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Araraquara
2023
LISTA DE FIGURAS
2
LISTA DE TABELAS
3
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 5
1.1 MECÂNICA DOS FLUIDOS........................................................................................... 5
1.2 FLUIDOS....................................................................................................................... 5
1.3 PROPRIEDADES DOS FLUIDOS............................................................................... 5
1.3.1 Massa Específica................................................................................................... 5
1.3.2 Peso Específico..................................................................................................... 5
1.3.3 Viscosidade............................................................................................................6
1.3.3.1 Viscosidade absoluta ou dinâmica......................................................................6
1.3.3.2 Viscosidade cinemática...................................................................................... 6
1.3.4 Massa Específica Relativa ....................................................................................6
1.3.5 Peso Específico Relativo ...................................................................................... 7
1.4 VISCOSÍMETROS........................................................................................................ 7
1.4.1 Viscosímetro De Hoppler...................................................................................... 7
1.4.2 Viscosímetro Rotacional........................................................................................9
1.4.3 Viscosímetro Copo Ford........................................................................................9
1.5 PICNÔMETROS..........................................................................................................11
1.6 DENSÍMETROS.......................................................................................................... 13
2 OBJETIVOS........................................................................................................................ 15
3 MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................................... 15
3.1 Copo Ford.....................................................................................................................15
3.2 Viscosímetro Rotacional...............................................................................................16
3.3 Viscosímetro de Hoppler.............................................................................................. 17
3.4 Densímetro................................................................................................................... 18
3.5 Picnômetro................................................................................................................... 18
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................................................ 18
4.1. Copo Ford....................................................................................................................18
4.1.1 Erros .................................................................................................................. 19
4.2. Viscosímetro rotacional...............................................................................................20
4.2.1 Erros................................................................................................................... 20
4.3. Viscosímetro de Hoppler............................................................................................. 21
4.3.1 Erros................................................................................................................... 21
4.4. Densímetro.................................................................................................................. 21
4.5. Picnômetro.................................................................................................................. 22
4.5.1 Erros................................................................................................................... 23
5 CONCLUSÃO..................................................................................................................... 23
6 REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 24
4
1 INTRODUÇÃO
1.2 FLUIDOS
𝑚
ρ= 𝑉
(1)
𝐺
γ= 𝑉
(2)
5
Na qual G é o peso e V, o volume.
6
ρ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜 γ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜
ρ𝑟 = ρá𝑔𝑢𝑎
= γá𝑔𝑢𝑎
(6)
Como a massa específica e o peso específico diferem por uma constante, conclui-se
que a massa específica relativa e o peso específico coincidem [1].
1.4 VISCOSÍMETROS
Os viscosímetros são instrumentos capazes de medir a viscosidade de um líquido ou a
resistência de um fluido ao fluxo. Existem diferentes modelos deste dispositivo, como
descritos nos tópicos seguintes.
7
Figura 1 - Viscosímetro de Hoppler
2
2𝑟
µ= 9𝑣𝑒𝑠𝑓
(γ𝑒𝑠𝑓 − γ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜) (8)
8
Em que γ𝑒𝑠𝑓 é o peso específico da esfera e γ𝑓𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜, do fluido.
𝐺
expressão σ = 2 [8].
2π𝑟
9
O diâmetro de cada giglê (em mm) foi compilado na tabela a seguir:
Número do Copo de
Diâmetro
Ford
1 1,90 [5]
2 2,527 [6]
3 3,404 [6]
4 4,115 [6]
5 5,20 [5]
ν = 𝐴 . ∆𝑡 + 𝐵 (10)
10
Tabela 2. Equações do Copo de Ford para diferentes tamanhos de giglê.
1 ν = 0,49 t + 17,15
2 ν = 1,44 t + 25,92
3 ν = 2,31 t + 17,92
4 ν = 3,85 t + 17,29
5 ν = 12,1 t + 24,2
Tabela 3. Faixa de viscosidade e tempo de fluxo para cada número do Copo de Ford.
1 10 - 35 55 - 100
2 25 - 120 40 - 100
3 49 - 220 20 - 100
4 70 - 370 20 - 100
1.5 PICNÔMETROS
Os picnômetros, instrumentos de medição de densidade, desempenham um papel
crucial em várias áreas científicas e industriais. Seu nome deriva do grego "pýknos", que
significa denso, e "metron", que significa medida. Essencialmente, um picnômetro é um
recipiente de volume conhecido utilizado para determinar a densidade de líquidos e sólidos
com elevada precisão [12].
11
O principal propósito dos picnômetros é medir a densidade de substâncias, que é
definida como a massa por unidade de volume. A densidade é uma propriedade física
intrínseca de uma substância e pode ser utilizada para identificar materiais desconhecidos,
controlar a qualidade de produtos em processos industriais e entender as propriedades dos
materiais em diversas áreas científicas, como química, física, geologia e engenharia [13].
𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎
𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒
(11)
Dilatação linear:
ΔL = α ⋅ L0 ⋅ ΔT (12)
12
Dilatação superficial:
ΔA = 2α ⋅ A0 ⋅ ΔT (13)
Dilatação volumétrica:
ΔV = 3α ⋅ V0 ⋅ ΔT (14)
1.6 DENSÍMETROS
O densímetro é um dispositivo que fornece informações sobre a densidade de líquidos
sem requerer o uso de uma balança, seguindo os princípios delineados por Arquimedes.
A operação do densímetro é baseada no conceito de flutuação. No caso de um objeto
flutuante, é atendida a condição onde a força peso (P) é igual ao empuxo (I), resultando no
cancelamento do peso aparente do objeto flutuante (a diferença entre o peso P e a intensidade
I do empuxo). Ao dividir a equação P = I pela aceleração da gravidade (g), podemos inferir
que a massa do objeto em flutuação é igual à massa do líquido deslocado. O projeto do
densímetro visa alcançar o equilíbrio quando o metacentro está posicionado acima do centro
de massa.
O densímetro deve flutuar em um estado de equilíbrio estável nos líquidos cujas
densidades desejamos medir [15].
Durante o equilíbrio, o empuxo I gerado pelo deslocamento do fluido deve
exatamente contrabalançar a força peso P do densímetro, que é composta pelo peso do bulbo
(Pb) e o peso da haste (Ph), relacionados às suas massas individuais (mb e mh) e à aceleração
da gravidade (g), conforme a seguinte relação:
P = Pb + Ph = (mb + mh)g (15)
I = V L . ρ𝐿 . g (16)
13
Assim, podemos expressar:
(mb + mh)g = (Vb + Vh).ρ𝐿.g (18)
A escala de densidade está intimamente ligada à altura h da porção da haste que está
submersa, não ao seu volume. Portanto, o volume da haste em um densímetro deve ser
descrito em termos da área da sua seção transversal (Ath) e da altura submersa h:
Vh = Ath.h (19)
A massa da haste pode ser descrita em função da sua densidade (ρℎ) e da altura
submersa h:
mh = ρℎ.h (20)
O volume do bulbo também pode ser expresso em termos da sua massa (mb) e
densidade (ρ𝑏): [13]
𝑚𝑏
𝑉𝑏 = ρ𝑏
(21)
ℎ = 𝑚𝑏
( )ρ𝑏−1
ρ𝐿
(23)
(ρℎ−𝐴𝑡ℎ.ρ𝐿)
ℎ = 𝑉𝑏
( ) ρ𝑏
ρ𝐿−1
(24)
( 𝐴𝑡ℎ − ρℎ
ρ𝐿 )
14
Desta maneira, torna-se possível estabelecer uma relação entre a densidade do líquido
e a parte do objeto acima da superfície líquida, resultando na criação de uma escala de
densidades [13].
2 OBJETIVOS
Determinar experimentalmente a viscosidade dos fluidos (glicerina, óleo mineral
20W50, lava roupa líquido) e densidade (glicerina pura e produto da produção de biodiesel,
óleo mineral 20W50, água, óleo vegetal e cerveja), utilizando diversas metodologias e
instrumentos diferentes e comparar com os valores da literatura.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Copo Ford
Foram utilizados 3 Copos Ford de números diferentes para determinar
experimentalmente a viscosidade cinemática de cada fluído testado. O copo número 5 para
glicerina, número 4 para óleo mineral e número 3 para lava-roupas líquido. A temperatura do
laboratório foi verificada em 25,5 ºC.
Os fluidos foram colocados dentro do copo utilizando o dedo para tampar orifício até
completar totalmente o recipiente. Uma régua metálica foi utilizada para retirar o excesso de
líquido e retirar bolhas de ar. Após esse procedimento o dedo é retirado do orifício , e o
tempo cronometrado desde o começo do escoamento até perceber-se uma descontinuidade no
mesmo. Um béquer é posicionado abaixo do orifício para recuperar o fluido.
Esse procedimento foi repetido três vezes para cada fluido.
15
3.2 Viscosímetro Rotacional
Foi utilizado o Viscosímetro Rotacional Digital da marca Marte (modelo MVD-5). O
nível do equipamento foi calibrado e o spindle número 2 foi escolhido de acordo com a
densidade esperada da glicerina e as informações declaradas pela fabricante. Um béquer com
glicerina a 25,7 ºC foi posicionado no aparelho em contato com o spindle.
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3.3 Viscosímetro de Hoppler
Foi anotado os dados da esfera (diâmetro, massa e constante k) que já estava
posicionada dentro do viscosímetro. O tubo interno foi preenchido com glicerina e a
temperatura estabilizada a 25º C utilizando um banho termostático e calibrou-se o nível do
instrumento.
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3.4 Densímetro
Provetas foram preenchidas com glicerina pura, glicerina, produto da produção de
biodiesel, cerveja, água, óleo mineral e óleo vegetal. O densímetro limpo e seco foi colocado
em cada proveta e a leitura foi realizada com a proveta na altura dos olhos. Os resultados de
cada fluido foram anotados.
3.5 Picnômetro
Foram utilizados dois picnômetros, uma para medir a densidade da glicerina e outro
para medir a densidade do óleo mineral. Os picnômetros estavam vazios, limpos e secos e
suas massas anotadas.
Ambos foram preenchidos até transbordar, rapidamente tampados para evitar a
formação de bolhas, pesados e suas massas também anotadas.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
18
Segundo o fabricante, as constantes a serem utilizadas são A= 12,1 e B= 24,2. Então,
aplicando na fórmula para viscosidade também retirada da tabela 2, obtém-se:
ν5 = 12, 1 · 33, 28 + 24, 2 → ν5 = 426,89 cSt = 4,27 St.
4.1.1 Erros
Encontrou-se os valores teóricos de viscosidade para estes fluidos, sendo 2,00 P,
aproximadamente 2,20 P (figura 7) e aproximadamente 6,00 P (figura 8), respectivamente. E
foi possível calcular o erro percentual através da fórmula:
(𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑥𝑝−𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜)
%𝐸 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜
· 100% (25)
19
Figura 8. Viscosidade de fluidos por temperatura
RPM 6 12 30 60
4.2.1 Erros
Foi encontrado o valor teórico de 1000 mPa·s para a viscosidade absoluta da
glicerina, então calculando os erros para cada um dos RPM, a partir da equação (25), temos:
RPM 6 - erro de 15,12%
RPM 12 - erro de 16,62%
RPM 30 - erro de 14,36%
RPM 60 - erro de 47,93%
20
4.3 Viscosímetro de Hoppler
Do próprio equipamento foram retirados os dados de diâmetro (d=15mm ) e massa
(m=14,3506g) da esfera e a constante k (k= 1,2 mPa/cm³g). Com esses valores, foi possível
calcular o volume e a densidade da esfera, respectivamente:
3 3
4π𝑟 4π(0,0075𝑚) −6 3
𝑉= 3
→ 𝑉= 3
→ 𝑉 = 1, 77 · 10 𝑚
𝑚 0,0143506 𝑘𝑔 3 3
ρ𝑒𝑠𝑓 = 𝑉
→ ρ𝑒𝑠𝑓 = −6 3 → ρ𝑒𝑠𝑓 = 8107, 68𝑘𝑔/𝑚 = 8, 11 𝑔/𝑐𝑚
1,77·10 𝑚
Além disso, mediu-se os valores de tempo para a altura percorrida pela esfera, t1=
52,84s; t2= 52,53s; t3= 53,06s e chegou-se à média dos tempos tmd= 52,81s. Foi pesquisada a
densidade da glicerina, encontrando ρL = 1 261 Kg/m3 = 1,26 g/cm3. [18]
Com estes dados, é possível calcular a viscosidade do fluido com a equação:
4.3.1 Erros
Como visto no viscosímetro de copo Ford, a densidade da glicerina é
aproximadamente 6,00P [17]. É possível converter esse valor para mPa.s para o cálculo de
erros, sendo 1cP = 1 mPa.s, logo, aproximadamente 600mPa.s.
O erro então será estimado também pela equação (25):
(𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑥𝑝−𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜) (434,1−600)
%𝐸 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜
· 100% → %𝐸 = 600
· 100% → %𝐸 = 27, 6%
4.4 Densímetro
Usando alguns densímetros e provetas de diferentes tamanhos a uma temperatura de
25,6°C foi possível observar a densidade da glicerina, glicerina bruta, água, cerveja e óleo de
soja.
Cada densímetro era para um líquido específico e foram medidas as seguintes
densidades:
21
Tabela 5. Resultados obtidos no Densímetro
FONTE: Autoral
4.5 Picnômetro
Os picnômetros foram utilizados para medir a densidade de líquidos a partir do
volume do frasco e a massa pesada. Ambos foram utilizados para medir a densidade do óleo
mineral, a primeira vez, utilizando o picnômetro 1, obteve-se os dados de: mvazio = 39,8179g;
mcheio= 89,2935g; V = 50mL = 50cm3.
Logo, a massa apenas do óleo pode ser calculada pela diferença da massa do
picnômetro vazio e cheio:
móleo,1 = mcheio,1 - mvazio,1 = 89,2935 - 39,8179 → móleo,1 = 49,4756g
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4.5.1 Erros
Para este fluido, achou-se um valor teórico de 0,92 g/cm3 e, como o valor obtido
experimentalmente médio foi de 0,96 g/cm3, é possível calcular o erro percentual:
(0,96−0,92)
%𝐸 = 0,92
· 100% → %𝐸 = 4, 35%
5 CONCLUSÃO
23
6 REFERÊNCIAS
[1] BRUNETTI, Franco. Mecânica dos fluidos. São Paulo, SP: Pearson, 2008.
[6] COELHO, Pedro. Lei de Stokes - Estudo da Viscosidade na Mecânica dos Fluidos.
Disponível em: https://www.engquimicasantossp.com.br/2013/10/lei-de-stokes.html. Acesso
em: 15 de agosto de 2023.
[8] FERREIRA, E. E. et al. Reologia de suspensões minerais: uma revisão. Rem: Revista
Escola de Minas, v. 58, n. 1, p. 83–87, mar. 2005.
24
https://www.youtube.com/watch?v=S6K24sYEXRE&ab_channel=CanalQu%C3%ADmicaE
xperimental. Acesso em: 09 ago. 2023.
[10] ABNT NBR 5849 - Determinação de Viscosidade Pelo Copo Ford PDF | PDF.
Disponível em:
https://pt.scribd.com/document/399102659/ABNT-NBR-5849-Determinacao-de-Viscosidade-
pelo-Copo-Ford-pdf. Acesso em: 09 ago. 2023.
[12] HARRIS, D. C.; JAIRO BORDINHÃO. Análise química quantitativa. Rio De Janeiro:
Ltc, 2008.
[14] WALKER, J.; HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Halliday & Resnick fundamentos da
física. Hoboken, Nj: Wiley, 2014.
[15] Oliveira, B. M., Melo Filho, J. M., & Afonso, J. C. (2013). A densidade e a evolução
do densímetro. Revista Brasileira de Ensino de Física, 35(1), 1-10.
[16] CHIARELLO, Taise Gusatti. TODT, Pietra. Viscosidade Dos Óleos Lubrificantes.
Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 01, Vol. 01, pp.
05-22 . Janeiro de 2019. ISSN:2448-0959.
[17] FOX, Robert W.; MCDONALD, Alan T.; PRITCHARD, Philip J.; MICHTELL, John W.
Introdução à Mecânica dos Fluidos, 9ª edição. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN,
2018. E-book. ISBN 9788521635000. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521635000/. Acesso em: 29 ago. 2023.
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