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RELATÓRIO DE ESTÁGIO II
ESTUDANTE: SUPERVISÃO:
Ismael Tave MSc: Gilberto Goba Sabonete
TUTOR:
dr. Arsénio Franscisco Cardoso
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Agradecimentos
A realização desta pesquisa foi possível graças ao apoio e colaboração de indivíduos e instituições,
dos quais expresso meus agradecimentos:
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Resumo
O carvão é uma fonte de energia primária, que corresponde a 28% da energia primária no mundo,
onde 42% da energia eléctrica é gerado por este combustível fóssil. Há duas razões óbvias para a
grande utilização do carvão fóssil como fonte de energia: (a) a distribuição de reservas globais mais
uniformizada em relação a outros combustíveis fósseis como petróleo e gás e (b) a relativa
estabilidade de preços no mercado global, que tornam este combustível competitivo quando
comparado com os outros.
O presente trabalho, estuda o carvão da Bacia carbonífera de Moatize, mais concretamente da Mina
Vulcan Moçambique secção 2B, desde o recurso mineral, impactos ambientais, sua extracção e
utilização.
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Abstract
Coal is a primary energy source, which corresponds to 28% of primary energy in the world, where
42% of electrical energy is generated by this fossil fuel. There are two obvious reasons for the great
use of fossil coal as an energy source: (a) the more uniform distribution of global reserves in
relation to other fossil fuels such as oil and gas and (b) the relative price stability in the global
market, which make this fuel competitive when compared to others.
The present work studies coal from the Moatize Coal Basin, more specifically from the Vulcan
Mozambique mine section 2B, from the mineral resource, environmental impacts, its extraction and
use.
Keyword: Unit operations aimed at extracting and processing coal in the Vulcan mine-section 2 B.
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Índice
Dedicatória ............................................................................................................................................ i
Agradecimentos ...................................................................................................................................ii
Resumo ...............................................................................................................................................iii
Abstract ............................................................................................................................................... iv
1. Introdução ................................................................................................................................... 1
2. Objectivos .................................................................................................................................... 2
3. Metodologias ............................................................................................................................... 3
5. Geomorfologia ............................................................................................................................. 6
APÊNDICES.........................................................................................................................................I
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1. Introdução
Segundo Houaiss (2001), é um termo que deriva do latim medieval minerallis e é relativo a mina
e minerais. O radical miner origina o verbo minerar e o sufixo-çao indica acção, assim a
mineração é acção de minerar ou lavrar o minério, rocha ou qualquer outro material de valor de
uma mina.
Segundo o Castro (2011), a mineração pode ser definida como processo de extracção de minerais
ou compostos minerais de valor económico da crosta terrestre para o beneficiamento da
humanidade. Trata-se de uma actividade fundamentalmente económica que também é conhecida
como industria extractiva
A busca por processos mais eficientes é uma constante nos sectores produtivos, em especial na
indústria mineral. A optimização dos processos de fragmentação, do ponto de vista da
produtividade, custos de investimento e operação, é um dos temas mais discutidos na indústria de
mineração (Varela, 2011).
A exploração mineral se tornou mais evidente a partir da Primeira Revolução Industrial (final do
século XVIII, início do século XIX), quando a produção em massa intensificou a extração de
minérios para abastecer a crescente indústria. Com o crescimento populacional mundial houve a
necessidade de retirar da natureza um volume cada vez maior desse tipo de recurso.
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2. Objectivos
2.1.Objectivo Geral
Relatar acerca das operações unitárias que visam a extracção e beneficiamento de carvão
mineral na mina Vulcan Moçambique, concretamente na secção 2B.
2.2.Objectivo Específicos
Sequenciar as actividades desenvolvidas na mina
Analisar o ciclo operacional de cada operação unitária
Falar acerca de controlo de qualidade
Descrever acerca das diferentes camadas de carvão lavradas durante o período de estágio
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3. Metodologias
Neste capítulo, descreve-se como foi organizado o desenvolvimento deste trabalho, enfatizando-se
sua natureza, a classificação e as etapas seguidas para obtenção dos resultados esperados.
Para a classificação da pesquisa, foi utilizada a metodologia apresentada por VERGARA (1997),
que a classifica em relação a dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins, a
pesquisa pode ser: exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada e intervencionista.
Quanto aos meios, a pesquisa é classificada como: bibliográfica, documental, experimental,
participante, pesquisa de campo e estudo de caso.
A classificação da pesquisa consiste em tratar os meios e métodos que serão aplicados sobre os
estudos, caracterizando o estudo de caso propriamente dito. Através dessa classificação será
possível identificar os instrumentos que serão utilizados para busca das informações necessárias ao
caso real (SCHAFRANSKI, 2002). Neste trabalho, quanto aos fins, a pesquisa é classificada como
aplicada, pois envolve estudos e práticas que contribuem para a identificação da situação real
levantada pelo estudo, com objetivo de atingir aplicações verdadeiras.
Quanto aos meios, a pesquisa é classificada como: bibliográfica e utiliza a técnica estudo de caso.
Uma das etapas mais importantes da pesquisa são as colectas de dados e informações. Uma colecta
de dados ineficientes, para o caso, pode gerar resultados discrepantes da realidade e gerar equívocos
na tomada decisão. Entretanto foram executadas as seguintes actividades para embasar, analisar e
propor uma metodologia aplicada e eficiente no apoio à tomada de decisão para o problema de
dimensionamento de frotas de carregamento e transporte em mineração:
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maioria presentes no portal da CAPES, como SciELO, Elsevier, Science Direct, Inter
Science, Emerald, Springer, entre outros;
ii. Estudo de caso sobre as actividades se sequenciamento das actividades para mineração a
céu aberto;
iii. Aplicação da metodologia proposta como auxílio à tomada de decisão no processo de
desmatamento e recolha de espécies na supressão vegetal, seguindo um plano semanal em
mina a céu aberto da Vulcan Moçambique, com vistas a melhorar a relação entre
produtividade e custos;
iv. Monitoramento das actividades de preparação de praça, arranque de perfuração e desmonte,
lavra e alimentação ao britador ou estocagem.
v. Assistência e controlo de qualidade por parte da geologia, permitindo a redução de
incertezas durante as diversas actividades que objectivam a extracção do mineral com valor
económico (carvão).
vi. Análise e conclusão dos resultados obtidos. As actividades descritas foram desenvolvidas
no período de Julho e Agosto de 2023, na mina Vulcan Moçambique, concretamente na
secção 2B.
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4. Localização geográfica da área de estudo
Importar referir que a Vulcan Moçambique, que é o ponto de estudo localiza-se geograficamente no
distrito de Moatize, anteriormente descrito, com as seguintes coordenadas: 16°06'49.2"S de latitude
e 33°44'15.4"E de longitude. Geologicamente a Vulcan Moçambique localiza-se na Bacia
Carbonífera de Moatize, uma área geológica conhecida por seus depósitos de carvão mineral. Vide
a figura abaixo:
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4.1.Clima, Relevo e Solos
Ocorrem no Distrito dois tipos de climas nomeadamente o do tipo “seco de Estepe com Inverno
Seco, na parte Sul do Distrito é o do tipo Tropical Chuvoso de Savana. Os dois tipos de clima
observam duas estações distintas, a estação chuvosa e a estação seca. A precipitação média anual na
estação mais próxima (Cidade de Tete) é cerca de 644 mm, enquanto a evaporação potencial média
anual está na ordem de 1.626mm. A maior queda pluviométrica ocorre sobretudo no período
compreendido entre Dezembro de um ano a Fevereiro do ano seguinte, variando significativamente
na quantidade e distribuição, quer durante o ano, quer de ano para ano, e a temperatura média na
ordem dos 26.5ºC. As médias anuais máximas são de 32.5 e 20.5ºC.
4.2.Vegetação
A área de estudo está localizada dentro da região semiárida quente e seca da Província de Tete,
recebendo em média ± 600 mm de precipitação por ano. Contudo, os níveis de precipitação podem
flutuar dramaticamente ao longo dos anos, com elevada e frequente precipitação (+ 1400 mm) e
períodos comuns de seca (− 400 mm). Isto faz com que haja tendências de uma savana semi-árida
dentro dos regimes de vegetação. Foram identificadas 6 comunidades vegetais dentro da área de
estudo. Salientar que as últimas comunidades foram derivadas de vegetações dominantes no local.
Haverá alguma variação dentro das comunidades vegetais ao longo de toda a área de estudo.
5. Geomorfologia
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6. Estudo da bacia carbonífera de Moatize
A bacia carbonífera de Moatize, a mais conhecida de entre as diversas bacias de carvão
existentes no país, foram realizados no passado diversos trabalhos de pesquisa geológica
detalhada e presentemente existem vários bilhões de toneladas de carvão prontas para ser
produzidas. Dentre vários trabalhos publicados sobre a área em referência, importa destacar
os trabalhos de descrições, destacando fundamentalmente a descrição de afloramentos do
sistema de Karroo e do Complexo Gabro Anortosito de Tete [Coelho, 1969].
Em 2007 e 2009 foram assinados dois contratos mineiros, com a Vale (Brasil) e Riversdale
(Austrália) para Moatize e Benga respectivamente, que em conjunto contemplam a
produção e exportação anual de cerca de vinte milhões de toneladas de carvão, a ocorrer
dentro do primeiro semestre de 2011. O Governo moçambicano vai atribuir, até nos finais
de 2012, três novas concessões de pesquisa e prospecção de carvão, até ao momento, o
Ministério dos Recursos Minerais já atribuiu 105 concessões de pesquisa e prospecção de
Carvão Mineral; enquanto isso as Minas de Moatize e Benga em Tete, desenvolvidas pela
companhia brasileira Vale e pela mineradora australiana Riversdale respectivamente, estão
numa fase avançada.
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Figura 2: Esboço Geológico da Região de Tete-Moatize. Lopo Vasconcelos, Geologia do carvão,
2005
Fonte: Atlas Geográfico, (2009), modificado.
Em termos de orografia, a Bacia de Moatize apresenta um relevo aplanado algo ondulado, sendo
bordejado a NE, NW e SW por zonas de montanhas referentes às formações precâmbricas.
A feição mais notória é o Monte M’pandi, no limite SW da bacia, junto ao Rio Revubwe,
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com uma altitude de 321 m [GTK Consortium, 2006].
Esta bacia, pertence ao Supergrupo do Karroo. A sequência estratigráfica tem seis camadas
de carvão principais, designadas de baixo para cima como: Sousa Pinto, Chipanga,
Bananeiras, Intermédia, Grande Falésia e André. A camada Chipanga é a mais espessa
de todas e a única que foi explorada. Sobreposta à Formação de Moatize encontra-se a
Formação de Matinde. As formações de Moatize e Matinde são respectivamente
equivalentes ao Dwyka Superior/Ecca Inferior e ao Ecca Médio/Superior da Bacia. A bacia
carbonífera de Moatize está orientada no sentido NW-SE e está rodeada por gabros e
anortosito da Suite Tete, de idade Mesoproterozóica (1600-1000 M.a), o limite NE da bacia
é uma falha normal de cerca de 30 km de comprimento, orientada NW-SE. O limite SW é
tanto por inconformidade, como também por contacto de falha, como é o caso da Falha do
Monte M’pandi [Real, 1978].
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8. Sequência estratigráfica da bacia de Moatize
Série Produtiva- esta é de grande interesse por nela estar englobada a importante
camada de carvão. Esta série é caracterizada por possuir xistos, grés carbonosos,
argilitos negros, por vezes piritosos.
1. André
2. Grande Falésia
3. Intermédia
4. Bananeira
5. Chipanga
6. Souza Pinto
9.2.Origens da mineração
Segundo Houaiss (2001), “Mineração” é uma palavra que deriva do latim medieval -
minerallis - relativo à mina e a minerais. O radical miner origina o verbo minerar e com o
sufixo – cão, que indica ação ou resultado, que significa extrair (minério, pedra ou metal de
valor) de uma mina. De um modo genérico, pode-se definir mineração como a extracção de
minerais existentes nas rochas e/ou no solo. Trata-se de uma actividade de natureza
fundamentalmente económica que também é referida, num sentido lato, como indústria
extractiva mineral ou indústria de produtos minerais. O ser humano sempre utilizou os
recursos naturais para a sua sobrevivência. Isso pode ser percebido por meio dos marcos ou
eras do desenvolvimento, que são representados pelo domínio das técnicas de aproveitamento
e diferentes usos das matérias-primas minerais ao longo da história da humanidade, desde
questões ligadas à alimentação e protecção até melhorias na qualidade de vida.
9.3.Operações unitárias
Segundo Edouard (2018), operações unitárias são um conjunto de etapas sequenciadas dentro
de um circuito de extracção mineira ou de beneficiamento.
Segundo Pinto (1999), diversos factores devem ser considerados para avaliar correctamente
as reservas minerais, entre os quais vale ressaltarem:
Determinação dos métodos de lavra e tratamento do minério;
Auxílio na determinação da sequência de lavra e desenvolvimento damina;
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Determinação do ritmo de produção e vida útil da mina;
Determinação dos diversos custos envolvidos no projecto;
Os métodos de avaliação das reservas minerais podem ser divididos em três tipos
básicos: métodos convencionais, estatísticos e geoestatísticos.
Desses três, os métodos geoestatísticos são os mais utilizados para avaliação dos
depósitos minerais, por levarem em conta os aspectos estruturais e considerar a
aleatoriedade característica das formações mineralizadas.
Uma vez realizada a avaliação do depósito mineral, a jazida mineral é dividida em
blocos geológicos e dessa forma é montada a base de dados geológicos da jazida.
Após esta etapa, pode-se então proceder à elaboração de seu projecto de lavra.
9.6.Beneficiamento
Segundo o Chaves (2012), O beneficiamento é um conjunto de operações que
transforma a rocha extraída na mineração em matéria-prima para a indústria.
Essas operações aumentam o teor dos minerais importantes, agregando valor e
aprimorando a qualidade do minério.
Para que o beneficiamento ocorra de modo satisfatório, é preciso conhecer as
características das partículas.
9.7.Cominuição
De acordo com Costa & Fernandez (2015), a etapa de cominuição consiste
essencialmente em fragmentar o minério de modo a deixá-lo com tamanho e forma
ideais que permitam e facilitem seu uso. Esta é subdividida em duas operações,
nomeadamente, Britagem e moagem.
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10. ACTIVIDADES SEQUENCIADAS DE CAMPO
Nesta etapa aloca-se tractor de esteira para desbravar a manta, isto e, remover as árvores e
fazer limpeza do local, dependendo das condições da área após o desbravamento de tractor,
há necessidade de alocar moto niveladora. Importante referir que essa actividade é
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acompanhada pela geologia, topografia e supervisão da infra-estrutura e coadjuvada com as
outras supervisões de acordo com o objectivo da área a se trabalhar.
Fonte: Autor
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combustão. Após a preparação da praça faz se entrega a equipa da perfuração para dar
seguimento das suas actividades de acordo com plano semanal e diário. Vide a figura abaixo
Fonte: Autor
Fonte: Autor
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14. Perfuração
A actividade de perfuração de rochas é uma operação unitária que visa em abertura de furos
ou orifícios através de equipamentos para posterior carregamento por explosivos e sua
detonação, fragmentando a rocha e tornando-a em granulometria que possa facilitar a lavra.
Esta operação demanda custos, desde a aquisição das perfuratrizes, material de desgaste
(brocas, hastes, top sub, shock sub, estabilizador, bucha e mais), manutenção correctiva e
preventiva e outros custos. Vide a figura abaixo
Figura 7: Ilustração de perfuratriz numa actividade de furacão de estéril arenito para liberar a
camada de carvão.
Fonte: Autor
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Importa referir que a perfuração tem suporte de várias áreas como geologia para leitura da
litologia, topografia para fazer levantamento e facilitar a alocação de projecto de furacão.
-Locomoção precisa para cada furo sem sinalizadores e muito menos inspecções de
posicionamento em cada furo.
Fonte: Autor
É um instrumento de físico que pode ser em um papel A4 ou A3, que tem como objectivo de
munir o operador e todo o pessoal envolvido sobre as informações da área em que vai
perfurar e ajudar desta forma no posicionamento. Com a chegada do sistema provision, o
croqui é usado para apenas ter dados do projecto e usar caso haja necessidade porque o
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provision já aparece com uma malha de furacão. Durante a inspecção da praça por equipa de
desmonte, usa-se o croqui para confirmar o sequenciamento de furos e a medição da
metragem, para que a detonação seja qualitativa. Eis a figura abaixo
Fonte: Autor
Desmonte é o processo onde se usa explosivos para fragmentar a rocha e facilitar actividades
subsequentes como remoção de estéril ou carregamento do mineral com valor económico.
Logo após a perfuração, a supervisão desta faz entrega da praça a equipa de desmonte onde
por sua vez, faz uma inspecção minuciosa, fazendo medição de furos e controlar o
sequenciamento através do croqui, caso haja alguma anomalia é corrigida antes do passo
posterior, as irregularidades podem ser:
Redrill- Acto de se perfurar novamente quando o furo não tenha metragem desejada, porém,
pode perder a metragem devido agentes da geodinâmica externa ou mesmo por factores
humanos durante operação.
Backfill- Processo pelo qual coloca-se material no furo devido o excesso da metragem
planeada.
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Furos auxiliares- Acto de se adicionar furos em alguns pontos que não estejam descritos no
projecto.
Fonte: Autor
Logo após a detonação, a equipa de geologia e técnicos de desmonte fazem-se ao local para
avaliar a qualidade de desmonte, assim como definição e monitoramento da lavra. Nesta
etapa, a geologia sinaliza através de pontaletes os limites de lavra de acordo com a litologia,
orienta-se o ponto de entrada da escavadora e começo da lavra, garantindo de igual forma a
qualidade dos resultados que se pretendem alcançar.
A detonação é considerada como a primeira etapa de cominuição de rochas na mina, uma vez
que reduz a mesma em granulometrias carregáveis e transportáveis ao próximo destino.
16. Lavra
Nesta etapa utiliza-se escavadoras ou equipamentos de grande porte para remoção do estéril
ou extracção do mineral com valor económico. A actividade é monitorada pela geologia e
supervisão de operação para garantir qualidade e eficácia do produto final. É prescindível
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salientar que a geologia tem feito um grande trabalho de controlo de qualidade para reduzir
no máximo incertezas, delimitando o material a se lavrar, como caso de carvão de transição
ou simplesmente transition coal, carvão fresco e lavra de próprio dique intrusivo assim como
a definição de local de basculamento. Observai a figura a seguir.
Fonte: Autor
Nota-se algumas intrusões doloríticas, corpos intrusivos localizam-se ao longo de falhas pós-
deposicional, que atingiram os sedimentos do Karoo, provavelmente durante o período
Jurássico, no início do estabelecimento sistema de “riftes” da África Oriental. Vide a figura
abaixo
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Figura 12: Ilustração da camada bananeira com 2 sub-camadas sendo BNU e BNL,
separados por siltitos.
Fonte: Autor
Este Sistema serve para gerenciamento e optimização da operação de mina em tempo real, é
uma ferramenta de gerenciamento de equipamentos de mina que permite maximizar a
produção e eficiência e minimizar os custos operacionais a partir da tomada de decisões
utilizando dados em tempo real.
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17. Controle de qualidade
-Levantamento diário dos dados para aderência às Programações Diárias de Lavra e Planos
Semanais.
-Alinhamento das áreas de interface para identificação e tratamento dos gargalos de produção
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18. Conclusão e recomendações
Durante as actividades de campo, concluiu-se que a mineração é área complexa em que tem
as suas operações unitárias interligadas e todas elas são extremamente importante para o
alcance dos objectivos da empresa. A comunicação tem sido uma ferramenta crucial durante
as operações com a vista a reduzir acidentes e optimizar a produtividade, nesta vertente usa-
se rádios de comunicação, sinalizações, sistemas de despachos, provision e muito mais.
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19. Referências bibliográfica
I. dr. Arsénio Cardoso, geólogo da Vulcan Moçambique afecto na área de controle de
qualidade e com vasta experiencia na área de prospecção e pesquisa, 2023.
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APÊNDICES
Fonte: Autor
Fonte: Autor
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Apêndice 3: Ilustração de uma parte da planta de processamento
Fonte: Autor
Fonte: Autor
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