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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

O Papel da Geomorfologia no desenvolvimento da sua comunidade

Nome do aluno: Lúcia José Francisco Juze


Código do estudante: 61231686

Tete, Novembro de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

Faculdade de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

O Papel da Geomorfologia no desenvolvimento da sua comunidade

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de Geografia da UnISCED.

Tutor:

Nome do aluno: Lúcia José Francisco Juze

Código do estudante: 61231686

Tete, Novembro de 2023

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Índice
1.Introdução .................................................................................................................. 3

1.1.Objectivos ............................................................................................................... 3

1.1.1.Geral ..................................................................................................................... 3

1.1.2.Específicos ........................................................................................................... 3

2. O Papel da Geomorfologia no desenvolvimento da Comunidades do Distrito de


Changara ....................................................................................................................... 4

2.1. Conceitos ............................................................................................................... 4

2.2.Enquadramento Geográfico do Distrito de Changara ............................................. 4

2.3.Caracterização e Diagnóstico Ambiental ................................................................ 5

2.3.1.Morfologia ........................................................................................................... 5

2.3.2.Paisagem .............................................................................................................. 5

3.Riscos Naturais e Antrópicos e Vulnerabilidades às Alterações Climáticas ............. 6

4.Uso Actual da Terra e Padrões Uso e Ocupação ....................................................... 7

5.Papel da Geomorfologia ............................................................................................ 7

6.Conclusão................................................................................................................... 9

7.Referencias Bibliográficas ....................................................................................... 10

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1.Introdução

O Presente trabalho com o tema o Papel da Geomorfologia no desenvolvimento da sua


comunidade. A acção do homem constitui-se em um relevante agente modificador do
meio ambiente, alterando o equilíbrio e dinâmica dos processos naturais. Entretanto, os
últimos séculos da sociedade ocidental retrataram uma intensa actuação da humanidade
no referente ao trato dos elementos naturais, que passaram a serem considerados
factores exteriores e irrelevante são bem-estar social.

A Geomorfologia ambiental propõe analisar o relacionamento do relevo com o


ambiente onde ele se insere, bem como os factores que o levem ao equilíbrio ou
desequilíbrio ambiental (Biosfera).

O papel do geógrafo nesse cenário se dá a partir do facto de que a sociedade precisa


solucionar as dificuldades inerentes ao controle e gerenciamento dos processos naturais
que se manifestam na Terra.

1.1.Objectivos

1.1.1.Geral

 Conhecer o papel da Geomorfologia Ambiental Face ao Desenvolvimento da


Comunidade.

1.1.2.Específicos

 Distinguir o papel geomorfologia Ambiental face ao Desenvolvimento da


Comunidade;
 Analisar o papel da geomorfologia Ambiental face ao Desenvolvimento da
Comunidade;

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2. O Papel da Geomorfologia no desenvolvimento da Comunidades do Distrito de
Changara

2.1. Conceitos

 Conceito da Geomorfologia ambiental

A Geomorfologia ambiental propõe analisar o relacionamento do relevo com o


ambiente onde ele se insere, bem como os factores que o levem ao equilíbrio ou
desequilíbrio ambiental (Biosfera). O solo representa a fracção desagregada da rocha
(litosfera) e tende a encontrar-se em equilíbrio dinâmico com o ambiente (Biosfera e
Atmosfera), esse equilíbrio ao se quebrado causará uma série de transformações no
relevo que afectará o ambiente como um todo. Estas mudanças no ambiente podem ter
causas cíclicas ou não, naturais ou antrópicas, reversíveis ou irreversíveis.

 O Conceito de Desenvolvimento Sustentável

O Termo desenvolvimento sustentável de forma resumida diz que a disponibilização de


recursos que atendam às necessidades básicas da população do nosso planeta não deve
comprometer a disponibilidade desses recursos às futuras gerações.

O papel do geógrafo nesse cenário se dá a partir do facto de que a sociedade precisa


solucionar as dificuldades inerentes ao controle e gerenciamento dos processos naturais
que se manifestam na Terra. Considerando a Geomorfologia no planeamento ambiental,
bem como o fato dessa ciência se constituir num ramo do conhecimento das
Geociências, lembramos que ela possui métodos próprios para a análise das formas de
relevo, o que a coloca em posição privilegiada às aplicações voltadas à sustentabilidade
ambiental.

2.2.Enquadramento Geográfico do Distrito de Changara

O Distrito de Changara localiza-se na região do Baixo Zambeze, Província de Tete,


tendo como limites geográficos os seguidamente apresentados.

 Norte - Distrito de Marara (Província de Tete)


 Sul - Distrito de Guro (Província de Manica)
 Este - Distritos de Moatize e Cidade de Tete (Província de Tete)

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 Oeste - Distrito de Cahora Bassa (Província de Tete) e República do Zimbabwe

2.3.Caracterização e Diagnóstico Ambiental

2.3.1.Morfologia

A superfície do Distrito de Chagara varia entre as altitudes 0 m e os 900 m;

A zona central do Distrito é caracterizada pela predominância de Planícies (altitudes até


aos 200 m), progredindo para Norte, Este e Oeste para Planaltos Médios (altitudes entre
os 200 m e os 400 m) e Antiplanaltos (altitudes entre os 500 m e os 1000 m).

A região é dominada por uma paisagem montanhosa, da qual se destaca a cadeia


montanhosa de Dzimica, o ponto mais alto do Distrito situa-se em Chacalanga, seguido
de M’pinga e as montanhas Mahongo-Mana.

A jusante de Marara (local onde está prevista a construção da Barragem de Mphanda


Nkuwa o vale encaixado do Zambeze dá lugar a uma peneplanície que se estende ao
longo do rio Zambeze até à garganta de Lupata.

2.3.2.Paisagem

O Distrito de Changara abrange duas unidades de paisagem, Savanas Abertas que


compreende cerca de 72% do seu território e Vale do Zambeze, que compreende cerca
de 28% do mesmo;

De acordo com os critérios utilizados para a valoração das unidades de paisagem


(diversidade, harmonia e identidade), as unidades Savanas Abertas apresenta valoração
baixa (3) e Vale do Zambeze apresenta ambas a valoração alta de 7 (escala de 0 a 9);

Estas unidades de paisagem abrangem um território mais alargado que o do Distrito de


Changara. Nos pontos seguintes apresentam-se as principais características de cada uma
delas;

As características da unidade de paisagem Vale do Zambeze compreendem:

a) Relevo, de vigoroso a montante a suave a partir do troço médio;


b) Uso do solo variável, de acordo com o grau de humanização;
c) ocupação agrícolas em zonas de aluvião;

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d) Humanização baixa nos troços montantes, elevada no troço médio, baixa no
troço jusante;

A unidade de paisagem Savana Aberta apresenta como características:

a) Relevo suave;
b) Uso do solo com Formações alteradas pela agricultura de subsistência, pastorícia
e recolha de lenha;
c) Humanização média;
d) Carácter de formação muito comum na zona de estudo e áreas envolventes;
e) baixa identidade mas elevada plasticidade de uso.

3.Riscos Naturais e Antrópicos e Vulnerabilidades às Alterações Climáticas

O risco de cheias no Distrito é baixo e limita-se a áreas limitadas nos vales do rio
Zambeze e seus tributários;

O risco de ocorrência de secas no Distrito é considerado como sendo alto.

O Distrito situa-se numa zona já relativamente afastada da costa, permitindo que o risco
de ser afectado por ciclones seja relativamente baixo.

O Distrito está situado numa região em que é de contar com a possibilidade de


ocorrência de sismos de intensidade moderada.

De acordo com o Plano de Acção para a Prevenção e Controlo da Erosão de Solos 2008
– 2018, elaborado pelo MICOA em 2007, o Distrito de Changara apresenta, no geral,
uma situação crítica em termos de erosão.

Actualmente os riscos de acidentes no Distrito relacionados com estabelecimentos


industriais são reduzidos e circunscritos a áreas relativamente reduzida nas
proximidades das instalações existentes.

Em termos de vulnerabilidades às alterações climáticas, e com as ressalvas decorrentes


das incertezas que os conhecimentos científicos actuais encerram, é de admitir que na
região se possa verificar um aumento da temperatura, um aumento da inconstância da
pluviosidade (com mudanças nos inícios das épocas de chuvas, épocas de chuvas mais
húmidas e épocas secas mais secas) e um agravamento dos riscos de secas e de ciclones.

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4.Uso Actual da Terra e Padrões Uso e Ocupação

O desenvolvimento socioeconómico da região do Baixo Zambeze, a prática continuada


de desflorestação queimadas, a agricultura itinerante e a sobre exploração florestal têm-
se reflectido em alterações na paisagem, nos ecossistemas e no ambiente. Muitos
problemas ambientais têm origem na utilização dos solos, que provoca perda de
biodiversidade, alterações ao nível da qualidade das águas, do solo (erosão) e do ar.

O solo do Distrito de Changara é dominado por matagal aberto e arbustos (normalmente


associado a aptidões altas a intermédias para o pastoreio sobretudo nas zonas de
pradaria), junto ao rio Zambeze e por floresta de baixa altitude medianamente fechada
(área dominante).

As áreas agrícolas seguem, de uma forma geral, a rede hidrográfica, ao longo do


Zambeze e seus afluentes. A maior parte da população reside nas zonas rurais em
assentamentos populacionais mais ou menos dispersos. As áreas de ocupação humana
são marcadas pela actividade da agricultura de sequeiro, ocupando apenas 1,3% da área
total do Distrito (caracterizadas por um mosaico de agricultura e floresta).

As áreas mais próximas dos rios, caracterizadas pelos solos aluviais de média ou grande
textura, apresentam maiores densidades populacionais e estão associadas à presença da
maior parte das áreas agrícolas do Distrito e ao mesmo tempo às áreas mais expostas ao
risco de cheia.

Tipicamente a organização espacial das áreas habitacionais é caracterizada por pequenas


parcelas de terra com formato irregular, sem uma demarcação evidente.

Os principais problemas que ocorrem são originários das vastas intempéries que
assolam determinadas regiões do Distrito e que obrigam ao reassentamento das
populações. Tem havido uma acção coordenada entre o INGC, ONG e autoridades
distritais, incluindo líderes comunitários, no sentido de aumentar a resiliência e a
adaptação destas comunidades às cheias e secas e mitigar os efeitos devastadores.

5.Papel da Geomorfologia

A apropriação do espaço pela sociedade evidencia a importância do relevo como fator


de natureza antagônica, ora favorável à ocupação, ora apresentando feições e processos

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que desencorajam o mecanismo de ocupação por grupos humanos. Assim, o relevo tem
um caráter restritivo a determinados tipos de ocupação humana.

Dessa forma, o relevo terrestre constitui-se em um dos mais importantes elementos do


quadro natural, sendo o suporte concreto para o desenvolvimento das interacções
naturais e sociais (Casseti,1995).

Assim, o papel da Geomorfologia Aplicada como estudo de avaliação do meio ambiente


e dos processos ambientais resulta em estudos que demonstram características de um
determinado espaço para apropriação visando formas particulares de utilização do meio
ambiente.

A actuação do geomorfólogo torna-se o tanto mais relevante na medida em que seus


estudos leve mau ma compreensão não só das formas geomórficas, mas também de sua
dinâmica, responsável por uma permanente modificação derivadada constante acção e
reacção entre matéria e energia.

Para Coates (1971), a denominada Geomorfologia Ambiental constituiu-se no uso


prático da Geomorfologia, visando a resolução de problemas derivados da apropriação
de espaços pela acção do homem, com fins de transformação e utilização deformas
superficiais através de modificações dos processos geodinâmicos.

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6.Conclusão

Concluí-se a Geomorfologia ambiental propõe analisar o relacionamento do relevo com


o ambiente onde ele se insere, bem como os factores que o levem ao equilíbrio ou
desequilíbrio ambiental (Biosfera). O solo representa a fracção desagregada da rocha
(litosfera) e tende a encontrar-se em equilíbrio dinâmico com o ambiente (Biosfera e
Atmosfera), esse equilíbrio ao se quebrado causará uma série de transformações no
relevo que afectará o ambiente como um todo. Estas mudanças no ambiente podem ter
causas cíclicas ou não, naturais ou antrópicas, reversíveis ou irreversíveis.

Considerando a Geomorfologia no planeamento ambiental, bem como o fato dessa


ciência se constituir num ramo do conhecimento das Geociências, lembramos que ela
possui métodos próprios para a análise das formas de relevo, o que a coloca em posição
privilegiada às aplicações voltadas à sustentabilidade ambiental.

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7.Referencias Bibliográficas

1. CASSETI,Valter.Ambiente e Apropriação do Relevo. 2ed. São Paulo: Contexto.


147p. 1995.
2. COATES, D. R. Environment Geomorphology. Binghamton: Publicações em
Geomorfologia da Universidade de Nova Iorque.1971.
3. GUERRA, Antonio José Teixeira e CUNHA, Sandra Baptista. Degradação
Ambiental. In: Geomorfologia e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil. 337-374. 1996.

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