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Vane Test ou Ensaio de

Palheta
Sobre o Vane Test
O ensaio de palheta de campo foi originalmente utilizado na Suécia em 1919. Desde então, tem sido largamente
empregado para a obtenção da resistência não drenada, Su, de solos moles/médios, a qual é utilizada, principalmente,
em projetos de aterros sobre solos moles.

• Vantagens:
Simples
Baixo custo
Rapidez de execução
• Restrições:
Destina a solos teoricamente uniformes, saturados e coesivos
Não é possível a obtenção de amostras, não permitindo uma identificação visual do solo ensaiado
A superfície de ruptura é imposta no solo.
Sobre o vane test
• O ensaio de palheta, ou “Vane Test” como é conhecido internacionalmente, foi desenvolvido para a
determinação in situ da resistência não drenada u S de depósitos argilosos saturados, evitando problemas
relacionados à obtenção de amostras indeformadas nestes materiais.
• Segundo Schnaid (2009), o ensaio de palheta também pode ser adotado em outros solos de granulometria
fina, como siltes, solos orgânicos, rejeitos de mineração, e outros geomateriais onde se deseje estimar a
resistência não drenada ao cisalhamento.
• Seguindo a premissa que evolução deva ocorrer sem drenagem, sendo, portanto, necessário conhecer a
natureza do solo previamente à execução para avaliar sua aplicabilidade e permitir sua correta interpretação.
Equipamento e Procedimento

• Palheta de seção cruciforme

• Largura de duas lâminas corresponde geometricamente ao


diâmetro do cilindro

• Razão H/D=2 ( 65/130-Solos moles ; 70 a 100 mm H-Solos Rijos)

• O aparelho é constituído de um torquímetro acoplado a um


conjunto de hastes cilíndricas rígidas, tendo na sua outra
extremidade uma palheta formada por duas lâminas retangulares,
delgadas, dispostas perpendicularmente entre si

Principais elementos do ensaio de palheta (adaptado de


Chandler, 1988).
Equipamento e Procedimento

• ABNT NBR 10905/89-Normatiza o ensaio de palheta no Brasil.


• Segundo este documento:

• Dimensões da palheta : retangular, com diâmetro de 65 mm, altura de 130 mm e espessura de 1,95 mm.
Tipos de Ensaior:
• Sem perfuração prévia (tipo A), onde a palheta é cravada estaticamente a partir do nível do terreno, protegida
no interior de uma sapata de proteção
• O ensaio pode ser realizado com perfuração prévia (tipo B) e subsequente inserção da palheta até a
profundidade desejada;
• Os ensaios executados no interior de uma perfuração prévia (tipo B) são suscetíveis a erros por atrito e
translação da palheta, além do alívio de tensões produzido pela perfuração.
Equipamento para o ensaio de palheta in situ (ORTIGÃO E COLLET, 1968).
Equipamento e Procedimento

A palheta é inserida no solo até a


profundidade desejada e
posteriormente rotacionada a uma
velocidade constante, enquanto se
registra o torque necessário para
produzir esta rotação .

O tempo entre a cravação e o


inicio da rotação entre 1 e 5
minutos.

A rotação da palheta é realizado


sob uma taxa de 6 deg/min.

Equipamento ensaio de palheta (Prof Paul Mayne, Georgia Tech)


Resultados

A figura apresenta um
exemplo de um resultado
típico do ensaio da palheta.
fornece dois valores de
resistência não drenada, a
indeformada e a amolgada.

Exemplo do resultado típico do ensaio da palheta (QUEIROZ,2013)


Resultados
Apresenta um exemplo de um ensaio
em que não houve ruptura do solo, não
sendo possível definir a
resistência ao cisalhamento nesse
ponto.

Resultado de um ensaio de palheta (Queiroz,2013)


Resultados
• Os parâmetros geotécnicos que podem ser determinados em um ensaio da palheta são:

• Resistência ao cisalhamento não drenada

T - torque necessário para cisalhar o solo (kNm);


D - diâmetro da palheta (m).

• O ensaio é comumente realizado em diversas profundidades de modo que se conheça a variação da resistência
ao longo da profundidade.
Resultados
• Os parâmetros geotécnicos que podem ser determinados em um ensaio da palheta são:
• Razão de sobreadensmento - OCR

• Em que: Ip - o índice plasticidade; Su - resistência não drenada; σ’v0 - tensão efetiva vertical.
Sensibilidade

A sensibilidade da argila é determinada pela razão entre a resistência


não drenada indeformada (Su) e resistência não drenada amolgada
(Sur).

Classificação das argilas quanto a sensibilidade (Skempton e Northey (1952), apud Queiroz(2013)

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