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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

CONSELHO DE MINISTROS

PLANO ANUAL DE CONTINGÊNCIA


2020-2021

Aprovado pela 39ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros no dia 27 de Outubro de 2020

1
ÍNDICE
SUMÁRIO EXECUTIVO............................................................................................................................................... 7

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................. 10

2. BALANÇO DA ÉPOCA CHUVOSA 2019/2020 .................................................................................................... 10

2.1 SITUAÇÃO METEOROLÓGICA NA ÉPOCA 2019/2020 ............................................................................................................. 10


3.2 AVALIAÇÃO DO ANO HIDROLÓGICO 2019/2020 .................................................................................................................. 11
2.3 AVALIAÇÃO GERAL DA CAMPANHA AGRÍCOLA 2019/20 ................................................................................................ 11
2.4 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA 2019/20 ........................................................................................................................ 11
2.5 IMPACTO DOS EVENTOS EXTREMOS REGISTADOS NA ÉPOCA CHUVOSA E CICLÓNICA 2019-2020............................................. 11

3. PREVISÃO CLIMÁTICA SAZONAL 2020/2021 ................................................................................................... 12

4. ANÁLISE DO RISCO DE DESASTRES ................................................................................................................. 17

4.1 PRINCIPAIS RISCOS OU AMEAÇAS................................................................................................... 17

4.2 FACTORES DE VULNERABILIDADE ................................................................................................. 17

5. FACTORES DE CONTENÇÃO ............................................................................................................................ 18

6. CENÁRIOS ...................................................................................................................................................... 19

6.1 Cenário I ........................................................................................................................................................... 19


6.2 Cenário II .......................................................................................................................................................... 20

6.3 CENÁRIO III ................................................................................................................................................ 20

7. PROJECÇÃO DO NÚMERO DE DESLOCADOS INTERNOS DEVIDO AOS ATAQUES ARMADOS ........................... 21

8. SITUAÇÃO PREVALECENTES DA COVID-19 ...................................................................................................... 21

9. PROVÁVEL IMPACTO NO SECTOR DA EDUCAÇÃO .......................................................................................... 22

10. PROVÁVEL IMPACTO NO SECTOR DA AGRICULTURA E SEGURANÇA ALIMENTAR ...................................... 22

11. PROVÁVEL IMPACTO NO SECTOR DE ESTRADAS ........................................................................................ 23

12. ACÇÕES SECTORIAIS A REALIZAR NAS FASES DE PRONTIDÃO, RESPOSTA E RECUPERAÇÃO ....................... 24

12.1 MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS PARA RESPOSTA À EMERGÊNCIA ............................................................................................ 24

13. BENS E DISPONÍVEIS E NECESSÁRIOS ......................................................................................................... 51

13.2 ASSISTÊNCIA ALIMENTAR .......................................................................................................................... 52

13.2.1 RESPOSTA DA ACTUAL SITUAÇÃO DE INSEGURANÇA ALIMENTAR SEGUNDO AVALIAÇÃO DE INSAN ...................................... 52
13.3 RESPOSTA À EVENTUAIS SITUAÇÕES QUE POSSAM OCORRER FACE AO CENÁRIO II DO PC ....................................................... 52
13.4 ABRIGO .................................................................................................................................................................. 53
13.5 EDUCAÇÃO .............................................................................................................................................................. 55
13.6 ÁGUA E SANEAMENTO .............................................................................................................................................. 55
13.7 MATERIAIS NECESSÁRIOS E DISPONÍVEIS NO SECTOR DA SAÚDE ........................................................................................ 57
13.8 AGRICULTURA .......................................................................................................................................................... 58

14. RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS E DISPONÍVEIS ............................................................................. 58

14.1 ORÇAMENTO GLOBAL DO PLANO DE CONTINGÊNCIA POR CENÁRIOS................................ 58

15. MECANISMOS DE COORDENAÇÃO, REVISÃO E MONITORIA ...................................................................... 59

15.1 CONSELHO COORDENADOR DE GESTÃO DE CALAMIDADES (CCGC) .................................... 59

15.2 CONSELHO TÉCNICO DE GESTÃO DE CALAMIDADES (CTGC) ................................................. 60

15.3 CENTRO NACIONAL OPERATIVO DE EMERGÊNCIA (CENOE) .................................................. 60

2
16. SECTORES DO CENOE: PAPEIS E RESPONSABILIDADES ............................................................................... 60

17. COMPLEMENTARIDADE DAS ACÇÕES DA EQUIPE HUMANITÁRIA NACIONAL (HCT) ................................... 60

ANEXOS .................................................................................................................................................................. 62

ANEXO I: POPULAÇÃO EM RISCO DE CHEIAS .......................................................................................................... 63

ANEXO II: ORÇAMENTO CENÁRIO I ......................................................................................................................... 64

ANEXO III: ORÇAMENTO CENÁRIO II ....................................................................................................................... 65


ANEXO III: ORÇAMENTO CENÁRIO III ...................................................................................................................... 66

LISTA DE CONTACTOS ............................................................................................................................................. 67

Mapa 1: Previsão da precipitação para o período OND 2020................................................................12

Mapa 2: Previsão da precipitação para JFM 2021. ................................................................................12

Mapa 3: Previsão Hidrológica OND 2020 .............................................................................................12

Mapa 4: Previsão Hidrológica JFM 2021 ..............................................................................................13

Mapa 5: Índice de Satisfação Hídrica das Culturas OND 2020 .............................................................14

Mapa 6: Previsão de ISNH JFM 2021 ...................................................................................................14

Tabela 1: Regiões Vulneráveis as Inundações ......................................................................................13

Tabela 2: Províncias e Estimativas da População em Risco no Cenário I ............................................19

Tabela 3: Províncias e Estimativas da População em Risco no Cenário II ...........................................20

Tabela 4: Províncias e Populações Vulneráveis as Calamidades do Cenário III ..................................20

Tabela 5: Resumo do Orçamento Global por Cenários (103 MZN) ......................................................59

Gráfico 6: Mecanismo de Coordenação entre o Governo e Equipe Humanitária ..................................61

3
ACRÓNIMOS

ANPS - Avaliação de Necessidade Pós-calamidades


ANE – Administração Nacional de Estradas
ARA – Administrações Regionais de Águas
CCGC - Conselho Coordenador de Gestão de Calamidades
CVM - Cruz Vermelha de Moçambique
CLGRC - Comités Locais de Gestão do Risco de Calamidades
CTPGC - Conselho Técnico Provincial de Gestão de Calamidades
CTGC - Conselho Técnico de Gestão de Calamidades
CENOE - Centro Nacional Operativo de Emergência
COEs – Centros Operativos de Emergência
CA - Centro de Acomodação
CEGC - Comités Escolares de Gestão de Calamidades
DPEC – Direcção Provincial de Educação e Cultura
DAG - Desnutrição Aguda Grave
DAM - Desnutrição Aguda Moderada
DNGRH - Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos
DNSA – Direcção Nacional dos Serviços Agrários
DPGCAS - Direcção Provincial do Género, Criança e Acção Social
DRN - Direcção Regional Norte
DRC – Direcção Regional Centro
DRS – Direcção Regional Sul
ENSO - El Niño Oscilação Sul
FADM – Forças Armadas de Defensa de Moçambique
FAO – Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação
FNUAP – Fundo das Nações Unidas para a População
FORCOM - Fórum das Rádios Comunitárias
GABINFO - Gabinete de Informação
GACOR - Gabinete de Coordenação do Reassentamento
GRC - Gestão do Risco de Calamidades

4
HCB - Hidroeléctrica de Cahora Bassa
HCT - Equipa Humanitária Nacional
HCTWG – Grupo de Trabalho da Equipa Humanitária Nacional
INAM – Instituto Nacional de Meteorologia
ICS - Instituto de Comunicação Social
INGC – Instituto Nacional de Gestão de Calamidades
JFM – Janeiro-Fevereiro-Março
MIC – Ministério da Indústria e Comércio
MTC – Ministério dos Transporte e Comunicações
MOPHRH – Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos
MITADER – Ministério da Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural
MASA - Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar
MISAU – Ministério da Saúde
MINEDH- Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano
MINT - Ministério do Interior
MDN - Ministério da Defesa Nacional
MGCAS - Ministério do Gênero, Criança e Acção Social
OFDA – Gabinete para Assistência de Desastres no Exterior dos EUA
OIM – Organização Internacional para as Migrações
OND – Outubro-Novembro-Dezembro
OMS – Organização Mundial da Saúde
PRM – Polícia da República de Moçambique
PQG - Programa Quinquenal do Governo
PC - Plano de Contingência
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PMA – Programa Mundial de Alimentação
SARCOF - Fórum Regional da África Austral para a Previsão Climática
SAC - Sistema de Aviso de Cheias
SSTs - Temperaturas da Superfície do Mar (sigla em inglesa)
SADC – Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral
SETSAN - Secretariado Técnico de Segurança Alimentar

5
SDSMAS -Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social
SMS - Serviço de Mensagens Curtas
UNAPROC - Unidade Nacional de Protecção Civil
UNHABITAT – Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos
UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância
VBG - Violência Baseada no Género
ZCIT - Zona de Convergência Intertropical

6
SUMÁRIO EXECUTIVO

Moçambique é um País exposto a vários riscos ou ameaças1, devido nomeadamente à sua localização
geográfica e nível de pobreza. A elevada frequência, alternância e intensidade de eventos extremos
tem causado a interrupção do funcionamento normal da sociedade retardando, consequentemente, o
processo de desenvolvimento socioeconómico nacional. Estima-se que anualmente, cerca de 60 por
cento da população e aproximadamente 40 por cento do Produto Interno Bruto fica exposta a um ou
mais riscos ou ameaças.

Ao abrigo do disposto no Artigo 31 da Lei nº10/2020 (Lei de Gestão e Redução do Risco de


Desastres), é elaborado o actual Plano Nacional de Contingência para responder aos riscos de
desastres e mitigação dos seus impactos bem como assegurar, de forma coordenada, a assistência
humanitária a eventuais vítimas e recuperação rápida, eficaz e eficiente a todos os níveis. A base para
a elaboração deste Plano de Contingência foram as previsões climáticas, os dados sismológicos, os
impactos da acção humana e outras informações e a probabilidade de ocorrência de emergências
complexas.

A previsão climática sazonal para a época 2020-2021 na SADC, divulgada em Agosto de 2020 pelo
Fórum Regional de Previsão Climática para a África Austral (SARCOF), foi ajustada para o contexto
climatológico de Moçambique e interpretada para as áreas de hidrologia, agricultura e Saúde,
incluindo as suas implicações para sectores como educação, transportes, comunicações, energia,
pescas, indústria, comércio, entre outros.

Deste modo, de acordo com as previsões climáticas, o trimestre Outubro/Novembro/Dezembro de


2020 poderá registar chuvas normais com tendência para abaixo do normal, para o sudeste da
província Niassa e toda a extensão da província de Cabo Delgado; chuvas normais para grande
extensão da província de Nampula e nordeste da província de Niassa; e chuvas normais com
tendência para acima do normal para todo o País excepto a oeste da província de Nampula, nordeste
da província de Niassa e toda a extensão da província de Cabo Delgado.

Por seu turno, o trimestre Janeiro/Fevereiro/Março de 2021 poderá registar chuvas normais com
tendência para abaixo do normal no sudeste da província Niassa e toda a extensão da província de
Cabo Delgado; chuvas normais em quase toda a extensão da província de Nampula e nordeste da
província de Niassa; e chuvas normais com tendência para acima do normal para todo o País,
excepto a oeste da província de Nampula, nordeste da província de Niassa e toda a extensão da
província de Cabo Delgado.

O prognóstico hidrológico, para o período de Outubro-Novembro-Dezembro de 2020 aponta a


possibilidade de (i) Risco Baixo de Cheias nas Bacias Hidrográficas do Limpopo, Inharrime, Govuro,
Save, Zambeze, Ligonha, Lúrio, Lugenda, Megaruma, Montepuez e Messalo; (ii) Risco Moderado de
Cheias nas Bacias Hidrográficas de Maputo, Umbelúzi (Sub-bacia do Movene), Incomáti, Mutamba,
Inhanombe, Búzi, Púngoè e Namacurra, Licungo e Raraga; e (iii) Risco Moderado a Alto de Cheias
para a Bacia de Savane,

1
A Lei n.º 10/2020 (Lei de Gestão e Redução do Risco de Desastres), de 24 de Agosto, no seu Artigo 12, considera Riscos
ou Ameaças os seguintes fenómenos: Cheias, inundações, seca, ciclones, incêndios, queimadas, epidemias e pandemias,
erosão, aluimentos de terras, derrames de hidrocarbonetos, terramotos ou maremotos e radiações nucleares, entre outros.

7
No período de Janeiro-Fevereiro-Março de 2021, prevê-se: (i) Risco Baixo de Cheias nas Bacias
Hidrográficas do Limpopo, Inharrime, Govuro, Bacias Costeiras das Província de Cabo Delgado e
Nampula; (ii) Risco Moderado de Cheias nas Bacias Hidrográficas de Maputo, Umbelúzi, Incomáti,
Save Zambeze, Mecubúri e Rovuma (Sub-bacia do Lugenda); (iii) Risco Moderado a Alto de Cheias
nas Bacias Hidrográficas do Búzi, Púngoè, Megaruma , Montepuez, e Messalo; e (iv) Risco Alto de
Cheias nas Bacias Hidrográficas de Savane, Namacurra, Licungo e Raraga

Tomando como base as previsões climáticas o Sector de Agricultura perspectiva uma boa produção
agrícola, sobretudo nas regiões Centro e Norte.
Assim, no que diz respeito a satisfação das necessidades hídricas para o desenvolvimento das
culturas, o trimestres Outubro-Novembro-Dezembro de 2020, a Região Norte poderá registar um
índice Baixo (<60%) nas Províncias Cabo Delgado e Nampula e numa pequena faixa de Niassa,
índice moderado (60 à 85 %) para a província do Niassa e índice alto (85-100%) para uma pequena
faixa de Niassa; a Região Centro poderá registar índice moderado (60 a 85%) nas províncias de
Manica, Sofala, Zambézia e planalto de Tete, índice Baixo (<60%) na maioria dos distritos de Tete e
índice Alto (85-100%) numa pequena faixa das províncias de Sofala e Manica; e a Região Sul poderá
registar um índice Baixo (<60%) nas províncias de Maputo, faixa central de Gaza e sul de Inhambane,
e um índice moderado (60-85%) no Norte de Gaza e Inhambane.
Para o período Janeiro-Fevereiro-Março de 2021, espera-se índice alto (85 à 100%) nas províncias de
Niassa, Nampula e Cabo Delgado, na zona Norte; para a Região Centro espera-se um índice alto (85 à
100%) nas províncias de Manica, Sofala, Tete e Zambézia e índice moderado (75 a 85%) para os
distritos ao sul das províncias de Tete, Manica e Sofala. Para a Região Sul espera-se um índice baixo
(>70) nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane,
O Sector de Saúde espera que o trimestres Outubro-Novembro-Dezembro de 2020 registe um Risco
Alto de casos de malária na região central das províncias de Nampula e Tete e no norte da província
da Zambézia; e Risco Moderado de casos de Malária na Cidade de Maputo e província de Maputo,
em toda a extensão do litoral desde o sul ao norte do país e na província de Niassa.

Para o período Janeiro-Fevereiro-Março de 2021, espera-se um Risco Alto de casos de Malária na


Cidade de Maputo, províncias de Maputo, Tete, Zambézia e Nampula; e um Risco Moderado de casos
de Malária na província de Gaza, no norte das províncias de Manica e Sofala, no sul da província da
Zambézia e Cabo Delgado e província de Niassa.

Espera-se igualmente que durante toda a época chuvosa (Outubro de 2020 a Março de 2021) possam
ocorrer inundações urbanas, com maior impacto sobre os bairros urbanos e periféricos das Cidades de
Maputo, Matola, Beira e Quelimane.
A análise dos riscos ou ameaças a que o País está exposto, associada aos factores de vulnerabilidade e
das condições de mitigação dos riscos ou ameaças permitiram constituir os seguintes cenários de
população em risco:

Cenário I – Um total de 974.234 pessoas em risco de serem afecatadas por ventos fortes, seca e
inundações nas cidades e vilas.
Cenário II – Fenómenos do Cenário I (ventos fortes, seca e inundações nas cidades e vilas)
adicionados a ocorrência de cheias de magnitude alta e ciclones, elevando para 1.339.780 o número de
pessoas em risco.
Cenário III - Combinação do Cenário II acrescido a ocorrência de sismos, totalizando 1.545.780 o
número de pessoas em risco.

8
Com base nas análises técnicas feitas, associadas as experiências dos anos anteriores, chegou-se a
conclusão de que o Cenário II é o mais provável de ocorrer no Pais sem, contudo, descartar a
possibilidade de ocorrência do cenário extremo. Outro factor a ter em conta, na época 2020-2021, é a
situação da insegurança alimentar e nutricional que está a afectar cerca de 2 milhões de pessoas que
necessitam de assistência imediata para fortalecer a sua capacidade de resiliência. A pandemia da
COVID-19 e a situação dos deslocados internos devido a ataques armados em Cabo Delgado e na
zona centro, poderá influenciar o universo da população que necessitará de assistência humanitária
durante a presente época chuvosa. Foi feita uma projecção que até ao fim do período chuvoso, isto é,
durante 6 meses, sejam registados pelo menos 360.000 casos de COVID em todo o País e um
universo de 768.298 deslocados internos por conta dos ataques armados em Cado Delgado e na Zona
Centro.

O orçamento global projectado para o Cenário II do Plano presente de Contingência, incluindo a


monitoria, logística, manuseamento e transporte de bens para assistência humanitária, é de cerca 7.2
mil milhões de meticais. A luz do Decreto que cria o Fundo de Gestão de Calamidades e que fixa
0,1% do Orçamento o Estado, está projectada a alocação de pelo menos 200 milhões de
Meticais, como contribuição do Governo, para operacionalização do Plano de Contingência
2020/2021. Adicionalmente, o Banco Mundial, no âmbito do projecto de Gestão do Risco de
Desastres e Resiliência, dispõe de 600 milhões de meticais para 2021, elevando para 800 milhões
de meticais os fundos disponíveis para o presente Plano de Contingência.
Tendo em conta que a resposta aos eventos previstos no Cenário II vai custar cerca 7.2 mil
milhões de meticais, há défice de 6.4 mil milhões meticais que deverão ser mobilizados junto dos
parceiros de cooperação.

9
1. INTRODUÇÃO

O Plano Anual de Contingência é o documento oficial do Governo de Moçambique que serve de base
para gerir o risco de desastres, assegurar a assistência humanitária e recuperação rápida, eficaz e
eficiente, a todos os níveis, durante a época chuvosa e ciclónica. Este documento é elaborado
anualmente pelo Conselho Técnico de Gestão de Calamidades (CTGC)2, com o envolvimento da
Equipa Humanitária Nacional (HCT)3. Os pressupostos para a elaboração do Plano de Contingência
são: o balanço da época chuvosa anterior, a previsão climática sazonal4 e a sua interpretação para a
Hidrologia, Agricultura e Saúde, os dados sismológicos, os impactos da acção humana e outras
informações e a probabilidade de ocorrência de emergências complexas.

O Plano de Contingência para a época 2020-2021 tem como objectivos gerir e responder aos riscos e
ameaças induzidas pela variabilidade hidro-climatológica ou pela acção humana sobre o meio
ambiente bem como assegurar a assistência humanitária e recuperação rápida, eficaz e eficiente a
todos os níveis, evitando, deste modo, a interrupção do funcionamento normal das actividades
socioeconómicas. Neste sentido, este Plano de Contingência destaca os seguintes aspectos:
a) Principais riscos ou ameaças susceptiveis de causar situações de emergência;
b) Zonas de risco e possíveis impactos;
c) Actividades sectoriais de prontidão, resposta e recuperação;
d) Recursos disponíveis e necessários para a gestão e redução do risco de desastres.

O Plano de Contingência é elaborado em moldes descentralizado a partir de dados colhidos e


sistematizados a nível distrital e provincial. A globalização dos dados é feita pelo Conselho Técnico
de Gestão de Calamidades, nível central, num processo que culmina com a sua aprovação pelo
Conselho de Ministros.

2. BALANÇO DA ÉPOCA CHUVOSA 2019/2020

2.1 Situação Meteorológica na época 2019/2020

Início da época chuvosa e ocorrência de chuvas extremas

A época chuvosa 2019-20 foi marcada pelo início tardio de queda de chuvas em quase todo o País,
exceptuando as províncias de Niassa, Zambézia, planalto de Tete e norte de Sofala e Manica.

Nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane e o sul de Manica e Sofala, registaram períodos de
precipitações extremas, em algumas ocasiões, atingindo, em 24 horas, cifras acima de 200 milímetros,
nomeadamente Espungabera (201.5mm), Sussundenga, Manica, Gondola, Lichinga, Xai-Xai,
Chimoio, Catandica e Tambara (entre 100 a 120 mm).

2
Integram o CTGC sectores ou instituições do Governo ligadas a prevenção, gestão e redução do risco de desastres
3
A HCT é constituída pelas Agências do Sistema das Nações Unidas e Organizações da Sociedade Civil que trabalham na área de redução do Risco de
Desastres.
4
A previsão Climática Sazonal é feita anualmente em Agosto pelo Fórum Regional da África Austral para a Previsão Climática (SARCOF) e mostra a
provável distribuição espacial da quantidade e queda de chuvas na SADC entre os meses de Outubro e Março.
10
No trimestre Outubro-Novembro-Dezembro de 2019 as províncias de Maputo, Gaza, Inhambane e
Manica e algumas regiões de Tete, Sofala e Nampula registaram chuvas abaixo do normal. A
província de Cabo Delgado registou chuvas acima do normal nesse período.

No período Janeiro-Fevereiro-Março de 2020 o País registou chuvas normais, exceptuando algumas


regiões das províncias de Cabo Delgado, Nampula e Maputo.

3.2 Avaliação do Ano Hidrológico 2019/2020


As bacias hidrográficas, durante o trimestre Outubro-Novembro-Dezembro de 2019 registaram
escoamentos baixos na região Sul e um ligeiro incremento no Centro e Norte do País.
No período Janeiro-Fevereiro-Março de 2020 a região Sul continuou com escoamentos baixos
enquanto as regiões Centro e Norte registaram inundações de Magnitude Média a Alta nas bacias
Búzi, Púngoè, Licungo, Zambeze, Megaruma, Messalo e Montepuez. No mesmo período ocorreram
inundações urbanas nas cidades de Maputo, Matola, Beira, Quelimane e Pemba.
No que tange ao volume de armazenamento, as albufeiras nacionais estiveram estáveis, exceptuando
Pequenos Libombos e de Corumana cujos níveis situaram-se entre 30% e 38%, respectivamente.

2.3 Avaliação Geral da Campanha Agrícola 2019/20

A campanha Agraria 2019-2020, registou perdas numa área de 264.638 hectares com culturas
diversas, sobretudo milho, tendo afectado a 243.956 produtores, devido a pragas, inundações,
estiagem e elevadas temperaturas.

2.4 Situação Epidemiológica 2019/20

A época 2019/2020 registou 4.056.016 casos de malária e 602 óbitos, contra 4.026.431 casos e 696
óbitos da época anterior, representando uma redução de casos na ordem de 0,73% e de óbitos na
ordem de 16% . Grande parte dos casos ocorreram em Niassa, Sofala, Tete e Zambézia.

No que tange as diarreias, o País registou 3183.015 casos e 67 óbitos, contra 333.860 casos e 79
óbitos do ano anterior, representando uma redução de 6% de casos e 18% de óbitos.

2.5 Impacto dos eventos extremos registados na época chuvosa e ciclónica 2019-2020

As chuvas, ventos fortes e descargas atmosféricas registadas na época e ciclónica 2019-2020


afectaram 195.449 pessoas (40.892 familias), destruindo 6.221 casas, 8 unidades sanitárias, 123
postes de energia, 525 escolas e 1.525 salas de aula, afectando 152.695 alunos e 2.634 professores.
Igualmente, houve registo de 57 óbitos, dos quais 45 causados por descargas atmosféricas.

11
3. PREVISÃO CLIMÁTICA SAZONAL 2020/2021
3.1 Previsão da precipitação para o período de Outubro 2020 à Março 2021

Para o trimestre Outubro-Novembro-Dezembro de 2020, o


INAM prevê-se a ocorrência de:

i. Chuvas normais com tendência para abaixo do normal


no sudeste de Niassa e em toda a Província de Cabo
Delgado;
ii. Chuvas normais em Nampula e nordeste de Niassa; e
iii. Chuvas normais com tendência para acima do normal
em todo o aís, excepto partes de Nampula, Niassa e
Cabo Delgado.

Mapa 1: Previsão da precipitação para o período OND 2020.

Para Janeiro-Fevereiro-Março de 2021 prevê-se:

i. Chuvas normais com tendência para acima do normal na


zona norte do País, província da Zambézia e algumas regiões
de Manica e Sofala;
ii. Chuvas normais: para partes de Manica, Sofala, Inhambane
e Gaza; e

iii. Chuvas normais com tendência para abaixo do normal:


para partes de Inhambane, Gaza e Maputo.

Mapa 2: Previsão da precipitação para JFM 2021.

3.1. PREVISÃO HIDROLÓGICA

Previsão para Outubro-Novembro-Dezembro de 2020:


1. Risco Baixo de ocorrência de Cheias - Bacias
Hidrográficas do Limpopo, Inharrime, Govuro, Save,
Zambeze, Ligonha, Meluli, Monapo, Mecuburi, Lúrio,
Rovuma (Sub-bacia do Lugenda), Megaruma, Montepuêz
e Messalo.

2. Moderado - Bacias Hidrográficas do Maputo, Umbelúzi


(Sub-bacia do Movene), Incomáti, Mutamba, Inhanombe,
Búzi, Púngoè e Namacurra, Licungo e Raraga.

Mapa 3: Previsão Hidrológica OND 2020

12
3. Risco Moderado a Alto de ocorrência de Cheias – Bacia do Savane

No Período de Janeiro-Fevereiro-Março de 2021:

1. Risco Baixo de ocorrência de Cheias - Bacias


Hidrográficas do Limpopo, Inharrime, Govuro, Ligonha,
Meluli, Monapo, Lúrio Bacias Costeiras das Província de
Cabo Delgado e Nampula.
2. Risco Moderado de ocorrência de Cheias - Bacias
Hidrográficas do Maputo, Umbelúzi, Incomáti, Mutamba,
Inhanombe, Save Zambeze, Mecubúri e Rovuma (Sub-
bacia do Lugenda).
3. Risco Moderado a Alto de ocorrência de Cheias -
Bacias Hidrográficas do Búzi, Púngoè, Megaruma,
Montepuez, e Messalo.
4. Risco Alto de ocorrência de Cheias - Bacias
Hidrográficas de Savane, Namacurra, Licungo e Raraga.

Mapa 4: Previsão Hidrológica JFM 2021

Análise de riscos de cheias Urbanas


Durante a presente época chuvosa e ciclónica, há probabilidade de ocorrência de inundações urbanas
nos bairros urbanos das cidades de Maputo, Matola, Beira, Quelimane e Pemba. Além destas cidades,
há risco de ocorrência de inundações urbanas nas vilas e cidades constantes da tabela abaixo.

Tabela 1: Regiões Vulneráveis as Inundações

REGIÕES SUL CENTRO NORTE


Xai-Xai Cidade de Chimoio
Chókwe Zumbo Larde
Mutarara
Xinavane Dondo Liupo
Vilas e Cidades Ilha Josina Machel Búzi Cuamba
vulneráveis a Marromeu
inundações Vila de Boane Lichinga
Caia
Cidade de Inhambane Machanga Montepuez
Nova Mambone Mopeia M. Praia
Morrumbala
Maganja da Costa

4.2 Interpretação da Previsão da Época Chuvosa 2020/2021 na Agricultura

13
O sector da agricultura prevê o seguinte Índice de
Satisfação Hídrica das Culturas (ISNH) para o período
Outubro-Novembro-Dezembro de 2020:

Região Norte: Províncias Cabo Delgado e Nampula uma


pequena faixa de Niassa espera-se ISNH Baixo (<60%) e
na província de Niassa, ISNH moderado (60 à 85 %) e
uma pequena faixa com ISNH (Alto 85-100%).
Região Centro: Nas províncias de Manica, Sofala,
Zambézia e planalto de Tete, espera-se ISNH Moderado
(60 a 85%). Na maioria dos distritos de Tete espera-se um
ISNH Baixo(<60%) e uma pequena faixa das províncias
de Sofala e Manica espera-se ISNH Alto (85-100%).
Região Sul: Nas províncias de Maputo, faixa central de
Gaza e sul de Inhambane, espera-se ISNH Baixo (<60%),
e um ISNH Moderado(60-85%) no Norte de Gaza e
Inhambane.
Mapa 5: Índice de Satisfação Hídrica das Culturas OND 2020

Período de Janeiro-Fevereiro-Marco de 2021

Região Norte: Nas províncias de Niassa, Nampula e Cabo


Delgado espera-se o ISNH alto (85 à 100%).
Região Centro: Em geral, nas províncias de Manica, Sofala,
Tete e Zambézia espera-se ISNH alto (85 à 100%), com
excepção dos distritos ao sul das províncias de Tete, Manica e
Sofala onde se espera ISNH moderado (75 a 85%).

Região Sul: Em geral nas províncias de Maputo, Gaza e


Inhambane, espera-se o ISNH baixo (>70 ).

Mapa 6: Previsão de ISNH JFM 2021

i) Recomendações Agrotécnicas
a) Divulgação do prognóstico da estação chuvosa;
b) Nas regiões com potencial produtivo, deve-se assegurar o escoamento da produção;
c) Monitorar as tendências da eclosão da lagarta invasora e reportar pontualmente às unidades de
Sanidade Vegetal;
d) Vigilância permanente da mudança climatéricas com impacto na produção agrícola

14
3.2 Interpretação da previsão da época chuvosa 2020/2021 na Saúde
4.2.1 Impacto na Malária
Para o período Outubro-Novembro-Dezembro de 2020 espera-se:

Alto risco de casos de malária na Cidade de Maputo,


províncias de Maputo, Tete, Zambézia e Nampula;
Risco moderado de casos de malária na província de Gaza, no
norte de Manica e Sofala, sul da Zambézia e nas províncias de
Cabo Delgado e Niassa.

Mapa: Risco de casos de Malária no período OND 2020.

Para o período Janeiro, Fevereiro, Março 2021, prevê-se:


Alto risco de casos de malária na Cidade de Maputo,
províncias de Maputo, Tete, Nampula e norte da
província de Zambézia.
Risco moderado de casos de malária na província de
Gaza, no norte das províncias de Manica e Sofala, no sul
da província da Zambézia e Cabo Delgado e na região
central da província de Niassa.

Mapa: Risco de casos de Malária no período JFM 2021

Recomendações
a) Reforçar o controlo vectorial através do uso de redes mosquiteiras e pulverizações Intra
domiciliárias
b) Reforçar o sistema de vigilância para malária
c) Reforço da vigilância entomológica e epidemiológica

15
4.2.2 Impacto nas doenças diarreicas no País
Para o período Outubro-Novembro-Dezembro de 2020, espera-se:

Para o período OND 2020, prevê-se:

" • Alto risco de casos nas províncias de Zambézia,


Nampula, e no sul das províncias de Cabo Delgado
e Niassa.
• Risco moderado na Cidade de Maputo e províncias
de Maputo, Gaza, Inhambane, Sofala, ao norte nas
províncias de Manica, Tete e Niassa e região central
de Cabo Delgado.
OND 2020
Baixo
Médio
Alto

0 1 2 4 6 8
Km

Figura 7.d: Risco de casos de Diarreias no período JFM 2021.

Para o período Janeiro-Fevereiro-Março de 2021, espera-se:

Alto risco de casos de diarreias no norte da província de


Zambézia, toda província de Nampula e no sul das províncias
de Cabo Delgado e Niassa;
Risco moderado de casos de diarreias em quase toda
extensão do país com excepção da região central das
províncias de Gaza, Inhambane, Tete e Cabo Delgado.

Figura 7.d: Risco de casos de Diarreias no período JFM 2021.

Recomendações
Reforçar as intervenções de prevenção relacionadas a água, saneamento e higiene;
Reforçar o sistema de vigilância epidemiológica
Garantir o manejo adequado de casos e promover o maneio ambiental

16
4. ANÁLISE DO RISCO DE DESASTRES

4.1 Principais Riscos ou Ameaças

A previsão climática sazonal para a época chuvosa e ciclónica 2020/2021 indica que, no geral, há uma
tendência para a ocorrência de chuvas normais com tendência para acima do normal em todo o País, o
que poderá causar, em algumas cidades e vilas, a ocorrência de inundações urbanas. Igualmente, a
intensidade das chuvas previstas poderá causar cheias em regime moderado a alto nas bacias Maputo,
Umbeluzi, Incomati, Mutamba, Inhanambe, Save, Buzi, Pungoé, Savane, Zambeze, Namacurra,
Licungo, Raraga, Mecuburi, Megaruma, Montepuez, Messalo e Lugenda. Adicionalmente, poderão
ocorrer vendavais, descargas atmosféricas e ciclones tropicais, dada a localização geográfica do País.
A eclosão de epidemias, doenças de origem hídrica (com predominância para surtos de diarreias,
cólera e malaria), pragas e bolsas de seca e insegurança alimentar e nutricional (sobretudo nas zonas
com características áridas e semiáridas) constituem outros factores a se ter em conta durante toda a
época chuvosa.
Adicionalmente, a progressão de casos da COVID-19 poderá influenciar directa ou indirectamente o
sistema de gestão e redução do risco de desastres.

4.2 Factores de Vulnerabilidade

Constituem factores de vulnerabilidade a riscos ou ameaças de desastres em Moçambique, os


seguintes:

a) Insuficiência de infraestruturas para o controlo e gestão do fluxo de escoamentos de água de


montante, sobretudo provenientes de nove rios internacionais;

b) Existência de zonas áridas e semiáridas com aglomerados populacionais dispersos e limitado


acesso a recursos hídricos;

c) Longa extensão do território nacional localizada na zona de convergência intertropical, com


limitada capacidade de contenção ou resiliência humana e infraestrutural ao impacto das
depressões ou ciclones tropicais;

d) Existência de zonas sísmicas activas com elevados aglomerados populacionais sem


conhecimento do risco a que estão sujeitos;

e) Implantação de infraestruturas públicas, privadas, sociais e assentamento humanos em zonas


de risco ou ameaças (descritas no Artigo 12 da Lei n.º 10/2020, de 24 de Agosto - Lei de Gestão e
Redução do Risco de Desastres) sem observância de padrões técnicos de segurança; e

f) Insuficiente preparação do País e dos seus cidadãos para enfrentarem eficazmente o risco de
desastres na dimensão actual;

g) Fraca capacidade de adaptação das comunidades associado ao rápido crescimento demográfico


e ocupação desordenada de zonas naturais de escoamento e de retenção temporária das águas
das cheias;

h) Ineficiente implementação dos instrumentos de planeamento e ordenamento territorial;

i) Falta de áreas demarcadas e reservadas a inundação em situação de cheias;

17
j) Ineficiente implementação de medidas de redução do risco e aumento da resiliência nas
infraestruturas públicas;

5. FACTORES DE CONTENÇÃO

A necessidade de adopção de medidas de redução de risco de desastres em Moçambique é


contextual e de carácter socioeconómico imperativo devido aos múltiplos e recorrentes
choques que afectam o país, por um lado. Por outro, a integração de medidas de gestão e
redução de risco de desastres nas principais Políticas Públicas como o Programa Quinquenal do
Governo 2015-2019 e o Plano Director para Redução do Risco de Desastres 2017-2030 refletem
os avanços e firmeza do Governo nesta direcção.

De entre as medidas e acções realizadas pelo Governo e parceiros de cooperação que


contribuem para a redução da vulnerabilidade, destacam-se as seguintes:

a) Melhorado o acesso à informação hidro-meteorológica e garantia da emissão de avisos e


alertas mais precisos de eventos extremos, baseados no impacto e em tempo quase real para a
tomada de decisão a vários níveis.

b) Desenvolvido um sistema de previsão de cheias / inundações e modelos de monitoria e


previsão de ciclones e secas hidrológicas com base nos impactos socioeconómicos,
priorizando as bacias hidrográficas propensas as cheias e inundações.

c) Instalação de sensores de alerta nas comunidades mais propensas aos eventos extremos.

d) Operacionalizada a rede de estações do sistema de aviso de cheias, sendo 30 pluviométricas e


33 hidrométricas para a monitoria hidrológica.

e) Operacionalizado um Sistema de Aviso de cheias, baseado nas comunidades, que abarca 30


estações hidro-meteorológicas em 5 bacias hidrográficas (Limpopo, Save, Buzi, Licungo e
Messalo) e que é gerido por 127 Comités Locais de Gestão do Risco de Calamidades,

f) Operacionalização de 100 rádios comunitárias que usam línguas locais para a divugação de
mensagens sobre as medidas preventivas e informações sobre a ocorrência de eventos
extremos;

g) Capacitação contínua das comunidades através da criação e revitalização de Comités Locais de


Gestão de Risco de Calamidades (CLGRC) em locais considerados mais propensos a eventos
extremos;

h) Fortalecidos sistemas de gestão de informação e comunicação, como por exemplo com a


introdução do sistema de comunicação Data Win.

i) Disponibildiade de veículos aéreos não tripulados, drones, usados para avaliação rápida do
impacto do desastre assim como mapeamento de áreas em risco.

j) Realizadas actividades de controlo de foco de infecção de cólera;


18
k) Realizadas campanhas de saúde e nutrição para rastreio de crianças com desnutrição aguda,
suplementação com Vitamina A, desparasitação, vacinação e tratamento das doenças mais
frequentes na infância

6. CENÁRIOS

Em função das previsões climáticas sazonais para a região e a sua interpretação para o contexto
nacional nas componentes de meteorologia, hidrologia, agricultura e saúde, foram desenvolvidos três
cenários de população em risco que são descritos e apresentados abaixo.

6.1 Cenário I
O Cenário I é composto por ameaças localizadas de pequena magnitude e curta duração, mas com
impacto sobre as camadas populacionais mais vulneráveis. Este cenário inclui (i) Ventos Fortes, (ii)
Inundações localizadas nas Vilas e Cidades e (iii) Seca que poderão ocorrer em diferentes regiões do
País. Em algumas situações há possibilidade de ocorrência de descargas atmosféricas. As cidades de
Maputo, Matola, Beira, Quelimane e Pemba poderão registar inundações urbanas. Igualmente, espera-
se ocorrência de estiagem/stress hídrico, sobretudo nas regiões Sul e Centro do País. Pondo em risco o
desenvolvimento das culturas.

Neste contexto, estima-se que 974.234 pessoas possam estar em risco caso ocorram ventos fortes,
inundações e seca (ver tabela 2).

Tabela 2: Províncias e Estimativas da População em Risco no Cenário I

Populacao em Risco
Inundacaoes
Provincia Ventos fortes (Cidades e Vilas) Seca Total do Cenario I
Niassa 6 350 2 900 0 9 250
Cabo Delgado 27 900 4 420 0 32 320
Nampula 18 139 6 655 0 24 794
Zambezia 21 100 45 000 34 000 100 100
Tete 2 982 468 168 695 172 145
Manica 3 916 0 4 906 8 822
Sofala 24 578 54 675 43 272 122 525
Inhambane 4 028 8 750 99 563 112 341
Gaza 18 114 12 845 271 744 302 703
Maputo Prov 15 459 7 366 54 574 77 399
Maputo Cidade 1 174 10 526 135 11 835
Total 143 740 153 605 676 889 974 234
19
6.2 Cenário II
O Cenário II é a combinação das dos riscos ou ameaças do Cenário I (ventos fortes, inundações
localizadas nas Vilas e Cidades e Seca) com a probabilidade de ocorrência cheias nas bacias
hidrográficas e de ciclones. Neste cenário estima-se que 1.684.769 pessoas possam estar em risco, das
quais 365.546 em risco de cheias e 344.989 pessoas em risco de ciclones – (Tabela 3).

As províncias de Gaza e Maputo (Cidade e província) apresentam um risco baixo de serem afectados
por ciclones tropicais devido a sua localização.

A bacias hidrográficas Licungo, na Zambézia, apresenta uma maior probabilidade de ocorrência de


cheias.

Tabela 3: Províncias e Estimativas da População em Risco no Cenário II

Total do
Provincias Cenario I Risco de Cheias
Risco deCiclones Cenario II
Niassa 9 250 6 700 0 15 950
Cabo Delgado 32 320 9 980 22 200 64 500
Nampula 24 794 35 225 128 941 188 960
Zambezia 100 100 113 439 61 725 275 264
Tete 172 145 10 363 0 182 508
Manica 8 822 21 645 2 018 32 485
Sofala 122 525 60 205 57 577 240 307
Inhambane 112 341 17 375 62 633 192 349
Gaza 302 703 82 469 3 400 388 572
Maputo Prov 77 399 8 145 3 200 88 744
Maputo Cidade 11 835 0 3 295 15 130
Total 974234 365546 344989 1684769

6.3 CENÁRIO III


O terceiro cenário (Cenário III) é o resultado da combinação do cenário II acrescido a probabilidade
de ocorrência de sismos. Assim, neste cenário estima-se que 1.890.7690 pessoas possam estar em
risco, das quais cerca de 206.000 em risco de sismos - Ver tabela 4.
A estimativa da população sob risco de sismo foi elaborada com base em dados históricos e registos
de eventos sísmicos em Moçambique.
Tabela 4: Províncias e Populações Vulneráveis as Calamidades do Cenário III
Provincias Cenário II Sismos Total do Cenário III
Niassa 15 950 9800 25 750
Cabo Delgado 64 500 4600 69 100
Nampula 188 960 20100 209 060
Zambezia 275 264 7600 282 864
Tete 182 508 11900 194 408
Manica 32 485 17 300 49 785
Sofala 240 307 23 200 263 507
Inhambane 192 349 15600 207 949
Gaza 388 572 2 700 391 272
Maputo Prov 88 744 16100 104 844
Maputo Cidade 15 130 77 100 92 230
Total 1 684 769 206 000 1 890 769

20
7. PROJECÇÃO DO NÚMERO DE DESLOCADOS INTERNOS DEVIDO AOS
ATAQUES ARMADOS

O actual Plano de Contingência inclui as situações de insegurança social devido as acções


desestabilização que causam deslocamentos internos de populações nas zonas centro e norte do País.
Estas situações poderão, em parte, ter impacto na operacionalização do presente plano de
contingência, sobretudo na componente de assistência humanitária. A tabela abaixo ilustra o quadro
prevalecente de deslocados internos até o dia 30 de Setembro de 2020. Na altura da compilação dos
dados, registava-se uma tendência crescente do número da população afectada, estimando-se em cerca
de 768 mil pessoas nos 6 meses seguintes.

Tabela 5: Deslocados internos devido aos ataques armados


População Deslocada (até
Províncias 30 de Setembro de 2020) Projecção para 6 meses
Niassa 408 1 795
Cabo Delgado 384 284 666 925
Nampula 28 026 45 557
Zambézia 542 3 921
Manica 4000 17 600
Sofala 3760 32 500
Total 421 020 768 298

8. SITUAÇÃO PREVALECENTES DA COVID-19

A situação da COVID-19 que afecta o país desde Março do ano em curso é igualmente tomada em
consideração no actual Plano de Contingência, como um assunto transversal. A COVID-19 terá
igualmente impacto na operacionalização do actual Plano de Contingência, pois a fase de propagação
comunitária requer um redobrar de esforços sectoriais a todos os níveis. A tabela abaixo apresenta a
situação prevalente até 08 de Outubro, embora no contexto do Plano de Contingência tenha sido feita
uma projecção da tendência para 6 meses.

Tabela 6: Casos de COVID-19 registados por Província até o dia 15 de Outubro

Casos Casos Casos


Província Óbitos
Positivos Recuperados Activos
Cabo Delgado 746 690 1+1# 54
Niassa 236 167 72
Nampula 600 561 5 34
Zambézia 748 694 1 54
Tete 384 341 3 41
Manica 116 107 2 7
Sofala 330 232 1 98
Inhambane 264 257 1 6
Gaza 368 345 2 26
Província de Maputo 1 799 1 527 4 458
Cidade de Maputo 4 943 3293 53+3# 1 396
Total 10.537 8214 73 2 246
21
Projecção dos casos para os próximos 6 meses

Para próximos 6 meses foi considerada a média diária de 200 casos. Assim sendo espera-se que até ao
fim do período chuvoso sejam registados pelo menos 36.000 casos de COVID em todo o país.

9. PROVÁVEL IMPACTO NO SECTOR DA EDUCAÇÃO


Caso ocorram os fenómenos previstos no actual Plano de Contingência, o sector da Educação prevê
danos em cerca de 4.234 escolas, situação que pode vir a afectar 1.408.297 de alunos e 34.911
professores. Nessas circunstâncias, para se assegurar a continuidade do ensino serão necessárias
tendas escola, kits do aluno e do professor e quadros portáteis, entre outros materiais essenciais.

Tabela 7: Provável impacto no sector da Educação

Escolas e Salas em Risco População em Risco


Província
Escolas Salas Alunos Professores
Cidade Maputo 6 62 5977 126
Maputo Prov. 120 302 79 976 1 907
Gaza 660 4 365 363 402 7 961
Inhambane 445 2 904 35 579 3 688
Sofala 425 1 441 158 718 2 915
Manica 303 5 250 181 636 3 923
Tete 299 408 131 746 1 393
Zambézia 1 000 1736 175 290 2 750
Nampula 483 2222 205 594 3 140
Cabo-Delgado 114 613 49 938 1 158
Niassa 379 6 567 20 441 5 950
Total 4234 25 870 1 408 297 34 911

10. PROVÁVEL IMPACTO NO SECTOR DA AGRICULTURA E SEGURANÇA


ALIMENTAR
O sector da Agricultura prevê uma época agrícola boa, nas regiões Centro e Norte, durante toda a
época chuvosa. No entanto, as zonas semiáridas continuaram a ser confrontadas com insuficiência de
humidade para o desenvolvimento das culturas. Adicionalmente, a previsão de inundações localizadas
em algumas regiões, poderá igualmente influenciar a produção agrícola.
as ribeirinhas e baixas.

Tabela 8: Cenários esperados e seu impacto


Nr produtores em Sementes (tons)
Fenómeno Área em risco (ha)
risco
Seca 600.000 300.000 2.400
Inundações 250.000 200.000 500
Ciclones 50.000 40.000 250
Total 900.000 540.000 3.150

22
Estima-se que cerca de 900.000 hectares com culturas, sobretudo milho e arroz, possam estar em
risco, afectando 540.000 produtores. O sector da agricultura igualmente prevê que possa ocorrer
algumas doenças e epidemias em animais - febre Aftosa, febre do vale do Rift, Carbúnculos Hemático
e Sintomático, Newcastle, Tripanosomases, Dermatoses, Peste de Pequenos Ruminantes e Raiva.

No que tange a sanidade vegetal, o sector da agricultura preve que possam se registar pragas
migratórias como a lagarta do funil do milho, a Lagarta Invasora, o Pardal do Bico Vermelho e o Rato
de Campo.
O presente Plano de Contingência, estima que 11.408 pessoas possam ser confrontadas com
desnutrição, entre elas 2.304 pessoas em risco de desnutrição aguda e 9.103 crianças em risco de
desnutrição moderada.

11. PROVÁVEL IMPACTO NO SECTOR DE ESTRADAS


O Sector de Estradas prevê que algumas estradas correm o risco de interrupção ou funcionarem com o
trânsito condicionado caso ocorram chuvas intensas e também devido ao nível de precaridade de
algumas vias de acesso, sobretudo nas Províncias afectadas pelos Ciclones Idai e Kenneth. As
províncias de maior em risco são Cabo Delgado, Zambézia, Sofala.
Os danos registados frequentemente nas vias de acesso têm sido: erosão, cortes e ravinas na platafoma
da estrada, escavação e colapso das lajes de pavimento de estruturas, erosão da plataforma e taludes
das estradas, poças de agua nas zonas baixas com solos plasticos, tornando a plataforma escoregadia,
entre outros. Os pontos críticos estão identificados nas figuras abaixo.
a) As estradas de maior risco em Cabo Delgado são: N380 Macomia-Oasse, R766 Macomia-Mucojo,
R762 Muepane-Metuge, R767 Mahate-Quissanga, R762 Metuge- Mahate, R667 Unguia –Meluco,
R760 Mecufi-Muchara, R760 Mecufi –Rio Megaruma-Mazeze, R767 Magude-Ravia, R698
Montepuez-Nairoto, R698 Mueda-Rio Muirite, R698 Montepuez-Namuno, R768 Balama-Mavala;

b) Na província da Zambézia as estradas em risco são: N/C Bive – Maganja da Costa, 644 Maganja –
Nante Cariua, R645 Maganja-Mabala, R643 Namacurra – Macuse, R1118 Namacurra – Forquia,
R654 Ragone - Namarroi R1102 Ragone – Gurue.

c) Na província da Sofala deverá se prestar maior atenção nas seguintes vias de acesso: N1, Rio save
– Muxungue, com maior incidência na bacia do Ripimbe, R520 Inhamichindo – Grudja, R1001
Inhaminga – Casa Banana, R564 Gorongosa – Piro, R1001, Inhaminga – Mazamba – Casa Banana,
CRZ N6-Savane, para alem de áreas consideráveis em risco moderado;

d) Na província da Manica deverá se prestar maior atenção nas seguintes vias de acesso: R260 onde
se aventa uma possível submersão do drift sobre o rio Buzi. R441 Espungabera – Chaiva (Rio
Mossurize) e N/C Cruz R521 (Chaiva) – Garagua, N/C Cruz N260 – Central de Mavuze e a R952
Cruz. R441 – Mabzissanga (drift), R529 Cruz N7 – Nhacolo – Limite com a Provincia de Sofala e
a N/C Cruz R529 (Inhacafula) - Buzua. Alguma atenção devera ser dada a outras secções indicadas
no mapa cujo risco previsto e moderado;.

e) Na província da Tete deverá se prestar maior atenção na seguinte via de acesso: N222 Madamba –
Rio Chire, no desvio provisório junto as obras da ponte sobre o Rio Mucalanga.

23
12. ACÇÕES SECTORIAIS A REALIZAR NAS FASES DE PRONTIDÃO, RESPOSTA E
RECUPERAÇÃO

O quadro de definição de acções sectoriais tem o objectivo de minimizar o impacto de desastres e


compreende três categorias: prontidão, resposta e recuperação.

Prontidão: Capacidade institucional, comunitária e individual para reduzir o risco de


desastres e os seus impactos.

Resposta: Actividades que visam assegurar assistência humanitária e rápida funcionalidade


socioeconómicas imediatamente a seguir ao desastre.

Recuperação: Actividades que concorrem para a reposição e funcionalidade dos serviços


básicos e normalização da vida das pessoas afectadas pelo desastre.

As acções de prontidão, resposta, e recuperação poderão ser realizadas ao longo do ano. Contudo, no
período de Outubro à Dezembro, poderão predominar as acções de prontidão e intervenções de
resposta. Neste sentido, acções como (i) a elaboração do plano anual de contingência, (ii) a
preposição estratégica de bens e suprimentos de emergência, (iii) importação de suprimentos de
emergência adicionais para responder às necessidades prementes, e (iv) a coordenação e monitoria,
constituem algumas das actividades críticas a serem realizadas nestes períodos.
No período de Janeiro à Março, maior incidência poderá ser para as acções de resposta como (i) a
operacionalização dos planos de contingência, (ii) realização das avaliações rápidas das necessidades
para informar o plano de resposta, e (iii) a avaliação das necessidades de reconstrução e recuperação
pós emergência.
O período de Abril à Setembro é reservado para as acções de recuperação e resposta, incluindo, entre
outras, (i) a implementação da estratégia multissectorial de recuperação e reconstrução (Ex:
reassentamento, reconstrução assistência alimentar, projecto de geração de renda); e (ii) monitoria da
implementação das actividades e programas de recuperação. Algumas aquisições de materiais para
pré-posicionamento e que estejam nos parâmetros das normas de funcionamento do Fundo de Gestão
de Calamidades, também poderão ocorrer nesse período.
A implementação das acções de prontidão, resposta e recuperação poderá acontecer a todos os
níveis, desde o central aos órgãos locais, incluindo os municípios, cabendo a cada um desses níveis
garantir a planificação, monitoria, supervisão e assistência técnica e a implementação dos planos de
resposta.

12.1 Mobilização de Recursos para Resposta à Emergência


A Equipa Humanitária Nacional (HCT) participa através de sectores (clusters) de resposta
humanitária em acções de prontidão e resposta a desastres com meios materiais e humanos para
complementar os esforços do Governo. Assim, usando mecanismos acordados com o Governo, a
Equipa Humanitária Nacional pode activar os dispositivos internos e internacionais de mobilização
de recursos com base nos mandatos e instrumentos internacionais existentes. O processo de
coordenação e gestão de resposta a emergência é liderado pelo Governo.
A assistência humanitária atempada, eficaz e apropriada por parte da HCT depende da observância
dos seguintes aspectos:
24
a) Disponibilidade de informação sobre a avaliação da situação (magnitude, complexidade,
urgência da emergência) com base em indicadores credíveis;
b) Apresentação de dados sobre a área afectada, grupos vulneráveis; população afectada e
pessoas necessitadas
c) Disponibilização de informação sobre os recursos preposicionados pelo Governo e défice de
acordo com as necessidades locais e tipo de evento;
d) Activação pelo governo dos níveis de alerta institucional para facilitação da mobilização de
recursos adicionais e operacionalização do plano de contingência;
e) Solicitação de apoio humanitário pelo Governo.

O quadro a baixo apresenta o resumo das actividades a serem implementadas no contexto do presente
Plano de Contingência.

25
Tabela 9: Actividades sectoriais no contexto de resposta e gestão de emergências

Instituições Prontidão Resposta Recuperação


INGC
a) Realizar exercícios de simulação; a) Operacionalizar o plano de a) Implementar actividades
b) Divulgar o plano de contingência; contingência; específicas de recuperação de
c) Revitalizar os CLGRC e voluntários da b) Realizar avaliações rápidas das meios de vida;
CVM; necessidades e reajustar o b) Monitorar a implementação
d) Activar os CLGRC das zonas de alto risco; plano de resposta de acordo a integrada das actividades e
e) Identificar rotas de evacuação e locais magnitude do evento programas de recuperação;
seguros para abrigos temporários; c) Coordenar a provisão de c) Avaliar as actividades de
f) Pré-posicionar de bens, materiais e assistência humanitária resposta humanitária e as lições
equipamentos em locais estratégicos atempada, aprendidas;
g) Preparar uma equipa de resposta d) Preparar os apelos de ajuda d) Elaborar o plano multissectorial
h) Disseminar mensagens de alerta; humanitária e mobilizar de recuperação pós emergência
i) Intensificar as actividades de monitoria; recursos adicionais; com base nos resultados da
j) Lançar concursos para aquisição de bens de e) Coordenar a avaliação rápida ANPD.
emergência e assinatura de contratos; de necessidades pós desastres
k) Sensibilizar as comunidades sobre medidas (ANPD).
de prevenção, mitigação e resposta aos
desastres;

l) Identificar e celebrar acordos com


personalidades e líderes influentes para
difusão de mensagens de alerta;
m) Activar os protocolos de gestão de
informação a todos níveis.
Instituições Prontidão Resposta Recuperação
GABINFO a) Avaliar o grau de funcionamento e a) Disseminar informação sobre o a) Divulgar o plano/estratégia de
operacionalidade dos sistemas e meios de fenómeno em causa; reconstrução/recuperação
comunicação; b) Gerir a disseminação de conjunta Governo e parceiros de
b) Produzir e disseminar informação informação pelos órgãos de cooperação;
26
atempada aos órgãos de comunicação comunicação; b) Avaliar o grau de cumprimento
oficiais; c) Intensificar os apelos às do plano de resposta de
c) Pré-posicionar material e equipamentos de comunidades nas zonas de emergência;
comunicação; risco. c) Mobilizar as comunidades para
d) Divulgar aos órgãos de participar no processo de
comunicação o grau de recuperação e reconstrução;
implementação da acção d) Avaliar e propor medidas para
humanitária do Governo e uma resposta melhorada.
parceiros de cooperação
Instituições Prontidão Resposta Recuperação
MADER a) Elaborar e interpretar o prognóstico da a) Realizar avaliação rápida de a) Monitorar regularmente a
época chuvosa e ciclónica, para agricultura SAN pós choque nas zonas situação da segurança alimentar
e recomendações agrotécnicas; afectadas; e nutricional;
b) Monitorar o comportamento da época b) Promover a assistência técnica b) Realizar feiras de insumos
chuvosa e o seu impacto na produção aos produtores familiares; agrícolas e agropecuárias;
agrária; c) Efectuar o levantamento c) Aproveitar as baixas e terras
c) Monitorar e avaliar regularmente a situação preliminar das áreas agrícolas húmidas para o cultivo de
da segurança alimentar e nutricional; afectadas; culturas de ciclo curto;
d) Monitorar e controlar as principais pragas d) Reajustar os planos de d) Aproveitar a água nas áreas
e doenças das culturas aprovisionamento de insumos; irrigadas através de práticas que
e) Limpar as fontes de água, valas de e) Controlar a qualidade das promovam a preservação da
drenagem, canais e reservatórios; sementes comercializadas e humidade no;
f) Retirar antecipadamente os diversos das variedades libertadas; e) Adoptar e usar tecnologias de
equipamentos, dos locais inundáveis f) Disponibilizar pesticidas para o captação e conservação de água;
g) Pré-posicionar insumos agrícola, controlo das pragas f) Fomentar e multiplicar culturas
medicamentos, drogas carracicidas, migratórias; tolerantes a seca;
desinfetantes e suplementos para as zonas g) Deslocar as manadas de gado g) Reabilitar as infraestruturas
de difícil acesso; das zonas de risco de pecuárias e pontos de
h) Identificar zonas seguras para o refúgio do ocorrência de inundação e das abeberamento afectados;
gado; zonas inundadas; h) Intensificar a vigilância
i) Promover a conservação de forragens para epidemiológica e a Inspecção
época seca e a produção de suplementos dos efectivos pecuários
para os animais; i) Promover e intensificar a
j) Reabilitar corredores de tratamento, realização de banhos

27
chuveiros e pontos de abeberamento; carracicidas, desparasitações e o
k) Monitorar permanentemente a situação tratamento de animais nas zonas
sanitária com enfoque para a Febre Aftosa, afectadas;
Febre do Vale do Rift e doença de Língua j) Disponibilizar os medicamentos,
Azul; drogas carracicidas,
desinfetantes e suplementos para
as zonas de difícil acesso.
Instituições Prontidão Resposta Recuperação
MTC/INAM a) Interpretar e divulgar a previsão climática a) Intensificar a monitoria dos Avaliar o comportamento dos
sazonal e implicações para os diversos fenómenos meteorológicos; fenómenos meteorológicos e seus
pontos do país; b) Divulgar os avisos e alertas impactos na planificação e execução
b) Monitorar permanentemente os fenómenos com indicação da magnitude dos planos/estratégias de
meteorológicos; do fenómeno e zonas de risco; recuperação pós-emergências.
c) Reforçar a capacidade de observação nas c) Produzir informações de
estações meteorológicas; acompanhamento da evolução
d) Repor os meios necessários para a dos fenómenos.
comunicação e transmissão da informação.
MITA a) Identificar as áreas para reassentamento em a) Organizar os Centro de a) Assegurar que o processo de
zonas seguras; acomodação /reassentamento; expansão dos bairros de
b) Mapear os centros de acomodação; b) Demarcar e atribuir talhões reassentamento seja de forma
c) Sensibilizar as populações para se retirarem para reassentamento; ordenada com uso do Manual de
das zonas de risco de desastres. c) Construir abrigos temporários Técnicas Básicas de
em centros de acomodação e Planeamento Físico;
d) Mapear parceiros com capacidade de
reassentamento. b) Incorporar os bairros de
resposta e preenchimento das lacunas
reassentamento no cadastro
identificadas na implementação dos planos;
nacional de terras;
e) Participar no mapeamento e colocação de
c) Realizar o levantamento
placas de proibição nas áreas susceptíveis a
socioambiental das áreas
desastres naturais.
afectadas pela seca e cheias;
a) Elaborar o plano de pormenor
dos bairros de reassentamento;
b) Monitorar e implementar os
Planos nos bairros de
reassentamento.

28
c) Atribuir DUAT em áreas
demarcadas para
reassentamento;
d) Discutir com as populações as
alternativas disponíveis para o
reassentamento
Instituições Prontidão Resposta Recuperação

MIC a) Avaliar a disponibilidade de alimentos, a) Comprar produtos alimentares a) Apoiar nos processos de
recursos e outros bens essenciais; em locais alternativos e aquisição/compras de produtos;
b) Mobilizar e estabelecer contactos com seguros; b) Emitir pareceres para a entrada
potenciais fornecedores de bens de b) Emitir pareceres sobre a de produtos doados para a
consumo durante e depois da ocorrência da entrada de produtos para a emergência;
emergência; emergência; c) Repor a rede comercial
c) Identificar, definir e mapear os fluxos de c) Participar na triagem de danificada nas zonas afectadas;
bens de consumo, das zonas excedentárias produtos doados antes de d) Participar e estimular acções de
ou com disponibilidade para as zonas serem distribuídos transformação e enriquecimento
afectadas. d) Monitorar preços de venda de de produtos alimentares;
d) Promover campanhas de sensibilização a produtos com maior incidência e) Prevenir a comercialização de
operadores económicos a fim de garantir a nos locais de carência no produtos deteriorados e
reserva alimentar das populações; período de estiagem; destinados a assistência
e) Promover actividades de geração de renda e) Realizar feiras de produtos de humanitária;
com forma de reduzir o impacto dos primeira necessidade e f) Monitorar preços de venda de
desastres e combate à fome. agrícolas no período de seca; produtos com maior incidência
f) Monitorar os mercados nos locais de carência no período
internos e a variação dos de estiagem;
preços; g) Avaliar os resultados sobre o
g) Prevenir a distribuição e processo de abastecimento de
comercialização de produtos produtos;
deteriorados ou destinados a h) Mobilizar agentes económicos
assistência humanitária. para a reposição dos stocks.
h) Fazer levantamento de
infraestruturas comerciais e i.
industriais danificadas.

29
Instituições Prontidão Resposta Recuperação
MIMAIP a) Identificar locais para atracagem das a) Avaliar e monitorar
embarcações de pesca; a) Repor tanques piscícolas, regularmente a implementação
b) Identificar possíveis fontes de embarcações, artes de pesca, do plano/estratégias de (re)
financiamento para as actividades do infraestruturas de apoio a construção e recuperação;
sector, priorizadas no quadro das acções de pesca eventualmente b) Assegurar que todos os
prontidão, resposta e recuperação; danificados; pescadores e piscicultores têm
c) Identificar proletários locais de b) Prestar assistência técnica aos acesso a meios para continuar
embarcações que possam reforçar o piscicultores na reabilitação e suas actividades tenham sido
processo de busca e salvamento bem como construção de tanques nos afectadas pelas intempéries.
o transporte de bens alimentares. locais seguros
MGCAS a) Disseminar as mensagens em linguagem a) Realizar acções de a) Sensibilizar as comunidades
adequadas para cada tipo de deficiência; monitoria do impacto dos para a evitar a ocorrência de
b) Assegurar presença nos processos de desastres sobre os grupos violência baseada no género, nos
denúncia de desrespeitos aos seus direitos vulneráveis; bairros de acomodação e/ou
das mulheres e outros grupos de risco; b) Conduzir a avaliação rápida bairros de reassentamento;
c) Mobilizar fundos junto aos parceiros de sectorial e complementar b) Realizar visitas de monitoria
cooperação do sector de Proteção para com dados secundários as áreas afectadas para garantir
aquisição diversos materiais para resposta desagregados por sexo e que todos os grupos vulneráveis
d) Realizar acções de influência, advocacia e idade e priorizar os grupos identificados tenham acesso aos
articulação, para maior envolvimento dos populacionais mais serviços sociais protecção e
parceiros no resgate, assistência e vulneráveis; saúde;
protecção social às populações vulneráveis. c) Activar planos de protecção c) Divulgar informações sobre os
e assistência, aos grupos serviços e locais de atendimento
vulneráveis; às crianças e mulheres vítimas
d) Activar mecanismos de de violência e abuso;
prevenção e resposta contra a d) Identificar beneficiários
violência e abuso, e divulgar elegíveis para os programas
informações sobre os serviços de Protecção Social
de atendimento às adolescentes
e mulheres vítimas de
violência;
e) Apoiar actividades recreativas
para adolescentes e criação
30
provisão de serviços amigos do
adolescente e jovens;
f) Monitorar a assistência
humanitária e protecção a
adolescentes, jovens e
mulheres grávidas;
g) Garantir a iluminação em
locais críticos como sanitários;
h) Assegurar a presença de
pessoal feminino treinado e
sensível ao género no local;
i) Aumentar a oferta de serviços
de protecção e referência
favoráveis às mulheres;
j) Garantir assistência psico-
social às pessoas afectadas
pelos Desastres.

Instituições Prontidão Resposta Recuperação


MISAU a) Alocar mais pessoal e meios de a) Manter a vigilância de rotina pós
a) Melhorar a capacidade de detecção diagnóstico de laboratório na epidemia;
precoce das doenças com potencial detecção das principais b) Recolher e conservar o material
epidémico, através da intensificação da doenças epidémicas usado para o atendimento
vigilância epidemiológica. b) Identificar espaços para hospitalar;
b) Identificar e treinar activistas, bem montagem de tendas c) Manter e garantir o
como outro pessoal técnico de saúde hospitalares para atendimento funcionamento normal das
para a prestação de cuidados médicos dos doentes, bem como Unidades Sanitárias;
básicos as populações em situação de armazenamento de material d) Assegurar aderência ao
emergência. médico-cirúrgico e outros. tratamento de HIV;
c) Pré-posicionar materiais de emergência c) Garantir colocação de e) Assegurar que as populações
d) Formar membros de associações medicamentos e material afectadas sejam beneficiados de
juvenis em matéria de saúde sexual médico-cirúrgico e outros. insumos de prevenção;
reprodutiva e HIV. d) Garantir serviços de saúde f) Assegurar que as mulheres

31
e) Divulgar mensagens-chave de sexual e reprodutiva amigos do grávidas e lactantes tenham
Informação, Educação e Comunicação adolescente e jovens (SAAJ) acesso aos serviços de saúde;
(IEC) sobre a prevenção de durante a implementação. g) Manter stocks de produtos
enfermidades relacionadas com a época e) Garantir serviços básicos de terapêuticos, suplementos
chuvosa; HIV e SIDA e outras ITS alimentares e nutricionais
f) Assegurar stocks suficientes de durante a implementação no (ATPU, ASPU, F75, F100) para
produtos terapêuticos (F-75, F-100, que concerne à Prevenção da o tratamento da desnutrição.
ATPU, BP-50 e ReSoMal) e Transmissão Vertical, Rastreio h) Assegurar a suplementação com
suplementos alimentares (BP-50, CSB de ITS, cuidados e tratamento; vitamina A para todas as
Plus) e nutricionais (Ferro, Acido f) Fornecer materiais (produtos crianças de 6-59 meses que não
Folico, Vitamina A, Mebendazol) e terapêuticos, suplementos receberam nos 6 meses
medicamentos de rotina. alimentares e nutricionais – anteriores, Desparasitação com
g) Promover e divulgar produtos ATPU, ASPU, F75 e F100 – e mebendazol para todas as
localmente disponíveis e acessíveis medicamentos) e a crianças de 12-59 meses e
com elevado valor nutricional desparasitação com mulheres grávidas;
h) Assegurar a identificação de pessoas mebendazol; i) Suplementar com ferro/ ácido
vivendo com doenças crónicas (HIV, g) Realizar actividades de fólico para as mulheres grávidas,
Tensão, Diabetes) nas zonas de risco e divulgação dos produtos até 3 meses após o parto e
manter confidencialidade em relação as localmente disponíveis com raparigas adolescentes 10-19
doenças crónicas. elevado valor nutricional anos
h) Garantir/monitorar a j) Realizar a triagem nutricional a
continuidade do tratamento de todas as crianças menores de 5
pessoas com doenças crónicas anos, adolescentes até 15 anos e
(HIV, Tensão, Diabetes), mulheres grávidas e lactentes
assim como as suas profilaxias k) Continuar com as actividades de
i) Distribuir preservativos e fazer promoção, protecção a
campanhas de sensibilização alimentação infantil.
para prevenção do HIV e l) Distribuir material educativo
Violência Baseada no Gênero sobre alimentação infantil e
aleitamento materno a população
afectada.
m) Formar grupos de mães e
parceiros sobre práticas de
alimentação infantil nas zonas

32
afectadas
n) Promover e divulgar produtos
localmente disponíveis com
elevado valor nutricional.
o) Garantir a referência para as
Unidades Sanitárias para a
continuidade de cuidados em
relação ao HIV e SIDA
Instituições Prontidão Resposta Recuperação
MINEDH a) Reciclar de técnicos, gestores escolares, a) Realizar encontros de a) Avaliar as necessidades de
professores e Comité Escolar de Gestão do coordenação com os parceiros reconstrução e recuperação pós
Risco de Desastres (CEGRD) para o de emergência no sector; emergência;
retorno seguro a escola; b) Implementar medidas para b) Monitorar o grau de desempenho
b) Reciclar técnicos, professores e CEGRD reduzir os riscos de violência dos CEGRD;
nos distritos de alto risco de ocorrência de baseada no gênero através de c) Elaborar e implementar o plano
desastres naturais em matéria de Apoio uma rede da de reconstrução e recuperação;
Psicossocial e GRD; comunicação/Linha Verde; d) Monitorar o grau de
c) Reciclar técnicos, professores em matéria c) Efectuar o levantamento do implementação do plano de
do Plano de Emergência Básico Escolar impacto dos desastres no reconstrução e recuperação,
(PEBE); sector da Educação; incluindo a reposição das aulas.
d) Implementar o Plano de Emergência d) Prover material escolar às e) Fortalecer a prontidão escolar
Básico nas escolas com maior risco de escolas mais afectadas; através da implementação e
desastres; e) Fornecer alimentação escolar expansão do plano de
e) Reciclar técnicos, professores sobre os de emergência; emergência básico de escola
princípios de Protecção contra Exploração f) Criar condições para o (PEBE);
e Abuso Sexual (PEAS) nas emergências; funcionamento normal de aulas f) Mobilizar fundos para realização
f) Pré-posicionar material escolar para nos centros de acomodação de actividades na fase de
emergências; temporária e Bairros de recuperação;
g) Realizar formações sobre PEBE Reassentamento; g) Realizar Formações sobre PEBE
h) Pré-posicionar materiais básicos para g) Elaborar e implementar plano h) Mobilizar fundos para realizar as
apetrechamento das salas de aula (por de resposta. actividades do sector pós
exemplo, cadeiras, quadros pretos, giz, h) Monitorar o processo de ensino desastres.
lonas); e aprendizagem nos centros de

33
i) Pré-posicionar livros de aluno (sobre tudo acomodação e bairros de
para as primeiras três classes de ensino reassentamento.
primário);
j) Pré-posicionar ingredientes nos armazéns
seguros para um lanche escolar para as
escolas afectadas e informar os técnicos
sobre o Programa da Alimentação Escolar;
k) Fortalecer a observância de padrões de
construção resiliente;
l) Divulgar a previsão climática sazonal nas
Direcções provinciais e serviços distritais
de educação.
Instituições Prontidão Resposta Recuperação

34
MOPHRH/H a) Verificar os meios de comunicação a) Comunicar permanentemente a) Preparar e disseminar o relatório
ABITAÇÃO nomeadamente: Telefones e Rádios; com entidades gestoras dos da avaliação da época chuvosa
b) Fazer manutenção dos meios circulantes recursos hídricos e de 2019/20;
(Viaturas); barragens nos países de b) Inspecionar e reabilitar a rede
c) Realizar encontros com outras entidades montante, particularmente hidro-climatológica pós-cheias.
gestoras dos recursos hídricos e de entre ARA-Centro e ZINWA c) Recalibrar os modelos
barragens nos países de montante, do Zimbabwe, ARA-Zambeze hidrológicos
particularmente entre ARA-Centro e Zinwa e as congéneres do Zimbabwe d) Recuperar/reabilitar
do Zimbabwe, ARA-Zambeze e as e Zâmbia; infraestruturas hidráulicas
congéneres do Zimbabwe e Zâmbia (ARA b) Intensificar o monitoramento (diques, barragens, açudes,
Sul, DRI/DNGRH?). sistemático dos níveis de reservatórios escavados);
d) Inspecionar e manter a rede hidrológica do água/caudais bem como a e) Repor a rede de estações hidro-
sistema de aviso de cheias (SAC); previsão dos mesmos usando meteorológicas;
e) Realizar campanhas de medição de caudal; modelos já existentes (garantir f) Implementar o plano de
f) Gerir as albufeiras tendo em conta os informação em tempo útil); recuperação e reconstrução pós
cenários dos caudais afluentes e a situação c) Emitir e disseminar emergência;
a jusante de cada bacia hidrográfica. diariamente Boletins g) Fazer levantamento da
Hidrológicos ao nível Regional disponibilidade de recursos
(ARAs) e Nacional (DNGRH) hídrico nas zonas afectadas pela
Emitir comunicados de seca/estiagem, com vista a
imprensa; identificar fontes alternativas
d) Continuar a realização de para o abastecimento de água.
campanhas de medição de
caudal.

Instituições Prontidão Resposta Recuperação

35
MOPHRH/D a) Actualizar/identificar as capacidades a) Realização de levantamento a) Realizar o levantamento da
NAAS existentes no sector e mapeamento dos rápido da situação e situação e necessidades em água,
parceiros Emergência WASH; necessidades em água, saneamento e higiene;
b) Realizar encontros com todos parceiros saneamento e higiene; b) Avaliar os danos sobre as
chave do sector para b) Fornecimento de água segura infraestruturas das fontes de
coordenação/preparação de resposta a (respeitando padrões mínimos) abastecimento de água e
emergência; e de infraestruturas de saneamento e necessidades de
c) Reforçar das capacidades das províncias e saneamento; reconstrução e recuperação pós
distritos na planificação, monitoria e c) Prover equipamentos e emergência;
resposta atempada de emergência; materiais para: (a) tratamento, c) Apoio a reabilitação e construção
d) Inventariar, reparação/manutenção e Pré- conservação, distribuição de de latrinas familiares, fontes de
posicionar equipamentos & materiais de água (b) deposição de excretas água com activo envolvimento
emergência disponíveis no País; humanas e resíduos sólidos (c) das famílias/comunidades
e) Pré-posicionar equipamentos e materiais promoção das boas práticas de d) Prover condições de saneamento
para tratamento, conservação, transporte e higiene; de água e continuidade da
distribuição de água; d) Disseminar, em coordenação operacionalidade dos serviços de
f) Pré-posicionar tanques móveis de com outros sectores, as água e saneamento
abastecimento de água nos centros de mensagens chaves sobre e) Contínuo apoio na
acomodação, casas de acolhimento e prevenção de doenças implementação das actividades
bairros de reassentamento; diarreicas, incluindo, cólera, de promoção de higiene;
g) Disseminar, mensagens de boas práticas de informação sobre a boa f) Restabelecer o abastecimento de
higiene, saneamento e utilização racional conservação da água em casa, água após a emergência.
da água; instruções técnicas de
h) Mobilização de Recursos junto dos construção de latrinas;
parceiros de cooperação de modo a fazer e) Fornecimento de materiais e
face à demanda de abrigos. apoio técnico, para construção
de latrinas
f) Abastecer de água nas zonas
onde as fontes estejam
submersas.
Instituições Prontidão Resposta Recuperação

36
MOPHRH/ a) Prestar apoio técnico e metodológico para a a) Participar sempre que necessário a) Participar na supervisão e prestar
HABITAÇÃO execução das principais actividades; na coordenação, registo e controlo assistência técnica na
E b) Identificação e inventariação de locais do número das famílias afectadas reconstrução/construção de
URBANISM seguros para acomodação provisória; nos centros de acomodação casas;
O c) Identificação de rotas de evacuação rápida; provisória (CA); b) Prestar assistência técnica na
d) Avaliar o nível de capacidade de acomodar b) Participação na coordenação das produção de materiais de
novas famílias nos Bairros de acções de acomodação das construção com base nos
Reassentamento (BRs) ja existentes. famílias/pessoas deslocadas em recursos locais;
e) Aquisição de equipamentos para a abrigos temporários; c) Monitoria da prestação de
produção de materiais de construção de c) Participar sempre que necessário assistência técnica ao processo
baixo custo e resistentes a calamidades, na construção de abrigos de reconstrução e ou construção
provisórios (tendas) em áreas de casas tecnicamente
seguras melhoradas para a habitação;
d) Coordenar a transferência das d) Divulgar técnicas de construção
populações afectadas dos CA para de habitação resiliente,
os seus locais de residência ou para utilizando materiais locais.
os BRs (existentes/novos
e) Participar na inventariação
preliminar dos danos em habitação;
Coordenação e participação dos
líderes comunitários em acções de
transferência rápida das vítimas dos
abrigos provisórios para talhões já
demarcados.
MOPHRH/A e) Informar ao CTGC do ponto de a) Repor a rede afectada;
NE/ESTRAD a) Celebrar contratos de manutenção de rotina situação sobre b) Mobilizar Pontes metálicas e
AS bianuais e trianuais de reparação e transitabilidade das estradas. peças pré-fabricadas a partir dos
manutenção de estradas; f) Identificar vias alternativas nas respectivos armazéns regionais
b) Activar todas instruções relacionadas com situações em que ocorra (Boane, Dondo e Nacala) para a
a limpeza dos órgãos de drenagem em interrupção duma estrada construção de passagens
todos contratos de manutenção; devido ao corte e/ou destruição hidráulicas, em caso de corte de
c) Manutenção das estradas vitais da Rede dos órgãos de drenagem alguma estrada.
Nacional, com maior atenção para aquelas provocado pelas chuvas. c) Avaliar os danos registados
que ciclicamente sofrem danos durante a g) Limitar a velocidade para a durante a emergência (elaborar

37
época chuvosa. circulação de veículos (< os projectos resilientes e
d) Assegurar a presença de empreiteiros de 40Km/hora) durante o período orçamentar);
manutenção nas principais estradas da chuvoso ao longo das estradas d) Fazer reconstrução pós
rede rodoviária durante o período chuvoso; não revestidas e na travessia de emergência (realização de obras
e) Mobilizar fundos para responder as estruturas hidráulicas e/ou definitivas);
actividades de emergência; obras de arte, de modo a evitar e) Monitorar o processo de
f) Controlar a carga admissível, através da escorregamentos, despistes, reconstrução;
observância dos dispositivos legais, em capotamentos, danificação das
coordenação com a Polícia de Trânsito. estruturas.
g) Promover educação cívica aos h) Monitorar a situação, através
transportadores de carga, no sentido de das comissões de emergência,
aceitarem a interdição da circulação dos que envolvem os Governos
camiões durante o período chuvoso na rede Distritais, os líderes
de estradas não revestida. comunitários, as comunidades
h) Identificar atempadamente empreiteiros residentes ao longo das vias, a
com capacidade de mobilização imediata Polícia de Trânsito, a equipe
(equipamento, pessoal, etc.), de modo a de Fiscalização e Técnicos da
responder às solicitações de emergências. ANE.
i) Reestruturar estaleiros de Pontes Metálicas i) Monitorar diariamente as
em Boane, Dondo e Nacala, garantindo-se condições de transitabilidade
que em cada região existam pelo menos na rede de Estradas das
2.000 metros de Pontes – processo já Províncias, contando para a
iniciado. materialização desta acção
j) Criar Acampamentos de Estradas para com a colaboração dos
servirem de Brigadas de Manutenção de Governos Distritais, através
Estradas e Reparação de Obras de dos Serviços Distritais de
Emergência com mínimas condições- Em Planeamento e Infraestruturas;
curso. j) Mobilizar rapidamente
k) Reforçar as infraestruturas existentes nas empreiteiros para reparações
zonas de risco, com a construção, de emergência (Reparação de
reabilitação ou reforço dos órgãos de estruturas de drenagem e
drenagem, para que sejam mais resilientes. algumas actividade de
l) Melhorar o planeamento do uso da terra, manutenção periódica ou de
aquando da implantação das infraestruturas melhoramento localizados

38
rodoviárias. como abertura de valetas,
m) Melhorar a especificação técnica para a abaulamentos, reparações de
construção, reabilitação e/ou manutenção plataformas, ensaibramento,
de estradas sem, contudo, comprometer os remoção de objectos estranhos
custos envolvidos. nas estradas, etc.) com vista a
garantir a reposição da
transitabilidade cómoda e
segura de estradas
k) Receber informações de danos
que superem a capacidade de
intervenção ao nível da
Província. Reforço de
sinalização de emergência de
modo a evitar acidentes e
outros transtornos que possam
ser ocasionados pela situação
de emergência;
MIREME/E a) Estabelecimento de equipas de avanço nos Monitorar permanentemente o a) Recuperar e repor rapidamente
NERGIA locais previamente definidos como zonas comportamento da rede todo sistema eléctrico.
de potenciais riscos e em prontidão para eléctrica, com incidência nas b) Monitorar os trabalhos de
qualquer intervenção de emergência, em zonas de travessia de rios. recuperação de todas
função da divulgação da previsão climática infraestruturas do sector de
para época 2020/21; energia;

b) Disponibilizar grupos geradores de


emergência e combustível em todas
cidades capitais para garantir serviços
mínimos;
c) Reforçar a logística de transporte,
combustível e materiais sobressalentes em
todas as áreas operacionais;
d) Fazer monitoria permanente do
comportamento da rede eléctrica, com
incidência nas zonas de travessia de rios.

39
com particular destaque para o Save e
Messalo;

e) Assegurar stocks mínimos de materiais


para intervenção de emergência, sobre tudo
nas zonas recônditas cujo acessos é
facilmente afectado pelas intempéries.
Instituições Prontidão Resposta Recuperação
MIREME/IN a) Operacionalizar a Rede Nacional de a) Preparar informação, a) Recomendar medidas de
AMI Estações Sismográficas (RNES), as comunicados de imprensa, em prevenção e mitigação dos
plataformas de monitória de eventos tempo útil sobre a ocorrência impactos dos desastres
sísmicos e as plataformas de análise de de evento sísmico com geológicos;
dados sísmicos; epicentro em Moçambique b) Preparar recomendações sobre as
b) Monitorar todos os eventos sísmicos com (parte continental e oceânica) medidas de prevenção e
epicentro em Moçambique e nos países ou nos países vizinhos, mas mitigação dos impactos dos
vizinhos; que se tenha sentido no desastres geológicos; e
c) Fazer campanhas de educação cívica sobre território nacional;
cuidados a ter durante “antes, durante e b) Fazer estudos sobre a c) Monitorar e avaliar os impactos
após” a ocorrência de sismos e tsunamis intensidade sísmica e compilar das campanhas de educação nas
nas províncias de Inhambane, Zambézia e mapas de intensidade sísmica províncias de Inhambane,
Manica; e local, Zambézia e Manica
d) Coordenar com o INAM, CENOE e c) Avaliar o grau de erosão,
INAHINA a funcionalidade do sistema de aluimento, colapso,
aviso prévio de tsunami. subsidência de solos nas
regiões afectadas pelo desastre
geológico;
d) Monitorar as réplicas dos
eventos em estudo;
e) Inventariar os danos
geológicos visíveis nas regiões
afectadas pelos desastres
geológicos;
f) Fazer estudos
paleosismológicos nas regiões

40
de falhas activas; e
g) Fazer manutenção curativa dos
instrumentos instalados nas
estações sismográficas.

41
13. BENS E DISPONÍVEIS E NECESSÁRIOS

13.1 Operações de Busca e Salvamento


As operações de busca e salvamento serão realizadas e coordenadas pela Unidade Nacional de Protecção
Civil (UNAPROC)5 para salvaguardar a vida das populações e segurança das infraestruturas afectadas.
A UNAPROC a nível central e nas Delegações provinciais tem disponíveis 91 barcos para as operações
de busca, salvamento -Ver tabela 10
Tabela 10: Meios existentes para operações de busca e salvamento

Localização Barcos Motores Pontes Coletes


de barco Moveis Salva vidas
Gaza 14 14 302
Inhambane 02 02 20
Tete 7 13 20
DRN 12 13 40
DRC 23 34 70
INGC Central 13 15 8 90
Total 91 81 8 542

As operações de busca e salvamento poderão ser garantidas por pelo menos 875 agentes da Unidade
Nacional de Proteção Civil, sendo de destacar militares, Polícia de protecção Civil, técnicos do INGC
entre outros. Em relação aos materiais de comunicação disponíveis estão contabilizados megafones,
telefones satélites, rádios fixos para além dos telefones móveis pessoais.

Tabela 11: Efetivos disponíveis para a emergência 2020/2021

INSTITUIÇÕES
A.
PROVÍNCIA SER. C. Unidades
PRM SENSAP INGC MARITIM CVM Total
MOÇ Militares
A
Maputo 10 15 30 6 60 145 266
Gaza 15 15 12 10 4 56
Inhambane 5 7 5 2 19
Sofala 15 15 10 15 4 20 79
Tete 15 15 5 3 60 10 108
Zambézia 15 15 10 4 30 74
Nampula 30 10 15 2 20 30 107
C. Delgado 15 10 6 6 60 15 112
Niassa 15 10 4 5 20 54
Total 135 112 97 27 54 180 270 875

5 A UNAPROC integra quadros do INGC, Ministério da Defesa Nacional, Ministério do Interior e Cruz Vermelha de Moçambique.

51
13.2 ASSISTÊNCIA ALIMENTAR
As necessidades para assistência alimentar descritas no presente plano consideram dois contextos:
a) Resposta da actual situação de insegurança alimentar devido a seca;
b) Risco de cheias e ciclones na presente época chuvosa.

13.2.1 Resposta da actual situação de insegurança alimentar segundo avaliação de


InSAN

No Cálculo da estimativa de pessoas em Insegurança Alimentar para os próximos 6 meses


foi considerada uma cifra de 50% do total de pessoas em risco da seca, considerando que
uma análise paralela é feita a seguir para os outros perigos. Assim estima-se que cerca de
338 mil pessoas necessitem de assistência num período de 6 meses Ver Tabela 12.

Tabela 12: Estimativa de necessidade em Bens alimentares para situações de Insegurança


Alimentar (em toneladas)

Estimativa Quantidades Necessárias pra 6 Mês


de Pessoas
Província em InSAN Cereais Feijão Óleo Açúcar Sal Total
Zambézia 17 000 1 020 122 2 20 20 1 185
Tete 84 348 5 061 607 10.1 101 101 5 881
Manica 2 453 147 18 0.3 3 3 171
Sofala 21 636 1 298 156 2.6 26 26 1 508
Inhambane 49 782 2 987 358 6 60 60 3 471
Gaza 135 872 8 152 978 16.3 163 163 9 473
Maputo Proví. 27 287 1 637 196 3.3 33 33 1 902
Maputo Cidade 135 8 1 0 0 0 9
Total 338 512 20 311 2 437 41 406 406 23 601

13.3 Resposta à eventuais situações que possam ocorrer face ao Cenário II do PC


O Cenário II, escolhido como o mais provável na presente época chuvosa, estima em cerca
de 1 685 pessoas em risco. O cálculo para população necessitada em caso de ocorrência de
ventos fortes, inundações nas cidades e vilas, cheias e ciclones considerou as seguintes
variáveis a previsão climática que indica a possibilidade de ocorrência de chuvas normais
com tendência para a cima do normal bem como o nível de vulnerabilidade da população.

Assim, foi considerada uma percentagem de 30% do total de pessoas em risco no cenário II,
o número da população em risco de seca analisado anteriormente, correspondente a 505.431
pessoas necessitadas. Para satisfazer as necessidades estima-se em 12 mil toneladas de
produtos alimentares necessários para cobrir um período de 3 meses. Ver tabela 13

52
Tabela 13: Bens alimentares necessários e disponíveis para assistência alimentar

Pessoas Quantidades Necessarias 3 meses


Provincias
Necessitadas Cereais Feijao Oleo Sal Acucar Total
Niassa 4 785 144 4 0.13 0.004 0.0001 148
Cabo Delgado 19 350 581 17 0.52 0.016 0.0005 598
Nampula 56 688 1 701 51 1.53 0.046 0.0014 1 753
Zambezia 82 579 2 477 74 2.23 0.067 0.0020 2 554
Tete 54 752 1 643 49 1.48 0.044 0.0013 1 693
Manica 9 746 292 9 0.26 0.008 0.0002 301
Sofala 72 092 2 163 65 1.95 0.058 0.0018 2 230
Inhambane 57 705 1 731 52 1.56 0.047 0.0014 1 785
Gaza 116 572 3 497 105 3.15 0.094 0.0028 3 605
Maputo Prov 26 623 799 24 0.72 0.022 0.0006 823
Maputo Cidade 4 539 136 4 0.12 0.004 0.0001 140
Total 505 431 15 163 455 14 0.41 0.01 15 632

Tabela 14: Assistência alimentar aos deslocados

Pessoas Quantidades Necessárias para 6 Meses (Toneladas)


Províncias
Deslocadas
Cereais Feijão Óleo Sal Total
Niassa 1 795 108 13 11 2 134
Cabo Delgado 666 925 40 016 4 802 4 002 800 49 619
Nampula 45 557 2 733 328 273 55 3 389
Zambezia 3 921 235 28 24 5 292
Manica 17 600 1 056 127 106 21 1 309
Sofala 32 500 1 950 234 195 39 2 418

Total 768 298 46 098 5 532 4 610 922 57 161

13.4 Abrigo
O abrigo é um determinante relevante para a sobrevivência de pessoas afectadas no estágio
inicial de uma emergência. O abrigo é necessário para providenciar segurança, protecção
pessoal contra os eventos climáticos e promover resistência às possíveis doenças.
Os principais materiais usados no sector do abrigo são as tendas, lonas e kit de ferramentas
para instalação das tendas/lonas. Outro recurso para o abrigo temporário são as salas de
aulas localizadas em zonas seguras e que devem ser identificadas com antecedência como
lugares de abrigos seguros. Contudo, a coordenação com o sector de educação é de extrema
importância para evitar a paralisação das aulas.

53
Segundo a tabela abaixo, o stock de lonas e tendas disponíveis pode cobrir 74 mil pessoas.
A componente de abrigo regista um défice de 865 tendas familiares, 5.308 kits de abrigo,
entre outros – Ver tabela 15.

Tabela 15: Bens necessários e existentes para abrigo temporário

Bens Disponiveis Aquisicoes


Quant. Bens em Curso e
Item Necessarios Gov Parc Total no Pais Pipe Line Defice

Tendas Comunitarias 462 407 0 407 55

Tendas Multi Uso 114 59 0 59 55

Tendas Familiares 13 000 8 016 119 8 135 4 000 (865)

Kits de Abrigo 30 000 28 359 2 949 31 308 4 000 (5 308)

Kits de Ferramenta 35.000 2 831 3 481 6 312 4 500 (24 188)

Lonas Familiares 4x6m 110.000 707 30 352 31 059 50 000 (28 941)

Lonas Familiares 7x12m 6.459 6 459 0 6 459

Lonas Comunitárias 12x50 m 1 147 242 0 242 (905)

Rolos Plastico 1x50 m 11 000 3 820 1 972 5 792 4 000 (1 208)

Em termos de locais para servirem de centros de acomodação para abrigo temporário no


caso de emergência, destaca se a existência de 5.684 salas de aula, e 1.222 casas de culto
(ver tabela 16). A maioria das salas de aula encontra-se nas províncias de Nampula, Gaza,
Manica Sofala e Inhambane.

Tabela 16: Salas de Aula e outros locais disponíveis para abrigo temporário

Abrigos Temporários
Escolas Casas de Culto Armazéns
Campos
Casas de
Sala de Latrinas Latrinas Latrinas Espaços
de Armazéns Futebol
Aula Existent. Existent. Existent. P/ CA
Local Culto
Nampula 1513 165 233 0 0 0 0 0
Zambézia 415 0 221 0 34 0 55 0
Tete 429 229 183 91 33 16 0 0
Manica 787 856 122 0 11 0 0 0
Sofala 814 197 66 0 8 0 0 214
Inhambane 762 265 147 211 23 11 0 0
Gaza 964 884 250 255 39 30 0 0
Total 5 684 2 596 1 222 557 148 57 55 214

54
Além dos Centros de Acomodação existem pessoas que recorrem à famílias de
acolhimento, reduzindo significativamente a pressão nos Centros de Acomodação. Contudo
este acto de solidariedade implica uma sobrecarga para as famílias de acolhimento. Deste
modo há necessidade de potenciar a assistência aos afectados abrigados nestas famílias em
função das suas necessidades.

13.5 Educação

Em caso de cheias e ciclones, o sector da Educação é afectado pela destruição de salas de


aula privando os alunos de continuar com o curso normal das aulas. Dada a tipologia das
salas de aula (material convencional, misto, local), o sector da educação apresenta algumas
fragilidades para lidar com eventos de cheias, ciclones e ventos. Por forma a garantir a
continuidade das aulas em zonas afectadas por estes eventos, normalmente são necessárias,
tendas escola, material para os alunos, professores e equipamentos escolar.
Segundo a tabela abaixo, há uma disponibilidade significativa de tendas escola e quadros,
mas por outro lado observa-se um défice em kits de professor, kit escolar, quadros portátil e
lonas para cobertura.

Tabela 17: Meios necessários e existentes para resposta no Sector da Educação

Bens Disponíveis
Quant. Bens Total no
Item Necessários Governo Parceiros Pais Défice
Tendas Escola 250 20 20 -230
Kit de Alunos 200 000 32 558 30 62 558 -137 442
Kit de Professores 50 000 74 850 74 850 -24 850
Kit Escola 4 000 20 939 190 21 129 -17 129
Kit de Desenv.da 1a Infancia 250 120 120 -130
Quadros Portátil 4 000 298 190 488 -3 512
Lona 5x60 m 100 15 15 -85
Lona para Cobertura 15 000 9 936 2 11 836 -3 164

13.6 Água e Saneamento


De acordo com as previsões meteorológicas e hidrológicas para a época chuvosa 2020/21, o
sector de Abastecimento de Água e Saneamento, prevê assistir pessoas afectadas em
centros de acomodação temporária e ou de trânsito provendo condições básicas de acesso
água em quantidade e qualidade necessária e serviços de saneamento básico
(latrinas/sanitários – lajes plásticas) e outros materiais indicados na tabela n˚ 18.

55
Tabela 18: Meios Necessários e Disponíveis – Água

Bens Disponíveis Aquisições


Quant.
Item Total em Curso e Défice
Necessários Governo Parceiros
no Pais Pipe Line
Tanques Flexíveis (5000 l) 256 241 15 256
Tanques Flexíveis (500 l) 26 26
Tanques Plásticos (1.000L) 122 118 4 122
Kits de Teste Rápido 3298 3298 3298
Baldes Plásticos 73610 30663 49153 79816 10000 -6.206
Jerricans 70000 16073 11368 27441 40000 -2.559
-
Certeza (Frascos 150ml) 25000 5845 2614 8459 3000 13.541
Cloro em pacotes/kg 134 89 45 134

Há igualmente meios disponíveis para o saneamento, sendo de destacar, lajes, rolos


plásticos para a construção de latrinas, entre outros materiais constantes da tabela 19.

Tabela 19: Meios Necessários e Disponíveis – Saneamento

Bens Disponiveis Aquisicoes


Quant. Bens Total no em Curso e
Item Necessarios Gov Parc Pais Pipe Line Defice
12
Lajes 15 000 116 1 148 13 264 1 200 -1 736
Kit de Latrina 260 260 260
Rolos Plastico 2x12 m 5 000 4 370 90 4 460 -540
Rolos Plastico 4x50 m 1 500 459 459 -1 041
Sabao 15 000 1 851 5 242 5 658 -9 342
Detergente em Po (Pacotes) 5 650 5 650 5 650
Pás 632 632 632
Ancinhos 20 20 20
Enxadas 315 315 315
Catanas 243 243 243

Para além de utensílios domésticos para apoio às famílias mais necessitadas e alojadas nos
Centros de acomodação, regista-se um défice de cerca de 1.843 redes mosquiteiras, entre
outros itens constantes da tabela 20.

56
Tabela 20: Protecção a grupos vulneráveis

Bens Existentes Aquisicoes


Bens em Curso e
Sector Necessarios Gov Parc Total no Pais Pipe Line Defice
Kits de Cozinha 16 800 3 443 11 720 15 163 -1 637
Kits de Higiene 5 000 9 330 800 10 130 3 -7 630
Pasta Dentifrica 4 700 4 700
Kits de dignidade 5 000 892 800 1 692 -3 308
Kit familiar 15 000 8 085 5 742 13 827 -1 173
Mantas 60 000 45 757 16 116 61 873 5 -6 873
Esteiras 16 800 626 626 -16 174
Colchoes 1 091 1 091
Redes
Mosquiteiras 16 800 14 957 14 957 -1 843
Roupa em sacos 1 853 1 809 1 809 -44
Bacias Plasticas 2 672 2 672
Copos Plasticos 20 202 20 202
Pratos Plasticos 20 042 20 042

13.7 Materiais Necessários e disponíveis no Sector da Saúde


A tabela abaixo apresenta os materiais necessários para fazer face a resposta no sector da
saúde. Os materiais de saúde abaixo listados serão utilizados para provisão de serviços de
saúde para caso de unidades sanitárias afectadas e ou para assistir pessoas deslocadas em
zonas afectadas e centros de acomodação.

Tabela 21: Material de Saúde necessário e disponível

Bens Existentes
Bens Total no
Sector Necessarios Gov Parc Pais Defice
Tenda Hospitalar 24 m2 (6 camas) 120 24 24 -96
Tenda Hospitalar 72 m2 ( camas) 30 3 3 -27
Cama Hospitalar 300 39 39 -261
Cama Metalica para Colera 200 50 50 -150
kit de emergência (Intergencia) 70 70 70
Kit Comunitario para Diarreia 100 60 60 -40
Kit antimalarico 100 6 6 -94
Certeza em frasco (150g) 10 -10000
Hipoclorecto (balde 1x25kg) 100 45 45 -55
Sacos Necrologicos 49 49 49
Redes Mosquiteiras 50000 6000 6000 -44000
Fitas de Peso Branquial 10732 732 732 -732
Pratos Plasticos 20 042 20 042

57
13.8 Agricultura
O MADER, a nível central, estima em cerca de 158 milhões de Meticais, valor necessário
para garantir a recuperação no sector agrário com enfoque para os produtores mais
vulneráveis. Ver tabela 22.

Tabela 22: Necessidades para resposta no sector da Agricultura

Sector Bens Necessários Custo Total (Mz)


Insumos Sementes e instrumentos 2 326 830,00
Sanidade Vegetal Pesticidas, armadilhas, etc 20 933 000,00
Sanidade Animal Drogas e Vacinas 131 850 070,00
Monitoria e Avaliação 3 025 000,00
Total 158 134 900,00

14. RECURSOS FINANCEIROS NECESSÁRIOS E DISPONÍVEIS

14.1 Orçamento Global Do Plano De Contingência Por Cenários

O Orçamento do Plano é apresentado em função dos cenários da população em risco acima descritos e
está desagregado por sectores, por províncias, e um agregado dos distritos de maior risco em cada
província. Foram considerados como base no cálculo do orçamento, quatro aspectos para responder o
défice, designadamente, (i) as actividades previstas nos períodos de prontidão, resposta e recuperação,
sobretudo aquelas que não coincidem com o curso normal do funcionamento das instituições e (ii) a
necessidade de aquisição de produtos alimentares e materiais, (iii) a necessidade de cobrir as despesas
com a logística, operações de busca e salvamento, gestão de centros de acomodação temporária,
preposicionamento de meios, monitoria permanente dos eventos, para além de operacionalização de todo
o sistema de coordenação e (iv) a necessidade de cobrir as despesas para assistência aos deslocados
causados pelos ataques armados nas zonas norte e centro do país bem com a situação da COVID-19
Neste sentido, o orçamento para cada um dos cenários que descrevem as situações causadas pelos
fenómenos naturais é acrescido o orçamento estimado para os Deslocados Internos e a COVID-19,
fixados em cerca de 890 milhões e 3 mil milhões de meticais, respectivamente. Assim o cenário I do
PC 2020/2021 está estimado em cerca de 6.8 milhões de meticais, o cenário II, em cerca de 7.2 mil
milhões e o cenário III, em cerca de 7.4 mil milhões.

58
Tabela 5: Resumo do Orçamento Global por Cenários (103 MZN)

Sector Cenário I Cenário II Cenário III


Distritos 114 389 205 571 190 151
Secretaria de Estado 6 109 8 250 8 250
INGC 1 421 690 1 589 053 1 765 249
MADER 264 379 214 818 210 361
MOPHRH 826 759 890 188 901 185
MINEDH 61 205 109 283 118 820
MISAU 54 635 69 305 78 340
MGCAS 11 806 15 134 16 724
MITADER 20 748 24 558 31 072
GABINFO/ICS 1 621 2 730 3 493
MTC 10 851 22 773 37 731
MIC 5 817 9 566 11 179
MINT 1 844 2 487 3 368
MDN 750 3 259 4 202
MIREM 106 021 120 322 135 245
MMAIP 2 976 4 134 4 884
MCTESTP 945 1 720 2 218
MEF/INE 1 520 1 500 1 800
Total 2 914 064 3 294 651 3 524 273
COVID 3 020 815 3 020 815 3 020 815
Deslocados 890 137 890 137 890 137
Total Geral 6 825 016 7 205 602 7 435 224

No âmbito do Decreto que cria o Fundo de Gestão de Calamidades e que fixa 0,1% do Orçamento o
Estado, está projectada a alocação de cerca de 200 milhões de Meticais, como contribuição do Governo,
para operacionalização do Plano de Contingência 2020/2021. Adicionalmente, o Banco Mundial, no
âmbito do projecto de Gestão do Risco de Desastres e Resiliência, dispõe de 600 milhões de meticais
para 2020, elevando para 800 milhões de meticais os fundos disponíveis para o presente Plano de
Contingência.

Assim, o orçamento global projectado para responder aos eventos previstos no Cenário II, incluindo a
monitoria, logística, manuseamento e transporte de bens para assistência humanitária, é de cerca 7.2 mil
milhões de meticais, o que ilustra que há défice de 6.4 mil milhões meticais que deverão ser
mobilizados junto dos parceiros de cooperação.

15. MECANISMOS DE COORDENAÇÃO, REVISÃO E MONITORIA

15.1 Conselho Coordenador De Gestão De Calamidades (CCGC)

O CCGC é presidido pelo Primeiro-Ministro e integra todos os membros do Conselho de Ministros dos
sectores que intervêm directamente na área de gestão e redução do risco de desastres naturais. O CCGC
tem como responsabilidade garantir a coordenação das operações de emergência e a implementação do
Plano Director para a Redução do Risco de Desastres 2017-2030.
59
15.2 Conselho Técnico de Gestão de Calamidades (CTGC)

O CTGC é dirigido pelo Director Geral do INGC e é constituído pelos Directores Nacionais dos sectores
relevantes, indicados pelos Ministros membros do Conselho Coordenador de Gestão de Calamidades. O
CTGC tem como principal responsabilidade coordenar os sistemas sectoriais de aviso prévio sobre
iminência de desastres de origem meteorológica, hidrológica, geológica, epidemias e segurança
alimentar e garantir a implementação multissectorial dos diversos planos no âmbito da redução da
vulnerabilidade e gestão do risco de desastres. Podem ser convidados para o CTGC representantes da
HCT e do sector privado.

15.3 Centro Nacional Operativo De Emergência (CENOE)

O CENOE é uma estrutura de coordenação multissectorial e de tomada de decisões onde convergem


representantes de instituições do Governo, Sociedade Civil e grupos de actores que participam
directamente nas operações de resposta à desastres. O objectivo do CENOE é implementar acções de
prevenção, mitigação e resposta aos desastres, incluindo monitoria dos eventos extremos e gestão das
operações de emergência.
O CENOE é coordenado pelo INGC e tem a sua sede em Maputo e representações operacionais em
Vilanculos (Inhambane), Caia (Sofala) e Nacala (Nampula). Nas províncias, os Centros Operativos de
Emergências (COEs) representam o desdobramento do CENOE.
A Unidade Nacional de Protecção Civil (UNAPROC) é o órgão interventivo do CENOE em operações
de emergência e tem como missão principal realizar operações de busca, salvamento e assistência
humanitária.

16. Sectores Do Cenoe: Papeis E Responsabilidades

O CENOE está subdivido em quatro sectores principais: (i) Planificação e Informação, liderado pelo
Ministério da Economia e Finanças (ii) Infraestruturas, liderando pelo Ministério das Obras Públicas,
Habitação e Recursos Hídricos, (iii) Social, liderado pelo Ministério da Saúde e (iv) Comunicação,
liderado pelo Gabinete de Informação. Cabe a cada um dos sectores:
a) Liderar os respectivos sectores em todo o processo de gestão e redução do risco de desastres;
b) Elaborar de forma atempada e operacionalizar os planos de respostas;
c) Assegurar a participação e colaboração activa das contrapartes sectoriais da HCT na coordenação
e implementação da resposta;
d) Partilhar de informação entre os sectores sobre as acções de resposta as emergências;
e) Realizar avaliações multissectoriais das operações de emergência, assistência humanitária e
reconstrução pós-emergência;
f) Elaborar os relatórios balanços sectoriais pós emergência.

17. Complementaridade Das Acções Da Equipe Humanitária Nacional (HCT)

A Equipa Humanitária Nacional (HCT), que complementa os esforços do Governo nas acções de
planificação, coordenação, gestão e resposta aos desastres, está organizada em grupos especializados de
trabalho, nomeadamente Educação, Protecção, Saúde, Nutrição, Água e Saneamento, Segurança
Alimentar, Abrigo, Logística, Telecomunicações de Emergência e Recuperação Inicial.
Estes grupos estão integrados nos quatro sectores do CENOE (Planificação e Informação,
Infraestruturas, Social e Comunicação) e estão alinhados com as respectivas contrapartes ministeriais. O
60
alinhamento contribui para redução da duplicação de esforços e de recursos bem como para
maximização do uso eficiente dos recursos e a preservação dos direitos e dignidade das populações
afectadas e sua participação ao longo de todo o processo de gestão e redução do risco de desastres.
A nível provincial, foi institucionalizado o papel do ponto focal da HCT como uma prática e um
mecanismo de coordenação da resposta a este nível. O ponto focal provincial do HCT representa o
coordenador da HCT a nível provincial e é responsável por apoiar e facilitar a coordenação com as
autoridades do Governo na província através da coordenação sectorial/cluster, incluindo a coordenação
com o INGC e entre os actores humanitários para complementar os esforços da resposta a emergência.
A HCT, através dos seus sectores, tem providenciado apoio técnico, material e financeiro de modo a
aumentar a capacidade de resposta dos sectores do Governo, observando os padrões internacionais e
princípios humanitários que regem a gestão e resposta a situações de emergência.
Na perspectiva de garantir um alinhamento entre as acções planificadas pelo Governo e o apoio dos
parceiros de cooperação, foram integrados nos sectores do Governo os meios humanos e materiais
existentes bem como o tipo de intervenção a ser efectuada nas fases de prontidão, resposta e
recuperação.

Gráfico 6: Mecanismo de Coordenação entre o Governo e Equipe Humanitária

61
ANEXOS

62
ANEXO I: POPULAÇÃO EM RISCO DE CHEIAS

Risco de cheias/Bacias Hidrograficas Total do


Cenario I
Maputo Umbeluzi Incomati Limpopo Inhanhanombe Mutamba Save Savane Bbuzi Ppungoe Zambeze Licuare Licungo Meluli Monapo Ligonha Lurio Megaruma Muaguide Montepuez Messalo Rovuma SubTotal Ciclones Cenario II

9,250 5,000 1,700 6,700 0 15,950


32,320 3,450 2,700 1,000 1,680 1,150 9,980 22,200 64,500

24,794 13,314 15,365 4,708 1,838 35,225 128,941 188,960


100,100 65,463 4,225 43,751 113,439 61,725 275,264

172,145 10,363 10,363 0 182,508

8,822 3,200 6,145 12,300 21,645 2,018 32,485


122,525 5,608 17,347 15,602 21,648 60,205 57,577 240,307

112,341 1,425 950 15,000 17,375 62,633 192,349


302,703 200 81,191 1,078 82,469 3,400 388,572
77,399 1,245 675 6,225 8,145 3,200 88,744

11,835 0 3,295 15,130


974,234 1,245 675 6,425 81,191 1,425 950 19,278 5,608 23,492 15,602 109,774 4,225 43,751 13,314 15,365 4,708 6,838 3,450 2,700 1,000 1,680 2,850 365,546 344,989 1,684,769

63
ANEXO II: ORÇAMENTO CENÁRIO I

Nivel Central INGC MADER MOPHGRH MINEDH MISAU MGCAS MITA MTC MIC MINT MDN MIREM MMAIP MCTESTP MEF TOTAL
1,370,657 130,690 802,754 42,965 40,460 5,000 4,451 8,164 3,930 1,186 0 104,203 230 0 900 2,516,390
Nivel Provincial Distrito SE
Maputo C. 0 555 2,714 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3,269
Maputo Prov. 9,541 555 9,396 365 5,225 0 0 2,146 0 0 0 81 0 0 0 0 0 27,308
Gaza 1,050 555 9,000 200 200 200 200 200 200 0 200 0 0 0 0 0 200 12,405
Inhambane 12,530 555 1,921 1,739 9,927 1,991 1,600 1,170 559 1,219 420 0 0 146 1,080 560 0 35,416
Sofala 1,778 555 2,254 1,724 1,101 244 1,595 990 344 0 117 208 0 836 413 0 200 12,700
Manica 50,763 555 2,244 94,033 50 8,850 450 90 3,805 0 0 0 0 0 0 0 0 160,840
Zambezia 3,745 555 7,705 6,600 769 650 551 560 590 450 300 200 300 350 200 235 220 23,780
Tete 12,221 555 3,000 15,728 734 468 3,529 300 5,099 0 159 269 0 286 183 0 0 42,532
Nampula 13,536 555 8,300 7,500 2,250 1,600 4,150 850 2,100 0 91 0 450 200 870 0 0 42,632
Cabo Delgado 7,095 555 3,500 5,000 2,450 2,636 500 0 3,000 918 400 550 0 0 0 150 0 26,305
Niassa 2,130 555 1,000 800 1,300 1,600 1,600 500 600 100 200 100 0 0 0 0 0 10,485
Sub Total 114,389 6,109 51,033 133,689 24,005 18,240 14,175 6,806 16,297 2,687 1,887 1,408 750 1,818 2,746 945 620 397,674
Total Geral 114,389 6,109 1,421,690 264,379 826,759 61,205 54,635 11,806 20,748 10,851 5,817 2,594 750 106,021 2,976 945 1,520 2,914,064

64
ANEXO III: ORÇAMENTO CENÁRIO II

Nivel Central INGC MADER MOPHGRHMINEDH MISAU MGCAS MITA MTC MIC MINT MDN MIREM MMAIP MCTESTP MEF TOTAL
1,522,952 158,135 803,060 47,739 44,996 6,500 7,991 13,973 6,263 1,735 0 115,781 290 0 1,200 2,732,435
Nivel Provincial Distrito SE
Maputo C. 0 750 3,015 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3,765
Maputo Prov. 10,018 750 10,440 405 58,050 0 0 2,384 0 0 0 90 0 0 0 0 0 82,137
Gaza 1,170 750 12,000 300 300 300 300 300 300 300 300 0 0 0 0 0 300 16,620
Inhambane 21,272 750 2,577 2,072 11,772 2,208 2,560 1,263 530 1,660 591 0 0 2,080 899 870 0 51,105
Sofala 2,340 750 3,619 2,195 2,599 1,704 2,952 1,811 688 837 132 374 0 507 711 0 0 21,219
Manica 41,613 750 3,600 8,494 48 65 225 25 0 235 0 4 0 0 0 0 0 55,059
Zambezia 5,570 750 8,600 6,930 1,800 1,100 897 600 850 730 360 450 450 520 650 650 0 30,907
Tete 30,625 750 2,500 15,728 0 468 3,529 300 5,099 353 159 269 0 294 183 0 0 60,257
Nampula 73,022 750 10,850 8,360 6,259 50,801 4,150 1,450 2,100 2,825 460 400 450 640 1,200 0 0 163,717
Cabo Delgado 16,646 750 7,000 11,000 5,000 3,697 7,897 0 6,000 1,660 801 701 2,359 500 200 200 0 64,410
Niassa 2,470 750 1,900 1,200 1,300 1,200 1,800 500 1,000 200 500 200 0 0 0 0 0 13,020
Sub Total 204,746 8,250 66,101 56,683 87,128 61,544 24,309 8,634 16,567 8,800 3,303 2,487 3,259 4,541 3,844 1,720 300 562,216
Total Geral 204,746 8,250 1,589,053 214,818 890,188 109,283 69,305 15,134 24,558 22,773 9,566 4,222 3,259 120,322 4,134 1,720 1,500 3,294,651

65
ANEXO III: ORÇAMENTO CENÁRIO III

Nivel Central INGC MADER MOPHGRH MINEDH MISAU MGCAS MITA MTC MIC MINT MDN MIREM MMAIP MCTESTP MEF TOTAL
1,692,169 158,135 803,400 53,043 49,953 8,000 13,578 28,653 7,268 0 128,646 998 0 1,400 2,945,242
Nivel Provincial Distrito SE
Maputo C. 1,400 750 3,350 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5,500
Maputo Prov. 10,218 750 11,600 45 64,500 0 0 2,649 0 0 0 100 0 0 0 0 0 89,863
Gaza 2,980 750 11,000 400 400 400 400 400 400 400 400 400 0 0 0 0 400 18,730
Inhambane 27,346 750 4,597 2,477 13,398 2,988 3,423 2,000 998 1,899 888 200 0 2,970 920 995 0 65,848
Sofala 2,983 750 2,961 1,288 1,651 573 1,317 646 313 500 160 309 0 876 613 0 0 14,941
Manica 17,396 750 5,125 1,506 46 1,500 3,658 100 3,805 161 0 20 0 0 0 0 0 34,067
Zambezia 8,665 750 10,500 7,260 2,673 1,650 1,699 979 3,780 930 360 670 700 670 720 960 0 42,966
Tete 15,155 750 2,500 15,728 0 468 3,529 0 5,099 353 159 269 0 294 183 0 0 44,487
Nampula 78,146 750 11,547 8,360 7,307 52,401 4,560 1,450 2,100 2,825 543 400 450 989 1,200 0 0 173,028
Cabo Delgado 26,465 750 8,000 13,963 6,110 4,598 8,000 0 0 1,810 901 800 3,052 800 250 263 0 75,761
Niassa 2,890 750 1,900 1,200 1,700 1,200 1,800 500 1,000 200 500 200 0 0 0 0 0 13,840
Sub Total 193,644 8,250 73,081 52,226 97,785 65,777 28,388 8,724 17,494 9,078 3,911 3,368 4,202 6,599 3,886 2,218 400 579,031
Total Geral 193,644 8,250 1,765,249 210,361 901,185 118,820 78,340 16,724 31,072 37,731 11,179 3,368 4,202 135,245 4,884 2,218 1,800 3,524,273

66
Lista de Contactos

Lista de contactos dos Membros do CTGC Central e Regional


Nome Função Contacto Email
Luisa Celma Meque Directoral Geral do INGC 827 035 320
Belém Monteiro Director Geral Adjunto doINGC 822882835 belemmonteiro@yahoo.com.br
Leovigildo Da Cruz Marcos Director Regional CENOE Sul 86/844648888/823842260 lcruzmarcos@gmail.com
Lurdes Daniel Directora Regional CENOE Centro 824224360/847128764 lurdes.leopoldina@gmail.com
Hélder Boaz Paulo Sueia Director Regional CENOE Norte 842647164/869398520 helsueia@yahoo.com
Adérito Aramuge MTC - INAM 825816940 acelso73@yahoo.com
Americo Dimande MOPHRH - ANE 843137509 dmande@gmail.com
António Maurice MDN 82-7393630 antonio.maurice@yahoo.com.br
Nilton Trindade MOPHRH-DNAAS 82-3181210 nilton_trindade@yahoo.com
Maria Sofia dos Santos MOPHRH-DNH 843211903 santos.sofia6@gmail.com
Messias Macie MOPHRH-DNGRH 82-31 06730 844516575 m.macie@dngrh.gov.mz
Momed Jutha MEF 823071668 mpjutha@gmail.com
Benigna Maia MISAU 843116547 bmaia69@yahoo.com.br
Pedro Dzucule MASA-DNSA 827071440 848931302 pdzucula@yahoo.com.br
Antonio Pacheco MASA - SETSAN 823812380 pechecoho69@yahoo.com.br
Abdul Issufo MINT-SENSAP 82-45 08 100 abalissufo@yahoo.com.br
Arlinda Nhaquisse MINEDH - DAT 84488914
Joaquim Langa Terra e Ambiente 844414152/ joaquim.langa@gmail.com
Maria da Gloria B. Siaca INAS - MGCAS 845950856 glorysiaca@gmail.com
Zulmira Augusto Macamo MIC - DNCI 843023538 823250240 estrelamacamo@gmail.com
Vasco Lino MTC 823151170 vasco2010lino@gmail.com
Farida da Costa Elias ICS 844383660
Geraldo Saranga MINEC 823 163 870 Geraldo.saranga@gmail.com
Mendes Jose Mutenga GABINFO 843454000
Veronica Namashulua MIMAIP- IDEPA 824014470 kimashulua@gmail.com
Fernando Mubai AT 845450172 fmubai@at.gov.mz
Pascoal Bacela MIREME - DNE 823108870 pbacela1@gmail.com
Adriano Sênvano MIREME - Director Geral INAMI 844729222/823216400/871491928 eng.valoi2010@inami.gov.mz

Lista de contactos dos Parceiros a nivel Central


Sergio Dinoi OCHA 868317569 dinoi@un.org
Flavio Monjane OCHA 861637899 flavio.monjane@un.org
Claudio Julaia UNICEF 827272860, 844343870 cjulaia@unicef.org
Javier Rodriguês UNICEF 842235712 jrodriguez@unicef.org
Marta Guivambo PMA 823005328 marta.guivambo@wfp.org
Domingos Reane PMA 844743776 domingos.reane@wfp.org
Benvido Nhanchua PMA benvido.nhanchua@wfp.org
Manuela Muianga PNUD 823567880 manuela.muianga@undp.org
Neatrice Muraguri Saude 852632797 bmuraguri@who.int
Deize Sitoi SCI/COSACA 823261350 deizi.sitoi@savethechildren.org
Sascha Labu OIM 868012222 SNLABU@iom.int
Estevao Marrima OIM 848835805 emarrima@iom.int
Ilidio Nhantuve CVM 841617000 ilidio.nhantuve@redcross.org.mz
Boavida Chambal CVM 861478647, 821784712 boavida.chambal@redcross.org.mz
Sheila Chambala Fundação Tzuchi 845204305 sheilachambala@gmail.com
Edson Pereira UN HABITAT 828 892 413 edson.pereira@un.org
Ema Battey COSACA 846895653 cosaca.coordinator@oxfam.org
Saul Butters COSACA 849100122 saul.butters@care.org
Dr. Sinesia OMS 846723999 sitaos@who.int
Edna Chongo UNFPA 842402036 echongo@unfpa.org

67
Lista de contactos Cidade de Maputo
Eneas Comiche Presidente do Conselho Municipal
Alice Magaia de Abreu Vereadora de Saúde 828797610
Sheila Santana Afonso Secretária de Estado, Cidade de Maputo 824464260
Custódia Paulo Directora do Gabinete da Secretária de Estado 844 672 361
Fátima Belchior Delegada do INGC, Cidade de Maputo 829818572/845701929
Lista de contactos de vareadores Cidade de Maputo
Eduardo Nguenha Vereação de Planificação e e Finanças 842 330 100
Ossemane Narcy Vereação de Planificação e Finanças 842 096 110
João Munguambe Vereação de Desenvolvimento Económico Local 825 890 380
Mussa Abobacar Mohamed Gabinete de Comunicação e Imagem 824 804 810
Maria Valente Nhacale Vereadora do Distrito Municipal KaMpfumu 824 958 780
Domingas de Sousa Vereadora do Distrito Municipal KaMaxakeni 846 229 176
Abilio Quive Vereador do Distrito Municipal KaMavota 841 453 263
Zeferino Chioco Vereador do Distrito Municipal Nhamankulu 849 199 115
Rui Matusse Vereador do Distrito Municipal KaMubukwana 849 527 548
Celso Fulano Vereador do Distrito Municipal KaTembe 827 764 860
Araújo Armindo Vereador do Distrito Municipal KaNyaka 844 849 150

Lista de contactos Provincia de Maputo


Victóra Diogo Secretário de Estado da Província
Rui Manuel Nanlipa Director do Gabinete Secretário de Estado 864788880/844888880 ruinanlipa45@gmail.com
Amir Abdula Delegado Provincial INGC 827851247 Aabdula2001@gmail.com
Administradores Distritais
Lazaro Manuel Mbambamba Administrador do distrito de Magude 829020760
Cristina de Jesus Xavier Mafumo Administradora do distrito de Manhica 824715940
Ahamad Shafee Ismail Sidat Administrador do distrito de Marracuene 843002020
Guilhermina Gaspar Kumagwelo Administradora do Distrito Moamba 845024290
Artur Muandula Administrador do Distrito de Matutuine 845219050
Suzete Alberto Dança Administradora do Distrito Namaacha 827826280
Teresa Helena Boaventura MauaieAdministradora do distrito de Boane 844478980

Lista de contactos Provincia de Gaza


AMOSSE JÚLIO MACAMO Secretário de Estado na Província de Gaza
SAMUEL ANTÓNIO BUANAR Director do Gabinete do Secretário de Estado 823082981/849601509 buanarsamuel1@gmail.com
Manuel Afonso Maxlhaieie Delegado Provincial INGC 828629200 - 848629200 maxlhaieie@hotmail.com
Administradores Distritais eceumuianga2@yahoo.com.br/
ECEU DA NATIVIDADE MUIANGA Administrador do distrito de Chókwè 828659290/844452422/821505979 eceumuianga@yahoo.com.br
GABRIEL NDOVE Admistrador do distrito de Xai-Xai 829228000/849425485/866955088 dovegabriel1965@gmail.com
SILVA TAVARES NGOVENE Adminsitrador do distro de Mabalane 871730331
ARTUR MACAMO Administrador do distrito de Chigubo 824041900/842131535 arturmacamo1@hotmail.com
emutemba55@gmail.com/emuthemba1
ESMERALDA AURÉLIO MUTEMBA Admnistradora do distrito de Massingir
861391253/823224300/843224300 2@gmail.com
CARLOS ESTELINE MATEUS BUCHILI
Administrador do distrito de Chongoene 828417061 buchili@hotmail.com
SÉRGIO SIONAL MOIANE Administrador do distrito de Massingir 826813620/865813620 msergiosional@yahoo.com
MATIAS ALBINO PARRUQUE Administrador de Bilene 826597598/843597598 matiasparruque@gmail.com
CACILDA BANZE Administradora do distrito de Chicualacuala 84/87 5034467
JAIME ALBERTO MUGABE Administradora do distrito de Guijá 828109710/864013100 mugabejames@gmail.com
GRACINDA MACAMO Administrador do distrito de Massangena 867996217/828668600 gracindamacamo3@hotmail.com
RAUL OUANA Administrativo do distrito de Mandlakazi 823963220/849555567 raulouana@yahoo.com.br
MARIA FERNANDA MOÇAMBIQUEAdministradora
TONELA do distrito de Limpopo 827887880/849282680 fernanda.tonela@mail.com
NARCISO NHAMOHUCO Admnistrador do distrito de Mapai 870717601/826687240/840495489 n.nhamuhuco@gmail.com

68
Lista de contactos Provincia de Inhambane
LUDMILA M. R. MAGUNI Secretária de Estado na Província
Ricardo António Nhacuongue Director do Gabinete do Secretario de Estado 824045480 ricardo.nhacuongue@gmail.com
Candido Sinai Mapute Delegado Provincial INGC 840100002 candidomapute@gmail.com
Administradores Distritais
Laurina José Titoce Administradora de Panda 846670162/827029605 lau.jose.titoce@gmail.com
Azarias Xavier Administrador de Jangamo 823222290 azarias_xavier@yahoo.com.br
Elsa Maria da Conceição Tomo Administradora de Inhambane 840667058/863536187 elsa.tomo@yahoo.com.br
jjeremias00@gmail.com;
José Jeremias Administrador de Massinga 824867950
gdmassinga@gmail.com
Lucas António Simbine Administrador de Inharrime 825825740 lucasantoniosimbine720@gmail.com
Josina Gilda Chissico Joaquim Administradora de Homoíne 822712380 josina.gildajoaquim@gmail.com
Maria do Céu B. Cumbana Administradora de Govuro 820008666/871772557 ceu.cumbana@gmail.com
Fernado Luís Thembo Administrador de Funhalouro 823869910/846759758 governodefunhaluoro@gmail.com
madu260397@gmail.com
Dulce Eugenia E A. C. Cuna Administradora de Inhassoro 843136012/823887240
madu260397@yahoo.com.br
Jorge Rafael Tinga Administrador de Maxixe 844339449/843044261 jorgetinga@hotmail.com
Dário Felisberto Machava Administrador de Zavala 828133226/878404864 dfmachava@yahoo.com.br
Carlos Eduardo Mussanahe Administrador de Mabote 873034394 cemussanhane@gmail.com
Moguene Candieiro Administradora de Morrumbene 843806620 cadieirom20@gmail.com
Edmundo Galiza Matos Administrador de Vilankulo 843941020 galizamatosjr@hotmail.com

Lista de contactos Provincia de Sofala


Nome Função Contactos Email
Stela G. Pinto Zeca Secretaria do Estado da Provincia 847405305
Eduardo Antonio Macario Director de Gabinete da Secretaria do Estado 848187540
Teixeira C. Almeida Delegado Provincial INGC 825475724/846589395 almeidateixeira83@gmail.com
Administradores Distritais
Joao M. U. Oliveira Administrador da Beira 843887876
Jose Mavume Administrador do Dondo 860602618
Maria Bernadete Roque Administradora de Buzi 844392770
Tome Jose Administrador de Nhamatanda 852986000
Antonio Domindos Medita Administrador de Muanza 864292190
Jose Domingos Tomas Administrador de Cheringoma 877921090
Manuel Jamaca Administrador de Gorongosa 863714270
Heriqueta Custodio do Rosario Administradora de Marromeu 876783471
Mateus Saize Administrador de Caia 861725779
Admira Filimone Administradora de Chemba 871528427
Aberto Francisco Garife Administrador de Maringue 878562233
Adamo Ossumane Administrador de Machanga 846151387
Luis Sidione Nhanzozo Administrador de Chibabava 860450037

Lista de contactos Provincia de Manica


Edson Macuacua Secretário do Estado da Provincia 823002220 macuacua.edson@gmail.com
Augusto M. l Alexandre Augusto Delegado Provincial do INGC 865899702/842175753 augusto.alexa@hotmail.com/
Administradores distritais
Godfree Chipaumire Wirai Administrador do Distrito de MACOSSA 829621359/871860875
David Franque Administrador do Distrito de BARUE 876699439 davidefranque@gmail.com
Luís Modesto Lourenço Administrador do Distrito de TAMBARA 869715325
Joana Armando Guinda Administradora do Distrito de MACHAZE 847779987
Daniel Marques Andissene Administrador do Distrito de CHIMOIO 822180903 maguijunure@gmail.com
Carlos Manlia Mutar Administrador do Distrito de MANICA 825777930 carlosmanliamutar@gmail.com
João Amade Administrador do Distrito de VANDUZI 820477110
Fernando Samuel Administrador do Distrito de MOSSURIZE 861693997 fsamuel@gmail.com
Moguene materisso Candieero Administrador do Distrito de GONDOLA 863806620 Moguenecandieero@gmail.com
Isabel Fernando Mapapaia Administradoa do Distrito de GURO 870558190
Mauricio Machuarubo Silwele Administrador do Distrito de MACATE 866523107
Rosa Diniz Administrador do Distrito de SUSSUNDENGA 846742415

69
Lista de contactos Provincia de Tete
Elisa Zacarias Secretária do Estado da Província
Loureço Mesa Buene Director do Gabinete do Secretário de Estado 824550550/842826980 lbuene@yahoo.com.br
Joaquim Fernando Curipa Delegado Provincial do INGC 82/877520077 jkuripa@yahoo.com.br
Administradores distritais
Ana Maria Beressone Administradora do Distrito de Cahora- Bassa 825994690
Elsa da Barca Forte Administradora do Distrito de Changara 823876000/849018604
Maria José Ntefula Administradora do Distrito de Moatize 826758224/840367153
Henriques Mandava Administrador do Distrito de Doa 847564962
Djone António Manhoso Administrador do Distrito de Zumbu 821554450
Lucas Atanásio Muidingui Administrador do Distrito de Mutarara 823890838
Rui Manuel Caminho Nangore Administrador do Distrito de Chifunde 826306040/845337523/866148700
Bruno Crescêncio Administrador do Distrito de Marávia 822274130/844059745/860465853
Titos Vonduane Sitoe Administrador do Distrito de Marara 828522890/844872125/865425739
Assane Ussene Administrador do Distrito Macanga 843230200
Eugénio Pedro Muchanga Administrador do Distrito de Tsangano 823176161/843795169
Helena Zebedias Administradora do Distrito de Mágoè 825885230/843085230
Paulo Marcos Sebastião Administrador do Distrito de Angonia 822212970
Mendes Cardoso Cândido Administrador do Distrito de Tete 844198840
Gonçalves João Jemusse Administrador do Distrito da Chiúta 840206791

Lista de contactos Provincia da Zambezia


Judith Leite Mussacula Faria Secretaria do Estado da Provincia 846225626 jumussacula@gmail.com
Pedro Manuel Napido Director do Gabinete do Secretário de Estado 868809690 Napido209070@gmail.com
Nelson Hortencio Ludovico Jossamo
Delegado Provincial do INGC 843430654/828598252/850312919 nelsonludovico@yahoo.com.br
Administradores Distritais
Rodolfo Lourenço Administrador do Distrito de Gilé 829487690 lorencorodolfo@gmail.com
Joaquim Fernando Pahare Administrador do Distrito de Mocuba 823898433 joaquimpahare@yahoo.com.br
Pedro Fazenda Sapange Administrador do Distrito de Morrumbala 825746761 pedrosapange@yahoo.com.br
Ângela do Rosário Serrote Administrador do Distrito de Alto Molócuè 827631890 angelaserrote@yahoo.com.br
Virgílio Hilário Luís Gonzaga Administrador do Distrito de Pebane 824 882 360 842 294 000 hilariogonzaga@gmail.com
Carlos Carneiro Administradora do Distrito da Maganja da Costa 842260164 ccarneiro01@yahoo.com.br
Costa Chirembue Ejai Administrador do Distrito de Gurùé 823909069 costaejai@gmail.com
Aburace Saide Administrador do Distrito de Mocubela 825356220 aburacesaide@gmail.com
Eduardo João Vida Administrador do Distrito de Quelimane 844117885 ejovida@gmail.com
Maria Engracia Camussossote Administradora do Distrito de Molumbo 844393889/866704719/ 825924060 mengraciamassina@yahoo.com
Osvaldo Fleurine Administrador do Distrito de Luabo 827630534 fleurineosvaldo@gmail.com
Moura Abilio Suriar Xavier Administradora do Distrito de Namacurra 847119888/825574140 mouraxavier23@gmail.com
Chabane Adbul Jalilo Administrador do Distrito de Namarrói 848787353 chabanyjalilo@gmail.com
Maria Carlota Tomás de Melo Guitombe
Administradora do Distrito de Lugela 828115482 carlotaguitombe@gmail.com
Mário Macaza Administrador do Distrito de Milange 863556700/849157704 mariomacaza40@gmail.com
Vidal Samuel Bila Administrador do Distrito de Mopeia 828997650 vidalsamuelbila@yahoo.com.br
Santiago dos Santos Marques Administrador do Distrito de Derre 825845440 smarques008@gmail.com
João Raiva Administrador do Distrito de Inhassunge 829685030 joaoraiva1@gmail.com
João Sebastião Nhambessa Administrador do Distrito de Nicoadala 820332700 hagatelma@yahoo.com.br
Honório Vaz Administrador do Distrito de lle 845884005 honoriovaz13@gmail.com
Pedro Armando Alberto Virgula Administrador do Distrito de Chinde 824815800/847520170/ 874815800 virgula.pedro@gmail.com
Adelina Media Tiroso Administradora do Distrito de Mulevala 843869640 tirosoadelinamedia@gmail.com

70
Lista de contactos Provincia de Nampula
Mety Oreste Gondola Secretário do Estado 843894657/870220011
Tomé A. Tomé Shakushasha Director do Gabinete do Secretario de Estado 847598887/867598882 tomeshakushasha@gmail.com
Alberto Armando Delegado Provincial do INGC 826525910/845809007/876525920 albearmando@gmail.com
Maria Isabel Juiz Cavo Chefe de Departamento Tecnico 826939370/848191201/878191200 isabel.cavo75@gmail.com
Administradores Distritais
Alzira Samuel Manhica Administradora de lalaua alzirasamuel1@gmail.com
Chale Ossufo Administrador de Moma 843519890 chaleossufo11@gmail.com
Rui Chong Saw Administrador de Mossuril 842211310
Emanuel Jose Impissa Administrador Ribaue 846947370 emanuelimpissa@yahoo.com.br
Iasalde das Neves A. Ussene Administrador de Mogovolas 843280478/861358519
Salvador Talapa Administrador de Rapale 847797081/868851520 salvadortalapa.1@gmail.com
Cheamade Alide Administrador de Memba 844727449/869463545 chealide@yahoo.com.br
Augusto Eduardo Chalamanda Administrador Mecuburi 876427395
Alfredo Artur Matata Administrador de Nampula 845341651 alfredo.matata@gmail.com
Araujo Chale Momade Administrador de Erati 840572067 a.chale@hotmail.com
Luciano Augusto Administrador Ilha de Moç. 843982461
Joaquina Sande Chico Administradora de Nacaroa 846385670 charlesjoaquina@yahoo.com.br
Crisanto Vicente Estevao Mpila Administrador de Murrupula 847631484
Arlinda Martins Administradora de Liupo 842670917 martinsarlinda14@gmail.com
Abdurremane F. Amade SelemanaAdministrador de Ncla-a-Velha 842155733/862155733
Fonseca Jose Manuel Edite Administrador de Larde 8440088192/826489920/866848215 fonsecaetyde@gmail.com
Florencia Razo Alface Administradora de Muecate 870188739/840188738 florencia.alface088@gmail.com
Melchoir Focas Situte Administrador de Meconta 843608394
Rosa Mario Jeronimo Administrador de Mogincual 846993126/866882501 rosamario32@gmail.com
Daniel Amade Alberto Administrador de Angoche 845264101
Americo Assane Adamugy Administrador de Monapo 869156644
Maria Zutina Administradora de Malema 842047764 mariazutina1@gmail.com
Fernando Doda Muzobingua Administrador de Nacala-Porto 842613736

Lista de contactos Provincia de Cabo Delgado


Arlindo Ngunga Secretário do Estado da Provincia 828326960
Tecla Sispa Momba Directora Gabinete do Secretário de Estado Prov. 84 486 5590/86 939 9124 tsispa@yahoo.com.br
Elizete da Silva Manuel Delegada Provincial do INGC 874460200 elizetemanuel@gmail.com
Administradores Distritais
Edson da Clara Vicente Lino Administrador do Distrito de Balama 873005050/843005050
Maria Felisbela Félix Lazaro Administrador do Distrito de Namuno 823361026/843015034/866602417
Saíde Aly Chamabene Administrador do Distrito de Muidumbe 850354300
Joaquina Nordine Adalberto Administrador do Distrito de Pemba 823922817/872728422
Etelvina R Joaquim Fevereiro Administrador do Distrito de Chiúre 844305776/861515788
Bartolomeu A. Baptista Muibo Administrador do Distrito de Quissanga 820368430/862321375
Lúcia Geraldo Namashulua Administrador do Distrito de Ancuabe 826869360
Issa Tarmamade Administrador do Distrito de Ibo 827278260/847278261
Dinis Issa Mitandi Administrador do Distrito de Nangade 823723960/844910946/ 861046320
Isaura Delmina da Conceição Administrador do Distrito de Montepuez 845023180/825023180
António Valério Nandanga Administrador do Distrito de Metuge 827592230/861387983
Ambasse Bachir Anli Administrador do Distrito de Mecufi 82/84-9849763
Assuede Saribuna Falume Administrador do Distrito de Mocimboa da Praia 842940211
Agustinho Ntauli Administrador do Distrito de Palma 861287727
Aina Nunes Alfredo Sualeia Administrador do Distrito de Mueda
Tomé Badae Administrador do Distrito de Macomia
Paulo Tiago Lilanda Administrador do Distrito de Meluco 878971279

Lista de contactos Provincia de Niassa


Dinis Chambiuane Vilanculo Secretario do Estado da Província 870351100/840351106 vdinischambiuane@yahoo.com.br
Eline Judite V. Massenguele Governadora Provincial 878153240
Delegado Provincial do INGC
Friday Taibo João Planificador/Oficial de Informacao INGC 844854753 frapson.Friday@gmail.com
Administradores Distritais
Isabel Fernando Mapapa Jamisse Administrador do distrito de Marrupa 870598190 isabelmapapa@gmail.com
Armindo Alberto Bindo Administrador do distrito de Mecula 870041624 bindochachi@gmail.com
Alocre Saide Jaime Administrador do Distrito de Lichinga 866378646 alocrejaime@gmail.com
Botelho M.Botelho Chuni Administrador do distrito de Mandimba 824563420 benjamimchuni@gmail.com
David Machimbuko Administrador do distrito de Lago 863663093 davidmachimbuko@gmail.com
Calisto Mussa Administrador do distrito de Mecanhelas 825410127 calistomussa66@gmail.com
João Júlio Manguinji Administrador do distrito de Cuamba 865200582 manguinji@yahoo.com.br
Augusto Luis B.Assique Administrador do distrito de Ngauma 824752140 augustoassique@gmail.com
José Achida Assane Administrador do distrito de Sanga 866553570 assaneachida@yahoo.com.br

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GLOSSÁRIO

Ameaça – um fenómeno, substância, actividade humana perigosa ou condição que pode causar
perda de vida, ferimentos ou outros impactos na saúde, danos materiais, perda de meios de
subsistência e serviços, ruptura social e económica ou danos ambientais.

Assistência Humanitária – ajuda prestada às populações afectadas pelos desastres.

Avaliação de risco de desastre - Uma abordagem qualitativa ou quantitativa para determinar a


natureza e a extensão do risco de desastre, analisando os riscos potenciais e avaliando as condições
existentes de exposição e vulnerabilidade que, em conjunto, podem prejudicar as pessoas, a
propriedade, os serviços, os meios de subsistência e o ambiente de que dependem.

Calamidade - evento anormal provocado por uma catástrofe de grande dimensão, causando danos e
prejuízos que impliquem o comprometimento substancial de capacidade de resposta do poder
público.

Capacidade de Contenção – Atributos, habilidades e recursos disponíveis dentro de uma


organização, comunidade ou sociedade para enfrentar e gerir o risco de desastres e reforçar a
resiliência.

Desastre – Grave perturbação do funcionamento normal de uma comunidade ou sociedade, causado


por um fenómeno de origem natural, tecnológico, biológico, geológico ou da acção humana sobre o
meio ambiente.

Emergência - Ocorrência súbita ou progressiva de um desastre que afecta pessoas e bens, o meio
ambiente e exige medidas urgentes e excepcionais para restabelecer a normalidade.

Exposição - pessoas, bens, sistemas ou outros elementos presentes em zonas de risco, que estão
sujeitas a perdas potenciais.

Gestão de Desastre - Organização, planificação e gestão de recursos e responsabilidades para lidar


com uma emergência.

Gestão do Risco de Desastres – Conjunto de decisões e conhecimentos técnicos, administrativas e


operacionais para reduzir os impactos das vulnerabilidade e exposição aos eventos extremos.

Mitigação – medidas que visam minimizar o impacto dos eventos extremos sobre uma comunidade
ou sociedade.

Mudanças climáticas - variação de longo termo das condições meteorológicas médias, causadas
pela natureza ou pela actividade humana.

Perigo - processo, fenómeno ou actividade humana que pode causar perda de vidas, lesões ou outros
impactos na saúde, danos à propriedade, interrupções sociais e económicas ou degradação ambiental.

Plano de resposta aos desastres – Conjunto de instrumentos, estratégias e decisões operacionais


padronizadas e harmonizadas para a gestão e resposta a um evento extremo.

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Preparação - os conhecimentos e capacidades desenvolvidas, a todos os níveis, para gestão e
resposta a um evento extremo.

Prevenção – Conjunto de medidas padronizadas que visam proteger pessoas e bens em caso de
ocorrência de um evento extremo.

Prontidão – é o estado de preparação técnica, material, financeira e humana para mitigar os efeitos
dos desastres.

Reconstrução/recuperação – Acções de médio e longo para a restauração sustentável de


infraestruturas.

Redução do Risco de Desastres - marco conceitual de elementos (normas e procedimentos) que têm
a função de minimizar a vulnerabilidade e limitar o impacto adverso de ameaças.

Resiliência - é a capacidade de um sistema, comunidade ou sociedade exposta a perigos, resistir,


absorver, acomodar, adaptar, transformar e recuperar dos efeitos de um perigo de forma oportuna e
eficiente

Resposta – Conjunto de medidas que visam salvar vidas, garantir saúde e segurança pública e
satisfazer as necessidades básicas das pessoas afectadas durante e após a ocorrência de um evento
extremo.

Risco – probabilidade de consequências prejudiciais ou perdas resultantes de interacções entre


fenómenos de origem natural ou antrópicos e as condições de vulnerabilidade.

Risco de Desastre – potencial perda de vidas, lesões e destruição de bens que possam ocorrer numa
comunidade ou sociedade por conta do impacto de um evento extremo.

Sistema de aviso prévio – mecanismo integrado de monitoria, previsão de ameaças e disseminação


de medidas preventivas contra eventos extremos.

Socorro – conjunto de medidas imediatas padronizadas para salvar vidas e prestar assistência as
vítimas de um evento extremo.

Vulnerabilidade – condições determinadas por factores físicos, sociais, económicos e ambientais


que aumentam a susceptibilidade das comunidades ao impacto dos perigos ou da ocorrência de
desastres.

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