RELATÓRIO DE SEGURANÇA ALIMENTAR PÓS-COLHEITA DE 2022 - Apresentação

SECRETARIADO TÉCNICO DE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL
RELATÓRIO DE SEGURANÇA ALIMENTAR PÓS-COLHEITA DE 2022
Março de 2023
I. INTRODUÇÃO
REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE | SETSAN 2

A realização da avaliação da segurança alimentar pós-colheita em Moçambique, é uma
das funções do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN),
com vista a monitorar anualmente o ponto de situação da segurança alimentar no
período pós-colheita, ao nível dos agregados familiares do País.

O Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), em
cumprimento do mandato do CONSAN, planificou e realizou entre finais de Março a
princípios de Outubro 2022 a Avaliação de Segurança Alimentar Aguda Pós-Colheita
nos Agregados Familiares (AF), para estimar o número de pessoas em situação de
Insegurança Alimentar (InSA).

A avaliação abrangeu cerca de 94% dos distritos do país (151), incluindo todas as
cidades capitais.

Os resultados da presente Avaliação de Segurança Alimentar e Nutricional Pós-
Colheita 2022, estimam que cerca de 10% da população Moçambicana encontra-se
em situação de Insegurança Alimental Aguda (Fase 3+ da Classificação Integrada em
Fases de Insegurança Alimentar Aguda).

II. CONTEXTUALIZAÇÃO

CONTEXTO INTERNACIONAL
Os dados da FAO (2022), indicam que a situação da insegurança alimentar a nível

Mundial aumentou de 21,2% para cerca de 29,3% da população, entre 2014 e 2021.
Ao nível dos continentes, a mesma fonte revela que em termos de Insegurança

Alimentar e Nutricional (InSAN), a África regista cerca de 57,9% da população nesta
situação em 2021, sugerindo um aumento de cerca de 13,5%.

CONTEXTO NACIONAL
O contexto nacional foi caracterizado por ocorrência de múltiplos choques nos últimos
12 meses, o que afectou a Segurança Alimentar e Nutricional dos Agregados Familiares
(AF) com destaque para:
- Depressões Tropicais Ana e Gombe, nas zonas centro e norte do País;
- Seca e irregularidade da queda das chuvas em algumas partes das zonas Sul e Centro do
país;

CONTEXTO NACIONAL
- Acções de terroristas na província de Cabo Delgado e algumas partes das províncias

de Niassa e Nampula;
- Destruição de culturas por animais bravios na província de Niassa.

CONTEXTO NACIONAL
100% 0%
2% 0%
1% 0%
2% 1%
1% 0% 3% 0%
1%
2% 0% 0%
2% 1% 0%
3%
1% 3% 0%
1%
0% 0% 1%
0% 5% 1%
0%
1% 2%
2% 1%
0% 7% 3%
0% 7% 5% 1%
0% 9% 1%
0%
2% 4% 1% 0% 6% 0% 2%
90% 0%
2% 0%
3% 3%
0%
10% 1% 1% 2% 3%
13% 0%
1% 0%
1%
0%
0%
80% 17%
36% 24%
14% 36%
11%
70%
0%
51% 2%
60% 16% 54% 1% 14% 0%
32% 10%
1% 63%
50% 0%
94% 9%
24% 22% 84%
40%
2%
0%
30%
11% 60%
51%
20% 41% 1%
0%
1% 44%
32% 33% 32%
10% 22% 20%
0%
Niassa Nampula Zambézia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Maputo Total
Cidade
Aumento de preços dos insumos agrícolas [semente/ ferramentas] Aumento acentuado de preços dos alimentos
Desemprego do chefe do agregado familiar Morte do chefe ou de um membro do AF gerador de rendimento para o AF
Conflito armado Ataque de animais bravios
Destruição de culturas por animais bravios Pragas ou doenças nas culturas
Queimadas descontroladas Seca/Falta de chuvas/chuvas irregulares
Ventos Fortes Ciclone Gombe
Depressao tropical ANA Sem choque

III. METODOLOGIA

O que é IPC?
IPC é um conjunto de ferramentas e procedimentos usados para classificar a gravidade
e as características de crises alimentares e de nutrição agudas, bem como a
insegurança alimentar crónica, com base em padrões internacionais.

O que é IPC?
IPC compreende quatro funções que se reforçam mutuamente, cada uma com um
conjunto de protocolos específicos (ferramentas e procedimentos). Os parâmetros nu-
cleares da IPC incluem a busca de consenso, a convergência da evidência, a
responsabilização, a transparência e a comparabilidade.

O que é IPC?
Desde 2014, Moçambique tem estado a usar o instrumento IPC-InSAA recomendado
pelo Programa Regional de Avaliação e Análise da Vulnerabilidade (SADC/RVAA), que
classifica a Insegurança Alimentar Aguda (InSAA) em 5 fases. Para melhor
entendimento sobre este instrumento, apresentamos a seguir as definições e
implicações de cada fase, sendo a Fase 5 a mais severa.

Fases da Classificação Integrada da Insegurança Alimentar (IPC)
FASE 1 FASE 2 FASE 3 FASE 4 FASE 5
Nenhuma/Mínima Estresse Crise Emergência Catástrafo/Fome
Os agregados familiares Os agregados familiares Os agregados familiares Os agregados familiares Os agregados familiares
conseguem satisfazer as têm um consumo enquadram-se numa das enquadram-se numa das sofrem uma falta extrema
necessidades essenciais alimentar mínimo seguintes situações: seguintes situações: de alimentos e/ou de
alimentares e não- adequado mas não - Passam por faltas de - Passam períodos outras necessidades
alimentares sem recorrer dispõem de meios para consumo alimentar longos de falta de básicas, mesmo após
a estratégias atípicas e responder a algumas demonstradas por consumo de alimentos utilizarem todas as
insustentáveis para despesas essenciais não desnutrição aguda demonstrados por uma estratégias de resposta a
acederem a alimentos e alimentares sem recorrer elevada ou acima do desnutrição aguda muito crises. Os níveis de
rendimento. a estratégias de resposta normal; elevada e excesso de inanição, morte,
à situação de Estresse. OU mortalidade; destituição e desnutrição
- Têm uma capacidade OU aguda extremamente
mínima para satisfazer as - Têm capacidade para crítica são evidentes.
necessidades minimizar os períodos de (Para a Classificação de
alimentares, mas apenas falta de consumo Fome, a área necessita
esgotando os seus meios alimentar mas apenas de apresentar níveis
essenciais de por meio de estratégias extremamente críticos de
subsistência ou de subsistência de desnutrição aguda e
recorrendo a estratégias emergência e liquidação mortalidade.)
de resposta a crises. dos bens.

Amostragem
Destacar que o número de distritos abrangidos evoluiu de 51 para 151 distritos, com
uma amostra de 5.064 para 12.890 agregados familiares de 2021 para 2022, que
permitiu uma avaliação mais precisa da situação de InSAN.

Amostragem
Distritos AFs % da
Província Planificados Realizado Planificado Realizado Realização
Niassa 16 16 1 632 1 577 97
Cabo Delgado 17 9 1 734 1 096 63
Nampula 23 23 2 346 1528 65
Zambézia 22 22 2 244 1405 63
Tete 15 15 1 530 1329 87
Manica 12 12 1 224 1212 99
Sofala 13 13 1 326 738 56
Inhambane 14 14 1 428 1 386 97
Gaza 14 13 1428 1 226 86
Maputo 8 8 816 775 95
Maputo Cidade 7 6 714 618 87
Total 161 151 16 422 12 890 78

Amostragem
Esta avaliação é a primeira realizada com cobertura de todos os distritos (151 distritos)
excluindo distritos a norte de Cabo Delgado (Ibo, Macomia, Meluco, Mocímboa da
Praia, Muidumbe, Nangade, Palma, Quissanga); Gaza (Bilene) e Maputo Cidade
(KaNhaca).

Formação de Supervisores e Inquiridores
O Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), em parceria
com o Programa Mundial para Alimentação (PMA) e a FEWS NET, participaram no
processo de formação dos Supervisores a nível central e de inquiridores a nível
provincial que teve lugar nos meses de Fevereiro à Agosto de 2022, para garantir a
fidelidade dos conteúdos ministrados, bem como da qualidade dos dados recolhidos.

Instrumento de Recolha de Dados
O instrumento aplicado para a recolha de dados aos agregados familiares foi o
questionário, aprovado pelo Grupo Técnico de Análise de Vulnerabilidade, um grupo
multissectorial instituído no país e na região para a validação de matérias relacionadas
à vulnerabilidade em Segurança Alimentar e Nutricional.

O questionário incluía perguntas com o seguinte perfil :
– Dados sociodemográficos - faixa etária, sexo e composição do agregado familiar;
– Dados sócio económicos – bem-estar dos agregados familiares, formas de vida,

posse de bens, fontes de rendimento, despesas em alimentos e despesas não
alimentares;
– Disponibilidade alimentar – Estimativas de colheitas, pelo menos de cereais,

reservas alimentares, número de refeições por dia, fonte de água para consumo e
fonte de alimentos (produção própria, compras, remessas, ofertas e ajuda alimentar);
– Acesso aos alimentos – preço dos alimentos e cesta básica, disponibilidade de

alimentos no mercado, transitabilidade das vias de acesso, mercados e preços;

– Diversificação da dieta mínima – em mulheres em idade reprodutiva;
– Uso e utilização dos alimentos – qualidade da dieta, taxa de cobertura de

abastecimento de água, taxa de população com acesso a água, tipo de tratamento
da água para o consumo, taxa de AF com acesso a latrinas melhoradas e uso de
latrinas;
– Estabilidade – duração das reservas alimentares nos Agregados Familiares (AF) e

estratégias de sobrevivência, resiliência, exposição e resposta aos riscos e desastres
naturais, incluir pragas e doenças, pessoas (deslocadas), ambiente e mudanças
climáticas;
– Dados antropométricos- medição de perímetro branquial, altura e peso.

IV. INDICADORES DE RESULTADO

Reservas de Cereais nos Agregados Familiares
90% 85%
80%
72%
70%
60%
53%
49% 48%
50% 44% 45% 45%
41% 42%
40%
40% 35%
29%
30% 25%
19% 20% 20%
20% 15% 17%
14% 15% 15%
12% 12%
10% 10%
10% 4% 5% 6% 7%
2% 4% 3% 3% 2% 2% 0% 0% 1% 1%
0%
Niassa Nampula Zambézia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Maputo
Cidade
Milho Arroz Mapira Mexoeira

Reservas de Milho Agregados Familiares
100% 3% 3% 2%
7% 3% 4% 3%
12% 10% 12%
90% 7% 16% 17% 9% 4%
19% 23% 31% 32%
80% 15%
28% 13%
70% 24%
5% 17%
60%
33% 6% 22% 14%
2% 48%
50%
2%
40% 83%
30% 3% 63% 65%
25% 56% 55% 55% 52%
47%
20%
28%
10%
15%
0%
Cidade
Sem Reservas 0 meses 1-3 meses 4-6 meses 7-12 meses mais que 12 meses

Preço Médio do Milho no Mercado Nacional
Preço Médio do Milho (Mt/kg)
23.5
23
23
22.5
22
22
21.5
21
21
20.5
20
2020 2021 2022

Reservas de Arroz nos Agregados Familiares
100% 2% 3% 1% 2%
5% 3% 10% 6%
13% 12%
90% 11% 14% 3% 10% 22% 8%
80% 1% 3% 32%
70% 28% 19% 7%
60%
4% 51%
50% 96% 98%
40% 81% 80% 85% 85%
30% 58% 60%
51%
20%
10%
28%
0%
Cidade
Sem reservas 0 meses 1-3 meses 4-6 meses 7-12 meses mais que 12 meses

Reservas de Feijões nos Agregados Familiares
100%
5% 6% 8% 4% 5% 2% 6%
9% 8% 15%
90%
12%
18%
80% 28% 13%
29%
70% 48% 48%
19%
60%
75% 84% 77%
50% 63% 46%
40%
53% 63% 42%
30%
47% 47%
20%
10% 25%
18% 16% 17%
13% 11%
7% 3%
0%
Cidade
Sem reservas 0 meses 1-3 meses 4-6 meses 7-12 meses mais que 12 meses

Fontes de Água nos Agregados Familiares
100%
90%
15%
28% 33%
80% 35% 36%
49% 54%
70% 58% 60%
60%
50% 100%
40%
85%
72% 68%
30% 65% 64%
51% 46%
20% 43% 40%
10%
0%
Cidade
Água de fontes seguras Água de fontes nao seguras

Pontuação do Consumo Alimentar nos Agregados Familiares
100% 2% 1% 2% 2%
5% 4% 4%
10%
90%
29% 30% 33% 23% 23%
80% 34%
47% 40% 36%
31%
70%
60% 14% 15%

50%
40%
72% 75%
69% 64%
30%
53% 59% 56% 60%
52% 52%
20%
10%
0%
Cidade
Aceitável Borderline (no limite) Pobre

Pontuação da Diversidade de Dieta nos Agregados Familiares
100% 3% 3%
9% 7% 7% 12%
90% 10% 14%
23% 22% 20%
80% 32%
30%
70% 39% 23%
25% 42%
60% 50%
39%
50%
50%
40% 77%
30% 65% 62%
53% 39%
33% 46%
20% 38%
36%
10%
14%
0%
Niass a Nampula Zambezia Tete Manica Sofala Inhambane Gaza Maputo Cidade de
Maputo
Phase 1&2 (5-12) Phase 3 (3-4) Phase 4&5 (0-2)

Pontuação de Escala Experiência de Fome nos Agregados Familiares
100%
9% 5% 4% 5%
12% 8%
90% 19% 15%
28% 23%
80% 32% 24%
33%
70%
60%
50%
91% 86% 91%
40% 67% 79% 83%
72% 73% 71%
30% 63%
20%
10%
0%
Cidade
Nenhum ou Ligeira Fome Moderada Fome Severa

V. RESULTADOS

No período em análise, não houve registro de pessoas no nível 5 (catástrofe/fome). Cerca
de 958.600 pessoas encontram-se no nível 4 (emergência) e necessitam de assistência
alimentar, conforme demonstra a tabela abaixo:

Pessoas em de Situação Insegurança Alimentar Aguda, Período Actual
(Novembro 2022 - Março 2023)
5.ª Fase 0
Pessoas em Situação de Catástrofe
4.ª Fase 958.600

Pessoas em Situação de Emergência
3.ª Fase 2.188.000

Pessoas em Situação de Crise
2.ª Fase 12.974.000

Pessoas em Situação de Estresse
1.ª Fase 16.026.000

Pessoas em Segurança Alimentar
VI. CONSTATAÇÕES

1. No período em analise, cerca de 90% da população moçambicana teve uma dieta
aceitável para satisfazer as suas necessidades energéticas diárias no período de pós-
colheita.

2. Em Moçambique, 38% da população consegue satisfazer as suas necessidades
alimentares mínimas, mas tem de recorrer a estratégias de sobrevivência para suprir
as suas necessidades não alimentares (estresse).

3. Em Moçambique, cerca de 10% da população moçambicana analisada está em
insegurança alimentar aguda em níveis de crise e emergência (IPC fase 3+).

4. No período em analise, registou-se uma redução na proporção de pessoas que
enfrentaram níveis de insegurança alimentar aguda (IPC3 ou superior) de 13% em
2022 para 10% em 2023.

VII. RECOMENDAÇÕES

1. A prioridade das políticas nacionais devêm estar orientadas para assegurar a estabilidade
do acesso, o aumento e a diversidade dos alimentos ao longo do ano.

2. As políticas nacionais devem considerar a necessidade anual de assistência alimentar
directa e assistência social produtiva a uma percentagem da população nacional, por
conta da exposição a choques.

3. O processo de aumento de disponibilidade de grupos alimentares na dieta dos
moçambicanos deve ser acompanhado por um programa de educação nutricional que
optimize a disponibilidade alimentar local.

4. Adopção de uma política e estratégia nacional de segurança alimentar orientada por
indicadores nacionais de monitoria.

5. Assistência humanitária urgente às 958.600 pessoas identificadas com défice alimentar.
Em específico, recomenda-se uma combinação de intervenções complementares para
minimizar os efeitos dos choques tanto no acesso aos alimentos assim como repor e
reconstruir formas de vidas.

6. Assegurar a implementação da avaliação pós-choque da vulnerabilidade à InSAN entre
Março a Abril a fim de identificar a magnitude e numero de pessoas afectadas pela época
das chuvas e ciclones com o objectivo de assegurar uma resposta atempada.

O Estudo contou com a participação das.
seguintes instituições:
SETSAN; ADPP Transform Nutrition;
MOPHRH; Plan Internacional;

FAO;
Nutrition Clusters; e
Fews Net;
Food Security Cluster
PMA;


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das funções do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN),

com vista a monitorar anualmente o ponto de situação da segurança alimentar no

período pós-colheita, ao nível dos agregados familiares do País.

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE | SETSAN 3

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE | SETSAN 4

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE | SETSAN 5

Colheita 2022, estimam que cerca de 10% da população Moçambicana encontra-se

em situação de Insegurança Alimental Aguda (Fase 3+ da Classificação Integrada em

Fases de Insegurança Alimentar Aguda).

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE | SETSAN 7

Os dados da FAO (2022), indicam que a situação da insegurança alimentar a nível

Ao nível dos continentes, a mesma fonte revela que em termos de Insegurança

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- Depressões Tropicais Ana e Gombe, nas zonas centro e norte do País;

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- Acções de terroristas na província de Cabo Delgado e algumas partes das províncias

- Destruição de culturas por animais bravios na província de Niassa.

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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE | SETSAN 11

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE | SETSAN 12

IPC é um conjunto de ferramentas e procedimentos usados para classificar a gravidade

e as características de crises alimentares e de nutrição agudas, bem como a

insegurança alimentar crónica, com base em padrões internacionais.

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE | SETSAN 13

conjunto de protocolos específicos (ferramentas e procedimentos). Os parâmetros nu-

cleares da IPC incluem a busca de consenso, a convergência da evidência, a

responsabilização, a transparência e a comparabilidade.

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Desde 2014, Moçambique tem estado a usar o instrumento IPC-InSAA recomendado

pelo Programa Regional de Avaliação e Análise da Vulnerabilidade (SADC/RVAA), que

classifica a Insegurança Alimentar Aguda (InSAA) em 5 fases. Para melhor

entendimento sobre este instrumento, apresentamos a seguir as definições e

implicações de cada fase, sendo a Fase 5 a mais severa.

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O Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN), em parceria

com o Programa Mundial para Alimentação (PMA) e a FEWS NET, participaram no

processo de formação dos Supervisores a nível central e de inquiridores a nível

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE | SETSAN 21

O instrumento aplicado para a recolha de dados aos agregados familiares foi o

questionário, aprovado pelo Grupo Técnico de Análise de Vulnerabilidade, um grupo

multissectorial instituído no país e na região para a validação de matérias relacionadas

à vulnerabilidade em Segurança Alimentar e Nutricional.

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE | SETSAN 22

– Dados sócio económicos – bem-estar dos agregados familiares, formas de vida,

– Disponibilidade alimentar – Estimativas de colheitas, pelo menos de cereais,

– Acesso aos alimentos – preço dos alimentos e cesta básica, disponibilidade de

REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE | SETSAN 23

– Uso e utilização dos alimentos – qualidade da dieta, taxa de cobertura de

– Estabilidade – duração das reservas alimentares nos Agregados Familiares (AF) e

– Dados antropométricos- medição de perímetro branquial, altura e peso.

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Milho Arroz Mapira Mexoeira

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