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Investigações Geotécnicas

• Bibliografia.
NBR 6484 – Sondagem de Simples Reconhecimento com SPT – Método
de Ensaio;
NBR 8036- Programação de Sondagem Simples Reconhecimento dos
Solos para Fundações de Edifícios;
NBR 7250-Identificação e descrição de amostras de solos obtidos em
sondagens de simples reconhecimento dos solos –Procedimentos;
• Especificações Técnicas DNER –ET-DE-B00-001- sp.gov.br
• Curso Básico de Mecânica dos Solos – Prof. Carlos de Sousa Pinto
• Apostila do Curso de Fundamentos da Mecânica dos solos – PUC
• Vargas, M; - Introdução a Mecânica dos Solos
• PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA (Pesquisa,sondagem)
Define-se como o conjunto de operações que
visam a determinação da natureza e
características do terreno, sua disposição e
acidentes com interesse para a obra/projeto a
realizar.
• A PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA VISA A:

• Determinação da extensão, profundidade e espessura


das camadas do subsolo até à profundidade desejada.
• Descrição do solo de cada camada, compacidade ou
consistência, cor e outras características perceptíveis.
• Determinação da profundidade do nível freático.
• Determinação da profundidade a que se encontra a
rocha mãe (bedrock), sua classificação e grau de
alteração.
• Obtenção das propriedades físicas, mecânicas e
hidráulicas dos maciços e dos respectivos parâmetros
(resistência, deformabilidade, permeabilidade, …)
• PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
• Serve de base às diversas fases do projeto
geológico – geotécnico:
• Estudo prévio ou de viabilidade
• Ante-projeto
• Projeto
• Construção
• Acompanhamento
Com particular relevância para as três primeiras
fases.
MÉTODOS DE PROSPECÇÃO
(pesquisa,sondagem)
• Diretos
 Permite a observação direta do subsolo ou através de
amostras coletadas ao longo de uma perfuração ou a
medição da propriedade in situ. Podem ser Manuais ou
Mecânicos.
Manuais – Poços, Trincheiras e Trados manuais.
Mecânicos – Sondagem a percussão com
circulação de água (SPT) com medida de torque
- Sondagens Rotativas
- Sondagens Mistas
- Sondagens especiais com extração de
amostras indeformadas
MÉTODOS DE PROSPECÇÃO
• Semi-diretos - Ensaio de palheta “ Vane-test”
Ensaio de penetração dinâmica
“diep sondering” (CPT)
Ensaio Pressiométrico
• Indiretos Geofísicos - As propriedades
geotécnicas dos solos são estimadas
indiretamente pela observação a distância ou
pela medida de outra grandeza do solo
Sísmico
Gravimétricos
Magnéticos
Elétricos
SONDAGEM DE SIMPLES RECONHECIMENTO

• O SPT (Standard Penetration Test) é originário do


Estados Unidos, e é o mais difundido método de
prospecção geotécnica do Brasil. Padronização
internacional.
• No Brasil é regulamentado pela ABNT Norma NBR
6484.
• A perfuração inicia-se com uso do trado tipo cavadeira,
diâmetro de 10 cm. Repetidas operações aprofundam
o furo.
• Amostragem é feita a cada metro de perfuração, ou
sempre que houver mudança de mudança de material
(solo) .
PRINCIPAIS VANTAGENS DESSE MÉTODO:

• Custo relativamente baixo;


• Facilidade de execução e possibilidade a locais de
difícil acesso;
• Possibilita a coleta de amostras, à diversas
profundidades o que permite o conhecimento da
estratigrafia do terreno;
• Fornece indicações sobre a consistência ou
compacidade dos solos investigados;
• Determinação da profundidade do N.A.
FINALIDADE DO ENSAIO

• Exploração por perfuração e amostragem do


solo;
• Identificação das camadas do terreno;
• É determinado um índice que permite que se
estime a resistência dos solos. Nspt
• Determinação da profundidade do N.A..
• NSPT Números de golpes do martelo
necessários para cravar 30 cm do
amostrador, após os primeiros 15 cm.
• A resistência a penetração é também referida
como N do SPT ou, simplesmente, como SPT
do Solo, as iniciais de Standart Penetration
Test.
O equipamento padrão:
• Peças principais:
- Tripé equipado com sarilho, roldana e cabo de aço ou corda de sisal.
- Tubos de revestimento em aço, com diâmetro interno mínimo de
66,5 mm;
- Haste de aço para avanço com 1m, 2m e 3m de comprimento.
- Martelo de 65 kg para cravação das haste de perfuração e dos tubos de
revestimento, é uma massa de ferro de forma prismática ou
cilíndrica;
- Amostrador padrão de diâmetro externo de 50,8 mm e interno 34,9
mm. É constituído por 3 partes: cabeça, corpo e sapata ou bico.
O corpo do amostrador é bipartido, a cabeça tem dois orifícios
laterais para saída da água e ar e contém interiormente uma válvula
de bola;
- Bomba de água motorizada para circulação de água no avanço da perfuração
- Trépano ou peça de lavagem (peça de aço terminada em bisel e dotada
de duas saídas laterais para a água);
- Trado concha com 100 mm de diâmetro e trado helicoidal de diâmetro
mínimo de 56 mm e máximo de 62 mm.
Tipo de trados
Equipamento Padrão –Sondagem SPT
Equipamento Padrão –Sondagem SPT
Descrição da técnica de execução da sondagem
a) Perfuração
A perfuração é iniciada com o trado concha (TC) até a
profundidade de 1 (um) metro, instalando-se o primeiro
segmento do tubo de revestimento. Nas operações
subsequentes de perfuração utiliza-se o trado helicoidal (TH),
até que se torne inoperante ou até encontrar o nível de água .
Passa-se então ao processo de perfuração por circulação de
água (LV) no qual, usando-se o trépano de lavagem como
ferramenta de escavação, a remoção do material escavado se
faz por meio de circulação de água, efetuada pela moto
bomba.
Durante as operações de perfuração, caso a parede do furo se
mostre instável procede-se a descida do tubo de revestimento
até onde se fizer necessário, alternadamente com a operação
de perfuração. O tubo de revestimento deve ficar no mínimo
a 50 cm do fundo do furo, quando da operação de
amostragem.
Etapas na execução de sondagem a percussão: (a) avanço da sondagem por
desagregação e lavagem e (b) ensaio e penetração dinâmica
Sondagem SPT
Descrição da técnica de execução da sondagem

a) Perfuração (continuação)
Durante a operação de perfuração são anotadas
as profundidades das transições de camadas
detectadas por exame táctil-visual e pela
mudança de coloração dos materiais trazidos à
boca do furo pelo trado espiral ou pela água de
lavagem.
Ensaio de Penetração Dinâmica
• O amostrador padrão conectado à extremidade da haste de
perfuração, é descido no interior do furo de sondagem e
posicionado na profundidade atingida pela perfuração. A seguir, a
cabeça de bater é colocada no topo da haste, o martelo apoiado
suavemente sobre a cabeça de bater e anotada a eventual
penetração do amostrador no solo.
• Utilizando-se o topo do tubo de revestimento como referência,
marca-se na haste de perfuração, com giz, um segmento de 45 cm
dividido em três trechos iguais de 15 cm.
• Para efetuar a cravação do amostrador padrão, o martelo (que
possui 65 kg) deve ser erguido até a altura de 75 cm, marcada na
haste-guia, por meio de corda flexível que se encaixa com folga no
sulco da roldana.
• Não tendo ocorrido penetração igual ou maior do que 45 cm no
procedimento descrito, inicia-se a cravação do barrilete por meio
de impactos sucessivos do martelo, até a cravação de 45 cm do
amostrador. Devem ser anotados, separadamente, os números de
golpes necessários à cravação de cada 15 cm do amostrador.
Amostragem
Será coletada, para exame posterior, uma parte representativa do solo
colhido pelo trado concha durante a perfuração até um metro de
profundidade. Posteriormente, a cada metro de perfuração, a contar de
um metro de profundidade, são colhidas amostras dos solos por meio
do amostrador padrão.
Obtêm-se amostras cilíndricas, adequadas para a classificação porém
evidentemente comprimidas. Este processo de extração de amostras
oferece, entretanto, a vantagem de possibilitar a medida da consistência
ou compacidade do solo por meio de sua resistência à penetração no
terreno.
Deverá ser coletado, no mínimo, um cilindro de amostra do bico do
amostrador padrão, ou quando necessário coleta-se do corpo do
amostrador.
Os recipientes das amostras devem ser providos de uma etiqueta, na
qual, escrito com tinta indelével, devem constar:
- designação ou número do trabalho
- local da obra
- número da sondagem Ex.: SPT-01
- profundidade da amostra
- número de golpes do ensaio de penetração.
Amostrador tipo Raymond de
50,8mm
Resultado SPT – Standard Penetration Test

• Após o posicionamento do amostrador-padrão


conectado á composição de cravação, coloca-se a cabeça
de bater e utilizando-se o tubo de revestimento como
referência, marca-se na haste, com giz, um segmento de
45cm dividido em três trechos iguais de 45cm.
• Em seguida, o martelo deve ser apoiado suavemente
sobre a cabeça de bater, anotando eventual penetração
do amostrador no solo.
Exemplo: 0/65
Resultado SPT – Standard Penetration Test

• Quando a cravação atingir 45 cm, o índice de


resistência a penetração N é expresso como a soma do
número de golpes requeridos para a segunda e a
terceira etapas de penetração de 15cm, adotando-se
os números obtidos nestas etapas mesmo quando a
panetração não tiver sido de exatos 15cm.
• Quando, com a aplicação do primeiro golpe do
martelo, a penetração for superior a 45 cm, o resultado
da cravação do amostrador deve ser expresso pela
relação deste golpe com a respectiva penetração.

Exemplo: 1/58.
Resultado SPT – Standard Penetration Test
• Na prática, é registrado o número de golpes
empregados para uma penetração
imediatamente superior a 15 cm, registrando-
se o comprimento penetrado Ex.: 3 golpes
para a penetração de 17 cm. A seguir, conta-se
o número adicional de golpes até a
penetração total ultrapassar 30 cm e em
seguida o número de golpes adicionais para a
cravação atingir 45 cm ou, com o último
golpe, ultrapassar esta valor.
Exemplo: 3/17-4/14-5/15
• Considerações sobre o lençol freático

Atingido o N.A, registra-se a cota e interrompe-se a operação até


estabilização do NA. Passa-se observa a elevação do NA dentro do
tubo, efetuando-se leituras a cada 5 minutos durante 30 minutos.

Caso o NA se eleve no tubo de revestimento é indicação de que água


estava sob pressão. A diferença entre o NA encontrado e a cota do NA
elevado indica a pressão a que está submetido o lençol freático.

Alguma vezes, Ocorre de mais de um lençol freático. São lençóis


suspensos (empoleirados) em camadas argilosas. Cada um desses
lençóis deve ser detectado e registrado.
Níveis d´água sob pressão são bastante comum, principalmente em
camadas de areias recobertas por argilas que são menos permeáveis.
• Aqüíferos livres são aqueles cujo topo é demarcado pelo nível
freático, estando em contato com a atmosfera. Normalmente
ocorrem com pouca profundidade.
• Aqüíferos suspensos trata-se de um falso lençol criado pela
existência de um estrato impermeável, normalmente com
concavidade voltada para superfície, que capta as águas de
infiltração e as armazena, dando a ideia de ser um lençol freático
típico.
• Aqüíferos confinados são acumulações de água em estrato
permeável e poroso que ocorrem entre dois estratos impermeáveis.
As camadas permeáveis são aqüíferos. Quando um aqüífero se
encontra entre duas camadas impermeáveis diz-se estar confinado.
. Aqüíferos confinados podem, em determinadas situações originar
o fenômeno de artesianismo ou poços jorrantes (artesianos).
• Exemplos de lençóis suspensos:
• Exemplo lençol artesiano.
Paralização da Sondagem
• processo de perfuração por circulação de água, associado aos ensaios de
penetração, deve ser utilizado até onde se obtiver, nesses ensaios, uma das
seguintes condições:
• a) em 3 m sucessivos, se obtiver 30 golpes para penetração dos 15 cm
iniciais do amostrador-padrão;
• b) em 4 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para penetração dos 30 cm
iniciais do amostrador-padrão;
• c) em 5 m sucessivos, se obtiver 50 golpes para a penetração dos 45 cm do
amostrador-padrão.
• Havendo necessidade técnica de continuar a investigação do subsolo em
profundidades superiores, o processo de perfuração deve ser prosseguido
pelo método rotativo, quando indicado pelo projeto ou solicitado pela
fiscalização.
• Dependendo do tipo de obra, das cargas a serem transmitidas às
fundações e da natureza do subsolo, admite-se a paralisação da sondagem
em solos de menor resistência à penetração do que aquela discriminada
acima, desde que haja uma justificativa geotécnica ou solicitação do cliente
deslocamento da Sondagem

Quando não se observar avanço do amostrador durante a


aplicação de cinco golpes sucessivos do martelo, a sondagem
deve ser deslocada no mínimo duas vezes para posições
diametralmente opostas, a 2m da sondagem inicial (ABNT
6484)
Boletim de campo

• Nas folhas de anotações de campo devem ser


registrados:
- nome da obra e interessado
- identificação e localização do furo
- diâmetro de sondagem
- data de execução
- descrição e profundidade das amostras coletadas
- medidas de nível de água com data, hora e
profundidade do furo por ocasião da medida
- ferramenta utilizada na perfuração e respectiva
profundidade .
Boletim de sondagem -
Campo
Apresentação dos Resultados

• Os resultados das sondagens devem ser apresentados em


desenhos contendo o perfil individual de cada sondagem e
seções do subsolo.
• Os resultados são apresentados em perfis do subsolo, que
traz as descrições de cada solo encontrado, as cotas
correspondentes a cada camada, posição do NA, a data que
foi determinado o NA e os valores de resistência á
penetração de todo amostrador, registra-se o SPT em forma
de fração ( 30/14, indicando que para 30 golpes houve
penetração de 14cm)
• Sondagens feita com proximidade permitem o traçado de
seções do subsolo, em que se ligam as cotas de materiais
semelhantes na hipótese de que as camadas sejam
continuas.
Apresentação dos Resultados
• A identificação e a classificação das amostras deverá
ser feita segundo a ABNT-NBR 7250/60. A identificação
será feita com testes visuais e tácteis procurando
definir: características granulométricas, de
plasticidade, presença acentuada de mica, origem
orgânica ou marinha.
• O nome dado ao solo deverá conter no máximo três
frações, ex.: argila silto-arenosa.
• Define-se também cores predominantes e, que sugere
ainda as cores: branco, cinza, preto, marrom, amarelo,
vermelho, roxo, azul e verde, podendo -se usar o claro
e escuro, para um máximo de duas cores, e o termo
variegado quando não houver duas cores
predominantes.
Apresentação dos Resultados

• Ainda que o exame táctil-visual da amostra


forneça uma indicação da compacidade e
consistência do solo, a informação considerada
como o estado do solo é a obtida através da
resistência ao avanço a penetração do
amostrador.
• Em função da resistência à penetração, o estado
do solo é classificado pela compacidade quando
areia ou silte arenoso, ou pela consistência,
quando argila ou silte-argiloso.
Compacidade das areias em função do SPT
NBR 7250 da ABNT

Resistência à penetração ( N do SPT) Compacidade da areia

0a4 muito fofa


5a8 fofa
9 a 18 compacidade média
18 a 40 compacta
Acima de 40 muito compacta
Consistência das argilas em função do SPT
NBR 7250 da ABNT
• Resistência a penetração Consistência das argilas

<2 muito mole


3e5 mole
6 a 10 consistência média
11 a 19 Rija
>19 dura
Perfil de Sondagem
Convenção Gráfica

Convenções gráficas utilizadas no Boletim de


sondagem – NBR 6502/80
Seção
NBR 8036 – Item 4.1.1.2:

• Uma para cada 200 m2 de área da projeção em planta do


edifício, até 1200 m2 de área;

• Entre 1200 m2 e 2400 m2 deve-se fazer uma sondagem para


cada 400 m2 que excederem de 1200 m2

• Acima de 2400 m2 o número de sondagens deve ser fixado de


acordo com o plano particular da construção.
Programação das sondagens

• Quantidade de furos
- Edifícios, pontes, barragens, portos priorizar
posições relevantes na obra : pontos de maior
carga – escadas, elevadores, reservatórios, etc.;
devem ser mais profundas.
- Estradas, canais, galerias: mais distanciados,
mais rasos. Distância máxima de 100m.
- Distância entre sondagens: de 15 a 20 m (V.
MELLO)..
Localização dos furos de sondagem
• Na fase de planejamento da obra as sondagens devem ser
distribuídas em toda a área da edificação. Na fase de
projeto executivo podem-se localizar as sondagens, de
acordo com critérios específicos que definam pormenores
estruturais.
• b) Quando o número de sondagens for superior a três, elas
não devem seres distribuídas ao longo de um mesmo
alinhamento;
• c) Para fundações, as sondagens devem ser feitas tanto
mais próximo quanto possível das mesmas.
• Nos casos em que não houver ainda disposição em planta
dos edifícios, como nos estudos de viabilidade ou de
escolha de local, o número de sondagens deve ser fixado
de forma que a distância máxima entre elas seja de 100 m,
com um mínimo de três sondagens.
Programação das sondagens – NBR 8036
Profundidade

• Segundo o Prof. V. MELLO, existem 3 considerações


principais que governam a profundidade das
sondagens:
• a) profundidade na qual o solo é significativamente
solicitado pelas tensões devidas à construção,
dependendo da intensidade da carga aplicada por
ela e do tamanho e forma da área carregada.
• b) profundidade na qual o processo de alteração
afeta o solo. É o caso da erosão do solo pela
corrente de um rio, junto à fundação de uma ponte
ou de um edifício junto ao mar.
• c) profundidade para alcançar estratos
impermeáveis. É o caso de barragens.
Profundidade x Fundações
8036/1983
NBR 8036 a profundidade (z) a ser atingida na
sondagem
Pela NBR 8036 a profundidade (z) a ser atingida na sondagem (que
para fundações rasas é contada da superfície do terreno e para
fundações por estacas ou tubulões será contada a partir da metade do
comprimento estimado para os mesmos) é dada por:
z = c ´ B
Onde, B = largura do retângulo de menor área que circunscreve a
planta de edificação e c = coeficiente,função da taxa média sobre o
terreno (peso da obra dividido pela área da construção). Pode-se tomar
o valor 12 kPa por andar para edifícios normais com estrutura Taxa
média (kPa) Coeficiente c

A mesma norma ainda recomenda no minimo z >= 8 m.


Apenas como referencia, uma profundidade usual é da ordem de 10 a
20 m para obras médias e subsolo em condições normais.
• Pela NBR 8036 a profundidade (z) a ser atingida na
sondagem (que para fundações rasas é contada da
• superfície do terreno e para fundações por estacas ou
tubulões será contada a partir da metade do
• comprimento estimado para os mesmos) é dada por:
• z = c ´ B; onde
• B = largura do retângulo de menor área que circunscreve a
planta de edificação e
• c = coeficiente, função da taxa média sobre o terreno (peso
da obra dividido pela área da construção). Pode-se tomar o
valor 12 kPa por andar para edifícios normais com estrutura
de concreto armado.
• ·
Fatores que influem no valor de N

• O estado de conservação do barrilete amostrador e das hastes; uso


de hastes de diferentes pesos.
• A maneira com que são contados os golpes (desde o início da
cravação do amostrador ou após certa penetração);
• Variação na energia de cravação. A calibração do peso de bater e a
sua altura de queda, além da natureza da superfície do impacto
(ferro sobre ferro, ou adoção de uma superfície amortecedora -
coxim de madeira). Não é lícito variar o peso e a altura de queda
mantendo a mesma energia por golpe.
• O uso de martelo automático e hastes AW (no lugar de tubos
Schedule 80), mais rígidas, conduz a resultados mais confiáveis.
• Má limpeza do furo ou não alargado suficientemente, para a livre
passagem do amostrador.
• Emprego de técnica de avanço por circulação de água acima do NA.
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA DO SOLO (TAXA DO
SOLO)

• FUNDAÇÕES RASAS (SATAPAS)


• Realização de prova de carga
• Formulas teóricas (Terzaghi, Skempton)
• Ensaios de laboratório
• Com base no valor médio do SPT (na profundidade de ordem
de grandeza igual a duas vezes a largura estimada para a
fundação, contanto a partir da corta de apoio), pode-se obter a
tensão admissível por:

número de golpes (SPT )


 adm  (kgf / cm2 )
5
DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA DO SOLO
(TAXA DO SOLO)
• FUNDAÇÕES PROFUNDAS (TUBULÕES)
• Formulas teóricas (Terzaghi,Skempton)
• Ensaios de laboratório
• Com base no valor médio do SPT (na profundidade de ordem
de grandeza igual a duas vezes o diâmetro da base, a partir da
corta de apoio da mesma), pode-se obter a tensão admissível
por:
número de golpes (SPT )
 adm  (kgf / cm2 )
3 ou 4 ou 5

3  Areia 4  Silte 5  Argilas


Sondagem Rotativa

• Sondagem rotativa é um método de investigação que


consiste no uso de um conjunto moto-mecanizado,
projetado para a obtenção de amostras de materiais
rochosos, contínuas e com formato cilíndrico, através de
ação perfurante dada basicamente por forças de
penetração e rotação que, conjugadas, atuam com poder
cortante.
• sondagem rotativa será empregada sempre que se torne
impossível prosseguir com a sondagem a percussão, nos
casos previsto na NBR-6484/80 ou quando for atingida uma
camada de rocha dura, mas sempre com a concordância da
fiscalização do estudo. Deverão ser perfurados 5,00m de
rocha, quando então o furo será dado como concluído.
Sondagens mistas
A sondagem mista nada mais
é que uma combinação da sondagem à percussão com
a sondagem rotativa. Avança-se com a sondagem tipo SPT
até onde é possível e, a partir deste ponto, com
a sondagem rotativa. Este tipo de sondagem é
usada quando devemos atravessar camadas com blocos
de rocha ou aterros de entulho ou quando se
deseja conhecer as propriedades do material
resistente e impenetrável à percussão.
Sua execução é recomendada em:
- Terrenos com presença de blocos de rocha e matacões.
- Área de tálus.
- Área de concreções lateríticas.
- Área de rejeito de pedreiras.
- Área de bota fora, etc.
Exercícios
• 1) Cite 5 dos principais componentes ou peças de um equipamento de
sondagem à percussão SPT.
• 2) Quais são as 2 etapas básicas de uma sondagem a percussão SPT ?
• 3) Como se obtém o índice de resistência SPT (cuja notação é N STP ),
segundo a norma da ABNT ?
• 4) Cite 4 informações sobre o subsolo prospectado que um relatório final
de sondagem SPT deve conter.
• 5) A partir de um relatório de sondagem SPT, como você pode estimar a
cota de fundação ?
• 6) Quais os critérios de paralização de uma sondagem a percussão SPT ?
(Cite pelo menos 2 critérios).
• 7) Em um terreno com 20 x 60 m vai ser construído um prédio cuja
projeção em planta é de 15 m × 40 m, com 12 pavimentos, cada
pavimento com 3m de pé direito. Determine: a) o número de furos de
sondagem b) a disposição e profundidade dos furos.

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