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ME/UFBA/ESCOLA POLITÉCNICA/DCTM–DEPTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DOS MATERIAIS.

Eng. A56 - Fundações. Turmas T0 P0 / T0 P0 , semestre 200 . , Prof. Luiz Anibal de O. Santos
Aula n º.: ..................... Duração: ..............h. Data: / / 200.... ( f. ).
Aluno: .................................................................................................. Ass.: Texto escrito em apoio às aulas

PARÂMETROS E INDICES DE COMPRESSIBILIDADE COM VISTAS A PREPARAR O ESTUDANTE


PARA CALCULAR MAGNITUDES E VELOCIDADES DE RECALQUES POR ADENSAMENTO.
(ANALISAR E INDICAR AS RESPECTIVAS UNIDADES)

1. COMPRESSÃO LATERALMENTE CONFINADA

Carregamento compressivo totalmente confinado na lateral, à exemplo do que se simula com o anel
oedométrico utilizado mais frequentemente em ensaios de adensamento. Os índices são correlacionáveis e
podem ser calculados a partir das faixas aproximadas estimadas para os mais básicos. Nesse ensaio tem-se:

; ; ;

. Para →

, e, identicamente,

com

1.1. Módulo Oedométrico Eoed (ou D)

A relação teórica entre o Módulo Oedométrico Eoed e o Módulo de Elasticidade E será:

ou

Valores Teóricos de c = E / Eoed

0 1 E = Eoed
0,25 0,83 E = 0,83 Eoed
0,35 0,62 E = 0,62 Eoed
0,5 0 E = Eoed = 0

1.2. Coeficiente de variação de volume

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1.3. Coeficiente de compressibilidade

1.4. Índice de compressão com , logo

A relação entre Cc e o Módulo de Elasticidade E será:

Em alguns textos didáticos tais expressões têm a forma abaixo explicitadas em função da pressão
efetiva média do intervalo de pressões considerado (σ’vm) para a condição particular em que σ’vf = 2
σ’vi :

Para essa condição particular em análise o coeficiente Cc seria então:

1.5. Coeficiente de Adensamento - Cv:

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Para esse tipo particular de carregamento (compressão totalmente confinada na lateral) recomendamos ainda
a familiarização com o índice “Coeficiente de Adensamento - Cv:” e com a faixa de valores típicos para
solos granulares de diferentes compacidades e para solos argilosos saturados de diferentes consistências
(mormente os de consistências moles ou muito moles):

2. COMPRESSÃO TRIAXIAL E UNIAXIAL

2.1. COMPRESSÃO COM ALGUM CONFINAMENTO LATERAL IMPOSTO POR σ3.

O coeficiente de Poisson μ deve ser distinguido em termos amplos, entre 0,25 e 0,35 para carregamento
drenado (p. ex. em areias permeáveis) e igual a 0,50 para carregamento não drenado (argilas saturadas
compressíveis de baixa permeabilidade).

O Módulo de Elasticidade Tangente Inicial Ei = σv/εv pode, em principio, ser correlacionado com σ3 a partir
da seguinte expressão:

com pa - pressão atmosférica sendo utilizada para normalizar σ3 ; K e n parâmetros obtidos a partir de
resultados de ensaios triaxiais.

A influência gerada pelo nível da tensão desviadora [ (σ1 - σ3 )/ (σ1 - σ3 )f ] sobre os valores do Módulo de
Elasticidade Tangente E(σ1 - σ3 ) será discutida em sala para a situação de ensaio de compressão triaxial
convencional (axissimétrico com σ3 constante e σ1 crescente). Tais módulos deverão ser comparados à
valores de Módulos Secantes entre dois níveis de tensão desviadora e, de módulo particular, entre os níveis
de tensões correspondentes à (σ1 - σ3 ) = 0,33 (σ1 - σ3 )f e (σ1 - σ3 ) = 0,50 (σ1 - σ3 )f.

Se for possível e houver condições discutiremos o estado plano de tensões, a variação de volume em
compressão isotrópica e, outras trajetórias de tensões mais elaboradas, salientando as condições eliasticas em
ciclos de descarregamento / recarregamento.

2.2. COMPRESSÃO SEM NENHUM CONFINAMENTO LATERAL (UNIAXIAL, σ3 = 0).

Trata-se de explicitar o Módulo de Elasticidade Tangente Inicial Ei = σv/εv e o Módulo de Elasticidade


Tangente E(σ1 - σ3 ) para a condição particular simulada pelo ensaio de compressão simples (ou compressão uniaxial),
usualmente vertical, no qual σ3 = 0, destacando o instante em que σ1 = Rc, sendo Rc a resistência à compressão
simples. No caso de carregamento rápido não drenado Rc = τu = 2 cu com cu sendo a coesão não drenada e ∅u
= 0o.

3. VALORES PROPOSTOS POR ALGUNS AUTORES

3.1. Areias

Valores de E - Poullus (1972):

Compacidade DR E (Kgf/cm2)
Fofa < 0,40 280 - 560
Medte compacta 0,40 – 0,60 560 - 700
Compacta 0,62 700 – 1125

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Parry propôs E = 50 Nspt (valores muito altos);

3.2.. Solos Puramente coesivos

Poullus (1973) – módulos de elasticidade secantes, em cargas usuais de trabalho: E ≈ 40 c u


Poullus (1975) – em trechos iniciais de deformação de provas de carga o Ei (módulo tangente inicial) varia
entre 180 cu e 400cu , com valor médio Ei = 250 cu

OBS. Ver tabela 1.4, página 21 do livro de Barata.

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PARÂMETROS DE COMPRESSIBILIDADE - COMPRESSÃO LATERALMENTE CONFINADA

Módulo de Coef. de Variação de Coef. de


Módulo Oedométrico Índice de Compressão
PARÂMETRO Elasticidade Volume Compressibilidade
Eoed Cc
E mv av

Módulo de Elasticidade
E=

Módulo Oedométrico
Eoed =

Coeficiente de Variação de
Volume
mv =

Coeficiente de
Compressibilidade
av =

Índice de Compressão
Cc =

Coeficiente de Adensamento
Cv =

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VALORES DE REFERÊNCIA PARA COMPRESSIBILIDADE, DR E IC EM FUNÇÃO DO SPT

AREIAS E SILTES ARENOSOS


av ( )
Descrição SPT DR (%) Ei (KPa) μ Cc ( ) mv ( )

Fofa ≤4 0 - 20

Pouco Compacta 5-8 20 - 40

Medte compacta 9 - 18 40 - 60

Compacta 19 - 40 60 - 80

Muito Compacta ≥ 40 80 - 100

ARGILAS E SILTES ARGILOSOS


av ( )
Descrição SPT IC Ei (KPa) μ Cc ( ) mv ( )

Muito mole ≤2 <0

Mole 3–5 0 - 0,50

Média 6 – 10 0,50 - 0,75

Rija 11 – 19 0,75 - 1,00

Dura ≥ 19 > 1,00

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