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Universidade Federal de Pernambuco ʹ UFPE


Centro de Tecnologia e Geociências - CTG
Departamento de Engenharia Química - DEQ
c

INSTRUMENTAÇÃO
(coeficiente de viscosidade e condutividade)
c

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2 cc

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c
c
   
cc

 c
c

c  
cc
cc
c

Recife, 30 de março de 2011

c
- c

1. Introdução....................................................................................

2.Objetivos..........................................................

3. Fundamentos teóricos.....................................................................
3.1condutometria
3.2viscosidade

4. Materiais e métodos.......................................................................................
4.1materiais
4.2 métodos

5. resultados e discussão..................................................................................

6. Conclusão....................................................................................

7.Referências Bibliográficas........................................................
c

c
 
c
Instrumentação é definida como ³a ciência que estuda os instrumentos de medição e controle´.
O termo instrumentação pode ser utilizado para fazer menção à área de trabalho dos técnicos e
engenheiros que lidam com processos industriais (tecnicos de operação, instrumentação,
engenheiros de processamento, de instrumentação e de automação), mas também pode referir-se
aos vários métodos e técnicas possíveis aplicadas aos instrumentos. Para controlar um processo
industrial (independente de qual o produto fabricado ou sua área de atuação) é necessária a
medição e o controle de uma série de variáveis físicas e para isso se utiliza da instrumentação. A
área da engenharia que desenvolve, projeta e especifica os instrumentos que realizam estas
medições é que chamamos de Instrumentação.

Um instrumento é um dispositivo que mede e / ou regula as variáveis do processo tais como


vazão, temperatura, nível, pressão,viscosidade, condutividade, freqüência, peso,etc... Os
instrumentos incluem muitos artifícios variados que podem ser tão simples como válvulas e
transmissores, e tão complexo como analisadores.

Esta prática refere-se ao estudo de duas variáveis de controle importantes para a industria
química : coeficiente de viscosidade e condutividade .

A viscosidade de líquidos é uma propriedade que os pode tornar mais ou menos indicados para
determinados fins. A viscosidade é uma medida da resistência interna oferecida pelo líquido ao
ato de fluir, resultando das forças de atrito interno entre diferentes camadas do líquido que se
movem com velocidades relativas diferentes. Conhecer e controlar essa propriedade é muito
importante na formulação e preparação de emulsões, cremes, géis, soluções etc.

Medidas de condutância ou condutividade elétrica permitem diferenciar eletrólitos fracos e


fortes. A condutometria mede a condutância elétrica de soluções iônicas. Ordinariamente, a
condução da eletricidade através das soluções iônicas se dá à custa da migração de íons
positivos e negativos com a aplicação de um campo eletrostático. A condutância de uma solução
iônica depende do número de íons presentes, bem como das cargas e das mobilidades dos íons.

cc
- Determinar a condutividade molar,a diluição infinita de um eletrólito fraco e de um eletrólito
forte.

-Determinar o coeficiente de viscosidade de alguns líquidos utilizando o viscosímetro de


Hoppler e o de Ostwald.

 
 cc

 c
c
A p   de um condutor uniforme com uma seção transversal é proporcional ao
comprimento
e inversamente proporcional a seção transversal da área do condutor,
equação 1.


1
 ± l. ± ± Equação 1
. u

A constante da substância l , é conhecida como resistência específica. é a


condutância específica ou condutividade e u a condutância. Normalmente usa-se l para
condutores metálicos e para eletrólitos. Desta forma a condutividade para uma solução de
eletrólitos é dada pela Equação 2, onde tem dimensões: ƒ-1 cm-1 . No sistema J o símbolo
para condutância é J (siemens) e a unidade de condutividade é siemes por metro (Jm-1). Onde
1J = 1ƒ-1.

1


± ± u ou u± Equação 2


Ao medir condutividade de uma solução, as dimensões da célula (comprimento e área entre os


eletrodos) podem ser determinadas. Contudo, a célula é normalmente calibrada com uma
solução de condutividade conhecida e a razão da medida da condutividade a ser tabulada da
solução conhecida fornece diretamente a razão do comprimento pela seção transversal da célula

.

Esta razão é também conhecida como a constante da célula e é determinada usando soluções
de KCl de condutividade conhecidas. A constante da célula a ser usada normalmente já foi
determinada pelo fabricante e pode ser encontrada no manual do aparelho. Contudo com o
tempo a constante da célula pode mudar, portanto deve ser verificada sempre que for usada.

  c c
c

Kohlrausch verificou que a condutividade não é uma medida conveniente para comparar as
condutâncias das substâncias. Uma solução eletrolítica mais concentrada pode ter uma
condutividade maior em virtude do maior número de íons que contem.
É necessário uma medida que compare diferentes concentrações, a condutividade molar, ȁm:

1000  10 3 ( J 1 ) 
± ± ±  3
 ± J 2
1 ± ƒ 1  2
1 Equação 3
  (
 ) 

A condutividade molar aproxima-se do limite caumentando a diluição. Esta é conhecida como


a condutividade a diluição infinita.

A dependência da concentração com a condutividade molar foi definida por Kohlrasusch


através da Equação 4.

±    Equação 4

c
  c c cc
c
De acordo com a lei de diluição de Ostwald, eletrólitos fracos não se dissociam completamente
e possuem condutividade menor do que eletrólitos fortes. Com o aumento da concentração o
equilíbrio de dissociação é deslocado na direção das moléculas não dissociadas. O grau de
dissociação O de eletrólitos fracos é o quociente da condutividade molar dividido pela
condutividade molar a diluição infinita (Equação 5).


Equação 5


A lei de diluição de Ostwald é valida para eletrólitos fracos, permitindo desta forma calcular a
constante de dissociação ( È ).

O 2 . 2
.
ȱ ±
Equação 6
1 O (  ) 

O valor limite da condutividade molar de eletrólitos fracos a diluição infinita é alcançada a


concentrações extremamente baixas não sendo possível, portanto, fazer-se medidas exatas
nestas concentrações. Em conseqüência,  não pode ser obtido pelas curvas extrapoladas a
partir de , para eletrólitos fracos. A Equação 7 é derivada para resolver a lei de diluição de
Ostwald para estes casos;

1 1 .
± 
Equação 7
 È .(  ) 2

Da equação 7 pode ser observado que existe uma relação linear entre o inverso da
condutividade, o produto da condutividade molar e a concentração de eletrólitos fracos. Ainda a
lei de diluição de Ostwald mostra que a condutividade molar a diluição infinita pode ser obtida
da intersecção com a ordenada  sobre  .

 cc c  c
A viscosidade é chamada de newtoniana quando a tensão de cisalhamento, IJ, ou seja a força F
por unidade de área, aplicada paralelamente à direção do fluxo, necessária para iniciar o fluxo
de uma camada molecular, for proporcional ao gradiente de velocidade dv/dx entre as camadas,


6  Equação 8


onde Ș é o coeficiente de viscosidade.


A unidade de viscosidade é o poise, definido como a força de cisalhamento requerida para
produzir uma velocidade de 1 cm s-1 entre dois planos moleculares paralelos, de 1 cm2 de área
separados por uma distância de 1 cm.
O coeficiente de viscosidade de liquidos pode ser determinado por vários métodos
experimentais.Por exemplo,determinado através da velocidade de vazão do fluído por um tubo
capilar. Neste caso, o coeficiente de viscosidade é dado pela equação de Hagen-Poiseuile,
 

 Equação 9
 
onde p é a pressão hidrostática sobre o líquido (P=ȡ.g.h) em N/m2, V é o volume em m3, do
líquido que flui em t segundos através do capilar de raio r e de comprimento L, em metros.

  c c c
c
O viscosímetro de Oswald, permite uma determinação simples do coeficiente de viscosidade a
partir de uma substância padrão. Neste caso as medidas de viscosidade são feitas por
comparação entre o tempo na vazão do fluído de viscosidade conhecida, geralmente água, e o de
um fluído de viscosidade desconhecida. Neste caso a equação usada é

Ș” ” ”
Equação 10
Ș  

onde d1 e d2 são as densidades dos fluídos conhecido e desconhecido,respectivamente e t1 e t2


são os tempos correspondentes para que escoem volumes iguais dos líquidos.A precisão na
operação com este viscosímetro depende do controle das variáveis temperatura, tempo,
alinhamento vertical e volume da substância estudada.


cc viscosímetro de Ostwald

 c ccc
c
cc

c  c c c !  
cccc
"#c
c 
$%cc  c
c  
c c   c c c 
 

c   
c c  c c
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c) 
c cc 
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cc 
c

cc  cc c  #
*c # c
c cc+,#cc  cc
 
c)c
ccc
 
 Equação 11


onde m.g é o peso da esfera q c 


c c  c c   c c -'c )c c c c   c

c
c
#cc)cc
c
c
cc c)c
c  
c
cc 
c
c
'c
c
c
c

‰
cc c
‰ c
‰  c
cc c

Condutivimetro,viscosímetro de Ostwald, viscosímetro de Hoppler, cronômetro,banho


termostático, pipeta, Becker e pipetador.

‰  c
c

Ácido acético,cloreto de potássio,glicerina(10%,30% e 50%),água destilada e acetona.

‰  c
 cc

A partir da solução de ácido acético 0,05M preparou-se, por diluição, mais quatro soluções nas
concentrações 0,01M ; 0,025M ; 0,005M e 0,0025M , ambas de 100ml.

Determinou-se a condutividade de cada solução com um condutivímetro e anotou-se os valores


de condutividade e da temperatura em que a medida foi efetuada Após cada medida lavou-se a
célula com água destilada e após com a solução a ser utilizada.

 cc
c
Preparou-se 7 soluções de cloreto de potássio de 100ml, cujas concentrações foram : 01M;
0,05M;0,025M;0,01M; 0,005M ; 0,0025M ; 0,001M;
Determinou-se a condutividade de cada solução com um condutivímetro e anotou-se os valores
de condutividade e da temperatura em que a medida foi efetuada.

Após cada medida lavou-se a célula com água destilada e após com a solução a ser utilizada.

! 
 cc 
 c
c
"cc dados do CH3 COOH medidos no condutivímetro.
ácido acético
T( °C) K( µS/cm) C (M)
30,5 317 0,05
30,4 216 0,025
30,4 133,6 0,01
30,2 90,6 0,005
30,1 61,7 0,0025
Através destes dados e utilizando a equação 3,calculou-se a condutividade molar e formou-se a
tabela seguinte:

"c c condutividade molar do ác. acético


¥c ȁm 1/ȁm c.ȁm
-7
0,223607 6340000 1,57729.10 317000
-7
0,158114 8640000 1,15741.10 216000
0,1 13360000 7,48503.10-8 133600
0,070711 18120000 5,51876.10-8 90600
-8
0,05 24680000 4,05186.10 61700

Ác. acético
0'5*-9
0'8*-9 Žc.c/*013c4c0*-5
0'7*-9
0'6*-9
 m

-'------0
5*-5
+ 0
8*-5
7*-5  
c!+ 0"
6*-5
-
- 0----- 6----- 1----- 7-----
C.m


c c  Inverso da condutividade molar do ác. acético versus o produto da cond. molar e a
concentração.

Através do gráfico e da equação da reta pôde-se obter o valor da condutividade a diluição finita
que é obtida quando c. ȁm = 0
Logo, ȁm0= 108 µS/cm.mol.

Utilizando as equações 5 e 6 calculou-se o grau de dissociação e Į e a constante de dissociação


K para cada concentração.

"c c grau de dissociação e constante de dissociação das soluções de ácido acético


c ȁm Į K
0,05 6340000 0,0634 0,000215
0,025 8640000 0,0864 0,000204
0,01 13360000 0,1336 0,000206
0,005 18120000 0,1812 0,0002
0,0025 24680000 0,2468 0,000202

"cc dados do KCl medidos no condutivímetro


Cloreto
de
potássio
T °C k C
30,4 12380 0,1
30,5 6340 0,05
30,6 3260 0,025
30,5 1367 0,01
29,8 686 0,005
29,4 349 0,0025
30 142,3 0,001

Através destes dados e utilizando a equação 3,calculou-se a condutividade molar e formou-se a


tabela seguinte:

"c‰c condutividade molar do cloreto de potássio


¥C ȁm
0,316228 123800000
0,223607 126800000
0,158114 130400000
0,1 136700000
0,070711 137200000
0,05 139600000
0,031623 142300000
c

cloreto de potássio
07/------

07-------

01/------
m

01------- + 0


06/------  
c!+ 0"
Žc.c*94-93c4c04-5
06-------
- -'0 -'6 -'1 -'7
яc
c

cc Condutividade molar do KCl versus a raiz quadrada da concentraçãoc

Através do gráfico e da equação da reta pôde-se obter o valor da condutividade a diluição finita
que é obtida quando :c = 0
Logo, ȁm0= 108 µS/cm.mol

Abaixo encontra-se um gráfico comparativo dos eletrólitos.


08-------

07-------

06-------

0--------
m

5-------
;'c
) 
8-------
<2
7-------

6-------

-
- -'-6 -'-7 -'-8 -'-5 -'0 -'06
C


c‰ condutividade molar X concentração

Observando a figura 4 verifica-se que a condutividade molar de soluções do ácido forte só


variam ligeiramente com a concentração. A condutividade do ácido fraco decresce rapidamente
com o aumento de concentração.

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c
http://pt.wikipedia.org/wiki/Instrumenta%C3%A7%C3%A3o

http://ccmm.fc.ul.pt/vnunes/ensino/electrolitos.pdf

www.qmc.ufsc.br/~minatti/docs/20051/exp2.doc

zeus.qui.ufmg.br/~valmir/livros/Condutometria-Otto.pdf

http://w3.ufsm.br/juca/viscosidade.pdf

http://education.ti.com/sites/PORTUGAL/downloads/pdf/determinacao_coeficiente_viscosidad
e_liquido.pdf
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http://150.162.31.1/~minatti/aulas/qmc5409/exp_1_viscosidade_liquidos.pdf
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