Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Cuamba 2023
Universidade Católica de Moçambique
Faculdade de Educação
Tutor:
3
Índice
1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO.......................................................................................4
1.1. Justificativa...................................................................................................................5
1.2. Problematização...........................................................................................................6
3.5.1. Entrevista............................................................................................................13
4.1. Identificar “Impactos Causados pelas Alterações Climáticas aos Recursos Hídricos
na bairro da Manga;...............................................................................................................15
4.2. Descrever “Impactos Causados pelas Alterações Climáticas aos Recursos Hídricos
no bairro da Manga...............................................................................................................15
6. Bibliografia....................................................................................................................18
5
1. CAPITULO I: INTRODUÇÃO
Emissões futuras desses gases são produtos de um sistema dinâmico (processo ou conjunto de
processos, cuja evolução no tempo é governada por um conjunto determinístico de leis
físicas) muito complexo, determinado por forçantes, quais sejam: crescimento demográfico,
desenvolvimento sócio-econômico e mudanças tecnológicas. Cenários climáticos são
representações do futuro que são consistentes com hipóteses sobre emissões futuras de gases
de efeito estufa e outros poluentes, considerando-se as forçantes que os influenciam
(NAKICENOVIC et al., 2000).
4
1.1. Justificativa
A relevância desse trabalho destaca-se pela comunidade da província de Sofala vem sofrendo
constantemente os fenómenos naturais. Uma enorme parcela da população sofre dos
fenómenos naturais e das chuvas intensas naquela província, situações estas que as
comunidades não têm nenhuma resposta a resposto dos problemas que vem causando os
fenómenos naturais.
O Trabalho tem como “Impactos Causados pelas Alterações Climáticas aos Recursos
Hídricos. O estudo foi realizado no período de 2023 nos meses de Agosto-Setembro, e foi
desenvolvido na Província de Sofala, posto administrativo da Manga.
O Tema enquadra-se na cadeira de Climatografia, Hidrogeografia e Oceanografia.
5
1.2. Problematização
O efeito das mudanças climáticas na agricultura será principalmente para os agricultores das
regiões tropicais. Efeitos das mudanças do clima na agricultura Estudos de cenários, manejo
do solo e da água, zoneamento, e programas de melhoramento e introdução de novas espécies
A demanda de água para agricultura, particularmente para irrigação, é considerada
mais sensível às mudanças climáticas que as demandas industrial e municipal. Há dois efeitos
potenciais: uma mudança do clima em escala de parcela irrigada pode alterar a necessidade e
a época de irrigação. Secas prolongadas podem levar ao aumento de demanda, mas esta
também pode ser reduzida se a precipitação e, consequentemente, a umidade do solo
aumentar.
A variabilidade interna está presente em todas as escalas de tempo. Processos atmosféricos
que geram variabilidade interna são conhecidos por operarem em escalas de tempo, variando
do instantâneo até vários anos. Adicionalmente, a variabilidade interna é também produzida
pela combinação de componentes, como, por exemplo, o fenómeno naturais que afecta a
província de sofala.
Diante das ideias dos autores indaga-se a seguinte questão;
Quais são os “Impactos Causados pelas Alterações Climáticas aos Recursos Hídricos
na província de sofala-Manga?
6
1.4. Questões científicas
Quais “Impactos Causados pelas Alterações Climáticas aos Recursos Hídricos na
província de sofala?
Qual é a forma descritivo dos “Impactos Causados pelas Alterações Climáticas aos
Recursos Hídricos na província de sofala?
Quais são as intervenções do governo nos “Impactos Causados pelas Alterações
Climáticas aos Recursos Hídricos na província de sofala?
7
2. CAPITULO II: REFERENCIAL TEÓRICO
O aquecimento global tem provocado diversas situações as quais colocam a vida humana em
estado de periculosidade. Em Moçambique, o estado já precisou captar água de outra bacia.
Segundo Gomes e Barbieri (2004), o elevado índice demográfico da bacia do Alto Tietê,
somado a poluição das águas da região da Grande Lompopo e a baixa disponibilidade hídrica
natural da região, fez com que com o estado passasse por momentos difíceis.
Neste sentido, vale destacar que não é somente a espécie humana que enfrenta dificuldades
por conta das mudanças climáticas. Thomas et al (2004) acusam que, em um nível global, as
espécies se encontram numa porcentagem de 15% a 37% de risco de serem extintas até o ano
de 2050, isso em razão de uma série de factores, dentre eles a mudança no clima.
A meta de redução global de emissões de gás carbônico na atmosfera requer forte colaboração
de Moçambique para minorar o aquecimento global, o que coloca o país perante a
responsabilidade vital de reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO 2). O clima tropical
de Moçambique cria condições propícias para rápido crescimento das plantas, favorecendo o
reflorestamento em consideráveis proporções das áreas desmatadas, o que ajuda a retirar gás
carbônico da atmosfera por meio da fotossíntese, contribuindo para mitigação das emissões,
ajudando a reduzir os impactos do aquecimento global (NOBRE, 2010).
Hoje, por exemplo, a atenção volta-se para o pantanal, área rica em biodiversidade, mas que
vem sofrendo actualmente com as queimadas que não param de atingir novas áreas, isso
porque, o tempo seco, o vento e a falta de estrutura governamental favorecem a propagação
do fogo e a destruição ambiental. Segundo o INPE os incêndios esse ano no país aumentaram
mais de 220%, situação preocupante, considerando a mudança evolutiva do clima, as acções
involuntárias e/ou destrutivas do homem e a falta de estrutura ou interesse do poder público.
O desmatamento da região de sofala tem crescido de forma desenfreada o que tem assustado
não somente Moçambique, mas o planeta como um todo. Segundo o IBGE (2010), cerca de
20% da área original da floresta de Gorongosa já foi desmatada, sendo que a porção de
Gorongosa, que equivale a aproximadamente 4 milhões de km , está inserida em sofala.
Corroborando com o tema, Clement e Higuchi (2006) destacam que a floresta do Sofala vem
sendo desmatada de forma acelerada por ser desvalorizada por conta de uma percepção
errônea da sociedade moçambicana, por mais que boa parte dos formadores de opinião
afirmem o contrário.
9
Os gases que são liberados pelo desmatamento por meio da queima e decomposição da
biomassa, pelos solos, pela exploração madeireira, hidrelétricas, criação de gado e pelas
queimadas de pastagens e capoeiras que acontecem frequentemente. Vale destacar que
incêndios florestais também emitem gases que influenciam nessas mudanças. (BARRETO &
SANTOS,2011.p11-22).
10
3. CAPITULO III: METODOLOGIA DO TRABALHO
O distrito da Manga está localizado na região sul da Província do Sofala, confinando a Norte
com o distrito de Inhaminga, a Sul com os distritos de Beira e Buzi, a Este com os distritos de
Inhamizua e Inhassoro e a Oeste com os distritos de Mafambisse e Caia. Em relação ao posto
administrativo de Manga esta a 7km da vila sede de posto administrativo de Beira. A
superfície do distrito é de 11.341 km2 e a sua população está estimada em 41 mil habitantes à
data de 1/7/2018.
3.2. Caracterização dos Participantes da Pesquisa
Das 86 famílias, as idades dos chefes do agregado familiar variaram de 25 a 70 anos de idade,
sendo que a faixa etária dos 25 a 50 anos teve maior percentagem com cerca de 72% e as
faixas etárias dos 50 a 70 anos tiveram menor percentagem com cerca de 28%. No que diz
respeito ao sexo, o sexo feminino teve maior percentagem com cerca de 56% e o sexo
masculino percentagem com cerca de 44 %. Em relação ao número de agregados familiares
28% varia de 2 a 4, 56% varia de 4 a 6 agregados familiares e 16% varia de 6 a 8 agregados
familiares. Em relação o nível de escolaridade dos chefes de agregados familiares 61% varia
de 1ª a 4ª, 31% varia de 4ª a 7ª e 8% varia de 7ª a 12ª classe. A tabela abaixo representa, as
idades, nível de escolaridade, o género e o número de agregados familiares que participaram
da pesquisa (Tabela 1 de página 8).
Tabela 1: Caracterização de chefes de agregados familiares
25 a 50 anos 24 36%
Faixa etária
50 a 70 anos 62 72%
Feminino 48 56%
Sexo
Masculino 38 44%
2a4 24 28%
Número de agregados familiares 4a6 48 56%
6a8 14 16%
1a a 4a classe 52 61%
Nível de escolaridade dos chefes de agregados 4a a 7ª classe 27 31%
familiares 7ª a 12ª classe 7 8%
Fonte: Autora (2023)
11
3.3. Métodos da Pesquisa
Segundo GARCIA (1998:44), método representa um procedimento racional e ordenado
(forma de pensar), constituído por instrumentos básicos, que implica utilizar a reflexão e a
experimentação, para proceder ao longo do caminho (significado etimológico de método) e
alcançar os objectivos pré-estabelecidos no planeamento da pesquisa (projecto).
Para Lakatos & Marconi, (2007, p.86), O método de estudo do presente trabalho é indutivo,
que é um método responsável pela generalização, isto é, partiu-se de algo particular para uma
questão mais ampla.
Isto quer dizer que, por meio dos resultados que obteve-se no distrito de Manga no posto
administrativo de Manga, foi generalizado as demais comunidades da Província do Sofala.
12
números, opiniões e analisados estatisticamente, no qual facilitou a construção de gráficos
circulares com a demonstração de percentagens.
Para (GIL, 1999), considera que na abordagem quantitativa, tudo pode ser quantificável, o que
significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las.
3.5.1. Entrevista
A entrevista foi usada nesse estudo para entrevistar a comunidade assim como o governo para
Identificar “Impactos Causados pelas Alterações Climáticas aos Recursos Hídricos na bairro
da Manga, Descrever “Impactos Causados pelas Alterações Climáticas aos Recursos Hídricos
no bairro da Manga e Mencionar as intervenções do governo nos “Impactos Causados pelas
Alterações Climáticas aos Recursos Hídricos na província de sofala.
As questões que constaram no guião de entrevista foram fechadas e abertas, ou seja, mista, o
uso das questões mistas pode ser justificado pelo facto de que, as questões fechadas visavam
uniformizar as respostas para questões objectivas que não permitem muitos comentários, por
outro lado, as questões abertas visavam proporcionar aos entrevistados mais espaço de
expressão para certas questões mais amplas e não influenciar nas suas respostas.
Para determinar a amostra recorreu-se a fórmula proposta por Cláudio (2011) para tamanho da
amostra em população infinita:
13
n = Z2a/2 x
Onde:
n = Número de indivíduos de amostra ;
Z2a/2 = Valor crítico que corresponde ao grau de confiança desejado (%);
em estudar;
= 0,25
= 0,10
Za/2 = 1,645
14
3.8. Análise e Interpretação de Dados
Foi usado o pacote estatístico Excel 2010 para o caso dos dados colhidos por meio do
questionário, que por sua vez, estes foram transformados ou seja representados sob a forma de
gráficos e tabelas que posteriormente foram transferidos ao Word 2010.
Quando questionados sobre a possibilidade de usar a água da chuva para reduzir o consumo,
83% dos pesquisados declararam que há a possibilidade de armazenar água da chuva em suas
casas como forma de adaptação a escassez hídrica, 9% reconhecem que esta é uma forma
eficaz de redução, mas não a fazem.
Nota-se também que a população, de maneira tímida tem buscado formas de evitar o
desperdício desnecessário de água, o que, a curto prazo, pode e deve trazer resultados
significativos para o município, e a longo prazo um ganho expressivo principalmente no que
diz respeito a qualidade de vida não somente da população local, mas também em todo o
planeta.
Apesar da afirmativa por partes dos munícipes pesquisados sobre o a reutilização da água,
ainda é comum ver moradores regando ruas e quintais por horas com água limpa e potável,
bem como, caixas d’água que derramando água potável por um período de tempo prolongado
em quase todos os dias da semana, até mesmo no período do ano quando há infrequência de
chuva e os níveis dos reservatórios de água baixam consideravelmente.
Segundo ele, todos os meses acções como essas são realizadas nestes locais, o que contradiz o
que foi relatado pelos moradores que afirmam não terem acesso a acções de conscientização.
É válido frisar também que, o entrevistado da secretaria de meio ambiente relatou que,
chegam a secretaria cerca de 10 denúncias de crimes ambientais por dia, sejam queimadas,
16
desperdício de água e desmatamento. Para isto, a secretaria conta como equipe fiscalização
composta por 3 homens equipados e preparados para lidar com essas situações. (ANDRADE,
2002.p.12-18).
Com base nos dados colectados na pesquisa de campo e na análise descritiva simples das
entrevistas, foi possível observar que as acções realizadas pelo município estão mais voltadas
para preservação do meio ambiental em geral, sem enfoque especifico na preservação dos
recursos hídricos.
Desse modo, nota-se que apesar de estratégias de adaptar-se as mudanças climáticas, que
acarretam na escassez hídrica, estarem sendo feitas por meio de palestras e projectos de
arborização das nascentes dos rios e de sua despoluição, é necessário que políticas públicas
municipais com foco na preservação dos recursos hídricos sejam implementadas,
principalmente por meio da conscientização dos munícipes, visto que, de acordo com os
pesquisados, essa é a principal causa dos desperdícios hídricos na cidade.
Neste sentido, Marengo et al (2015), destacam que além dos factores climáticos, a não
utilização de um planeamento que direccione o melhor gerenciamento do recurso hídrico,
atrelado ao uso desenfreado e de forma inconsciente por parte dos brasileiros gerou e vem
agravando a crise hídrica que preocupa toda nação.
6. Bibliografia
18
9. FEARNSIDE, P. M. Uso da terra na Amazônia e as mudanças climáticas globais.
Revista SEB ano 10-2, 2007.
10. GOMES, J. de L.; BARBIERI, J. C. Gerenciamento de recursos hídricos no Brasil e
no Estado de São Paulo: um novo modelo de política pública. Cadernos EBAPE. BR,
v. 2, n. 3, p. 01-21, 2004.
11. MARENGO, J. A. et al. A seca e a crise hídrica de 2014-2015 em São Paulo. Revista
USP, n. 106, p. 31-44, 2015.
12. NOBRE, Paulo et al. Mudanças climáticas e desertificação: os desafios para o Estado
Brasileiro. Campina Grande: INSA-PB, p. 25-36, 2011.
19