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CONSELHO DE MINISTROS
Aprovado pela 39ª Sessão Ordinária do Conselho de Ministros no dia 27 de Outubro de 2020
1
ÍNDICE
SUMÁRIO EXECUTIVO............................................................................................................................................... 7
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................. 10
6. CENÁRIOS ...................................................................................................................................................... 19
12. ACÇÕES SECTORIAIS A REALIZAR NAS FASES DE PRONTIDÃO, RESPOSTA E RECUPERAÇÃO ....................... 24
13.2.1 RESPOSTA DA ACTUAL SITUAÇÃO DE INSEGURANÇA ALIMENTAR SEGUNDO AVALIAÇÃO DE INSAN ...................................... 52
13.3 RESPOSTA À EVENTUAIS SITUAÇÕES QUE POSSAM OCORRER FACE AO CENÁRIO II DO PC ....................................................... 52
13.4 ABRIGO .................................................................................................................................................................. 53
13.5 EDUCAÇÃO .............................................................................................................................................................. 55
13.6 ÁGUA E SANEAMENTO .............................................................................................................................................. 55
13.7 MATERIAIS NECESSÁRIOS E DISPONÍVEIS NO SECTOR DA SAÚDE ........................................................................................ 57
13.8 AGRICULTURA .......................................................................................................................................................... 58
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16. SECTORES DO CENOE: PAPEIS E RESPONSABILIDADES ............................................................................... 60
ANEXOS .................................................................................................................................................................. 62
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ACRÓNIMOS
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HCB - Hidroeléctrica de Cahora Bassa
HCT - Equipa Humanitária Nacional
HCTWG – Grupo de Trabalho da Equipa Humanitária Nacional
INAM – Instituto Nacional de Meteorologia
ICS - Instituto de Comunicação Social
INGC – Instituto Nacional de Gestão de Calamidades
JFM – Janeiro-Fevereiro-Março
MIC – Ministério da Indústria e Comércio
MTC – Ministério dos Transporte e Comunicações
MOPHRH – Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos
MITADER – Ministério da Terra Ambiente e Desenvolvimento Rural
MASA - Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar
MISAU – Ministério da Saúde
MINEDH- Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano
MINT - Ministério do Interior
MDN - Ministério da Defesa Nacional
MGCAS - Ministério do Gênero, Criança e Acção Social
OFDA – Gabinete para Assistência de Desastres no Exterior dos EUA
OIM – Organização Internacional para as Migrações
OND – Outubro-Novembro-Dezembro
OMS – Organização Mundial da Saúde
PRM – Polícia da República de Moçambique
PQG - Programa Quinquenal do Governo
PC - Plano de Contingência
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PMA – Programa Mundial de Alimentação
SARCOF - Fórum Regional da África Austral para a Previsão Climática
SAC - Sistema de Aviso de Cheias
SSTs - Temperaturas da Superfície do Mar (sigla em inglesa)
SADC – Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral
SETSAN - Secretariado Técnico de Segurança Alimentar
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SDSMAS -Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social
SMS - Serviço de Mensagens Curtas
UNAPROC - Unidade Nacional de Protecção Civil
UNHABITAT – Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos
UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância
VBG - Violência Baseada no Género
ZCIT - Zona de Convergência Intertropical
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SUMÁRIO EXECUTIVO
Moçambique é um País exposto a vários riscos ou ameaças1, devido nomeadamente à sua localização
geográfica e nível de pobreza. A elevada frequência, alternância e intensidade de eventos extremos
tem causado a interrupção do funcionamento normal da sociedade retardando, consequentemente, o
processo de desenvolvimento socioeconómico nacional. Estima-se que anualmente, cerca de 60 por
cento da população e aproximadamente 40 por cento do Produto Interno Bruto fica exposta a um ou
mais riscos ou ameaças.
A previsão climática sazonal para a época 2020-2021 na SADC, divulgada em Agosto de 2020 pelo
Fórum Regional de Previsão Climática para a África Austral (SARCOF), foi ajustada para o contexto
climatológico de Moçambique e interpretada para as áreas de hidrologia, agricultura e Saúde,
incluindo as suas implicações para sectores como educação, transportes, comunicações, energia,
pescas, indústria, comércio, entre outros.
Por seu turno, o trimestre Janeiro/Fevereiro/Março de 2021 poderá registar chuvas normais com
tendência para abaixo do normal no sudeste da província Niassa e toda a extensão da província de
Cabo Delgado; chuvas normais em quase toda a extensão da província de Nampula e nordeste da
província de Niassa; e chuvas normais com tendência para acima do normal para todo o País,
excepto a oeste da província de Nampula, nordeste da província de Niassa e toda a extensão da
província de Cabo Delgado.
1
A Lei n.º 10/2020 (Lei de Gestão e Redução do Risco de Desastres), de 24 de Agosto, no seu Artigo 12, considera Riscos
ou Ameaças os seguintes fenómenos: Cheias, inundações, seca, ciclones, incêndios, queimadas, epidemias e pandemias,
erosão, aluimentos de terras, derrames de hidrocarbonetos, terramotos ou maremotos e radiações nucleares, entre outros.
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No período de Janeiro-Fevereiro-Março de 2021, prevê-se: (i) Risco Baixo de Cheias nas Bacias
Hidrográficas do Limpopo, Inharrime, Govuro, Bacias Costeiras das Província de Cabo Delgado e
Nampula; (ii) Risco Moderado de Cheias nas Bacias Hidrográficas de Maputo, Umbelúzi, Incomáti,
Save Zambeze, Mecubúri e Rovuma (Sub-bacia do Lugenda); (iii) Risco Moderado a Alto de Cheias
nas Bacias Hidrográficas do Búzi, Púngoè, Megaruma , Montepuez, e Messalo; e (iv) Risco Alto de
Cheias nas Bacias Hidrográficas de Savane, Namacurra, Licungo e Raraga
Tomando como base as previsões climáticas o Sector de Agricultura perspectiva uma boa produção
agrícola, sobretudo nas regiões Centro e Norte.
Assim, no que diz respeito a satisfação das necessidades hídricas para o desenvolvimento das
culturas, o trimestres Outubro-Novembro-Dezembro de 2020, a Região Norte poderá registar um
índice Baixo (<60%) nas Províncias Cabo Delgado e Nampula e numa pequena faixa de Niassa,
índice moderado (60 à 85 %) para a província do Niassa e índice alto (85-100%) para uma pequena
faixa de Niassa; a Região Centro poderá registar índice moderado (60 a 85%) nas províncias de
Manica, Sofala, Zambézia e planalto de Tete, índice Baixo (<60%) na maioria dos distritos de Tete e
índice Alto (85-100%) numa pequena faixa das províncias de Sofala e Manica; e a Região Sul poderá
registar um índice Baixo (<60%) nas províncias de Maputo, faixa central de Gaza e sul de Inhambane,
e um índice moderado (60-85%) no Norte de Gaza e Inhambane.
Para o período Janeiro-Fevereiro-Março de 2021, espera-se índice alto (85 à 100%) nas províncias de
Niassa, Nampula e Cabo Delgado, na zona Norte; para a Região Centro espera-se um índice alto (85 à
100%) nas províncias de Manica, Sofala, Tete e Zambézia e índice moderado (75 a 85%) para os
distritos ao sul das províncias de Tete, Manica e Sofala. Para a Região Sul espera-se um índice baixo
(>70) nas províncias de Maputo, Gaza e Inhambane,
O Sector de Saúde espera que o trimestres Outubro-Novembro-Dezembro de 2020 registe um Risco
Alto de casos de malária na região central das províncias de Nampula e Tete e no norte da província
da Zambézia; e Risco Moderado de casos de Malária na Cidade de Maputo e província de Maputo,
em toda a extensão do litoral desde o sul ao norte do país e na província de Niassa.
Espera-se igualmente que durante toda a época chuvosa (Outubro de 2020 a Março de 2021) possam
ocorrer inundações urbanas, com maior impacto sobre os bairros urbanos e periféricos das Cidades de
Maputo, Matola, Beira e Quelimane.
A análise dos riscos ou ameaças a que o País está exposto, associada aos factores de vulnerabilidade e
das condições de mitigação dos riscos ou ameaças permitiram constituir os seguintes cenários de
população em risco:
Cenário I – Um total de 974.234 pessoas em risco de serem afecatadas por ventos fortes, seca e
inundações nas cidades e vilas.
Cenário II – Fenómenos do Cenário I (ventos fortes, seca e inundações nas cidades e vilas)
adicionados a ocorrência de cheias de magnitude alta e ciclones, elevando para 1.339.780 o número de
pessoas em risco.
Cenário III - Combinação do Cenário II acrescido a ocorrência de sismos, totalizando 1.545.780 o
número de pessoas em risco.
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Com base nas análises técnicas feitas, associadas as experiências dos anos anteriores, chegou-se a
conclusão de que o Cenário II é o mais provável de ocorrer no Pais sem, contudo, descartar a
possibilidade de ocorrência do cenário extremo. Outro factor a ter em conta, na época 2020-2021, é a
situação da insegurança alimentar e nutricional que está a afectar cerca de 2 milhões de pessoas que
necessitam de assistência imediata para fortalecer a sua capacidade de resiliência. A pandemia da
COVID-19 e a situação dos deslocados internos devido a ataques armados em Cabo Delgado e na
zona centro, poderá influenciar o universo da população que necessitará de assistência humanitária
durante a presente época chuvosa. Foi feita uma projecção que até ao fim do período chuvoso, isto é,
durante 6 meses, sejam registados pelo menos 360.000 casos de COVID em todo o País e um
universo de 768.298 deslocados internos por conta dos ataques armados em Cado Delgado e na Zona
Centro.
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1. INTRODUÇÃO
O Plano Anual de Contingência é o documento oficial do Governo de Moçambique que serve de base
para gerir o risco de desastres, assegurar a assistência humanitária e recuperação rápida, eficaz e
eficiente, a todos os níveis, durante a época chuvosa e ciclónica. Este documento é elaborado
anualmente pelo Conselho Técnico de Gestão de Calamidades (CTGC)2, com o envolvimento da
Equipa Humanitária Nacional (HCT)3. Os pressupostos para a elaboração do Plano de Contingência
são: o balanço da época chuvosa anterior, a previsão climática sazonal4 e a sua interpretação para a
Hidrologia, Agricultura e Saúde, os dados sismológicos, os impactos da acção humana e outras
informações e a probabilidade de ocorrência de emergências complexas.
O Plano de Contingência para a época 2020-2021 tem como objectivos gerir e responder aos riscos e
ameaças induzidas pela variabilidade hidro-climatológica ou pela acção humana sobre o meio
ambiente bem como assegurar a assistência humanitária e recuperação rápida, eficaz e eficiente a
todos os níveis, evitando, deste modo, a interrupção do funcionamento normal das actividades
socioeconómicas. Neste sentido, este Plano de Contingência destaca os seguintes aspectos:
a) Principais riscos ou ameaças susceptiveis de causar situações de emergência;
b) Zonas de risco e possíveis impactos;
c) Actividades sectoriais de prontidão, resposta e recuperação;
d) Recursos disponíveis e necessários para a gestão e redução do risco de desastres.
A época chuvosa 2019-20 foi marcada pelo início tardio de queda de chuvas em quase todo o País,
exceptuando as províncias de Niassa, Zambézia, planalto de Tete e norte de Sofala e Manica.
Nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane e o sul de Manica e Sofala, registaram períodos de
precipitações extremas, em algumas ocasiões, atingindo, em 24 horas, cifras acima de 200 milímetros,
nomeadamente Espungabera (201.5mm), Sussundenga, Manica, Gondola, Lichinga, Xai-Xai,
Chimoio, Catandica e Tambara (entre 100 a 120 mm).
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Integram o CTGC sectores ou instituições do Governo ligadas a prevenção, gestão e redução do risco de desastres
3
A HCT é constituída pelas Agências do Sistema das Nações Unidas e Organizações da Sociedade Civil que trabalham na área de redução do Risco de
Desastres.
4
A previsão Climática Sazonal é feita anualmente em Agosto pelo Fórum Regional da África Austral para a Previsão Climática (SARCOF) e mostra a
provável distribuição espacial da quantidade e queda de chuvas na SADC entre os meses de Outubro e Março.
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No trimestre Outubro-Novembro-Dezembro de 2019 as províncias de Maputo, Gaza, Inhambane e
Manica e algumas regiões de Tete, Sofala e Nampula registaram chuvas abaixo do normal. A
província de Cabo Delgado registou chuvas acima do normal nesse período.
A campanha Agraria 2019-2020, registou perdas numa área de 264.638 hectares com culturas
diversas, sobretudo milho, tendo afectado a 243.956 produtores, devido a pragas, inundações,
estiagem e elevadas temperaturas.
A época 2019/2020 registou 4.056.016 casos de malária e 602 óbitos, contra 4.026.431 casos e 696
óbitos da época anterior, representando uma redução de casos na ordem de 0,73% e de óbitos na
ordem de 16% . Grande parte dos casos ocorreram em Niassa, Sofala, Tete e Zambézia.
No que tange as diarreias, o País registou 3183.015 casos e 67 óbitos, contra 333.860 casos e 79
óbitos do ano anterior, representando uma redução de 6% de casos e 18% de óbitos.
2.5 Impacto dos eventos extremos registados na época chuvosa e ciclónica 2019-2020
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3. PREVISÃO CLIMÁTICA SAZONAL 2020/2021
3.1 Previsão da precipitação para o período de Outubro 2020 à Março 2021
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3. Risco Moderado a Alto de ocorrência de Cheias – Bacia do Savane
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O sector da agricultura prevê o seguinte Índice de
Satisfação Hídrica das Culturas (ISNH) para o período
Outubro-Novembro-Dezembro de 2020:
i) Recomendações Agrotécnicas
a) Divulgação do prognóstico da estação chuvosa;
b) Nas regiões com potencial produtivo, deve-se assegurar o escoamento da produção;
c) Monitorar as tendências da eclosão da lagarta invasora e reportar pontualmente às unidades de
Sanidade Vegetal;
d) Vigilância permanente da mudança climatéricas com impacto na produção agrícola
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3.2 Interpretação da previsão da época chuvosa 2020/2021 na Saúde
4.2.1 Impacto na Malária
Para o período Outubro-Novembro-Dezembro de 2020 espera-se:
Recomendações
a) Reforçar o controlo vectorial através do uso de redes mosquiteiras e pulverizações Intra
domiciliárias
b) Reforçar o sistema de vigilância para malária
c) Reforço da vigilância entomológica e epidemiológica
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4.2.2 Impacto nas doenças diarreicas no País
Para o período Outubro-Novembro-Dezembro de 2020, espera-se:
0 1 2 4 6 8
Km
Recomendações
Reforçar as intervenções de prevenção relacionadas a água, saneamento e higiene;
Reforçar o sistema de vigilância epidemiológica
Garantir o manejo adequado de casos e promover o maneio ambiental
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4. ANÁLISE DO RISCO DE DESASTRES
A previsão climática sazonal para a época chuvosa e ciclónica 2020/2021 indica que, no geral, há uma
tendência para a ocorrência de chuvas normais com tendência para acima do normal em todo o País, o
que poderá causar, em algumas cidades e vilas, a ocorrência de inundações urbanas. Igualmente, a
intensidade das chuvas previstas poderá causar cheias em regime moderado a alto nas bacias Maputo,
Umbeluzi, Incomati, Mutamba, Inhanambe, Save, Buzi, Pungoé, Savane, Zambeze, Namacurra,
Licungo, Raraga, Mecuburi, Megaruma, Montepuez, Messalo e Lugenda. Adicionalmente, poderão
ocorrer vendavais, descargas atmosféricas e ciclones tropicais, dada a localização geográfica do País.
A eclosão de epidemias, doenças de origem hídrica (com predominância para surtos de diarreias,
cólera e malaria), pragas e bolsas de seca e insegurança alimentar e nutricional (sobretudo nas zonas
com características áridas e semiáridas) constituem outros factores a se ter em conta durante toda a
época chuvosa.
Adicionalmente, a progressão de casos da COVID-19 poderá influenciar directa ou indirectamente o
sistema de gestão e redução do risco de desastres.
f) Insuficiente preparação do País e dos seus cidadãos para enfrentarem eficazmente o risco de
desastres na dimensão actual;
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j) Ineficiente implementação de medidas de redução do risco e aumento da resiliência nas
infraestruturas públicas;
5. FACTORES DE CONTENÇÃO
c) Instalação de sensores de alerta nas comunidades mais propensas aos eventos extremos.
f) Operacionalização de 100 rádios comunitárias que usam línguas locais para a divugação de
mensagens sobre as medidas preventivas e informações sobre a ocorrência de eventos
extremos;
i) Disponibildiade de veículos aéreos não tripulados, drones, usados para avaliação rápida do
impacto do desastre assim como mapeamento de áreas em risco.
6. CENÁRIOS
Em função das previsões climáticas sazonais para a região e a sua interpretação para o contexto
nacional nas componentes de meteorologia, hidrologia, agricultura e saúde, foram desenvolvidos três
cenários de população em risco que são descritos e apresentados abaixo.
6.1 Cenário I
O Cenário I é composto por ameaças localizadas de pequena magnitude e curta duração, mas com
impacto sobre as camadas populacionais mais vulneráveis. Este cenário inclui (i) Ventos Fortes, (ii)
Inundações localizadas nas Vilas e Cidades e (iii) Seca que poderão ocorrer em diferentes regiões do
País. Em algumas situações há possibilidade de ocorrência de descargas atmosféricas. As cidades de
Maputo, Matola, Beira, Quelimane e Pemba poderão registar inundações urbanas. Igualmente, espera-
se ocorrência de estiagem/stress hídrico, sobretudo nas regiões Sul e Centro do País. Pondo em risco o
desenvolvimento das culturas.
Neste contexto, estima-se que 974.234 pessoas possam estar em risco caso ocorram ventos fortes,
inundações e seca (ver tabela 2).
Populacao em Risco
Inundacaoes
Provincia Ventos fortes (Cidades e Vilas) Seca Total do Cenario I
Niassa 6 350 2 900 0 9 250
Cabo Delgado 27 900 4 420 0 32 320
Nampula 18 139 6 655 0 24 794
Zambezia 21 100 45 000 34 000 100 100
Tete 2 982 468 168 695 172 145
Manica 3 916 0 4 906 8 822
Sofala 24 578 54 675 43 272 122 525
Inhambane 4 028 8 750 99 563 112 341
Gaza 18 114 12 845 271 744 302 703
Maputo Prov 15 459 7 366 54 574 77 399
Maputo Cidade 1 174 10 526 135 11 835
Total 143 740 153 605 676 889 974 234
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6.2 Cenário II
O Cenário II é a combinação das dos riscos ou ameaças do Cenário I (ventos fortes, inundações
localizadas nas Vilas e Cidades e Seca) com a probabilidade de ocorrência cheias nas bacias
hidrográficas e de ciclones. Neste cenário estima-se que 1.684.769 pessoas possam estar em risco, das
quais 365.546 em risco de cheias e 344.989 pessoas em risco de ciclones – (Tabela 3).
As províncias de Gaza e Maputo (Cidade e província) apresentam um risco baixo de serem afectados
por ciclones tropicais devido a sua localização.
Total do
Provincias Cenario I Risco de Cheias
Risco deCiclones Cenario II
Niassa 9 250 6 700 0 15 950
Cabo Delgado 32 320 9 980 22 200 64 500
Nampula 24 794 35 225 128 941 188 960
Zambezia 100 100 113 439 61 725 275 264
Tete 172 145 10 363 0 182 508
Manica 8 822 21 645 2 018 32 485
Sofala 122 525 60 205 57 577 240 307
Inhambane 112 341 17 375 62 633 192 349
Gaza 302 703 82 469 3 400 388 572
Maputo Prov 77 399 8 145 3 200 88 744
Maputo Cidade 11 835 0 3 295 15 130
Total 974234 365546 344989 1684769
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7. PROJECÇÃO DO NÚMERO DE DESLOCADOS INTERNOS DEVIDO AOS
ATAQUES ARMADOS
A situação da COVID-19 que afecta o país desde Março do ano em curso é igualmente tomada em
consideração no actual Plano de Contingência, como um assunto transversal. A COVID-19 terá
igualmente impacto na operacionalização do actual Plano de Contingência, pois a fase de propagação
comunitária requer um redobrar de esforços sectoriais a todos os níveis. A tabela abaixo apresenta a
situação prevalente até 08 de Outubro, embora no contexto do Plano de Contingência tenha sido feita
uma projecção da tendência para 6 meses.
Para próximos 6 meses foi considerada a média diária de 200 casos. Assim sendo espera-se que até ao
fim do período chuvoso sejam registados pelo menos 36.000 casos de COVID em todo o país.
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Estima-se que cerca de 900.000 hectares com culturas, sobretudo milho e arroz, possam estar em
risco, afectando 540.000 produtores. O sector da agricultura igualmente prevê que possa ocorrer
algumas doenças e epidemias em animais - febre Aftosa, febre do vale do Rift, Carbúnculos Hemático
e Sintomático, Newcastle, Tripanosomases, Dermatoses, Peste de Pequenos Ruminantes e Raiva.
No que tange a sanidade vegetal, o sector da agricultura preve que possam se registar pragas
migratórias como a lagarta do funil do milho, a Lagarta Invasora, o Pardal do Bico Vermelho e o Rato
de Campo.
O presente Plano de Contingência, estima que 11.408 pessoas possam ser confrontadas com
desnutrição, entre elas 2.304 pessoas em risco de desnutrição aguda e 9.103 crianças em risco de
desnutrição moderada.
b) Na província da Zambézia as estradas em risco são: N/C Bive – Maganja da Costa, 644 Maganja –
Nante Cariua, R645 Maganja-Mabala, R643 Namacurra – Macuse, R1118 Namacurra – Forquia,
R654 Ragone - Namarroi R1102 Ragone – Gurue.
c) Na província da Sofala deverá se prestar maior atenção nas seguintes vias de acesso: N1, Rio save
– Muxungue, com maior incidência na bacia do Ripimbe, R520 Inhamichindo – Grudja, R1001
Inhaminga – Casa Banana, R564 Gorongosa – Piro, R1001, Inhaminga – Mazamba – Casa Banana,
CRZ N6-Savane, para alem de áreas consideráveis em risco moderado;
d) Na província da Manica deverá se prestar maior atenção nas seguintes vias de acesso: R260 onde
se aventa uma possível submersão do drift sobre o rio Buzi. R441 Espungabera – Chaiva (Rio
Mossurize) e N/C Cruz R521 (Chaiva) – Garagua, N/C Cruz N260 – Central de Mavuze e a R952
Cruz. R441 – Mabzissanga (drift), R529 Cruz N7 – Nhacolo – Limite com a Provincia de Sofala e
a N/C Cruz R529 (Inhacafula) - Buzua. Alguma atenção devera ser dada a outras secções indicadas
no mapa cujo risco previsto e moderado;.
e) Na província da Tete deverá se prestar maior atenção na seguinte via de acesso: N222 Madamba –
Rio Chire, no desvio provisório junto as obras da ponte sobre o Rio Mucalanga.
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12. ACÇÕES SECTORIAIS A REALIZAR NAS FASES DE PRONTIDÃO, RESPOSTA E
RECUPERAÇÃO
As acções de prontidão, resposta, e recuperação poderão ser realizadas ao longo do ano. Contudo, no
período de Outubro à Dezembro, poderão predominar as acções de prontidão e intervenções de
resposta. Neste sentido, acções como (i) a elaboração do plano anual de contingência, (ii) a
preposição estratégica de bens e suprimentos de emergência, (iii) importação de suprimentos de
emergência adicionais para responder às necessidades prementes, e (iv) a coordenação e monitoria,
constituem algumas das actividades críticas a serem realizadas nestes períodos.
No período de Janeiro à Março, maior incidência poderá ser para as acções de resposta como (i) a
operacionalização dos planos de contingência, (ii) realização das avaliações rápidas das necessidades
para informar o plano de resposta, e (iii) a avaliação das necessidades de reconstrução e recuperação
pós emergência.
O período de Abril à Setembro é reservado para as acções de recuperação e resposta, incluindo, entre
outras, (i) a implementação da estratégia multissectorial de recuperação e reconstrução (Ex:
reassentamento, reconstrução assistência alimentar, projecto de geração de renda); e (ii) monitoria da
implementação das actividades e programas de recuperação. Algumas aquisições de materiais para
pré-posicionamento e que estejam nos parâmetros das normas de funcionamento do Fundo de Gestão
de Calamidades, também poderão ocorrer nesse período.
A implementação das acções de prontidão, resposta e recuperação poderá acontecer a todos os
níveis, desde o central aos órgãos locais, incluindo os municípios, cabendo a cada um desses níveis
garantir a planificação, monitoria, supervisão e assistência técnica e a implementação dos planos de
resposta.
O quadro a baixo apresenta o resumo das actividades a serem implementadas no contexto do presente
Plano de Contingência.
25
Tabela 9: Actividades sectoriais no contexto de resposta e gestão de emergências
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chuveiros e pontos de abeberamento; carracicidas, desparasitações e o
k) Monitorar permanentemente a situação tratamento de animais nas zonas
sanitária com enfoque para a Febre Aftosa, afectadas;
Febre do Vale do Rift e doença de Língua j) Disponibilizar os medicamentos,
Azul; drogas carracicidas,
desinfetantes e suplementos para
as zonas de difícil acesso.
Instituições Prontidão Resposta Recuperação
MTC/INAM a) Interpretar e divulgar a previsão climática a) Intensificar a monitoria dos Avaliar o comportamento dos
sazonal e implicações para os diversos fenómenos meteorológicos; fenómenos meteorológicos e seus
pontos do país; b) Divulgar os avisos e alertas impactos na planificação e execução
b) Monitorar permanentemente os fenómenos com indicação da magnitude dos planos/estratégias de
meteorológicos; do fenómeno e zonas de risco; recuperação pós-emergências.
c) Reforçar a capacidade de observação nas c) Produzir informações de
estações meteorológicas; acompanhamento da evolução
d) Repor os meios necessários para a dos fenómenos.
comunicação e transmissão da informação.
MITA a) Identificar as áreas para reassentamento em a) Organizar os Centro de a) Assegurar que o processo de
zonas seguras; acomodação /reassentamento; expansão dos bairros de
b) Mapear os centros de acomodação; b) Demarcar e atribuir talhões reassentamento seja de forma
c) Sensibilizar as populações para se retirarem para reassentamento; ordenada com uso do Manual de
das zonas de risco de desastres. c) Construir abrigos temporários Técnicas Básicas de
em centros de acomodação e Planeamento Físico;
d) Mapear parceiros com capacidade de
reassentamento. b) Incorporar os bairros de
resposta e preenchimento das lacunas
reassentamento no cadastro
identificadas na implementação dos planos;
nacional de terras;
e) Participar no mapeamento e colocação de
c) Realizar o levantamento
placas de proibição nas áreas susceptíveis a
socioambiental das áreas
desastres naturais.
afectadas pela seca e cheias;
a) Elaborar o plano de pormenor
dos bairros de reassentamento;
b) Monitorar e implementar os
Planos nos bairros de
reassentamento.
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c) Atribuir DUAT em áreas
demarcadas para
reassentamento;
d) Discutir com as populações as
alternativas disponíveis para o
reassentamento
Instituições Prontidão Resposta Recuperação
MIC a) Avaliar a disponibilidade de alimentos, a) Comprar produtos alimentares a) Apoiar nos processos de
recursos e outros bens essenciais; em locais alternativos e aquisição/compras de produtos;
b) Mobilizar e estabelecer contactos com seguros; b) Emitir pareceres para a entrada
potenciais fornecedores de bens de b) Emitir pareceres sobre a de produtos doados para a
consumo durante e depois da ocorrência da entrada de produtos para a emergência;
emergência; emergência; c) Repor a rede comercial
c) Identificar, definir e mapear os fluxos de c) Participar na triagem de danificada nas zonas afectadas;
bens de consumo, das zonas excedentárias produtos doados antes de d) Participar e estimular acções de
ou com disponibilidade para as zonas serem distribuídos transformação e enriquecimento
afectadas. d) Monitorar preços de venda de de produtos alimentares;
d) Promover campanhas de sensibilização a produtos com maior incidência e) Prevenir a comercialização de
operadores económicos a fim de garantir a nos locais de carência no produtos deteriorados e
reserva alimentar das populações; período de estiagem; destinados a assistência
e) Promover actividades de geração de renda e) Realizar feiras de produtos de humanitária;
com forma de reduzir o impacto dos primeira necessidade e f) Monitorar preços de venda de
desastres e combate à fome. agrícolas no período de seca; produtos com maior incidência
f) Monitorar os mercados nos locais de carência no período
internos e a variação dos de estiagem;
preços; g) Avaliar os resultados sobre o
g) Prevenir a distribuição e processo de abastecimento de
comercialização de produtos produtos;
deteriorados ou destinados a h) Mobilizar agentes económicos
assistência humanitária. para a reposição dos stocks.
h) Fazer levantamento de
infraestruturas comerciais e i.
industriais danificadas.
29
Instituições Prontidão Resposta Recuperação
MIMAIP a) Identificar locais para atracagem das a) Avaliar e monitorar
embarcações de pesca; a) Repor tanques piscícolas, regularmente a implementação
b) Identificar possíveis fontes de embarcações, artes de pesca, do plano/estratégias de (re)
financiamento para as actividades do infraestruturas de apoio a construção e recuperação;
sector, priorizadas no quadro das acções de pesca eventualmente b) Assegurar que todos os
prontidão, resposta e recuperação; danificados; pescadores e piscicultores têm
c) Identificar proletários locais de b) Prestar assistência técnica aos acesso a meios para continuar
embarcações que possam reforçar o piscicultores na reabilitação e suas actividades tenham sido
processo de busca e salvamento bem como construção de tanques nos afectadas pelas intempéries.
o transporte de bens alimentares. locais seguros
MGCAS a) Disseminar as mensagens em linguagem a) Realizar acções de a) Sensibilizar as comunidades
adequadas para cada tipo de deficiência; monitoria do impacto dos para a evitar a ocorrência de
b) Assegurar presença nos processos de desastres sobre os grupos violência baseada no género, nos
denúncia de desrespeitos aos seus direitos vulneráveis; bairros de acomodação e/ou
das mulheres e outros grupos de risco; b) Conduzir a avaliação rápida bairros de reassentamento;
c) Mobilizar fundos junto aos parceiros de sectorial e complementar b) Realizar visitas de monitoria
cooperação do sector de Proteção para com dados secundários as áreas afectadas para garantir
aquisição diversos materiais para resposta desagregados por sexo e que todos os grupos vulneráveis
d) Realizar acções de influência, advocacia e idade e priorizar os grupos identificados tenham acesso aos
articulação, para maior envolvimento dos populacionais mais serviços sociais protecção e
parceiros no resgate, assistência e vulneráveis; saúde;
protecção social às populações vulneráveis. c) Activar planos de protecção c) Divulgar informações sobre os
e assistência, aos grupos serviços e locais de atendimento
vulneráveis; às crianças e mulheres vítimas
d) Activar mecanismos de de violência e abuso;
prevenção e resposta contra a d) Identificar beneficiários
violência e abuso, e divulgar elegíveis para os programas
informações sobre os serviços de Protecção Social
de atendimento às adolescentes
e mulheres vítimas de
violência;
e) Apoiar actividades recreativas
para adolescentes e criação
30
provisão de serviços amigos do
adolescente e jovens;
f) Monitorar a assistência
humanitária e protecção a
adolescentes, jovens e
mulheres grávidas;
g) Garantir a iluminação em
locais críticos como sanitários;
h) Assegurar a presença de
pessoal feminino treinado e
sensível ao género no local;
i) Aumentar a oferta de serviços
de protecção e referência
favoráveis às mulheres;
j) Garantir assistência psico-
social às pessoas afectadas
pelos Desastres.
31
e) Divulgar mensagens-chave de sexual e reprodutiva amigos do grávidas e lactantes tenham
Informação, Educação e Comunicação adolescente e jovens (SAAJ) acesso aos serviços de saúde;
(IEC) sobre a prevenção de durante a implementação. g) Manter stocks de produtos
enfermidades relacionadas com a época e) Garantir serviços básicos de terapêuticos, suplementos
chuvosa; HIV e SIDA e outras ITS alimentares e nutricionais
f) Assegurar stocks suficientes de durante a implementação no (ATPU, ASPU, F75, F100) para
produtos terapêuticos (F-75, F-100, que concerne à Prevenção da o tratamento da desnutrição.
ATPU, BP-50 e ReSoMal) e Transmissão Vertical, Rastreio h) Assegurar a suplementação com
suplementos alimentares (BP-50, CSB de ITS, cuidados e tratamento; vitamina A para todas as
Plus) e nutricionais (Ferro, Acido f) Fornecer materiais (produtos crianças de 6-59 meses que não
Folico, Vitamina A, Mebendazol) e terapêuticos, suplementos receberam nos 6 meses
medicamentos de rotina. alimentares e nutricionais – anteriores, Desparasitação com
g) Promover e divulgar produtos ATPU, ASPU, F75 e F100 – e mebendazol para todas as
localmente disponíveis e acessíveis medicamentos) e a crianças de 12-59 meses e
com elevado valor nutricional desparasitação com mulheres grávidas;
h) Assegurar a identificação de pessoas mebendazol; i) Suplementar com ferro/ ácido
vivendo com doenças crónicas (HIV, g) Realizar actividades de fólico para as mulheres grávidas,
Tensão, Diabetes) nas zonas de risco e divulgação dos produtos até 3 meses após o parto e
manter confidencialidade em relação as localmente disponíveis com raparigas adolescentes 10-19
doenças crónicas. elevado valor nutricional anos
h) Garantir/monitorar a j) Realizar a triagem nutricional a
continuidade do tratamento de todas as crianças menores de 5
pessoas com doenças crónicas anos, adolescentes até 15 anos e
(HIV, Tensão, Diabetes), mulheres grávidas e lactentes
assim como as suas profilaxias k) Continuar com as actividades de
i) Distribuir preservativos e fazer promoção, protecção a
campanhas de sensibilização alimentação infantil.
para prevenção do HIV e l) Distribuir material educativo
Violência Baseada no Gênero sobre alimentação infantil e
aleitamento materno a população
afectada.
m) Formar grupos de mães e
parceiros sobre práticas de
alimentação infantil nas zonas
32
afectadas
n) Promover e divulgar produtos
localmente disponíveis com
elevado valor nutricional.
o) Garantir a referência para as
Unidades Sanitárias para a
continuidade de cuidados em
relação ao HIV e SIDA
Instituições Prontidão Resposta Recuperação
MINEDH a) Reciclar de técnicos, gestores escolares, a) Realizar encontros de a) Avaliar as necessidades de
professores e Comité Escolar de Gestão do coordenação com os parceiros reconstrução e recuperação pós
Risco de Desastres (CEGRD) para o de emergência no sector; emergência;
retorno seguro a escola; b) Implementar medidas para b) Monitorar o grau de desempenho
b) Reciclar técnicos, professores e CEGRD reduzir os riscos de violência dos CEGRD;
nos distritos de alto risco de ocorrência de baseada no gênero através de c) Elaborar e implementar o plano
desastres naturais em matéria de Apoio uma rede da de reconstrução e recuperação;
Psicossocial e GRD; comunicação/Linha Verde; d) Monitorar o grau de
c) Reciclar técnicos, professores em matéria c) Efectuar o levantamento do implementação do plano de
do Plano de Emergência Básico Escolar impacto dos desastres no reconstrução e recuperação,
(PEBE); sector da Educação; incluindo a reposição das aulas.
d) Implementar o Plano de Emergência d) Prover material escolar às e) Fortalecer a prontidão escolar
Básico nas escolas com maior risco de escolas mais afectadas; através da implementação e
desastres; e) Fornecer alimentação escolar expansão do plano de
e) Reciclar técnicos, professores sobre os de emergência; emergência básico de escola
princípios de Protecção contra Exploração f) Criar condições para o (PEBE);
e Abuso Sexual (PEAS) nas emergências; funcionamento normal de aulas f) Mobilizar fundos para realização
f) Pré-posicionar material escolar para nos centros de acomodação de actividades na fase de
emergências; temporária e Bairros de recuperação;
g) Realizar formações sobre PEBE Reassentamento; g) Realizar Formações sobre PEBE
h) Pré-posicionar materiais básicos para g) Elaborar e implementar plano h) Mobilizar fundos para realizar as
apetrechamento das salas de aula (por de resposta. actividades do sector pós
exemplo, cadeiras, quadros pretos, giz, h) Monitorar o processo de ensino desastres.
lonas); e aprendizagem nos centros de
33
i) Pré-posicionar livros de aluno (sobre tudo acomodação e bairros de
para as primeiras três classes de ensino reassentamento.
primário);
j) Pré-posicionar ingredientes nos armazéns
seguros para um lanche escolar para as
escolas afectadas e informar os técnicos
sobre o Programa da Alimentação Escolar;
k) Fortalecer a observância de padrões de
construção resiliente;
l) Divulgar a previsão climática sazonal nas
Direcções provinciais e serviços distritais
de educação.
Instituições Prontidão Resposta Recuperação
34
MOPHRH/H a) Verificar os meios de comunicação a) Comunicar permanentemente a) Preparar e disseminar o relatório
ABITAÇÃO nomeadamente: Telefones e Rádios; com entidades gestoras dos da avaliação da época chuvosa
b) Fazer manutenção dos meios circulantes recursos hídricos e de 2019/20;
(Viaturas); barragens nos países de b) Inspecionar e reabilitar a rede
c) Realizar encontros com outras entidades montante, particularmente hidro-climatológica pós-cheias.
gestoras dos recursos hídricos e de entre ARA-Centro e ZINWA c) Recalibrar os modelos
barragens nos países de montante, do Zimbabwe, ARA-Zambeze hidrológicos
particularmente entre ARA-Centro e Zinwa e as congéneres do Zimbabwe d) Recuperar/reabilitar
do Zimbabwe, ARA-Zambeze e as e Zâmbia; infraestruturas hidráulicas
congéneres do Zimbabwe e Zâmbia (ARA b) Intensificar o monitoramento (diques, barragens, açudes,
Sul, DRI/DNGRH?). sistemático dos níveis de reservatórios escavados);
d) Inspecionar e manter a rede hidrológica do água/caudais bem como a e) Repor a rede de estações hidro-
sistema de aviso de cheias (SAC); previsão dos mesmos usando meteorológicas;
e) Realizar campanhas de medição de caudal; modelos já existentes (garantir f) Implementar o plano de
f) Gerir as albufeiras tendo em conta os informação em tempo útil); recuperação e reconstrução pós
cenários dos caudais afluentes e a situação c) Emitir e disseminar emergência;
a jusante de cada bacia hidrográfica. diariamente Boletins g) Fazer levantamento da
Hidrológicos ao nível Regional disponibilidade de recursos
(ARAs) e Nacional (DNGRH) hídrico nas zonas afectadas pela
Emitir comunicados de seca/estiagem, com vista a
imprensa; identificar fontes alternativas
d) Continuar a realização de para o abastecimento de água.
campanhas de medição de
caudal.
35
MOPHRH/D a) Actualizar/identificar as capacidades a) Realização de levantamento a) Realizar o levantamento da
NAAS existentes no sector e mapeamento dos rápido da situação e situação e necessidades em água,
parceiros Emergência WASH; necessidades em água, saneamento e higiene;
b) Realizar encontros com todos parceiros saneamento e higiene; b) Avaliar os danos sobre as
chave do sector para b) Fornecimento de água segura infraestruturas das fontes de
coordenação/preparação de resposta a (respeitando padrões mínimos) abastecimento de água e
emergência; e de infraestruturas de saneamento e necessidades de
c) Reforçar das capacidades das províncias e saneamento; reconstrução e recuperação pós
distritos na planificação, monitoria e c) Prover equipamentos e emergência;
resposta atempada de emergência; materiais para: (a) tratamento, c) Apoio a reabilitação e construção
d) Inventariar, reparação/manutenção e Pré- conservação, distribuição de de latrinas familiares, fontes de
posicionar equipamentos & materiais de água (b) deposição de excretas água com activo envolvimento
emergência disponíveis no País; humanas e resíduos sólidos (c) das famílias/comunidades
e) Pré-posicionar equipamentos e materiais promoção das boas práticas de d) Prover condições de saneamento
para tratamento, conservação, transporte e higiene; de água e continuidade da
distribuição de água; d) Disseminar, em coordenação operacionalidade dos serviços de
f) Pré-posicionar tanques móveis de com outros sectores, as água e saneamento
abastecimento de água nos centros de mensagens chaves sobre e) Contínuo apoio na
acomodação, casas de acolhimento e prevenção de doenças implementação das actividades
bairros de reassentamento; diarreicas, incluindo, cólera, de promoção de higiene;
g) Disseminar, mensagens de boas práticas de informação sobre a boa f) Restabelecer o abastecimento de
higiene, saneamento e utilização racional conservação da água em casa, água após a emergência.
da água; instruções técnicas de
h) Mobilização de Recursos junto dos construção de latrinas;
parceiros de cooperação de modo a fazer e) Fornecimento de materiais e
face à demanda de abrigos. apoio técnico, para construção
de latrinas
f) Abastecer de água nas zonas
onde as fontes estejam
submersas.
Instituições Prontidão Resposta Recuperação
36
MOPHRH/ a) Prestar apoio técnico e metodológico para a a) Participar sempre que necessário a) Participar na supervisão e prestar
HABITAÇÃO execução das principais actividades; na coordenação, registo e controlo assistência técnica na
E b) Identificação e inventariação de locais do número das famílias afectadas reconstrução/construção de
URBANISM seguros para acomodação provisória; nos centros de acomodação casas;
O c) Identificação de rotas de evacuação rápida; provisória (CA); b) Prestar assistência técnica na
d) Avaliar o nível de capacidade de acomodar b) Participação na coordenação das produção de materiais de
novas famílias nos Bairros de acções de acomodação das construção com base nos
Reassentamento (BRs) ja existentes. famílias/pessoas deslocadas em recursos locais;
e) Aquisição de equipamentos para a abrigos temporários; c) Monitoria da prestação de
produção de materiais de construção de c) Participar sempre que necessário assistência técnica ao processo
baixo custo e resistentes a calamidades, na construção de abrigos de reconstrução e ou construção
provisórios (tendas) em áreas de casas tecnicamente
seguras melhoradas para a habitação;
d) Coordenar a transferência das d) Divulgar técnicas de construção
populações afectadas dos CA para de habitação resiliente,
os seus locais de residência ou para utilizando materiais locais.
os BRs (existentes/novos
e) Participar na inventariação
preliminar dos danos em habitação;
Coordenação e participação dos
líderes comunitários em acções de
transferência rápida das vítimas dos
abrigos provisórios para talhões já
demarcados.
MOPHRH/A e) Informar ao CTGC do ponto de a) Repor a rede afectada;
NE/ESTRAD a) Celebrar contratos de manutenção de rotina situação sobre b) Mobilizar Pontes metálicas e
AS bianuais e trianuais de reparação e transitabilidade das estradas. peças pré-fabricadas a partir dos
manutenção de estradas; f) Identificar vias alternativas nas respectivos armazéns regionais
b) Activar todas instruções relacionadas com situações em que ocorra (Boane, Dondo e Nacala) para a
a limpeza dos órgãos de drenagem em interrupção duma estrada construção de passagens
todos contratos de manutenção; devido ao corte e/ou destruição hidráulicas, em caso de corte de
c) Manutenção das estradas vitais da Rede dos órgãos de drenagem alguma estrada.
Nacional, com maior atenção para aquelas provocado pelas chuvas. c) Avaliar os danos registados
que ciclicamente sofrem danos durante a g) Limitar a velocidade para a durante a emergência (elaborar
37
época chuvosa. circulação de veículos (< os projectos resilientes e
d) Assegurar a presença de empreiteiros de 40Km/hora) durante o período orçamentar);
manutenção nas principais estradas da chuvoso ao longo das estradas d) Fazer reconstrução pós
rede rodoviária durante o período chuvoso; não revestidas e na travessia de emergência (realização de obras
e) Mobilizar fundos para responder as estruturas hidráulicas e/ou definitivas);
actividades de emergência; obras de arte, de modo a evitar e) Monitorar o processo de
f) Controlar a carga admissível, através da escorregamentos, despistes, reconstrução;
observância dos dispositivos legais, em capotamentos, danificação das
coordenação com a Polícia de Trânsito. estruturas.
g) Promover educação cívica aos h) Monitorar a situação, através
transportadores de carga, no sentido de das comissões de emergência,
aceitarem a interdição da circulação dos que envolvem os Governos
camiões durante o período chuvoso na rede Distritais, os líderes
de estradas não revestida. comunitários, as comunidades
h) Identificar atempadamente empreiteiros residentes ao longo das vias, a
com capacidade de mobilização imediata Polícia de Trânsito, a equipe
(equipamento, pessoal, etc.), de modo a de Fiscalização e Técnicos da
responder às solicitações de emergências. ANE.
i) Reestruturar estaleiros de Pontes Metálicas i) Monitorar diariamente as
em Boane, Dondo e Nacala, garantindo-se condições de transitabilidade
que em cada região existam pelo menos na rede de Estradas das
2.000 metros de Pontes – processo já Províncias, contando para a
iniciado. materialização desta acção
j) Criar Acampamentos de Estradas para com a colaboração dos
servirem de Brigadas de Manutenção de Governos Distritais, através
Estradas e Reparação de Obras de dos Serviços Distritais de
Emergência com mínimas condições- Em Planeamento e Infraestruturas;
curso. j) Mobilizar rapidamente
k) Reforçar as infraestruturas existentes nas empreiteiros para reparações
zonas de risco, com a construção, de emergência (Reparação de
reabilitação ou reforço dos órgãos de estruturas de drenagem e
drenagem, para que sejam mais resilientes. algumas actividade de
l) Melhorar o planeamento do uso da terra, manutenção periódica ou de
aquando da implantação das infraestruturas melhoramento localizados
38
rodoviárias. como abertura de valetas,
m) Melhorar a especificação técnica para a abaulamentos, reparações de
construção, reabilitação e/ou manutenção plataformas, ensaibramento,
de estradas sem, contudo, comprometer os remoção de objectos estranhos
custos envolvidos. nas estradas, etc.) com vista a
garantir a reposição da
transitabilidade cómoda e
segura de estradas
k) Receber informações de danos
que superem a capacidade de
intervenção ao nível da
Província. Reforço de
sinalização de emergência de
modo a evitar acidentes e
outros transtornos que possam
ser ocasionados pela situação
de emergência;
MIREME/E a) Estabelecimento de equipas de avanço nos Monitorar permanentemente o a) Recuperar e repor rapidamente
NERGIA locais previamente definidos como zonas comportamento da rede todo sistema eléctrico.
de potenciais riscos e em prontidão para eléctrica, com incidência nas b) Monitorar os trabalhos de
qualquer intervenção de emergência, em zonas de travessia de rios. recuperação de todas
função da divulgação da previsão climática infraestruturas do sector de
para época 2020/21; energia;
39
com particular destaque para o Save e
Messalo;
40
de falhas activas; e
g) Fazer manutenção curativa dos
instrumentos instalados nas
estações sismográficas.
41
13. BENS E DISPONÍVEIS E NECESSÁRIOS
As operações de busca e salvamento poderão ser garantidas por pelo menos 875 agentes da Unidade
Nacional de Proteção Civil, sendo de destacar militares, Polícia de protecção Civil, técnicos do INGC
entre outros. Em relação aos materiais de comunicação disponíveis estão contabilizados megafones,
telefones satélites, rádios fixos para além dos telefones móveis pessoais.
INSTITUIÇÕES
A.
PROVÍNCIA SER. C. Unidades
PRM SENSAP INGC MARITIM CVM Total
MOÇ Militares
A
Maputo 10 15 30 6 60 145 266
Gaza 15 15 12 10 4 56
Inhambane 5 7 5 2 19
Sofala 15 15 10 15 4 20 79
Tete 15 15 5 3 60 10 108
Zambézia 15 15 10 4 30 74
Nampula 30 10 15 2 20 30 107
C. Delgado 15 10 6 6 60 15 112
Niassa 15 10 4 5 20 54
Total 135 112 97 27 54 180 270 875
5 A UNAPROC integra quadros do INGC, Ministério da Defesa Nacional, Ministério do Interior e Cruz Vermelha de Moçambique.
51
13.2 ASSISTÊNCIA ALIMENTAR
As necessidades para assistência alimentar descritas no presente plano consideram dois contextos:
a) Resposta da actual situação de insegurança alimentar devido a seca;
b) Risco de cheias e ciclones na presente época chuvosa.
Assim, foi considerada uma percentagem de 30% do total de pessoas em risco no cenário II,
o número da população em risco de seca analisado anteriormente, correspondente a 505.431
pessoas necessitadas. Para satisfazer as necessidades estima-se em 12 mil toneladas de
produtos alimentares necessários para cobrir um período de 3 meses. Ver tabela 13
52
Tabela 13: Bens alimentares necessários e disponíveis para assistência alimentar
13.4 Abrigo
O abrigo é um determinante relevante para a sobrevivência de pessoas afectadas no estágio
inicial de uma emergência. O abrigo é necessário para providenciar segurança, protecção
pessoal contra os eventos climáticos e promover resistência às possíveis doenças.
Os principais materiais usados no sector do abrigo são as tendas, lonas e kit de ferramentas
para instalação das tendas/lonas. Outro recurso para o abrigo temporário são as salas de
aulas localizadas em zonas seguras e que devem ser identificadas com antecedência como
lugares de abrigos seguros. Contudo, a coordenação com o sector de educação é de extrema
importância para evitar a paralisação das aulas.
53
Segundo a tabela abaixo, o stock de lonas e tendas disponíveis pode cobrir 74 mil pessoas.
A componente de abrigo regista um défice de 865 tendas familiares, 5.308 kits de abrigo,
entre outros – Ver tabela 15.
Lonas Familiares 4x6m 110.000 707 30 352 31 059 50 000 (28 941)
Tabela 16: Salas de Aula e outros locais disponíveis para abrigo temporário
Abrigos Temporários
Escolas Casas de Culto Armazéns
Campos
Casas de
Sala de Latrinas Latrinas Latrinas Espaços
de Armazéns Futebol
Aula Existent. Existent. Existent. P/ CA
Local Culto
Nampula 1513 165 233 0 0 0 0 0
Zambézia 415 0 221 0 34 0 55 0
Tete 429 229 183 91 33 16 0 0
Manica 787 856 122 0 11 0 0 0
Sofala 814 197 66 0 8 0 0 214
Inhambane 762 265 147 211 23 11 0 0
Gaza 964 884 250 255 39 30 0 0
Total 5 684 2 596 1 222 557 148 57 55 214
54
Além dos Centros de Acomodação existem pessoas que recorrem à famílias de
acolhimento, reduzindo significativamente a pressão nos Centros de Acomodação. Contudo
este acto de solidariedade implica uma sobrecarga para as famílias de acolhimento. Deste
modo há necessidade de potenciar a assistência aos afectados abrigados nestas famílias em
função das suas necessidades.
13.5 Educação
Bens Disponíveis
Quant. Bens Total no
Item Necessários Governo Parceiros Pais Défice
Tendas Escola 250 20 20 -230
Kit de Alunos 200 000 32 558 30 62 558 -137 442
Kit de Professores 50 000 74 850 74 850 -24 850
Kit Escola 4 000 20 939 190 21 129 -17 129
Kit de Desenv.da 1a Infancia 250 120 120 -130
Quadros Portátil 4 000 298 190 488 -3 512
Lona 5x60 m 100 15 15 -85
Lona para Cobertura 15 000 9 936 2 11 836 -3 164
55
Tabela 18: Meios Necessários e Disponíveis – Água
Para além de utensílios domésticos para apoio às famílias mais necessitadas e alojadas nos
Centros de acomodação, regista-se um défice de cerca de 1.843 redes mosquiteiras, entre
outros itens constantes da tabela 20.
56
Tabela 20: Protecção a grupos vulneráveis
Bens Existentes
Bens Total no
Sector Necessarios Gov Parc Pais Defice
Tenda Hospitalar 24 m2 (6 camas) 120 24 24 -96
Tenda Hospitalar 72 m2 ( camas) 30 3 3 -27
Cama Hospitalar 300 39 39 -261
Cama Metalica para Colera 200 50 50 -150
kit de emergência (Intergencia) 70 70 70
Kit Comunitario para Diarreia 100 60 60 -40
Kit antimalarico 100 6 6 -94
Certeza em frasco (150g) 10 -10000
Hipoclorecto (balde 1x25kg) 100 45 45 -55
Sacos Necrologicos 49 49 49
Redes Mosquiteiras 50000 6000 6000 -44000
Fitas de Peso Branquial 10732 732 732 -732
Pratos Plasticos 20 042 20 042
57
13.8 Agricultura
O MADER, a nível central, estima em cerca de 158 milhões de Meticais, valor necessário
para garantir a recuperação no sector agrário com enfoque para os produtores mais
vulneráveis. Ver tabela 22.
O Orçamento do Plano é apresentado em função dos cenários da população em risco acima descritos e
está desagregado por sectores, por províncias, e um agregado dos distritos de maior risco em cada
província. Foram considerados como base no cálculo do orçamento, quatro aspectos para responder o
défice, designadamente, (i) as actividades previstas nos períodos de prontidão, resposta e recuperação,
sobretudo aquelas que não coincidem com o curso normal do funcionamento das instituições e (ii) a
necessidade de aquisição de produtos alimentares e materiais, (iii) a necessidade de cobrir as despesas
com a logística, operações de busca e salvamento, gestão de centros de acomodação temporária,
preposicionamento de meios, monitoria permanente dos eventos, para além de operacionalização de todo
o sistema de coordenação e (iv) a necessidade de cobrir as despesas para assistência aos deslocados
causados pelos ataques armados nas zonas norte e centro do país bem com a situação da COVID-19
Neste sentido, o orçamento para cada um dos cenários que descrevem as situações causadas pelos
fenómenos naturais é acrescido o orçamento estimado para os Deslocados Internos e a COVID-19,
fixados em cerca de 890 milhões e 3 mil milhões de meticais, respectivamente. Assim o cenário I do
PC 2020/2021 está estimado em cerca de 6.8 milhões de meticais, o cenário II, em cerca de 7.2 mil
milhões e o cenário III, em cerca de 7.4 mil milhões.
58
Tabela 5: Resumo do Orçamento Global por Cenários (103 MZN)
No âmbito do Decreto que cria o Fundo de Gestão de Calamidades e que fixa 0,1% do Orçamento o
Estado, está projectada a alocação de cerca de 200 milhões de Meticais, como contribuição do Governo,
para operacionalização do Plano de Contingência 2020/2021. Adicionalmente, o Banco Mundial, no
âmbito do projecto de Gestão do Risco de Desastres e Resiliência, dispõe de 600 milhões de meticais
para 2020, elevando para 800 milhões de meticais os fundos disponíveis para o presente Plano de
Contingência.
Assim, o orçamento global projectado para responder aos eventos previstos no Cenário II, incluindo a
monitoria, logística, manuseamento e transporte de bens para assistência humanitária, é de cerca 7.2 mil
milhões de meticais, o que ilustra que há défice de 6.4 mil milhões meticais que deverão ser
mobilizados junto dos parceiros de cooperação.
O CCGC é presidido pelo Primeiro-Ministro e integra todos os membros do Conselho de Ministros dos
sectores que intervêm directamente na área de gestão e redução do risco de desastres naturais. O CCGC
tem como responsabilidade garantir a coordenação das operações de emergência e a implementação do
Plano Director para a Redução do Risco de Desastres 2017-2030.
59
15.2 Conselho Técnico de Gestão de Calamidades (CTGC)
O CTGC é dirigido pelo Director Geral do INGC e é constituído pelos Directores Nacionais dos sectores
relevantes, indicados pelos Ministros membros do Conselho Coordenador de Gestão de Calamidades. O
CTGC tem como principal responsabilidade coordenar os sistemas sectoriais de aviso prévio sobre
iminência de desastres de origem meteorológica, hidrológica, geológica, epidemias e segurança
alimentar e garantir a implementação multissectorial dos diversos planos no âmbito da redução da
vulnerabilidade e gestão do risco de desastres. Podem ser convidados para o CTGC representantes da
HCT e do sector privado.
O CENOE está subdivido em quatro sectores principais: (i) Planificação e Informação, liderado pelo
Ministério da Economia e Finanças (ii) Infraestruturas, liderando pelo Ministério das Obras Públicas,
Habitação e Recursos Hídricos, (iii) Social, liderado pelo Ministério da Saúde e (iv) Comunicação,
liderado pelo Gabinete de Informação. Cabe a cada um dos sectores:
a) Liderar os respectivos sectores em todo o processo de gestão e redução do risco de desastres;
b) Elaborar de forma atempada e operacionalizar os planos de respostas;
c) Assegurar a participação e colaboração activa das contrapartes sectoriais da HCT na coordenação
e implementação da resposta;
d) Partilhar de informação entre os sectores sobre as acções de resposta as emergências;
e) Realizar avaliações multissectoriais das operações de emergência, assistência humanitária e
reconstrução pós-emergência;
f) Elaborar os relatórios balanços sectoriais pós emergência.
A Equipa Humanitária Nacional (HCT), que complementa os esforços do Governo nas acções de
planificação, coordenação, gestão e resposta aos desastres, está organizada em grupos especializados de
trabalho, nomeadamente Educação, Protecção, Saúde, Nutrição, Água e Saneamento, Segurança
Alimentar, Abrigo, Logística, Telecomunicações de Emergência e Recuperação Inicial.
Estes grupos estão integrados nos quatro sectores do CENOE (Planificação e Informação,
Infraestruturas, Social e Comunicação) e estão alinhados com as respectivas contrapartes ministeriais. O
60
alinhamento contribui para redução da duplicação de esforços e de recursos bem como para
maximização do uso eficiente dos recursos e a preservação dos direitos e dignidade das populações
afectadas e sua participação ao longo de todo o processo de gestão e redução do risco de desastres.
A nível provincial, foi institucionalizado o papel do ponto focal da HCT como uma prática e um
mecanismo de coordenação da resposta a este nível. O ponto focal provincial do HCT representa o
coordenador da HCT a nível provincial e é responsável por apoiar e facilitar a coordenação com as
autoridades do Governo na província através da coordenação sectorial/cluster, incluindo a coordenação
com o INGC e entre os actores humanitários para complementar os esforços da resposta a emergência.
A HCT, através dos seus sectores, tem providenciado apoio técnico, material e financeiro de modo a
aumentar a capacidade de resposta dos sectores do Governo, observando os padrões internacionais e
princípios humanitários que regem a gestão e resposta a situações de emergência.
Na perspectiva de garantir um alinhamento entre as acções planificadas pelo Governo e o apoio dos
parceiros de cooperação, foram integrados nos sectores do Governo os meios humanos e materiais
existentes bem como o tipo de intervenção a ser efectuada nas fases de prontidão, resposta e
recuperação.
61
ANEXOS
62
ANEXO I: POPULAÇÃO EM RISCO DE CHEIAS
63
ANEXO II: ORÇAMENTO CENÁRIO I
Nivel Central INGC MADER MOPHGRH MINEDH MISAU MGCAS MITA MTC MIC MINT MDN MIREM MMAIP MCTESTP MEF TOTAL
1,370,657 130,690 802,754 42,965 40,460 5,000 4,451 8,164 3,930 1,186 0 104,203 230 0 900 2,516,390
Nivel Provincial Distrito SE
Maputo C. 0 555 2,714 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3,269
Maputo Prov. 9,541 555 9,396 365 5,225 0 0 2,146 0 0 0 81 0 0 0 0 0 27,308
Gaza 1,050 555 9,000 200 200 200 200 200 200 0 200 0 0 0 0 0 200 12,405
Inhambane 12,530 555 1,921 1,739 9,927 1,991 1,600 1,170 559 1,219 420 0 0 146 1,080 560 0 35,416
Sofala 1,778 555 2,254 1,724 1,101 244 1,595 990 344 0 117 208 0 836 413 0 200 12,700
Manica 50,763 555 2,244 94,033 50 8,850 450 90 3,805 0 0 0 0 0 0 0 0 160,840
Zambezia 3,745 555 7,705 6,600 769 650 551 560 590 450 300 200 300 350 200 235 220 23,780
Tete 12,221 555 3,000 15,728 734 468 3,529 300 5,099 0 159 269 0 286 183 0 0 42,532
Nampula 13,536 555 8,300 7,500 2,250 1,600 4,150 850 2,100 0 91 0 450 200 870 0 0 42,632
Cabo Delgado 7,095 555 3,500 5,000 2,450 2,636 500 0 3,000 918 400 550 0 0 0 150 0 26,305
Niassa 2,130 555 1,000 800 1,300 1,600 1,600 500 600 100 200 100 0 0 0 0 0 10,485
Sub Total 114,389 6,109 51,033 133,689 24,005 18,240 14,175 6,806 16,297 2,687 1,887 1,408 750 1,818 2,746 945 620 397,674
Total Geral 114,389 6,109 1,421,690 264,379 826,759 61,205 54,635 11,806 20,748 10,851 5,817 2,594 750 106,021 2,976 945 1,520 2,914,064
64
ANEXO III: ORÇAMENTO CENÁRIO II
Nivel Central INGC MADER MOPHGRHMINEDH MISAU MGCAS MITA MTC MIC MINT MDN MIREM MMAIP MCTESTP MEF TOTAL
1,522,952 158,135 803,060 47,739 44,996 6,500 7,991 13,973 6,263 1,735 0 115,781 290 0 1,200 2,732,435
Nivel Provincial Distrito SE
Maputo C. 0 750 3,015 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3,765
Maputo Prov. 10,018 750 10,440 405 58,050 0 0 2,384 0 0 0 90 0 0 0 0 0 82,137
Gaza 1,170 750 12,000 300 300 300 300 300 300 300 300 0 0 0 0 0 300 16,620
Inhambane 21,272 750 2,577 2,072 11,772 2,208 2,560 1,263 530 1,660 591 0 0 2,080 899 870 0 51,105
Sofala 2,340 750 3,619 2,195 2,599 1,704 2,952 1,811 688 837 132 374 0 507 711 0 0 21,219
Manica 41,613 750 3,600 8,494 48 65 225 25 0 235 0 4 0 0 0 0 0 55,059
Zambezia 5,570 750 8,600 6,930 1,800 1,100 897 600 850 730 360 450 450 520 650 650 0 30,907
Tete 30,625 750 2,500 15,728 0 468 3,529 300 5,099 353 159 269 0 294 183 0 0 60,257
Nampula 73,022 750 10,850 8,360 6,259 50,801 4,150 1,450 2,100 2,825 460 400 450 640 1,200 0 0 163,717
Cabo Delgado 16,646 750 7,000 11,000 5,000 3,697 7,897 0 6,000 1,660 801 701 2,359 500 200 200 0 64,410
Niassa 2,470 750 1,900 1,200 1,300 1,200 1,800 500 1,000 200 500 200 0 0 0 0 0 13,020
Sub Total 204,746 8,250 66,101 56,683 87,128 61,544 24,309 8,634 16,567 8,800 3,303 2,487 3,259 4,541 3,844 1,720 300 562,216
Total Geral 204,746 8,250 1,589,053 214,818 890,188 109,283 69,305 15,134 24,558 22,773 9,566 4,222 3,259 120,322 4,134 1,720 1,500 3,294,651
65
ANEXO III: ORÇAMENTO CENÁRIO III
Nivel Central INGC MADER MOPHGRH MINEDH MISAU MGCAS MITA MTC MIC MINT MDN MIREM MMAIP MCTESTP MEF TOTAL
1,692,169 158,135 803,400 53,043 49,953 8,000 13,578 28,653 7,268 0 128,646 998 0 1,400 2,945,242
Nivel Provincial Distrito SE
Maputo C. 1,400 750 3,350 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5,500
Maputo Prov. 10,218 750 11,600 45 64,500 0 0 2,649 0 0 0 100 0 0 0 0 0 89,863
Gaza 2,980 750 11,000 400 400 400 400 400 400 400 400 400 0 0 0 0 400 18,730
Inhambane 27,346 750 4,597 2,477 13,398 2,988 3,423 2,000 998 1,899 888 200 0 2,970 920 995 0 65,848
Sofala 2,983 750 2,961 1,288 1,651 573 1,317 646 313 500 160 309 0 876 613 0 0 14,941
Manica 17,396 750 5,125 1,506 46 1,500 3,658 100 3,805 161 0 20 0 0 0 0 0 34,067
Zambezia 8,665 750 10,500 7,260 2,673 1,650 1,699 979 3,780 930 360 670 700 670 720 960 0 42,966
Tete 15,155 750 2,500 15,728 0 468 3,529 0 5,099 353 159 269 0 294 183 0 0 44,487
Nampula 78,146 750 11,547 8,360 7,307 52,401 4,560 1,450 2,100 2,825 543 400 450 989 1,200 0 0 173,028
Cabo Delgado 26,465 750 8,000 13,963 6,110 4,598 8,000 0 0 1,810 901 800 3,052 800 250 263 0 75,761
Niassa 2,890 750 1,900 1,200 1,700 1,200 1,800 500 1,000 200 500 200 0 0 0 0 0 13,840
Sub Total 193,644 8,250 73,081 52,226 97,785 65,777 28,388 8,724 17,494 9,078 3,911 3,368 4,202 6,599 3,886 2,218 400 579,031
Total Geral 193,644 8,250 1,765,249 210,361 901,185 118,820 78,340 16,724 31,072 37,731 11,179 3,368 4,202 135,245 4,884 2,218 1,800 3,524,273
66
Lista de Contactos
67
Lista de contactos Cidade de Maputo
Eneas Comiche Presidente do Conselho Municipal
Alice Magaia de Abreu Vereadora de Saúde 828797610
Sheila Santana Afonso Secretária de Estado, Cidade de Maputo 824464260
Custódia Paulo Directora do Gabinete da Secretária de Estado 844 672 361
Fátima Belchior Delegada do INGC, Cidade de Maputo 829818572/845701929
Lista de contactos de vareadores Cidade de Maputo
Eduardo Nguenha Vereação de Planificação e e Finanças 842 330 100
Ossemane Narcy Vereação de Planificação e Finanças 842 096 110
João Munguambe Vereação de Desenvolvimento Económico Local 825 890 380
Mussa Abobacar Mohamed Gabinete de Comunicação e Imagem 824 804 810
Maria Valente Nhacale Vereadora do Distrito Municipal KaMpfumu 824 958 780
Domingas de Sousa Vereadora do Distrito Municipal KaMaxakeni 846 229 176
Abilio Quive Vereador do Distrito Municipal KaMavota 841 453 263
Zeferino Chioco Vereador do Distrito Municipal Nhamankulu 849 199 115
Rui Matusse Vereador do Distrito Municipal KaMubukwana 849 527 548
Celso Fulano Vereador do Distrito Municipal KaTembe 827 764 860
Araújo Armindo Vereador do Distrito Municipal KaNyaka 844 849 150
68
Lista de contactos Provincia de Inhambane
LUDMILA M. R. MAGUNI Secretária de Estado na Província
Ricardo António Nhacuongue Director do Gabinete do Secretario de Estado 824045480 ricardo.nhacuongue@gmail.com
Candido Sinai Mapute Delegado Provincial INGC 840100002 candidomapute@gmail.com
Administradores Distritais
Laurina José Titoce Administradora de Panda 846670162/827029605 lau.jose.titoce@gmail.com
Azarias Xavier Administrador de Jangamo 823222290 azarias_xavier@yahoo.com.br
Elsa Maria da Conceição Tomo Administradora de Inhambane 840667058/863536187 elsa.tomo@yahoo.com.br
jjeremias00@gmail.com;
José Jeremias Administrador de Massinga 824867950
gdmassinga@gmail.com
Lucas António Simbine Administrador de Inharrime 825825740 lucasantoniosimbine720@gmail.com
Josina Gilda Chissico Joaquim Administradora de Homoíne 822712380 josina.gildajoaquim@gmail.com
Maria do Céu B. Cumbana Administradora de Govuro 820008666/871772557 ceu.cumbana@gmail.com
Fernado Luís Thembo Administrador de Funhalouro 823869910/846759758 governodefunhaluoro@gmail.com
madu260397@gmail.com
Dulce Eugenia E A. C. Cuna Administradora de Inhassoro 843136012/823887240
madu260397@yahoo.com.br
Jorge Rafael Tinga Administrador de Maxixe 844339449/843044261 jorgetinga@hotmail.com
Dário Felisberto Machava Administrador de Zavala 828133226/878404864 dfmachava@yahoo.com.br
Carlos Eduardo Mussanahe Administrador de Mabote 873034394 cemussanhane@gmail.com
Moguene Candieiro Administradora de Morrumbene 843806620 cadieirom20@gmail.com
Edmundo Galiza Matos Administrador de Vilankulo 843941020 galizamatosjr@hotmail.com
69
Lista de contactos Provincia de Tete
Elisa Zacarias Secretária do Estado da Província
Loureço Mesa Buene Director do Gabinete do Secretário de Estado 824550550/842826980 lbuene@yahoo.com.br
Joaquim Fernando Curipa Delegado Provincial do INGC 82/877520077 jkuripa@yahoo.com.br
Administradores distritais
Ana Maria Beressone Administradora do Distrito de Cahora- Bassa 825994690
Elsa da Barca Forte Administradora do Distrito de Changara 823876000/849018604
Maria José Ntefula Administradora do Distrito de Moatize 826758224/840367153
Henriques Mandava Administrador do Distrito de Doa 847564962
Djone António Manhoso Administrador do Distrito de Zumbu 821554450
Lucas Atanásio Muidingui Administrador do Distrito de Mutarara 823890838
Rui Manuel Caminho Nangore Administrador do Distrito de Chifunde 826306040/845337523/866148700
Bruno Crescêncio Administrador do Distrito de Marávia 822274130/844059745/860465853
Titos Vonduane Sitoe Administrador do Distrito de Marara 828522890/844872125/865425739
Assane Ussene Administrador do Distrito Macanga 843230200
Eugénio Pedro Muchanga Administrador do Distrito de Tsangano 823176161/843795169
Helena Zebedias Administradora do Distrito de Mágoè 825885230/843085230
Paulo Marcos Sebastião Administrador do Distrito de Angonia 822212970
Mendes Cardoso Cândido Administrador do Distrito de Tete 844198840
Gonçalves João Jemusse Administrador do Distrito da Chiúta 840206791
70
Lista de contactos Provincia de Nampula
Mety Oreste Gondola Secretário do Estado 843894657/870220011
Tomé A. Tomé Shakushasha Director do Gabinete do Secretario de Estado 847598887/867598882 tomeshakushasha@gmail.com
Alberto Armando Delegado Provincial do INGC 826525910/845809007/876525920 albearmando@gmail.com
Maria Isabel Juiz Cavo Chefe de Departamento Tecnico 826939370/848191201/878191200 isabel.cavo75@gmail.com
Administradores Distritais
Alzira Samuel Manhica Administradora de lalaua alzirasamuel1@gmail.com
Chale Ossufo Administrador de Moma 843519890 chaleossufo11@gmail.com
Rui Chong Saw Administrador de Mossuril 842211310
Emanuel Jose Impissa Administrador Ribaue 846947370 emanuelimpissa@yahoo.com.br
Iasalde das Neves A. Ussene Administrador de Mogovolas 843280478/861358519
Salvador Talapa Administrador de Rapale 847797081/868851520 salvadortalapa.1@gmail.com
Cheamade Alide Administrador de Memba 844727449/869463545 chealide@yahoo.com.br
Augusto Eduardo Chalamanda Administrador Mecuburi 876427395
Alfredo Artur Matata Administrador de Nampula 845341651 alfredo.matata@gmail.com
Araujo Chale Momade Administrador de Erati 840572067 a.chale@hotmail.com
Luciano Augusto Administrador Ilha de Moç. 843982461
Joaquina Sande Chico Administradora de Nacaroa 846385670 charlesjoaquina@yahoo.com.br
Crisanto Vicente Estevao Mpila Administrador de Murrupula 847631484
Arlinda Martins Administradora de Liupo 842670917 martinsarlinda14@gmail.com
Abdurremane F. Amade SelemanaAdministrador de Ncla-a-Velha 842155733/862155733
Fonseca Jose Manuel Edite Administrador de Larde 8440088192/826489920/866848215 fonsecaetyde@gmail.com
Florencia Razo Alface Administradora de Muecate 870188739/840188738 florencia.alface088@gmail.com
Melchoir Focas Situte Administrador de Meconta 843608394
Rosa Mario Jeronimo Administrador de Mogincual 846993126/866882501 rosamario32@gmail.com
Daniel Amade Alberto Administrador de Angoche 845264101
Americo Assane Adamugy Administrador de Monapo 869156644
Maria Zutina Administradora de Malema 842047764 mariazutina1@gmail.com
Fernando Doda Muzobingua Administrador de Nacala-Porto 842613736
71
GLOSSÁRIO
Ameaça – um fenómeno, substância, actividade humana perigosa ou condição que pode causar
perda de vida, ferimentos ou outros impactos na saúde, danos materiais, perda de meios de
subsistência e serviços, ruptura social e económica ou danos ambientais.
Calamidade - evento anormal provocado por uma catástrofe de grande dimensão, causando danos e
prejuízos que impliquem o comprometimento substancial de capacidade de resposta do poder
público.
Emergência - Ocorrência súbita ou progressiva de um desastre que afecta pessoas e bens, o meio
ambiente e exige medidas urgentes e excepcionais para restabelecer a normalidade.
Exposição - pessoas, bens, sistemas ou outros elementos presentes em zonas de risco, que estão
sujeitas a perdas potenciais.
Mitigação – medidas que visam minimizar o impacto dos eventos extremos sobre uma comunidade
ou sociedade.
Mudanças climáticas - variação de longo termo das condições meteorológicas médias, causadas
pela natureza ou pela actividade humana.
Perigo - processo, fenómeno ou actividade humana que pode causar perda de vidas, lesões ou outros
impactos na saúde, danos à propriedade, interrupções sociais e económicas ou degradação ambiental.
72
Preparação - os conhecimentos e capacidades desenvolvidas, a todos os níveis, para gestão e
resposta a um evento extremo.
Prevenção – Conjunto de medidas padronizadas que visam proteger pessoas e bens em caso de
ocorrência de um evento extremo.
Prontidão – é o estado de preparação técnica, material, financeira e humana para mitigar os efeitos
dos desastres.
Redução do Risco de Desastres - marco conceitual de elementos (normas e procedimentos) que têm
a função de minimizar a vulnerabilidade e limitar o impacto adverso de ameaças.
Resposta – Conjunto de medidas que visam salvar vidas, garantir saúde e segurança pública e
satisfazer as necessidades básicas das pessoas afectadas durante e após a ocorrência de um evento
extremo.
Risco de Desastre – potencial perda de vidas, lesões e destruição de bens que possam ocorrer numa
comunidade ou sociedade por conta do impacto de um evento extremo.
Socorro – conjunto de medidas imediatas padronizadas para salvar vidas e prestar assistência as
vítimas de um evento extremo.
73