou não, destinados à transferência ou transporte de gás,
incluindo suas instalações
4.22
terceiros
qualquer pessoa jurídica que não seja o operador ou empresa contratada pelo operador e qualquer
pessoa física, que não seja funcionário do operador ou das suas empresas contratadas
4.23
UEP
instalação para produção de petróleo e gás natural, podendo-se tratar de plataforma fixa, plataforma
flutuante ou navio
4.24
UIPQ
unidade industrial petroquímica ou química que recebe hidrocarbonetos como insumos ou expede
hidrocarbonetos produzidos através de dutos terrestres (oleodutos e gasodutos)
4.25
UO
subdivisão administrativa do operador envolvida na operação do gasoduto ou sistema de gasodutos
4.26
UOT
subdivisão administrativa de pessoa jurídica, que não o operador, envolvida na operação do gasoduto
ou sistema de gasodutos
5 Documentação
Devem estar disponíveis no CCO e nas UOs, para pleno uso dos técnicos da área de operação, no
mínimo, os seguintes documentos, atualizados, relativos a cada gasoduto ou sistema de gasodutos:
Documento que deve orientar as atividades operacionais do gasoduto, contendo o conjunto de dados
de projeto, construção e operação dispostos de forma a orientar as atividades operacionais do
gasoduto ou sistema de gasodutos.
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-PÚBLICO-
5.1.1 O manual de operação deve ser elaborado de modo a contemplar, no mínimo, os seguintes
itens:
5.1.2 O manual de operação deve ser elaborado pelo órgão responsável pelo projeto/construção do
gasoduto, complementado e atualizado pela UO e/ou UOT responsável pela sua operação.
5.1.3 O manual de operação deve ser revisado sempre que houver alteração nos itens listados
em 5.1.1 visando sua atualização ou quando necessário para seu aperfeiçoamento.
5.1.4 A versão atualizada do manual de operação deve estar disponível e acessível para todo o
pessoal envolvido na operação.
5.1.5 As versões anteriores do manual de operação devem ser arquivadas pelo período mínimo de
cinco anos após a sua revisão.
5.2 PMO
Documento a ser elaborado, sempre que houver mais de uma unidade operacional diretamente
envolvida na pré-operação ou operação de um gasoduto ou sistema de gasodutos, com a finalidade
de estabelecer as interfaces, as ações e os critérios executivos operacionais.
NOTA No caso de gasodutos operados por uma única UO, o PMO pode ser substituído por um
POI, estabelecendo as ações e os critérios executivos operacionais específicos,
contemplando todos os requisitos aplicáveis do 5.2.1.2.
5.2.1 Abrangência
5.2.1.1 Os PMOs devem ser elaborados, preferencialmente, por gasoduto e por interface
operacional, definindo claramente a abrangência do documento (PMO), tanto em relação às
responsabilidades das UOs e UOTs envolvidas, como em relação aos limites físicos do gasoduto em
pauta.
NOTA Admite-se um único PMO para mais de um gasoduto, quando houver o tratamento unificado
de assuntos comuns e de similaridades existentes entre aos gasodutos envolvidos
proporcionar ganhos. Admite-se ainda um único PMO para mais de uma interface
operacional de um gasoduto, quando a integração das diferentes interfaces facilite a
compreensão do documento.
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-PÚBLICO-
5.2.1.2 O PMO deve ser elaborado de modo a contemplar, no mínimo, os seguintes itens:
5.2.2 Elaboração/Aprovação/Revisão
5.2.2.1 A elaboração e as revisões subsequentes dos PMOs e POIs devem ter a participação de
todos os segmentos envolvidos na operação do(s) gasoduto(s) em questão. A coordenação da
elaboração e revisão desses procedimentos deve ser estabelecida pelos gerentes operacionais das
UOs e UOTs envolvidos na operação do(s) gasoduto(s) em questão.
5.2.2.2 O PMO ou POI deve ser revisado e atualizado sempre que houver mudanças nos critérios ou
nos procedimentos anteriormente estabelecidos.
5.2.2.3 Os documentos originais e as revisões subsequentes devem ser aprovados pelos gerentes
operacionais de todas as UOs e UOTs envolvidos na operação do(s) gasoduto(s) em questão.
Deve haver um sistema de controle de distribuição de documentos que assegure o envio de uma
cópia controlada do PMO em sua última versão aos órgãos envolvidos na operação.
5.2.4 Arquivamento
As versões anteriores de PMOs e de POIs devem ser arquivadas pelo período mínimo de cinco anos
após sua revisão.
5.3 PRE
5.3.1 O PRE deve ser elaborado conforme requisitos estabelecidos na PETROBRAS N-2644.
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-PÚBLICO-
5.3.2 O PRE pode ser elaborado por gasoduto, instalações ou sistema de gasodutos, a critério da
UO ou UOT responsável.
5.3.3 O PRE deve estabelecer as responsabilidades e as ações a serem seguidas para controle de
uma emergência e mitigação de seus efeitos, incluindo organização, procedimentos operacionais de
resposta e recursos necessários.
6 PR
NOTA No caso de interfaces operacionais com empresas que não sejam subordinadas a
regulamentação da ANP, no que se refere à construção e operação de gasodutos, o PR
pode ser substituído pelo PIO.
6.1 Objetivo
6.2 Abrangência
6.2.1 O protocolo de responsabilidades deve ser elaborado para dar abrangência a todos os
gasodutos e instalações correlatas, de tal forma que um único documento possa atender de forma
integrada e clara os interesses, deveres e responsabilidades mútuas entre as partes.
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-PÚBLICO-
6.2.3 O PR deve ser elaborado por representantes formalmente indicados pelas empresas
envolvidas na operação e ser aprovado por seus gerentes operacionais.
6.2.4 O PR deve ser revisado sempre que necessário, de acordo com os critérios estabelecidos
pelas empresas envolvidas.
6.2.5 A versão atualizada do PR deve estar sempre disponível nas empresas envolvidas para
auditoria.
6.2.6 A versão anterior do PR deve ser arquivada pelas empresas por cinco anos, após sua revisão.
7 PIO
Quando existirem interfaces operacionais com empresas, as quais não estejam subordinadas a
regulamentação da ANP, no que se refere à construção e operação de gasodutos, deve ser
estabelecido um PIO entre estas empresas e o operador.
NOTA Uma vez que a ANP exige um documento formal estabelecendo as responsabilidades nas
interfaces operacionais, a recusa por parte da empresa na assinatura desse documento
pode representar o impedimento do operador de fazer a transferência do produto ou mesmo
de manter relações contratuais com a empresa.
7.1 Objetivo
Definir os limites físicos e as responsabilidades das partes que interagem nas interfaces operacionais
do gasoduto.
7.2 Abrangência
7.2.2 O PIO deve ser elaborado por representante formalmente indicado pela UO responsável e
assinado pelas partes envolvidas.
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-PÚBLICO-
8 Pré-Operação
8.1 Introdução
8.2 Coordenação
A pré-operação deve ser coordenada pela UO responsável pelo gasoduto, assistida pelos órgãos
responsáveis pelo projeto/construção e montagem, e executada por todas as UOs envolvidas. A UO
responsável deve nomear um coordenador geral para condução das atividades de pré-operação.
8.3 Planejamento
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-PÚBLICO-
A instalação para se realizar a purga dos gases para a atmosfera deve consistir de:
a) uma válvula para o controle de vazão ou pressão de injeção, com válvulas de bloqueio a
montante e a jusante da mesma;
b) tomadas para instalação de medidores de pressão instalados a jusante e a montante
(caso já não existam) da válvula de controle de injeção.
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-PÚBLICO-
NOTA Recomenda-se a utilização de válvula do tipo globo para controle de vazão ou pressão de
injeção. [Prática Recomendada]
8.4.1 Para a fase de pré-operação, podem ocorrer dois tipos de situações em função do tipo de
condicionamento: gasoduto totalmente preenchido com gás inerte ou com ar seco.
8.4.2.1 A gaseificação deve ser realizada com o uso de um dos seguintes métodos:
NOTA Em gasodutos preenchidos com ar seco não deve ser executada purga sem selo inerte.
8.4.2.3 Para a purga com selo inerte, o volume de gás inerte a ser injetado para a formação do selo,
deve ser calculado em função das dimensões do gasoduto, da velocidade do escoamento e do perfil
de pressão ao longo da operação, de modo a minimizar as interfaces com o gás inerte e impedir a
ocorrência de mistura explosiva, garantindo assim a segurança operacional.
8.4.3.1 O controle de injeção do gás pode ser realizado à vazão controlada ou à pressão controlada,
deslocando o fluido contido no interior do gasoduto. A velocidade a ser utilizada durante a operação
deve minimizar a laminação e mistura dos gases, reduzindo assim o tamanho das interfaces gás -
fluido contido no gasoduto. Durante a fase de injeção do gás, a pressão máxima de injeção não deve
ultrapassar 10 % da PMOA. O controle de injeção deve ser feito através de válvula de controle
conforme indicado no 8.3.2.
8.4.3.2 Na estação onde está sendo realizada a purga, a válvula de descarte para a atmosfera deve
ser mantida totalmente aberta desde o início da operação. A chegada das interfaces deve ser
confirmada pela utilização de analisadores de gases apropriados. A purga deve ser considerada
concluída e a válvula de descarte fechada quando for confirmada pelos analisadores de gases a
eliminação completa do gás inerte, isto é, presença de 100 % do gás do processo.
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-PÚBLICO-
8.4.3.3 Caso não haja risco de segurança na continuidade da pré-operação, evitar paralisações, de
forma a minimizar a laminação e mistura de gases na interface. Na ocorrência de paradas, medidas
mitigadoras como o bloqueio das válvulas da linha tronco imediatamente à montante e jusante das
interfaces de gases devem ser adotadas.
8.4.3.1 O controle de injeção do gás deve ser realizado preferencialmente à vazão controlada,
procurando manter uma velocidade estável e adequada à operação com “pig”. O controle de injeção
deve ser feito através de válvula de controle conforme indicado no 9.3.2.
8.4.3.2 Na estação onde está sendo realizada a purga, a válvula de controle de purga deve ser
cuidadosamente operada, de forma a manter a velocidade de deslocamento do “pig” dentro dos
limites desejados.
NOTA Recomenda-se que a velocidade de deslocamento seja na faixa de 0,5 m/s a 2,0 m/s.
[Prática Recomendada]
8.4.3.3 Após a chegada do “pig”, deve-se verificar por meio de analisadores de gás, a eliminação
completa do gás inerte ou a presença de 100 % do gás do processo, fechando a válvula de descarte
logo após esta confirmação.
8.4.3.4 Caso não haja risco de segurança na continuidade da pré-operação, evitar paralisações, de
forma a minimizar a laminação e mistura de gases na interface. Na ocorrência de paradas, medidas
mitigadoras como o bloqueio das válvulas da linha tronco imediatamente à montante e jusante do
“pig” devem ser adotadas.
O aumento de pressão, após a conclusão da gaseificação deve ser realizado em incrementos não
superiores a 30 % da PMOA do gasoduto, limitados a 20 kgf/cm2. Entre cada incremento o gasoduto
deve ser inspecionado quanto a eventuais vazamentos.
8.5.1 A pré-operação de gasodutos submarinos deve ser precedida pela realização de uma reunião
de nivelamento entre as partes envolvidas, contando com a presença de representantes da UO.
NOTA Devem estar representadas pelo menos as disciplinas de operação e escoamento. Quando
necessário, envolver outras disciplinas, como engenharia de instalações de superfície, por
exemplo, no caso de haver necessidade de realizar obras nas plataformas. Esta reunião
tem por objetivo nivelar informações, apresentar a situação existente, definir os objetivos da
pré-operação e designar um responsável pela elaboração da minuta de procedimento de
pré-operação.
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-PÚBLICO-
8.5.5.1 O gasoduto pode ser apresentado para pré-operação nas seguintes condições:
8.5.5.2 Quando o gasoduto for entregue totalmente alagado [8.5.5.1a)] deve-se efetuar o
desalagamento com a utilização de “pigs”.
8.5.5.3 Quando o gasoduto estiver preenchido com ar [8.5.5.1b)] deve-se proceder a inertização
parcial ou total do gasoduto.
8.5.5.4 Quando o gasoduto não for entregue seco [8.5.5.1d)], deve-se proceder a injeção de etanol
ou glicol para inibir a formação de hidrato.
8.5.7.1 Definir os alinhamentos utilizados para o recebimento de fluidos nas várias fases da
operação. As opções mais utilizadas são alinhamento para mar/atmosfera e alinhamento para
separador de teste. Ocasionalmente são utilizados outros alinhamentos como para o sistema de
“flare” e para o sistema de drenagem.
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-PÚBLICO-
8.5.7.2 O alinhamento para mar/atmosfera permite o descarte somente de ar, nitrogênio, e água. A
presença de produtos químicos na água a ser descartada pode não recomendar o seu descarte
diretamente no mar. O descarte no mar/atmosfera é geralmente realizado com linha provisória
construída para este fim. Esta linha deve ser executada na mesma classe de pressão do gasoduto,
pelo menos, até a última válvula (inclusive). Após a última válvula, até a atmosfera, pode ser utilizada
uma linha de classe menor, desde que seu comprimento, diâmetro e espessura de parede sejam
compatíveis com as pressões e vazões produzidas na operação. Esta linha deve possuir uma válvula
que possibilite o ajuste da vazão de descarte. Esta linha deve ser adequadamente suportada, tendo
em vista os elevados esforços de reação produzidos pela passagem dos fluidos em alta velocidade.
Outra recomendação sobre a linha provisória de descarte diz respeito ao descarte de nitrogênio.
Mesmo não sendo tóxico ou inflamável, o nitrogênio é um gás asfixiante, quando em concentrações
elevadas. Portanto, a localização do ponto de descarte deve ser direcionada para locais abertos, com
boa ventilação e onde não haja a permanência de pessoas, permitindo uma dispersão adequada do
nitrogênio na atmosfera.
8.5.7.3 O alinhamento para separador de teste permite maior flexibilidade no que diz respeito ao tipo
de fluido recebido, permitindo o recebimento de água com ou sem produtos químicos, condensado,
diesel, etanol, glicol, nitrogênio, gás natural. A partir do separador de teste, o nitrogênio e o gás
natural podem ser encaminhados para “flare”. O envio de nitrogênio para “flare” pode causar o seu
apagamento temporário. Este fato deve ser avaliado caso a caso, dependendo da facilidade ou
dificuldade de reignição do “flare”. A partir do separador de teste, o líquido pode ser direcionado para
processo ou para o sistema de drenagem, conforme a conveniência. Devem ser avaliadas as
condições de segurança no alinhamento para separador de teste, no que diz respeito aos diâmetros,
classes de pressão e proteções disponíveis para evitar a inundação ou a pressurização indevida do
mesmo durante a operação.
NOTA Nunca enviar para “flare” uma mistura de ar com gás natural, ou mistura de ar com vapores
de qualquer outro combustível, o que certamente resultaria em acidente.
8.5.7.4 O alinhamento diretamente do gasoduto para o sistema de drenagem somente pode ser
utilizado quando existe a certeza de que somente líquido deve ser recebido e que não ocorre surtos
de pressão ou vazão. Um exemplo de uso para este alinhamento é a substituição de um inventário de
água contaminada com produto químico em gasoduto por água não contaminada.
NOTA Não utilizar alinhamento diretamente para o sistema de drenagem da plataforma quando
houver a possibilidade de ocorrerem surtos de pressão ou vazão, motivados pela presença
de bolsões de gás natural, nitrogênio ou ar.
8.5.7.5 O alinhamento diretamente do gasoduto para o sistema de “flare” somente pode ser usado
quando existe a certeza de que somente gás natural ou nitrogênio deve ser recebido. O envio de
líquido para o sistema de “flare” pode ser excepcionalmente tolerado, desde que em vazões bastante
baixas, dependendo ainda da avaliação da topologia existente, de modo a não comprometer a
segurança da plataforma.
8.5.9 No ponto de carregamento devem ser tomadas medidas efetivas para assegurar que os
equipamentos usados para a injeção de fluidos não causam a pressurização excessiva do gasoduto.
8.5.10 No caso do uso de unidade geradora de nitrogênio no ponto de carregamento, deve ser usado
um analisador de gás que confirme a pureza do nitrogênio produzido.
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-PÚBLICO-
8.5.12 Evitar operações que possibilitem a ocorrência de uma interface ar/gás natural, mesmo com o
uso de “pigs”. Nestes casos um selo de nitrogênio deve ser inserido entre o ar e o gás natural. O
volume deste selo deve ser calculado caso a caso, em função do diâmetro, comprimento da linha e
quantidade de “pigs” utilizada para separar as interfaces. Quando por algum motivo não forem usados
“pigs” para separar as interfaces, deve-se aumentar o selo de nitrogênio e controlar a velocidade de
deslocamento dos fluidos, de modo a minimizar as interfaces evitando a formação de mistura
explosiva.
8.5.13 A chegada das várias interfaces pode ser confirmada por amostragem e analisadores de
fluidos, pela chegada dos “pigs” separadores, por balanço de materiais ou uma combinação destes
métodos.
Toda documentação relativa à pré-operação do gasoduto deve ser arquivada por toda vida do
gasoduto.
9 Operação
9.1 Introdução
9.1.1 A fase de operação está compreendida entre o final da pré-operação até a desativação
permanente do gasoduto.
9.1.3 A hierarquia operacional para atendimento aos requisitos citados neste item deve estar definida
no PMO ou POI.
9.2.1 Antes do início de operação de um gasoduto, devem ter sido atendidos, no mínimo, os
seguintes itens:
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-PÚBLICO-
9.2.2 Uma vez atendidas às condições de preparação, deve ser emitido o pronto a operar pela UO
responsável pelo início da operação do gasoduto e iniciar o escoamento, mantendo-se estreito
acompanhamento das variáveis de processo, até a estabilização do sistema.
NOTA 1 Verificar as facilidades e equipamentos nas UOs ou UOTs envolvidas para fins de
monitoramento das características citadas em deste item.
NOTA 2 Os teores máximos de H2S, CO2 e N2 permitidos em gasoduto de transporte devem atender
à Resolução ANP no 16/2008 ou a que vier substituí-la.
NOTA 3 O teor de H2S deve ser limitado à pressão parcial de 0,05 psia e o teor de CO2 em 7 psia,
para os gasodutos com gás úmido e sem revestimento interno.
9.3.2 Concluída a análise dos requisitos acima, se a programação não puder ser cumprida, informar
ao(s) carregador(es) os impedimentos e ajustes necessários ao cumprimento da programação para
emissão da programação. Uma vez estando de acordo, efetuar a confirmação da programação de
transporte junto ao(s) carregador(es).
9.4.1 Cabe ao CCO a responsabilidade geral pela operação do gasoduto ou sistema de gasodutos.
18
-PÚBLICO-
a) manter as variáveis dentro dos limites operacionais descritos nos PMOs ou POIs dos
gasodutos, dos limites contratuais estabelecidos e procedimentos operacionais definidos;
b) manter as variáveis de processo sob controle e analisar suas tendências (pressão, vazão
e temperatura), agindo previamente no sistema quando identificar tendência de
ultrapassagem nos limites operacionais ou contratuais;
c) cumprir a programação de transporte, notificando imediatamente ao(s) carregador(es)
qualquer desvio da mesma para emissão de programação intradiária;
d) realizar ou solicitar os ajustes na produção e processamento e o controle ou despacho
das estações de compressão, de forma a atender a programação de transporte e a
demanda do sistema;
e) condicionar o sistema para o atendimento a grandes consumidores e para a realização
das intervenções e paradas de manutenção nos gasodutos e estações;
f) monitorar e acompanhar a qualidade do gás natural em atendimento às especificações
do gás natural estabelecidas na Resolução ANP no16/2008 ou as que vierem a
substituí-la, bem como, contratos de transporte, informando aos carregadores (ou
aqueles por ele designados) as não conformidades. Para outros gases devem ser
atendidos os requisitos contratuais de especificação, caso não haja portaria específica;
g) monitorar e acompanhar as operações de passagem de “pigs”, atualizando as previsões
de passagem em pontos de monitoramento no campo e de chegada, informando aos
envolvidos na operação;
h) receber, analisar e responder as alterações da programação de transporte enviadas
pelos carregadores (intradiárias);
i) liberar as instalações para a realização de serviços de manutenção no campo;
j) responder imediatamente às contingências operacionais e emergências, deflagrando os
planos específicos para essas situações (plano de contingência);
k) informar aos carregadores, UOs envolvidas na operação do sistema e demais partes
interessadas quando da ocorrência de anormalidades ou contingências.
9.4.4 Para o CCO que não possua sistema de controle supervisório e de aquisição de dados, a UO
responsável pelo gasoduto deve definir as variáveis a serem monitoradas e sua periodicidade de
aquisição, sendo que o intervalo máximo entre leituras não deve ser superior a 2 horas.
9.4.5 Quando não houver CCO, a responsabilidade geral pela operação do gasoduto, desde que não
haja negociação prévia entre as UOs ou UOTs, é da unidade expedidora do gás.
9.4.6 As UOs e UOTs que operam gasodutos sem monitoramento das variáveis de processo em
tempo real devem elaborar procedimentos de segurança, estudos de análise de risco, bem como
adotar mecanismos de controle e monitoramento das principais variáveis, que permitam rápida
identificação de qualquer anormalidade no sistema.
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-PÚBLICO-
9.5 Delegação
9.6.1 Devem ser estabelecida sistemática para registrar todas as ações operativas realizadas nas
etapas de programação e controle operacional.
9.6.2 Nos casos de ocorrências anormais, deve existir sistemática de registro, análise crítica das
ocorrências e relatórios específicos recomendando as ações necessárias para evitar a reincidência.
9.6.3 O CCO deve elaborar e disponibilizar relatórios contendo no mínimo os itens abaixo:
9.6.5 Recomenda-se que os contatos operacionais por telefone realizados pelo CCO sejam
gravados. [Prática Recomendada]
10.1.1 A PMOA é estabelecida logo após a construção do gasoduto em função da pressão para a
qual o gasoduto foi projetado e testado. Entretanto, com o passar do tempo, a PMOA de um gasoduto
pode ser limitada ou reduzida, temporária ou permanentemente, pelas seguintes ocorrências:
20
-PÚBLICO-
10.1.2 A PMOA deve ser revalidada periodicamente, pelo responsável pelo Gerenciamento da
Integridade da UO, e reavaliada em quaisquer das ocorrências mencionadas no 10.1.1,
observando-se em ambos os casos os requisitos das PETROBRAS N-1487, N-2098, N-2786, N-2727
e N-2737.
10.1.3 Independente das ocorrências mencionadas em 10.1.1, se o gasoduto não operar por um
período mínimo de 4 horas consecutivas no valor de 90 % da PMOA corrente, por um período de
10 anos, a PMOA deve ser reduzida ao valor máximo da pressão efetivamente experimentada pelo
gasoduto por um período de 4 horas consecutivas nos últimos 10 anos.
10.1.4 Os dispositivos de proteção do gasoduto devem ser adequados à nova PMOA estabelecida.
10.2.1 A PMOA pode ser elevada a valores acima da corrente nas seguintes situações:
a) a PMOA para qual o gasoduto foi originalmente habilitado tenha sido limitada ou
reduzida pelas razões descritas em 10.1.1 ou 10.1.3;
b) o valor da PMOA efetivamente estabelecido for inferior ao valor testado;
c) o valor da PMOA efetivamente testado for inferior ao que poderia ser admitido.
10.2.2 Para a elevação da PMOA a valores acima da corrente, os seguintes requisitos devem ser
atendidos:
10.2.3 A nova PMOA deve ser menor ou igual ao valor original da pressão de projeto, exceto se
houver um estudo que justifique outro valor maior e deve estar respaldada por teste hidrostático,
observando-se os requisitos da PETROBRAS N-2098.
10.2.4 Quando o valor desejado para a nova PMOA for maior do que 80 % da pressão de projeto do
gasoduto e o aumento de pressão for maior do que 25 % da PMOA corrente, devem ser aplicados os
requisitos dos 10.2.4.1 e 10.2.4.2.
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10.2.5 Quando o aumento de pressão requerido for menor do que 25 % da PMOA corrente ou a nova
PMOA for menor do que 80 % da pressão de projeto do duto, pode-se prescindir a execução do teste
hidrostático, desde que sejam atendidas as seguintes condições:
a) tenha sido concluída inspeção em toda a extensão do gasoduto, por “pig” de corrosão de
alta resolução, com contra-verificações (correlações) aceitáveis a não mais do
que 3 anos antes do aumento de pressão;
b) não haja suspeitas quanto à integridade do gasoduto.
10.3.1 A pressão operacional deve ser aumentada em incrementos não superiores a 10 % da PMOA
corrente. Entre cada incremento, o gasoduto deve ser inspecionado quanto a vazamentos.
10.3.2 Caso o gasoduto tenha sido testado hidrostaticamente nos últimos 10 anos, recomenda-se um
intervalo de 4 horas entre cada incremento. [Prática Recomendada]
10.3.3 Se o gasoduto não tiver sido testado nos últimos 10 anos, recomenda-se:
[Prática Recomendada]
11 Odoração
11.1 Os gasodutos de transporte de gás natural só necessitam de odoração quando exigido pelo
licenciamento ambiental, de acordo com a Resolução ANP no 16/2008.
11.2 Quando a odoração for exigida, deve atender as especificações da ABNT NBR 15616.
Nas operações de passagem de “pig”, deve ser seguidas as PETROBRAS N-2634 e N-2785.
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-PÚBLICO-
13.1 Introdução
13.1.1 Este item aplica-se aos serviços de intervenção em gasodutos que exijam a despressurização
completa de um trecho de gasoduto e sua temporária retirada de operação.
13.2.2 A UO responsável deve nomear um coordenador geral para condução das atividades de
condicionamento, intervenção e retorno a operação.
13.3 Planejamento
13.3.1 Cada intervenção a ser realizada em gasoduto deve ser antecedida por um planejamento
completo, atendendo, no mínimo, aos seguintes requisitos:
NOTA No caso de gasoduto com trecho flexível recomenda-se, para evitar dano entre camadas,
que a taxa de pressurização não exceda 600 kgf/cm2 / hora, a taxa de despressurização
não exceda 200 kgf/cm2 / hora em gasodutos flexíveis de camada interna única e
100 kgf/cm2 / hora em gasodutos flexíveis com mais de uma camada interna.
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NOTA No caso de gasoduto rígido submarino: pode-se usar também água salgada, lavando-se
com no mínimo 1,5 vezes o volume do gasoduto em fluxo turbulento ou ainda uso de bolsão
de glicol entre “pigs”, deslocados com nitrogênio.
13.3.2 Distribuir o planejamento e procedimentos elaborados aos envolvidos, incluindo o CCO, antes
do início dos trabalhos.
a) preparação;
b) bloqueio;
c) despressurização;
d) isolamento;
e) inertização, quando aplicável.
NOTA Qualquer modificação que se fizer necessária no procedimento elaborado, deve ser
aprovada previamente pelo coordenador de operação e comunicada ao CCO e a todo o
pessoal envolvido.
Antes do início dos trabalhos de intervenção, as seguintes medidas devem ser tomadas:
a) realizar uma reunião antes do início dos serviços de intervenção, com todo o pessoal
envolvido nas diversas etapas, a fim de discutir o procedimento e informar os
responsáveis de cada etapa;
b) solicitar autorização para início dos trabalhos junto ao órgão competente e comunicar ao
CCO, quando for o caso;
c) testar a eficiência da comunicação entre as equipes envolvidas;
d) assegurar-se de que todas as válvulas necessárias ao isolamento do trecho possuam
identificação, travas e etiquetas;
e) para gasoduto terrestre fazer contato com a comunidade local, informando-a sobre a
intervenção a ser realizada e cuidados a serem tomados; alertar sobre o ruído que
normalmente é produzido durante as fases do processo, e caso seja necessário,
promover a retirada da comunidade para que sejam abrigadas em pousadas ou hotéis
enquanto perdure a intervenção, providenciando paralelamente segurança patrimonial
para garantir a segurança de suas residências;
f) instalar manômetros junto às válvulas de bloqueio do trecho para permitir o
monitoramento da pressão durante a despressurização e garantir a completa purga do
gás;
g) assegurar-se de que as estações de medição ou pontos de entrega estão isolados do
trecho a ser despressurizado e que um fornecimento alternativo deve ser providenciado,
se possível;
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13.4.4 Isolamento
O retorno à operação deve ser objeto de procedimento especifico da UO ou UOT responsável pela
execução do trabalho. Deve abordar os seguintes itens:
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Deve ser desenvolvido um plano para a desativação temporária do gasoduto ou trecho de gasoduto,
seus componentes e complementos, visando à manutenção da integridade estrutural e condição
operacional das instalações desativadas, segurança das pessoas, do meio ambiente e atendimento
às exigências legais.
a) motivo da desativação;
b) identificação dos elementos críticos;
c) período previsto para a desativação;
d) procedimento de deslocamento do produto e limpeza do gasoduto ou trecho do gasoduto
e, quando necessário, secagem e inertização do gasoduto;
e) previsão de destinação de produtos ou resíduos segundo a legislação vigente;
f) detalhamento do condicionamento do gasoduto ou trecho do gasoduto para a
desativação;
g) identificação dos órgãos e autoridades que devem ser comunicados para as respectivas
autorizações prévias e realização dos serviços.
14.1.1.2 O plano de desativação temporária deve ser mantido e atualizado durante o período da
desativação até o seu retorno à operação.
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14.1.3.1 Deve ser realizado o completo deslocamento do produto e, quando aplicável, a limpeza e
inertização do gasoduto, conforme estabelecido no 14.1.1.1 d).
14.1.3.3 Após a despressurização, deve ser providenciado o bloqueio efetivo das possíveis fontes de
gás ou outros hidrocarbonetos.
14.1.3.4 Para gasoduto terrestre, deve ser executada a separação física do gasoduto desativado de
todos os demais sistemas em operação. No caso de gasodutos submarinos, o gasoduto deve ser
apenas isolado, sem a obrigatoriedade de separação física.
14.1.3.5 Devem ser usados tampões, bujões ou flanges cegos para evitar o ingresso de corpos
estranhos ou água no trecho desativado.
14.1.3.6 Deve ser mantida a interligação elétrica do gasoduto desativado com o sistema de proteção
catódica e continuado o monitoramento de potenciais de proteção.
14.1.4 Inertização
14.1.4.1 Após o bloqueio, o inventário residual de gás deve ser deslocado por gás inerte. Caso
necessário, “pigs” podem ser utilizados para a separação entre os fluidos.
14.1.4.2 Para garantir a eficácia da inertização, deve-se ventar nos trechos mortos, como lançadores,
recebedores, “by-pass” de válvulas e derivações, para garantir a completa remoção do gás.
14.1.4.3 Ao final da inertização, assegurar que todos os pontos do gasoduto ou trecho de gasoduto
sejam mantidos a uma pressão positiva por todo período da desativação.
Deve ser elaborado um plano de retorno operacional do gasoduto ou trecho do gasoduto, precedendo
o retorno à operação.
NOTA O retorno à operação deve ser precedido de notificação à ANP conforme requerido no RTDT.
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-PÚBLICO-
14.1.5.2 Os documentos e registros do retorno operacional devem ser mantidos por 5 anos após o
retorno do gasoduto ou trecho de gasoduto à operação.
14.1.6.1 Para o retorno à operação, devem ser atendidos os procedimentos citados na Seção 9
desta Norma, onde aplicável.
14.1.6.2 Para períodos maiores que 3 anos fora de operação, cabe ao órgão operacional julgar a
necessidade de realização de novo teste hidrostático ou inspeção interna com “pig” instrumentado,
conforme as PETROBRAS N-2098 (para gasodutos terrestres) e PETROBRAS N-1487 (para
gasodutos submarinos).
Os documentos e registros da desativação temporária devem ser mantidos por 5 anos após o retorno
do gasoduto ou trecho de gasoduto à operação.
14.1.7.1 Devem ser mantidos, pelo menos, os registros relativos aos seguintes itens:
Deve ser elaborado um plano para desativação permanente do gasoduto ou trecho de gasoduto, seus
componentes, complementos e faixa de gasodutos, visando à segurança operacional dos sistemas e
instalações ainda em operação, a potencial utilização do terreno, a segurança das pessoas, a
proteção do meio ambiente e atendimento às exigências legais.
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-PÚBLICO-
a) motivo da desativação;
b) alternativa de suprimento do mercado;
c) definição das opções de desativação ao longo da faixa de gasodutos;
d) identificação dos elementos críticos;
e) identificação dos órgãos que devem ser comunicados para as respectivas autorizações
pertinentes para a execução dos serviços;
f) procedimento de deslocamento do produto e, quando aplicável, limpeza e inertização do
gasoduto;
g) previsão de destinação de produtos ou resíduos segundo a legislação vigente;
h) detalhamento do condicionamento do gasoduto ou trecho do gasoduto para a
desativação;
i) tratamento a ser dado a cada cruzamento, travessia e estrutura interferente;
j) tratamento a ser dado ao sistema de proteção catódica;
k) plano de ação para atender às eventuais exigências do órgão ambiental com jurisdição
sobre a área, para desativação do gasoduto ou trecho de gasoduto, incluindo os
aspectos relacionados à recuperação ambiental.
14.2.3.1 Deve ser realizado o completo deslocamento do produto e, quando aplicável, a limpeza e
inertização do gasoduto, conforme estabelecido em 14.2.2.1 f).
14.2.3.3 Após a despressurização, deve ser providenciado o bloqueio efetivo das possíveis fontes de
gás ou outros hidrocarbonetos.
14.2.3.4 Para gasoduto terrestre ou submarino, deve ser executada a separação física do gasoduto
desativado de todos os demais sistemas em operação.
14.2.3.5 Devem ser usados tampões, bujões ou flanges cegos para evitar a entrada de corpos
estranhos ou água no trecho desativado.
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-PÚBLICO-
Para que a desativação permanente do gasoduto ou trecho do gasoduto seja realizada sem a
completa remoção das instalações, os seguintes itens devem ser atendidos:
15 Qualificação de Pessoal
15.1.3 O programa de treinamento deve prever que pessoas em fase de treinamento para
qualificação executem tarefa críticas, desde que orientadas e observadas por pessoa qualificada.
15.1.4 O programa de treinamento deve prever novo treinamento de pessoa qualificada se:
a) o operador tiver motivos para acreditar que a execução, por essa pessoa, de uma tarefa
crítica contribuiu para um acidente ou que a pessoa não continua qualificada para
realizar uma determinada tarefa crítica;
b) ocorrerem mudanças que venham afetar as tarefas críticas para as quais as pessoas
estariam qualificadas.
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-PÚBLICO-
15.1.7 Com base na classificação de funções estabelecida, o operador deve associar as tarefas
críticas identificadas no relatório de identificação e análise de riscos a cada função e estabelecer os
níveis mínimos de treinamento, competência e conhecimento específicos das mesmas, que habilitem
a força de trabalho.
15.1.9 Deve ser realizada avaliação de suficiência dos profissionais treinados de forma a comprovar
sua habilitação ao exercício da atividade.
15.1.10 O programa de treinamento deve ser revisado e atualizado sempre que necessário e no
mínimo a cada 3 anos.
15.2.1 O operador deve assegurar que as empresas de serviços contratados tenham pessoal
qualificado para a execução das tarefas críticas.
15.2.2 O operador deve assegurar o pessoal contratado foi qualificado utilizando os critérios
estabelecidos em 15.1.
15.2.4 O operador deve considerar em sua estrutura organizacional de operação os serviços das
contratadas que efetuam tarefas críticas.
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-PÚBLICO-
ÍNDICE DE REVISÕES
REV. A
Não existe índice de revisão.
REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração
1 Revisado
2 Revisado e Renumerado
3 Revisado e Renumerado
4 Incluído
5 Revisado e Renumerado
6 Revisado e Renumerado
7 Revisado e Renumerado
8 Incluído
9 Incluído
10 Incluído
11 Incluído
REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração
1 Revisado
2 Revisado
3 Incluido
4 Revisado e Renumerado
5 Revisado e Renumerado
6 Revisado
7 Revisado e Renumerado
8 Revisado e Renumerado
9 Revisado e Renumerado
10 Revisado e Renumerado
11 Revisado e Renumerado
12 Incluído
13 Revisado e Renumerado
14 Revisado e Renumerado
15 Renumerado
IR 1/2
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REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração
16 Renumerado
REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisão
IR 2/2