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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA - A POLITÉCNICA

INSTITUTO POLITÉCNICO E UNIVERSITÁRIO DE NACALA - ISPUNA

Licenciatura em Engenharia Eléctrica

LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ALTA TENSÃO de 110KV A 235 KV

CLARICE JOÃO DE ROSARIO

Nacala – Porto
2022
CLARICE JOÃO DE ROSARIO

LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ALTA TENSÃO de 110KV A 235 KV

O presente trabalho como caracter


avaliativo na cadeira de Técnicas de
Alta Tensão no curso de Engenharia
Eléctrica. Lecionado pelo docente: Eng.
Mateus Titosse

Nacala – Porto
2022
Sumário
1. Lista de Figuaras ..................................................................................................................... iv

2. Introdução ................................................................................................................................ 5

Objetivos específicos................................................................................................................... 5

3. Generalidades .......................................................................................................................... 6

4. Componentes de uma LT ......................................................................................................... 6

4.1. Condutores ....................................................................................................................... 6

4.1.1 Características necessárias para condutores de LTs: .................................................... 6

4.1.2. A resistência elétrica de um condutor depende: ........................................................... 7

5.1. Isoladores ......................................................................................................................... 7

5.1.1. Os isoladores são sujeitos a solicitações mecânicas e elétricas. ....................................... 7

5.1.1.1 Solicitações Mecânicas: .................................................................................................. 7

5.1.1.2. Solicitações Elétricas: .................................................................................................... 8

5.2. Configuração de isoladores: ................................................................................................. 8

 Isoladores de pino ................................................................................................................ 8

 Isoladores de disco ............................................................................................................... 8

 Isoladores de suspensão ....................................................................................................... 9

 Isoladores tipo pilar de subestação e de linha (station & line post insulators) .................... 9

6. Projeto e Especificação de Linhas de Transmissão ................................................................. 9

7. Modelos de Linha de Transmissão ........................................................................................ 10

8. O Relé Diferencial Digital para Linhas de Transmissão e o Uso doGPS.............................. 11

9. LIMITE TÉRMICO DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO .................................................. 13

10. Conclusão........................................................................................................................... 15

11. Bibliografia ........................................................................................................................ 16

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1. Lista de Figuaras

Figure 1: Cadeias de isoladores sujeitas a esforços verticais e horizontais. ................................... 8


Figure 2: Isolador de Pino em Porcelana. ....................................................................................... 8
Figure 3: Isolador de Disco em Porcelana e Vidro ......................................................................... 9
Figure 4: Isoladores Poliméricos Tipo Suspensão. ......................................................................... 9
Figure 5: Isoladores tipo Pilar de Subestação e de Linha. .............................................................. 9
Figure 6: Estruturas de suportes das linhas de transmissão. ......................................................... 10
Figure 7: Sistema de proteção diferencial digital ......................................................................... 12
Figure 8: Temperatura de Projeto Utilizada por Empresas de Energia Elétrica ........................... 13
Figure 9: Cabo Condutor em um Vão Para Duas Situações ......................................................... 14

iv
2. Introdução

A energia elétrica percorre um longo caminho até chegar às residências, comércios, indústrias,
hospitais e todos os estabelecimentos de uma cidade. E é graças às linhas de transmissão que
esse trajeto é feito! No artigo de hoje, o Mundo da Elétrica vai explicar sobre a transmissão de
Objetivo geral
Aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas as atividades e processes, para
atender os requisites do projeto.

Objetivos específicos
Demonstrar os conceitos aplicados em projetos de linhas aéreas de transmissão de energia
elétrica traz vários benefícios às organizações que atuam dentro setor elétrico nos serviços de
transmissão.

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3. Generalidades

Os Sistemas Elétricos de Potência (SEP) são compostos por sistemas de geração, transmissão e
distribuição e são projetados para fornecer energia elétrica de qualidade e de forn1a ininterrupta.
Todos estes elementos estão sujeitos a inúmeros tipos de faltas. Devido à sua extensão e
exposição a intempéries, é nas linhas de transmissão que ocorrem a maior parte das faltas.
Atualmente, devido a grande expansão e complexidade dos SEP, torna-se cada vez mais
importante o desenvolvimento de relés de proteção mais rápidos e eficientes.

Linhas de Transmissão (LT) são condutores através dos quais a energia elétrica é transportada de
um ponto transmissor a um terminal receptor. As linhas de transmissão e distribuição de energia
elétrica são exemplos típicos. Os sistemas de transmissão proporcionam à sociedade um
benefício reconhecido por todos: o transporte da energia elétrica entre os centros produtores e os
centros consumidores. As linhas de transmissão são constituídas de uma sucessão de vãos que
não podem ser tratados isoladamente, pois os pontos de suspensão não são rígidos. Entre um vão
e outro são transmitidos esforços físicos, o que deve ser considerado na fase de projetos das
linhas.

As linhas de transmissão podem variar em comprimento, de centímetros a milhares de


quilômetros. As linhas com centímetros de comprimento são usadas como parte integrante de
circuitos de alta freqüência, enquanto que as de milhares de quilômetros para o transporte de
grandes blocos de energia elétrica.

4. Componentes de uma LT

Os componentes básicos de uma linha de transmissão aérea são: Condutores, Isoladores,


Estrutura de Suporte, e Pára-raios.

4.1. Condutores
4.1.1 Características necessárias para condutores de LTs:
Para condutores acima de 230 KV, podem ser considerados feixes de condutores como
alternativa a um único condutor por fase. Podem ser usados dois, três ou quatro sub-condutores

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pertencentes à mesma fase e a separação entre os sub-condutores pode ser ajustada de acordo
com a reatância requerida e considerações de corona.
Alta condutibilidade elétrica.

4.1.2. A resistência elétrica de um condutor depende:


 Natureza e pureza do material condutor, que determina a sua resistividade ρ [Ω.m]. ƒ
Comprimento, o encordoamento aumenta em cerca de 1 a 2% o comprimento dos
condutores com um aumento de resistência da mesma ordem. ƒ
 Seção transversal útil ƒ
 Temperatura ƒ
 Freqüência
Baixo custo.
Boa resistência mecânica.
Baixo peso específico.
Alta resistência à oxidação e corrosão
Os materiais condutores mais empregados para as LTs são: ƒ
 Cobre – depois do ferro, o cobre é o metal de maior uso na indústria elétrica. ƒ
 Alumínio – possui propriedades mecânicas e elétricas que o tornam de fundamental
importância em certas aplicações da engenharia elétrica

5.1. Isoladores
Com relação aos condutores, os isoladores têm a função de:
 Suspensão
 Ancoragem (fixar)
 Separação

5.1.1. Os isoladores são sujeitos a solicitações mecânicas e elétricas.


5.1.1.1 Solicitações Mecânicas:
 Forças verticais pelo peso dos condutores
 Forças horizontais axiais para suspensão

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 Forças horizontais transversais pela ação dos ventos

5.1.1.2. Solicitações Elétricas:


 Tensão nominal e sobre tensão em freqüência industrial
 Oscilações de tensão de manobra
 Transitórios de origem atmosférica

Figure 1: Cadeias de isoladores sujeitas a esforços verticais e horizontais.

Os isoladores devem oferecer uma alta resistência para correntes de fuga de superfície e ser
suficientemente espesso para prevenir ruptura sob as condições de tensão que devem suportar.
Para aumentar o caminho de fuga e, portanto a resistência de fuga, os isoladores são construídos
com curvas e saias.

5.2. Configuração de isoladores:


 Isoladores de pino

Figure 2: Isolador de Pino em Porcelana.

 Isoladores de disco
Usados para tensões acima de 70 kV. O número de isoladores depende da tensão: 110kV (4 a 7
discos), 230 kV (13 a 16 discos). Tensões acima de 500 kV usam feixes de isoladores.

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Figure 3: Isolador de Disco em Porcelana e Vidro

 Isoladores de suspensão

Figure 4: Isoladores Poliméricos Tipo Suspensão.

 Isoladores tipo pilar de subestação e de linha (station & line post insulators)

Figure 5: Isoladores tipo Pilar de Subestação e de Linha.

6. Projeto e Especificação de Linhas de Transmissão

Os dados básicos usados no projeto de uma linha de transmissão são, normalmente, a potência a
ser transmitida e a distância entre os pontos emissor e receptor. As principais especificações para
uma linha aérea C.A. são: freqüência, potência a ser transmitida em kW ou MW, fator de
potência no terminal receptor, distância da linha em km, a queda de tensão permitida sob
condição de plena carga em relação à tensão no receptor, as perdas possíveis na linha, as
limitações de perda por corona por km e eficiência da linha; a variação de temperatura a qual a
linha estará sujeita, a possível faixa de servidão, força do vento e carregamento de gelo, etc..
Após o projeto da linha de transmissão, os seguintes dados são usados para a construção da
linha: bitola dos condutores, espaçamento de condutores, número de isolados por cadeia, bitola

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do condutor neutro, a localização do condutor neutro na torre, a tração permitida nos condutores,
flexa para diferentes distâncias entre torres, resistência de aterramento, etc.

7. Modelos de Linha de Transmissão

As estruturas de suporte ou torres das linhas de transmissão são os elementos que garantem a
sustentação dos cabos condutores e pára-raios. Suas dimensões e formas dependem da disposição
dos condutores, da distância entre os condutores, dos materiais estruturais e do número de
circuitos.

Figure 6: Estruturas de suportes das linhas de transmissão.

Em geral, os materiais constituintes mais comuns são o aço, o concreto e a madeira! Elas podem
possuir disposição triangular, horizontal ou vertical. Na imagem abaixo, é possível ver essas
disposições.
Existem dois tipos de estruturas de suspensão, elas são:
 Estruturas de suspensão estaiadas: são aquelas fixas no solo com seu mastro central e
auxílio de quatro estais.
 Estruturas de suspensão de ancoragem autoportantes: são aquelas presas ao solo por meio
de quatro pés, sem o apoio de estais.

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As linhas de transmissão formam a maior parte de um sistema elétrico de potência. Os relés de
distância são os mais usados para proteção das LT, mas apresentam algumas limitações quando
há faltas com altas resistências ou mesmo na proteção de LT com compensação série. A proteção
diferencial de LT é imune à estes dois problemas pois usa as correntes medidas nas extremidades
das linhas para realizar o cálculo da corrente diferencial resultante.
Em proteções diferenciais de corrente baseadas em microprocessadores cada amostra dos dados
representa o valor instantâneo do sinal da corrente em um instante de tempo. Para se garantir que
amostras obtidas em uma extremidade da L T possam ser comparadas com as obtidas na outra
extremidade, deve-se prover alguma forma de sincronização de tempo. Desta maneira, o efeito
das variações do atraso do canal no desempenho da proteção pode ser ignorado.

8. O Relé Diferencial Digital para Linhas de Transmissão e o Uso doGPS

O GPS implementa o conceito de "diferença de tempo de chegada" usando a posição precisa de


cada satélite e relógios atômicos próprios para gerar mensagens de navegação que são
continuamente transmitidas por cada satélite do sistema. Essas mensagens podem ser recebidas e
processadas por usuários em qualquer lugar do planeta para determinar sua posição e tempo com
precisão de alguns metros e nano segundos.
O sistema completo consiste de três segmentos
 O segmento controle verifica a trajetória de cada satélite e envia, periodicamente, para o
satélite sua predição de posição futura e correções de tempo. Essas correções são
transmitidas do satélite para o usuário como parte da mensagem de navegação.
 O segmento espaço é constituído de 24 satélites em órbita circular. Estes satélites estão
distribuídos em seis planos orbitais distantes aproximadamente 20200 km da superfície
terrestre. Cada um dos satélites transmite sinais que incluem mensagem de navegação
informando a posição atual e correção de tempo. Suas 15 posições orbitais asseguram que
em qualquer ponto da terra e a qualquer momento os sinais de, pelo menos, quatro
satélites possam ser recebidos.
 O segmento usuário é o próprio circuito eletrônico do usuário. Deve receber os sinais de,
no mínimo, quatro satélites, calcular as diferenças de tempo e determinar sua posição.
Não existe limite quanto ao número de receptores que podem usar simultaneamente o

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sistema, pois os satélites transmitem sinais para todos ao invés de direcionar as
transmissões a um receptor específico.

Figure 7: Sistema de proteção diferencial digital

Os receptores GPS usados para sincronização de medição do relé diferencial são instalados em
cada subestação das extremidades de uma LT. As correntes das três fases são medidas pelos TCs.
Garante-se a sincronização da amostragem em uma precisão de tempo na ordem de 1 f..lS pois o
GPS fornece o sinal de referência de tempo externo.
As amostras sincronizadas em cada extremidade da LT são processadas e codificadas pelo relé
local. Este relé transmite então seus dados para o relé remoto via um canal de comunicação.
Simultaneamente o relé local recebe os dados do relé remoto por meio do mesmo canal.
A decisão de desligamento é tomada por um algoritmo matemático que calcula a corrente
diferencial que flui pela LT. A corrente diferencial é a diferença vetorial entre os valores
medidos da corrente da L T em cada extremidade. A decisão de desligamento é tomada se a
diferença for superior a um valor limiar calculado pela soma escalar das correntes da LT. Desde
que uma falta na LT protegida produz uma corrente diferencial, a falta será detectada pela
proteção. Conseqüentemente, consegue-se a extinção rápida de qualquer tipo de falta na L T
protegida.
A transferência dos dados pode ser feita por qualquer meio de comunicação que satisfaça as
necessidades de cada sistema de proteção diferencial. Além disto, cada sistema de comunicação
possui características próprias que devem ser consideradas para sua especificação: canais de voz

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telefônicos, sistemas microondas, rádios digitais, satélites, cabos OPGW (Optical Ground Wire),
etc. O próprio canal de comunicação de dados pode ser usado também para sincronização das
medições naquelas aplicações onde o projeto dispensar o GPS.

9. LIMITE TÉRMICO DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO

A determinação destes limites de carregamento procura variar a corrente na linha, supondo fixas
determinadas condições ambientais, de modo a atingir a temperatura de projeto, tanto em
condições normais como sob emergências.
Quando a corrente alcança determinado valor de limites superiores, tem-se o que se chama de
capacidade de uma linha de transmissão. Significa a sua capacidade máxima de suportar a
corrente elétrica em períodos de longa duração, com os condutores submetidos às condições geo
– ambientais específicas.
Um dos fatores limitantes da capacidade de transporte de energia elétrica é a temperatura do
condutor e seus efeitos nas características eletromecânicas dos materiais destes. Esta temperatura
resulta do equilíbrio térmico entre as quantidades de calor recebidas e cedidas pelo condutor,
devidas principalmente à corrente e às condições climáticas como vento, radiação solar, entre
outras.

Figure 8: Temperatura de Projeto Utilizada por Empresas de Energia Elétrica

O calor produzido pelo fluxo de corrente em linhas de transmissão tem dois efeitos indesejáveis:
¾ Recozimento e perda gradual da força mecânica em condutores de alumínio causado pela
exposição contínua à temperaturas extremas; ¾ Aumento da flecha e diminuição da distância de
segurança para o solo devido à expansão do condutor em altas temperaturas. O segundo dos
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efeitos listados acima é geralmente o fator limitante que estabelece a máxima temperatura de
operação permitida. Em seu limite, tem-se a distância mínima permitida entre o condutor e o
solo. Esta distância deve ser tal que evite contatos com o solo ou outros elementos, como
veículos e pessoas que estejam trafegando abaixo delas. Na Figura 4.2, apresenta-se duas
situações em que um cabo condutor é sustentado por duas torres de altura H.

Figure 9: Cabo Condutor em um Vão Para Duas Situações

Em uma primeira situação, T1 é a temperatura inicial dos cabos em situação de corrente nominal.
Sendo assim, o decaimento dos condutores em função desta temperatura será de D1. Em uma
segunda situação, a linha encontra-se em uma temperatura T2 em condição de capacidade
máxima de corrente, sendo proporcional a um decaimento de distância D2, menor em relação ao
solo que no caso anterior.

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10. Conclusão

As linhas de transmissão são indispensáveis no sistema de geração de energia elétrica, pois a


geração de energia encontra-se muito longe dos consumidores, pelo fato dessa energia ser gerada
predominantemente em hidrelétricas. Linha de transmissão é um sistema usado para transmitir
energia eletromagnética. Esta transmissão não é irradiada, e sim guiada de uma fonte geradora
para uma carga consumidora, podendo ser uma guia de onda, um cabo co-axial ou fios paralelos
ou torcidos.

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11. Bibliografia

https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/5673/1/2008_RobsonLucianoFPdaSilva.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-9AZKHZ/1/monografia_gustavo_c.picardi.pdf
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18133/tde-05062017-
091546/publico/Dissert_Navarro_EduardoC_cor.pdf

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