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-PÚBLICA-

N-1763 REV. D 03 / 2015

CONTEC
Comissão de Normalização
Técnica Projeto e Execução de Bacias de Contenção de
Tanques de Armazenamento
SC-04
Construção Civil
Revalidação

Revalidada em 08/2022.

Referência Normativa Atualizada:

Alterada de: ABNT NBR 6118 - Projeto de Estruturas de Concreto; para: ABNT NBR 6118 - Projeto de
Estruturas de Concreto – Procedimento.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS
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N-1763 REV. D 03 / 2015

Projeto e Execução de Bacias de Contenção de


Tanques de Armazenamento

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve


ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual
CONTEC resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve ter
Comissão de Normalização fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela Unidade
Técnica da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 04 CONTEC - Subcomissão Autora.

Construção Civil As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada
5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas
em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas sobre as
Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 9 páginas e Índice de Revisões


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N-1763 REV. D 03 / 2015

Sumário

1 Escopo ................................................................................................................................................. 3

2 Referências Normativas ...................................................................................................................... 3

3 Termos e Definições ............................................................................................................................ 3

4 Condições Gerais ................................................................................................................................ 4

5 Aquisições de Dados Geotécnicos ...................................................................................................... 4

6 Condições de Permeabilidade do Maciço e Soluções de Impermeabilização Aplicáveis .................. 5

6.1 Solo da Camada Superior com Permeabilidade k ≤ 10-6 cm/s .............................................. 5

6.2 Solo da Camada Superior com Permeabilidade 10-6 cm/s < k ≤ 10-4 cm/s ........................... 5

6.3 Solo da Camada Superior com Permeabilidade k >10-4 cm/s ............................................... 5

7 Técnicas de Tratamento para Redução de Permeabilidade ............................................................... 6

8 Acesso e Tráfego Eventual de Veículos de Manutenção ................................................................... 6

9 Revestimentos ..................................................................................................................................... 6

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1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições que devem ser observadas para o projeto e execução de bacias de
contenção de tanques de armazenamento.

1.2 Esta Norma não se aplica para solos sob a projeção do tanque, que deve utilizar os critérios da
PETROBRAS N-1822.

1.3 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes dos referidos documentos.

PETROBRAS N-38 - Critérios para Projetos de Drenagem, Segregação, Escoamento e


Tratamento Preliminar de Efluentes Líquidos de Instalações Terrestres;

PETROBRAS N-862 - Execução de Terraplenagem;

PETROBRAS N-1674 - Projeto de Arranjo de Instalações Industriais Terrestres de Petróleo,


Derivados, Gás Natural e Álcool;

PETROBRAS N-1690 - Projeto de Junta de Dilatação para Bacias de Contenção em


Concreto Armado;

PETROBRAS N-1822 - Tratamento de Superfície de Base de Tanque;

ABNT NBR 6118 - Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento;

ABNT NBR 11682 - Estabilidade de Encostas;

ABNT NBR 12254 - Solo-Cimento - Execução de Base de Solo-Cimento - Procedimento;

ABNT NBR 17505-1 - Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis - Parte 1:


Disposições Gerais;

ABNT NBR 17505-2 - Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e Combustíveis - Parte 2:


Armazenamento em Tanques, em Vasos e em Recipientes Portáteis com Capacidade
Superior a 3 000 L.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste Documento aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 17505-1,
NBR 17505-2 e PETROBRAS N-38, complementados pelos 3.1 a 3.7 e desenhos ilustrativos das
Figuras A.1 e A.2.

3.1
bacia de contenção
área constituída por uma depressão, pela topografia do terreno ou, ainda, limitada por diques,
destinada a conter eventuais vazamentos de produtos

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3.2
dique
maciço de terra, concreto ou outro material quimicamente compatível com os produtos armazenados
nos tanques, formando uma barreira de contenção. Os diques de terra são formados por taludes
externo, interno e crista

3.3
dique intermediário
dique colocado no interior da bacia de contenção, com a finalidade de conter pequenos vazamentos ou
derrames, ou de promover a separação de tanques

3.4
minidique
áreas contidas por meio da construção de piso e muretas em torno de todo o perímetro dos tanques de
armazenamento, incluindo as canaletas periféricas e radiais, áreas de válvulas, amostradores e outros
pontos passiveis de contaminação

3.5
talude
superfície inclinada que liga o piso ao topo do dique

3.6
piso
superfície horizontal do interior da bacia de contenção

3.7
revestimento
camada final que reveste a bacia com função de impermeabilização e/ou proteção

4 Condições Gerais

4.1 A geometria do talude deve ser definida com base em estudo geotécnico e nos critérios da ABNT
NBR 11682, considerando alto nível de segurança contra danos materiais e ambientais.

4.2 As tolerâncias admissíveis para execução de dique são as descritas abaixo:

a) nivelamento: ± 2,0 cm;


b) alinhamento: ± 5,0 cm.

4.3 Durante a execução dos serviços previstos nesta Norma devem ser garantidas as condições de
drenagem.

4.4 O dimensionamento da bacia deve considerar os critérios da ABNT NBR 17505-2.

5 Aquisições de Dados Geotécnicos

5.1 Deve ser caracterizada geotecnicamente a camada superior de 60 cm de espessura, do topo do


platô da bacia, através de, no mínimo, os seguintes ensaios:

a) massa específica aparente in situ;

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b) permeabilidade na densidade natural (amostra indeformada ou reconstituída);


c) ensaio de compactação;
d) permeabilidade em amostra compactada com grau de compactação (GC) de 100 % de
Proctor Normal;
e) ensaio CBR em amostra compactada com grau de compactação (GC) de 100 % de Proctor
Normal, convencional e na umidade ótima;
f) permeabilidade em amostra melhorada com 5 % (em massa) de cal ou cimento
compactado com grau de compactação de 100 % de Proctor Normal;
g) ensaio CBR em amostra melhorada com 5 % (em massa) de cal ou cimento compactado
com grau de compactação de 100 % de Proctor Normal, convencional e na umidade ótima.

NOTA 1 O ensaio de laboratório indicado em b) pode ser substituído pelo ensaio de permeabilidade
in situ.
NOTA 2 Se a permeabilidade resultante do ensaio indicado em b) atender ao critério de
k≤ 10-6 cm/s, os ensaios citados em c), d), e), f) e g) podem ser dispensados.
NOTA 3 Para bacias de pequenas dimensões em que a utilização de impermeabilização com concreto
ou outro material sintético impermeável for necessária por questões de Engenharia de
Processo e/ou otimização construtiva, a realização dos ensaios citados neste 5.1 pode ser
dispensada.

5.2 O perfil do subsolo do platô da bacia deve ser conhecido, através de sondagens a percussão, para
fins de avaliação da capacidade de suporte da camada superior e eventuais recalques do maciço que
possam comprometer a integridade da camada impermeabilizante.

6 Condições de Permeabilidade do Maciço e Soluções de Impermeabilização


Aplicáveis

Os limites máximos de permeabilidade da bacia (piso, dique e dique intermediário) devem atender aos
critérios da ABNT NBR 17505-2, os quais resultam nas soluções de impermeabilização descritas em
6.1 a 6.3.

6.1 Solo da Camada Superior com Permeabilidade k ≤ 10-6 cm/s

Quando o solo local na condição natural apresentar permeabilidade k≤ 10-6 cm/s, os serviços adicionais
de impermeabilização são dispensados.

6.2 Solo da Camada Superior com Permeabilidade 10-6 cm/s < k ≤ 10-4 cm/s

Quando o solo local na condição natural apresentar permeabilidade 10-6 cm/s < k≤ 10-4 cm/s, deve ser
adotada uma das seguintes soluções de projeto:

a) tratar ou substituir a camada superior de 60 cm de espessura de modo que a


permeabilidade da referida camada atinja a condição k≤ 10-6 cm/s;
b) executar minidique dimensionado de acordo com a metodologia apresentada
PETROBRAS N-38;
c) adotar revestimento impermeável.

6.3 Solo da Camada Superior com Permeabilidade k >10-4 cm/s

Quando o solo local na condição natural apresentar permeabilidade k >10-4 cm/s deve ser adotada uma
das seguintes soluções de projeto:

a) tratar ou substituir a camada superior de 60 cm de espessura de modo que a


permeabilidade da referida camada atinja a condição k≤10-6 cm/s;

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b) tratar ou substituir a camada superior de 60 cm de espessura de modo que a


permeabilidade da referida camada atinja a condição de 10-6 cm/s < k≤ 10-4 cm/s e,
adicionalmente, executar minidique dimensionado de acordo com a metodologia
apresentada PETROBRAS N-38;
c) adotar revestimento impermeável.

7 Técnicas de Tratamento para Redução de Permeabilidade

A redução da permeabilidade do solo da camada superior pode ser atingida através de recompactação,
adição de aglomerante químico ou substituição. O projeto deve especificar a técnica a ser adotada
considerando os dados geotécnicos indicados na Seção 5 e as demais condicionantes de cada caso.

8 Acesso e Tráfego Eventual de Veículos de Manutenção

As bacias devem ser projetadas para as condições de carregamento e acesso eventual de


equipamentos de manutenção a serem definidos pelo representante do ativo. A capacidade de suporte
resultante do piso da bacia deve ser indicada no projeto.

Caso seja previsto rampa de acesso para a bacia do tanque devem ser utilizados os critérios da
PETROBRAS N-1674.

9 Revestimentos

9.1 O revestimento a ser adotado em cada parte da bacia depende das soluções de impermeabilização
e de suportabilidade adotadas. Em certos casos o revestimento deve ter apenas a função de proteção
e em outros deve ser a camada impermeável.

9.2 No caso de diques com taludes em solo, esses devem ser revestidos. O revestimento deve ser
efetuado após a compactação e regularização do talude, nas condições previstas na PETROBRAS
N-862 e no projeto correspondente.

9.3 Para o caso de solos expansivos devem ser previstas medidas adicionais de modo a evitar que a
variação volumétrica desses materiais implique em surgimento ou aumento de abertura de fissuras,
aumentando a permeabilidade do maciço considerada no projeto.

9.4 Principais tipos de revestimentos que podem ser adotados.

9.4.1 Revestimento Vegetal

A cobertura vegetal é um revestimento de proteção aplicável aos taludes do dique e dique intermediário,
nos casos em que a camada superior é solo. O tipo de gramínea e a técnica de plantio e manutenção
devem ser definidos no projeto de modo a garantir a eficácia da proteção.

9.4.2 Revestimento de Base Granular

A cobertura com base granular é um revestimento de proteção aplicável ao piso da bacia nos casos
em que a camada superior é solo. Para proteger adequadamente a camada superior de solo e
minimizar a ocorrência de vegetação nesta parte da bacia, a base granular deve ter espessura mínima
de 10 cm.

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9.4.3 Revestimento Betuminoso

O revestimento betuminoso, constituído de argamassa ou concreto asfáltico, pode ser aplicado como
camada impermeável no piso da bacia e no talude do dique. Neste caso, para evitar fissuras que
comprometam a sua estanqueidade, tal revestimento deve ter espessura ≥ 4 cm e ser aplicado sobre
superfície resistente, regular e imprimada.

O encontro do talude com as canaletas de drenagem das bacias de tanques deve ser executado, de
modo que a impermeabilização betuminosa sobrepasse a borda da canaleta, evitando infiltrações.

9.4.4 Revestimento com Geomembrana Impermeável

O revestimento com geomembrana impermeável pode ser aplicado no piso da bacia e no talude interno
do dique. Para geomembranas que necessitem de proteção mecânica contra danos por elementos
pontiagudos e radiação solar, a referida proteção deve ser prevista em projeto.

9.4.5 Revestimento de Concreto

O revestimento de concreto pode ser utilizado em toda a bacia como proteção ou como camada
impermeável.

Quando utilizado como camada impermeável, deve ser dimensionado e especificado de modo a
garantir tal função durante todo o período de vida útil da bacia, com juntas definidas conforme os
critérios da PETROBRAS N-1690.

O concreto deve ser dimensionado conforme os critérios da ABNT NBR 6118, considerando Classe de
agressividade ambiental III.

9.4.6 Revestimento em Solo Cimento ou Solo Cal

O revestimento em solo cimento ou solo cal pode ser utilizado em toda a bacia como proteção ou como
camada impermeável. No caso de solo cimento, a execução deve seguir a ABNT NBR 12254 e, no
caso de solo cal, deve ser apresentado um procedimento específico.

Quando utilizado como camada impermeável, a dosagem deve ser definida em função do ensaio
indicado no 5.1 f) e de outros que forem necessários, de modo a explicitar que a permeabilidade
representativa da mistura adotada atende os critérios da Seção 6.

9.4.7 Argamassa Projetada ou Chapiscada

O revestimento em argamassa projetada ou chapiscada pode ser utilizado como proteção nos taludes
externos e internos, deve ter espessura mínima de 3 cm, com argamassa de cimento e areia, no traço
1:3 com tela de arame fixada ao talude por meio de grampos metálicos.

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Anexo A - Figuras

Figura A.1.1 - Planta Baixa Esquemática

Figura A.1.2 - Corte Típico de Bacia de Contenção com Dique de Solo

Figura A.1 - Bacia de Contenção com Dique de Solo

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Figura A.2.1 - Planta Baixa Esquemática

Figura A.2.2 - Corte Típico de Bacia de Contenção com Dique de Concreto

Figura A.2 - Bacia de Contenção com Dique de Concreto

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A
Não existe índice de revisões.

REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Revalidação

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração

2 Substituição da DNER ES-341/97 pela DNIT 75/2006-ES

Exclusão da DNER ES-342/97

4.1.1 Exclusão da DNER ES-342/97

4.2.1 Alteração da norma em referência

REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração
A norma foi revisada em todo o seu conteúdo técnico e foram
Todas
criados novos itens.

IR 1/1

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